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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ GISELE SILVÉRIO DOS SANTOS TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO DOS FUNCIONÁRIOS NA EMPRESA RARD COMÉRCIO E REPRESENTAÇÕES LTDA-ME ITAJAÍ 2012

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

GISELE SILVÉRIO DOS SANTOS

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO DOS FUNCIONÁRIOS NA

EMPRESA RARD COMÉRCIO E REPRESENTAÇÕES LTDA-ME

ITAJAÍ

2012

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GISELE SILVÉRIO DOS SANTOS

TRABALHO DE ESTÁGIO

ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO DOS FUNCIONÁRIOS NA

EMPRESA RARD COMÉRCIO E REPRESENTAÇÕES LTDA-ME

Trabalho de Estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Gestão da Universidade do Vale do Itajaí.

Orientador: Msc, Cristina Pereira Vecchio Balsini

ITAJAÍ 2012

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Primeiramente quero agradecer a Deus por me iluminar, e guiar todos meus passos. Agradeço a minha mãe Maurina, pelo incentivo aos estudos, carinho e educação, ao meu Paizinho Joel que já não se encontra, mais comigo, e que tenho certeza de que onde ele estiver vai ficar muito feliz. As minhas amigas que me incentivaram a não desistir e tiveram paciência comigo. Agradeço a todos os professores que transmitiram seus conhecimentos no decorrer deste curso, em especial a orientadora Cristina Balsini, pela competência, dedicação e amizade. À Rard Comércio e Representações pela oportunidade desenvolvimento pesquisa.

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“Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve... A vida “é muito pra ser insignificante” (Charles Chaplin)

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EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do estagiário Gisele Silvério dos Santos

b) Área de estágio Área de Recursos Humanos

c) Orientador de conteúdo Prof. Cristina Pereira Vecchio Balsini

d) Supervisor de campo Robson Rodrigues

e) Responsável pelo Estágio Prof. Eduardo Krieger da Silva

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

a) Razão Social Rard Comércio e Representações LTDA-ME

b) Endereço

Rua Tijucas, 442. Centro – Itajaí / SC

CEP: 88301 - 360

c) Setor de Desenvolvimento do Estágio Setor de Recursos Humanos

d) Duração do estágio 240 Horas

e) Nome e cargo do supervisor de campo Robson Rodrigues - Diretor

f) Carimbo e visto da organização

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RESUMO

A preocupação em manter um ambiente de trabalho saudável, deve ser uma constante nas organizações que buscam grande capacidade de adaptação e adequação as mudanças que acontecem nos dias atuais. Diante deste contexto esta pesquisa apresentou como objetivo principal analisar a Qualidade de Vida no Trabalho dos colaboradores Rard Comércio e Representações LTDA ME, localizada na cidade de Itajaí/SC, segundo modelo de Walton (1973). A pesquisa caracterizou-se quanto à tipologia de estágio como pesquisa-diagnóstico, tendo como abordagem os métodos quantitativos e qualitativos. Para o levantamento de dados foram ultilizados questionários com questões fechadas e entrevista semi- estruturadas realizada com Gestor da empresa. O estudo contou com a participação de 11 calaboradores. Os dados qualitativos foram tratrados por meio de análise de conteúdo e os datos quantitativos por meios estatísticos. Os dados foram apresentados por meio de tabelas, quadros, e textos aplicativos. Os resultados obtidos foram favoráveis. A pesquisa revelou que os colaboradores com base nos conhecimentos adquiridos pela estagiária acerca do tema e nos resultados da pesquisa realizada, não houve itens que compremetessem a Qualidade de Vida no Trabalho ou que apresentassem grande insatisfação dos colaboradores. Em vista dos resultados encontrados foram apresentados sugestões para organização com o objetivo de alinhar a satisfação pessoal dos colaboradores aos resultados da organização. Palavras-chave: Recursos Humanos, Qualidade de Vida no Trabalho.

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LISTAS DE TABELAS

Quadro 1 – Título Colaboradores participantes de pesquisa.............................. 16

Quadro 2 – Título Modelo de Wastley................................................................. 25

Quadro 3 – Título Modelo dimensões básicas da tarefa..................................... 26

Quadro 4 – Título Resultados fator Compensação justa e adequada................. 40

Quadro 5 – Título Resultados fator Condições de trabalho................................. 41

Quadro 6 – Título Resultados fator Uso e desenvolvimento capacidade............ 42

Quadro 7 – Título Resultados fator Oportunidade de crescimento..................... 43

Quadro 8 – Título Resultados fator Integração social da organização................ 44

Quadro 9 – Título Resultados fator Constitucionalismo...................................... 44

Quadro 10 – Título Resultados fator Trabalho e espaço total de vida................ 45

Quadro 11 – Título Resultados fator Relevância social da vida do trabalho....... 46

Quadro 12 – Título Sugestões para organização................................................ 55

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 10 1.1 Objetivo geral ................................................................................................. 11 1.2 Objetivos específicos ...................................................................................... 11 1.3 Justificativa da realização do estudo .............................................................. 12 1.4 Aspectos metodológicos .................................................................................. 13 1.4 Técnicas de coleta e análise dos dados ......................................................... 15 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................................... 18 2.1 Adminitração ................................................................................................... 18 2.2 Administração Recursos Humanos................................................................. 19 2.3 O trabalho ....................................................................................................... 21 2.4 Qualidade de vida no trabalho ........................................................................ 22 2.5 2.4.1 Os modelos de análise de Qualidade de Vida no Trabalho ................... 24 3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ......................................................... 34 3.1 Histórico .......................................................................................................... 34 3.2 Estrutura organizacional ................................................................................. 37 3.3 Visão ............................................................................................................... 38 3.4 Missão ............................................................................................................ 38 4 RESULTADOS DA PESQUISA .......................................................................... 39 4.1 A visão do gestor diante da qualidade de vida no trabalho. ........................... 39 4.2 Verificação dos fatores que interferem na qualidade de vida no trabalho na percepção dos colaboradores ................................................................................... 45 5 SUGESTÕES PARA A ORGANIZAÇÃO ........................................................... 54 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 56 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 57 APÊNDICES .............................................................................................................. 63 APÊNDICE B – Entrevista com os funcionários da empresa Rard Comércio e Representações LTDA ME. ....................................................................................... 66 ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS ...................................................................... 68

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1 INTRODUÇÃO

O trabalho no decorrer de sua história sempre ocupou lugar de destaque na

vida do ser humano, pois é a partir dele que indivíduo se desenvolve e cria sua

identidade. Ele ocupa um espaço muito importante na vida de todos e uma grande

parte de nossas vidas é passada dentro de uma organização. Nos últimos tempos

esta relação passou por profundas transformações: os trabalhadores deixaram de

ser meras engrenagens na linha da produção para tornarem-se qualificados e

polivalentes.

O nível de satisfação no ambiente de trabalho é importante para minimizar

conflitos entre as necessidades dos indivíduos e das organizações, pois através do

conhecimento das aspirações, dos desejos e das necessidades dos funcionários,

medidas poderão ser adotadas, de modo que a organização possa alcançar seus

objetivos institucionais e atender as expectativas dos indivíduos no trabalho.

A partir destas mudanças, a preocupação com o bem-estar dos funcionários

no ambiente de trabalho começou a ter destaque na prática administrativa, pois foi

percebido que a valorização dos recursos humanos interfere direta ou indiretamente

na produtividade e nos resultados financeiros da organização. Desta forma entende-

se que o grande capital é homem, e um dos principais motivos para se investir em

qualidade de vida é a sobrevivência da organização.

Nesse contexto as organizações vêem a necessidade de manter uma força

de trabalho efetivamente comprometida com sua missão e valores. Em um mercado

com empresas semi-igualadas o grande diferencial são as pessoas, e a organização

necessita destas para atingir seus resultados. Este recurso humano deve ser tratado

da melhor maneira possível para que a empresa possa, por meio desse, alcançar

vantagens competitivas sobre os demais concorrentes, pois pessoas motivadas,

recompensadas e valorizadas contribuirão positivamente para o sucesso da

organização.

Esta pesquisa teve como pressuposto a ciência da Administração com foco

na área de Recursos Humanos (RH). Esta área que atualmente é de imprescindível

importância para o perfeito andamento de uma organização, pois dela dependerá

atividades, tais como: recrutamento, seleção, treinamento, avaliação de

desempenho, administração de salários e benefícios, dentre outros. Portanto, para

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que seja participativa é necessário que a organização tenha interesse na valorização

e no aperfeiçoamento de todos os processos relacionados ao desenvolvimento das

pessoas que dela fazem parte.

O desenvolvimento da pesquisa foi realizado na empresa Rard Comércio e

Representações LTDA-ME, distribuidora de Crédito, que foi fundada em 1997.

Atuante como Correspondente Bancário, vem ampliando a sua área de atuação.

Hoje atende a Região, Itajaí, Navegantes, Balneário Camboríu, Barra Velha, Luiz

Alves, Canelinha, entre outras, oferecendo serviços e produtos como: Empréstimo

Consignado para aposentados, pensionistas; servidores públicos, financiamento e

refinanciamento, caminhões, carros e motos; Consórcios de carros, motos e

caminhões.

1.1 Objetivo geral

O objetivo geral deste trabalho consiste em analisar a qualidade de vida no

trabalho na percepção dos funcionários da Rard Comércio e Representações LTDA-

ME.

1.2 Objetivos específicos

Roesch (2007, p 96) afirma que “o objetivo geral define o propósito do

trabalho [...] é formulado de forma genérica o suficiente para abranger vários

objetivos específicos”.

Conclui a autora que os objetivos específicos referem-se à forma de como

se pretende alcançar o objetivo geral. Para Marconi e Lakatos (2002) toda pesquisa deve ter um objetivo

determinado para saber o que se vai procurar e o que se pretende alcançar.

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Neste caso, definem-se os seguintes objetivos específicos:

• Compreender a visão do diretor da Rard Comércio e Representações

LTDA-ME diante da QVT;

• Verificar os fatores que interferem na qualidade de vida no trabalho na

visão dos funcionários;

• Propor sugestão para empresa

1.3 Justificativa da realização do estudo

Apresenta-se neste item a problemática da pesquisa e a justificativa do

estudo.

Roesch (2007 p. 90) explica que “um problema é uma situação não

resolvida, mas também pode ser uma identificação de oportunidades até então não

percebida pelas organizações”. Sobre o problema o autor Oliveira (2006, p. 43),

traça os seguintes conhecimentos: “um problema é a natureza científica quando

envolve variáveis que podem ser tidas como testáveis”.

O gestor da empresa explica em entrevista no estágio I que a empresa

passa por um período relativamente estável, após passar pela crise econômica de

2008-2009 que foi um desdobramento da crise financeira internacional, precipitada

pela falência de um tradicional banco de investimento. Em efeito dominó, outras

grandes instituições financeiras quebraram, no processo também conhecido como

"crise dos subprimes".

Nesse contexto, a necessidade da realização desta pesquisa ocorrem

devido a importância de compreender a existência ou não de uma qualidade de vida

adequada para os funcionários após a crise, sendo assim buscou-se analisar a

qualidade de vida no trabalho na visão dos funcionários.

Além disso, ainda não houve nenhuma pesquisa sobre este tema na

empresa o que a torna interessante e importante para a empresa Rard.

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Segundo França (1996) o conceito de qualidade de vida no trabalho é um

conjunto de ações de uma empresa que envolve diagnóstico e implantação de

melhorias e inovações gerenciais, tecnológicas e estruturais, dentro e fora do

ambiente de trabalho, visando propiciar condições plenas de desenvolvimento

humano para e durante a realização do trabalho.

O tema proposto foi viável para a organização e para os funcionários, sendo

que ainda não ocorreu uma análise desse tipo na empresa também como para

universidade de ter a oportunidade de conhecer uma nova organização.

Já para acadêmica teve um grande significado com relação ao seu

conhecimento, proporcionando novos aprendizados e enriquecendo sua vida

profissional, sendo uma grande oportunidade de aliar parte da teoria de recursos

humanos com a prática, a qual é fundamental para sua formação.

A empresa por sua vez, disponibilizou as informações necessárias, para a

execução da pesquisa, até porque nenhum estudo sobre o tema foi realizado na

empresa e a acadêmica teve liberdade para coletar os dados na empresa.

1.4 Aspectos metodológicos

Neste item da pesquisa são abordados os aspectos metodológicos

relacionados à realização do estudo.

Para Guerra e Castro (2002, p.27) “a metodologia busca uma solução de um

problema, onde vários caminhos se oferecem ao pesquisador, dentre tantos, a

escolha da metodologia e das técnicas a serem aplicadas”. Cada área de

conhecimentos possui sua linha metodológica adequada. Explica Roesch (1999, p.

71) a tipologia classificou-se como uma pesquisa-diagnóstico, esse tipo de pesquisa

tem como objetivo explorar o ambiente, levantar e definir os problemas a pesquisa-

diagnóstico normalmente reporta-se a uma situação, em um momento definido. A

rigor, qualquer mudança organizacional deveria ser percebida de uma fase de

diagnóstico.

A pesquisa proposta teve uma etapa qualitativa e uma quantitativa que

segundo Diehl (2002, p.74) a pequisa qualitativa busca “compreender e classificar os

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processos dinâmicos vividos por um grupo social”, neste caso a visão do gestor da

empresa.

No caso deste estudo, a pesquisa qualitativa foi utilizada com a intenção de

verificar a opinião do gestor quanto a qualidade de vida no trabalho dos

colaboradores.

Menciona Richardson (1999) “a pesquisa qualitativa é caracterizada com a

tentativa de uma compreensão detalhada dos significados e características

situacionais apresentadas pela pesquisa, em lugar da produção de medidas

quantitativas de características ou comportamentos”.

O método quantitativo foi utilizado na aplicação de questionários aos

funcionários. Esse método de acordo com Roesch (2007) é usado para que se

possa medir alguma coisa de forma objetiva. Oliveira (1999) aponta que o método

quantitativo indica a quantificação de dados através das opiniões, coleta de dados e

informações.

Quanto ao método quantitativo, Richardson (1999, p. 70) ressalta que:

A escolha de procedimentos sistemáticos para a descrição e explicação de fenômenos. Esses procedimentos se aproximam dos seguidos pelo método científico que consiste em delimitar um problema, realizar observações e interpretá-las com base nas relações encontradas fundamentando-se, se possível nas teorias existentes.

Em outra linha, Vergara (2000, p. 56) “que o método qualitativo utiliza uma

forma mais estruturada, analisando, identificando e descrevendo, confirmando ou

não diante de processos não estatísticos”.

A estratégia de pesquisa utilizada foi um estudo de caso. Cervo e Bervian

(1996, p. 50) ressaltam que estudo de caso “é a pesquisa sobre um determinado

indivíduo, família ou grupo ou sociedade, para examinar aspectos variados de sua

vida”.

Roesch (2005, p. 201) enfatiza que é uma estratégia de pesquisa que “permite

o estudo de fenômenos em profundidade dentro de seu contexto; é especialmente

adequado ao estudo de processos e explora fenômenos com base em vários

ângulos”.

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De acordo com Yin (2005) estudo de caso é um plano de investigação, que se

concentra no estudo de um “caso”, que nesta pesquisa é a organização. Esta

metodologia é a mais adequada quando se necessita as causas de um

acontecimento.

Foi utilizada a pesquisa de maneira descritiva, que é definida por Malhotra

(2001) sendo como o objetivo de alcançar uma compreensão sobre as razões e

motivações não explícitas, de maneira espontânea e consciente.

Gil (2002, p.42) explica que as pesquisas descritivas têm como objetivo

primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno

ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis. São inúmeros os estudos

que podem ser classificados sob este título e uma das suas características mais

significativas esta na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais

como o questionário e a observação sistemática.

1.4 Técnicas de coleta e análise dos dados

A coleta de dados foi realizada em Itajaí, no qual participaram os

colaboradores da unidade, os responsáveis pelos Recursos Humanos da empresa e

com Gestor da Rard Comércio e Representações LTDA-ME.

Roesch (2007, p. 138) enfatiza que: “uma população é um grupo de pessoas

ou empresas que interessa entrevistar para o própósito específico de um estudo”. No

quadro 1 é apresentada a população do estudo.

SETOR EMPRESA Nº FUNCIONÁRIOS GERENCIA COMERCIAL 1 ADMINISTRATIVO 1 JURÍDICO 1 TÉCNICO DE EQUIPAMENTOS 1 SERVIÇOS GERAIS 1 PROGRAMADORES 1 ANALISE 2 FORMALIZAÇÃO 1 PÓS-VENDE E COBRANÇA 1 OPERADORES 3 FINANCEIRO RH 1 TOTAL 14 Quadro 1- População de estudo Fonte: Dados Secundários

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Pelo fato da pesquisa ter sido aplicada com todos os funcionários, foi

classificada com senso. De acordo com Malhotra (2001, p.301)”um censo envolve a

enumeração completa dos elementos de uma população”.

Para a elaboração do presente estudo, utilizou-se entrevistas e questionários

fontes primárias. Dessa forma, Mattar (2005) comenta que as fontes primárias são

aquelas informações que não foram ainda coletadas e quando forem, servirão para

atender a um fim específico, como no caso desta pesquisa. Quanto a entrevista

realizada com gestor.

Ludke e André (1986) analisam que a grande vantagem da entrevista sobre

outras técnicas é que ela permite a captação imediata e corrente da informação

desejada, praticamente com qualquer tipo de informante e sobre os mais variados

assuntos.

Richardson (2007, p. 189) destaca que, “geralmente, os questionários

cumprem pelo menos duas funções: descrever as características e medir

determinadas variáveis de um grupo social”. Na mesma linha, Marconi e Lakatos

(2007) completam que o questionário é um instrumento de coleta de dados,

constituído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por

escrito e sem a presença do entrevistador.

Como norma geral, um questionário não deve ser usado em pesquisa de

campo sem antes ralizar um pré-teste, é necessário que se faça a aplicação do

quesionário em uma pequena amostra de entrevistados para poder identificar e

elimar problemas com antecedência e até mesmo para aperfeiçoar o conteúdo e o

enunciado das questões são de fácil entendimento (MALHOTRA, 2006).

Tanto o questionário quanto o roteiro de entrevista foram embasados na teoria de

Walton (1973 apud FERNANDES, 2004) sendo que os 8 fatores propostos pelo

autor foram analisados sendo estes: Compensação justa e adequada, Condições de

trabalho; Uso e desenvolvimento das capacidades; Oportunidade de crescimento e

segurança; Integração social no trabalho; Constitucionalismo; Trabalho e o espaço

total da vida; Relevância social da vida no trabalho.

Apesar de estarem relacionados análise e interpretação são atividades

distintas conforme Lakatos e Marconi (1991), analisar é tentar tornar claro as

relações existentes entre o fato estudado e outros fenômenos, interpretar é uma

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atividade pessoal que busca dar significado amplo as respostas relacionadas a

outros conhecidos.

Cabe ressaltar que os dados qualitativos obtidos por meio de entrevista com

foram analisados por meio de análise de conteúdo.

Como explica Roech (2007) na análise de conteúdo da pesquisa qualitativa

o pesquisador, ao finalizar a coleta de dados, se depara com imensas quantidades

de notas ou depoimentos, materializados na forma de textos, o qual terá e organizar

para depois interpretar.

De acordo com Roesch (1999) análise de conteúdo usa uma serie de

procedimentos para levantar inferências válidas a partir de um texto. O método

busca classificar palavras, frases ou mesmo parágrafo em categoria de conteúdo.

Os dados foram analisados a partir do conteúdo das entrevistas Sobre

tratamento e análise dos dados Gil (1996, p . 102) cita que:

O processo de análise dos dados envolve diversos procedimentos: codificação das respostas, tabulação dos dados e cálculos estatísticos, Após ou juntamente com a análise, pode ocorrer também a interpretação dos dados, que consiste, fundamentalmente, em estabelecer a ligação entre os resultados obtidos com outros já conhecidos, que sejam derivados de teorias, quer sejam de estudos realizados anteriormente.

Lakatos (2007) enfatiza que o questionário é um instrumento de coleta de

dados constituído por uma série ordenada de perguntas, onde devem ser

respondidas por escrito e na ausência do entrevistador. Gil (2007) complementa que

o questionário é usado como a técnica de investigação composta por um número de

questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo por objetivo o conhecimento

de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, ou até mesmo situações

vivenciadas.

Define Virgillito (2008, p. 26) que “a estatística descritiva ocupa-se em ordenar

as variáveis da amostragem colhidas [...] e delas extrair os primeiros resultados

descritivos”. Esses resultados servirão para todo o processo estatístico, que é

composto por técnicas da estatística descritiva, dentre elas, descrição gráfica,

distribuição de fregüências, análise de variáveis, tabulação de dados, mpedis e

desvio padrão.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Este capítulo apresenta os presupostos teóricos quer serviram de base para

realização do presente estudo. Foram considerados os seguintes itens:

Administração, Administração Recursos Humanos, o Trabalho, Qualidade de Vida no

Trabalho, e os modelos de análise de qualidade de vida.

2.1 Adminitração

Neste cenário contemporâneo, com profundas transformações tecnológicas,

econômicas e sociais, a Administração tornou-se uma ciência importante para a

atividade humana, algo indispensável para a existência, sobreviência e sucesso das

organizações.

Administração é o processo que permite alcançar metas de uma empresa,

fazendo o uso do trabalho com e por meio de pessoas e outros recursos da empresa

“(CERTO, 2005.p.5). Portanto é um processo que tem como finalidade garantir a

eficiência e a eficácia de um sistema.

O marco da administração iniciou com a administração científica de Taylor, onde

defendia a evidência nas tarefas. Logo a preocupação básica passou para evidência

na estrutura, com a teoria clássica de Fayol e com a teoria burocrática de Max

Weber, seguindo-se mais tarde com a teoria estruturalista (MAXIMIANO, 2000).

Podendo ser definida em vários conceitos, pode-se obter vários significados

para a administração, cada uma com uma visão bem diferente, mas que por fim

todas essas visões se interligam em uma só. Como leciona Montana e Charrnov

(2003, p 2), “ a administração é o ato de trabalhar com e por intermédio de outras

pessoas para realizar os objetivos da organização, bem como o de seus membros”.

A organização é a segunda função administrativa. “Envolve a atribuição de

tarefas, o agrupamento das tarefas em departamentos, e a atribuição de autoriade e

alocação recursos pela organização (DAFT, 2005, p.6).

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Já para Griffin (2007) significa um conjunto de atividades direcionadas à

utilização dos recursos de uma empresa (humanos, financeiros, materiais e de

informações) para que esta atinja os objetivos eficientes e efetivos.

Outra definição proposta por Faria (1997) é que a administração é a condução

racional das atividadess de uma organização, cuidando dos quatro princípios

básicos da administração, o (planejamento, organização, direção e controle).

Como leciona Certo (2003), a administração é o processo que permite alcançar

as metas de uma empresa, fazendo uso do trabalho com e por meio de pessoas e

outros recursos de empresa.

Um aspecto importante na administração é reconhecer o papel e a importância

dos outros. Os bons gerentes sabem que a única maneira para conseguir realizar

qualquar coisa é pelas pessoas e organização (DAFT, 2005).

Contudo, a administração necessita de um amplo conhecimento e a aplicação

correta dos princípios técnicos e científicos, é a necessidade de combinar os meios e

objetivos com eficiência e eficácia.

2.2 Administração Recursos Humanos

A administração de recursos humanos é um ramo especializado da ciência

da administração, responsável por uma série de decisões integradas que formam as

relações de trabalho, sua atividade influencia diretamente a capacidade das

organizações, assim como de seus empregados em atingir os objetivos.

Para Chiavenato (2004), as pessoas passam grande parte de sua vida

dentro das organizações, onde cada indivíduo espera um retorno sobre o seu

esforço aplicado, procurando alcançar seus objetivos, uma vez alcançados, sentem-

se motivados para o trabalho e desempenham melhor seu papel, acarretando assim

em uma relação duradoura.

A administração de recursos humanos possui como principal objetivo,

administrar a relação com seus funcionários, considerados hoje, como parceiros do

negócio, e não mais como meros recursos da organização. Sendo assim, a

vantagem competitiva das empresas, está nas pessoas, são elas que produzem,

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vendem, tomam decisões, motivam, comunicam, supervisionam, gerenciam e

vendem, dirigem os negócios, e a maneira como a qual realizam as tarefas, depende

em grande parte das políticas e diretrizes organizacionais (RIBEIRO, 2006).

Milkovich e Boudreau (2000) sustentam que a administração de recursos

humanos compreende um conjunto de decisões, que integram as relações de

trabalho, sendo a qualidade de seus processos e o comprometimento de seus

empregados à base para se alcançar a sua missão. Completa o mesmo autor (2000,

p. 19) “os recursos humanos (RH) trazem o brilho da criatividade para a empresa,

sem pessoas eficazes é simplesmente impossível para qualquer empresa atingir

seus objetivos”.

Nessa perspectiva, Gil (2001) conclui que, a Gestão de Pessoas tem como

objetivo ajudar a organização a alcançar a excelência necessária para enfrentar os

desafios. Para isto, o profissional de recursos humanos precisa assumir novas

responsabilidades, novas habilidades, como, proporcionar a organização

funcionários motivados e capacitados, preocupar-se com a qualidade de vida, tratar

as pessoas como parceiras da organização e manter um comportamento

responsável e ético.

Roesch (2005) explica que a área de recursos humanos busca basicamente

compatibilizar as necessidades de curto prazo das pessoas com objetivo de longo

prazo das organizações.

Dentro desta mesma visão, a área de administração recursos humanos tem

como responsabilidade principal cuidar da qualidade de vida de seus empregados e

melhorar os resultados organizacionais sempre mantendo a qualidade de vida e

produtividade dos mesmos (MARRAS, 2002).

Portanto o próximo tema abordado é o trabalho para posteriormente inicar o

tema central da pesquisa que é a qualidade de vida no trabalho.

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2.3 O trabalho

Ao se ter o trabalho como objeto de estudo, é preciso compreender que se trata

de um tema multidisciplinar, que utiliza conhecimentos da sociologia, medicina,

filosofia, psicologia, dentre outras ciências. As relações entre o homem, o seu

trabalho e a organização tornaram-se objeto de vários estudos a partir dos anos de

1950, sendo intitulados Qualidade de Vida no Trabalho (GUIMARÃES; MACEDO,

2003).

Valle e Vieira (2004) comentam que o valor supremo da nossa cultura é

trabalho; todas as outras dimensões da existência estão a ela submetidas, ou

simplesmente, perderam a importância. O indivíduo espera que a sua atividade

profissional venha suprir todas as suas necessidades e possibilitar a sua total

realização.

O trabalho pode ser definido de várias formas. Fryer Payne (1984 apud MORIN,

2001, p. 12) abordam que “o trabalho seria uma atividade útil, determinado por um

objetivo definido além do prazer gerado por sua execução”;

Enquanto categoria psicológica, o trabalho cria identidade social e pessoal. O

ser não é dissociado do fazer. O trabalho transcende o concreto e instala-se numa

subjetividade, na qual o sujeito da ação é parte integrante e integrada do fazer,

resultando na realização de si mesmo (GUIMARÃES; MACEDO, 2003).

Nesse sentido, o interesse pelo trabalho pode estar associado ao grau de

correspondência de suas exigências, ao conjunto de valores, de interesse e de

competências do indivíduo e também das possibilidades de desenvolver sua

autonomia e perceber seu senso de responsabilidade. O trabalho permite

realizações, oferecendo oportunidades para vencer desafios ou conquistar idéias,

por isto tem influência não somente no desenvolvimento da autonomia pessoal, mas

também na motivação (MORIN, 2001).

Guimarães e Macedo (2003) explicam que quando trabalha, a pessoa tem

oportunidade de aprender, criar, inovar e desenvolver novas formas para execução

da tarefa, e ainda interage com os outros, o que reforça sua identidade pessoal.

O autor ainda utiliza citações de Herzberg (1966, 1980, 1996) para

complementar sua idéia em relação ao trabalho, comentando que representa um

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valor importante, pois exerce influência sobre a motivação, assim como também

sobre a satisfação dos trabalhadores e sua produtividade.

No atual contexto, onde se procura um maior envolvimento das pessoas com

o seu trabalho, a Qualidade de Vida no Trabalho constitui a evolução de uma teoria

com contribuições de vários campos científicos como a medicina, ecologia,

ergonomia, psicologia, sociologia, economia, administração e engenharia (FRANÇA,

1996 apud GUIMARÃES; MACEDO, 2003). De todas essas ciências a que mais

contribuiu para o surgimento desse movimento organizacional foi a administração

com suas teorias centradas nas pessoas, que por sua vez, teve a contribuição da

psicologia organizacional.

As organizações devem estabelecer um limite entre a vida pessoal e

profissional, elaborando e apoiando programas para conscientizar esta importância,

que se traduz em melhorias de qualidade de vida e aumento da produtividade.

Corroborando com esta afirmação, Bom Sucesso (1998, p. 19), salienta que “o mais

forte desafio tem sido viver com qualidade em um mundo de alto desenvolvimento

tecnológico e baixo desenvolvimento humano, que evidencia a dificuldade de

conciliar trabalho e vida pessoal”. Diante do exposto nota-se a importância da QVT

nas organizações.

2.4 Qualidade de vida no trabalho

Os primeiros estudos ligados a qualidade de vida no trabalho foram iniciados

na década de 50, principalmente no que se refere a satisfação do trabalhador com a

organização e com a tarefa que executa (HONORIO; MARQUES, 2001)

Conforme sustenta Sampaio (2004) o termo “qualidade” se refere a certos

atributos ou características considerados indicadores de superioridade em relação a

determinado assunto. O termo “vida”, por sua vez, que só pode ser entendido numa

perspectiva bem contextualizada, e é definido como uma categoria que, entre outras

coisas, inclui saúde, relações familiares satisfatórias, condições financeiras estáveis,

entre poucos aspectos.

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A Qualidade de Vida no Trabalho é uma preocupação crescente das

organizações que procuram ser altamente competitivas, pois as pessoas são o

principal elemento diferenciador e as responsáveis pelo acontecimento do negocio.

Contudo Oliveira (2006) enfatiza que este é um dos temas mais desafiadores para o

ambiente organizacional, impactando direta ou indiretamente na produtividade dos

funcionários e nos resultados financeiros da empresa.

Assim, nos primeiros anos da década de 80, houve um interesse renovado e

uma apreciação pela importância da qualidade de vida dos empregados, na qual a

ênfase maior foi na relação entre programas de produtividade centrados empregado

e nos esforços de QVT (NASCIMENTO; PESSOA, 2007).

O termo qualidade de vida já tinha aparecido na história com outros títulos e

outros contextos, mas sempre voltada a facilitar e trazer satisfações e bem estar ao

trabalhador na execução de suas tarefas, a qualidade de vida sempre foi objeto de

preocupação humana (RODRIGUES,1994).

A QVT defende que a integração entre os ambientes internos e externos da

organização contribuem para uma melhor qualidade de vida do indivíduo e do grupo

dentro e fora da organização, necessitando de pessoas motivadas e preparadas

para a competição. São os colaboradores que possibilitam a vantagem competitiva

nas organizações e faz-se necessária a implementação de ações que propiciem a

qualidade de vida no trabalho (TOLFO; PICCININI, 2001).

Jaques (1996) apud Martins (2003) aponta que buscar qualidade de vida

significa entender e procurar atender as pessoas em suas necessidades integrais,

em sua dimensão biopsicossocial. Isto se explica, pois existe uma nova realidade

social, onde há um aumento da expectativa de vida, maior tempo de vida

trabalhando em atividades produtivas, maior consciência do direito à saúde, pelos

novos hábitos e estilos comportamentais, responsabilidade social e consolidação do

compromisso de desenvolvimento sustentável.

As organizações estão na busca contínua de métodos rápidos e mudanças

significativas nas novas formas de gerenciamento, buscando na QVT formas que

influenciam direta ou indiretamente na produtividade e nos resultados financeiros da

organização. Tem-se o entendimento de Fernandes (1996) que o enfoque principal

na qualidade de vida no trabalho, volta-se para a conciliação dos interesses dos

empregados e das organizações, ou seja, ao mesmo tempo em que melhora a

satisfação do trabalhador, em conseqüência, aumenta a produtividade da empresa.

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Conforme enfatiza Limongi-França (2004) a QVT passa a ser uma

preocupação cada vez mais presente nas organizações, pois está associada à nova

realidade social, apelos a novos hábitos, responsabilidade social e compromisso de

desenvolvimento sustentável, fazendo parte das mudanças pelas quais passam as

relações de trabalho.

A partir de 1979, as preocupações com a QVT tomaram um novo impulso,

esta fase foi chamada de segundo ciclo de interesse da QVT. Esse ressurgimento foi

devido principalmente à perda de competitividade das indústrias norte- americanas

dividido-as concorrentes japonesas, e da constatação de que o compromisso com o

trabalho e com o empregador era menor nos Estados Unidos que em outros países.

Assim, os primeiros anos da década de 80, houve um interesse renovado e uma

apreciação pela importância da qualidade de vida dos empregados, em que a ênfase

maior foi na relação entre programas de produtividade centradas no empregado e os

esforços de QVT (NASCIMENTO; PESSOA, 2007).

Foram elaborados diversos modelos que servem para analisar a QVT em

uma empresa e estes são listados no próximo item.

2.5 2.4.1 Os modelos de análise de Qualidade de Vid a no Trabalho

Existem alguns modelos que identificam os fatores determinantes da qualidade

de vida no trabalho citados na literatura. Nos quais destaca Fernandes (1996) são os

seguintes: Modelos de Westley; Modelo de Nadler e Lawler; Modelo Hackman e

Oldham e Modelo de Walton.

Explicam Carvalho e Souza (2003) que todos modelos trazem contribuições

ao estudo da QVT, apesar das diferenças nas abordagens no tocante ao conteúdo e

a forma.

2.4.2 O Modelo de Análise de QVT de Westley

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De acordo com Westley (1979, apud SOUZA, 2005) a QVT parte de quatro

dimensões fundamentais que afetam diretamente a QVT: a política, a econômica, a

psicológica e a sociológica.

NATUREZA DO PROBLEMA

SINTOMA DO PROBLEMA

AÇÃO PARA SOLUCIONAR O PROBLEMA

INDICADORES PROPOSTAS

Econômico (1850)

Injustiça União dos Trabalhadores

*Insatisfação *Greves

*Cooperação *Divisão dos Lucros *Participações nas decisões

Político (1850-1950)

Insegurança Posições Políticas

*Insatisfação *Greves

*Trabalho auto-supervisionado *Conselho dos trabalhadores *Participação nas decisões

Psicológico (1950)

Alienação Agentes de Mudança

*Desinteresse *Absenteísmo e “Turnover”

*Enriquecimento das tarefas

Sociológico Anomia Autodesenvolvi-mento

*Ausência de significação do trabalho. *Absenteísmo e “Turnover”

*Métodos sócio-técnicos aplicados aos grupos

Quadro 02: O modelo de Westley. Fonte: Westley (1979 apud RODRIGUES, 1995) Este modelo abrange os principais fatores que envolvem o ser humano e o

ambiente que o cerca. Que a participação dos funcionários, associação de classe,

sindicatos e partidos políticos é fundamental para a manutenção do bem-estar intra-

organizacional, afirmam as autoras Limongi-França e Arellano (2002).

2.4.3 Modelo de Hackman e Oldham (1975)

Hackman e Oldham (1975 apud SAMPAIO, 2004), estes avaliam três

características objetivas do trabalho. A primeira refere-se as dimensões da tarefa,

identificando variedade de habilidade, identidade da tarefa, significação da tarefa,

autonomia, feedback e inter-relacionamento. A segunda, estado psicológico,

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envolvendo significância percebida do trabalho, responsabilidade percebida pelos

resultados do trabalho e do conhecimento dos resultados do trabalho. E a terceira,

são as respostas afetivas ao trabalho, que inclui satisfação geral, motivação interna

ao trabalho e satisfações específicas (com a segurança no trabalho, remuneração,

ambiente social e necessidade de crescimento individual).

O quadro 8 apresenta as características objetivas do trabalho de acordo com

Hackman e Oldham (1975) apud Fernandes (1996).

DIMENSÕES DA TAREFA

ESTADOS PSICOLÓGICOS

CRITICOS

RESULTADOS PESSOAIS

E DE TRABALHO

Variedades de habilidades Identidade da tarefa Significado da tarefa

Percepção da significância do trabalho

Satisfação geral com o trabalho Motivação interna para o trabalho

Inter-relacionamento Autonomia

Percepção das responsabilidades pelos resultados

Produção de trabalho de alta qualidade

Feedback do próprio trabalho Feedback extrínseco

Conhecimentos dos reais resultados do trabalho

Absenteísmo e rotatividade baixa

Quadro 03: Modelo das Dimensões Básicas da Tarefa Fonte: Hackman e Oldham (1975, apud Fernandes, 1996) Através deste modelo Hackman e Oldham observaram que os três estados

psicológicos exercem um importante impacto na motivação e na satisfação do

colaborador em seu trabalho: o sentido que encontra na função exercida, a

responsabilidade que percebe em relação aos resultados obtidos e o conhecimento

de seu desempenho, ou seja, o trabalho somente tem sentido quando o colaborador

o acha importante útil e legítimo (MORIN, 2001).

Para Hackman e Oldham (1975) apud Niero (2004) a positividade individual e

o resultado do trabalho (alta motivação interna, satisfação no trabalho, qualidade no

desempenho, baixo absenteísmo e rotatividade) são obtidos quando os três estados

psicológicos estão presentes em um determinado trabalho e apresentam um

resultado positivo.

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2.4.4 Modelo de Walton (1973)

Walton (1973 apud FERNANDES, 2004, p.36) enfatiza como meta gerar uma

organização mais humanizada, na qual o trabalho envolve, simultaneamente,

relativo grau de responsabilidade e de autonomia a nível do cargo, recebimento de

recursos de “feedback” sobre o desempenho com tarefas adequadas, variedade,

enriquecimento de trabalho e com ênfase no desenvolvimento pessoal do indivíduo.

A expressão qualidade de vida tem sido usada com crescente freqüência para

descrever certos valores ambientais e humanos, negligenciados pelas sociedades

industriais em favor do avanço tecnológico, da produtividade e do crescimento

econômico (WALTON, 1973 apud RODRIGUES, 1995, p.81).

As dimensões e seus referentes indicadores de QVT apresentados por

Walton (1973) são os seguintes:

• Compensação justa e adequada: eqüidade salarial interna, eqüidade salarial

externa e benefícios.

• Condições de trabalho: condições físicas seguras e salutares e jornada de

trabalho.

• Oportunidade de uso e desenvolvimento das capacidades: autonomia e

possibilidades de autocontrole, aplicação de habilidades variadas e

perspectivas sobre o processo total do trabalho.

• Oportunidade de crescimento e segurança: oportunidade de desenvolver

carreira e segurança no emprego.

• Integração social no trabalho: apoio dos grupos primários, igualitarismo e

ausência de preconceitos.

• Constitucionalismo: normas e regras, respeito a privacidade pessoal e adesão

a padrões de igualdade.

• Trabalho e o espaço total da vida: relação do papel do trabalho dentro dos

outros níveis de vida do empregado.

• Relevância social da vida no trabalho: relevância do papel da organização em

face do ambiente.

Considera-se que a QVT pode ser tomada como uma expressão para

caracterizar determinados valores ambientais e humanos que foram suprimidos em

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favor do avanço tecnológico, da produtividade industrial e do crescimento econômico

(WALTON, 1975 apud SOUZA, 2005).

A seguir são mostrados os fatores que caracterizam cada uma das oito

dimensões de Walton e serão explanados em maior aprofundados, pois terão

relação direta com os resultados da pesquisa.

2.4.4.1 Compensação justa e adequada

Conforme sustenta Fernandes (1996) essa categoria tenta mensurar a

qualidade de vida no trabalho em relação a remuneração recebida pelo trabalho

realizado, utilizando três critérios:

• Remuneração adequada: para que o colaborador possua uma qualidade de

vida, requer uma remuneração para viver dignamente dentro de suas

necessidades pessoais e padrões culturais, sociais e econômicos da

sociedade em que vive.

• Equidade Interna: eqüidade na remuneração em relação aos outros

profissionais no ambiente interno da organização.

• Equidade Externa: eqüidade na remuneração em relação aos outros

profissionais no mercado de trabalho.

Valle e Vieira (2004) enfatizam que a honestidade na remuneração por

determinado trabalho pode ser considerada em função das relações entre trabalho e

responsabilidade exigida; pelo treinamento requerido para a sua execução; pela

demanda deste trabalho em nível da comunidade; pelo pagamento dado a este

trabalho na comunidade.

Para Walton (1973) o trabalho é primeiramente o meio do indivíduo ganhar a

vida. A honestidade da compensação pode ser descrita de várias maneiras, como

pelas relações entre salários e talentos, demanda de mão de obra ou média de

compensação da comunidade em questão (RODRIGUES, 1994).

2.4.4.2 Condições de Trabalho

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Refere-se às condições do local de trabalho, observando que o trabalhador

não deve ser exposto a condições físicas perigosas ou horários prejudiciais a sua

saúde. Cunha et al (2008) afirmam que esta categoria envolve dimensões como

jornada de trabalho, carga de trabalho, ambiente físico, material e equipamento,

ambiente saudável e estresse.

Horários razoáveis reforçados por um período normal de trabalho padronizado; condições físicas de trabalho que reduzem ao mínimo o risco de doenças e danos; limite de idade imposto quando o trabalho é potencialmente destrutivo para o bem-estar das pessoas abaixo ou acima de uma certa idade (WALTON, 1973 apud RODRIGUES, 1994).

Conforme descrito por Fernandes (1996) essa categoria mede a qualidade de

vida no trabalho em relações as condições apresentadas no local de trabalho

apresentando os seguintes critérios.

• Jornada de Trabalho: número de horas realizadas de acordo com as tarefas

desempenhadas, estando ou não previstas na legislação.

• Carga de trabalho: quantidade de trabalho apresentado em um turno de

trabalho.

• Ambiente físico: refere-se ao local de trabalho, onde propiciam condições

salubres e adequadas para que não prejudique a qualidade de vida no

trabalho e o desenvolvimento das tarefas.

• Material e equipamento: diz respeito à quantidade e qualidade do material

disponível para execução do trabalho com qualidade.

• Ambiente saudável: envolve o local de trabalho e suas condições de

segurança e de saúde em relação aos riscos ou doenças.

• Estresse: quantidade percebida de estresse a que o profissional é ou este

submetido a sua jornada de trabalho.

2.3.4.3 Uso e desenvolvimento de capacidades.

Neste fator as organizações proporcionam a seus colaboradores

oportunidades de satisfazerem as necessidades de utilização de suas habilidades e

conhecimentos, desenvolvimento de sua autonomia, autocontrole e obtenção de

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informações sobre o processo total do trabalho, bem como retroinfomação quanto a

seu desempenho, enfatiza Amorim (2007).

Conforme explica Fernandes (1996), essa categoria aponta a qualidade de

vida no trabalho em relação as oportunidades que o emprego tem de aplicar no seu

cotidiano no seu conhecimento e sua aptidões profissionais, com os seguintes

critérios:

• Autonomia: medida permitida a pessoa substancial, independência e

descrição no planejamento, execução e programação do seu trabalho e os

procedimentos que devem utilizados para sua organização.

• Significado da tarefa: importância da tarefa desempenhada na vida e no

trabalho de outras pessoas, internas ou externas a organização.

• Identificação da tarefa: refere-se a exigência da função para a execução de

uma completa e identificável parte do trabalho, ou seja , ser realizado do início

ao fim com um resultado visível.

• Variedade da habilidade: pode utilizar em larga escala a capacidade e as

habilidades do indivíduo, envolvendo grandes quantidades de tarefas.

• Retroinformação: informação ao colaborador acerca da avaliação do seu

trabalho como um todo e de suas ações em relação ao trabalho realizado.

O fator uso e desenvolvimento de capacidades, afirma Fernandes (1996,

p.50) “visa a mensuração a qualidade de vida no trabalho em relação as

oportunidades que o empregado tem de aplicar, no seu dia-a-dia, seu saber e suas

aptidões profissionais”.

2.3.4.4 Oportunidade de crescimento e segurança

Conforme sustenta Fernandes (1996) essa categoria tem por finalidade, medir

a qualidade de vida no trabalho em relação às oportunidades que a instituição

estabelece para o desenvolvimento e o crescimento pessoal de seus colaboradores

e para a segurança do emprego. Os critérios que expressam a importância do

desenvolvimento e perspectiva e aplicação são os seguintes:

• Possibilidade de carreira: viabilidade de oportunizar avanços na organização

e na carreira, reconhecimento de colegas, famílias e comunidade.

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• Crescimento pessoal: processo de educação continuada para o

desenvolvimento dos potenciais das pessoas e aplicação das mesmas.

• Segurança de emprego: refere-se ao grau de segurança de seus

colaboradores quanto a manutenção de seus resultados e permanência no

emprego.

Cumpre verificar os esclarecimentos de Vasconcelos (2001) onde se observa

através das ações e políticas da organização, o quanto suas práticas empresariais

estão de fato relacionadas com o respeito e valorização dos colaboradores.

Para Valle e Vieira (2004) o fator oportunidade e crescimento e segurança

“referem-se à valorização do empregado através das oportunidades para

manifestação e expansão de potencialidades, bem como o avanço na carreira

ocupacional”.

2.3.4.5 Integração social na organização.

Para Vieira (1996) este item aborda as práticas de cultivo ao bom

relacionamento nas organizações: eliminação de barreiras hierárquicas marcantes,

apoio mútuo, franqueza interpessoal e ausência de preconceitos.

Fernandes (1996) define os seguintes critérios:

• Igualdade de oportunidades: refere-se à ausência de preconceito de cor, raça,

sexo, estilo de vida, religião, nacionalidade ou aparência física no ambiente

de trabalho e diz a respeito ao grau de ausência de estratificação na

organização em termos de símbolos ou estruturas hierárquicas íngremes.

• Relacionamento: refere-se ao grau de relacionamento interpessoal marcado

por auxilio recíproco, apoio sócio-emocional e respeito às individualidades.

• Senso comunitário: nível de senso da comunidade existente na organização,

e de cooperação entre os colegas e apoio mútuo.

De acordo com os ensinamentos de Amorim (2007), onde comenta a inclusão

de práticas de convívio ao bom relacionamento, através de eliminação de barreiras

hierárquicas marcantes, apoio mútuo, franqueza interpessoal e a ausência de

preconceitos.

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2.3.4.6 Constitucionalismo

Comentam Cunha et al (2008) que esse fator mede o grau em que as leis e

os direitos trabalhistas estão sendo cumpridos pela organização.

Fernandes (1996) afirma que essa categoria tem a finalidade de medir o grau

de direitos dos empregados que são cumpridos na organização, e tem como

critérios:

• Direitos trabalhistas: Cumprimentos pela organização dos direitos trabalhistas

de seus colaboradores.

• Privacidade social: Grau de privacidade que o colaborador possui dentro da

organização.

• Liberdade de expressão: liberdade que o colaborador possui de expressar

seus desejos e opiniões e se sentir assim mais valorizado.

• Normas e rotinas: formas como as normas e rotinas influenciam o

desenvolvimento das tarefas.

Comentam Vale e Vieira (2004) que a cultura organizacional influência na

forma com que a organização aceita a privacidade dos colaboradores, aceita

diferenças, confere a estes, liberdade de expressão, direito de igualdade e recurso

de igualdade.

2.3.4.7 O trabalho e o espaço total de vida.

Fernandes (1996) aponta que o fator o trabalho e o espaço total de vida,

mede o equilíbrio entre o colaborador e a vida no trabalho. Os critérios são os

seguintes:

• Papel balanceado no trabalho: equilíbrio entre a vida profissional, a jornada

de trabalho, e tempo disponibilizado para o convívio com a família.

• Horário de entrada e de saída: equilíbrio dos horários de entrada e saída do

colaborador, proporcionando condições para o convívio com a família.

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De acordo com Valle e Vieira (2004) o trabalho muitas vezes pode ter efeitos

positivos ou negativos sobre as outras esferas da vida do trabalhador, assim como a

relação com a sua família.

Nessa mesma linha, afirma Amorim (2007) que o trabalho não deve absorver

todo o tempo e energia do trabalhador em detrimento de sua vida familiar e

particular, de sua lazer o atividades comunitárias.

2.3.4.8 Relevância social do trabalho na vida.

Os ensinamentos de Valle e Vieira (2004) afirmam que esse fator refere-se a

visão que o colaborador possui da empresa onde trabalha, assim como a visão da

organização a ele como trabalhador , como valoriza e desvaloriza o seu trabalho.

Em comentário a essa questão Fernandes (1996) aponta que essa categoria

busca medir a qualidade de vida no trabalho por meio de percepção dos

colaboradores em questão a responsabilidade social da organização com a

comunidade, a qualidade na prestação de serviços e aos atendimentos a seus

colaboradores, conforme descreve a seguir:

• Imagem da empresa: visão dos colaboradores em relação à organização de

onde trabalham e orgulho e satisfação de fazer parte dela.

• Responsabilidade social da organização: percepção dos colaboradores

quanto à responsabilidade social da organização frente a comunidade

refletida, e a preocupação em resolver seus problemas.

• Responsabilidade social pelos empregados: percepção dos colaboradores

quanto a sua valorização e participação na organização.

Sendo assim Donaire, Zacharias e Pinto (2005) enfatizam que essas oito

dimensões formam um conjunto que permite diagnosticar os pontos negativos e

positivos percebidos pelos colaboradores na sua situação de trabalho, possibilitando

a organização a identificar os pontos de melhoria para aumentar a satisfação de

seus colaboradores.

No próximo capítulo tem-se a apresentação da empresa Rard.

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3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

Este capítulo apresenta a empresa Rard, na qual a pesquisa foi realizada.

3.1 Histórico

O grupo Rard Comércio e Representações atuam há 7 anos no mercado, no

segmento de financiamentos, INSS, empréstimos.

A Distribuidora de Crédito é uma empresa prestadora de serviços na área

financeira. Desde 07 de agosto 1997 atua como Correspondente Bancário,

inicialmente teve suas instalações à rua Heitor Liberato, nº 711, bairro Centro,

cidade de Itajaí .

Figura 1: Estrutura antiga da empresa Fonte: Rard (2008)

Atualmente é representante direto do Banco SCHAHIN e CIFRA Financeira,

nossa área de atuação é de 14 cidades: Itajaí, Balneário Camboriú, Camboriú,

Itapema, Porto Belo, Navegantes, Luiz Alves, Tijucas, Barra Velha, Ilhota, Piçarras,

Penha, Barra do Sul e Itapocu.

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Figura 2: Esturatura nova em novo endereço da empresa Rard.

Fonte: Rard 2008-2009

No final do ano de 2008, a empresa teve suas instalações em um novo

endereço, rua Tijucas, 442, bairro Centro, Itajaí. Inesperadamente houve a crise

econômica de 2008-2009 que foi um desdobramento da crise financeira

internacional, precipitada pela falência de um tradicional banco de investimento. Em

efeito dominó, outras grandes instituições financeiras quebraram, no processo

também conhecido como "crise dos subprimes", onde, o mercado financeiro vive um

momento de recuperação, depois da crise a empresa retornou suas atividades em

março de 2009 com novas estratégias, planejamentos, investimentos em

equipamentos e em toda a estrutura organizacional, como: mobiliário, uniformes,

benefícios aos funcionários e outros, foram realizados investimentos na capacitação

profissional, através de treinamentos, focando o trabalho em nosso público alvo que

se classifica em “C” e “D” dessa clientela que vem crescendo diariamente e busca o

consumo em todos os setores.

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Figura 3: Estrutura da empresa Rard reformada no novo endereço, Itajaí. Fonte: Rard (2009)

A empresa passa por um período estável, onde, os principais desafios da

empresa nesse momento são manter o equilíbrio nas ações e gestão para a

manutenção do crescimento com agilidade, estabilidade, qualidade com uma

reavaliação nos custos e gastos das nossas tarefas diárias. Para com isso enfrentar

de maneira competitiva e eficiente o mercado.

Com relação aos produtos que a empresa oferece no seguimento veículos

Financiamento e Refinanciamento na categoria carro e motos que (foco principal), a

empresa disponibiliza também um “mix” de produtos: INSS, Crédito Pessoal (para

funcionários públicos), consórcios, seguros entre outros oferecidos pelo Grupo BMG,

fortalecendo assim, sua marca.

Na estrutura e ambiente de trabalho destaca-se limpeza e assepsia,

disponibilizando também ginástica laboral, para manter todos os colaboradores com

maior rendimento e saúde e assim ter o profissional em condições de executar suas

tarefas diárias. A empresa busca ainda capacitar os profissionais tornando eles

comprometidos e participativos, agregando suas opiniões para o crescimento da

empresa.

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3.2 Estrutura organizacional

Neste item apresenta-se a estrutura organizacional da empresa Rard Comério

Representações LTDA ME com ênfase na unidade de Itajaí, onde se realizou a

pesquisa.

A figura 4 ilustra o organograma da organização.

Figura 4- Organograma da Rard Fonte: Dados primários (2012)

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Conforme enfatiza Oliveira (2006, p. 69) “a estrutura organizacional deve ser

delineada, considerando as funções de administração como um instrumento para

facilitar o alcance dos objetivos”.

Verifica-se que para a pesquisa da QVT, todos os colaboradores foram

participantes.

3.3 Visão

Para Oliveira (2006, p. 283) “visão da empresa é a identificação dos limites que

os principais executivos da empresa conseguem enxergar dentro de um período de

tempo mais longo e uma abordagem ampla”.

A visão da empresa Rard é: “Ser uma empresa inovadora e líder no mercado

financeiro na região do Vale do Itajaí, crescendo de maneira sustentável e

consolidando a perenidade da Instituição, sempre buscando oferecer aos clientes as

melhores soluções de maneira rentável e segura”.

3.4 Missão

Para Oliveira (1999, p. 116) “A missão é a razão de ser da empresa. Procura-

se determinar qual o negócio da empresa, por que ela existe, ou ainda que tipos de

atividades a empresa deverá concentra-se no futuro”.

A missão empresa Rard é: Atender as necessidades dos clientes, oferecendo

soluções rápidas e inovadoras no mercado financeiro, gerando-lhes vantagens

competitivas, através de produtos e serviços de alto valor agregado e qualidade,

com agilidade, segurança e transparência, buscando sempre relacionamentos

duradouros.

.

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4 RESULTADOS DA PESQUISA

Neste capítulo é apresentado o resultado da pesquisa realizada na Rard,

considerando os objetivos propostos no presente trabalho.

4.1 A visão do gestor diante da qualidade de vida n o trabalho.

Apresenta-se os resultados da entrevista realizada no dia 22-06-2011 com o

gestor Robson Rodrigues da Rard Comércio e Representações Ltda Me, Itajaí-SC,

em relação à qualidade de vida no trabalho a entrevista foi gravada e transcrita para

Word, considerando os objetivos propostos no presente trabalho de conclusão de

estágio.

Compensação Justa e Adequada 1- Aqui nessa empresa se considera que o salário é justo e adequado diante da função que ele exerce? R: Sim, o Gestor considera que o salário dos funcionários é justo e adequado com a função que exerce, buscando qualificar os profissionais, proporcionando a satisfação das tarefas diárias, como pode ser visto no discurso “o salário deles está acima da média do mercado, portanto considero adequado ao trabalho” 2- Os funcionários estão satisfeitos com os benefícios? Quais benefícios são oferecidos?

R: Sim os funcionários estão muito satisfeitos com benefícios oferecidos pela empresa, possuem plano de saúde Unimed, Bolsa Estudo, Vale Alimentação, Vale Transporte, Bônus Salário. 3-De acordo com as outras empresas, o salário está acima da média, ou abaixo?

R: Buscamos um equilíbrio para não inflacionar o mercado e pagando o que é justo para o profissional. 4- A remuneração é compatível com os demais colaboradores que exercem a mesma função? R: Sim é compatível com os demais colaboradores, pela função / cargo que ocupa, e nos resultados obtidos, para as metas e objetivos cumpridos, a empresa bonifica os profissionais

Quadro 4 – Resultados entrevista fator Compensação Justa e Adequada Fonte: Dados Primários

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Observa-se no quadro 04, que na visão do gestor da empresa, os salários dos

colaboradores da empresa Rard são considerados bons. Desta forma a empresa

busca adequação salarial para não ficar com os salários muitos diferentes com o do

mercado. Fernandes (1996) e Vasconcelos (2001) ressaltam que remuneração é

aquela que permite que o indivíduo viva da maneira digna e possa satisfazer suas

necessidades.

Quanto à eqüidade salarial, informaram que a média salarial aplicada na Rard

está de acordo com aplicada na região. Sendo assim, nota-se que o gestor

considera existir uma remuneração justa e adequada na empresa.

Condições de trabalho 1-É um ambiente de agradável (bem ventilado, iluminado, etc)? R: A estrutura é climatizada, com boa iluminação, limpo, com cozinha para refeição, disponibilizando geladeiras e microondas, proporcionando saúde e bem estar aos colaboradores em sua estrutura e área de trabalho. 2- O ambiente de trabalho (equipamentos e máquinas) é adequado as atividades que eles executam? São modernos, existe manutenção? R: Sim, equipamentos modernos com manutenções periódicas, visando melhores resultados nas tarefas diárias dos colaboradores. 3- É um ambiente de trabalho estressante?

R: Não, mas devido à área de atuação da empresa ser do mercado financeiro, temos períodos que oscila o estresse, porém buscamos não sobrecarregar o colaborador. 4- O volume de trabalho é muito grande? Esse volume é bem dividido entre os colaboradores ou alguns ficaram sobrecarregados? R: Por ser um mercado sazonal, há variação no volume de tarefas, diante dessa situação temos um acompanhamento diário para não proporcionar sobrecarga aos profissionais, buscando qualidade em nosso ambiente de trabalho.

Quadro 5 – Resultados entrevista fator Condições de trabalho Fonte: Dados Primários

Comenta as autoras Dourado e Carvalho (2005, p. 9) que quando uma empresa

se preocupa em “oferecer um ambiente de trabalho seguro e atrativo demonstra ao

indivíduo preocupações com sua segurança física e bem estar, funcionando como

um engodo para seu comprometimento e conseqüêntemente, para seu desempenho

superior”.

No que se refere aos equipamentos e ambiente o gestor considera estar em

boas condições.Quanto ao trabalho ser estressante concorda em ser um ambiente

tranqüilo, no qual o Gestor da empresa enfantiza que devido a quantidade de

trabalho que se tem durante o dia, pode sim ocorrer um estresse, mas isso ocorre

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período que o mercado financeiro oscila, porém o Gestor explica que nunca

sobrecarrega os colaboradores da empresa.

Portanto na percepção do gestor da empresa existem condições de trabalho na

empresa Rard

Uso e desenvolvimento de capacidades 1- O colaborador tem liberdade de realizar o trabalho da forma que ele considera melhor? A empresa oferece algum tipo de autonomia para o colaborador? R: Sim, Temos regras e padrões para executarmos as tarefas, condicionando o colaborador uma autonomia para decisões pertinente a cada cliente. 2- As opiniões são acatadas pelos supervisores? O relacionamento com o supervisor é aberto? R: Sim, acatamos opiniões, procurando uma comunicação com liberdade para expressarem suas idéias proporcionando o crescimento dos profissionais e da empresa, inserindo a inovação e participação de todos. 3- O colaborador sabe se está fazendo um bom trabalho? Seu supervisor informa se ele está fazendo bem o trabalho? Existe uma avaliação formalizada de desempenho? R: Existe um acompanhamento diário, informando seu desempenho, quanto ao processo de avaliação, estamos implantando, para melhoria da comunicação e dos resultados. 4- O colaborador sabe o objetivo do seu trabalho? A importância do trabalho que ele faz? R: Sim, informamos os objetivos através de manuais, normas e os padrões adotados pela empresa, assim, enfatizamos também, no processo de seleção. Damos a ciência, esclarecendo a importância do seu trabalho e a responsabilidade social, nas tarefas e decisões tomadas.

Quadro 6 – Resultados entrevista fator Uso e desenvolvimento de capacidades Fonte: Dados Primários

Quanto a liberdade na execução das tarefas, o gestor relata que os

colaboradores possuem autonomia na execução das tarefas, porém não podem

deixar de cumprir os procedimentos internos da empresa.

Constantemente os colaboradores recebem feedback das ações perante o

trabalho realizado, conforme gestor afirma que está sendo implantado dentro da

empresa. Segundo Araújo (2002) feedback é um fator que esta implícito no sucesso

organizacional, devendo ser incluído numa prática diária a ser cultivada pelas

organizações. O autor Lacombe (2005) afirma que o feedback deve ser oportuno, de

preferência imediatamente após o fato; descritivo, ao invés de avaliativo; específico;

proposto e não imposto.

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Na visão do gestor da empresa, o fator uso e desenvolvimento de

capacidades é aplicado na Rard, já que existe liberdade, autonomia e opiniões

acatadas.

Oportunidade de crescimento e segurança

1- Essa empresa oferece oportunidade de crescer profissionalmente? E pessoal? R: Tratamos de maneira coletiva a oportunidade proporcionando a todos os profissionais: crescimento, avaliando sua capacidade individual de liderança e crescimento. 2- É realizado treinamento? O treinamento que recebo realmente me ajuda a realizar o meu serviço? R: Sim, disponibilizamos treinamento com a finalidade de capacitar o profissional em exercer suas tarefas com qualidade. 3- Você concorda com a forma que a empresa promove os funcionários?

R: Sim, Utilizamos métodos de avaliação por capacidade e liderança.

Quadro 7 – Resultados entrevista fator Oportunidade de crescimento e segurança Fonte: Dados Primários

Quanto às oportunidades de crescimento dentro da empresa, o gestor enfantiza

que incentivo é diário e que a organização proporciona ao colaborador, que são

realizados treinamentos dentro da empresa, para capacitar o profissional para

exercer suas tarefas com qualidade, são promovidos os colaboradores por métodos

de avaliação por capacidade e liderança.

Conforme comenta Morin (2001, p. 16) o interesse pelo trabalho “se origina

das possibilidades que ele oferece para provar seus valores pessoais e para realizar

suas ambições [...] também resulta das possibilidades de desenvolver sua

autonomia e perceber senso de responsabilidade”.

Com relação aos treinamentos, o gestor da empresa relata que é

disponibilizado treinamento com a finalidade de capacitar o profissional em exercer

suas tarefas com qualidade.

O gestor explica de que a forma que os funcionários são promovidos dentro

da empresa é uma forma de avaliação pela capacidade e liderança, portanto na

visão do gestor existem oportunidades de crescimento e segurança.

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Integração social da organização

1-Nesta empresa todos são tratados de forma igualitária? R: Sim, o que diferencia são as responsabilidades exercidas por cada profissional em sua função, setor e cargo que ocupa. 2- A empresa oferece oportunidade do colaborador fazer novas tarefas? Ter novos desafios, mostrar habilidades além daquelas exigidas pelo cargo? R: Sim, damos liberdade e oportunidade a todos profissionais. Entendemos que a liberdade é uma grande ferramenta no crescimento pessoal, nas descobertas de talentos e na capacitação do profissional. 3- Sou incentivado a trabalhar em equipe?

R: Sempre, nossa atividade no mercado direciona a trabalhar em equipe

Quadro 8 – Resultados entrevista fator Integração social da organização Fonte: Dados Primários

O fator integração social na organização foi considerado positivo, demonstrando

que o ambiente de trabalho é agradável para convívio entre os colegas. O trabalho é

uma atividade que estabelece relações interpessoais, cita Morin (2001, p. 17) que “o

fato de estar em contato com os outros [...] age como um verdadeiro estimulante

para si mesmo, não somente para o desenvolvimento de sua identidade pessoal e

social [...] procurando por vezes a segurança e autonomia pessoal”.

O gestor afirma que todos os colaboradores são tratados dentro da empresa

de forma igualitária, e que os calaboradores possuem total liberdade para fazer

novas tarefas dentro da empresa, podendo assim ser descobertos novos talentos na

capacitação do profissional.

Com relação a cooperação e apoio entre os colaboradores, no que se diz

respeito a integração entre eles, existe um incentivo para trabalhar em equipe.

Na visão do gestor da empresa o fator integração social na organização existe

e é aplicado na empresa Rard.

Constitucionalismo

1- Os direitos trabalhistas são totalmente cumpridos pela empresa? R: Todos os direitos trabalhistas são totalmente cumpridos pela empresa.

2-Os colaboradores concordam com as normas e regras estabelecidas pela empresa? R: Todas as normas e regras das empresas são cumpridas com muita clareza.

3-A empresa deixa claro os direitos dos colaboradores?

R: Sim, temos uma gestão esclarecedora sobre este assunto, pois, o mercado hoje já insere esses conhecimentos aos profissionais.

Quadro 9 – Resultados entrevista fator Constitucionalismo Fonte: Dados Primários

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No que se refere aos direitos dos colaboradores, a empresa deixa claro que

todos direitos trabalhistas são totalmente cumpridos, as normas e regras da empresa

são cumpridas com muita clareza, visando a qualidade de vida.

Salienta Sampaio (2004, p.70) que “alguns aspectos do constitucionalismo

são elementos-chaves para promover uma alta QVT, como a privacidade, liberdade

de expressão, tratamento equânime e estabelecimento de direitos trabalhistas”.

Na questão dos direitos trabalhistas a empresa se preocupa em atender

sempre a legislação vigente. Portanto na visão do gestor da empresa o fator

constitucionalismo é aplicado dentro da empresa Rard.

Trabalho e espaço total de vida 1-Normalmente eles precisam ficar depois horário? R: É muito raro acontecer excesso na carga horária, procuramos concluir as tarefas no horário de jornada estipulada. 2-Os colaboradores conseguem conciliar sua vida profissional com a pessoal?

R: A empresa proporciona a conciliação visando bem estar do profissional, gerando a ele, a tranqüilidade nas soluções de seus problemas profissionais e pessoais. 3-Os colaboradores têm total apoio da família para trabalhar nessa empresa?

R: Acredito que essa questão é uma decisão pessoal, mas o apoio da família é de fundamental importância.

Quadro 10 – Resultados entrevista fator Trabalho e espaço total de vida Fonte: Dados Primários

Percebe-se que no fator “o trabalho e espaço total de vida” é favorável à

qualidade de vida no trabalho, pois conclui-se que há um equilíbrio entre a jornada

de trabalho e a vida pessoal. De acordo com Chiavenato (1999, p. 393) “o trabalho

não pode absorver todo o tempo e energia do trabalhador em detrimento de sua vida

familiar e particular de seu lazer e atividades comunitárias”.

Segundo a percepção do gestor o tempo de trabalho não atrapalha o

colaborador no convívio com a família e amigos, sendo assim conseguem facilmente

conciliar a vida pessoal com o trabalho.

No que se refere a apoio da família para trabalhar na empresa, verificam- se

que isso é uma questão pessoal.

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Relevância social da vida do trabalho 1- Os colaboradores têm orgulho e estão satisfeitos em trabalhar nesta empresa? R: Todos os dias buscam essa satisfação e orgulho, conduzindo as tarefas de maneira exemplar 2-Os colaboradores têm ciência de que a empresa participa de programas sociais e preocupa se em resolver os problemas da comunidade? R: Temos auxiliado em projetos sociais onde apoiamos o setor de esporte, ambiental, cultural e serviços voluntários 3- A organização está preocupada com a valorização dos colaboradores?

R: Na capacitação, qualidade, conhecimento, ética, profissionalismo gerando assim bem estar.

Quadro 11 – Resultados entrevista fator Relevância social da vida do trabalho Fonte: Dados Primários

No que se refere em estar sastifeitos em trabalhar na empresa, o gestor declara

que busca sempre com os colabores a satisfação e orgulho em trabalhar na

empresa fazendo as tarefas de maneira exemplar.

O gestor da empresa Rard afirma que auxiliam em projetos sociais, apoiando o

setor de esporte, ambiental, cultural e serviços voluntários.

Para Sampaio (2004, p. 70) este fator diz respeito de como o funcionário

“percebe a imagem da organização da qual faz parte, assim como a visão da

organização com relação a ele enquanto trabalhador, como ela valoriza ou

desvaloriza o trabalho por ele desenvolvido”.

Sendo assim o gestor considera existência do fator relevância social do trabalho

na Rard.

4.2 Verificação dos fatores que interferem na quali dade de vida no trabalho na percepção dos colaboradores

A visão dos colaboradores foi verificada por meio dos questionários nos quais os

colaboradores da Rard responderam, em conjunto com o gestor determinou-se uma

média considerada satisfatória para qualidade de vida no trabalho aquelas que se

apresentarem acima de 4,00.

Nas tabelas elaboradas estão apresentados os resultados dos fatores de

Qualidade de Vida no Trabalho, na visão dos colaboradores.

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Na tabela 1, verificam-se os resultados referentes ao fator compensação justa e

adequada, no que buscou analisar a satisfação dos colaboradores no que se refere

a renda adequada e benefícios.

Tabela 1- Resultados do fator compensação justa e adequada.

Nº Afirmação Média Desvio Padrão

Média do

Fator

1 Considero meu salário justo de acordo com meu trabalho 4,00 1,21

4,06 2 Meu salário está de acordo com os pagos por empresas do mesmo ramo. 4,09 1,08

3 Estou satisfeito com os benefícios oferecidos por esta empresa 4,09 1,16

Fonte: Dados primários

Na tabela 1, referente à compensação justa e adequada, percebe-se que a

média do fator foi de 4,17, considerando para gestor da empresa média favorável.

Nota-se que os desvios foram altos, não existindo total consenso entre os

colaboradores. Porém uma comparação entre as respostas do Gestor da Empresa,

com as respostas dos colaboradores percebe-se que possuem opiniões

convergentes, sendo assim, como explicado pelo gestor da empresa “estamos na

média salarial”, a média de 4,00 e 4,09 obtidas na percepção dos colaboradores nas

afirmações 1 e 2 confirma o que foi dito pelo gestor de que “ o salário esta de acordo

com as outras empresa” Receber um salário justo como contrapartida dos serviços

prestados é o desejo dos colaboradores, aponta Marras (2002).

Acrescentam Harman e Hormann (1992 apud SANCHES, 1997) que a

compensação democrática e justa a todas as pessoas da organização é

fundamental para o desenvolvimento organizacional, porém é preciso que os

colaboradores se sintam valorizados, buscando uma forma incessante a excelência,

resultando assim em um trabalho significativo. Segundo Sampaio (2004) a

remuneração por determinado trabalho, pode ser observada em função das relações

entre trabalho e responsabilidade exigida.

Quanto aos benefícios tanto o gestor quanto os colaboradores consideram

satisfatório, obteve a média 4,09, apesar do alto desvio padrão. Considerando

Marras (2002) um programa de salários que não leva em conta os benefícios, não

representa, perante o mercado, o seu verdadeiro perfil remuneratório.

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Desta forma diante dos resultados, o fator compensação justa e adequada é

favorável a QVT.

As afirmações referentes ao fator condições de Segurança e saúde no

trabalho, conforme segue na tabela 2 teve por objetivo analisar a percepção dos

colaboradores quanto à jornada de trabalho e ambiente físico seguro e saudável.

Tabela 2- Resultados do fator condições de segurança e saúde no trabalho.

Nº Afirmação Média Desvio Padrão

Média do

Fator

4 A empresa proporciona todos os equipamentos atualizados para o desenvolvimento da minha função.

5,09 0,90

4,27 5 Considero meu trabalho estressante. 3,64 1,55

6 A distribuição de trabalho entre os colaboradores é justa para que ninguém fique sobrecarregado. 4,09 1,31

Fonte: Dados primários

Neste fator descreve-se a percepção dos colaboradores, quanto às

“condições de segurança e saúde no trabalho”, os resultados demonstram boa

satisfação dos colaboradores quanto ao ambiente de trabalho, no qual se obteve

média favorável 4,27. Considerando Limongi-França (2007) a QVT representa

atualmente a necessidade de valorização das condições de trabalho, do cuidado

com o ambiente físico e dos bons padrões de relacionamento.

Em relação à afirmação 1, “ a empresa proporciona todos os equipamentos

atualizados para o desenvolvimento da minha função”, obteve uma média 5,09

considera favorável na opinião dos colaboradores, na qual, de acordo com o gestor,

os equipamentos estão totalmente modernos, como completa condições de uso.

Limongi- Franca e Arellano (2002) afirmam que os colaboradores não devem

ser expostos a condições ambientais, jornada de trabalho exaustiva, nem riscos que

possam ameaçar a saúde. A segurança no trabalho tem a preocupação de manter e

assegurar que a estrutura da organização e os procedimentos executados na

jornada de trabalho estejam corretos, garantindo um ambiente seguro para os

funcionários, ressalta o autor Araújo (2006).

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No que se refere à afirmação considero meu trabalho estressante obteve uma

média que não foi favorável a empresa de 3,64. O alto desvio padrão provavelmente

deve-se a rotina diária, onde podem acontecer casos esporádicos de estresse.

Na tabela 3 podem ser visualizados os resultados do fator uso e

desenvolvimento de capacidades, que abrangeu possibilidades de carreira,

segurança no emprego e crescimento pessoal.

Tabela 3- Resultados do fator uso e desenvolvimento de capacidades.

Nº Afirmação Média Desvio Padrão

Média do

Fator

7 Tenho liberdade de dar opinião sincera para meu superior. 4,91 1,50

5,09 8 Tenho conhecimento do quanto meu trabalho é importante para essa empresa. 5,36 0,98

9 Sei quando estou fazendo um bom trabalho pois sou avaliado diariamente. 5,00 0,95

Fonte: dados primários

Nota-se que, para os colaboradores, o resultado do fator uso e

desenvolvimento de capacidades, resultou numa média positiva diante do que a

empresa considera favorável para a Qualidade de Vida no Trabalho. Na primeira

questão tenho liberdade de dar opinião sincera para meu supervisor, resultou numa

média de 4,91. Para Oliveira (2006) a liberdade de expressão permite ao trabalhador

expor sua opinião sem temer ser repreendido. Fidelis e Banov (2007) afirmam que

as empresas inteligentes são aquelas que promovem e exploram a liberdade de

pensamentos e de ação entre seus trabalhadores.

Outro fator que também obteve uma média favorável foi a afirmação tenho

conhecimento do que meu trabalho é importante para essa empresa, resultando

numa média 5,36. e baixo desvio padrão, sendo assim alta concordância entre os

respondentes.

No que se refere ao retorno pelo trabalho realizado, observando na afirmação

9 também obteve uma média 5,00. De acordo com o gestor da empresa, os

colaboradores são avaliados diariamente.

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Na tabela 4, pode ser observados os resultados do fator oportunidade de

crescimento e segurança, no que se refere à oportunidade de carreira, segurança no

emprego e crescimento pessoal.

Tabela 4- Resultados do fator oportunidade de crescimento e segurança.

Nº Afirmação Média Desvio Padrão

Média do

Fator 10 Tenho oportunidade de fazer carreira nesta empresa. 4,00 1,65

4,43 11 Eu concordo com a forma que a empresa promove

os colaboradores. 4,36 1,15

12 Os treinamentos que recebo realmente me ajudam a realizar meu serviço.

4,91 1,00

Fonte Dados primários

Na tabela 4, à média do fator “oportunidade de crescimento e segurança” foi

considerada positiva. Esse critério para Fernandes (1996) tem como finalidade

verificar as oportunidades que a instituição oferece referente ao desenvolvimento e

crescimento pessoal e segurança de seus empregados. Referente a estes

resultados os desvios foram alto em todas as afirmações.

Quanto a afirmação “tenho oportunidade de fazer carreira nesta empresa”

obteve uma média 4,00. Na opinião do gestor, a política RARD é realizar

primeiramente o recrutamento interno, visando aos seus funcionários fazer carreira

dentro da organização.

No que se refere a afirmação 11, à média foi relativamente alta, obtendo+se

uma média 4,36, concordando assim com a opinião do gestor que afirma que “ hoje

não está 100 % devido ao período de redução de custos”, Lacombe (2005) aponta

que cada pessoa é responsável pelo seu desenvolvimento, no entanto, as

organizações devem agir como facilitadoras, apoiadoras e tomar a iniciativa quando

há interesse pelo desenvolvimento do indivíduo.

Em relação aos treinamentos que recebo realmente me ajudam a realizar

meu serviço, obteve uma média 4,91 considerando média alta, com desvio padrão

alto.

Na tabela 5, foi abordado o fator integração social na organização,

abrangendo relacionamentos entre os colaboradores e ambiente de integração.

Tabela 5- Resultados do fator integração social na organização.

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Nº Afirmação Média Desvio Padrão

Média do

Fator

13 Todos os colaboradores são tratados da mesma forma nesta empresa

4,45 1,16

4,78 14 Aqui um colaborador apóia o outro sempre que precisa

4,73 0,75

15 A empresa busca ter um ambiente de integração entre os colaboradores

5,18 1,03

Fonte: Dados primários Analisando os dados da tabela 5, pode-se constatar que os resultados das

médias foram favoráveis, apresentando uma média do fator de 4,78. Vieira (2004)

afirma que essa dimensão representa a possibilidade do funcionário expressar e

desenvolver suas habilidades individuais.

No item “todos os colaboradores são tratados da mesma forma nesta

empresa”, apresentou uma média de 4,45, concordando assim com opinião do

gestor quer afirma que todos são tratados da mesma forma, o que diferencia são as

responsabilidades exercidas por cada profissional em sua função, setor e cargo que

ocupa, sendo assim sem a existência de nenhum preconceito.

Destaca-se na afirmação 14, no qual obteve média alta, com desvio padrão

baixo, onde os colaboradores não concordam com gestor que um colaborador apóia

o outro. A integração Social na organização favorece a QVT quanto também contém

o apoio do grupo de sejam compartilhados sentimentos e idéias (WALTON 1973).

A integração social na organização é uma categoria que permite observa-se

há na organização, igualdade de oportunidade para todos os trabalhadores, bom

relacionamento interpessoal e senso comunitário que são indicativos de QVT

(FERNANDES, 1996), neste contexto no que se refere a questão “ a empresa busca

ter um ambiente de integração entre os colaboradores”, obteve-se uma média de

5,18 considerada favorável.

No fator constitucionalismo, na tabela 6, foram abordados assuntos que se

referem à direto trabalhista e regras internas.

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Tabela 6- Resultados do fator constitucionalismo

Nº Afirmação Média Desvio Padrão

Média do

Fator

16 A empresa me deixa ciente dos meus direitos como colaborador

5,00 0,95 4,77

17 Concordo com as normas e regras estabelecidas pela empresa.

4,55 1,23

Fonte: Dados primários

Em relação ao fator “constitucionalismo” na empresa, grande parte dos

colaboradores concordaram com as afirmações, gerando média 4,77.

Na afirmação 16 obteve uma média positiva 5,00 com desvio baixo e 17

obteve média 4,55 com desvio padrão alto, considerando assim que colaboradores

não concordam com gesto da empresa com direitos dos colaboradores, já com

regras estabelecidas ouve uma concordância entre os colaboradores e o gestor.

Saliente Sampaio (2004, p.70) que “alguns aspectos do constitucionalismo

são elementos-chave para prover uma alta QVT, como a privacidade, liberdade de

expressão, tratamento equânime e estabelecimentos de direitos trabalhistas”. Este

fator foi considerado positivo para a QVT.

Na tabela 7, pode-se verificar os resultados referentes ao fator o trabalho e o

espaço de vida, que abrangeu tempo de lazer com a família.

Tabela 7- Resultados do fator trabalho e espaço total de vida.

Nº Afirmação Média Desvio Padrão

Média do

Fator

18 Eu preciso ficar sempre depois do meu horário fazendo horas extras. 2,18 1,59

3,57 19 Meu trabalho não afeta meu tempo de convivência com minha família/ lazer. 3,45 1,83

20 Consigo conciliar minha vida profissional com a pessoal. 5,09 1,44

Fonte: Dados primários

Percebe-se no fator “o trabalho e o espaço total de vida” que as afirmações

foram positivas, o qual obteve uma média de 3,57 sendo favorável a qualidade de

vida no trabalho. Chiavenato (1999, p. 393) que “o trabalho não pode absorver todo

o tempo de energia do trabalhador em detrimento de sua vida familiar e particular de

seu lazer e atividades comunitárias.

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Na primeira questão deste fator, consta-se uma média baixa de 2,18, com

desvio padrão alto, considerando assim, que ouve uma discordância entre gestor da

empresa e colaboradores da empresa sempre eles afirmam que sempre precisam

ficar depois do horário.

No que se refere questão deste fator, consta-se uma média favorável de 3,45,

no qual demonstrou um alto desvio padrão de 1,59, onde a maioria dos

questionados afirma que realmente a execução das atividades não prejudica a

relação com amigos e familiares, o que é considerado um ponto positivo para o bom

desenvolvimento da Qualidade de Vida.

No outro item: consigo conciliar minha vida profissional com a pessoal,

também, houve grande concordância, obtendo uma média 5,09. A visão do gestor

também foi positiva, acreditando assim que mesmo tendo grandes possibilidades

não prejudica sua vida pessoal.

Na tabela 8 contam os resultados do fator relevância social da vida no

trabalho, no que se refere à satisfação no trabalho, responsabilidade social e

preocupação da empresa perante a sociedade.

Tabela 8- Resultados do fator relevância social da vida no trabalho.

Nº Afirmação Média Desvio Padrão

Média do

Fator

21 Tenho total apoio da minha família para trabalhar nessa empresa.

5,18 1,03

5,09 22 Tenho orgulho em trabalhar nessa empresa. 5,36 0,77

23 Tenho ciência de que a empresa participa de programas sociais. 4,64 1,07

24 Esta empresa preocupa-se em não prejudicar a comunidade local. 5,18 1,19

Fonte: Dados primários

Na tabela 8, o fator relevância social da vida no trabalho, foi considerado bem

positivo, demonstrando que a percepção dos colaboradores em relação à imagem

da empresa é favorável para a qualidade de vida no trabalho, com média de 5,09.

No fator “tenho total apoio da minha família para trabalhar nessa empresa”,

obteve uma média 5,18, com desvio padrão 1,08 considerado alto, sendo assim

tendo uma concordância entre gestor da empresa e os colaboradores.

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No que se refere “tenho orgulho em trabalhar nessa empresa”, obteve uma

média alta, com desvio padrão baixo, houve uma discordância entre gestor da

empresa e os colaboradores.

No outro item “tenho ciência de que a empresa participa de programas

sociais”, também foi apontada positivamente pelos colaboradores gerando uma

média de 4,64 e um desvio padrão de 1,07. Cabe destacar neste item que a

empresa participa de programas sociais, sendo assim auxiliando em projetos sociais

onde apóiam o setor de esporte, ambiental, cultural. Fernandes (1996) ressalta que

este fator determina a qualidade de vida no trabalho através da percepção do

funcionário à relação à responsabilidade social.

A quarta questão também obteve um resultado favorável, os colaboradores

afirmam que a empresa preocupa-se em não prejudicar a comunidade local. A

opinião do gestor para esse fator também é favorável, onde explica que a empresa

nunca teve reclamação comunidade. Para Sampaio (2004, p.70) este fator diz

respeito de como o colaborador “percebe à imagem da organização da qual faz

parte, assim como a visão da organização com relação a ele enquanto trabalhador,

como ela valoriza ou desvaloriza o trabalho por ele desenvolvido”.

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5 SUGESTÕES PARA A ORGANIZAÇÃO

A importância deste estudo residiu, principalmente, em analisar os conceitos de

Qualidade de Vida no Trabalho, que teve como base referencial teórico de Walton

(1973). Diante destas análises e da fundamentação desenvolvida referente ao tema

do trabalho, apresentam-se algumas sugestões de melhorias para a empresa Rard

com base no quadro 12.

Fator de Walton (1973) Visão do Gestor Visão do Col aborador

Compensação Justa e adequada

Considera adequada, pagando acima da média, considera justa a remuneração.

Consideram adequado (médias acima de 4,00) porém visão menos positiva do que a do gestor

Condições de Trabalho Considera adequado e faz um acompanhamento diário

Consideram boas condições, porém alguns consideram o trabalho estressante.

Uso e Desenvolvimento de capacidades

Faz um acompanhamento diário

Consideram bom uso, porém alguns relatam que não podem dar a opinião sincera ao gestor.

Oportunidade de Crescimento e Segurança

Considera totalmente existente.

Positivas, apesar de alguns considerarem impossibilidade de fazer carreira na empresa.

Integração Social da Organização

Existe integração e trabalho em equipe

Consideram–se integrados e trabalham em equipe

Constitucionalismo

Cumpre com os direitos e deixa claro aos colaboradores

Existente, porém alguns consideram pouca concordância com as normas da empresa.

Trabalho e Espaço Total de Vida

Acredita que exista conciliação e apoio familiar

Consideram que o trabalho afeta a vida pessoal

Relevância Social da Vida no Trabalho

Considera positivo em todos os sentidos

Afirmam a fala do gestor sendo o fator positivo

Quadro 12 Sugestões para organização

Com base nos conhecimentos adquiridos pela estagiária acerca do tema e nos

resultados da pesquisa realizada, não houveram itens que comprometessem a

Qualidade de Vida no Trabalho ou que apresentassem grande insatisfação dos

colaboradores, porém propõe-se as seguintes sugestões para a organização em

estudo sendo que estas devem passar pela aprovação do gestor.

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No fator condições de trabalho devido ao fato de alguns considerarem o

trabalho estressante, seria interessante realizar uma palestra com uma psicóloga

para que os colaboradores pudessem lidar melhor com o estresse, ou até mesmo

realizar algum tipo de atividade que seja do interesse dos colaboradores e verificar

se os mesmos estão satisfeitos com a ginástica laboral já realizada.

No fator uso e desenvolvimento de capacidades os colaboradores consideram

que não conseguem expor suas opiniões para o gestor da empresa, considerando

esse fator, seria interessante o gestor da empresa ficar mais aberto a sugestões

após o resultado do TCE. Com isso melhora a comunicação entre os colaboradores

e gestores da empresa.

No fator oportunidade de crescimento de segurança os colaboradores

consideram que é difícil fazer carreira dentro da empresa, por ela ser pequena,

sendo assim o gestor teria que remunerar os colaboradores que tem mais tempo de

empresa de forma diferenciada, ou incluir algum tipo de benefício para os mesmos

sentirem motivados a trabalhar na empresa.

No fator trabalho espaço total de vida os colaboradores consideram que não

possuem tempo livre para ficar com seus familiares, sendo assim esse fator pode ter

ocorrido devido às reuniões fora do horário, seria interessante verificar com gestor

se vale apena mesmo abrir a empresa aos sábados.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho procurou analisar os fatores que influienciam na qualidade

de vida no trabalho dos funcionários da empresa Rard Comércio de Representações

LTDA, pois acredita-se que a qualidade de vida elevada tende a produzir mais e

melhor, elevando assim o nível de desempenho da empresa. Para o alcance deste

objetivo, buscou-se referencial teórico de Walton (1973).

Além disso, aplicou-se a pesquisa do tipo qualitativa e quantitativa o que

proporcionou verificar a visão tanto da empresa quanto dos colaboradores o que

facilitou a visão da empresa como um todo, sendo a metodologia adequada para a

questão.

O problema de pesquisa a ser respondido era verificar quais os fatores que

influenciam na qualidde de vida no trabalho dos colaboradores da Rard. Esta

pergunta foi respondida no momento da realização desta pesquisa com os

colaboradores da empresa, já que a Qualidade de vida teve um resultado bastante

favorável, surpreendente para a acadêmica, pois, como funcionária da empresa, a

mesma escutava diariamente reclamações demasiadas por parte dos funcionários,

principalmente pela falta de oportunidade, no qual esse fator não foi apontado

negativamente no estudo.

Além disso, existe também a reclamação pela baixa remuneração, no qual o

resultado obteve uma média de 4,06 considerada pelo gestor uma média favorável.

A metodologia utilizada para o desenvolvimento deste estudo contribuiu

positivamente, para o alcance dos objetivos propostos. A partir dos dados

levantados e analisados, pod-se conclui que atuamente, os colaboradores de uma

forma geral estão sastisfeitos com qualidade de vida no trabalho.

Dentro dos resultados desta pesquisa foi possível verificar a importância da

ciência para os administradores já que aquilo que parece estar ocorrendo na

empresa, ser verificado de forma ciênctífica, pode-se ver outro resultado, que neste

caso apresentou-se como favorável.

Sugere-se, que se outros pesquisadores forem realizar estudos na empresa

dêem continuidade nessa pesquisa reaplicando todos os anos para medir a

satisfação dos colaboradores. Além disso, seria muito interessante fazer um estudo

sobre motivação, clima organizacional na organização.

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APÊNDICES

APENDICE A – ROTEIRO DA ENTREVISTA APLICADA COM O G ERENTE ADMINISTRATIVO EMPRESA RARD COMÉRCIO E REPRESENTAÇÕ ES LTDA-ME.

1- Aqui nessa empresa se considera que o salário é justo e adequado diante da

função que ele exerce?

2- Os funcionários estão satisfeitos com os benefícios? Quais benefícios são

oferecidos?

3-De acordo com as outras empresas, o salário está acima da média, ou abaixo?

4- A remuneração é compatível com as dos demais colaboradores que exercem

a mesma função?

5-É um ambiente de agradável (bem ventilado, iluminado, etc)?

6- O ambiente de trabalho (equipamentos e máquinas) é adequado as atividades

que eles executam? São modernos, existe manutenção?

7- É um ambiente de trabalho estressante?

8- O volume de trabalho é muito grande? Esse volume é bem dividido entre os

colaboradores ou alguns ficaram sobrecarregados?

9- O colaborador tem liberdade de realizar o trabalho de forma que ele acha

melhor? A empresa oferece algum tipo de autonomia para o colaborador?

10-Minhas opiniões são acatadas pelos supervisores? O relacionamento com o

supervisor é aberto?

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11- O colaborador sabe se está fazendo um bom trabalho? Seu supervisor

informa se ele está fazendo bem o trabalho? Existe uma avaliação formalizada

de desempenho?

12- O colaborador sabe o objetivo do seu trabalho? A importância do trabalho

que ele faz?

13- Nessa empresa da oportunidade de crescer profissionalmente? E pessoal?

14- É realizado treinamento? O treinamento que recebo realmente me ajuda a

realizar o meu serviço?

15- Eu concordo com a forma que a empresa promove os funcionários?

16-Nesta empresa todos são tratados de forma igualitária?

17- A empresa da oportunidade do colaborador fazer novas tarefas? Ter novos

desafios, mostrar habilidades além daquelas exigidas pelo cargo?

18- Sou incentivado a trabalhar em equipe?

19- Os direitos trabalhistas são totalmente cumpridos pela empresa?

20-Concordo com as normas e regras estabelecidas pela empresa?

21-A empresa deixa claro os direitos dos colaboradores?

22 -Normalmente eles precisam ficar depois horário?

23-Consigo conciliar minha vida profissional com a pessoal?

24-Tenho total apoio da minha família para trabalhar nessa empresa?

25-Tenho orgulho e estou satisfeito em trabalhar nesta empresa?

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26-Tenho ciência de que a empresa participa de programas sociais e preocupa-

se em resolver os problemas da comunidade?

27- A organização esta preocupada com a valorização dos colaboradores?

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APÊNDICE B – Entrevista com os funcionários da empr esa Rard Comércio e Representações LTDA ME.

Este questionário visa analisar o ambiente no qual você trabalha.

Por favor, responda com atenção e sinceridade.

Você NÃO SERÀ IDENTIFICADO, e este trabalho será utilizado apenas para fins ACADÊMICOS.

Obrigado Rard Comércio Representações LTDA ME Gisele Silvério dos Santos

1 2 3 4 5 6 1. Considero meu salário justo de acordo com meu trabalho.

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

2. Meu salário está de acordo com os pagos por empresas do mesmo ramo. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

3. Estou satisfeito com os benefícios oferecidos por esta empresa.

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

4. A empresa proporciona todos os equipamentos atualizados para o desenvolvimento da minha função. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

5. Considero meu trabalho estressante. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

6. A distribuição de trabalho entre os colaboradores é justa para que ninguém fique sobrecarregado. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

7. Tenho liberdade de dar opinião sincera para meu superior.

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

8. Tenho conhecimento do quanto meu trabalho é importante para essa empresa. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

9. Sei quando estou fazendo um bom trabalho pois sou avaliado diariamente.

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

10. Tenho oportunidade de fazer carreira nesta empresa. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

11. Eu concordo com a forma que a empresa promove os colaboradores. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

12. Os treinamentos que recebo realmente me ajudam a realizar meu serviço.

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

13. Todos os colaboradores são tratados da mesma forma nesta empresa. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

14. Aqui um colaborador apóia o outro sempre que precisa.

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

15. A empresa busca ter um ambiente de integração entre os colaboradores.

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

16. A empresa me deixa ciente dos meus direitos como colaborador. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

17. Concordo com as normas e regras estabelecidas pela empresa.

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

18. Eu preciso ficar sempre depois do meu horário fazendo horas extras.

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

19. Meu trabalho não afeta meu tempo de convivência com minha família/ lazer.

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

20. Consigo conciliar minha vida profissional com a pessoal. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

21. Tenho total apoio da minha família para trabalhar nessa empresa. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

22. Tenho orgulho em trabalhar nessa empresa. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

23. Tenho ciência de que a empresa participa de programas sociais. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

24. Esta empresa preocupa-se em não prejudicar a comunidade local.

( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

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DECLARAÇÃO DO TRABALHO NA ORGANIZAÇÃO

ITAJAÍ, 21 DE MAIO DE 2012.

A empresa Rard Comércio e Representações LTDA ME declara, para os

devidos fins, que a estagiária Gisele Silvério dos Santos , aluna do Curso de

Administração do Centro de Educação de Ciências Sociais Aplicadas, da

Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI, cumpriu a carga horária de estágio

prevista para o período de 21/03/11 a 21/05/12, seguiu o cronograma de trabalho

estipulado no Projeto de Estágio e respeitou nossas normas internas.

__________________________________

Robson Rodrigues

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ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

Nome do estagiário Gisele Silvério dos Santos

Orientador de conteúdo Profª Msc, Cristina Pereira V. Balsini

Supervisor de campo Robson Rodrigues

Responsável pelo Estágio Prof. Msc, Eduardo Krieger da Silva