Trabalho escrito

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Introdução (Madalena) No seguimento da matéria que temos vindo a estudar em aula sobre a manipulação da fertilidade, foi-nos proposta a realização de um trabalho sobre um dos métodos contraceptivos, o DIU. Ao longo deste trabalho vamos tentar explicar-vos de forma objectiva o que é o DIU, como se utiliza e quais são as principais vantagens e desvantagens associadas a este método contraceptivo. O dispositivo intra-uterino é o método reversível mais utilizado no mundo. Cerca de 160 milhões de mulheres utilizam-no. Os primeiros estudos sobre este dispositivo foram feitos por médicos alemães e, em 1929, Ernest Gräfenberg publicou um relatório detalhado sobre o DIU. Apresentação do Dispositivo (Pipa) O dispositivo intra-uterino, ou simplesmente DIU, é um pequeno dispositivo anticoncepcional de plástico, revestido por um fio de cobre ou hormonas, com a forma de T. Este é inserido e retirado do útero por um médico. O DIU é um método contraceptivo seguro para evitar a gravidez, alterando as condições do útero e funcionando como barreira que impede a passagem dos espermatozóides. É eficaz durante cerca de 5 a 10 anos. Quando a mulher deseja ter um filho deve dirigir-se ao seu médico e retirar o aparelho, de forma a evitar um aborto. Após o parto, a mulher pode amamentar mesmo tendo o DIU. A utilização do aparelho deve ser sempre vigiada pelo médico. Tipos de DIU (Madalena) Existe dois tipos de Dispositivo Intra-Uterino (DIU): (ambos muito eficazes, com o objectivo de impedir a fecundação) - Têm o mesmo tamanho, são de plástico e têm um formato semelhante a um ”T” - Inibem a proliferação no endométrio e a mobilidade dos espermatozóides De Cobre, (efeito até dez anos): É de plástico simples com filamentos em cobre É o Diu mais conhecido e o mais usado por 84 milhões mulheres em todo mundo; Ocorre libertação contínua de cobre para dentro da cavidade uterina. O que dificulta a movimentação do óvulo através da trompa, impedindo a fecundação; É um método em que não há libertação de hormonas, logo é uma boa opção para mulheres com diabetes;

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Introdução (Madalena)

No seguimento da matéria que temos vindo a estudar em aula sobre a manipulação da

fertilidade, foi-nos proposta a realização de um trabalho sobre um dos métodos

contraceptivos, o DIU.

Ao longo deste trabalho vamos tentar explicar-vos de forma objectiva o que é o DIU,

como se utiliza e quais são as principais vantagens e desvantagens associadas a este

método contraceptivo.

O dispositivo intra-uterino é o método reversível mais utilizado no mundo. Cerca de

160 milhões de mulheres utilizam-no. Os primeiros estudos sobre este dispositivo foram

feitos por médicos alemães e, em 1929, Ernest Gräfenberg publicou um relatório

detalhado sobre o DIU.

Apresentação do Dispositivo (Pipa)

O dispositivo intra-uterino, ou simplesmente DIU, é um pequeno dispositivo

anticoncepcional de plástico, revestido por um fio de cobre ou hormonas, com a forma de

T. Este é inserido e retirado do útero por um médico.

O DIU é um método contraceptivo seguro para evitar a gravidez, alterando as

condições do útero e funcionando como barreira que impede a passagem dos

espermatozóides. É eficaz durante cerca de 5 a 10 anos. Quando a mulher deseja ter um

filho deve dirigir-se ao seu médico e retirar o aparelho, de forma a evitar um aborto. Após

o parto, a mulher pode amamentar mesmo tendo o DIU. A utilização do aparelho deve ser

sempre vigiada pelo médico.

Tipos de DIU (Madalena)

Existe dois tipos de Dispositivo Intra-Uterino (DIU): (ambos muito eficazes, com o

objectivo de impedir a fecundação)

- Têm o mesmo tamanho, são de plástico e têm um formato semelhante a um ”T”

- Inibem a proliferação no endométrio e a mobilidade dos espermatozóides

De Cobre, (efeito até dez anos):

É de plástico simples com filamentos em cobre

É o Diu mais conhecido e o mais usado por 84 milhões mulheres em todo mundo;

Ocorre libertação contínua de cobre para dentro da cavidade uterina. O que

dificulta a movimentação do óvulo através da trompa, impedindo a fecundação;

É um método em que não há libertação de hormonas, logo é uma boa opção para

mulheres com diabetes;

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Os ciclos menstruais têm intervalos regulares, o que pode levar a um fluxo mais

abundante e com que dores menstruais mais fortes. Por isso não é adequado para

mulheres que tenham um fluxo intenso.

Progestativo (efeito entre três a cinco anos)

No caso de um DIU medicamentado com hormonas, regularmente chamado SIU,

(sistema intra-uterino) em vez de ser libertado cobre, é libertada uma hormona

(levonorgestrel) para o útero, à semelhança da pílula contraceptiva.

A sua maior vantagem, em relação ao de cobre, é provocar menos perdas de

sangue, diminuindo o fluxo e reduzindo nas dores menstruais. Este efeito só é

visível ao fim de um determinado tempo de utilização;

Trata-se de um método tão eficaz como a laqueação de trompas, tendo a vantagem

de ser reversível;

A taxa de gravidez do Mirena (tipo de SIU) é muito baixa, aproximadamente 0,02

por cada 1.000 mulheres;

Que tipo de mulher deve usar o DIU? (Madalena)

O DIU é mais indicado para uma mulher que já teve filhos e quer espaçar mais a

próxima gravidez (3-5 anos), ou quando a família já está completa;

Para as mulheres que apresentam contra-indicações a outro tipo de métodos

contraceptivos como a pílula, o DIU é uma boa opção;

Após o parto, o DIU não interfere na amamentação.

Aparelho Reprodutor Feminino sem o DIU (Anne)

Na mulher, a produção de gâmetas (oócitos II) ocorre em ciclos de 28 dias. Durante

estes ciclos existem alterações ao nível do aparelho reprodutor feminino que são visíveis,

sobretudo nos ovários e no útero.

Durante o ciclo ovárico verifica-se o amadurecimento de um folículo primário e a

libertação do oócito II nas Trompas de Falópio, durante a ovulação. Nas trompas existem

cílios que permitem o movimento do gâmeta feminino para que este possa ser fecundado

por um espermatozóide e chegue ao útero.

Simultaneamente, a este ciclo ocorre o ciclo uterino que consiste na preparação do

útero para o caso ocorrer fecundação e as maiores alterações ocorrem ao nível da

espessura do endométrio. O muco cervical é um ambiente favorável à movimentação dos

espermatozóides em condições normais.

Mais à frente vamos explicar que alterações se verificam com a utilização do DIU.

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Como Funciona? (Pipa)

Ainda não se conhece ao certo o mecanismo pelo qual os DIU’s impedem a gravidez,

embora tenham sido propostos muitos para explicar a sua acção anticoncepcional. Este

dispositivo impede que o espermatozóide alcance o óvulo da mulher, não havendo assim

fecundação e também poderá, eventualmente, evitar que o ovo se implante no endométrio

(nidação).

Antes da colocação do DIU o médico deve explicar quais os benefícios e desvantagens

da utilização deste dispositivo. A mulher que optar pelo DIU deve assinar um termo de

responsabilidade e realizar diversos exames para verificar se pode utilizar este método e

se não apresenta infecções ou outros problemas ao nível do aparelho reprodutor.

O DIU é inserido durante o período menstrual uma vez que é mais fácil e garante que

a mulher não está grávida. O dispositivo é introduzido cuidadosamente através colo do

útero juntamente com um tubo pequeno de plástico e comprido. Após a inserção do tubo,

o aparelho é retirado do tubo e inserido no útero. Posteriormente, o tubo é retirado.

O DIU possui um fio de plástico que o médico cortará para que fiquem alguns

centímetros desse fio de fora, no colo do útero. A pessoa que possui um dispositivo deverá

mensalmente verificar, após cada menstruação, se o DIU se encontra no útero através do

fio presente no colo do útero (procedimento explicado pelo médico).

Muitas mulheres, à medida que o DIU é introduzido no útero, sentem cólicas o que

provoca desconforto na introdução deste aparelho.

Após a colocação deste dispositivo verificam-se algumas alterações ao nível do

aparelho reprodutor da mulher. Os cílios das Trompas de Falópio que permitem a

movimentação do oócito II do ovário até ao útero, invertem o sentido do seu movimento e

o muco cervical, quando recebe os iões de cobre libertados pelo DIU deixa de ser um

ambiente favorável à movimentação dos espermatozóides.

Riscos e Contra-Indicações (Anne)

Apesar de apresentar vários benefícios em relação a outros métodos contraceptivos, o

DIU também apresenta alguns riscos e contra-indicações.

Riscos:

Expulsão do DIU: a expulsão pode ocorrer sem que a mulher se aperceba e tem

maior probabilidade de acontecer no primeiro ano e em mulheres com menos de

20 anos. A taxa de expulsão depende da experiência do médico que coloca o

aparelho, do tempo de permanência, da época de inserção e do organismo da

paciente. O dispositivo é expulso mais frequentemente durante a menstruação e

pode ser expulso na totalidade ou parcialmente. Sendo que quando a expulsão é

parcial deve ser retirado todo o DIU. Não existe nenhum mecanismo para evitar a

expulsão;

Mau posicionamento do DIU: em algumas situações o mau posicionamento do

instrumento pode levar à perfuração da parede do útero. O mesmo pode acontecer

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durante a sua colocação. Nestes casos a mulher deve dirigir-se ao médico para que

o dispositivo seja retirado;

Gravidez: se a mulher engravidar mesmo utilizando o DIU, este deve ser retirado

pelos médicos para evitar o aborto e outras complicações.

Infecção: pode ser leve e sendo assim pode ser tratada sem retirar o dispositivo.

Caso seja uma infecção grave o DIU deve ser removido.

Contra-Indicações:

Gravidez;

Doença inflamatória pélvica;

Tuberculose pélvica;

Cancro uterino, do endométrio ou do ovário;

Alterações anatómicas do útero que impeçam a posição correcta do DIU;

Alergia ao cobre;

Idade inferior a 20 anos;

Mulheres que ainda não tiveram filhos;

Doenças a nível do útero;

Anemia.

Vantagens (Pipa)

Utilização independente da actividade sexual;

Não interfere no acto sexual;

Eficácia de 98 a 99%;

Período longo de utilização;

Amamentação mesmo tendo o DIU;

Contracepção sem qualquer gesto diário;

Pode não ser um método hormonal (tipos de DIU).

Proporcionam uma sensação de comodidade e liberdade à mulher.

Desvantagens (Madalena)

A colocação tem de ser feita pelo médico;

É relativamente caro;

Aumenta as dores durante o período menstrual bem como o seu fluxo;

Não protege das doenças sexualmente transmissíveis e pode aumentar o risco de

apanhar alguma;

Em algumas pessoas pode também causar cólicas e sangramentos independentes

do período menstrual;

Pode causar esterilidade na mulher, por isso não é recomendado para aquelas que

nunca tiveram filhos.

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Estes efeitos podem ser controlados através de medicamentos aconselhados pelo

médico e, normalmente, normalizam após os primeiros 3 meses de utilização.

Conclusão (Anne)

Após a realização deste trabalho, concluímos que o DIU é um método contraceptivo

bastante eficaz e que confere maior liberdade à mulher pelo facto de não ter de repetir um

gesto diariamente.

Apesar de apresentar alguns riscos e desvantagens, o DIU é um anticoncepcional que

se adequa sobretudo a mulheres que já tenham tido filhos e que não desejam ter mais.

Assim, ao optarem por este dispositivo evitam outros métodos que sejam definitivos como

a laqueação das trompas ou outros que requerem um gesto diário.

Durante este trabalho tentámos sempre colaborar e ultrapassar as nossas dificuldades

em conjunto e achamos que o resultado final foi bastante bom.

Esperamos que tenham gostado.