Trabalho de Estética Marxista e Surrealismo

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  • 8/7/2019 Trabalho de Esttica Marxista e Surrealismo

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    Universidade Federal De Ouro Preto 2010

    Esttica Marxista E o SurrealismoTrabalho de Esttica

    Prof. Marcelo da Rocha Silveira

    ___________________ ___________________

    Yara Fonseca Alves Larissa Ardes Monteiro

    ___________________Eigi Munis Okada

    Arquitetura e Urbanismo 10-2

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    ndice__________________

    Introduo ..................................................... 2

    Contextualizao de Karl Marx ...................... 3

    Contextualizao de Andr Breton .... ............ 5

    Conceito de Esttica Marxista ....................... 6

    Manifesto Surrealista ..................................... 7

    Contra ponto surrealista ................................ 8

    Concluso ..................................................... 10

    Bibliografia..................................................... 11

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    Introduo:

    No campo das artes o entendimento da teoria por detrs da obra um passo importante. Decifrar a ideiaque levou construo de determinado objeto artstico e o conhecimento de sua(s) proposta(s) e mtodos

    utilizados na sua elaborao leva a um esclarecimento que torna mais justo seu julgamento e sua anlise.

    a partir deste pressuposto que conduzimos nossas pesquisas no entendimento das propostas da estticamarxista, uma vez que as ideias de Marx j nos despertavam interesse. Para nosso esclarecimento,recorremos a pesquisas em livros e na internet, alm de conversas e aulas de extrema importncia naelaborao deste trabalho.

    Durante as pesquisas nos deparamos com um contraponto pertinente -- que mudaria as diretrizes destetrabalho: as propostas da vanguarda surrealista. Assim, decidimos fazer uma relao desta com omarxismo.

    Na tentativa de facilitar a compreenso destas propostas estticas, resolvemos apresentar um pouco dasideias de Karl Marx e de Andr Breton, o perodo em que viveram e alguns dos problemas que os incitaram reflexo sobre uma sociedade mais justa, sem a opresso do homem pelo homem. A seguir tratamos doconceito criado por intelectuais marxistas e da proposta surrealista, finalizando com um exemplo e umaconcluso.

    Buscamos com este trabalho, acomodar as ideias desses intelectuais que trataram da esttica marxistapara facilitar seu entendimento e relacion-la s concepes surrealistas.

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    Esta dependncia cria uma tenso entre duas classes sociais. Esta tenso Marx denominou de motor dahistria, pois sempre existiram duas classes antagnicas que brigavam para controlar os meios deproduo, j que quem os detm tambm controla as relaes polticas e ideolgicas da sociedade.

    Homem livre e escravo, patrcio e plebeu, senhor e servo, mestre e oficial, em suma, opressores eoprimidos sempre estiveram em constante oposio; empenhados numa luta sem trgua, ora velada, oraaberta, luta que a cada etapa conduziu a uma transformao revolucionria de toda a sociedade ou aoaniquilamento das duas classes em confronto (escrito por Marx em Manifesto do partido comunista ).

    a partir destas disputas pelo controle social que se desenrola a histria.

    Vale a pena aqui, apontar a influncia de Hegel e sua dialtica em eterno ciclo no pensamento do motor dahistria. Para Hegel, toda tese possui uma anttese que por sua vez gera uma sntese. Porm, esta sntesej possui uma contradio interna (anttese) que resultar em outra sntese. a este eterno movimento aque Marx se refere, s que aplicado aos Homens luta de classes e Histria.

    Conhecendo o poder humanizador da arte e diante deste panorama do sculo XIX, Marx almejouaproximar a arte e a filosofia s necessidades do homem em sociedade. Baseado nesses ideais de Marx que se fundamenta a esttica marxista;

    *** ver Manuscritos Econmico-Filosficos Entusserung e Entfremdung

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    Contextualizao de Andr Breton

    Andr Breton foi um poeta e terico que viveu na Frana no final do sculo XIX e incio do sculo XX.Comeou seus estudos, sem muitas expectativas, em medicina. Foi ento que recebeu a grande influnciadas teorias Freudianas sobre a psicanlise. Influncia esta, de extrema importncia na sua formao. Em1919 teve contato com Tristan Tzara, fundador do Dadasmo, cujas ideias o incitara e em 1924, Bretonescreve o Manifesto do Surrealismo . Identificando-se com a revoluo e no mpeto de transformar omundo influncia das ideias de Marx -- em 1927 ingressa ao partido comunista do qual seria excludoalguns anos depois.

    Breton nunca escondeu sua estreita ligao com as teorias de Hegel :

    O fato que eu, desde a primeira vez que me deparei com Hegel (...), mergulhei em seus

    pensamentos; que, para mim, seu mtodo faz todos os outros parecerem mendicncia. Onde no

    opera a dialtica de Hegel, para mim no existe um pensamento, uma esperana de verdade. (Andr

    Breton)

    esta ligao que tambm o aproxima das teorias e ideias de Marx, visto que este tambm obtevefundamental influncia da dialtica de Hegel.

    Contudo, Breton possua muita personalidade e proporcionou interpretaes essenciais de grandestericos, mesmo sendo desqualificado por outros marxistas ocidentais (por no ter sido professoruniversitrio), apresentou de maneira inslita tericos e teorias aplicados ao campo das ar tes.

    Sem dvida, suas interpretaes de Hegel, ou mesmo as de Freud, as de Marx, as do amor e as da arte

    (para nomear seus temas mais importantes), muitas vezes, eram incomuns. Mas permanece um fato : impensvel, sem ele, a cultura francesa contempornea. Ele desenvolveu no s uma teoria e prxis da

    arte, que foi amplamente influente (talvez mais do que qualquer outra, em nosso tempo), mas

    descobriu, para a Frana, tambm Freud e Hegel; primeiramente, para o seu crculo mais prximo;

    depois, para o mundo dos especialistas (Lefbvre, Jaques Lacan, George Bataille, Claude Levi-Strauss);

    e, finalmente, para a cultura geral.( Entre marxismo e surrealismo de Peter Wollen)

    Da influncia de Freud surgiu em Breton a maior preocupao com a conscincia do que com a sociedade.Da o interesse de adentrar no individual, no pensamento, no inconsciente. Imaginao querida, o quesobretudo amo em ti no perdoares , escreveu em seu manifesto, onde tambm se v nitidamentepensamentos de Rimbaud e Marx, cujas palavras de ordem so respectivamente mudar a vida e

    transformar o mundo .

    Com estes pontos de vista foi se elaborando o conceito surrealista e suas propostas, levando emconsiderao a situao da Europa do sculo XX.

    Nas duas primeiras dcadas do sculo XX, os estudos psicanalticosde Freud e as incertezas polticas criaram um clima favorvel para o desenvolvimento de uma arte quecriticava a cultura europia e a frgil condio humana diante de um mundo cada vez mais complexo.Surgem movimentos estticos que interferem de maneira fantasiosa na realidade. (Trecho retirado dosite historiadaarte.com.br.)

    Portanto a convergncia de ideais e pensamentos das t eorias de Marx e Breton no apenas coincidncia.Ambos possuram a influncias do pensamento hegeliano e enfrentaram problemas sociais semelhantes, etambm procuraram combater a alienao provocada pelos valores burgueses do sculo XIX e XX. Semignorar o fato de Marx tambm ter sido fundamental na formao de Breton.

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    Conceito de Esttica Marxista:

    Marx no tratou exclusivamente de uma esttica, e por ser esta uma sntese de suas ideias formuladaposteriormente a sua poca, ela ainda no est totalmente definida, mas est em constante processo.Seus formuladores intelectuais marxistas buscam orientar uma arte mais consciente, j que esta possuium poder que pode ajudar a concretizar os objetivos de uma sociedade mais justa. Vladimir Maiakovsky,poeta defensor do papel revolucionrio da arte na Revoluo Russa, dizia, A arte no um espelho pararefletir o mundo, mas sim um martelo para forj -lo .

    A arte, dentro da esttica marxista, possui um carter humanizador e reflexivo, mostrando o mundo comopassvel de ser mudado e tambm mostrar alternativas para tal. E ao retratar, discutir e propor mudanasem um dado momento histrico, esta se torna patrimnio da humanidade e documento histrico. Emsuma, a esttica marxista no prope uma arte que resgate o passado nem que preveja o futuro, mas simque faa sentido para a humanidade em seu momento de criao. Uma arte que contenha o esprito deseu tempo, Zeitgeist, como propunha Hegel.

    Assim, a esttica marxista busca combater a alienao tambm na arte. O artista que no conhecedor detodas as etapas e objetivos de sua obra -- o "interpretar o mundo", "analisar criticamente" e "traduzir em

    obra" -- est to alienado quanto um operrio cujo trabalho fora reduzido condio de mercadoriageradora de valor.

    A burguesia perverteu mesmo as cincias naturais e f-las, efetivamente, sofrer uma aplicao

    desastrosa , com vistas a duplicar seus lucros, como em vista da destruio macia dos seres e das

    foras produtivas. Quanto as artes, fez dela veculo de ideias de renncia, cuja expresso o

    individualismo em todas as gamas, at as mais altas. (Nelson Werneck Sodr, em Fundamentos daesttica marxista )

    Em uma arte comprometida tambm preciso sonhar. A utopia, aqui, no representa perigo a no ser classe dominante. A arte, como sonho, eleva a emoo para facilitar a ao , dizia o filsofo Georg Lukacs.

    E o escritor Jos Saramago teve que se explicar quando sugeriu a necessidade de banir a palavra utopia dodicionrio. Pretendia ele, com isto, chamar as pessoas para a luta imediata por uma sociedade melhor eno por um paraso celestial ou uma utopia sempre adiada. Assim, a arte, neste contextor histrico, possuio papel de denunciar as mazelas da sociedade e unificar a classe oprimida, evitando assim uma dominaopassiva pela burguesia. Dominao, esta, permitida pela fragmentao social.

    A arte , no fundo, uma luta pr e contra, no h e no pode haver arte indiferente, porque o homem

    no um aparelho de fotografia, ele no fixa a realidade, ele a afirma ou, ento, a modifica, a

    destri. (Nelson W. Sodr)

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    Manifesto Surrealista:

    Ao escrever o Manifesto do surrealismo, Breton faz uma crtica intensa aos homens que se deixamaprisionar pela lgica racional burguesa e afasta-se de sua existncia, aliena-se de s prprio, deixa-se,passivamente, ser comandado pelo sistema. Andr trata debochadamente deste indivduo aptico, no sepreocupando muito em despert -lo. Porm trata com muita seriedade os sonhos e o inconsciente : Ora,cheguei psicologia, e com este assunto nem penso em brincar. Escreveu em seu manifesto ao iniciar defato o surrealismo.

    O esprito do homem que sonha se satisfaz plenamente com o que lhe acontece. A angustiante

    questo da possibilidade no mais e st presente. Mata, vi mais depressa, ama tanto quanto quiseres.

    E se morres, no tens certeza de despertares entre os mortos? [...] Do momento em que seja

    submetido a um exame metdico, quando, por meios a serem determinados, se chegar a nos dar conta

    do sonho em sua integridade (isto supe uma disciplina da memria que atinge geraes; mesmo

    assim comecemos a registrar os fatos salientes), quando sua curva se desenvolve com regularidade e

    amplido sem iguais, ento se pode esperar que os seus mistrios, no mais o sendo, dem lugar ao

    grande Mistrio. Acredito na resoluo futura destes dois estados, to contraditrios na aparncia, o

    sonho e a realidade, numa espcie de realidade absoluta, de surrealidade, se assim se pode dizer.

    (Andr Breton)

    Os surrealistas almejavam alterar as bases da sociedade e buscaram convergir este desejo ao interessepelos sonhos e pelo imaginrio, assim , atravs de suas artes, buscaram incitar a revoluo social.

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    Cont ponto

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    Esse u 9 exemp @ o d e como er am feit os os ca rt a A es soci a @ ist as usado s como i nstr ument o d e pr opaganda do regime. Neste, encon tr amos pou ca s pa @ av r a s, pou ca scores -- sendo a cor v ermel ha ma is usada . v is v el t a mbm na feio d esse sol dado ,a bu sca do soci a lismo pa r a uma convo ca o da popu l a o l ut a .

    Contudo, este comprom etim ento d e fide B idad e com o r eal oprimia a criati vidad e do hom em, criati vidad e esta to n ecess C ria para p ensar em solu D es fora do habitual, solu D es mai s ou sada s do qu e ap ena s arazo pod eria propor. Fazendo, a ssim, uma art e rgida, o qu e sufo cava sua s pot encialidad es. Para Andr Breton, pr ecur sor do surr ealismo, Ainda vivemo s sob o imp rio da lgi ca [...]. Ma s os pro cedim ento s lgicos, em no ssos dia s, s se apli cam r esolu o d e probl ema s secundrio s. (1924 E E para n s, ho je nopar ece estar muito dif erent e.

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    Salvador Dal 1931- A persistnci a da memri a- tela com 24,1 por 33 cm.

    Essa pi nt ur a um exempl o d e ob r a Surrea list a , sendo el a compo st a d e imag ensab sur da s e pert ur ban tes, no s rev el ando uma v iso opo st a ao r a ci ona lismo. El a tr adu F o i nteresse d e Da l pel as conqu ist a s da cinci a mod er na , no qua l cr u F am d esd eteori as ab str a t as d e fsica , como a rel a ti v i dad e d e Ei nstei n -- qu e col ocou em qu est o a i d ei a d e espa o e tempo fix os -- e as pesqu isas d e F reud rel a ti vas ao i ncon sciente e impo rt n ci a do s sonho s.

    Ma s o r ealismo esta va profundam ent e relacionado com o social e tamb m vinculado ao naturali smo,pr ezava a r epr esenta o do r eal e assim t ecia verdad eiro s com entrio s da situa o social e polti ca dasociedad e. Algo, d e fato, essencial ao s prop sito s da esttica marxi sta.

    J o surr ealismo foi ao encontro do indi vduo e seus mai s profundo s desejos e pensam ento s. Foi pr ecisoColombo partir com lou cos para d escobrir a Am rica. E vejam como essa lou cura cresceu, e durou. , afirmaBreton em o Manif esto do surr ealismo evidenciando qu e s vezes necessrio qu ebrar barr eira s criada s pela supo sta razo na bu sca d e solu G es necessria s.

    Breton tamb m tinha a seguint e con cepo sobr e o r ealismo: [...] A atitud e realista, in spirada nopo sitivismo, d e So Tom s a Anatol e Fran ce, par ece-m e ho stil a todo impul so d e libera o int electual e moral. . E ssa fra se mo stra o atrito existent e entr e essas estticas.

    Entr etanto, Breton, a ssim como Marx, criti cava a ma ssificao da sociedad e propor cionada p ela ditadurada razo e do s valor es burgu eses . Via n este mtodo d e cria o art stica (qua se H incon scient e, umaalt ernati va d e liberta o d esta lgi ca exag eradam ent e ra cional qu e torna va utilitria a existncia dohom em. Em seu manif esto apontou algun s m todo s de cria o, como a escrita automti ca e o m todo d e colag ens. Ele apr esenta va r epugnn cia p ela falta d e originalidad e do s naturali sta s quando trata vam do r ealsem int erf erncia n enhuma, poi s ele via no hom em uma capa cidad e criati va ni ca e especial d emai s para

    ser ignorada, como faziam eles.Tanto Marx quanto o s surr ealista s viam a n ecess idad e de mudar a s ba ses da sociedad e afim d e torn-lamai s justa e m eno s opr essora criati vidad e humana. Sendo a ssim, ambo s convergiam no seu id ealpolti co: a n ecess idad e de revolu o. E se utilizaram d e propo sta s es tticas para auxlio d e tai s ambi G es.

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    Concluso:

    Neste trabalho, buscamos apresentar um pouco sobre a vida de Karl Marx e Andr Breton alm de suaspropostas de tornar real uma sociedade utpica, uma sociedade sonhada, igualitria e sem exploraes dohomem pelo homem. Uma luta por uma sociedade em que os meios de produo pertencero a todos,onde encontraremos o homem total, ou seja, sem alienao alguma. Objetivos estes que convergem eseriam dificultados sem a ajuda da uma arte energicamente engajada.

    Estticas que prope a arte como via da necessria transformao/ revoluo na organizao social, artescomprometidas com a emancipao da humanidade, que cumpram seu papel social, que humanizem eentendam a profundidade do ser individual inserido em um convvio coletivo, tornariam o mundo maisagradvel ao convvio de todos.

    Outro ponto que nos chamou a ateno, dentro destas estticas, foi o combate a uma arte sem contedo,preocupada apenas em vender e obter lucro. Situao esta, promovida pelo avano industrial e pelo cultoao Novo em detrimento do velho. Portanto, esta nsia pela inovao sufoca o tempo necessrio para acriao de uma arte original, fato que leva elaborao de obras dentro de um molde preconcebido(forma) e, consequentemente, limita suas capacidades internas (contedo).

    Promover uma orientao deste cunho artstico torn a-se fundamental em uma gerao em que osconceitos de arte parecem no ter limiter definidos, podendo perder, por isso, sua direo e seuspropositos. A arte no pode perder seu valor espiritual em prol de um valor comercial. nesta luta em queos adeptos da esttica marxista esto empenhados.

    Para ns, uma aliana moderada entre estas duas vanguardas melhor conformariam os objetivos de umaarte de cunho social (proposta marxista), j que o realismo evidenciaria os males a serem combatidos demaneira verdadeiramente eficiente. Ao passo que o surrealismo ajudaria com alternativas mais criativas,mostrando que sonhar preciso e que o ilusrio tambm existe. Essa aliana traria benefcios as duas

    artes, resultando em uma arte que reconcilia o homem sua natureza e o integra em um todo. Surgiriadeste casamento uma arte mais racionalmente emocional. Visto que o prprio homem no consegue seabster de apenas uma dessas duas caractersticas, suas criaes devem reflet-lo.

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    Bibliografia:

    y Fundamentos da Esttica MarxistaNelson W. Sodr

    y O manifesto do partido comunistaKarl Marx & Friedrich Engels

    y Manifesto do surrealismoAndr Breton

    y Sobre o suicdio

    Karl Marxy O mundo de Sofia

    Jostein Gaarder

    Sites de pesquisa:

    y http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1gina_principal

    y http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=403

    y http://destaquein.sacrahome.net/node/565

    y http://www.historiadaarte.com.br/surrealismo.html

    y http://teoriasdavanguarda.blogspot.com/2006/08/entre-marxismo-e-surrealismo.html