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  • INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DE

    GOIS

    BACHARELADO EM ENGENHARIA ELTRICA

    CIRCUITOS ELTRICOS

    JOO PAULO MARQUES TAVARES

    ITUMBIARA GOIS

    DEZEMBRO DE 2012

  • JOO PAULO MARQUES TAVARES

    CIRCUITOS ELTRICOS

    Trabalho apresentado para avaliao

    na disciplina de Fsica I do curso de

    Bacharelado em Engenharia Eltrica

    do Instituto Federal de Educao,

    Cincia e Tecnologia de Gois,

    campus Itumbiara.

    Prof. MSc. Rodrigo Alves de Lima

  • SUMRIO

    INTRODUO ............................................................................................................ 4

    1. ASSOCIAO DE RESISTORES ........................................................................ 5

    1.1. Resistores em Srie ....................................................................................... 5

    1.2. Resistores em Paralelo .................................................................................. 6

    2. LEIS DE KIRCHHOFF .......................................................................................... 7

    3. INSTRUMENTOS DE MEDIDAS .......................................................................... 8

    3.1. Galvanmetro de dArsonval .......................................................................... 8

    3.2. Ampermetro .................................................................................................. 9

    3.3. Voltmetro ....................................................................................................... 9

    4. CIRCUITOS RC .................................................................................................. 10

    4.1. Carregando um capacitor ............................................................................. 11

    4.2. Descarregando um capacitor ....................................................................... 12

    4.3. Constante de Tempo .................................................................................... 13

    CONCLUSO ............................................................................................................ 14

    REFERNCIAS ......................................................................................................... 15

  • 4

    INTRODUO

    Estamos cercados de circuitos eltricos. Eles esto em microchips, em

    eletrodomsticos e at em sistemas de gerao de energia. A complexidade e a

    importncia que estes circuitos tm nas nossas vidas, torna o estudo destes circuitos

    algo essencial para entender o comportamento e para criar novas tecnologias.

    Este trabalho ir abordar mtodos de anlise de circuitos mais complexos, citando

    tambm o modo de funcionamento de instrumentos de medidas eltricas. Alm disso

    ser apresentado o comportamento e as propriedades dos resistores quando ligados

    em srie e em paralelo.

  • 5

    1. ASSOCIAO DE RESISTORES

    A utilizao de resistores em circuitos bastante comum, devido a sua

    capacidade de converter energia eltrica em energia trmica pelo efeito joule ou

    mesmo reduzir e limitar a tenso ou corrente em alguma parte do circuito. No

    entanto, em inmeros casos, tais circuitos apresentam mais de um resistor, que

    geralmente esto combinados. Basicamente, h duas formas comuns de

    combinao de resistores: a associao em srie e a associao em paralelo.

    Uma propriedade importante dessas duas formas de associao e que elas

    podem ser substitudas por um nico resistor, que capaz de produzir a mesma

    corrente e a mesma tenso. Essa resistncia nica denominada de resistncia

    equivalente, comumente representada por .

    1.1. Resistores em Srie

    Associao em srie de resistores consiste em uma combinao em que os

    resistores so ligados um em seguida do outro, dando um nico caminho para a

    corrente. Neste tipo de associao a corrente atravs dos resistores a mesma, no

    entanto, a diferena de potencial nos terminais dos resistores se difere de resistor

    para resistor (exceto em casos em que os resistores possuem a mesma resistncia).

    Figura 1: Diagrama de uma associao de resistores em srie.

    A diferena de potencial total da associao igual soma das diferenas de

    potencial nos terminais dos resistores.

  • 6

    A resistncia equivalente de uma associao de resistores em srie igual a

    soma de todas as resistncias que compe a combinao e maior que qualquer

    uma das resistncias. A resistncia equivalente dada pela expresso:

    Equao 1: Resistencia equivalente de uma associao de resistores em srie.

    Neste tipo de associao, a potncia dissipada total igual soma das potncias

    dissipadas por cada resistor. Alm disto, a maior potncia dissipada ser a do

    resistor de maior resistncia.

    1.2. Resistores em Paralelo

    Em uma associao em paralelo, os resistores so combinados de maneira que a

    diferena de potencial de cada resistor seja a mesma. Deste modo, a corrente total

    se divide, e consequentemente assume valores diferentes para cada resistor (exceto

    em casos que a resistncia dos resistores a mesma).

    Figura 2: Diagrama de uma associao em paralelo.

    A corrente total igual soma das correntes que passam por todos os resistores

    da combinao.

  • 7

    A resistncia equivalente de uma associao em paralelo igual ao inverso da

    soma dos inversos das resistncias que compem a associao e sempre menor

    que qualquer uma das resistncias que pertencem a combinao. Calcula se a

    resistncia equivalente por meio da expresso:

    (

    )

    (

    )

    Equao 2: Resistncia equivalente de uma associao de resistores em

    paralelo.

    A potncia dissipada total igual ao somatrio da potncia dissipada de cada

    resistor, sendo que a maior potncia dissipada a do resistor cuja resistncia a

    menor.

    2. LEIS DE KIRCHHOFF

    Em diversos casos, a complexidade dos circuitos eltricos exigem mtodos de

    anlise mais elaborados. Um destes mtodos consiste em tcnicas elaboradas pelo

    fsico alemo Gustav Kirchhoff, que so baseadas nos Princpios da Conservao

    da Carga Eltrica e da Conservao de Energia. Tais tcnicas so conhecidas como

    Leis de Kirchhoff, so enunciadas por duas leis:

    1. Lei das correntes de Kirchhoff : A soma algbrica de todas as correntes

    passam atravs de qualquer n de um determinado circuito igual a zero. Ou

    seja

    2. Lei das malhas de Kirchhoff : A soma algbrica de todas as tenses ao longo

    de uma malha de um determinado circuito igual a zero. Ou seja

    A Lei das Correntes baseada no Princpio de Conservao da Carga Eltrica.

    Tal lei nos diz claramente que no h como um n acumular carga, logo a

  • 8

    quantidade de carga que entra em um determinado n a mesma que sai por esse

    mesmo n, portanto o fluxo de cargas deste n igual a zero.

    A Lei das Malhas baseada no Princpio de Conservao da Energia. A lei das

    malhas diz que dado um caminho fechado, a energia fornecida a esta malha

    mesma energia que gasta e transformada em outra forma de energia, ou seja, no a

    criao de energia nem a destruio da mesma. Logo o somatrio das tenses

    igual zero.

    3. INSTRUMENTOS DE MEDIDAS

    Os instrumentos de medidas eltricas so aparelhos destinados a medir e avaliar

    grandezas eltricas. As informaes cedidas por estes aparelhos so baseadas nos

    efeitos fsicos que essas grandezas provocam no aparelho.

    Alguns destes instrumentos conseguem medir apenas um tipo de grandeza, como

    por exemplo, o ampermetro, no entanto, existem aparelhos capazes de medir mais

    de um tipo de grandeza, como caso do multmetro.

    3.1. Galvanmetro de dArsonval

    O galvanmetro dArsonval foi criado em 1882, pelo biofsico francs Jacques

    Arsne dArsonval. um instrumento bastante utilizado ainda hoje e a base de

    outros instrumentos de medidas eltricas analgicos.

    Figura 3: Desenho esquemtico de um galvanmetro.

    Um galvanmetro dotado de um im permanente, uma bobina e uma mola

    espiral de toro. Quando no h fluxo de carga na bobina, o sistema est em

  • 9

    equilbrio e o ponteiro est na posio zero. No entanto quando h um fluxo de

    corrente, o campo magntico gerado pelo im exerce um torque sobre a bobina,

    fazendo a mesma girar. medida que a bobina gira, a mola exerce um torque

    restaurador, que proporcional ao deslocamento angular.

    O ngulo de deflexo proporcional a corrente que atravessa a bobina, sendo

    que a deflexo angular mxima de aproximadamente 90. Os galvanmetros so

    caracterizados pela corrente que causa a deflexo angular mxima, normalmente

    representada por , e pela resistncia da bobina, , a partir destes dados

    possvel determinar a tenso de fundo de escala, .

    3.2. Ampermetro

    Os ampermetros analgicos so instrumentos de medida de corrente, que utiliza

    galvanmetro como sensor. Um ampermetro deve ser ligado em srie um a circuito

    e deve possuir uma resistncia interna muito baixa, para que esta afete o mnimo

    possvel na leitura da corrente real.

    comum a adaptar um ampermetro para que este faa a leitura de uma corrente

    maior que a corrente de fundo de escala. Para isso basta utilizar um divisor de

    corrente que consiste em um resistor ligado em paralelo com resistor da bobina.

    Este resistor denominado de shunt

    Figura 4: Diagrama do circuito de um Ampermetro.

    3.3. Voltmetro

    O voltmetro analgico um instrumento destinado a medir a diferena de

    potencial entre dois pontos. Ele utiliza como sensor um galvanmetro d Arsonval.

  • 10

    Quando se deseja medir a diferena de potencial de algum elemento do circuito, o

    voltmetro deve ser conectado em paralelo com o mesmo, para que leitura seja

    correta. A resistncia interna de um voltmetro deve ser muito alta, para que o

    mesmo no interfira de modo significativo a corrente.

    Para medir tenses maiores do que a tenso do fundo de escala, basta conectar

    um resistor em srie com a bobina.

    Figura 5: Diagrama do circuito de um Voltmetro.

    4. CIRCUITOS RC

    Um circuito RC formado, basicamente, por um resistor e um capacitor, que

    esto ligados em srie a uma fonte de fora eletromotriz. Neste tipo de circuito a

    corrente e a tenso variam em funo do tempo.

    Figura 6: Diagrama de um Circuito RC simples.

  • 11

    4.1. Carregando um capacitor

    Inicialmente, considerando o diagrama da figura (3), o capacitor est

    descarregado e a chave S est na posio a. No instante coloca se a chave

    na posio b. Neste instante comea um fluxo de cargas em todas as partes da

    malha e a partir de ento o capacitor comea a acumular cargas em suas placas.

    medida que o capacitor vai acumulando cargas, a diferena de potencial entre

    suas placas aumentam, enquanto a tenso entre os terminais do resistor vai

    diminuindo. Em um determinado momento o capacitor estar carregado e a tenso

    entre suas placas ser igual tenso entre os terminais da fonte de f.e.m., neste

    instante no h corrente ( ) e consequentemente tenso entre os terminais do

    resistor igual zero.

    Durante todo esse processo a corrente, as tenses (entre as placas do capacitor

    e entre os terminais do resistor) e carga acumulada nas placas do capacitor variam

    em funo do tempo. A carga armazenada nas placas de um capacitor em funo do

    tempo dada pela seguinte expresso:

    ( ) ( )

    Equao 3: Carga de um capacitor em funo do tempo (Carregando um

    capacitor).

    De acordo com a equao (3) a carga inicial deve ser igual a zero (em ) e a

    carga final ( ) deve ser igual ao produto da capacitncia e a f.e.m total (

    ) . Alm disso, a equao (3) nos diz que medida que o tempo passa a carga

    acumulada no capacitor aumenta.

    A corrente em funo do tempo dada pela seguinte expresso:

    ( )

    Equao 4: Corrente instantnea.

    A equao (4) satisfaz duas condies importantes: a corrente inicial (em )

    igual razo entre a f.e.m. total e o valor da resistncia do resistor ( ) e a

    corrente final ( ) igual a zero. Alm disso, pela equao (4) a medida que o

    tempo passa a corrente diminui, o que de fato acontece.

  • 12

    As tenses so dadas por:

    ( )

    Equao 5: Tenso entre os terminais do resistor em funo do tempo

    (Carregando um capacitor).

    ( ) ( )

    Equao 6: Tenso entre as placas do capacitor em funo do tempo

    (Carregando um capacitor).

    4.2. Descarregando um capacitor

    Considerando novamente o diagrama da figura (3), o capacitor C, inicialmente,

    est totalmente carregado e conectado a fonte de f.e.m.. No instante ,

    desconecta se a fonte de f.e.m. do capacitor e a partir de ento o capacitor comea

    a descarregar atravs do resistor.

    Durante todo esse processo a tenso entre os terminais do resistor ser igual

    tenso entre as placas do capacitor. A variao da tenso em funo do tempo ser

    dada por:

    ( )

    Equao 7: Tenso em funo do tempo (Descarregando um capacitor).

    A corrente ainda ir diminuir medida que o tempo passa e ser dada pela

    equao (4).

    As cargas armazenadas nas placas do capacitor, agora iro diminuir medida

    que o tempo passa. A carga em funo do tempo ser dada pela expresso :

    ( )

    Equao 8: Carga de um capacitor em funo do tempo (Descarregando um

    capacitor).

  • 13

    4.3. Constante de Tempo

    O produto entre a resistncia R e a capacitncia C denominado de constate de

    tempo capacitiva ou tempo de relaxao do circuito. Tal produto possui dimenso

    temporal ( ) representando pela letra grega .

    Quando a constante de tempo possui um valor alto, o tempo para carregar o

    capacitor longo e quando o valor baixo, o tempo necessrio para carregar o

    capacitor pequeno.

  • 14

    CONCLUSO

    A partir a pesquisa realizada para elaborao deste trabalho

  • 15

    REFERNCIAS

    NILSSON, J.W.; RIEDEL, S.A.. Circuitos Eltricos. So Paulo: Pearson Prentice Hall,

    2009, 8ed. .

    YOUNG, H.D.; FREEDMAN, R.A.. Fsica III: Eletromagnetismo. So Paulo: Addison

    Wesley, 2009, 12 ed..

    HALLIDAY; RESNICK; WALKER, J.. Fundamentos de Fsica. Vol. 3 . Rio de Janeiro: LTC, 2009, 8ed..