TRABALHO DE MECANICA 1°BIM
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1 INTRODUÇÃO
A área de atuação da Engenharia Civil que lida com Mecânica dos Solos
é um dos ramos mais complexos de atuação da Engenharia, pois lida com uma
matéria prima bastante complexa e heterogênea, sendo de extrema dificuldade
a modelação matemática ou ensaios em modelos que forneçam resultados
confiáveis sobre o comportamento dos solos, é considerado um dos principais
responsáveis pelo surgimento da Mecânica dos Solos o austríaco Karl Terzaghi
(1883-1963).(BUDZINSK, AP. MEC. DOS SOLOS I,2011).
O comportamento dos solos para a Engenharia Civil é um dos fatores
mais importantes no desenvolvimento da maior parte dos trabalhos, em geral o
solo nas suas mais variadas formas, provenientes da decomposição das
rochas ou mediante intemperismos físico e químico. (APOSTILA MEC. DOS
SOLOS 2009, UNIV. POTIGUA).
De maneira geral os solos são constituídos de três partes principais e
distintas ar, água e partículas sólidas.“ O comportamento dos solos depende do
movimento das partículas sólidas entre si e isto faz com que ele se afaste do
mecanismo dos sólidos idealizados na Mecânica dos Sólidos
Deformáveis”(Sousa Pinto;2006:14).
Um dos componentes do solo, suas partículas, são as que fazem com
que os tipos de solos sejam tão diferentes, a diversidade de tamanho dos grãos
é enorme e todas podem ser encontradas juntas em um mesmo solo fazendo
com o que diferencie um dos outros é a porcentagem de determinados grãos
existentes em cada um. Essa diversidade de tamanhos esta expressa em
tabelas dando limites as categorias.(Sousa Pinto, 2006).
Outros fatores de estrema importâncias na análise dos solos para
engenharia são seus índices físicos, “Sendo os solos um material polifásico, o
seu comportamento depende da quantidade relativa de cada uma das suas três
fases (partículas sólidas, água e ar), havendo diversas relações que se utilizam
para expressar as proporções entre elas”, (APOSTILA MEC. DOS SOLOS
2009, UNIV. POTIGUA) as principais são,Umidade (b), Índice de vazios (e),
Porosidade (n), Peso específico dos sólidos (Yg) e Grau de saturação (Sr).
É muito importante a identificação do tipo de solo para o
desenvolvimento do trabalho na Engenharia Civil, para tanto existem ensaios
7
de laboratório, para identificação do solo através das partículas são feitos os
ensaios de análise granulométrica e o de índice de consistência.(APOSTILA
MEC. DOS SOLOS CEFET-RS,2011).
Um dos ensaios de grande importância, feito fora do laboratório, é o
ensaio SPT, por se tratar de um ensaio que não requer muito trabalho, seja o
ensaio mais utilizado para reconhecimento das condições do terreno quanto as
condições mecânicas.
2 Objetivos.
Este trabalho tem por objetivo descrever de forma pontual anotações
feitas durante visita técnica de campo a empresa Extracon, em sua obra de
duplicação de trecho de rodovia entre Maringá e Paiçandu, principalmente no
que se refere a análise e compactação do solo, e também para a formação de
uma base teórica para a resolução e compreensão de um exercício proposto
pelo professor.
3 Desenvolvimento.
3.1 Os Solos.
3.1.1 Conceito.
Material da camada superficial da crosta terrestre de constituição
natural, produzido pela natureza que se apresenta sob diversas formas, são
arrimados, escavados, ou perfurados e que servem de suporte nas obras de
Engenharia.
”solo é o corpo tridimensional, natural e
dinâmico da crosta terrestre, que resulta da
ação conjugada do clima e organismos vivos
sobre a rocha, sendo esta ação condicionada
pelo relevo ou topografia e que é uma função
do tempo”.(Ribeiro, 1998)
3.1.2 Índices Físicos.
8
Figura 01 – Representação esquemática das fases constituintes de um solo
Em que, Va, Vw, VS, VV, e V representam os volumes de ar, água,
sólidos (grãos minerais), vazios e total de um solo, respectivamente. Por sua
vez, Pa, Pw, PS e P representam os pesos de ar, água, sólidos e total de um
solo.
Os índices físicos do solo são importantes para se definir a sua
classificação e grau de compactação, são eles:
Porosidade (n), é definida como a relação entre o volume de vazios (Vv)
e o volume total (V) de uma massa de solo.
Índices de vazios (e), é definido como a relação entre o volume de
vazios (VV) e o volume de partículas sólidas (VS) existente numa massa de
solo. Normalmente, é expresso em unidades decimais, podendo os solos finos
apresentar índices de vazios superiores a 1,0.
9
Grau de saturação (Sr), define-se como a relação entre o volume de
água (Vw) e o volume de vazios (Vv) de uma dada massa de solo. É expresso
em percentagem, podendo variar entre 0% (solo seco) e 100% (solo saturado).
Quando 0%<Sr<100%, o solo encontra-se úmido.
(APOSTILA MEC. DOS SOLOS 2009, UNIV. POTIGUA,pg13,14).
Peso específico (, é a relação do peso da água pelo peso do material
sólido da massa de solo analisada.
Peso específico aparente úmido ou natural ().
Peso específico das partículas sólidas (s).
10
Peso específico aparente seco (d).
Peso específico saturado (sat).
Corresponde ao peso específico de um solo quando os seus vazios se
encontram totalmente preenchidos por água, isto é, quando VW=VV e
Sr=100%.
Peso específico submerso (sub).
Umidade Natural: Relação do peso da água pelo peso do material sólido
da massa de solo analisada
Umidade (w)
Expresso em porcentagem
(APOSTILA MEC. DOS SOLOS 2009, UNIV. POTIGUA,pg14,15).
11
;
3.1.3 Forma das Partículas
A parte sólida de um solo é constituída por partículas e grãos que tem as
seguintes formas:
Esferoidais: possuem dimensões aproximadas em todas as direções e
poderão, de acordo com a intensidade do transporte sofrido, serem angulosas
ou esféricas. Ex.: solos arenosos ou pedregulhos;
Lamelares ou placóides: nos solos de constituição granulométrica mais
fina, onde as partículas apresentam-se com estas formas, há predomínio de
duas das dimensões sobre a terceira;
Fibrosas: ocorrem nos solos de origem orgânica, onde uma das
dimensões predomina sobre as outras duas.
A forma das partículas influi em algumas características dos solos como, por
exemplo, a porosidade. (APOSTILA MEC. DOS SOLOS 2009, UNIV.
POTIGUA,pg18).
3.1.4 Tamanho das Partículas
O comportamento dos solos está ligado, entre outras características, ao
tamanho das partículas que os compõem.
De acordo com a granulometria, os solos são classificados nos
seguintes tipos, de acordo com o tamanho decrescente dos grãos:
Pedregulhos ou cascalho> 2 mm,
Areias (grossas600 a 2 mm, médias200 a 600 μm ou finas60 a 200 μm),
Siltes2 a 60 μm,
Argilas< 2 μ m.
Na natureza, raramente um solo é do tipo “puro”, isto é, constituído na
sua totalidade de uma única granulometria. Dessa maneira, o comum é o solo
apresentar certa percentagem de areia, de silte, de argila, de cascalho, etc.
Assim, os solos são classificados de acordo com a seguinte nomenclatura: o
elemento predominante é expresso por um substantivo e os demais por um
12
adjetivo. Exemplo: areia argilosa é um solo predominantemente arenoso com
certa percentagem de argila. (APOSTILA MEC. DOS SOLOS 2009, UNIV.
POTIGUA,pg19).
Tabela 01 – Detritos do solo e suas dimensões.( gracieteoliveira.pbworks.com).
3.2 Tipos de Solos
3.2.1 Solos Não Coesivos (Granulares)
Como solos não coesivos compreendem-se os solos compostos de
pedras, pedregulhos, cascalhos e areias, ou seja, de partículas grandes
(grossas).
Estas misturas, compostas por muitas partículas, individualmente soltas, que
no estado seco não se aderem uma à outra (somente se apóiam entre si), são
altamente permeáveis. Isto se deve ao fato de existirem, entre as partículas,
espaços vazios relativamente grandes e intercomunicados entre si.
Em um solo não coesivo, em estado seco, é fácil reconhecer, por
simples observação, os tamanhos dos diferentes grãos.
A capacidade para suportar cargas dos solos não coesivos depende da
resistência ao deslocamento, à movimentação, entre as partículas individuais.
13
Ao se aumentar os pontos, ou superfície de contato, entre os grãos,
individualmente, por meio da quantidade de grãos por unidade de volume
(COMPACTAÇÃO), aumenta-se a resistência ao deslocamento entre as
partículas e, simultaneamente, melhora a transmissão de força entre os
mesmos. (APOSTILA MEC. DOS SOLOS 2009, UNIV. POTIGUA,pg19).
3.2.2 Solos Coesivos
Individualmente os grãos destes tipos de solos são muito finos, quase
farináceos, se aderem firmemente um a outro e não podem ser reconhecidos a
olho nu. Os espaços vazios entre as partículas são muito pequenos. Devido à
sua estrutura estes solos apresentam resistência à penetração de água,
absorvendo-a muito lentamente. Entretanto, uma vez que tenha conseguido
penetrar no solo, a água também encontra dificuldade para ser extraída do
interior do mesmo.
Ao receber água, tendem a tornar-se plásticos (surge a “lama”).
Apresentam maior grau de estabilidade quando secos.
Devido às forças adesivas naturais (coesão) existentes entre as pequenas
partículas que compõem estes tipos de solo, é que a compactação por vibração
não é a ideal nesta situação. Estas partículas tendem a agrupar-se, dificultando
uma redistribuição natural entre elas, individualmente. (APOSTILA MEC. DOS
SOLOS 2009, UNIV. POTIGUA,pg19).
3.2.3 Solos Mistos
Na natureza a maioria dos solos está composta por uma mistura de
partícula de diferentes tamanhos, ou seja, de grãos finos (coesivos) com outros
de maior granulometria. Seu comportamento está diretamente relacionado à
percentagem de partículas finas existentes, em relação às partículas grossas.
É importantíssimo se dizer que solos mistos compostos de partículas redondas
e/ou lisas são muito mais suscetíveis à compactação que aqueles compostos
por partículas com arestas vivas ou angulares. Entretanto, ao se comparar
14
solos com igual grau de compactação, aqueles que possuem partículas
angulares e/ou de arestas vivas (alto grau de rugosidade) possuem maior
capacidade de carga que aqueles compostos por partículas de textura lisa,
ainda que estes últimos apresentem menor granulaometria. (APOSTILA MEC.
DOS SOLOS 2009, UNIV. POTIGUA,pg19).
4 Compactação do solo.
É o processo manual ou mecânico que visa reduzir o volume de vazios
do solo, fazendo que algumas de suas características sejam melhoradas,
como, a resistência, deformabilidade e permeabilidade. A compactação tem por
objetivo obter solo que apresente um comportamento estável e adequado.
(ftp.unilins.edu.br)
As principais aplicações da compactação do solo são em rodovias,
aeroportos, ferrovias, terraplanagem em obras, valas e escavações (reaterros).
“ densidade resultante na compactação de um volume de solo por meio da
aplicação de uma energia depende do teor de umidade no instante da
compactação” Proctor (1933).
(ftp.unilins.edu.br).
5 Terraplenagem.
A terraplenagem é constituída por cinco principais operações:
Escavação: operação realizada para romper a compacidade do solo,
desagregando-o e tornado possível seu manuseio. É feita através de
equipamentos cortantes;
Carregamento: consiste no enchimento da caçamba ou no acúmulo de
material diante da lâmina do material que já sofreu o processo de
desagregação.
Transporte: movimentação de terra do local onde foi escavado para o
local onde vai ser depositado (onde será realizado o aterro). Pode ser com
carga, quando a caçamba está cheia ou sem carga, quando esta está
retornando ao local da escavação;
Descarga: faz parte do aterro ou bota-fora. Consiste em depositar o
material no local de destino;
15
Espalhamento: significa espalhar o material depositado no aterro ou
bota-fora. (Trabalho acadêmico Prof.: Delamar Schumacher UNIVALI).
6 PRINCIPAIS ENSAIOS DE LABORATÓRIO PARA CLASSIFICAÇÃO DO
SOLO.
6.1 ENSAIO DE GRANULOMETRIA
O ensaio de granulometria é o processo utilizado para a determinação
da percentagem em peso que cada faixa especificada de tamanho de
partículas representa na massa total ensaiada.
Através dos resultados obtidos desse ensaio é possível a construção da
curva de distribuição granulométrica, tão importante para a classificação dos
solos bem como a estimativa de parâmetros para filtros, bases estabilizadas,
permeabilidade, capilaridade etc.
A determinação da granulometria de um solo pode ser feita apenas por
peneiramento ou por peneiramento e sedimentação, se necessário, com isso
pode se feita a curva granulométrica do solo.
Os principais equipamentos e utensílios utilizados no ensaio, são:
Balança; Almofariz e mão de grau;
Cápsulas para determinação de umidade; Estufa; Jogo de peneiras (50;
38; 25; 19; 9,5; 4,8; 2,4; 1,2; 0,6; 0,42; 0,30; 0,15; 0,075mm); Agitador de
peneiras; Dispersor elétrico;
Proveta graduada de 1000ml; Densímetro graduado de bulbo simétrico;
Termômetro; Cronômetro.
Preparação da Amostra.
Seleciona-se uma quantidade representativa P1 de material seco ao ar
ou úmido; determina-se sua umidade:
- 10,0 kg para material com pedregulho grosso; - 2,0 kg para material com
pedregulho fino; 1,0 kg para material arenoso; - 0,5 kg para material
siltoso/argiloso.
Passa-se a massa P1 na peneira #10 (2,0mm); do material que passar,
separam-se 03 quantidades: P2 = 20 g para a determinação do peso específico
real das partículas; P3 = 50 a 100 g para a sedimentação; P4 = 200 a 600 g
para o peneiramento fino.
16
Procedimento Experimental
A. Peneiramento Grosso (material retido na peneira #10)
- Lava-se o material na peneira #10 (2,0mm), em seguida coloca-o na estufa;
- Peneira-se o material seco, mecânica ou manualmente, até a peneira #10;
- Pesa-se a fração retida em cada peneira;
B. Peneiramento Fino (material que passa na peneira #10)
- Lava-se o material na peneira #200 (0,075mm), em seguida coloca-o na
estufa;
- Passa-se o material seco nas peneiras de aberturas menores que a #10; -
Pesa-se a fração retida em cada peneira;
C. Sedimentação
- Coloca-se a massa P3 em “banho” (6 a 24 horas) com defloculante (solução
de
hexametafosfato de sódio);
- Agita-se a mistura no dispersor elétrico por 5 a 15 minutos;
-Transfere-se a mistura para a proveta graduada, completando com água
destilada até 1000
ml e realiza-se o balanceamento;
-Efetua-se leituras do densímetro nos instantes de
30s,1,2,4,8,15,30min,1,2,4,8,25h.;
Cálculos
A.Peneiramento Grosso: PR = (MR/MTS).100 PP = 100 - PR
B.Peneiramento Fino: Pr = (Mr/MSPF).100 Pp = (100 - Pr).N
C.Sedimentação: Vide informações da ficha de ensaio
MTU = P1 - Massa Total Úmida (g); MTS - Massa Total Seca (g); MG - Massa
dos Grãos (g)
(massa retida até #10); MFS - Massa Fina Seca (g) (passa na #10); MUS = P3
- Massa Úmida da Sedimentação (g); MSS - Massa Seca da Sedimentação (g);
w - Teor de Umidade (%); N - Fração que a Massa Fina representa do total da
amostra;
Resultados
A partir dos valores calculados traça-se a curva de distribuição
granulométrica, marcando-se no eixo das abscissas em escala logarítmica os
“diâmetros” das partículas menores do que aqueles considerados.
17
(http://www.ceset.unicamp, NBR-7181/ABNT - Análise Granulométrica de
Solos; D421-58 e D422-63/ASTM; T87-70 e T88-70/AASHTO; MSL-05/CESP.)
Gráfico 01– curva Granulométrica. (upload.wikimedia.org/wikipedia/
/commons/thumb/b/bd/CurvaGranulometrica.JPG/350px-CurvaGranulometrica).
6.2 ENSAIO DE COMPACTAÇÃO DE SOLOS (CBR ou índice de suporte
Califórnia).
A capacidade de suporte de um solo compactado pode ser medida
através do método do índice de suporte, que fornece o “Índice de Suporte
Califórnia - ISC” (California Bearing Ratio - CBR), idealizada pelo engenheiro
O. J. Porter, no estado da Califórnia - USA.
Trata-se de um método de ensaio empírico, adotado por grande parcela
de órgãos rodoviários, no Brasil e no mundo. O objetivo do ensaio é
determinar: O índice de suporte Califórnia (CBR) e a expansão (E).
O ensaio CBR consiste na determinação da relação entre a pressão
necessária para produzir uma penetração de um pistão num corpo de prova de
solo, e a pressão necessária para produzir a mesma penetração numa mistura
padrão de brita estabilizada granulometricamente. Essa relação é expressa em
porcentagem. O ensaio pode ser realizado de duas formas: Moldando-se um
18
corpo de prova com teor de umidade próximo ao ótimo (determinado
previamente em ensaio de compactação); Moldando-se corpos de prova para o
ensaio de compactação (em teores de umidade crescentes), com posterior
ensaio de penetração desses mesmos corpos de prova, obtendo-se
simultaneamente os parâmetros de compactação e os valores de CBR.
(geotecniaefundacoes.blogspot.com.br)
A compactação é um método de estabilização de solos que se dá por
aplicação de alguma forma de energia (impacto, vibração, compressão estática
ou dinâmica). Seu efeito confere ao solo um aumento de seu peso específico e
resistência ao cisalhamento, e uma diminuição do índice de vazios,
permeabilidade e compressibilidade.
Através do ensaio de compactação é possível obter a correlação entre o
teor de umidade e o peso específico seco de um solo quando compactado com
determinada energia. O ensaio mais comum é o de Proctor (Normal,
Intermediário ou Modificado), que é realizado através de sucessivos impactos
de um soquete padronizado na amostra.
Equipamentos
Os principais equipamentos são: Almofariz e mão com borracha; Peneira
no.4 (4,8mm); Balança; Molde cilíndrico de 1000cm3, com base e colarinho;
Soquete cilíndrico; Extrator de amostras; Cápsulas para determinação de
umidade; Estufa.
Preparação da Amostra
- Toma-se certa quantidade de material seco ao ar e faz-se o
destorroamento até que não haja torrões maiores que 4,8mm;
- Peneira-se a amostra na peneira nº4 (4,8mm) e em seguida determina-
se sua umidade higroscópica.
Procedimento
- Adiciona-se água à amostra até se verificar uma certa consistência.
Deve-se atentar para uma perfeita homogeneização da amostra;
- Compacta-se a amostra no molde cilíndrico em 3 camadas iguais (cada
uma cobrindo aproximadamente um terço do molde), aplicando-se em cada
uma delas 25 golpes distribuídos uniformemente sobre a superfície da camada,
com o soquete caindo de 0,305m;
19
- Remove-se o colarinho e a base, aplaina-se a superfície do material à
altura do molde e pesa-se o conjunto cilindro + solo úmido compactado;
- Retira-se a amostra do molde com auxílio do extrator, e partindo-a ao
meio, coleta-se uma pequena quantidade para a determinação da umidade;
- Desmancha-se o material compactado até que possa ser passado pela
peneira nº4 (4,8mm), misturando-o em seguida ao restante da amostra inicial
(para o caso de reuso do material);
- Adiciona-se água à amostra homogeneizando-a (normalmente
acrecenta-se água numa quantidade da órdem de 2% da massa original de
solo, em peso). Repete-se o processo pelo menos por mais quatro vezes.
Cálculos
- Peso específico úmido:
γ❑ = [(Peso Cilindro + Solo Úmido) - (Peso Cilindro)]/(Volume Cilindro)
- Peso específico seco:
γ d = (γ .100)/(100 + w)
- Peso específico seco em função do grau de saturação:
γ d = (Sr.γ s.γw)/(w.γ s +Sr.γw)
S - Grau de saturação
w - Umidade
γ s - Peso específico das partículas sólidas
γw - Peso específico da água.
Resultados
- Curva de compactação - é obtida marcando-se, em ordenadas, os
valores dos pesos específicos secos (γ d) e, em abicissas, os teores de umidade
correspondentes (w);
- Peso específico seco máximo γ dmáx ) - é a ordenada máxima da curva
de compactação;
- Umidade ótima (wot) - é o teor de umidade correspondente ao peso
específico máximo;
- Curvas de saturação - relaciona o peso específico seco com a
umidade, em função do grau de saturação. ( http://www.ceset.unicamp.br,
20
NBR-7182 da ABNT; D698-70 e D1557-70 da ASTM; T99-70 e T180-70 da
AASHTO.)
Gráfico 02- curva de compactação. ( http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAArp0AJ-86.png)
6.3 Método de sondagem SPT (Standard Penetration Test)
O método de sondagem SPT (Standard Penetration Test) é a mais
popular, rotineira e econômica ferramenta de investigação usada no Brasil. É
uma sondagem de reconhecimento, indicativo da densidade e da identificação
da consistência dos solos. Métodos rotineiros de projeto de fundações diretas e
profundas utilizam sistematicamente os resultados de SPT.
O ensaio SPT constitui-se em uma medida de resistência dinâmica
conjugada a uma sondagem de simples reconhecimento. A perfuração é obtida
por tradagem e circulação de água, utilizando-se um trépano de lavagem como
ferramenta de escavação. Amostras do solo são coletadas a cada metro de
profundidade por meio de um amostrador padrão. O procedimento de ensaio
consiste na cravação deste amostrador, usando a queda de um peso
(normalmente um bloco de aço) de 65 kg caindo a uma altura de 75
centímetros. O valor “Nspt” é o número de golpes necessário para fazer o
amostrador penetrar no solo a uma profundidade de 30 centímetros, após a
cravação inicial de 15 centímetros. É possível, sob condições ideais, conseguir
21
penetrar mais que 40 metros de profundidade com o método SPT. A limitação
por golpes (denominada de “nega”) é determinada quando se obtém uma
penetração menor do que 5 centímetros em 10 golpes consecutivos. A SPT
pode ser equipada com torquímetro, instrumento que pode ser utilizado para
medir a resistência de atrito contra a parte do amostrador (diâmetro de 50,8
mm) cravada no solo. Os índices de resistências à cravação do amostrador
permitem avaliar a compacidade e/ou consistência do solo ao longo da
perfuração. Normalmente as sondagens atingem profundidades tais, de modo a
permitir uma solução adequada à questão das fundações. As profundidades
geralmente são limitadas pela ocorrência de matacões, obstruções, e rochas
não perfuráveis pelo equipamento em questão.
Deve ser de responsabilidade da empresa contratada para realizar o
serviço da sondagem SPT o fornecimento de todos os materiais e mão de obra
necessários, assim como da água para o auxílio da execução dos furos.
O critério de paralisação das sondagens normalmente é o de, no
mínimo, 3 metros em solo com SPT superior a 40 golpes, ou com paralisação
em impenetrável com avanço a lavagem. No final dos serviços, todos os furos
deverão ser preenchidos com solo do próprio local, para evitar acidentes. Para
finalizar, a empresa contratada deverá entregar um relatório onde constará o
desenho de locação das sondagens no terreno, os perfis individuais de cada
furo, nos quais deverão constar todas as indicações da natureza dos solos,
SPT e os níveis do lençol freático, além dos tempos de lavagem se for o caso.
( http://pt.shvoong.com/exact-sciences/engineering/1972952-sondagem-solo-
pelo-m%C3%A9todo-spt/#ixzz2PuJ9sAab)
22
Tabela 02- Tabela de resultados SPT (HTTP://www.scielo.br/img/revistas/rem/v57n4/a11t02.gif)
figura 01- sistema para obtenção de amostras para sondagem SPT (http:
//www.neimatec.com.br/img/conteudo/sond01.jpg).
23
Tabela 03 – tabela HBR.
Exercicío.
O solo natural de uma área de empréstimo (jazida) tem peso específico
de 16 KN/m3, teor de umidade de 15% e massa específica dos grãos de 2,7
Kg/m3. Deseja-se utilizar este solo na execução de um maciço compactado de
uma barragem, onde: o volume copactado do maciço é igual a 100.000m3, teor
de umidade de compactação de 17% e peso específico úmido de 17,6 kN/m3.
Pede-se para se fazer uma estimativa de volume da jazida a ser escavado.
Considerando-se o empolamento de escavaão em 30% e o veículo de
transporte com capacidade de 150 kN e 15m3, quantas viagens serão
necessárias para o transporte desse material da jasida até a praça de
compactação?
Temos: V=1x105
ρ=1.760
γsat é o peso específico do aterro = 17,6KN/m3
17,6KN/m3 = 1.760 Kg/m3
24
ρ=mV
1.760= m
1 x105
m=176 x 106Kg
ρ=mV
1.230=( 176 x106
V ) V = 143.089,4 m3
TE= taxa de empolamento.
TE=( γnaturalγsolta )−1
0,3=( 16γsolta )−1
1,3=( 16γsolta )
γsolta=12,3KN /m3
Sendo γsolto = 12,3KN/m3 e cada caminhão lerar até 150KN, temos:
15012,3
=12,195m3 por caminhão, logo
V=143.089,412,195
= 11.733,4 viagens.
25
Anexo I
I – Fotos aula campo.
26
27
28
29
BIBLIOGRAFIA
http://geotecniaefundacoes.blogspot.com.br/2010/06/indice-de-suporte-
california-cbr.html
APOSTILA MECÂNICA DOS SOLOS CEFET PELOTAS RS , PROFESSORA CRISTIANE SALERNO
SCHMITZ, RETIRADO DO SITE http://pt.scribd.com/doc/17348138/Apostila-de-Mecanica-Dos-
Solos EM 03/04/2013 AS 16:30H.
http://www.civilnet.com.br/ENGCIVIL-MECANICA-DOS-SOLOS.html VICENTE
BUDZINSKI, APOSTILA MECÂNICA DOS SOLOS I,RETIRADO DO SITE, EM 05/04/2013 ÁS 20:00H.
http://www.civil.ist.utl.ptMestrado em Geotecnia para Engenharia Civil Jaime A. Santos
PINTO, Carlos de Souza. Curso Básico de Mecânica dos Solos, em 16 Aulas. 1
ed. SãoPaulo: Oficina de Textos, 2000. 247 p.
NBR-7182 da ABNT; D698-70 e D1557-70 da ASTM; T99-70 e T180-70 da
AASHTO.
ftp://ftp.unilins.edu.br/bernardo/COMPACTACAO/Compactacao%20%20e
%20Ensaio%20de%20Compactacao.pdf
http://www.geotecnia.ufba.br/arquivos/ensaios/Aula%20de%20Laboratorio-
%20Roteiro%20-%20Granulometria.pdf
http://www.ebah.com.br/content/ABAAABcywAH/terraplanagem
30
http://gracieteoliveira.pbworks.com/w/page/51032777
http://www.ceset.unicamp.
31