TESE_Compostos orgânicos voláteis de plantas e o etanol no ...
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PLANO DE CONTROLE
DE POLUIO VEICULAR
DO DISTRITO FEDERAL
PCPV- DF
GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL
Secretaria de Meio Ambiente e
Recursos Hdricos do Distrito Federal
SEMARH
Subsecretaria de Sade Ambiental
Braslia - DF
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SUMRIO
1. Apresentao 5
2. Objetivo 6
3. Introduo 7
4. Programas Nacionais: PRONAR, PROCONVE e PROMOT 12
5. Os Efeitos dos Poluentes Atmosfricos na Sade Coletiva 19
6. O Distrito Federal
6.1 A Frota Automotiva
6.2 Monitoramento da Qualidade do Ar
6.3 O Sistema Integrado da Qualidade do Ar
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24
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34
7. Poluio Sonora 36
8. Programa de Inspeo e Manuteno de Veculos em Uso do Distrito Federal (Programa de I-M)
8.1 - Caracterizao do Programa de I/M a) Modelo de Gesto b) Frota alvo c) Centro de Inspeo de Emisses e Rudo d) Inspeo Veicular e) Certificao
8.2 Execuo do Programa de I/M
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9. Fundamentao Legal 44
10. Referncias 47
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1. APRESENTAO
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hdricos do Distrito Federal - SEMARH, criada pelo Decreto N 32.716, de 1 de janeiro de 2011, props uma estrutura administrativa
inovadora ao rgo de meio ambiente ao inserir a sade ambiental. Entendendo como sade
ambiental as alteraes do meio ambiente, produzidas ou no pelo homem, capazes de afetar
sade coletiva; como a poluio atmosfrica, poluio hdrica, contaminao do solo,
alteraes nos alimentos, insalubridade no ambiente ocupacional, hbitos perniciosos de vida,
entre outros.
A Subsecretaria de Sade Ambiental (SUSAM) tem por competncia:
Harmonizar a Poltica de Meio Ambiente do Distrito Federal com as Polticas Nacionais de
Sade e de Vigilncia em Sade Ambiental;
Elaborar polticas pblicas de enfrentamento s mudanas climticas e ambientais que
afetem ou possam afetar a sade coletiva, a qualidade no trabalho e de vida;
Promover a articulao com entidades governamentais e da sociedade civil com vista
implantao e implementao dos programas de sade ambiental para o Distrito Federal;
Fomentar projetos com vista melhoria das condies ambientais e consequentemente a
minimizao de efeitos sobre a sade coletiva, a qualidade no trabalho e de vida.
Como parte da poltica integradora de sade ambiental da SEMARH, entre outros projetos, foi
elaborado o Sistema de Gesto Integrada da Qualidade do Ar no Distrito Federal no qual esto
inseridos o Plano de Controle de Poluio Veicular (PCPV) e o Programa de Inspeo e
Manuteno de Veculos em Uso (Programa de I/M).
A gesto e controle da emisso de poluentes atmosfricos por veculos automotores so de
responsabilidade dos rgos ambientais estaduais ou municipais atravs dos Planos de
Controle de Poluio Veicular (PCPV), instrumento de gesto da qualidade do ar do Programa
Nacional de Controle da Qualidade do Ar (PRONAR) e do Programa de Controle da Poluio do
Ar por Veculos Automotores (PROCONVE) (Resoluo CONAMA n 418/2009). O Programa de
Inspeo e Manuteno de Veculos em Uso (Programa de I/M) parte integrante do PCPV e
estabelece os critrios de avaliao da conformidade dos veculos em uso.
O Plano de Controle de Poluio Veicular (PCPV) e a aplicao do Programa de Inspeo e
Manuteno de Veculos em Uso (Programa de I/M) do Distrito Federal constam no Decreto n
28.734/2008 que regulamenta a Lei n 3.460 de 14 de fevereiro de 2004, em atualizao no
momento.
Cabe ao rgo de meio ambiente a responsabilidade de elaborar o PCPV e a execuo do
Programa de I/M, conforme Resoluo CONAMA n 418, de 25 de novembro de 2009.
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2. OBJETIVO
O Programa de Controle de Poluio Veicular (PCPV) sendo instrumento de gesto da qualidade
do ar do Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar (PRONAR) e do Programa de
Controle da Poluio do Ar por Veculos Automotores (PROCONVE) tem o objetivo de
estabelecer regras de gesto e controle da emisso de poluentes e do consumo de
combustveis de veculos.
As desconformidades dos veculos em uso, tendo como referncias: as especificaes originais
dos fabricantes dos veculos; as exigncias da regulamentao do PROCONVE; e as falhas de
manuteno e alteraes do projeto original que causem aumento na emisso de poluentes
so verificadas no Programa de Inspeo e Manuteno de Veculos em Uso (Programa de I/M),
que parte integrante do PCPV.
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3. INTRODUO
Poluio atmosfrica a presena de qualquer forma de matria ou energia na atmosfera,
resultantes da atividade humana ou de processos
naturais, cuja presena em concentraes em
desacordo com os nveis estabelecidos podem
afetar a sade, a segurana e o bem-estar da
populao, bem como ocasionar danos flora e
fauna, aos materiais e ao meio ambiente em
geral (Cetesb, __).
Os agentes poluidores (poluentes atmosfricos) so categorizados em: poluentes primrios
(emitidos diretamente pelas fontes de emisso) e secundrios (formados atravs de reao
qumica entre poluentes primrios e constituintes naturais da atmosfera). Dependendo das
condies atmosfricas (chuva, intensidade e direo dos ventos, temperatura, inverso
trmica) a mesma quantidade de poluentes lanados na atmosfera pode provocar
concentraes mais altas ou mais baixas.
O comprometimento da qualidade do ar, principalmente nos centros urbanos, devido
emisso de poluentes atmosfricos decorrente do processo de combusto de veculos movidos
a combustveis fsseis, inegvel. Como fatores desencadeantes inclusivos esto o aumento da
frota de veculos, os constantes congestionamentos do trfego e a deficincia no transporte
coletivo.
A queima incompleta dos combustveis uma fonte importante de emisso de poluentes
atmosfricos, principalmente na rea urbana. Os combustveis mais utilizados para o
funcionamento de motores industriais ou de veculos automotores so: o leo diesel, a gasolina
e o lcool, dentre os quais os dois primeiros representam 70% da energia gerada no mundo,
enquanto que o lcool combustvel (etanol) obtido a partir da cana de acar e de outros
vegetais, ainda no tem a preferncia entre os grandes pases industrializados, exceto o Brasil
que detm mais de 36% da produo mundial desse combustvel.
Dos combustveis utilizados, o lcool etlico (etanol) o que emite menos monxido de carbono
e xidos de nitrognio e praticamente nenhum xido de enxofre; embora aumente as emisses
de aldedos.
O diesel emite maior formao dos xidos de nitrognio e enxofre, devido s elevadas
condies de temperatura em que trabalha o motor. As emisses se concentram no
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escapamento do veculo, com predominncia de material particulado orgnico sob forma de
fumaa e com baixa perda por evaporao.
Os motores a gs natural emitem mais carbono, hidrocarbonetos e xido de nitrognio que o
motor a diesel, porm a quantidade emitida ainda menor que nos motores a gasolina e
lcool. A grande vantagem do gs como combustvel a ausncia de emisses de fuligem ou
compostos de enxofre, fazendo com que nibus movidos a gs natural sejam 80% menos
poluentes que os movidos a diesel alm da reduo considervel de rudos.
Os principais poluentes emitidos por fonte veicular so:
1 - Material Particulado (MP)
Sob a denominao geral de material particulado se encontra um conjunto de poluentes
constitudos de poeiras, fumaas e todo tipo de material slido e lquido que se mantm
suspenso na atmosfera por causa de seu pequeno tamanho. O material particulado pode
tambm se formar na atmosfera a partir de gases como dixido de enxofre (SO2), xidos de
nitrognio (NOx) e compostos orgnicos volteis (COVs), que so emitidos principalmente em
atividades de combusto, transformando-se em partculas como resultado de reaes qumicas
no ar.
O MP pode ser classificado como:
Partculas Totais em Suspenso (PTS)
Possuem dimetro aerodinmico menor que 50 m. Uma parte destas partculas
inalvel e pode causar problemas sade, outra parte pode afetar desfavoravelmente a
qualidade de vida da populao, interferindo nas condies estticas do ambiente e
prejudicando as atividades normais da comunidade.
Partculas Inalveis (PM10, PM 2,5)
Podem ser classificadas como partculas inalveis finas MP2,5 (
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2. Monxido de Carbono (CO)
um gs incolor e inodoro que tem como principais fontes emissoras os veculos automotivos,
aquecedores a leo, queima de tabaco, churrasqueiras e foges a gs. Altas concentraes de
CO so encontradas em reas de intensa circulao de veculos.
3 - Oznio (O3) e Oxidantes Fotoqumicos
Oxidantes fotoqumicos a denominao que se d mistura de poluentes secundrios
formados pelas reaes entre os xidos de nitrognio e compostos orgnicos volteis, na
presena de luz solar, sendo estes ltimos liberados na queima incompleta e evaporao de
combustveis e solventes. O principal produto desta reao o oznio, por isso mesmo
utilizado como parmetro indicador da presena de oxidantes fotoqumicos na atmosfera.
Outras fontes de produo de oznio so os purificadores de ar e mquinas de fotocpias.
Alm de prejuzos sade, o oznio pode causar danos vegetao. Esse oznio encontrado
na faixa de ar prxima do solo e no na estratosfera.
4. Hidrocarbonetos (HC)
So substncias orgnicas compostas de hidrognio e carbono. Na queima incompleta de
combustveis (gasolina e leo diesel) so emitidos hidrocarbonetos policclicos aromticos
(HPAs) e monoaromticos (BTEX). Os hidrocarbonetos participam ativamente das reaes de
formao da nvoa fotoqumica.
5 - xidos de Nitrognio (NOx)
As principais fontes de xido ntrico (NO) e dixido de nitrognio (NO2) so os motores dos
automveis e, em menor escala, as usinas termoeltricas, indstrias, foges a gs, aquecedores
que utilizam querosene e o cigarro. O dixido de nitrognio, na presena de luz solar, reage
com hidrocarbonetos e oxignio formando oznio, sendo um dos principais precursores deste
poluente na troposfera.
6 Aldeidos
Os aldedos emitidos pela combusto veicular so o aldedo frmico e aldedo actico. O
primeiro emitido em quantidades muito pequenas, tanto no caso da gasolina como no do
lcool, enquanto o segundo emitido em maiores quantidades por automvel a lcool. Sua
permanncia na atmosfera curta porque extremamente reativo, gerando outros compostos,
como gases oxidantes, nos quais predomina o gs oznio.
7. Dixido de Enxofre (SO2)
Resulta principalmente da queima de combustveis que contm enxofre, como leo diesel, leo
combustvel industrial e gasolina. um dos principais formadores de aerossis cidos como o
sulfato (SO4), o bissulfato (HSO4) e o cido sulfrico (H2SO4) que causam a chuva cida. O
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enxofre pode reagir com outras substncias presentes no ar formando partculas de sulfato que
so responsveis pela reduo da visibilidade na atmosfera.
As maiores taxas de emisso (g/km) de xido de nitrognio, enxofre e fuligem so obtidas por
motores a diesel, enquanto a emisso de monxido de carbono e hidrocarbonetos fica por
conta dos motores a gasolina (Tabela 1).
Tabela 1 Taxa de emisso de poluentes de acordo com o tipo de motor
Os biocombustveis, derivados de biomassa renovvel, podem substituir, parcial ou totalmente,
combustveis derivados de petrleo e gs natural em motores combusto ou mesmo em
outro tipo de gerao de energia. Os dois principais biocombustveis usados no Brasil so o
etanol, produzido a partir da cana de acar, e em escala crescente o biodiesel, produzido a
partir de leos vegetais ou de gorduras animais. Dezenas de espcies vegetais presentes no
Brasil podem ser usadas na produo do biodiesel, entre elas soja, dend, girassol, babau,
amendoim, mamona e pinho-manso. Entretanto, o leo vegetal in natura bem diferente do
biodiesel, que deve atender especificao estabelecida pela Resoluo ANP n 7/2008.
No Brasil, 45% da energia e 19% dos combustveis consumidos so renovveis, enquanto que
no resto do mundo, somente 14% da energia vm de fontes energticas renovveis (ANP,
2010).
Os veculos automotivos com motores de combusto interna podem ser classificados em:
motores de ignio por fasca (ciclo Otto), onde uma centelha inicia o processo de combusto
(utilizam como combustvel gasolina, lcool e GNV, por exemplo) e motores de combusto
espontnea (ciclo diesel), nos quais a combusto gerada atravs da compresso do ar,
aquecendo-o para a injeo do combustvel lquido, gerando o processo de combusto (utilizam
como combustvel, por exemplo, leo diesel). As principais diferenas, no que tange ao
funcionamento destes motores, dizem respeito robustez, s relaes de compresso de
ambos, ao sistema de introduo de combustvel e ignio.
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Na Regio Metropolitana de So Paulo cerca de
60% da emisso de partculas inalveis finas
(PM2,5) de origem veicular, quer pela emisso
direta deste poluente quer pela emisso de
gases, destacando-se os compostos orgnicos
volteis e o dixido de enxofre, que reagem na
atmosfera dando origem a material particulado
secundrio. (CETESB, 2010)
Apesar dos avanos tecnolgicos, a poluio atmosfrica de origem veicular permanece em
destaque devido aos seguintes fatores (Szwarcfiter, 2004):
Aumento significativo da frota de veculos e de sua utilizao;
Condies de trnsito, cada vez mais congestionado;
Mau funcionamento de sistemas de controle de emisses reduzindo a eficcia de controle;
Degradao acelerada de componentes que tem impacto direto na reduo das emisses
por falha de projeto e/ou uso de materiais inadequados ou, tambm, por uso indevido do
veculo;
Falta de cuidados na manuteno dos veculos pelos seus proprietrios;
Falta de preparo de considervel nmero de oficinas de reparao para oferecer servios
de manuteno tecnicamente corretos;
Retirada proposital dos dispositivos de controle de emisses pelos proprietrios dos
veculos ou por servios inadequados de reparao;
Adulterao de combustveis;
Permanncia em circulao de veculos em pssimo estado de conservao, com nveis de
emisso muito elevados;
Falta de medidas destinadas a popularizar e incentivar o uso do transporte pblico,
contendo o crescimento do uso de automveis como forma de transporte individual.
Por outro lado, algumas medidas sustentveis para a mobilidade urbana e a reduo dos
impactos da poluio atmosfrica por fonte veicular podem ser adotadas como a utilizao do
transporte pblico e do transporte no-motorizado; com a renovao das frotas e a utilizao
de veculos com menor impacto poluidor (eltricos, hbridos, a gs natural, ou veculos a diesel
com menor teor de enxofre ou que sejam equipados com sistemas avanados de controle de
emisses); com alternativas energticas que promovam a reduo de emisses de gases de
efeito estufa, de forma a reduzir os impactos do setor de transportes sobre o aquecimento
global; com o planejamento integrado do uso do solo e transporte; e a divulgao sistemtica
de informaes sobre o meio ambiente e transporte e suas implicaes com a sade coletiva
(CETESB).
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4. PROGRAMAS NACIONAIS DE CONTROLE DA POLUIO ATMOSFRICA
Considerando que este documento tem por foco a poluio atmosfrica de origem veicular, os
programas de controle aqui abordados se referem a esta fonte de emisso.
PRONAR
O Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar PRONAR um dos instrumentos bsicos
da gesto ambiental para proteo da sade e bem estar das populaes e melhoria da
qualidade de vida. Tem por objetivo permitir o desenvolvimento econmico e social do pas de
forma ambientalmente segura estabelecendo a limitao dos nveis de emisso de poluentes
por fontes de poluio atmosfrica. A estratgia bsica do PRONAR limitar as emisses por
tipologia de fontes e poluentes prioritrios, reservando o uso dos padres de qualidade do ar
como ao complementar de controle (Resoluo CONAMA n 005, de 15 de junho de 1989).
So instrumentos do PRONAR:
Limites mximos de emisso;
Padres de Qualidade do Ar;
PROCONVE - Programa de Controle da Poluio do Ar por Veculos Automotores
PRONACOP - Programa Nacional de Controle da Poluio Industrial;
Programa Nacional de Avaliao da Qualidade do Ar;
Programa Nacional de Inventrio de Fontes Poluidoras do Ar
Programas Estaduais de Controle da Poluio do Ar.
PROCONVE
O Programa de Controle da Poluio do Ar por Veculos Automotores (PROCONVE) foi institudo
pela Resoluo CONAMA n 018 de 06 de maio de 1986 com base na experincia dos pases
desenvolvidos. Tem por objetivo reduzir os nveis de emisso de poluentes por veculos
automotores (atendimento aos Padres de Qualidade do Ar, especialmente nos centros
urbanos) e criar programas de inspeo e manuteno para veculos automotores em uso.
Pelo PROCONVE a classificao dos veculos se d em razo de seu Peso Bruto Total (PBT), ou
seja, at 3.856kg PTB so veculos leves e acima deste so os veculos pesados.
Definiu os primeiros limites de emisso para veculos leves para o atendimento aos Padres de
Qualidade do Ar institudos pelo PRONAR. Atravs da Lei n 8.723, de 28 de outubro de 1993
torna-se obrigatrio a reduo dos nveis de emisso dos poluentes de origem veicular,
induzindo o desenvolvimento tecnolgico dos fabricantes de combustveis, motores e
autopeas, e permitindo que veculos nacionais e importados, passassem a atender aos limites
estabelecidos. Para isso imps a certificao de prottipos e linhas de produo, a autorizao
especial do rgo ambiental federal para uso de combustveis alternativos, o recolhimento e
preparo dos veculos ou motores encontrados em desacordo com o projeto, e a proibio da
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comercializao dos modelos de veculos no homologados segundo seus critrios. Alm de
estabelecer um cronograma de reduo gradual da emisso de poluentes para veculos leves
(automveis) e para veculos pesados (nibus e caminhes).
As fases de implantao do PROCONVE so caracterizadas por L para veculos leves e P para
veculos (Tabela 2 e Tabela 3, respectivamente).
Tabela 2 Fase de implantao do PROCONVE para veculos leves
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Tabela 3 Fase de implantao do PROCONVE para veculos pesados
Para o bom funcionamento do catalisador na reduo das emisses de NOx e HC h a
necessidade de reduo da concentrao de enxofre. Devido a isso, em 2005 especificou-se
2.000 ppm (partes por mi-lho) de enxofre como limite mximo para o diesel. A ser
comercializado no interior (diesel S 2000) e nas regies metropolitanas com 500 ppm de
enxofre (diesel S 500). A fase P-6 deveria ter incio com diesel diesel S 500 a ser distribudo
no interior e diesel S 50 nas regies metropolitanas, o que no ocorreu em consequncia da
inviabilizao da produo de combustveis e de inovaes tecnolgicas de motores.
Devido aos entraves ocorridos na fase P-6, foi aprovada em 2008 uma nova fase (P-7), para
veculos pesados, com limites ainda mais rgidos de emisso a entrar em vigor a partir de 1 de
janeiro de 2012 (Resoluo CONAMA n 403). Isso implicar na disponibilizao ao mercado de
um leo diesel com teor aproximado de 10 ppm de enxofre. As indstrias automobilsticas e de
combustveis tm at 2016 para se adaptarem s novas normas tcnicas, disponibilizando no
mercado brasileiro diesel e motores nos padres. A fase P-7 permitir que veculos movidos a
diesel emitam menor quantidade de enxofre (at 200 vezes menor) do que lanado pelos
nibus e caminhes atualmente.
A evoluo histrica dos limites mximos de emisso para veculos leves novos e veculos
pesados novos encontram-se nas tabelas 4 e 5 .
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Tabela 4 Limites mximos de Emisso para Veculos Leves Novos1
1 - Medies de acordo com a NBR6601 (US-FTP75), e conforme as Resolues CONAMA n 15/95 e n 315/02.
2 - Apenas para veculos do ciclo Otto. Aldedos totais de acordo com a NBR 12026.
3 - Apenas para veculos do ciclo Diesel.
4 - Apenas para veculos do ciclo Otto, exceto a GNV.
5 Comerciais leves do ciclo Otto.
6 - Hidrocarbonetos no metano (NMHC).
7 - Hidrocarbonetos totais somente para veculos a GNV, que tambm atendem ao item (5).
8 - Apenas para veculos do ciclo Otto, inclusive a GNV.
9 - Apenas para veculos do ciclo Otto, a par de 01/12, exceto para veculos a GNV.
10 - Apenas para veculos leves do ciclo Otto
11 - Apenas para os novos lanamentos de veculos do ciclo Otto.
12 Para todos os veculos do ciclo Otto
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Tabela 5 Limites de Emisso para Veculos Pesados Novos1
1 - Medio de acordo com as Normas MB-3295 e NBR-10813 (ECE-R-49)
2 - K = C -G onde C = concentrao carbnica (g/m3) e G = fluxo nominal de ar (Vs). Aplicvel apenas aos veculos diesel.
3 - 0.7 gfk Wh para motores com potncia at 85 kW e 0,4 g/Wh para motores de potncia superior a 85 kW. Aplicvel apenas
aos veculos diesel.
4 - 0.25 g/kWh para motores at 0.7 dm3/cilindro com rotao mxima acima de 3000 RPM e 0,15 Wh para os demais.
Aplicvel apenas aos veculos diesel.
5 - Veculos Otto e diesel
A partir do ano de 2007, devido ausncia de valores de emisso para veculos movidos
exclusivamente a etanol, ocorreu uma descontinuidade da produo desses modelos devido
preferncia dos consumidores pelos veculos flex-fuel, que representaram em 2010 mais de
90% das vendas de veculos leves no Brasil (CETESB, 2010).
A implantao de sistemas de controle de emisses (conversor cataltico, injeo eletrnica,
sensor de oxignio, entre outros dispositivos eletrnicos), em particular os catalisadores, s foi
possvel devido retirada do chumbo tetraetila da gasolina, utilizado para aumentar a
octanagem do combustvel. No Brasil a mistura de 20 a 25% de lcool anidro na gasolina
propiciou a eliminao integral do uso de chumbo desde 1991, tornando o pas um dos
pioneiros (Szwarcfiter, 2004). Uma retrospectiva do programa desde sua implantao revela o
xito na sua execuo. Veculos leves, em 1986, emitiam, em mdia, cerca de 50g/Km de CO
(seu principal poluente). Em 1989, todos os veculos leves novos passam a emitir 12g/km de CO
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e espera-se para a nova fase (a partir de 2013) uma reduo para 1,3 g/km de CO. A reduo
para veculos pesados foram da ordem de 80 %, devido ao uso de catalisador, injeo eletrnica
de combustvel e melhorias nos combustveis automotivos.
PROMOT
Visando complementar o controle do PROCONVE e assim contribuir para a reduo da poluio
atmosfrica de fontes mveis, foi institudo o Programa de Controle da Poluio do Ar por
Motociclos e Veculos Similares (PROMOT) atravs da Resoluo CONAMA N 297, de 26 de
fevereiro de 2002, com os objetivos de reduzir os nveis de emisso de poluentes gasosos por
ciclomotores, motociclos e similares, promover o desenvolvimento tecnolgico nacional da
indstria de motociclos e veculos similares, propor critrios e limites para a inspeo e
manuteno dos ciclomotores, motociclos e similares em uso, e promover a conscientizao da
populao em relao poluio ambiental proporcionada por ciclomotores, motociclos e
similares.
Com base na legislao europia (Diretiva da Comunidade Europia), estabeleceu em 2003, a
primeira fase (M-1) determinando os limites para a emisso de motociclos e derivados de trs
rodas (EURO I), conforme a Resoluo CONAMA n 342, de 25 de setembro de 2003.
Em 2006 se estabeleceu limites equivalentes ao EURO II para todos os modelos e a partir de
01/01/2009 os motociclos nacionais e importados passam a atender a Fase III do PROMOT, com
limites de emisso equivalentes aos da regulamentao EURO III (em vigor na Comunidade
Europia). O estabelecimento de tais limites proporcionou a introduo de sistemas de injeo
eletrnica de combustvel em motociclos de pequena cilindrada e o surgimento de motores
com tecnologia flex-fuel. O desenvolvimento de motocicletas bicombustveis, movidas a
gasolina e/ou mistura de gasolina e etanol em qualquer proporo, coloca o pas na vanguarda
do cenrio mundial (CETESB, 2010).
A partir de 2010 com a adoo de nova metodologia de calculo dos fatores de emisso
ponderados pelas vendas, no h distino de modelos nacionais e importados, bem como da
categoria de motocicletas maior que 500 cilindradas.
A evoluo dos limites de emisso para as motocicletas e veculos similares, bem como para os
ciclomotores encontra-se nas Tabelas 6 e 7, respectivamente.
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Tabela 6 Limites de emisso para motocicletas e veculos similares novos1
1- Conforme Resoluo CONAMA N 297/02. Medies conforme a Diretiva da Comunidade Europia N97/241EC, anexo II.
2- Para deslocamento lumtnicos 250 centmetros cbicos.
4- Para veculos derivados de trs ou quatro rodas h limites especficos nesta fase, a saber (CO = 7.0g/km; HC= 15g/km e NOx =
0,4m).
Tabela 7 Limites de emisso para motocicletas e veculos similares novos1
1 - Conforme Resoluo CONAMA n 297/02. Medies conforme a Diretiva da Comunidade Europia n 97/24/EC, anexo I.
2 - Para lanamentos de modelos novos.
3 - Para todos os modelos.
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5. EFEITOS DOS POLUENTES ATMOSFRICOS NA SADE COLETIVA
A poluio atmosfrica causa uma resposta inflamatria no aparelho respiratrio induzida pela
ao de substncias oxidantes, as quais acarretam aumento da produo, da acidez, da
viscosidade e da consistncia do muco produzido pelas vias areas, levando,
consequentemente, diminuio da resposta e/ou eficcia do sistema mucociliar.
Os principais efeitos respiratrios associados exposio aos poluentes atmosfricos
originados da queima de combustveis so:
Aumento da mortalidade;
Aumento da incidncia de cncer de pulmo;
Aumento da frequncia dos sintomas e das crises de asma;
Aumento da incidncia de infeces respiratrias baixas;
Aumento das exacerbaes em indivduos j portadores de doenas cardiorrespiratrias
como a reduo da habilidade de exercer as tarefas dirias (geralmente por piora da
dispnia ou da angina pectoris) associado ao aumento das hospitalizaes (tanto na
frequncia como na durao), ao aumento das visitas mdicas e emergncia; e ao
aumento do uso de medicamentos;
Reduo do VEF1 (volume expiratrio forado no primeiro segundo) ou CVF (capacidade
vital forada) associada a sintomas clnicos e ao aumento da mortalidade;
Aumento da prevalncia de chiado;
Aumento da prevalncia ou incidncia de aperto no peito;
Aumento da prevalncia ou incidncia de tosse e hipersecreo pulmonar;
Aumento da incidncia de infeces de vias areas superiores piorando a qualidade de vida;
Irritao nos olhos, garganta e narinas podendo interferir na vida normal.
Estudos experimentais e observacionais tm apresentado evidncias consistentes sobre os
efeitos da poluio atmosfrica, especialmente do material particulado fino, na morbidade e
mortalidade por doenas cardiovasculares (cardacas, arteriais e cerebrovasculares). Tanto
efeitos agudos (aumento de internaes e de mortes por arritmia, doena isqumica do
miocrdio e cerebral), como crnicos, por exposio em longo prazo (aumento de mortalidade
por doenas cerebrovasculares e cardaca) tm sido relatados. O aumento da poluio do ar
tem sido associado ao aumento da viscosidade sangunea, de marcadores inflamatrios
(protena C reativa, fibrinognio) e da progresso da arteriosclerose, a alteraes da
coagulao, reduo da variabilidade da frequncia cardaca (indicador de risco para arritmia
e morte sbita), vasoconstrico e ao aumento da presso arterial, todos fatores de risco para
doenas cardiovasculares (Canado, 2006).
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Um estudo de sries temporais realizado por Gouveia (2003) em So Paulo e Rio de Janeiro
identificou associaes estatisticamente significantes entre aumentos nos nveis de poluentes
atmosfricos e aumentos na mortalidade e nas hospitalizaes, por causas respiratrias e
cardiovasculares, em crianas e idosos.
Os efeitos sobre a sade e ao meio ambiente decorrente da exposio poluente atmosfrico
especfico encontra-se no quadro 1.
Quadro 1 Principais efeitos sobre a sade e ao meio ambiente ocasionados pela exposio aos poluentes atmosfricos.
Poluente atmosfrico
Efeito sobre a Sade 1 Efeito sobre o Meio
Ambiente 2
Partculas Inalveis (PM10 e PM2,5)
Aps inaladas atingem os brnquios e bronquolos (apenas PM2,5). As partculas PM2,5 no so retidas pelas defesas do organismo (nariz, mucosas, etc) e causam irritao nos olhos e garganta, reduzindo a resistncia s infeces e ainda provocando doenas crnicas.
Danos a Vegetao, deteriorao da visibilidade e contaminao do solo.
Partculas Totais em Suspenso (PTS)
Partculas maiores que 10m ficam retidas pelas vias respiratrias sendo removidas pelo mecanismo de defesa, inicialmente o espirro e depois a tosse e o aparelho mucociliar.
Danos a Vegetao, deteriorao da visibilidade e contaminao do solo.
Monxido de Carbono (CO)
A grande afinidade qumica com a hemoglobina do sangue faz com que ocupe o lugar destinado ao transporte do oxignio. A exposio contnua (mesmo a baixas concentraes) est relacionada s causas de afeces crnicas, alm de ser particularmente nociva para pessoas anmicas e com deficincias respiratrias ou circulatrias, pois produz efeitos nocivos nos sistemas nervoso central, cardiovascular, pulmonar e outros. Tambm afeta os fetos devido ao dficit de oxignio em funo da elevao da carboxihemoglobina no sangue fetal, causando inclusive baixo peso reduzido ao nascer e desenvolvimento ps-natal retardado.
x
Oznio e oxidantes fotoquimicos
Danos na estrutura pulmonar reduzindo sua capacidade e diminuindo a resistncia s infeces deste rgo, causam ainda o agravamento das doenas respiratrias aumentando a incidncia de tosse, asma, irritaes no trato respiratrio superior e nos olhos.
Danos as colheitas, vegetao natural, plantaes agrcolas e plantas ornamentais.
Hidrocarbonetos (HC)
Irritaes dos olhos, nariz, pele e trato respiratrio superior, podendo causar dano celular. Alguns hidrocarbonetos so considerados carcinognicos e mutagnicos
x
Dixido de Nitrognio (NO2)
Irritao das mucosas nasais, podendo provocar enfisema pulmonar. Nos pulmes pode se transformar em nitrosaminas (algumas so potencialmente carcinognicas).
Formao de chuva cida ocasionando danos vegetao.
Dixido de Enxofre (SO2)
A inalao, mesmo a baixas concentraes, provoca espasmos musculares dos bronquolos pulmonares. Em concentraes progressivamente maiores causa o aumento da secreo mucosa nas vias respiratrias superiores, inflamaes graves da mucosa e reduo do movimento
Formao de chuva cida ocasionando danos vegetao e corroso aos materiais.
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Poluente atmosfrico
Efeito sobre a Sade 1 Efeito sobre o Meio
Ambiente 2
ciliar do trato respiratrio. Pode aumentar a incidncia de rinite faringite e bronquite. A atividade fsica leva a um aumento da ventilao alveolar, com conseqente aumento da sua absoro pelas regies mais distais do pulmo. Os aerossis cidos mais comuns (SO4, HSO4 e H2SO4) causam inflamao do trato respiratrio por apresentarem pH < 1.
Aldedos Causam irritao dos olhos e das vias areas superiores podem causar dores de cabea, sensao de desconforto e de irritabilidade. H relatos de incidncia de asma causada por irritao no trato respiratrio superior devido exposio ao formaldedo.
x
Fonte: (1) Canado (2006) (2) IBRAM, 2006
A ocorrncia de queimadas tambm contribui para a poluio atmosfrica, visto a emisso de
poluentes. Inicialmente constituem-se de monxido de carbono (CO), matria particulada
(fuligem) e cinza de granulometria variada. Resultam tambm compostos orgnicos como os
hidrocarbonetos (HC), dioxinas e furanos que so compostos de grande interesse em termos de
sade pblica devido a alta toxicidade e carcinogenicidade. Como nas queimadas a combusto
se processa com a participao do ar atmosfrico, h tambm emisses de xidos de nitrognio
(NOx), em especial o xido ntrico (NO) e o dixido de nitrognio (NO2), formados pelo processo
trmico e pela oxidao do nitrognio presente no vegetal. E pequenas quantidades de dixido
de enxofre (SO2)
Diferentes tipos de biomassa apresentam emisses bastante variadas em termos de gases e de
material particulado. A direo e a intensidade das correntes areas tm muita influncia sobre
a disperso dos poluentes atmosfricos e sobre as reas afetadas pela pluma oriunda do fogo.
Os efeitos adversos sade esto mencionados no Quadro 2.
Quadro 2 Efeitos sobre a sade decorrente das queimadas
Populao exposta Efeitos gerais sobre a sade
Pessoas que atuam no combate a queimada
Da intoxicao at o bito por asfixia decorrente da reduo da concentrao de oxignio em nveis crticos e pela elevao no nvel de monxido de carbono.
Populao prxima a rea afetada Ardor nos olhos, nas narinas e na garganta.
Populao mais sensvel (crianas, idosos e pessoas com doenas respiratrias ou cardacas crnicas)
Crianas com doenas respiratrias, que apresentam chiadeira no peito, muitas vezes o quadro evolui para bronquite e/ou pneumonia. Aquelas com alergia respiratria podem apresentar asma. Portadores de bronquite crnica, enfisema pulmonar, outras doenas respiratrias crnicas ou cardacas podem apresentar agravamento dos sintomas.
Fonte: Ribeiro e Assuno, 2002
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6. O DISTRITO FEDERAL
O Distrito Federal ocupa uma rea de 5.783 km2 tendo uma populao de 2.562.963 habitantes
(IBGE, 2010). Com a evoluo da ocupao territorial encontra-se dividido em 30 (trinta)
Regies Administrativas (Quadro 3).
Quadro 3 Regies Administrativas do Distrito Federal e legislao
Por desempenhar o Distrito Federal funes preponderantemente institucionais e
administrativas, a atividade econmica da populao concentra-se na prestao de servios,
49,2%; administrao pblica federal e local, 16,6%; no comrcio, 16% e na indstria 9%. O
Produto Interno Bruto (PIB), principal indicador de anlise do desempenho de uma economia,
chegou em 2008 a R$ 117,6 bilhes, mantendo a oitava posio no ranking nacional. O PIB per
capita atingiu R$ 45.978, o primeiro colocado entre as unidades da federao, representado
quase o triplo da renda per capita do Brasil (R$ 15.990) e quase o dobro do registrado por So
Paulo (R$ 24.457), o segundo na lista (Codeplan, 2010).
O ndice de Desenvolvimento Urbano (IDH) que avalia o bem estar de uma populao e o
desenvolvimento econmico e social considerando a riqueza, educao e expectativa de vida
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ao nascer; no ranking nacional o primeiro lugar representado pelo Distrito Federal (0,844),
seguido por So Paulo (0,814), Rio Grande do Sul (0,809), Santa Catarina (0,806) e Rio de
Janeiro (0,802), situando esses estados na faixa de alto desenvolvimento humano, em 2000.
O clima do Distrito Federal, segundo a classificao de Koopen tropical, concentrando-se as
precipitaes no vero, com perodo mais chuvoso nos meses de novembro a janeiro. O
perodo de seca ocorre especialmente nos meses de junho e agosto. Conforme essa
classificao observa-se os seguintes tipos climticos:
Tropical (Aw) Situa-se nas reas com cotas altimtricas abaixo de 1.000m (bacias
hidrogrficas dos rios So Bartolomeu, Preto, Descoberto/Corumb, So Marcos e
Maranho. Caracteriza-se por temperaturas no ms mais frio superior a 18C.
Tropical de Altitude (Cwa) Ocorre nas reas com cotas altimtricas entre 1.000 e
1.200m (unidade geomorfolgica Pediplano de Braslia). Caracteriza-se por
temperaturas inferior a 18C no ms mais frio e mdia superior a 22C no ms mais
quente.
Tropica de Altitude (Cwb) Ocorre em reas com cotas altimtricas superior a 1.200m
(unidade geomorfolgica Contagem/Rodeador). Apresenta temperaturas inferior a
18C no ms mais frio e mdia inferior a 22C no ms mais quente (Codeplan, 2010).
No perodo de estiagem (inverno) a regio do Cerrado, bioma onde est inserido o Distrito
Federal, recebe menos energia solar e a influncia das massas de ar frio que acarretam baixos
ndices de temperatura e de umidade relativa do ar; assim como predomina tambm
movimento descendente de ventos sobre o Planalto Central que impede formao de nuvens.
A posio geogrfica do Distrito Federal, sua altitude, distncia do mar, tipo de vegetao e de
solo so fatores que contribuem para a queda da umidade relativa do ar (IBRAM, 2006).
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6.1 A FROTA AUTOMOTIVA
A frota do Distrito Federal corresponde a 1.263.154 veculos (fevereiro/2011) cujo crescimento
na ltima dcada praticamente dobrou (Grfico 1). O alto percentual de populao urbana
(96%) e o poder aquisitivo existente favorecem para que o transporte prioritrio seja de
automveis, que representa 73% da frota local de 1.263.154 veculos (Grfico 2) (DETRAN,
2011).
Grfico 1 Evoluo de frota de veculos registrados no Distrito Federal no perodo de 2000 a
2011 (fevereiro).
Fonte: GDF/SSP/DETRAN
O Distrito Federal ocupa uma rea de 5.783 km2 tendo uma populao de 2.562.963 habitantes
(IBGE, 2010). Com a evoluo da ocupao territorial encontra-se dividido em 30 (trinta)
Regies Administrativas (Quadro 1).
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Grfico 2 Nmero de Veculos da Frota Registrada no Distrito Federal, por tipo (fevereiro,
2011)
O combustvel mais utilizado pela frota de veculos a gasolina (53%) seguido da mistura de
lcool+gasolina (35%) e depois o diesel (6%) (Grfico 3).
Grfico 3 Distribuio percentual do tipo de combustvel utilizado pela frota de veculos
registrados no Distrito Federal, fevereiro/2011.
Fonte: GDF/SSP/DETRAN
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6.2 MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR
O monitoramento da qualidade do ar tem por objetivo principal determinar o nvel de
concentrao de um grupo de poluentes universalmente consagrados como indicadores
relacionando-os aos potenciais efeitos adversos sobre a sade e ao meio ambiente. A qualidade
dos dados e/ou informaes o ponto crucial do processo, pois se refere exatido e
preciso; que est diretamente relacionada sua quantidade e freqncia (Santi, 2000).
O quadro 4 representa mais detalhadamente a relao dos objetivos do monitoramento e as
caractersticas da informao relacionada.
Quadro 4 - Objetivos do monitoramento da qualidade do ar e as caractersticas da informao
gerada.
Objetivos do monitoramento
da qualidade do ar
Caractersticas da Informao gerada
Qualidade Quantidade N de
pontos de
observao
Frequncia
de
amostragem
Perodo de
obteno dos
dados
Avaliao dos efeitos da
contaminao sobre o homem
e seu meio
alta Vrios anos Muitos Alta Vrios anos
Avaliao do comportamento
dos poluentes no ar
atmosfrico, incluindo seu
transporte a grandes distncias
Alta Vrios anos
ou meses
Muitos Alta Vrios anos ou
meses
Estabelecimento de normas de
qualidade do ar
Mdia a alta Vrios anos Poucos Alta Vrios anos
Elaborao de programas para
minimizao da poluio
Mdia a alta Vrios
meses a um
ano
Moderado
a Muitos
Alta Um ano
Avaliao de planos de
contingncia para episdios
crticos de poluio (preveno
ou para reduo de sua
gravidade)
Baixa Vrios anos Escasso a
moderado
Alta Vrios meses a
um ano
Planejamento do uso e
ocupao do solo com fins de
reduo dos efeitos da poluio
atmosfrica
Baixa a mdia Um ano Muitos Baixa Vrios anos
Fonte: Santi (2000)
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Os padres de qualidade do ar, ou seja, limites mximos de concentrao que, quando
ultrapassados, podem afetar a sade, a segurana e o bem-estar da populao, bem como
ocasionar danos ao meio ambiente em geral, foram fixados pelo Conselho Nacional do Meio
Ambiente (Conama), por meio da Resoluo n 003/1990 (Quadro 5).
Quadro 5 Padro de Qualidade do Ar (Resoluo CONAMA n 003/1990)
Poluente Tempo de
Amostragem
Padro Primrio
g/m
Padro Secundrio
g/m
Mtodo de Medio
Partculas Totais em Suspenso
24 horas1
MGA2
240 80
150 60
amostrador de grandes volumes
Partculas Inalveis 24 horas
1
MAA3
150 50
150 50
Separao inercial/filtrao
Fumaa 24 horas
1
MAA3
150 60
100 40
refletncia
Dixido de enxofre 24 horas
1
MAA3
365 80
100 40
pararosanilina
Dixido de nitrognio 1 hora
1
MAA3
320 100
190 100
quimiluminescncia
Monxido de carbono
1 hora1
8 horas
1
40.000 35 ppm 10.000 9 ppm
40.000 35 ppm 10.000 9 ppm
Infravermelho no dispersivo
Oznio 1 hora1 160 160 quimiluminescncia
Fonte: CETESB (1) No deve ser excedido mais que uma vez ao ano. (2) Mdia geomtrica anual. (3) Mdia aritmtica anual.
A divulgao dos dados do monitoramento realizada por meio dos ndices de Qualidade do Ar
(IQAr), que converte as concentraes dos poluentes numa linguagem qualificativa: boa,
regular, inadequada, m e pssima (Tabela 8).
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Tabela 8 ndice de Qualidade do Ar (IQAr)
Qualidade ndice MP10
(g/m3) O3
(g/m3) CO
(ppm) NO2
(g/m3) SO2
(g/m3)
Boa 0 - 50 0 - 50 0 - 80 0 - 4,5 0 - 100 0 - 80
Regular 51 - 100 50 - 150 80 - 160 4,5 - 9 100 - 320 80 - 365
Inadequada 101 - 199 150 - 250 160 - 200 9 - 15 320 - 1130 365 - 800
M 200 - 299 250 - 420 200 - 800 15 - 30 1130 - 2260 800 - 1600
Pssima >299 >420 >800 >30 >2260 >1600
Fonte: Cetesb
O ndice obtido atravs de uma funo linear segmentada, onde os pontos de inflexo so os
padres de qualidade do ar que classificam em nveis de ateno, alerta e emergncia. Para
cada concentrao gravimtrica (g/m3) a funo atribui um valor ndice, que um nmero
adimensional. Por definio, ao nvel do padro primrio atribudo um ndice de 100, o nvel
de Ateno equivale a um ndice de 200, o nvel de Alerta a um ndice de 300 e o nvel de
Emergncia a um ndice de 400.
A qualificao do ndice est associada com efeitos sobre a sade, independente do poluente
em questo, utilizando-se o ndice mais elevado (qualidade do ar de uma estao
determinada pelo pior caso), conforme (Quadro 6).
Quadro 6 Significado da qualidade do ar estabelecido pelo IQAr
Qualidade ndice Significado
Boa 0 - 50 Praticamente no h riscos sade.
Regular 51 - 100
Pessoas de grupos sensveis (crianas, idosos e pessoas com doenas respiratrias e cardacas), podem apresentar sintomas como tosse seca e cansao. A populao, em geral, no afetada.
Inadequada 101 - 199
Toda a populao pode apresentar sintomas como tosse seca, cansao, ardor nos olhos, nariz e garganta. Pessoas de grupos sensveis (crianas, idosos e pessoas com doenas respiratrias e cardacas), podem apresentar efeitos mais srios na sade.
M 200 - 299 Toda a populao pode apresentar agravamento dos sintomas como tosse seca, cansao, ardor nos olhos, nariz e
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Qualidade ndice Significado
garganta e ainda apresentar falta de ar e respirao ofegante. Efeitos ainda mais graves sade de grupos sensveis (crianas, idosos e pessoas com doenas respiratrias e cardacas).
Pssima >299
Toda a populao pode apresentar srios riscos de manifestaes de doenas respiratrias e cardiovasculares. Aumento de mortes prematuras em pessoas de grupos sensveis.
Fonte: Cetesb
As estaes de amostragem que compem a rede de monitoramento da qualidade do ar
podem ser manuais ou automticas.
A rede de monitoramento no Distrito Federal manual e composta por cinco estaes que so
operadas pelo Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hdricos do Distrito Federal/IBRAM.
Cada estao possui dois equipamentos: Amostrador de Grande Volume (HI-VOL), utilizado na
coleta de PTS (Partculas Totais em Suspenso) e Amostrador de Pequeno Volume (OS/OMS)
usado na coleta de Fumaa e SO2. As anlises das amostras coletadas so realizadas em
laboratrio (IBRAM, 2006).
A localizao das estaes encontra-se na Figura 1.
Fonte: IBRAM-DF (Relatrio de Monitoramento do Ar no Distrito Federal, 2008)
Figura 3 Localizao das Estaes de Monitoramento da Qualidade do Ar no Distrito Federal
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Em 2012, as estaes existentes sero realocadas de forma a coletar sistematicamente as
emisses prximas s reas de trfego intenso e de fontes fixas, principalmente da indstria
cimenteira. Estaes automticas e estaes mveis esto programadas nas aes de
implementao e modernizao da rede.
Os dados obtidos por meio dessa rede, alm de possibilitar o acompanhamento das mudanas
e tendncias da qualidade do ar permitem identificar os principais fatores de poluio
atmosfrica no Distrito Federal e assim auxiliar no processo de planejamento urbano, de
implantao de setores industriais e de outros tipos de servios, alm de subsidiar a tomada de
decises no tocante s medidas mitigadoras para impactos ambientais causados por poluente
atmosfricos. O principal objetivo desse monitoramento identificar e acompanhar as
concentraes dos poluentes emitidos e compar-las com os padres estabelecidos
nacionalmente (IBRAM, 2006) e identificar conjuntamente com os resultados da inspeo
ambiental veicular prevista no Plano de Controle de Poluio Veicular (PCPV) a contribuio
desta fonte mvel na desconformidade dos padres exigidos na qualidade do ar.
O no atendimento aos critrios de representatividade de dados significa interrupes das
medies e/ou falhas ocorridas, o que compromete significativamente o resultado obtido
(Quadro 7).
Quadro 7 Critrios de validao dos dados da rede manual de amostragem
Representatividade de Dados
Mdia Diria Pelo menos 22 horas de amostragem
Mdia Mensal 2/3 das mdias dirias vlidas no ms
Mdia Anual das mdias dirias vlidas para os
quadrimestres janeiro-abril, maio-agosto e
setembro-dezembro
Fonte: Cetesb
As coletas so realizadas periodicamente em cada estao sendo o perodo de amostragem de
vinte e quatros horas para todos os parmetros monitorados de acordo com o mtodo
estabelecido na Resoluo do CONAMA n 003/1990. As amostras de Partculas Totais em
Suspenso-PTS so coletadas utilizando o amostrador de grande volume (Hi-Vol). Nesse
aparelho h aspirao do ar que por sua vez filtrado por um filtro de fibra de vidro onde as
partculas com dimetro aerodinmico entre 0,1 e 100 m so retidas. A concentrao
determinada atravs da massa do material particulado retido no filtro. O filtro pesado antes e
depois da amostragem. As amostras de fumaa e de Dixido de Enxofre so coletadas usando o
amostrador de pequeno volume (OPS-OMS). O ar aspirado por uma bomba de vcuo,
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passando por um filtro de papel que retm a poeira, determina-se a refletncia da mancha
formada no papel atravs do refletmetro e, mediante curva padro, avalia-se a concentrao
de fumaa na superfcie do filtro. O ar que passa pelo filtro de papel borbulhada em soluo
em soluo de perxido de hidrognio, se houver a presena de dixido de enxofre no ar
ocorre a formao de cido sulfrico, a concentrao de dixido de enxofre determinada
atravs de titulao com tetraborato de sdio (IBRAM, 2006).
Os mtodos de anlise adotados no monitoramento no Distrito Federal encontram-se no
Quadro 8.
Quadro 8 - Parmetros e Mtodos de Anlise adotados no Distrito Federal
Parmetro Mtodo
Dixido de Enxofre gua Oxigenada atravs da titulao com
tetraborato de sdio
Fumaa Refletncia que medida usando um
aparelho refletmetro
PTS (Partculas Totais em Suspenso) Amostrador de Grandes Volumes pela
diferena de massa e filtro
Fonte: IBRAM, 2006
Ressalta-se que no perodo de 2005 a 2010 o monitoramento da qualidade do ar Distrito
Federal registrou IQArs inadequados e ruim que devem ser ressaltadas (Quadro 9):
IQAr inadequado para fumaa e regular para PTS na estao da Rodoviria do Plano
Piloto (2005 a 2008)
IQAr inadequado de PTS na estao da Fercal I e II
IQAr variando entre inadequado, regular e m qualidade para fumaa na estao de
tagutainga Centro
IQAr com qualidade m para PTS na estao da Fercal III
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Quadro 9 ndice da Qualidade do Ar no Distrito Federal, por estao, no perodo de 2005 a
2010.
Localidade Poluente Ano
2005 2006 2007 2008 2009 2010*
Rodoviaria do Plano
SO2 Boa Boa Boa Boa x x
Fumaa Inadequada Inadequada Regular Inadequada x Regular
PTS Regular Regular Regular Regular Regular Regular
Setor
Comercial Sul
SO2 x x x x x x
Fumaa Boa x x x x x
PTS Boa x x x x x
Taguatinga
Centro SO2 Boa Boa Boa Boa x
Fumaa M Inadequada Regular Inadequada x Regular
PTS Regular Regular Regular Regular x Regular
Fercal I SO2 Boa Boa x x x x
Fumaa Boa Boa x x x Boa
PTS Inadequada Inadequada Inadequada Inadequada Regular Regular
Fercal II SO2 Boa Boa Boa Boa Boa x
Fumaa Regular Regular Regular Regular Regular Boa
PTS Inadequada Inadequada M M Inadequada M
Fercal III SO2 x x Boa Boa Boa x
Fumaa x x Regular Boa Boa x
PTS x x M M M x
L2 Norte
(604/605) SO2 x x x x x x
Fumaa x x x x x x
PTS x x x x Boa Boa
W3 sul (714) SO2 x x x x x x
Fumaa x x x x x x
PTS x x x x Boa x
PM10 x x x x Boa x
Nox x x x x Boa x
Fonte: IBRAM (Relatrio de Monitoramento da Qualidade do Ar, 2005 a 2010)
(*) outubro/2010 a fevereiro/2011
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Esses resultados alertam que nas estaes com persistncia do ndice inadequado h o
risco da populao exposta apresentar sintomas como tosse seca, cansao, ardor nos olhos,
nariz e garganta; que podem apresentar efeitos mais srios na sade para os grupos sensveis
(crianas, idosos e pessoas com doenas respiratrias e cardacas). Esses efeitos adversos
sade so agravados para a populao exposta da rea com ndice ruim (Quadro 9).
A ocorrncia de IQAr inadequado ou a piora deste dever ser analisada considerando a
associao com a ocorrncia de queimadas e/ou a baixa umidade relativa do ar, registrados no
Distrito Federal.
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6.3 O SISTEMA INTEGRADO DA QUALIDADE DO AR
Entendo a complexa rede de informaes e dados para compor o monitoramento da qualidade
do ar e relacionar os resultados obtidos com potenciais efeitos sobre a sade da populao, a
SEMARH elaborou o Sistema de Gesto Integrada da Qualidade do Ar que visa gerenciar e
melhorar continuamente as polticas, procedimentos e processos relativos qualidade do ar
(Figura 4).
Fonte: Santi (2000), adaptado
Figura 4 Sistema de gesto integrada da qualidade do ar
Desta forma, os dados e informaes que construiro as politicas e aes de melhoria da
qualidade do ar no Distrito Federal agregam alm do monitoramento da qualidade do ar o
inventrio de fontes de emisso, os parmetros meteorolgicos e os indicadores econmicos,
polticos e sociais (Figura 1). Isso envolve diversos setores de governo, com interface na sade
ambiental, tanto do nvel de gesto quanto de execuo, que participaro conjuntamente na
construo e operacionalizao do Sistema. A participao da rea acadmica fundamental
no processo (Quadro 10).
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Quadro 10 Parmetros de gesto da qualidade do ar e rgos/instituies envolvidas no
Distrito Federal.
Parmetros rgo/Instituio
Inventrio das emisses SEMARH
DETRAN
IBRAM
UnB
Monitoramento da qualidade do ar IBRAM
SEMARH
UnB
Parmetros meteorolgicos INMET
Monitoramento dos Efeitos da Poluio do Ar SEMARH
SES
Indicadores econmicos, polticos e sociais RGOS GOVERNAMENTAIS
UnB
O resultado da consolidao dos dados e informaes o mapa da qualidade do ar a ser
divulgado populao por meio do site institucional da SEMARH.
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7. POLUIO SONORA
O som qualquer variao de presso que o ouvido humano possa captar, enquanto rudo o
som ou o conjunto de sons indesejveis, desagradveis, perturbadores que possui natureza
jurdica de agente poluente.
Poluio sonora o conjunto de todos os rudos provenientes de uma ou mais fontes sonoras,
manifestadas ao mesmo tempo num ambiente qualquer (Resoluo CONAMA n 002/1990).
Esta afeta o interesse difuso e coletivo, medida que os nveis excessivos de sons e rudos
causam deteriorao na qualidade de vida, na relao entre as pessoas, sobretudo quando
acima dos limites suportveis pelo ouvido humano (cerca de 80 a 90 decibis) ou prejudiciais ao
repouso noturno e ao sossego pblico, em especial nos grandes centros urbanos.
O rudo faz parte do escopo do PCPV na implantao de Programas Integrados de Inspeo e
Manuteno (Resoluo CONAMA n 418/2009).
Segundo a Organizao Mundial da Sade (OMS) a poluio sonora hoje, depois da poluio
do ar e da gua, o problema ambiental que afeta o maior nmero de pessoas. E apresenta
como efeitos adversos sade, principalmente: distrbios do sono, estresses, perda da
capacidade auditiva, surdez, dor de cabea, falta de concentrao, aumento do batimento
cardaco, entre outros.
No ambiente urbano, a poluio sonora causada, essencialmente, pela circulao de veculos,
principalmente veculos pesados e motocicletas, especialmente aquelas que apresentam
deteriorao ou alterao indevida do sistema de escapamento. Nas grandes metrpoles
brasileiras so registrados nas vias de trfego intenso nveis mdios de rudo de 85 dB (A), em
contrapartida dos 72 dB (A) encontrados em vias similares dos pases industrializados (IBRAM,
2006).
Em 2000, considerando os veculos rodovirios automotores como uma das principais fontes de
rudo no meio ambiente, a Resoluo CONAMA n 272 estabelece os nveis de rudo dB(A)
admissveis (Quadro 11) e dispensa das exigncias estabelecidas os veculos concebidos
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exclusivamente para aplicao militar, de competio, mquinas agrcolas, mquinas
rodovirias, e outros de aplicao especial, bem como aqueles que no so utilizados para o
transporte urbano e/ou rodovirio (Art.4).
Quadro 11 - Limites mximos de rudo (dB(A)) com os veculos em acelerao, conforme o tipo
de veculo (Resoluo CONAMA n 272/2000)
No Distrito Federal a poluio sonora tratada por meio da Lei n 1.065, de 06 de maio de
1996.
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8. PROGRAMA DE INSPEO E MANUTENO DE VECULOS EM USO NO
DISTRITO FEDERAL (Programa de I/M)
O Programa de Inspeo e Manuteno de Veculos em Uso (Programa de I/M) tem por
objetivo identificar desconformidades dos veculos em uso, tendo como referncias as
especificaes originais dos fabricantes dos veculos, as exigncias da regulamentao do
PROCONVE e as falhas de manuteno e alteraes do projeto original que causem aumento na
emisso de poluentes (Resoluo CONAMA n 418/2009). Este foi institudo pelo Cdigo de
Trnsito Brasileiro CTB (Lei n 9503 de 1997) no Artigo 104 que estabelece que Os veculos
em circulao tero suas condies de segurana, de controle de emisso de gases poluentes e
de rudo avaliadas mediante inspeo, que ser obrigatria, na forma e periodicidade
estabelecidas pelo CONTRAN para os itens de segurana e pelo CONAMA para emisso de gases
poluentes e rudo.
Como parte integrante do Plano de Controle de Poluio Veicular (PCPV) este compe o
Sistema de Gesto Integrada da Qualidade do Ar no Distrito Federal e objetiva identificar
desconformidades dos veculos em uso; aferir periodicamente as emisses de poluentes
atmosfricos, de rudo e equipamentos de segurana dos veculos automotores em circulao;
promover a reduo da poluio atmosfrica por meio do controle da emisso de poluentes
pelos veculos em circulao e divulgar a contribuio dos veculos automotivos na poluio
atmosfrica do Distrito Federal.
Em razo da publicao da Resoluo CONAMA n 418, de 25 de novembro de 2009 que
revogou a Resoluo CONAMA n 256/1999, das visitas tcnicas in loco ao Rio de Janeiro e So
Paulo, em 2011, pelos gestores da SEMARH e SUSAM sobre a operacionalizao do Programa
de I/M nesses Estados e das reunies realizadas com o GDF e DETRAN em 2012, a SEMARH
revisou o PCPV publicado no Decreto n 28.734, de 29 de janeiro de 2008, resultando no
modelo de gesto ora proposto.
A frota alvo a ser inspecionada, o calendrio para a execuo das inspees, os procedimentos
de inspeo, os critrios de aprovao e os padres mximos de emisso sero definidos em
regulamentao especfica expedida em conjunto pela SEMARH e o DETRAN, respeitadas as
Resolues do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e Conselho Nacional de
Trnsito (CONTRAN), com suas respectivas atualizaes ou alteraes.
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8.1 CARACTERIZAO DO PROGRAMA DE I/M
a) Modelo de Gesto
O Programa de I/M do Distrito Federal, revisado em 2012, em consequencia das atualizaes
regulamentares do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), do resultado das
informaes obtidas in loco da operacionalizao do Programa nos Estados de So Paulo e Rio
de Janeiro e dos entendimentos mantidos entre o GDF, SEMARH e DETRAN ser realizado de
forma escalonada, a partir de 2013.
O modelo de gesto do Programa de I/M, ora descrito, refere-se exclusivamente primeira fase
ou fase de implantao, a ser iniciada e concluda em 2013. Este se estrutura na gesto
compartilhada entre a SEMARH e o DETRAN no que se refere ao seu planejamento, inspeo,
superviso e fiscalizao (Quadro 12).
Quadro 12 Modelo de Gesto da Implantao da 1 fase do Programa de I/M - 2013
A divulgao do Programa de I/M, por meio de campanhas educativas e de esclarecimento,
acerca da frota alvo, do calendrio de inspeo, da localizao dos Centros de Inspeo, do
processo de Certificao Obrigatria dos veculos integrantes da frota licenciada do Distrito
Federal e do impacto de sua implantao na sade coletiva ser realizada pelo GDF.
O calendrio para a execuo das inspees, os procedimentos de inspeo, os critrios de
aprovao, os padres mximos de emisso e os valores cobrados a titulo de tarifa de inspeo
ambiental e de segurana, correspondentes a cada fase de execuo do Programa de I/M, sero
regulamentados por decreto elaborado conjuntamente entre a SEMARH e o DETRAN,
respeitadas as Resolues do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e do Conselho
Nacional de Trnsito (CONTRAN), com suas respectivas atualizaes ou alteraes.
AAMMBBIIEENNTTAALL
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As fases subsequentes para a inspeo total da frota de veculos registrada no Distrito Federal
sero regulamentadas at 90 dias antes da data prevista para o encerramento de execuo da
fase anterior.
b) Frota Alvo
A frota alvo da primeira fase de implantao do Programa de I/M ser a de veculos movidos a
diesel, considerando que:
o motor a diesel emite 80 vezes mais xidos de nitrognio (NOx) por quilmetro rodado,
30 vezes mais monxido de carbono (CO) do que os motores a lcool e libera 8 vezes
mais partculas slidas e 3,6 vezes mais dixido de enxofre do que os motores a gasolina (www.labjor.unicamp.br/midiaciencia/article.php3?id_article=83);
os veculos diesel representa cerca de 6% da frota registrada no DF (Tabela 9);
Tabela 9 Identificao da frota de veculos registrada no Distrito Federal, por tipo de veculo e
combustvel.
TIPO DE VECULO *
TOTAL
COMBUSTVEL
LCOOL DIESEL LCOOL e GASOLINA
GS NATURAL
VEICULAR (1)
OUTROS
TOTAL 1 249
928 61 000 70 753 435 284 1 863 19 185
AUTOMVEL 925 284 56 740 754 394 889 1 467 8
MOTOCICLETA 137 962 19 3 5 369 0 6
CAMINHONETE 61 934 529 21 714 23 822 239 3
CAMIONETA 60 582 3 695 8 824 9 669 146 1
CAMINHO 21 929 8 21 840 0 0 0
REBOQUE 15 755 1 0 0 0 15 754
UTILITRIO 9 203 3 3 886 1 511 7 1
NIBUS 8 655 1 8 650 0 0 1
MICRO-NIBUS 4 652 3 4 528 23 1 1
SEMIRREBOQUE 2 630 1 0 0 0 2 629
OUTROS 1 342 0 554 1 3 781 (1) Os veculos movidos Gs Natural Veicular tambm podem utilizar outro tipo de combustvel (*) at fevereiro de 2011
FONTE: GDF/SSP/DETRAN
a reduo das emisses de poluentes veiculares contribui diretamente na diminuio da
demanda por atendimento e internao hospitalar, principalmente das doenas
respiratrias e cardiovasculares.
Ficam dispensados da inspeo obrigatria os veculos concebidos exclusivamente para
aplicaes militares, agrcolas, de competio, de coleo, tratores e mquinas de
http://www.labjor.unicamp.br/midiaciencia/article.php3?id_article=83
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terraplanagem e pavimentao que no sejam objeto de licenciamento junto ao DETRAN e os
veculos novos no primeiro licenciamento. A frota-alvo poder ser ampliada ou restringida, em
razo da experincia e resultados obtidos com a implantao do Programa e das possibilidades
e necessidades.
c) Centros e Unidade Mvel de Inspeo Veicular
Os Centros de Inspeo Veicular de Emisses e Rudo so construes de alvenaria ou de
materiais de construo resistentes inclusive a fogo com as reas de inspeo cobertas e
fechadas lateralmente para controle de rudos e dotadas de sistemas de exausto forada.
Nestes sero aferidos as emisses de poluentes atmosfricos e a inspeo de equipamentos
obrigatrios e de segurana pelos veculos automotores, sendo vedado o comrcio ou servios,
tais como a realizao de reparos, regulagens e venda de peas de reposio.
Os centros de inspeo veicular de emisses e rudo devero destinar uma sala para os
servidores responsveis pela superviso, fiscalizao e emisso de certificados.
Ao usurio dever ser disponibilizado um local de espera afastado do local de inspeo, que
restrito aos funcionrios e/ou servidores responsveis pela inspeo.
d) Inspeo Veicular
A inspeo dos veculos da frota alvo (diesel) se refere s emisses de poluentes e de rudos,
bem como dos itens de segurana veicular.
A frota alvo (70.753 veculos) foi diferenciada em dois grupos: os nibus e microonibus e os
demais veculos da frota registrada no Distrito Federal (Tabela 10).
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Tabela 10 Identificao dos grupos da frota alvo e local de inspeo veicular para a primeira
fase de implantao do Programa de I/M.
Ano Frota alvo Inspeo
Combustvel Veculos Estimativa (n veculos) *
Local
2013
Diesel nibus e micronibus 13.307 Garagem da empresa concessionria
Demais veculos 57.446 Centros de Inspeo
Total 70.753 Fonte: SSP/DETRAN-DF
(*) at fevereiro/2011
Ficam dispensados da inspeo obrigatria os veculos concebidos unicamente para aplicaes
militares, agrcolas, de competio, tratores, mquinas de terraplenagem e pavimentao, de
coleo e outros de aplicao ou de concepo especial sem procedimentos especficos para
obteno de LCVM/LCM, bem como os veculos novos (primeiro licenciamento).
A inspeo dever ser realizada com at 90 dias de antecedncia da data limite do
licenciamento, preferencialmente com hora marcada previamente.
e) Superviso e Fiscalizao
A superviso e a fiscalizao dos poluentes e de rudos, bem como as relativas aos itens de
segurana sero realizadas pelos agentes ambientais e pelos agentes de trnsito,
respectivamente.
f) Certificao
O veculo aprovado na inspeo receber o Certificado de Conformidades e o selo de
identificao anual que dever ser a fixado no parabrisa dianteiro ou em local adequado para
efeito de fiscalizao.
Ser emitido Relatrio de Inspeo sempre que haja reprovao ou rejeio de veculos cujo(s)
motivo(s) dever(o) estar citados.
Os veculos rejeitados ou reprovados devero sofrer os reparos necessrios e retornar para
reinspeo, no prazo e procedimentos estabelecidos em legislao especfica. Os veculos no
aprovados em inspees ou reinspees estaro sujeitos s normas e sanes previstas na
legislao vigente.
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8.2- EXECUO DO PROGRAMA DE I/M
A operacionalizao da primeira fase de implantao do Programa de I/M com inicio e trmino
no ano de 2013, ser de responsabilidade compartilhada entre a SEMARH e o DETRAN.
A frota de veculos registrada no Distrito Federal, movida a diesel (frota alvo) ser inspecionada
quanto s emisses de poluentes e de rudos, bem como dos itens de segurana veicular, nas
garagens das empresas concessionrias (transporte urbano coletivo) e nos Centros de Inspeo
do DETRAN (demais veculos da frota alvo).
A periodicidade da inspeo veicular ser anual e vinculada ao licenciamento. Os veculos que
no tiveram sido inspecionados at a data limite do licenciamento podero ser inspecionados
aps a mesma, sujeitando-se, porm, s normas e sanes decorrentes do licenciamento
extemporneo ou da ausncia deste.
Os veculos com Certificado de Registro de Licenciamento, oriundos de outras Unidades
Federadas, para proceder transferncia do registro para o Distrito Federal devero ser
submetidos prvia inspeo veicular ambiental.
O calendrio para a execuo das inspees, os procedimentos de inspeo, os critrios de
aprovao, os padres mximos de emisso e os valores cobrados a titulo de taxa de inspeo
ambiental e de segurana, correspondentes a cada fase de execuo do Programa de I/M, sero
definidos por decreto elaborado conjuntamente entre a SEMARH e o DETRAN, respeitadas as
Resolues do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e do Conselho Nacional de
Trnsito (CONTRAN), com suas respectivas atualizaes ou alteraes.
Todas as atividades de coleta de dados, registro de informaes, execuo dos procedimentos
de inspeo, comparao dos dados de inspeo com os limites estabelecidos e fornecimento
de certificados e relatrios sero realizadas por meio de sistema informatizado, a fim de que os
relatrios anuais a respeito do andamento do Programa e seus resultados, de acesso pblico,
possam ser divulgados a populao pela SEMARH. Essa divulgao visa tornar pblico as
condies de participao da frota alvo de veculos na poluio atmosfrica e as informaes
bsicas relacionadas inspeo de emisso veicular.
A superviso e fiscalizao do Programa de I/M sero realizadas pelos agentes ambientais
quanto aos itens de emisso de poluentes e rudo e pelos agentes de trnsito quanto aos itens
de segurana.
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9. FUNDAMENTAO LEGAL
Lei n 8.723, de 28 de outubro de 1993, que dispe sobre a reduo de emisso de
poluentes por veculos automotores;
Lei Distrital n 1.065, de 06 de maio de 1996, que dispe sobre normas de preservao
ambiental quanto a poluio sonora;
Lei Distrital n 3.460, de 14 de outubro de 2004, que dispe sobre o Programa de Inspeo e
Manuteno de Veculos em Uso no Distrito Federal;
Decreto Distrital n 28.734, de 29 de janeiro de 2008, que regulamenta a Lei Distrital n
3.460/2004;
Resoluo CONAMA n 002/1993, que estabelecer, para motocicletas, motonetas, triciclos,
ciclomotores, bicicletas com motor auxiliar e veculos assemelhados, nacionais e importados,
limites mximos de rudo com o veculo em acelerao e na condio parado;
Resoluo CONAMA n 003/1990, que dispe sobre padres de qualidade do ar;
Resoluo CONAMA n 005/ 1993, que institui o Programa Nacional de Controle da Qualidade
do Ar (PRONAR)
Resoluo CONAMA n 007/1993, que de fi ne as diretrizes bsicas e padres de emisso para
o estabelecimento de Programas de Inspeo e Manuteno para Veculos Automotores em
Uso - I/M.
Resoluo CONAMA n 008/1993, que estabelece os limites mximos de emisso de
poluentes para motores destinados a veculos pesados novos, nacionais e importados em
complementao a Resoluo n 018/1986;
Resoluo CONAMA n 014/1995, que atualiza o Programa de Controle da Poluio do Ar por
Veculos Automotores (PROCONVE), quanto a apresentao de programa trienal para execuo
de ensaios de durabilidade por agrupamento de motores;
Resoluo CONAMA n 015/1995, que estabelece nova classificao de veculos automotores
para o controle de emisso veicular de gases, material particulado e evaporativo, considerando
os veculos importados;
Resoluo CONAMA n 016/1995, que complementa a Resoluo CONAMA n 008/1993
estabelecendo limites mximos de emisso de poluentes para os motores destinados a veculos
pesados novos, nacionais e importados, determinando homologao e certificao de veculos
novos do ciclo diesel quanto ao ndice de fumaa em acelerao livre
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Resoluo CONAMA n 017/1995, que ratifica os limites mximos de emisso de rudo por
veculos automotores e o cronograma para seu atendimento previsto na Resoluo CONAMA
n 008/1993;
Resoluo CONAMA n 018/1986, que cria o Programa de Controle da Poluio do Ar por
Veculos Automotores (PROCONVE);
Resoluo CONAMA n 020/1996, que define os itens de ao indesejvel, referente
emisso de rudo e poluentes atmosfricos;
Resoluo CONAMA n 226/1997, que estabelece limites mximos de emisso de fuligem de
veculos automotores;
Resoluo CONAMA n 227/1997, que regulamenta a implantao do Programa de Inspeo e
Manuteno de Veculos em Uso I/M;
Resoluo CONAMA n 241/1998, que estabelece limites mximos de emisso de poluentes;
Resoluo CONAMA n 251/1999, que estabelece critrios, procedimentos e limites mximos
de opacidade da emisso de escapamento para avaliao do estado de manuteno dos
veculos automotores do ciclo diesel;
Resoluo CONAMA n 252/1999, que estabelece para os veculos rodovirios automotores,
inclusive veculos encarroados, complementados e modificados, nacionais ou importados,
limites mximos de rudo nas proximidades do escapamento, para fins de inspeo obrigatria
e fiscalizao de veculos em uso;
Resoluo CONAMA n 256/1999, que estabelece regras e mecanismos para inspeo de
veculos quanto s emisses de poluentes e rudos, regulamentando o Art. 104 do Cdigo
Nacional de Trnsito;
Resoluo CONAMA n 268/2000, que estabelece mtodo alternativo para monitoramento
de rudo de motociclos;
Resoluo CONAMA n 272/2000, que estabelecer, para os veculos automotores nacionais e
importados, fabricados a partir da data da publicao desta Resoluo, exceto motocicletas,
motonetas, ciclomotores, bicicletas com motor auxiliar e veculos assemelhados, limites
mximos de rudo com os veculos em acelerao;
Resoluo CONAMA n 282/2001, que estabelece requisitos para os conversores catalticos
destinados a reposio;
Resoluo CONAMA n 291/ 2001, que regulamenta os conjuntos para converso de veculos
para uso do gs natural;
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Resoluo CONAMA n 297/2002, que estabelece limites de emisso de gases poluentes por
ciclomotores, motociclos e veculos similares novos;
Resoluo CONAMA n 315/2002, que dispe sobre a nova etapa do Programa de Controle de
Emisses Veiculares (PROCONVE);
Resoluo CONAMA n 342/2003, que estabelece para emisses de gases poluentes por
ciclomotores, motociclos e veculos similares novos, em complemento Resoluo CONAMA n
297/2002;
Resoluo CONAMA n 418/2009, que dispe sobre critrios para a elaborao de Planos de
Controle de Poluio Veicular - PCPV e para a implantao de Programas de Inspeo e
Manuteno de Veculos em Uso - I/M pelos rgos estaduais e municipais de meio ambiente e
determina novos limites de emisso e procedimentos para a avaliao do estado de
manuteno de veculos em uso;
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101. REFERNCIAS
CANADO J.E.D, Braga A, Amador Pereira L.A, Arbex M.A, Saldiva P.H.N, Santos U.P.
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ao programa de Ps-Graduao de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro