Trabalho em grupo 2012 2

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Goiânia2012

BYANA CRISTINA FERREIRA SILVAENI VENÂNCIO DA SILVA

KELLY ALVES SILVA

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADOPEDAGOGIA

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO: vivenciando a gestão no espaço educativo

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Goiânia2012

Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia – (5º Semestre) da Unopar – Universidade Norte do Paraná, Produção Textual Interdisciplinar Coletiva para obtenção de no nota das disciplinas: Ensino e Alfabetização II, Ensino da Natureza e Sociedade, Ensino das Artes e Músicas e Ensino da Matemática na Educação Infantil.

Profs: Raquel Rodrigues Franco; Andrea Zômpero, Laura Célia S. Cabral e Helenara Sampaio.

BYANA CRISTINA FERREIRA DA SILVAENI VENÂNCIO DA SILVA

KELLY ALVES SILVA

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................4

1 PROBLEMA LEVANTANDO NO CONTEXTO DA ESCOLA .................................6

2 REFERENCIAL TEÓRICO ......................................................................................8

3 PLANO DE AÇÃO .................................................................................................11

CONSIDERAÇOES FINAIS.......................................................................................15

REFERÊNCIAS.......................................................................................................

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INTRODUÇÃO

Na atualidade um grande desafio do sistema educacional brasileiro é

viabilizar ações eficazes para a acessibilidade e permanência dos alunos com

necessidades educacionais, principalmente os cadeirantes, nas unidades do ensino

regular. Garantir sua matricula não pressupõe a inclusão propriamente dita, mas

apenas um passo na sua conquista.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n.º 9.349/96)

estabelece que a educação seja um direito de todos, garantindo atendimento

educacional especializado às pessoas com necessidades especiais. A Lei n.º

10.098, de 19 de dezembro de 2000 institui normas gerais e critérios básicos para a

promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida,

mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no

mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios, nos meios de transporte e

de comunicação.

Nesta mesma lei consta que para possibilitar o acesso de alunos

com necessidades especiais (cadeirantes) todas as escolas devem eliminar suas

barreiras arquitetônicas tendo ou não alunos com deficiências matriculados ou não,

pois já prepararia a Instituição Escolar de antemão a receber alunos cadeirantes.

Porém, a inclusão destes alunos continua sendo um grande desafio

para as Instituições de Ensino, seja pública ou particular, a dificuldade de se

adaptarem requer mudanças ou modificações tanto nos espaços físicos, quanto na

prática e na qualidade do ensino, pois a inclusão tem como prioridade um ensino

que seja para todos e de qualidade.

Este trabalho tem o objetivo de encontrar respostas para a questão

proposta: Quais os desafios e possibilidades da inclusão de alunos cadeirantes nos

anos iniciais do Ensino Fundamental?

Da formação interna do grupo, em principio, não houve dificuldade a

ser relatada e cada uma das integrantes desempenharam suas respectivas tarefas

de modo bastante satisfatório, desde a pesquisa de campo até a argumentação final

deste. A interação e compatibilidade de opiniões pode ser observada entre as três

integrantes do grupo, durante todo o processo de desenvolvimento do presente

trabalho em questão. A escolha da Instituição a ser pesquisada foi sugerida pela

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colega Eni e esta, ficou encarregada de agendar o encontro com as responsáveis

pela área administrativa e pedagógica da mesma. De posse das observações, ficou

estabelecido, que a introdução, a conclusão e a postagem seriam deferidos à líder

do grupo, Byana, o desenvolvimento dividido entre Eni e kelly.

A pesquisa Central deste trabalho foi realizada na Escola Cantinho

Feliz Ltda, situada na Rua C-40, Qd. 117, Lt.. 03, Setor Sudoeste, Goiânia Go, a

mesma é composta por aproximadamente 408 alunos nos níveis de Educação

Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, nos turnos matutino e vespertino,

possui 21 docentes, e sua filosofia é contribuir para a formação de um ser, que seja

cidadão de fato, participativo, critico, consciente e humano para enfrentar problemas

do mundo atual.

Quanto a organização do trabalho está divido da seguinte forma:

Primeiramente vem a introdução, que dá uma breve apresentação do corpo desta

pesquisa, da Instituição de Ensino onde foi realizada a mesma e da formação do

grupo.

Logo a seguir inicia-se uma questão muito importante que é o

levantamento do problema no contexto escolar, onde foi definida a problemática

prioritária da escola e as estratégias de sua resolução. Após, encontra-se o

referencial teórico que é a base do diagnóstico da problemática levantada, para que

se possa encontrar possíveis soluções para a mesma.

O plano de ação vem logo a seguir e nele estão expostas ações

práticas para enfrentar a problemática levantada.

Por último vem a conclusão deste trabalho, que com certeza não

terá seu fim aqui, mas será apenas o primeiro passo para muitas outras descobertas

e reflexões.

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1. PROBLEMA LEVANTADO NO CONTEXTO DA ESCOLA

O movimento pela inclusão escolar é um assunto debatido em todo o

mundo e, nas últimas décadas, esta discussão cresceu consideravelmente no Brasil.

A proposta da inclusão escolar parte do princípio de que pessoas, com ou sem

necessidades especiais beneficiem-se do compartilhamento do processo

pedagógico inclusivo em que estejam inseridos. No entanto, vários são os

obstáculos enfrentados na concretização dos objetivos da inclusão, como pode ser

observado durante o período em que uma das autoras deste trabalho esteve

inserida na instituição pesquisada.

Foi observado que dentro da escola a adaptação ao deficiente físico

é praticamente inexistente, inibindo assim sua presença.

Através dos dados coletados, foram levantadas as seguintes

questões: A instituição está apta a receber alunos portadores de deficiência física?

As barreiras arquitetônicas do espaço observado podem ser sanadas? De que

maneira poderia ser melhorada a acessibilidades do cadeirante na escola? As salas

de aulas conseguem abrigar satisfatoriamente o aluno com algum tipo de dificuldade

de locomoção? A equipe gestora dentro de suas atribuições faria as adaptações

necessárias para resolver o problema da acessibilidade? E, quanto a equipe

pedagógica e docente, estas estão preparadas para lidarem com alunos portadores

de limitação física?

Foi diante da observância das questões citas acima que chegou-se

ao contexto da necessidade de adaptação da espaço escolar, derrubando assim, as

barreiras para a inclusão de alunos com dificuldade de locomoção. O acesso a

quase todos os locais da escola, é feito por meio de degraus, os banheiros não são

adaptados, os bebedouros também não atendem às especificações para

cadeirantes, o acesso ao andar superior, onde as salas de Ensino Fundamental

estão situadas, se dá através de escadas, não há na instituição estacionamento

próprio e com isso a acessibilidade para portadores de deficiência física ou

mobilidade reduzida, fica prejudicado a partir de sua chegada na escola.

Com base nos fatos coletados, fez-se o exposto dos mesmos para a

equipe gestora. Esta acatou as observações apresentadas e se dispôs a reavaliar a

arquitetura do espaço interno da escola, a mesma é regida pela diretora a qual

detêm plenos poderes de decisão. A reforma contará com o apoio da parte

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pedagógica, através da coordenadora e também do corpo docente.

A intenção desta pesquisa foi relatar as barreiras arquitetônicas

enfrentadas pelos deficientes físicos, especificamente os cadeirantes. Buscou-se

através desta, algumas respostas da questão de como e quais são as condições de

acessibilidade nas instituições de ensino da região. Após o estudo de campo, foi

apresentado junto à gestora da escola, projeto de melhoria para que as ditas

barreiras, possam ser sanadas ou pelo menos amenizadas, tendo como principais

objetivos apresentar soluções cabíveis de serem realizadas para o próximo ano

letivo, mostrar à coordenação pedagógica, bem como ao corpo docente, a

intencionalidade de melhoria do espaço físico para que a inclusão possa ocorrer de

forma plena, sugerir formação continuada aos docentes para que estes possam lidar

com a inclusão sem receios, passando assim, segurança aos demais alunos.

De acordo com Escolano (1998, p. 27, 45)

Os  espaços  educativos,  como  lugares  que  abrigam  a  liturgia  acadê-mica,  estão dotados  de  significados  e  transmitem  uma  importante quan-tidade  de  estímulos, conteúdos  e  valores  do chamado currículo oculto. [...]  a  arquitetura  escolar  pode  ser  vista  como  um  programa  educador,  ou seja, como um elemento do currículo invisível ou silencioso, ainda queela seja, por si mesma, bem explicita ou manifesta.[...].

Começando a mudança dentro da escola, permite que desde cedo

todos aprendam que com ou sem deficiência, as pessoas são iguais, possuem os

mesmos direitos de cidadão e podem exercer funções tal e qual uma pessoa

considerada normal, em perfeitas condições motoras ou de comunicação e intelecto.

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2. REFERENCIAL TEÓRICO

Este trabalho consistiu numa revisão de literatura em que foram

abordados temas relacionados aos direitos dos deficientes físicos e as

possibilidades inclusivas no espaço escolar. A partir das observações durante o

período de estágio na instituição, pode-se constatar que a acessibilidade

arquitetônica na mesma não possibilita o acesso de alunos cadeirantes.

Sabe-se que historicamente o ingresso dos deficientes aos espaços

sociais passou por processos intensos marcados pela exclusão, políticas de

segregação, integração e inclusão de centros especializados para as escolas

comuns. É fácil perceber os desafios de ordem pedagógica e até mesmo estruturais

para a inclusão dos deficientes, sejam eles sensoriais, físicos ou mentais. A ênfase

nos processos de acessos físicos às escolas é analisada sob os desafios

enfrentados por pessoas cadeirantes e por profissionais que os recebem no interior

da escola. A deficiência física pode ser compreendida pelo fato de uma pessoa ter

alguma limitação física temporária ou mesmo permanente que o impeça de realizar

movimentos básicos para uma vida adaptada ao uso de espaços sociais, públicos e

privados, segundo NBR 9050, entende-se por deficiência:

Redução, limitação ou inexistência das condições de percepção das características do ambiente ou de mobilidade e de utilização de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano e elemen- tos, em caráter temporário ou permanente.

Sendo assim, alunos cadeirantes precisam de escolas totalmente

acessíveis arquitetonicamente com o intuito de beneficiar a educação igual e sem

barreiras físicas para todos, conforme estabelece a Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional, nº. 9394.

Ainda falta muito a ser feito para encontrar no país um acesso livre a todos

os portadores de necessidades especiais e pessoas que possuam algum tipo dificuldade

de locomoção, sejam motores, neurológicas ou visuais. Segundo Mullick (1999):

A adaptação para se viver mais seguro é apenas um conceito, pois não se deve esperar somente que a escola pública se adapte para atender a essas necessidades, mas sim os lugares em geral para que seja possível trazer essas crianças novamente ao convívio social

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É necessário lutar pela inclusão das pessoas com deficiência física,

pela qualidade de ensino nas escolas públicas e privadas, de modo que se tornem

aptas para responder às necessidades de cada um de seus alunos, de acordo com

suas especificidades, sem cair nas teias da educação especial e suas modalidades.

A escola é um terreno fértil de aprendizagens diversas e constitui espaço

privilegiado para as manifestações de ordem afetiva, social e cognitiva dos sujeitos

frente ao outro e à cultura. A acessibilidade às dependências físicas da escola é de

grande importância para toda sociedade e está relacionada com as condições

viáveis de mobilidade disponíveis oferecidas aos indivíduos, tanto aos que possuem

alguma deficiência física ou aos que tenham alguma limitação de locomoção. Silva

(2006) considera as barreiras arquitetônicas, como os maiores empecilhos para a

deficiência física que fazem uso de cadeira de rodas, bengalas ou muletas para se

locomoverem. Para o autor tais barreiras nem sempre são voluntárias, mas sem

dúvida, são frutos do imenso descaso e da não obediência às leis vigentes. Estas

influenciam a vida de todos, uns mais, outros menos, e no caso dos deficientes

físicos, especificamente para os cadeirantes, este tipo de transtorno é bem maior,

chegando a impedi-los de frequentar a escola e muitos desistem de seus estudos

prematuramente.

Muito se fala em inclusão, mas sabe-se que pouco tem sido feito dentro

do espaço físico da maioria das instituições, sejam elas públicas ou privadas. A

desinformação, a falta de interesse ou mesmo a falta de habilidade em lidar com a

questão, levam a maioria das instituições a empurrarem o problema, para uma

solução posterior, adiando dia após dia as adequações necessárias para o ingresso

do cadeirante nas escolas, independentemente da idade ou classe social.

Para Martins et al. (2006 apud MANZINI; CORRÊA ([2007?],

p.3) é preciso que as escolas pensem em formas de se reestruturarem para

solucionar fatores que atrapalham a inclusão de alunos com deficiência na escola

regular. Um dos fatores que a escola deve preocupar-se é a preparação em relação

a sua acessibilidade física. Com base na Constituição Federal (art. 227/§2°), e com

a edição do Decreto lei nº. 5296 em Dezembro de 2004 atualmente tem ocorrido um

maior número de discussões a respeito da inclusão de deficientes físicos e uma

maior preocupação acerca do assunto tem sido mostrada. Este decreto estabelece

normas gerais e critérios básicos para promoção de acessibilidade das pessoas

portadoras de deficiência e/ou mobilidade reduzida.

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A acessibilidade tornou-se um dos temas mais reivindicados por

portadores de deficiência (BUENO, 2007), porém, ainda hoje, mesmo tratando-se de

século XXI, onde as discussões estão voltadas para o fim das exclusões

principalmente social, digital e educacional. Deparamo-nos com uma população de

deficientes que são excluídos pela simples falta de acesso. Assim, podemos

compreender que um dos instrumentos mais importantes e capazes de promover a

inclusão do meio físico e o exercício da cidadania para o deficiente é a

acessibilidade.

Ações que garantam a acessibilidade para pessoas com restrição de mobilidade aos sistemas de transportes, equipamentos urbanos e a circulação em áreas públicas são, nada mais, que o respeito de seus direitos fundamentais como indivíduos. (BRASIL, 2008, p. 46)

Entretanto, enquanto o espaço físico construído atualmente for

direcionado apenas ao “homem padrão”, ainda há de existir pessoas que se

contentem e acreditem que a acessibilidade e inclusão se resumem apenas a

construção de rampas em vias públicas e a uma porcentagem mínima de vagas em

estacionamentos para deficientes. Pode-se ainda ressaltar que a inclusão do meio

físico e a acessibilidade aos deficientes são muito mais do que isso. O principal

objetivo de promover a acessibilidade através de ambientes físicos adaptados está

na possibilidade de proporcionar uma maior autonomia e segurança aos portadores

de necessidades especiais, principalmente no meio escolar.

Para Aranha (2004 apud MANZINI; CORRÊA, ([2007?], p.3) a

acessibilidade é um dos primeiros requisitos que possibilita a todos os alunos o

acesso à escola, pois: ''[...] garante a possibilidade, de todos, de chegar até a

escola, circular por suas dependências, utilizar funcionalmente todos os espaços,

frequentar a sala de aula, nela podendo atuar nas diferentes atividades. ''

Em relação ao ambiente escolar, portanto pode-se dizer que

dentre os inúmeros elementos em que a escola necessita para se ajustar e receber

os alunos portadores de necessidades especiais a adaptação do meio físico está

entre as principais, uma vez que ira proporcionar o acesso de todos ao meio

educacional.

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3. PLANO DE AÇÃO

De acordo com a problemática levantada, ficou claro que na escola

pesquisada será necessário investimentos urgentes para se tentar sanar o

problema da acessibilidade, uma vez que a mesma não está preparada para receber

estudantes com limitações de mobilidade e está longe de se adequar às normas

estabelecidas pela NBR 9050 da ABNT. A pesquisa mostrou ainda que a escola

apresenta capacidade de melhorias na estrutura arquitetônica de seu prédio, pelo

menos na parte inferior do mesmo, que são: adaptar as entradas da escola com

rampas de acesso para receber possíveis alunos e/ou visitantes cadeirantes,

eliminar o maior número possível de barreiras arquitetônicas dentro do espaço com

a ampliação dos corredores e construção de rampas onde existe degraus, as portas

de entrada das salas de aula necessitam ser ampliadas de acordo com as normas

estabelecidas. Os banheiros devem receber reformas de modo geral, pois não

apresentam nenhum tipo de acesso ao cadeirante ou mesmo para pessoas com

dificuldades de locomoção, as portas de entrada deverão ser ampliadas para dar

passagem à cadeira de rodas, deve ser implantado um sanitário apropriado e com

barras de apoio, em dois banheiros, sendo um de uso masculino e outro de uso

feminino. Um dos bebedouros aparentemente está dentro dos padrões exigidos pela

NBR 9050 da ABNT, faltando apenas a eliminação dos degraus que dão acesso ao

mesmo.

De acordo com a ABNT/NBR9050: 1994 são acessíveis:

Espaço, edifício, mobiliário, equipamento ou elemento que possa ser alcan-çado, visitado e utilizado por qualquer pessoa, inclusive as portadoras de deficiência. O termo acessível implica tanto em acessibilidade física como de comunicação.

Ao corpo docente, foi sugerido cursos de capacitação e

formação continuada, para que se receba treinamento adequado de como lidar com

alunos com este tipo de limitação, a coordenação pedagógica apóia a iniciativa e se

propõe a participar dos cursos sugeridos.

Quanto ao estacionamento, ficou explicito que no momento a

instituição, não terá como sanar o problema, visto não possuir espaço apropriado

para este fim.

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Tais adequações começarão a serem executadas após o

término do atual ano letivo. Espera-se que tenham início tão logo os alunos entrem

de férias para que sua conclusão seja já para o próximo ano letivo.

A seguir, haverá representação de algumas figuras referentes a

espaço, deslocamento, adaptações, dimensões e sinalização de acordo com a

Norma NBR 9050, segundo a qual foram consideradas as medidas entre 5% a 95%

da população brasileira, ou seja, os extremos correspondentes a mulheres de baixa

estatura e homens de estatura elevada. Vale lembrar que as mesmas constam no

projeto apresentado à instituição em questão.

Referência ao espaço físico utilizado por uma pessoa que se utiliza de cadeiras

de rodas para realizar sua locomoção.

Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT NBR 90/50

Módulo de referência: Segundo a norma, considera-se como módulo de

referência a projeção ocupada por uma pessoa que utiliza cadeira de rodas. Sua

ocupação exige as dimensões de 0,80 m por 1,20 m no piso,

Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT NBR 90/50

Área de circulação: A figura a seguir mostra as dimensões referenciais para

deslocamento em linha reta de pessoas em cadeiras de rodas.

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Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT NBR 90/50

Área para manobra da cadeira de rodas: As figuras que se seguem demonstram

o espaço utilizado para que se realize uma manobra de cadeira de rodas sem

deslocamento e com deslocamento, respectivamente.

Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT NBR 90/50

Área para manobra sem deslocamento

A seguir, a figura estabelece as determinadas condições para manobra da

cadeira de rodas com deslocamento e o espaço exigido para que o fato ocorra.

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Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT NBR 90/50

Figura 6 – Área para manobra de cadeira de rodas com deslocamento

A presença de um cadeirante em uma escola

totalmente acessível poderá promover uma vivência com liberdade dos tempos e

espaços propícios para sua formação e socialização. É isto que se espera para as

escolas, todos em idade escolar estudando e se socializando em um mesmo espaço

que se aprimora cada vez mais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Diante  do  exposto,  verificamos  que  há,  ainda,  um  longo 

caminho a ser percorrido  para  que  a  escola  se  torne  de  fato  inclusiva.  Pode-se

a partir deste trabalho, refletir sobre os desafios e possibilidades da inclusão de

alunos cadeirantes nos anos iniciais do Ensino Fundamental.

A questão foi bastante investigatória, pois exigiu também uma

adequação da estrutura pedagógica escolar que envolveu instituição, professores

bem como todos pertinentes a esta. Há no seio da escola uma forte  resistência 

a mudanças. Ela é pensada e projetada para o aluno idealizado, padrão,  difícil  de 

ser  encontrado.

Embora  observemos  avanços  na  legislação  e  nas  políticas

públicas  no  cenário  nacional,  inúmeros  e  persistentes  são  os  obstáculos  à 

construção  de  ambientes  flexíveis  e  propícios  ao  atendimento  à  diversidade.

 A concepção de desenho universal, aquele  que  visa  atender  às 

necessidades  específicas  de  todos  os  usuários  e,  para   isso,  busca  criar

espaços  e  equipamentos  que  proporcionem  conforto,  segurança  e 

autonomia aos usuários, ainda  não  faz  parte  do  cotidiano  das  escolas.  Sendo 

assim,  a  acessibilidade espacial  intra  e  extra  escola  não  está   assegurada  às 

pessoas  com  mobilidade reduzida,  dessa  forma,  lhes  são  negadas  direitos 

fundamentais  ao  cidadão,  como por  exemplo,  o  direito  de  ir  e  vir.  Em  alguns 

casos,  os  alunos  ficam  impedidos até  de  satisfazer  suas  necessidades

fisiológicas  por  falta  de  banheiros  adaptados.  Esta  inacessibilidade  física 

compromete  as  demais  atividades  do  sujeito,  os quais,  muitas  vezes,  desistem 

da  escola  por  reconhecer  que  ali  não  é  seu  lugar.

O  conceito  de  lugar,  resgatado  da  Geografia,  como  parcela  do 

espaço  onde estão  nossas  marcas,  nossa  história,  nossas  referências 

pessoais  e  nossos vínculos  afetivos.  Quando  a  escola  não  reconhece  ou  nega

as  diferenças,  não  se constitui  um  lugar  para  esses  alunos.

A acessibilidade  é,  pois,  a  possibilidade  de  interagir  com  o 

ambiente,  podendo  participar  dos  espaços,  dos  serviços,  das  atividades 

pedagógicas,  de  lazer e  sociais  da  escola,  da  forma  mais  independente 

possível,  preservando  a  autonomia e a dignidade dos alunos com NEE.

Os autores estudados proporcionaram uma ótima reflexão sobre a

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questão central deste trabalho, mas que não irão ficar somente nestes tópicos pois

continuam a nos possibilitar maior aprofundamento e pesquisas sendo este um tema

pertinente que faz parte do nosso contexto profissional e pessoal.

Para tanto, faz-se  necessário  vencermos  as  barreiras 

arquitetônicas, físicas, metodológicas,  comunicacionais  e,  sobretudo,  atitudinais, 

para  que, coletivamente, possamos construir a tão desejada escola inclusiva. 

O primeiro passo, após a formação e delegação de tarefas do grupo,

foi identificar através de estudos, as orientações obtidas em teoria no decorrer do

presente semestre, o que muito contribuiu para um maior esclarecimento e reflexão

dos fatos que permearam a pesquisa em questão.

O maior desafio, este superado com êxito pelas participantes da

equipe, tão logo determinado a cada uma suas funções e escolha da instituição a

ser pesquisada, foi conscientizar a equipe gestora dos problemas de acessibilidade

observados pelo grupo durante a pesquisa de campo, já que a escola não possuí

nenhum um caso de criança com necessidades especiais . Os demais desafios

foram vencidos ao início deste, com reuniões nos intervalos das aulas, troca de e-

mails e telefones, visto se tratar as integrantes, carentes de tempo disponível para

uma aproximação maior. Paralelamente, houve integração da equipe no que

concerne às ideias e conclusões dos dados coletados.

REFERÊNCIAS

AMARAL, L. Conhecendo a deficiência. SP: Robe, 1995.

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AMARAL, L. Histórias da exclusão: e de inclusão? – na escola pública. In:CONSELHO REGIONAL DE PSICÓLOGOS. Educação Especial em debate. SP: Casa do Psicólogo/ Conselho Regional de Psicologia, 1997, p 23-24.

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