Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

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Docente: Susana Pescada Discentes: Ana Abreu Melissa Mealha Patrícia Martins Rita Gonçalves Ricardo António ESE UALG FARO, JUNHO 2011 1º ano 2º semestre

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Docente:

Susana Pescada

Discentes:

Ana Abreu

Melissa Mealha

Patrícia Martins

Rita Gonçalves

Ricardo António

ESE – UALG

FARO, JUNHO 2011

1º ano – 2º semestre

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METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

AGRADECIMENTO

Este trabalho enquadra-se no âmbito da Unidade Curricular de Metodologias de

Investigação I, do 1.º Ano do Curso de Educação Social, orientada pela docente, Susana

Pescada, que formal ou informalmente, contribuiu para este resultado. À Professora

Susana queremos manifestar desde já o nosso agradecimento pela acção e

personalização das aulas que ministrou e reconhecido envolvimento pessoal e

profissional.

Agradece-se ainda aos restantes elementos da turma pela partilha e divulgação das

grelhas de leitura respeitantes às leituras dos trabalhos, bem como às entrevistadas pela

colaboração prestada.

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Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

RESUMO

Este trabalho insere-se na Unidade Curricular Metodologias de Investigação I do curso de

Educação Social (ES) da Universidade do Algarve. É um trabalho qualitativo de carácter

exploratório, onde se procurou responder à pergunta de partida “ Quais as expectativas

que um aluno de ES tem relativamente à inserção no mercado de trabalho?”. Utilizou-se

como amostra duas alunas do curso, uma do 1º e outra do 3º ano que responderam a

uma entrevista semi directiva. Após as transcrições das entrevistas, o procedimento da

análise de dados foi a análise de conteúdo. A resposta à problemática central do trabalho

que é a das expectativas do aluno quanto à inserção no mercado de trabalho, ficou

aquém do esperado. Com o decorrer do estudo, ficámos familiarizados com as diferentes

etapas que constituem uma investigação científica, com métodos e técnicas e diversos

instrumentos de trabalho que se utilizam nas ciências sociais.

Palavras chave: educação social, educador social, inserção profissional, formação,

áreas de actuação, capacitação, problemas sociais.

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METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

ÍNDICE AGRADECIMENTO .......................................................................................................... 2

RESUMO .......................................................................................................................... 3

Palavras chave .............................................................................................................. 3

ÍNDICE ............................................................................................................................. 4

INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 6

ENQUADRAMENTO DO ESTUDO ................................................................................... 7

METODOLOGIAS ............................................................................................................. 9

RESULTADOS ................................................................................................................11

ÁREAS DE INTERVENÇÃO ........................................................................................11

PREPARAÇÃO/FORMAÇÃO .......................................................................................11

NÍVEL DE SATISFAÇÃO/EXPECTATIVAS ..................................................................12

INSERÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO ...............................................................12

CONTRIBUTO DO ES PARA A SOCIEDADE ..............................................................12

CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................13

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................15

ANEXOS ..........................................................................................................................17

GRELHA DE LEITURA - Obra/Artigo: O Educador Social, desafiado pela diversidade

cultural das sociedades contemporâneas .....................................................................18

GRELHA DE LEITURA - Obra/Artigo: Práticas e Métodos de Investigação em Ciências

Sociais .........................................................................................................................22

GRELHA DE LEITURA - Obra/Artigo: A educação social e a investigação: algumas

generalidades em torno de um perfil profissional .........................................................23

GRELHA DE LEITURA - Obra/Artigo: O perfil formativo – profissional do(a)

educador(a) social – Uma experiência de investigação a partir do enfoque biográfico -

narrativo .......................................................................................................................25

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METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

GRELHA DE LEITURA - Obra/Artigo: Educação Social – Fundamentos e Estratégias

.....................................................................................................................................27

GRELHA DE LEITURA - Obra/Artigo: Pesquisa Qualitativa: “Reflexões sobre o

trabalho de campo” – Cadernos de pesquisa, n.º 115 ..................................................30

GRELHA DE LEITURA - Obra/Artigo: “Pesquisa Qualitativa e Análise de Conteúdo” –

Sentidos e formas de uso .............................................................................................35

GRELHA DE LEITURA - Obra/Artigo: “Educador Social: da Formação à Profissão”-

Cadernos de estudo .....................................................................................................37

GRELHA DE LEITURA - Obra/Artigo: “Pensar e intervir socialmente no séc . XXI-

Licenciatura em Educação Social” ...............................................................................40

CRONOGRAMA ...........................................................................................................42

PLANO DE ESTUDOS DA LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO SOCIAL .......................43

GRELHA ANALÍTICA: O FUTURO EDUCADOR SOCIAL - Expectativas quanto à

inserção no mercado de trabalho ................................................................................44

GUIÃO DE ENTREVISTA ............................................................................................45

ENTREVISTA 1 ............................................................................................................47

ENTREVISTA 2 ............................................................................................................53

FICHA DE REGISTO DA ENTREVISTA 1 ...................................................................61

FICHA DE REGISTO DA ENTREVISTA 2 ...................................................................62

SINOPSE .....................................................................................................................63

GRELHA DE ANÁLISE - ENTREVISTADO 1 ...............................................................65

GRELHA DE ANÁLISE - ENTREVISTADO 2 ...............................................................68

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Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

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INTRODUÇÃO O presente trabalho de investigação está inserido na Unidade Curricular de Metodologias

de Investigação I do 1º Ano do Curso de Educação Social (ES) Pós Laboral.

Sendo alunos do 1º ano de curso de ES e estando conscientes de, por um lado do

aumento dos problemas sociais e da importância cada vez maior desta profissão e por

outro, da dificuldade que é, nos dias de hoje, entrar no mercado de trabalho em Portugal,

pareceu-nos de todo pertinente escolher como tema a abordar, as expectativas que

futuros educadores sociais têm acerca da sua inserção profissional.

A entrada no mercado de trabalho é para a maioria dos estudantes uma questão de

extrema importância, revelando-se esta situação repleta de dúvidas e incertezas. Como

futuros Educadores Sociais (ES) existe, ao longo do curso, a preocupação de que este

nos forneça as melhores ferramentas e a formação mais adequada para o

desenvolvimento da nossa profissão e é provável que estas preocupações aumentem

com o aproximar do fim do curso. Por isso, a experiência pré profissional que é

proporcionada no 3º ano, com as unidades curriculares de Prática I e Prática II, revela-se

necessária e imprescindível, pois possibilita o contacto com as várias realidades em que

poderemos intervir futuramente.

A relevância deste trabalho será a de contribuir com um estudo acerca do curso de ES e

a futura inserção profissional dos seus diplomados, visto que muito pouco está estudado

e desenvolvido acerca desta matéria. Para isto muito ajuda o facto de ser uma profissão

nova, e pouco conhecida principalmente dos agentes empregadores. Os próprios autores

do estudo, alunos do 1º ano, têm também um grande interesse pessoal acerca deste

assunto.

Assim sendo, a questão de partida deste trabalho de investigação empírica e que no

fundo também enuncia o seu principal objectivo é a seguinte: quais as expectativas que

um aluno de ES tem relativamente à inserção no mercado de trabalho?

A partir desta interrogação, outras mais específicas surgiram, tais como:

- Qual o motivo da escolha do curso de Educação Social?

- Participou em voluntariado e/ou em formações ao longo do curso?

- O curso de ES prepara os alunos o suficiente para as necessidades do mercado

de trabalho?

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- Com o decorrer do curso, este corresponde às expectativas iniciais?

- Quais as abordagens realizadas pelo aluno ao mercado de trabalho (envio de CV,

contacto com professores e profissionais da área, participação em projectos, entre

outros)?

- Quais as áreas em que o ES pode exercer a sua profissão?

- Qual a importância do ES na resolução dos problemas sociais?

Resumindo, e sendo as expectativas quanto à entrada no mercado de trabalho a

problemática central deste estudo, um conjunto de problemáticas depois emerge para

melhor explicar o problema principal, tais como, as diversas áreas de intervenção do ES,

o nível de satisfação do aluno e o contributo desta formação específica para a sociedade.

O presente estudo será desenvolvido numa metodologia própria dos estudos

exploratórios de carácter qualitativo – abordagem indutiva. Os dados serão recolhidos

através de entrevista semi-directiva. O público alvo é constituído pelos alunos do curso

de ES da Escola Superior da Educação e Comunicação da Universidade do Algarve,

sendo a amostra representada por um aluno do 1º e por um aluno do 3º ano. O

procedimento da análise dos dados obtidos será a análise de conteúdo.

Deste trabalho fazem parte os seguintes capítulos: Introdução; Enquadramento do

Estudo (quanto à sua natureza empírica, e quanto à sua natureza teórica com recurso à

literatura); Metodologia; Resultados (onde consta a apresentação e discussão dos

resultados mais significativos); Considerações Finais (no qual é apresentado a reflexão

final, as criticas a todo o desenrolar do estudo e algumas pistas para novos estudos que

entretanto foram surgindo); Referencias Bibliográficas e Anexos (composto por todos os

instrumentos de trabalho usados – cronograma, grelhas de leitura, guião da entrevista,

transcrição das entrevistas, sinopses, grelhas de análise do conteúdo).

ENQUADRAMENTO DO ESTUDO No mundo actual, a Educação Social (ES) emerge para dar resposta a uma diversidade

de problemas sociais (Samagaio, 2003, Carvalho e Baptista, 2004). A ES articula

diferentes disciplinas e deve ter carácter prático (e aqui beneficia da experiência do

terreno do trabalho social), sendo os fundamentos científicos e os modelos teórico-

práticos que a sustentam obtidos na Pedagogia Social. O ES tem um saber próprio, com

capacidade para intervir no indivíduo, na família, nas instituições e na sociedade em

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geral, podendo a sua acção passar tanto por lares idosos, prisões, centros de juventude,

centros comunitários, escolas autarquias, entre outros.(Carvalho, 2000).

O papel do Educador Social entende-se como a ajuda ao desenvolvimento social do

indivíduo com o objectivo de este viver correctamente os aspectos sociais da sua vida a

nível pessoal, comunitário, cívico e político. O ES tem um grande desafio que é preparar

os indivíduos para questões como as da solidariedade e da tolerância para que possa

combater problemáticas, tais como, por exemplo, a exclusão social (Serapicos, 2003). O

ES para poder ter um bom desempenho na sua profissão deve estar em constante

formação e deve também ter consciência da importância da investigação científica neste

desempenho (Carvalho, 2000; Samagaio, 2006). O Educador Social deve construir o seu

conhecimento à medida das necessidades e dos vários contextos sociais onde vai

trabalhando (Samagaio, 2006). O ES trabalha partindo do princípio que todas as pessoas

são seres educáveis e em transformação ao longo da sua vida. A intervenção do ES deve

ter atenção, no plano da educação, à diversidade cultural e só com o diálogo com o Outro

numa relação de empatia e de descentração é possível ao ES dar uma resposta realista

e eficaz (Gonçalves, 2006).

A profissão ES é uma profissão nova e pouco conhecida pela sociedade (Cardoso, 2006)

por isso denota ainda uma série de lacunas quer ao nível da carreira profissional quer a

nível relação com o mercado de trabalho. A formação académica tem assim uma grande

importância nos processos de profissionalização (Teixeira, 2008). Segundo Canastra

(2009), os processos de profissionalização fazem sentido através das práticas e da

acção. O perfil do ES deve estar relacionado por um lado com as tendências e posturas

pessoais e por outro com as iterações, reflexões e criticas que este faz durante o seu

percurso (Canastra, 2009).

O curso de licenciatura em Educação Social da Universidade do Algarve é um ciclo de

estudo estruturado em 6 semestres lectivos (plano de estudo em anexo). O curso tem

como principais objectivos o desenvolvimento de um conjunto de competências de

natureza teórica e prática, tendo como base teorias e paradigmas de intervenção

reflexivos, facilitar a aquisição de habilitações para a realização e avaliação de projectos

na área da ES; desenvolver o espírito crítico e reflexivo, ministrar formações para que o

profissional possa ajudar a melhorar a vida dos indivíduos e contribuir para a formação e

inserção ao longo da vida.

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Relativamente à inserção profissional dos diplomados, este conceito surge a partir dos

anos 80 ligada às crescentes dificuldades dos jovens na passagem para a vida activa.

Deste modo, surge uma nova problemática social, a do acesso ao emprego por parte dos

jovens (Teixeira, 2008). Esta nova problemática científica tem sido desenvolvida por um

economista francês (Jean Vicens) que se tem debruçado sobre as relações entre a

economia educativa e a economia do trabalho (Teixeira, 2008). A partir desta altura,

muitos autores têm apresentado trabalho científico no campo da inserção profissional,

tanto na área da economia como na área da sociologia. A partir dos anos 90, surgem a

nível mundial, então, uma grande quantidade de estudos empíricos e teóricos sobre a

inserção profissional enquanto objecto de estudo (Teixeira, 2008).

METODOLOGIAS Para que fosse possível a realização deste trabalho, foi necessário recorrer a métodos,

técnicas, metodologias e estratégias específicas consoante o assunto em questão

(Albarello et al, 1995).

A questão de investigação que optamos por definir foi “Quais as expectativas de um

aluno de educação social quanto inserção no mercado de trabalho?”. Foi a partir desta

questão de investigação que se começou a compor a investigação em si, é neste

momento que se decide o futuro da investigação.

Tendo em conta que a nossa investigação implica o estudo de relações sociais e a

compreensão de problemas, designa-se uma investigação de carácter qualitativo

(Guerra, 2006). A investigação qualitativa implica uma reflexão do estudo por parte do

investigador, sendo este o principal instrumento de recolha de dados adoptando uma

postura objectiva durante a recolha desses mesmos dados (observa, participa e

conversa, …).Dentro da investigação qualitativa o método do estudo de caso era o que

mais se adequava à investigação que pretendíamos realizar. Este método é uma

investigação aprofundada de um indivíduo, de uma família, de um grupo ou de uma

organização, que implica que a unidade social não seja demasiado extensa e o período

de observação não seja demasiado curto. O estudo de caso centra-se na recolha

intensiva de informação acerca de enumeras práticas e representações sociais, durante

este processo a conversação informal e a entrevista são técnicas que permitem a

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imposição do investigador. O estudo de caso serve para aumentar o conhecimento

relativamente a um determinado individuo e gerar novas hipóteses (Gauthier, 2003).

O método indutivo permite-nos fazer a correspondência entre a observação e a

realidade, para além disso, parte de questões particulares para chegar a conclusões

generalizadas, tal como nos remete a nossa investigação, partimos de uma questão

particular “Quais as expectativas de um aluno do curso de Educação Social referente ao

mercado de trabalho”, para chegar a conclusões generalizadas. O investigador tem de

ser objectivo assumindo um papel neutro. Como o público que irá ser observado por nós,

investigadores, é um grupo específico de pessoas (alunos do curso de Educação Social),

a entrevista, é a técnica de investigação qualitativa que melhor se ajustava ao nosso

trabalho (Guerra, 2006). A recolha de dados foi feita através da entrevista semi-directiva

realizada, e pela observação do investigador durante a entrevista. Este é o tipo de

entrevista que se desenrola num local informal e descontraído, de modo a que o

entrevistado se sinta confortável para que este se sinta à vontade e se expresse

livremente, por isso escolhemos as salas da Universidade do Algarve para as realizar.

A amostragem característica da investigação qualitativa é a amostragem teórica, em que

não há a noção de quantos indivíduos vamos entrevistar, nem a preocupação com a

quantidade de entrevistas que se vão realizar, mas sim, com a qualidade daquelas que

serão realizadas, para além disso a qualidade da informação recolhida é bastante

fundamentada. No decorrer do planeamento da investigação, tivemos que optar por fazer

apenas duas entrevistas já que haviam alguns condicionalismos a uma maior amostra

(principalmente falta de tempo). A amostra foi constituída por duas alunas do curso de

Educação Social da Universidade do Algarve e a variável foi o ano de escolaridade que

frequentam, a entrevistada 1 frequenta o 3º ano do curso de Educação Social em regime

pós laboral e a entrevistada 2 frequenta o 1º ano em regime diurno. Amostragem de actor

é quando a entrevista é feita a um grupo de pessoas que fazem parte do mesmo grupo

social, como é este caso. Foi realizado um Guião de entrevista.

Após a realização e transcrição da entrevista e para finalizar esta etapa, procedemos à

análise de conteúdo (Bardin, 1977; Guerra, 2006), nomeadamente ao comparar e inferir

os dados recolhidos nas duas entrevistas. Segundo, Duarte (2002), os dados recolhidos

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através da investigação qualitativa são geralmente abundantes, mas muitas vezes difíceis

de tratar.

RESULTADOS Com o objectivo de ser mais fácil a apresentação e discussão dos resultados, estes são

apresentados segundo as problemáticas estabelecidas.

ÁREAS DE INTERVENÇÃO

Os entrevistados revelaram diferentes interesses. A entrevistada 1 frequenta o 3º ano do

curso de ES e referiu que a área que lhe desperta mais interesse é relacionada com as

crianças - “nas crianças” (grelha de análise da entrevista 1). Relativamente à entrevistada

2, as áreas que lhe despertam maior interesse são, a dos idosos, as vítimas de violência

doméstica e crianças em risco - “idosos, pelas pessoas que sofreram os mesmos

problemas que eu [vivenciou violência doméstica], pessoas fragilizadas a nível

psicológico, pessoas que precisam de ajuda, que precisam de apoio, crianças

desprotegidas” (grelha de análise da entrevista 2).

Estas respostas evidenciam o carácter multidisciplinar do ES já que os contextos de

trabalho são muito diversificados, podendo abranger diferentes áreas, desde a infância à

terceira idade e passando por todo o percurso da juventude e dos adultos (Samagaio,

2006; Carvalho e Baptista, 2004).

O percurso pessoal, na escolha da área de intervenção, também tem influência (sinopse

– entrevistado 2), tal como também é referido por Canastra (2009).

PREPARAÇÃO/FORMAÇÃO

Ambas as entrevistadas referem a importância das aulas práticas logo a partir do 1º ano.

Acerca deste assunto, a entrevista 1 refere - “Penso que não. […] Penso que ::: se

tivéssemos ao longo dos 3 anos práticas, logo, ou seja, se tivéssemos uma parte de

fundamentação, uma parte teórica e fosse acompanhada logo com a prática (xxx) era

muito mais fácil e preparava muito mais as pessoas […]”(grelha de análise da entrevista

1).

A entrevista 2 refere: “[…] eu tou no 1º ano […] no 1.º semestre, como já disse, foi muito

muito teórico” (grelha de análise da entrevista 2).

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A opinião das entrevistadas está de acordo com vários autores, que afirmam que a

profissão do ES é essencialmente prática, de acção e que estes profissionais

desenvolvem melhor as suas competências profissionais em contextos de trabalho .

NÍVEL DE SATISFAÇÃO/EXPECTATIVAS

As entrevistadas tem expectativas diferentes, enquanto a entrevistada 1, que está no 3º

ano, sente que as suas expectativas se defraudaram ao longo do curso - “senti que as

minhas expectativas se defraudaram” (grelha de análise da entrevista 1). Enquanto a

entrevistada 2 que está no 1º ano refere que inicialmente o curso não estava a

corresponder as suas expectativas mas, que actualmente já está - “Agora já tá! No início

assustei-me […] agora sim posso dizer que ele tá a começar a corresponder ao que

estava à espera” (grelha de análise da entrevista 2).

Este assunto, da relação da formação académica versus mundo real do trabalho é de

extrema importância tal como refere Teixeira (2009), para que as expectativas inicias de

mantenham.

INSERÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO

Ambas as entrevistadas não fizeram nenhuma abordagem ao mercado de trabalho. A

entrevistada 2 não fez abordagem ao mercado de trabalho porque está no 1º ano -“Não,

não” (grelha de análise do entrevistado 2). A entrevistada 1 não fez abordagem ao

mercado de trabalho porque têm uma profissão estável como bancária e não pretende

laborar na área de Educação Social “ (grelha de análise da entrevista 1).

CONTRIBUTO DO ES PARA A SOCIEDADE

Ambas as entrevistadas referem a importância da profissão para a resolução dos

problemas sociais. A entrevistada 1 refere que o Educador Social deverá promover o

empowerment, o desenvolvimento humano e a inclusão social dos indivíduos - “O ES

deve ser uma pessoal que deve facilitar, deve capacitar, deve promover o Empowerment,

o (xxx) desenvolvimento humano […] prover a inclusão social, portanto deve ser uma

pessoa que deve trabalhar o outro como alguém especial como uno e único […] só

através da capacitação dessas pessoas é que tu o poderás fazer” (grelha de análise do

entrevistado 1).

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A entrevistada 2 refere acerca desta questão - “tem um papel muito importante porque

estas pessoas são esquecidas e o nosso papel é, além de educar, também apoiar essas

pessoas” (grelha de análise do entrevistado 2).

CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao finalizar esta investigação, o nosso balanço é positivo, para além de nos ter

enriquecido a nível pessoal, foi também benéfico para a nossa formação académica. A

ideia com que ficamos foi de que fizemos um óptimo trabalho e de que este foi bastante

produtivo. Apesar deste trabalho ter sido na sua generalidade benéfico para todo o grupo,

pensamos que também seria importante salientar algumas dificuldades e

condicionalismos durante a sua elaboração.

Ao analisar todo este processo de investigação retiramos algumas conclusões nesse

sentido, nomeadamente que o 2º semestre foi um tempo muito curto para a realização de

um trabalho tão complexo e que exigiu tanto de nós, o tipo de material utilizado para a

gravação da entrevista não foi o mais adequado, o que trouxe algumas complicações na

sua transcrição e por último, mas não menos importante, o facto de termos dado a

conhecer às entrevistadas o guião da entrevista, condicionou a realização da mesma.

Num futuro trabalho de investigação, faremos uma pré-selecção mais rigorosa dos

indivíduos escolhidos para serem entrevistados. No caso da entrevistada 1, esta não

tenciona seguir uma carreira dentro desta área, optando por este curso apenas como via

de enriquecimento pessoal e uma futura mais-valia para si. Neste caso uma pré-selecção

teria excluído a hipótese de entrevistar esta aluna, uma vez que o seu futuro não passa

pela profissão de Educação Social, teria sido mais importante/interessante entrevistar

alguém que perspectivasse o seu futuro nesta área. Quanto à entrevistada 2, por estar

ainda no primeiro ano, não tem ainda bem presente este tipo de questão. Por isso,

teríamos obtido respostas mais adequadas se a escolha da amostra fosse apenas no

âmbito dos alunos finalistas.

Assim sendo, a resposta à pergunta de partida “Quais as expectativas que um aluno de

ES tem relativamente à inserção no mercado de trabalho” não fica respondida

satisfatoriamente.

De resto, a metodologia desenvolvida no decorrer da investigação foi a mais adequada,

sendo que este foi um estudo/investigação exploratório de carácter qualitativo, em que

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houve constantemente uma abordagem ao método indutivo, que se baseia na

correspondência entre a observação e a realidade partindo do particular para o geral.

Relativamente às problemáticas discutidas na sequência da nossa investigação e de

modo a assegurar uma possível continuação deste estudo sugeríamos que se

questionasse os alunos do curso de Educação Social relativamente ao plano curricular do

seu curso, de modo a perceber se este seria adequado para as futuras exigências do

mercado de trabalho. Seria também interessante realizar um estudo que tivesse como

principal objecto saber o que pensam os alunos empregados, após terminarem este

curso quanto ao seu futuro nesta área, ou seja, um estudo centrado no percurso

profissional dos alunos que terminaram o curso de Educação Social.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Albarello, L.; Digneffe, J.; Maroy, C.; Ruquoy, D. & Saint-Georges, P. (1995).

Práticas e Métodos de Investigação em Ciências Sociais. Gradiva, 244 p

Bardin, L. (1979). Análise de Conteúdo. Lisboa, Edições 70.

Canastra, F. (2009). O perfil formativo-profissional do(a) educador(a) social - Uma

experiência de investigação a partir do enfoque biográfico-narrativo. Revista

Iberoamericana de Educación, nº 49/8, pp. 1-10

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Cadernos de Estudo. Porto, Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti, n.º

3, pp. 7-15

Carvalho, A. (2000). Educador Social: da Formação à Profissão. Saber (e) Educar,

nº 5, pp. 39-48 NAO TEM FICHA DE LEITURA

Carvalho, A. (2004). Educação Social. Fundamentos e Estratégias. Porto Editora.

Duarte, R. (2002). Pesquisa qualitativa: reflexões sobre o trabalho de campo. Rio

de Janeiro, Cadernos de Pesquisa, nº 115, pp. 139-154

Gauthier, B. (2003). Investigação social: da problemática à colheita de dados.

Lisboa, Lusociência

Gonçalves, J. (2006). O educador social, desafiado pela diversidade cultural das

sociedades contemporâneas. Cadernos de estudo. Porto, Escola Superior de

Educação de Paula Frassinetti, n.º 3, pp. 111-118

Guerra, I. (2006). Pesquisa Qualitativa e Análise de Conteúdo. Sentidos e formas

de uso. Cascais, Principia Editora.

Samagaio, F. (2006). A educação social e a investigação: algumas generalidades

em torno de um perfil profissional. Cadernos de estudo. Porto, Escola Superior de

Educação de Paula Frassinetti, n.º 3, pp. 17-23

Serapicos, A. (2003). Pensar e intervir socialmente no séc. XXI – Licenciatura em

Educação Social. Saber (e) Educar, nº 8, pp. 55-58

Teixeira, L. (2008). Trajectórias e cenários de inserção profissional de diplomados

em Educação Social do Ensino Politécnico. Pontes e vazios na relação entre

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METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

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percursos de formação e percursos de inserção profissional. Lisboa, Universidade

Nova de Lisboa.

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ANEXOS

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GRELHA DE LEITURA

Unidade Curricular: Metodologias de Investigação I

Obra/Artigo: O Educador Social, desafiado pela diversidade cultural das

sociedades contemporâneas

Autor: José Luís de Almeida Gonçalves Páginas Consultadas: 111 a 117

Ideias / Conteúdo Tópicos para estrutura do texto

“ O reconhecimento da pluriculturalidade

das sociedades contemporâneas e das

tensões que este fenómeno suscita no

espaço público destas não é um facto

novo em si”( pág. 111)

“O elemento de novidade , no plano da

educação e a integração de tal

diversidade cultural na pedagogia e na

intervenção social”.

“Do ponto de vista Sociológico , bastar-

nos–á por ora constatar que as

sociedades actuais convivem com

diferentes tipos de pluralismos: por um

lado, um pluralismo monástico,

vincadamente mono cultural (…)por outro

lado temos o pluralismo poli cultural

baseado no diálogo na troca e na

negociação das diferenças nesse mesmo

espaço publico (…)” ( pág. 112)

“Esta pluriculturalidade social – que

resulta da internacionalização da vida

quotidiana (…)” (pág. 112)

“Do ponto de vista do educador social

torna-se mais determinante entender este

paradoxo; no momento em que as nossas

sociedade redescobrem a importância da

Sociedades modernas

A dinâmica pluricultural das

sociedades

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METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

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variável cultural, torna-se necessário

ultrapassa-la.”(pág. 113)

“Como o educador social age sobre as

consequências das fracturas que

atravessam o tecido social, ele depara-se

com um duplo desafio: por um lado

encetar uma compreensão racional dos

conflitos, uma vez que a intervenção de

educador se situa como reflexão critica ,

nestas tensões sociais (…)”

“Na verdade, esta perspectiva contraria

aquilo que parece ser uma ameaça à

identidade a diversidade pelo contrario e

transportada pela problemática para o

interior da educação social (…)”(pág. 114)

“A diversidade e a discrepância

constituem valores e oportunidades para

fomentar um diálogo intercultural gerador

de inclusão social, mediada pelo

educador social.”(pág. 114)

A noção de culturalidade facilita o

conhecimento de processos culturais e

ajuda a pensar a alteridade sem tornar o

Outro como objecto. Então, na sua

intervenção, o educador social interessar-

se-á mais pela produção da cultura do

próprio sujeito.”(pág. 114)

“O educador social será desafiado a

operar uma verdadeira metanóia cognitiva

(…)” (pág. 115)

“Para o educador social e para a dinâmica

intercultural pouco importa o que é

exactamente determinada cultura pois o

Page 20: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

20

decisivo reside no esclarecimento daquilo

que ela representa para a pessoa.”(pág.

115)

“O educador social deve inserir-se a si e

ao utente num caminho auto reflexivo e

inter-subjectivo, ajudando a discernir a

lógica psico-social das relações entre os

sujeitos portadores de cultura e a

identificar os seus efeitos

fracturantes.”(pág 115)

“(…) a cultivar pelo educador social na

sua intervenção , bem como algumas

chaves pedagógicas em registo

intercultural .”(pág. 116)

“(…) nas sociedades pluriculturais levanta

exigências de uma nova atitude ao

educador social.”(pág 116)

“(…) o educador social seja convocado a

fomentar uma pedagogia em acto que se

constrói e se desenvolve na confrontação,

na experiencia e na análise , pela

interacção comunicacional dos

sujeitos.”(pág.116)

“A realidade da educação social torna-se

evidente que as atitudes para a

descentração e a empatia não são inatas

, elas necessitam de uma aprendizagem

sistemática e objectiva -fomentadas pelo

educador social _ para evitar o

surgimento do egocentrismo.”(pág 116)

“Tentamos, neste artigo , ilustrar as

rupturas sociais antropológicas e éticas

que uma educação aberta á alteridade do

A centralidade da noção de

culturalidade na proposta

intercultural.

Exigências de uma nova

atitude na intervenção

social.

Page 21: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

21

Outro culturalmente diverso introduz, nas

práticas pedagógicas e intervenção social

das sociedade pluriculturais

contemporâneas e consequentemente , a

vigilância critica e a mudança de

competências hermenêuticas que exige

aos educadores.”(pág.117)

Construção de uma

identidade pessoal e social

dos educadores

Page 22: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

22

GRELHA DE LEITURA

Unidade Curricular: Metodologias de Investigação I

Obra/Artigo: Práticas e Métodos de Investigação em Ciências Sociais

Autores: Luc Albarello, Françoise Digneffe, Jean-Pierre Hiernaux, Christian

Maroy, Danielle Ruqquoy, Pierre de Saint-Georges

Ideias / Conteúdo Tópicos para

estrutura do texto

A metodologia da Entrevista

“O Papel do entrevistador, numa óptica semi directiva,

pode ser delimitado nestes termos: segue a linha de

pensamento do seu interlocutor, ao mesmo tempo zela pela

pertinência das afirmações relativamente ao objectivo da

pesquisa”. (...) (p. 95)

“O procedimento indutivo parte da observação do terreno;

pode abrir-se a pistas de investigação muito originais. Na sua

base encontra-se uma pesquisa exploratória, fase aberta na

qual o investigador se situa como um verdadeiro explorador,

se familiariza com uma situação ou um fenómeno e tenta

descrevê-los e analisá-los”. (p. 97)

As estratégias de intervenção do entrevistador

“O plano da entrevista: guia da entrevista e modo de

intervenção” (p. 109)

A análise qualitativa de entrevistas

Grelha de análise, comparação dos dados, sínteses,

explicação dos dados

Etapas da investigação

A problemática e quadro teórico

A constituição da amostra

As entrevistas: guia de entrevista

Análise de entrevistas

Os resultados

Característica das

entrevistas

Método indutivo.

Mais-valia da

pesquisa

exploratória.

Preparação das

entrevistas:

Procedimentos e

cuidados a ter.

Instrumentos de

trabalho a

desenvolver.

As várias etapas

do trabalho

exploratório.

Page 23: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

23

GRELHA DE LEITURA

Unidade Curricular: Metodologias de Investigação I

Obra/Artigo: A educação social e a investigação: algumas generalidades em

torno de um perfil profissional

Autor: Florbela Samagaio Páginas Consultadas: 17-23

Ideias / Conteúdo Tópicos para

estrutura do texto

Reflexão acerca do perfil profissional do educador social.

Relaciona a sua prática profissional com a investigação.

Educação Social como resposta às exigências da sociedade

pós moderna.

“(...) a Educação Social, apesar de intervir principalmente

através da formação/educação, partindo do pressuposto que

todo o indivíduo é, independentemente da sua idade, um ser

educável, não descura a flexibilidade e a elasticidade dos

saberes. Para bem intervir, o educador social é ele próprio,

um investigador. Num contexto de investigação acção ou não,

ele treina a observação, ele levanta um problema de

investigação (...) constrói um conhecimento para melhor

intervir à medida das suas necessidades e de acordo com

determinados contextos sociais, económicos e académicos.”

(p. 18)

“A intervenção da educação social faz-se com base num

conhecimento (relativamente) seguro da realidade (...)

partindo da realidade, tal como ela é, nunca como deveria ser

e muito menos como gostaríamos que fosse, que o educador

social constrói o seu saber e realiza a sua intervenção.” (p.19)

É fundamental o contacto do educador social com as

populações.

“Um educador é aquele que ajuda os outros a crescer e a ser

(...)” (p. 19).

“O educador social procura saber um pouco de tudo (...)

Perfil do

educador social

Importância da

investigação

científica no

papel

profissional

Áreas de

actuação

Page 24: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

24

procura operacionalizar uma intervenção sócio pedagógica

junto de determinadas categorias sociais, consideradas mais

vulneráveis a situações de exclusão.” (p. 21)

“Os contextos de trabalho dos educadores sociais são

diversificados. Desde a infância, à terceira idade, passando

pelas várias juventudes (...). Os contextos de pobreza e de

exclusão social, o universo das famílias existentes no

panorama social português, as populações (i)migrantes, as

diferenças sociais e económicas apelam à construção de uma

postura de trabalho marcada pelo conhecimento, pelo respeito

e pela sensibilidade face à diferença.” (p. 22).

Áreas de

actuação

Page 25: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

25

GRELHA DE LEITURA

Unidade Curricular: Metodologias de Investigação I

Obra/Artigo: O perfil formativo – profissional do(a) educador(a) social – Uma

experiência de investigação a partir do enfoque biográfico - narrativo

Autor: Fernando Canastra Páginas Consultadas: 1-10

Ideias / Conteúdo Tópicos para estrutura do

texto

Processos de profissionalização do Educador Social

Processos de configuração do perfil formativo

profissional dos futuros educadores sociais;

(...) tende-se a questionar o papel que desempenha

a formação académica nos processos de

profissionalização;

“(...) revisão dos modelos de formação que se

inscreve, ainda, predominantemente, numa lógica

académica, isto é, onde se tende a valorizar a ideia

da “aplicação de saberes”. A lógica de qualificação

assenta, tendencialmente, na ideia da transmissão

de saberes técnicas e valores próprios de uma

profissão que, posteriormente, deverão ser aplicadas

e transferidas para as práticas profissionais (...).

trata-se de aprender a profissão a partir dos próprios

contextos laborais e numa Dinâmica de

autoformação ao longo da vida (...).” (p-3)

“(...) saberes importados de várias áreas

disciplinares e recontextualizados no quadro da

actividade no quadro da actividade profissional,

como “transmitir esses mesmos saberes?” (p. 4)

“Do ponto de vista da formação (inicial), a principal

implicação teórica que tendemos a salientar parece

estar relacionada com a necessidade de investir em

dispositivos de formação, organizados e geridos em

Perfil do Educador Social

Formação académica no

exercício da profissão

Qualificação e

competências

Formação de cada sujeito

Sentido da

profissionalidade dos

educadores sociais

Educador social: sujeito em

transformação ao longo da

Page 26: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

26

função da singularidade de cada sujeito-aprendente.”

(p.8)

“(...) é através da análise das práticas e mediante a

investigação da acção e da praxis profissional que

os processos de profissionalização se revestem de

sentido próprio para cada sujeito-aprendente.(...) de

se promoverem dispositivos de acompanhamento,

organizados e geridos em torno da prática da

investigação-acção(...)” (p. 8)

“Parece ser este processo de formalização (prática-

teoria-prática) dos saberes de acção e de

experiência que tende a dar sentido à

profissionalidade dos educadores sociais.” (p. 8)

“(...) necessidade de os dispositivos de

(auto)formação se organizarem e gerirem em torno

da Pessoa do (futuro) profissional(...) A pessoa,

neste sentido não é uma entidade fixa ou um

carácter inalterado; ela (auto) transforma-se ao longo

da sua vida (...) à medida que vai tomando

consciência das tensões (dilemas ou contradições)

que a habitam e a partir das quais se institui como

sujeito relacional da sua vida (...)”(p.8)

vida.

Page 27: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

27

GRELHA DE LEITURA

Unidade Curricular: Metodologias de Investigação I

Obra/Artigo: Educação Social – Fundamentos e Estratégias

Autores: Adalberto Dias de Carvalho e Isabel Baptista

Ideias / Conteúdo Tópicos para estrutura do texto

Introdução: “Eis a grande finalidade deste livro: promover o jogo

entre a verdade e o ethos.” (p.7, 3º §)

“Um equilíbrio difícil de impor uma gestão entre a

solidariedade e a tolerância, entre a identidade pessoal

e a identificação colectiva, entre os sentimentos de

autonomia e de partilha…” (p.8, 4º §)

“(…) a educação ser vista como uma tarefa não

apenas escolar mas que dimana de todas as

instancias sociais, conferindo-lhes (…) coesão pelos

projectos.” (p.10, 1º §)

1 - A emergência da Educação Social:

“ (…) a actividade de formação dos seus profissionais

terá de assumir plenamente as dimensões sistémicas,

hermenêutica e projectiva da própria Educação social”

(p.23, 2º§)

“Durkheim(…) falava mesmo de coisismo para

caracterizar as exigências da redução objectiva da

sociologia por analogia com o modelo das ciências

físicas” (p.38, 1º§)

“(…)o trabalho social comporta profissões de risco

porque com grandes e permanentes riscos de fracasso

(…) Importa (…) evitar tanto a resignação conformista

como a impulsividade inconsciente.”(p.49, 4º § e p.50,

1º §)

“Já não é hoje suficiente promover processos de

Introdução: Objectivo do livro

Individuo na

sociedade

Desafio da

educação social

1 - A emergência da Educação Social:

Formação dos

Educadores

Sociais

Dicotomia

sujeito/objecto

O fracasso na

Educação Social

Page 28: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

28

adaptação e integração. (…) os imperativos da

solidariedade exigem hoje a superação do paradigma

economicista e do paradigma assistencialista

subjacentes á politica social (…)” (p.52 , 4º §)

2 - Educação Social e Pedagogia Social: “(…) o educador social, reconhecendo-se, antes de

tudo, como actor social, exerce progressivamente

as suas funções educativas, enquanto mediador

social (…)” (p.58, 3º §)

“ O seu objecto de estudo é afinal um objecto –

projecto, o que significa que a sua formulação

epistemológica depende, em grande parte, da

perspectiva filosófica que for assumida (Carvalho,

1996) “ (p.59, 6º §)

“Áreas de intervenção. (...) destacamos a

seguintes: educação de adultos, educação

especializada (...) educação ambiental.” (p.63, 2º §)

“ (…) o projecto constitui a expressão efectiva da

capacidade humana de transcendência,

corporizando a crença na possibilidade de

mudança, tanto ao nível de alteração do vivido

como da invenção de dias inteiramente novos,

desenhados na esfera do sonho onde a finitude do

humano realiza a sua vocação para a imortalidade

e para o infinito.” (p.66, 2º §)

“Ao contrário do que acontece na educação formal,

a educação social não se apoia nas lógicas

curriculares previamente definidas. (…) a

planificação estratégica valoriza, antes de mais, a

decisão sobre o sentido, sobre a direcção a seguir

de acordo com uma visão de futuro solidariamente

construída.” (p.69, 5º§)

“ (…) desenhados numa perspectiva humanista de

Solidariedade

social na

actualidade

(séc.XXI)

2 - Educação Social e

Pedagogia Social:

Educador Social

como actor social

Teoria / Prática

O projecto e as

suas implicações

Educação Formal

≠ Educação Social

Áreas de

intervenção

Page 29: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

29

envolvimento, de autoria e de participação dos

próprios sujeitos, valorizando, ao mesmo tempo o

tecido social comunitário que suporta as redes

sociais de apoio aos seus percursos de vida.”

(p.71, 3º §)

3 - Educadores Sociais: “ (…) o educador social não pode ser um consumidor

passivo de conceitos e até mesmo de valores sociais

entretanto sujeitos à delapidação ideológica (…)” (p.85,

3º §)

“Uma formação que ultrapassa necessariamente a fase

formal do educador para se prolongar no próprio

exercício da profissão, com todos os riscos que isso

implica.” (p.86, 2º §)

“(…) o educador poderá, com certeza, isolado ou

integrado em equipas, contribuir para protagonizar

consequentemente o combate contra a exclusão social

a partir da viabilização da liberdade de cada um para

construir responsavelmente os seus projectos de vida.”

“A formação de um educador torna-se, pois, um

processo de socialização profissional (…)” (p.86, 5º §)

“ (...) preparados para adquirirem novas competências

de acordo com aquelas que são as exigências sempre

renovadas da própria sociedade, sob pena de a sua

actividade perder todo o sentido.” (p.89)

“Os educadores sociais são chamados a intervir em

territórios de intervenção partilhados por muitos outros

profissionais (...). Esta indeterminação traz problemas

acrescidos para o desenvolvimento de uma identidade

profissional ainda jovem (...)” (p.97)

Projectos

3 - Educadores Sociais:

O educador social

tem que adaptar

os conceitos às

situações

Competências do

Educador social

Formação do

Educador Social

Adaptação à

realidade, novas

competências

Reconhecimento

público como

direito profissional.

Page 30: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

30

GRELHA DE LEITURA

Unidade Curricular: Metodologias de Investigação I

Obra/Artigo: Pesquisa Qualitativa: “Reflexões sobre o trabalho de campo” –

Cadernos de pesquisa, n.º 115

Autor: Rosália Duarte Páginas Consultadas: 139-154

Ideias / Conteúdo Tópicos para estrutura do

texto

Introdução:

“Uma pesquisa é sempre, de alguma forma, um

relato de longa viagem empreendida por um sujeito cujo

olhar vasculha lugares muitas vezes já visitados” (pág.140,

1º §).

“…muitas vezes nos esquecemos de relatar o

processo que permitiu a realização do produto” (2º §).

“… relatar procedimentos de pesquisa, mais do que

cumprir uma formalidade, oferece a outros a possibilidade

de refazer o caminho” (3º §).

1º Capítulo (Reflexões sobre o trabalho de campo):

“…frequentemente nos leva a um trabalho de

reflexão em torno dos problemas enfrentados” (1º §).

2º Capítulo (A selecção de sujeitos em abordagens

qualitativas)

“…a definição de critérios segundo os quais serão

selecionados os sujeitos que vão compor o universo de

investigação é algo primordial” (pág.141, 1º§)

3º Capítulo (Delimitação do universo de sujeitos a

serem entrevistados)

“Numa metodologia de base qualitativa o número de

sujeitos que virão a compor o quadro das entrevistas

dificilmente pode ser determinado a priori…” (pág.143,1º§)

“Quando já é possível identificar padrões

simbólicos, práticas, sistemas classificatórios, categorias de

Introdução:

A pesquisa deve ser

intensiva.

Ter atenção ao

objecto de estudo e ao

material a ser analisado.

O relatar de uma

pesquisa não é, por si só, o

cumprir da formalidade,

permite a outros continuar e

expandir a perspectiva.

1º Capítulo (Reflexões sobre

o trabalho de campo):

Reflectir caso surjam

problemas, erros ou

dificuldades no trabalho de

campo.

2º Capítulo (A selecção de

sujeitos em abordagens

qualitativas)

A escolha do público-

alvo é a base do trabalho de

campo.

3º Capitulo (Delimitação do

universo de sujeitos a serem

Page 31: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

31

análise da realidade e visões de mundo do universo em

questão, e as recorrências atingem o que se convencionou

chamar de «ponto de saturação», dá-se por finalizado o

trabalho de campo, sabendo que se pode (e deve) voltar

para esclarecimentos” (pág.144, 2º§)

“No que diz respeito ao número de pessoas

entrevistas, o procedimento que se têm mostrado mais

adequado é o de ir realizando entrevistas (a prática têm

indicado um numero de vinte, mas isso varia em razão do

objecto e do universo de investigação), até que o material

obtido permita uma análise mais ou menos densa das

relações estabelecidas naquele meio e a compreensão de

«significados sistemas simbólicos e de classificação,

códigos, práticas, valores, atitudes, ideias e sentimentos» (

Dauster, 1999, p.2)” (pág.144, 2º§)

4º Capítulo (Situação de contato)

“Registar o modo como são estabelecidos esses

contatos, a forma como o entrevistador é recebido pelo

entrevistado, o grau de disponibilidade para a concessão

do depoimento, o local em que é concedido (casa,

escritório, espaço público etc.), a postura adotada durante

a coleta do depoimento, gestos, sinais corporais e/ou

mudanças de tom de voz etc., tudo fornece elementos

significativos para a leitura/interpretação posterior daquele

depoimento, bem como para a compreensão do universo

investigado.” (pág.145, 2º§)

5º Capítulo (A realização de entrevistas)

“Por mais que se saiba, hipoteticamente, aquilo que

se está buscando, adquirir uma postura adequada à

realização de entrevistas semi-estruturadas, encontrar a

melhor maneira de formular as perguntas, ser capaz de

avaliar o grau de indução da resposta contido numa dada

questão, ter algum controle das expressões corporais

entrevistados)

O número de sujeitos

a ser entrevistado não deve

ser definido inicialmente.

Após finalizado o

trabalho de campo adoptar o

método circular, de forma a

obter melhores resultados.

Os sujeitos a

entrevistar variam consoante

o objecto de estudo e até

que se obtenha uma análise

densa do resultado das

entrevistas.

4º Capítulo (Situação de

contacto)

As metodologias

utilizadas no trabalho de

campo nomeadamente o

contacto resultante entre

entrevistador e sujeito deve

ser dotado de métodos e

técnicas que visem registar

todos os sinais, gestos do

sujeito bem como selecção

de um espaço físico viável.

5º Capítulo (A realização de

entrevistas)

Os métodos e

técnicas exactos a serem

usados nas entrevistas semi-

estruturadas, com o objecto

claro de se obter o que se

Page 32: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

32

(evitando o máximo possível gestos de aprovação, rejeição,

desconfiança, dúvida, entre outros), são competências que

só se constroem na reflexão suscitada pelas leituras e pelo

exercício de trabalhos dessa natureza.” (pág.146, 2º§)

“À medida que perguntas vão sendo feitas diversas

vezes, para diferentes pessoas, em circunstâncias

diversas, e passamos a ouvir nossa própria voz nas

gravações realizadas é que se torna possível avaliar

criticamente nosso próprio desempenho e ir corrigindo-o

gradativamente.” (pág. 146, 4º§)

“… situações de contato exigem atenção redobrada

por parte do pesquisador, pois ele corre o risco de ver a

entrevista escapar-lhe completamente das mãos e perder-

se dos objetivos da pesquisa, restringindo-se a divagações

ou, mesmo, resvalando para uma espécie de “troca de

experiências” mútuas, que compromete bastante a

qualidade do trabalho..” (pág.147, 1§).

“Livros e artigos relatando vivências com entrevistas

dessa modalidade e/ou coleta de depoimentos orais ou de

histórias de vida são de grande valia, especialmente para

pesquisadores iniciantes.” (pág.147, 2º§).

“Para Queiroz (1988), a entrevista semi-estruturada

é uma técnica de coleta de dados que supõe uma

conversação continuada entre informante e pesquisador e

que deve ser dirigida por este de acordo com seus

objetivos.” (pág.147, 4º§).

“Nesses casos, adverte, corre-se sempre o risco de

começar a explicar a realidade pelas categorias “nativas”,

ou seja, de passar a olhar a realidade exclusivamente pela

ótica do interlocutor.” (pág.148, 1º§).

“O que eles propõem é, basicamente, que os relatos

gravados e transcritos, assim como os procedimentos

utilizados para colhê-los, sejam acessíveis a diferentes

pretende, só se adquirem

com a experiência adquirida

quer pelas reflexões das

leituras quer através da

leitura de outros processos

de investigação.

O ouvir a voz do

entrevistador, permite uma

avaliação, análise, critica e

correcção das entrevistas.

Colocar o sujeito à

vontade partindo de

conversas banais, permite-

lhe uma maior liberdade para

exprimir as ideias, opiniões,

etc.., contudo, durante o

contacto, este não pode ser

demasiado extenso para que

não se corra o risco de

divagações ou induções que

comprometam a qualidade

do trabalho.

Ter como exemplo

outras entrevistas já

publicadas, são de extrema

importância para

entrevistadores iniciantes.

A entrevista semi-

estrutura deve ser dirigida

pelo investigador e de

acordo com os objectivos a

que se propõe o estudo.

No caso do

Page 33: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

33

pesquisadores que não participam da pesquisa em

questão, para que cada um possa fazer suas própria

interpretação do conteúdo dos relatos colhidos e, dessa

forma, auxiliar na validação dos resultados apresentados

(Armstrong et al., 1997).” (pág.149, 2º§).

6º Capítulo (Problemas mais frequentes com o roteiro

da entrevista)

“Uma das razões é, por exemplo, quando o

entrevistador sente necessidade de explicar a pergunta ao

entrevistado, ou seja, todas as vezes em que é formulada,

tal pergunta suscita tantas dúvidas que é preciso reiterar

sempre o que se quer, de fato, saber.” (pág.149, 4º§).

“Algumas perguntas levam a divagações

intermináveis e precisam ser repensadas, sob pena de

acrescentarem ao material “bruto” uma enorme quantidade

de informações “descartáveis”, que dificultarão, em muito, o

processo analítico.” (pág.150, 1º§).

“Por essa razão, este deve ser um instrumento

flexível para orientar a condução da entrevista e precisa ser

periodicamente revisto para que se possa avaliar se ainda

atende os objetivos definidos para aquela investigação.”

(pág.150, 5º§).

7º Capítulo (Análise de “dados” qualitativos)

“Métodos qualitativos fornecem dados muito

significativos e densos, mas, também, muito difíceis de se

analisarem.” (pág.151, 1º§).

“Esse material precisa ser organizado e

categorizado segundo critérios relativamente flexíveis e

previamente definidos, de acordo com os objetivos da

pesquisa.” (pág.151, 3º§).

“Vencida a etapa de organização/classificação do

material coletado, cabe proceder a um mergulho analítico

profundo em textos densos e complexos, de modo a

investigador e sujeito

partilhem o mesmo universo

cultural (gestos, valores,

concepções, etc.), haverá

uma tendência arriscada

para que a realidade seja

explicada pelo investigador e

logo para que seja indutivo.

Os resultados obtidos

(dados colhidos, gravações,

transcrições…) devem ser

analisados por mais do que

um investigador para uma

maior fiabilidade e validade

dos resultados.

6º Capítulo (Problemas mais

frequentes com o roteiro da

entrevista)

No caso de as

perguntas terem que ser

reformuladas ou explicadas

é necessário que estas

sejam concisas, com vista a

obter-se efectivamente o que

se pretende, não devendo a

mesma pergunta ser

repetida /reformulada

constantemente (pode levar

à indução do investigador).

Caso necessário,

formular novas questões e

retirar as que sejam

indutivas ou que levem à

Page 34: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

34

produzir interpretações e explicações que procurem dar

conta, em alguma medida, do problema e das questões

que motivaram a investigação.” (pág.152, 1º§).

divagação exagerada, de

forma a não dificultar a

análise dos dados obtidos.

O guião deve ser

flexível e revisto várias vezes

para que se obtenha os

objectivos pré-definidos.

7º Capítulo (Análise de

“dados” qualitativos)

Dada a densidade

dos dados obtidos através

da pesquisa qualitativa,

embora muito indicativos,

leva a uma maior dificuldade

de serem analisados.

Os dados obtidos

devem ser devidamente

organizados e classificados

mas, de forma flexível e de

acordo com os objectivos da

pesquisa.

Após organizados

todos os dados recolhidos,

deve-se ler atentamente a

informação obtida de forma a

apurar-se resposta aos

motivos da investigação.

Page 35: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

35

GRELHA DE LEITURA

Unidade Curricular: Metodologias de Investigação I

Obra/Artigo: “Pesquisa Qualitativa e Análise de Conteúdo” – Sentidos e formas

de uso

Autor: Isabel Carvalho Guerra Páginas Consultadas: 42 a 46

Ideias / Conteúdo Tópicos para estrutura do texto

1 - “Não aconselhamos que se designe por «

amostras» os universos de análise qualitativa,

apesar de ser essa a opção da maioria dos

autores que utiliza a noção de «amostra» num

sentido não probabilístico“ ( pág.43 , 2º §)

“Pires considera que esta discussão sobre

a amostragem probabilística ou não

probabilística não tem grande sentido na

análise qualitativa, na medida em que a

oposição se faz aqui mais entre o «caso

único» e o «caso múltiplo» (…)” (pág. 43,

2º §)

“As características da análise qualitativa

não facilitam uma definição a priori do

universo de análise, porque, em primeiro

lugar, a pesquisa qualitativa é muito

maleável, o objecto evolui, a amostra pode

alterar-se ao longo do percurso; e, por

outro lado, é difícil ( se não mesmo

impossível) definir uma amostra sem fazer

referência ao processo de construção do

objecto (…)”( pág. 43 ,3º§)

2 - “São sociologicamente mais frequentes

as amostragens por «casos múltiplos» “(

pág. 45, 3º §)

3 -“ (…) Na amostragem por

1- A questão da amostragem

2- A amostragem por casos múltiplos

3- Amostragem por

Page 36: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

36

homogeneização, o analista quer estudar

um grupo homogéneo”( pág. 46 , 4º §)

“O controlo da diversidade não é realizado

face a elementos externos ao grupo

seleccionado, mas internamente ao grupo”

(pág. 46, 4º §)

“Torna-se assim importante entrevistar

operários com grande diversidade de

características que se considera

susceptíveis de fazer variar a apreciação

face ao sindicalismo: idade, género, tipo de

actividade, tipos de contratos de trabalho,

experiencia de conflitos de trabalho, etc.”

(pág. 46,4º §)

“Neste tipo de amostra, é difícil prever o

número de entrevistas a realizar”

(pág.46,5º §)

“A maioria dos autores considera que a

saturação está presente a partir de 30 a 50

entrevistas, mas neste tipo de amostragem,

dependendo da definição de

homogeneidade, poderão ser menos.”(

pág.46 , 5º §)

homogeneização

Page 37: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

37

GRELHA DE LEITURA

Unidade Curricular: Metodologias de Investigação I

Obra/Artigo: “Educador Social: da Formação à Profissão”- Cadernos de estudo

Autores: Adalberto Dias de Carvalho Páginas Consultadas : 39-48

Ideias / Conteúdo Tópicos para estrutura

do texto

“A prática pode constituir-se, de facto, como uma

frente de investigação? (…) Boutinet tentou denunciar uma

tentativa (ilusão) das ciências sociais - no quadro do

pressuposto da existência de uma continuidade linear

entre a teoria e a prática (…).” (pag.39-40)

“As fracturas teóricas e os fracassos práticos obrigam

uma razão polémica e uma acção autónoma a

identificarem, respectivamente, o papel ideologicamente

legitimador da razão instrumental e o enviesamento das

práticas concretas.” (pag.40; 3§)

“A necessidade de se entrecruzar uma lógica

epistemológica de conhecimento, uma lógica pragmática

de eficácia e uma lógica axiológica de sentido.” (pag.41;

2§)

“Uma actividade de formação impõe a conjugação

profissionalizante das três, isto é, a sua articulação e

direccionamento para acções marcadas pela singularidade

contextual e identitária e pela relação pessoal.”

(pag.41;2§)

Assim, “emerge o saber pedagógico - social enquanto

saber profissional, o qual se constrói com a construção da

própria identidade profissional, identidade que conferirá ao

educador social o estatuto de mediador educativo entre

actores sociais - sendo ele um deles - e entre casa actor e

o seu próprio projecto.” (pag.24)

“(…) educação social, os saberes constituídos,

Relação entre a

prática e a teoria

A importância da

relação

Saber pedagógico –

social

A contribuição de

outras ciências

Contribuição da

educação social nas

ciências sociais

Dificuldades na

Page 38: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

38

fundamentalmente, por ciências contributivas como a

antropologia cultural, sociologia, e a psicologia, por

ciências nucleares como as ciências da educação e ainda

pela pedagogia social na qualidade de saber

especializado.” (pag.42; 1§)

“As ciências da educação, têm se apresentado como

um núcleo privilegiado do saber da educação social por

contraponto desta realidade à perspectiva assistencial,

carente de um corpo de saber específico e, deste modo,

integralmente subsidiária das ciências contributivas

sempre em busca uma fundamentação científica.” (pag.43;

3§)

“Contudo, a forte implicação escolar e formal das

ciências da educação tem bloqueado a emergência das

ciências da educação social, as quais deveriam constituir

uma componente privilegiada da investigação na área.”

(pag.44; 1§)

“A pedagogia social, definida como “ciência e

tecnologia do fenómeno e da intervenção sócio –

educativa ou pedagógico – social”, aspirou a surgir como

uma simbiose de uma vertente, propriamente onto – lógico

– empirista, sobre o fenómeno e a realidade sócio –

educativas e uma outra vertente práxico – lógico –

tecnológica relativa a acções processuais ou intervenções

sócio – educativas.” (pag.44; 2§)

“A P.S. (pedagogia social) é o campo de

conhecimento que organizado como ciência numa

disciplina (…) tem como objectivo a formação e

preparação dos profissionais de educação social.” (pag.

44; 3§)

“Na imbricação das ciências sociais, das ciências da

educação e da pedagogia social no espaço da intervenção

sócio – educativa, emerge a originalidade da educação

emergência da

educação social

Pedagogia Social

Objectivos da

Pedagogia Social

Dificuldades na

superação da

tradição existente

entre a teoria e a

prática

A formação –

processo

investigativo

Diferentes dimensões

na formação dos

profissionais

O educador social

Page 39: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

39

social, quer pelas suas finalidades, quer ainda pelo seu

carácter interdisciplinar e praxiológico.” (pag. 45; 1§)

“Tem se tentado superar as tradições entre a teoria e

a prática mas, existem algumas dificuldades:

distanciamento sujeito/objecto e do profissional na

envolvências nas situações; “desfasamento entre a

morosidade da ponderação reflexiva sobre os fenómenos

sócio – educativos e o carácter de imediatez das

respectivas intervenções”; “divergência entre as situações

concretas e o conjunto de conceitos das perspectivas

disciplinares; diferença entre a utilização da verdade como

critério de validação das teorias científicas e a eficácia

enquanto critério das acções sócio – educativas”;

incongruência entre a busca de coerência interna

característica das teorias e a incontornabilidade da

conflitualidade e paradoxalidade inerente aos processos

da prática.“ (pag. 45-46)

“A formação deve ser um processo investigativo

devido “à sua capacidade problematizadora, actualizadora

e contextualizadora”, promovendo a formação e a própria

identidade e dignidade da educação social. (pag. 46; 2§)

“A formação dos profissionais das ciências sociais

deve ter diferentes dimensões: “sistemática, hermenêutica

e projectiva da própria educação social.” (pag. 46-47)

“(…) educador social, reconhecendo-se, antes de

mais, como uma actor social, exerce progressivamente as

suas funções educativas, enquanto mediador social,

através da concertação e edificação inter e intrapessoal de

projectos de vida individual e social.” (pag. 48; 2§)

Page 40: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

40

GRELHA DE LEITURA

Unidade Curricular: Metodologias de Investigação I

Obra/Artigo: “Pensar e intervir socialmente no séc . XXI- Licenciatura em

Educação Social”

Autor: Ana Maria Serapicos Páginas Consultadas: 55 à 58

Ideias / Conteúdo Tópicos para estrutura do texto

“Vivemos, realmente, um tempo particular:

liberdade, direitos humanos, intolerância e

exclusão social conseguem coexistir neste

dealbar do séc.XXI “ ( pág. 55)

“ Educar para estes valores supõe um

processo de inovação tanto nos conteúdos

como nos métodos e organização educativa

que despoletem o aparecimento de novas

sensibilidades, saberes e comportamentos com

categoria ética.” (pág.55)

“Nesta atenção ao outro, a educação ocupa

um lugar privilegiado ao nível da formação uma

vez que, operando na mudança de

mentalidades, poderá ser decisiva na mudança

das atitudes sociais.” (pág.55)

“A eclosão da Educação Social poder-se –

á explicar com o ressurgimento do pensamento

democrático (…)” (pág.56)

“(…) criou o curso de Educação Social

convicta da sua importância em contextos que

reclamem o reconhecimento e a prática dos

mais elementares direitos do homem.” (pág.56)

“ Este sentido é conferido ao Educador

Social pelo trabalho que desenvolve junto de

populações com todo o tipo de carências:

afectivas, pedagógicas, familiares, de

Problemas sociais do sec. XXI

Perfil Educador Social

Ética

Respeito pela individualidade

com vista à coesão social

Direitos do Homem

Page 41: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

41

integração, na saúde, na solidão…” (pág.

56)“(…) grandes desequilíbrios sociais onde

não é estranha a pobreza , a exclusão e a

discriminação , melhor compreenderemos ,

neste séc. XXI , a pertinência do Educador

Social .” (pág. 56)

“Tornando-se presente a finalidade última

da sua acção – ajudar o Outro a ser – este

profissional terá de se afirmar pela

diferença(pág.57)

“ Acreditamos que só um corpus de

conteúdos e de métodos em permanente

dialogo com o tecido social darão ao Educador

Social um saber em constante processo de

construção para a formação das identidades e

dos projectos pessoais daqueles com quem se

cruza profissionalmente.” (pág. 57)

“Na sua formação o educador social cruzar-

se-á com várias lógicas (…)” (pág. 57).

Diversas áreas de actuação

O Educador Social deve estar

em constante processo de

formação e actualização

Page 42: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

42

CRONOGRAMA

Mês Fev Fev/ Mar

Mar Mar/ Abr

Abr Abr/ Mai

Mai Mai/ Jun

Jun

Semana

9ª 10ª 11ª 12ª 13ª 14ª 15ª 16ª 17ª 18ª 19ª 20ª 21ª 22ª 23ª 24ª 25ª

1ªfase Apresentação do tema; Planeamento da investigação; Questões de investigação.

2ªfase Caracterização do campo de análise; Amostragem; Guião de entrevista; Entrega do mini-ensaio;

3ª fase Contacto com o público-alvo; Entrevistas; Registo da observação e gravação das entrevistas;

4ª fase Análise de gravações; Análise dos conteúdos das entrevistas;

5ª fase Conclusões da investigação; Entrega do ensaio final;

Page 43: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

43

PLANO DE ESTUDOS DA LICENCIATURA

EM EDUCAÇÃO SOCIAL

Page 44: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

44

GRELHA ANALÍTICA

O FUTURO EDUCADOR SOCIAL

- Expectativas quanto à inserção no mercado de trabalho -

Problemáticas Dimensões

Áreas de intervenção Áreas de interesse do ES;

Áreas de inserção profissional;

Preparação/formação Visão pessoal do percurso escolar (com êxito,

dificuldades…);

Participações em conferências/seminários ao

longo do curso;

Voluntariado;

Contributo da formação para o exercício da

profissão.

Nível de satisfação/expectativas

Escolha do curso;

Expectativas iniciais/expectativas reais;

Melhor qualidade de vida;

Profissão/Profissão com melhor estatuto;

Inserção no mercado de trabalho

Abordagem realizada ao mercado de trabalho;

Contributo do ES para a sociedade

Resolução de problemas sociais pelo ES.

Page 45: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

45

GUIÃO DE ENTREVISTA

Apresentação e Objectivos da Entrevista

Estamos a contactá-lo(a) no sentido de nos conceder uma entrevista, tendo como público

alvo estudantes do ensino superior na Licenciatura do Curso de Educação Social, a qual

consiste em obtermos dados sucintos quer da sua «história de vida» quer (em termos) da

sua trajectória escolar e profissional, e ainda, dos motivos que o (a) levaram à escolha do

curso e quais as expectativas após o seu “términus”, nomeadamente quanto à inserção

no mercado de trabalho.

1 - Caracterização social do entrevistado

De uma maneira geral, pode informar-nos a respeito de alguns dados pessoais:

Idade;

Naturalidade e nacionalidade;

Qual a sua área de residência actual;

Outras áreas/locais onde residiu;

Outras experiências/actividades profissionais;

Cursos/formação anteriores;

2 - Percurso escolar/académico

De um ponto de vista mais particular refira-nos:

O seu percurso escolar (estabelecimentos de ensino frequentados, tempo/anos de

ensino, percurso regular ou com paragens);

Durante o seu percurso escolar sentiu algum tipo de condicionalismos (de

natureza social, económica, psicológica…)

Como vê o seu percurso escolar até ao momento (potencialidades, dificuldades,

com êxito…)?

Ano em que iniciou?;

O que o(a) motivou a escolher o curso de Educação Social?;

Page 46: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

46

Quais as suas áreas de interesse em Educação Social;

Já fez algum voluntariado ou participou em conferências/seminários ao longo do

curso?

3- Expectativas educacionais e futuras

Gostaríamos também de conhecer as suas expectativas face o seu presente e futuro

escolar e formativo e, ainda, saber a sua opinião em relação a alguns aspectos da sua

vida profissional futura.

Com o decorrer do curso de Educação Social, sentiu que o mesmo corresponde

às expectativas iniciais?

Considera que o curso lhe poderá facultar uma melhoria das suas condições de

vida (independência económica, subida de estatuto)?

Pensa que a aprendizagem desenvolvida durante a sua trajectória escolar lhe

permitirá aceder a uma profissão melhor ou melhorar a actual (mais rendimento,

estatuto…)?

Sente que o curso de ES prepara os alunos o suficiente para as necessidades do

mercado de trabalho?

O que espera do seu futuro após a conclusão do curso?

Quais as áreas em espera poder vir a exercer a sua profissão?

Que abordagem já fez ao mercado de trabalho? (envio de CV; contacto com

professores; entre outras).

4-Importância do Educador Social na Comunidade/Sociedade

Que importância tem o ES na resolução dos problemas sociais?

Page 47: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

47

ENTREVISTA 1

1. DADOS

3º Ano do Curso

de Educação

Social

ESE -UALG 31-05-2011 16H48 Rita Gonçalves 0:12´14

2. TRANSCRIÇÃO

RG: Boa Tarde [

E1: Boa Tarde

RG: Estamos a contactá-la no sentido de nos conceder uma entrevista

para a unidade curricular de Metodologias de Investigação do Curso de

Educação Social.

Esta entrevista consiste em obtermos informações à cerca da sua

história A::: de vida e a sua trajectória escolar e profissional. Também

os motivos que levaram à escolha do curso e as expectativas A:::: que

tinha iniciais e (as quem tem após o conclusão do curso),

nomeadamente a inserção no mercado de trabalho.

RG: A::::: Importa-se que (xxx) as imagens para... (xxx) [

E1: Não (podem)

RG: Podemos (assim dar início) à entrevista? [

E1: Com certeza.

RG: De um modo geral pode informar-nos acerca dos dados pessoais:

Idade, naturalidade (...) [

E1: Portanto:: tenho 38 anos, sou natural de Olhão, A::: resido no

concelho ainda mas não na cidade, A:: que mais? A:: Como profissão

sou bancária A:: e estudante (do 3º ano) também do Curso de

Educação Social Pós Laboral (0.1) -- mais alguma coisa? --

RG: A::: Trabalha na zona onde reside?

E1: Não, trabalho no concelho de Faro, na cidade de Faro.

Page 48: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

48

RG: Ok. (xxx) já fez um curso além do que está a fazer agora?

E1: Não, (xxx) várias formações mas curso (formação) científica não

não.

RG: A::: Do ponto de vista mais particular, o seu percurso escolar...

E1: Portanto, o meu percurso escolar iniciou-se (xxx) aos 6 anos de

idade, fiz (xxx) até ao 12º ano, A::: terminei esse trajecto aos 18 anos,

ou ainda não tinha, A::: só voltei agora ((sorriso)), no ano 2008.

RG: (xxx) algum (problema) específico como deixou de estudar?

E1: A::: Sim, naquela altura o meu pai não estava de acordo em que eu

fosse pra Faro, A::: o curso que eu queria só havia em Coimbra (0.1)

E:: então cá em Faro não (estudei mais).

RG: Existiram algumas condicionantes lá? E ter A::: e ter (...)

E1: (xxx) não [

RG: Não?

E1: ((acena com a cabeça que não))

RG: A:: As dificuldades que sentiu durante o percurso escolar, até à

entrada na Universidade? A::: (0.2), ou seja, quais foram as suas

potencialidades, onde é que teve mais (xxx)? Até ao 12º ano, depois

(xxx) na entrada na Universidade. Sentiu algumas DIFICULDADES

(xxx) [

E1: Não, sempre fui uma aluna mediana, pronto nada de excepcional,

tendo maior êxito, maior aptidão para as línguas do que para o

científico, pronto para as matemáticas ou biologias mas, não (xxx)

sempre fui uma aluna mediana.

RG: Iniciou o curso de ES em que ano?

E1: 2008

RG: 2008 (xxx), e qual o motivo que a levou a escolher o curso de ES?

E1: Inicialmente não era o curso que eu pretendia (0.1), mas depois

após uma visita à Universidade e ter ficado colocada no mesmo e

Page 49: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

49

falado com o professor (xxx), convenceu-me completamente a fazer

este curso - [

RG: A::: E qual era o curso inicial? -

E1: Assessoria (e) Administração.

RG: (xxx)

E1: (xxx)

RG: Já fez algum voluntariado ou participou em conferências ou

seminários ao longo do curso?

E1: Sim (mesmo antes), sim.

RG: E especificamente qual foi o seminário?

E1: A::: Voluntariado pronto desde o início que faço, pertenci às (xxx)

de Portugal e fazíamos portanto A::: como voluntárias a recolha de

angariação de fundos, portanto em eventos específicos ou actividades

específicas como A:: o cancro, ... sei lá A::: as santas casas da

misericórdia... várias. Depois, já em adulta, fiz pro Euro 2004, como

voluntária de assistência ao público... A::: Mais tarde também fiz aqui

mesmo na Universidade para a (apátris)... E::: neste momento tou a

fazer uma formação para o voluntariado e sou voluntária... (xxx).

RG: Quais são as áreas que maior interesse (lhe despertam)?

E1: (0.4) A área que maior interesse me desperta?! É um pouco vago,

mas nas mas nas crianças e (xxx)

RG: Nunca pensou, ou seja, (tendo) A::: trabalhar mais direccionado

mais para os jovens do que para os idosos?

E1: (0.2) É assim, gosto muito da minha profissão... gosto daquilo que

faço, venho fazer este curso como uma forma de enriquecimento

pessoal e crescimento também pessoal... Não me vejo A::: laborar na

área de Educação Social, sendo que é um curso (xxx) e faz falta

qualquer pessoa, portanto, todos os dias A::::: como é que eu hei-de

dizer (xxx) e por em prática um pouco daquilo que aprendo ou que

Page 50: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

50

aprendi na licenciatura. Portanto, são valores basilares, tanto teóricos

como... como práticos e... todos os dias damos uso a isso.

RG: No decorrer do curso sentiu que o mesmo correspondia às suas

expectativas?

E1: Com o decorrer do curso senti que as minhas expectativas se

defraudaram.

RG: E por algum motivo (xxx)?

E1: A::: Não é a velha questão da utopia da educação, e mais o "faz o

que eu digo não faças o que eu faço"... enfim...

RG: Considera que o curso lhe poderá (provocar) melhoria das suas

condições de vida? Ou seja, aqui é um pouco relativo visto que não...

não, não pretende [

E1: Não, não... Em termos económicos não.

RG: Pois seria de (xxx) na parte profissional [

E1: Não...

RG: Pensa que a aprendizagem desenvolvida durante a trajectória lhe

permitira ter melhores expectativas de vida, ou seja, aquilo que

aprendeu no decorrer do curso, A::: vai enriquecer (as suas condições)

de vida?

E1: Enriquece-me enquanto ser humano... enquanto cidadã deste país

ou de qualquer outro A::: parte do mundo... só por aí, pelo

enriquecimento pessoal e melhores conceitos e melhores hábitos,

melhores práticas.

RG: Acha que o curso de ES prepara os alunos o suficiente para as

necessidades do mercado de trabalho?

E1: Penso que não. É uma opinião minha, particular, muito minha, mas

penso que não. Penso que::: se tivéssemos ao longo dos 3 anos

práticas, logo, ou seja, se tivéssemos uma parte de fundamentação,

uma parte teórica e fosse acompanhada logo com a prática (xxx) era

Page 51: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

51

muito mais fácil e preparava muito mais as pessoas, se calhar, para o

mundo lá fora... só no último ano acho muito pouco.

RG: Acha que é necessário Educadores Sociais na (xxx)?

E1: Acho que os Educadores Sociais fazem falta em todo lado, como

isto é um curso basilar, mesmo em qualquer profissão, mesmo que não

seja um educador social numa instituição, as pessoas aqui têm acesso,

portanto, a conceitos, a (comunicações) e a práticas, que deveriam ser

leccionadas ao longo do percurso escolar; o direito à cidadania, a

educação para a cidadania, a educação para os valores, portanto, toda

esta pedagogia ou (xxx) deveria ser leccionada ao longo do (xxx), ou ao

longo do desenvolvimento duma criança, dum adolescente, dum adulto.

Portanto, deveriam de ser valores, conceitos que poderiam ajudar... no

dia a dia (xxx).

RG: Ou seja, o Educador Social, a importância que ele terá na

resolução dos problemas sociais? Ou seja, qual a importância exacta

do ES para a resolução destes problemas [

E1: O ES deve ser uma pessoal que deve facilitar, deve capacitar, deve

promover o Empowerment, o (xxx) desenvolvimento humano, A:::: que

mais é que posso dizer... deve promover a inclusão social, portanto

deve ser uma pessoa que deve trabalhar o outro como alguém especial

como uno e único... A::: de forma a que essas pessoas se sintam

mesmo como elas são cidadãs também de um país. Portanto, e isso só

consegues fazer quando as pessoas têm um conhecimento delas, têm

um reconhecimento delas e uma auto-estima elevadas, portanto, só

através da capacitação dessas pessoas é que tu o poderás fazer.

Portanto, parte muito por aí... olhar para os outros como se fossem

seres únicos e unos... e capacitá-los.

RG: Durante o estágio conseguiu pôr em prática aquilo que aprendeu?

E1: (0.3) hhhhhh Nestas práticas, podemos dizer que em termos de...

teóricos, sim. Tudo aquilo que aprendi ao longo dos 3 anos, tem-me

servido e de muito para fazer o projecto, para fazer também o relatório

Page 52: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

52

final (xxx). Em termos de::: de prática, mesmo com as pessoas hhhhhh,

sim só pela forma de... de promover o Empowerment, de

desenvolvimento humano, A::: apelar portanto, e, na minha questão,

das práticas que fiz com o meu grupo, da educação para a saúde,

tentar por promover valores mais altos e mais condignos para as

pessoas, para que estas também tenham uma vida mais condigna. A::::

De resto não (promovi) A:::::, sei lá, nada mais do que isso. Não (xxx)

as pessoas, penso que podia-os ter mudado alguma coisa porque

quando tentas pôr em prática valores como aqueles que disse (xxx)...

mudança social e mudança social para melhor. E penso que assim

porque muitos dos conceitos penso que as pessoas os interiorizaram...

Agora, também foi dado, porque nós fazemos muitas palestras, e pelas

pessoas que convidámos. Portanto, se nós mudámos alguma coisa, ou

tentámos mudar, A::::: mas só nesse sentido, porque não houve (xxx)

de tirar alguém da exclusão social, não, promover (...) [

RG: É um curto espaço de tempo não é? É uma mudança não podia

acontecer [

E1: Não, não...

RG: …num curto espaço de tempo. Abrir horizontes para (xxx) [

E1: Sim, sim. E a transformação social começa mas tá sempre -- é um

ciclo -- não tá fechado.

RG: Ok, damos assim por terminada a nossa entrevista. Obrigado.

Page 53: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

53

ENTREVISTA 2

3. DADOS

4. TRANSCRIÇÃO

MM: Boa Tarde [

E2: Boa Tarde

MM: Estamos a contactá-la no sentido de nos conceder uma

entrevista em que o público-alvo os (imperceptível) do ensino superior

da licenciatura do curso de Educação Social (0.1) e esta entrevista

consiste na obtenção de dados da sua história de vida quer em

relação à sua trajectória escolar e profissional e ainda os motivos que

levaram à escolha do curso e quais... quais as expectativas em

relação ao mesmo e à inserção no mercado de trabalho.

Importa-se que captemos imagens desta entrevista? [

E2: Não.

MM: E:: Então podemos dar início à entrevista?

E2: Sim.

MM: A:: De um modo geral pode-nos alg-, pode-nos conceder alguns

dados pessoais?

E2: Sim.

MM: A:: Qual a sua idade?

E2: 20.

MM: E a naturalidade?

E2: De Olhão.

1º Ano do

Curso de

Educação

Social

ESE -

UALG 02-06-2011 13H49

Melissa

Mealha 0:11´32

Page 54: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

54

MM: E a área de residência?

E2: Olhão.

MM: A::: e exerce alguma actividade profissional?

E2: Não.

MM: E já fez cursos ou formações anteriores?

E2: Fiz cursos sobre suporte básico de vida:::, sobre primeiros

socorros, A:::: higiene e segurança no trabalho [

MM: E esses cursos (fê-los onde?)

E2: Fiz numa empresa de (xxx)

MM: A:::Então agora do ponto de vista mais particular, refira-nos o seu

percurso escolar... A::: se teve... interferências no percurso escolar.

E2: Ao longo do meu percurso escolar pronto... do 1º ciclo até agora

só tive, nem lhe chamo uma interferência, no 10º ano, quando nós

passamos do 9º pró... pró 10º, que::: eu fui pra::: tecnologias, posso

dizer que perdi um ano porque depois mudei para humanidades,

porque não gostava da área, foi a única coisa. De resto foi sempre,

segui sempre sem problemas.

MM: E teve alguns condicionalismos no percurso? Ou a nível

económico, ou social ou psicológico?

E2: (0.4) Não.

MM: A::::: Tem sentido dificuldades relativamente ao percurso

escolar? E se... A:::: desde que iniciou até agora? Tem sentido

dificuldades?

E2: Dificuldades (0.3) quando vim para aqui (0.2) deparei-me com um

mundo completamente diferente e senti dificuldades no 1.º semestre.

Assim... Foi como se tivesse caído aqui de PÁRA-QUEDAS. Tava

habituada a ter notas altas, sempre tive notas altas e cheguei aqui e

comecei a fazer coisas e comecei a estudar e os primeiros testes

assim (xxx) baixas e (xxx) e onde é que eu fui parar... assustei-me um

Page 55: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

55

bocadinho mas depois de me habituar voltei ao ritmo normal, como se

costuma dizer.

MM: E agora tá a concluir o 2º semestre com êxito?

E2: Sim (0.2), o primeiro também não deixei nada.

MM: Em que ano é que iniciou o curso de ES?

E2: Este ano ((2011)).

MM: Portanto 2010/2000 [

E2: Sim, 2010/2011.

MM: O que é que a motivou a escolher este curso?

E2: A:::: Motivos pessoais principalmente. (0.2) A::: Porque tive uma

infancia/adoloscência assim um pouco::::: complicada, porque vim de

um ambiente de violência doméstica entre o meu pai e a minha mãe

e::: também porque soube de situações posteriores à minha, de

casos... que precisavam de ajuda e comecei a interessar-me pelo

curso, comecei a pesquisar e apesar de quando eu me fui candidatar

tava indecisa entre a 1ª e a 2ª opção. Tava indecisa entre Ciências da

Comunicação (CC) e Educação Social (ES), porque eu gosto muito de

comunicação, gosto muito de falar, gosto muito de entrevistar, gosto

muito dessas coisas todas e::::::::: tava indecisa e por acaso pus CC

em primeiro lugar, só que acho que se tivesse entrado na primeira

opção eu tinha pedido transferência. Porque depois comecei a ver que

isto tem mais... Tem muito mais a ver comigo, tanto a nível pessoal

como profissional do que (xxx) da minha vida ou -- uma coisa é gostar

de entrevistar alguém, gostar de fazer projectos, outra coisa é levar a

vida a fazer a mesma coisa. Acho que este curso é muito mais

humano e muito mais enriquecedor a nível pessoal.

MM: Então quais são as suas áreas de interesse em ES?

E2: Interesso-me pelos... pelos idosos, pelas pessoas que sofreram os

mesmos problemas que eu, pessoas fragilizadas a nível psicológico,

pessoas que precisam de ajuda, que precisam de apoio, crianças

Page 56: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

56

desprotegidas, A:::::: os cursos de RVCC, as formações foi uma coisa

que sempre me interessou bastante porque eu gosto muito de

participar em formações e workshops, coisas do género. hhhhhhhhh E

basicamente é::: isso. Acho que um bocadinho de tudo.

MM: Já fez algum voluntariado? A:::: a (esse nível?)

E2: Não lhe posso chamar bem bem voluntariado. Quando eu era

mais nova, em Olhão, vocês sabem (xxx), aquelas casas (xxx), Santa

Casa da Misericórdia que tem só raparigas, que não têm pais, lá não

há rapazes, só elas e as freiras e aquilo é muito complicado e eu

desde pequenina que sempre me ensinaram a... a ajudá-las e a minha

sempre no Natal, na Páscoa, ia sempre lá dar alguma coisa e depois

acabei por me meter no meio delas e acabei por tar lá de (xxx), a

visitá-las, a conversar com elas, só que depois com o secundário e vir

para aqui o tempo desapareceu... e eu apercebia-me o que elas

passavam, que aquilo era muito complicado. Elas não podem sair, vão

pra escola sem nada pra comer, A::::: depois tamos a falar de freiras

não é?! A mentalidade é completamente diferente e elas querem ser

como... como NÓS né?! Como raparigas NORMAIS. Sentem-se

presas, (xxx) que elas têm são muito muito complicadas porque ali

não há (xxx).

MM: E já participou em conferências ou seminários (desde que está)

no curso de ES?

E2: Participei como? A fazê-los ou [

MM: Não, a assistir?

E2: Ah, a assistir já.

MM: E que seminários eram?

E2: hhhhh um de voluntariado:::, outro sobre a depressão [

MM: Todos aqui na UALG?

E2: Sim, aqui. E::::::::::: outro sobre o Teatro do Oprimido.

Page 57: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

57

MM: Com o decorrer do ano lectivo, o curso tá a corresponder às suas

expectativas iniciais?

E2: Agora já tá! No início assustei-me, não sei... Tava confusa porque,

como lhe disse, caí aqui de pára-quedas e (xxx) e não despertaram

coisa nenhuma. E::::::, vim (xxx) demonstrar que é isto que quero pra

mim... Eu gosto -- era isto -- é isto que eu quero fazer, mostrar será

que o curso dá (xxx), isto é tudo muito teórico, onde é que está a

prática? Onde é que tá? Não tá. E:::: a pouca prática temos agora no

2º semestre, que é Metodologias, que podemos entrevistar alguém ou

ter acesso a outro tipo de realidade hhhhhhhhh e no Teatro do

Oprimido com as práticas, com os exercícios, com as peças, com os

workshops que se podem organizar mas, agora é que eu tou a

começar a perceber mais ou menos e agora sim posso dizer que ele

tá a começar a corresponder ao que estava à espera.

MM: Considera que o curso lhe poderá proporcionar uma melhoria das

suas condições de vida?

E2: Tendo em conta o país em que estamos... eu tenho esperança,

mas não sei ((risos)) [

MM: Mas sente que é o país (xxx)

E2: (0.2) Já pensei mas... tou... tou a ponderar, não é uma coisa que

eu diga sim sim vou sair daqui, porque eu gosto muito do meu país e

gostava de trabalhar aqui como é óbvio, só mesmo em último caso.

MM: Aquilo que aprendeu durante o percurso escolar vai-lhe permitir

aceder a uma profissão... acha que sua opinião dá-lhe para aceder a

uma melhor profissão?

E2: Acho que sim [

MM: (xxx) ou a outras profissões?

E2: Sim, acho que sim.

MM: E acha que o curso de ES prepara os alunos o suficiente para as

necessidades do mercado de trabalho?

Page 58: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

58

E2: hhhhhhhhhhhh é assim, eu tou no 1º ano... mas [

MM: Do que já viu [

E2: Do que já vi pronto, no 1.º semestre, como já disse, foi muito muito

teórico hhhhhhhh A:::::: preparar-nos para o mercado de trabalho pois

temos professores que exigem (imperceptível) e exigem bastante de

nós (xxx) e trabalhos e puxam muito por nós e eu tou numa fase que

tou super cansada e tou a precisar mesmo de férias, e é trabalhos

atrás de trabalhos, e eu acho que isso é uma forma que eles tem de

nos preparar para o que nos espera lá fora, acho que apesar de (xxx)

trabalhos de grupo e coisas assim de escola, mas acho que é uma

maneira que os professores têm de nos mostrar que isto não é uma

brincadeira mas sim a vida real, que dá trabalho, que com esforço se

consegue, acho que é essa a mensagem que eles nos querem

(transmitir) quando nos mandam fazer trabalhos de investigação ou

(recensões) ou o que quer que seja.

MM: Quais são as suas previsões para o futuro após terminar o curso

de ES?

E2: Após terminar a licenciatura A::::: gostava de trabalhar na área, se

fosse possível... Se conseguir. Se não conseguir pois terei que optar

por outras opções como muita gente opta mas:::::, uma dia mais tarde

gosta de voltar e fazer uma especialização na área, ou ao nível de

psicologia ou dos idosos [

MM: E pensa tirar o Mestrado?

E2: (xxx) mesmo só Pós Graduação.

MM: E quais são as áreas que pensa exercer a sua profissão?

E2: A::::::: formação de RVCC, como eu tinha dito, ou com idosos ou

com jovens problemáticos.

MM: E a nível de abordagens ao mercado e trabalho, o que já fez

nesse sentido? Enviou currículos, teve contactos com professores [

E2: Não, não

Page 59: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

59

MM: Na sua opinião qual a importância que o Educador Social na

resolução dos problemas sociais?

E2: Acho que hoje em dia a importância de um educador social tem a

ver quanto ao estado, como a sociedade está... é importante porque

cada vez há mais desprotegidos, pessoas a viver de forma desigual,

cada vez temos mais picos altos e buracos (xxx), podemos falar

assim, e cada a vez mais a população é mais envelhecida, porque não

há muitos jovens há mais pessoas idosas o que (xxx) e acho que o

Educador Social aí tem um papel muito importante porque estas

pessoas são esquecidas e o nosso papel é, além de educar, também

apoiar essas pessoas.

MM: Muito obrigada por nos conceder esta entrevista e até uma

próxima.

Page 60: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

60

• GLOSSÁRIO DE ENTREVISTAS:

o RG: Rita Gonçalves (entrevistadora)

o E1: Entrevistada

o MM: Melissa Mealha (entrevistadora)

o E2: Entrevistada

o (xxx): Incompreensão de palavras ou segmentos

o (hipótese): do que se ouviu

o MAIÚSCULA: Entonação enfática

o ?: Interrogação

o !: Exclamação

o ...: Qualquer pausa

o ((minúscula)): Comentário gestual

o -- --: Comentários que quebram a sequência temática da exposição

o [: Superposição, simultaneidade de vozes

o (...): Indicação de que a fala foi tomada ou interrompida em determinado ponto.

o “ ”: Citações literais de textos, durante a gravação

o hhh: Inspirações audíveis de ar são transcritas como ´hhh´ (o número de

hs é proporcional à duração da inspiração)

o (0.2): pausas em segundos

o A::: - Sons prolongados: o prolongamento de sons é marcado com dois pontos, em número proporcional à duração do prolongamento.

o palavra sublinhada: mostra ênfase ou saliência.

o dife- - Um hífen indica que uma palavra ou som foram cortados.

Page 61: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

61

FICHA DE REGISTO DA ENTREVISTA 1

Data da entrevista: 31/5/2011

Local da entrevista: sala 37 da ESEC (campus da Penha)

Duração da entrevista: 0,12`14 minutos

Entrevistador: Rita Gonçalves

Identificador do entrevistado: Entrevistado 1

Género do entrevistado: feminino

Idade do entrevistado: 38 anos

Ano lectivo que frequenta: 3º ano do curso de Educação Social

Área de interesse profissional: Bancária

Peculiaridades da entrevista: A entrevistada desenvolveu bem as perguntas feitas

pela entrevistadora, respondendo mais além do que era perguntado.

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METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

62

FICHA DE REGISTO DA ENTREVISTA 2

Data da entrevista: 6/6/11

Local da entrevista: Sala da ESEC (Campus da Penha)

Duração da entrevista: 0,11`32 minutos

Entrevistador: Melissa Mealha

Identificador do entrevistado: Entrevistado 2

Género do entrevistado: feminino

Idade do entrevistado: 20 anos

Ano lectivo que frequenta: 1º ano do Curso de Educação Social

Área de interesse profissional: Trabalhar com jovens ou idosos que sofram mal

tratados.

Peculiaridades da entrevista: A entrevistada referiu aspectos pessoais da sua vida

bastante pertinentes.

Page 63: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

63

SINOPSE

Problemáticas Entrevistado 1 Entrevista 2

Áreas de intervenção «[…] nas crianças […] »

(p.49.)

« […] idosos, pelas pessoas

que sofreram os mesmos

problemas que eu

[Vivenciou violência

doméstica], pessoas

fragilizadas a nível

psicológico, pessoas que

precisam de ajuda, que

precisam de apoio, crianças

desprotegidas […] » (p.55-

56.)

Preparação/Formação «Penso que não. […] Penso

que::: se tivéssemos ao

longo dos 3 anos práticas,

logo, ou seja, se

tivéssemos uma parte de

fundamentação, uma parte

teórica e fosse

acompanhada logo com a

prática (xxx) era muito mais

fácil e preparava muito mais

as pessoas […] » (p.50-51.)

«[…] eu tou no 1º ano […]

no 1.º semestre, como já

disse, foi muito muito

teórico hhhhhhhh A::::::

preparar-nos para o

mercado de trabalho pois

temos professores que

exigem (xxx) e exigem

bastante de nós

(imperceptível) e trabalhos

e puxam muito por nós […]

» (p.58.)

Nível de satisfação/

expectativas

« […] senti que as minhas

expectativas se

defraudaram. […] é a velha

questão da utopia da

educação é, mais o “faz o

que eu digo não faças o

que eu faço” » (p.50.)

«Agora já tá! No início

assustei-me […] não

despertaram coisa

nenhuma. [professores ]

E::::::, vim (xxx) demonstrar

que é isto que quero pra

mim […] isto é tudo muito

teórico, onde é que está a

prática? […] no […] agora

sim posso dizer que ele tá a

começar a corresponder ao

que estava à espera. »

Page 64: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

64

(p.57.)

Inserção no mercado de

trabalho

«[…] Nao me vejo A:::

laborar na área de

Educação Social […] »

(p.49.)

«Não, não» (p.58.)

Contributo do educador

social para a sociedade

«O ES deve ser uma

pessoal que deve facilitar,

deve capacitar, deve

promover o Empowerment,

o (xxx) desenvolvimento

humano […] prover a

inclusão social, portanto

deve ser uma pessoa que

deve trabalhar o outro como

alguém especial como uno

e único […] só através da

capacitação dessas

pessoas é que tu o poderás

fazer […] »(p.64.)

« […] é importante porque

cada vez há mais

desprotegidos, pessoas a

viver de forma desigual […]

Educador Social aí [relação

aos idosos] tem um papel

muito importante porque

estas pessoas são

esquecidas e o nosso papel

é, além de educar, também

apoiar essas pessoas. »

(p.59.)

Page 65: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

65

GRELHA DE ANÁLISE

ENTREVISTADO 1

Problemática Análise Excertos da entrevista

1.1Áreas de intervenção

Áreas de interesse do ES A área que maior interesse

lhe desperta é a das

crianças

« […] nas crianças […] »

Áreas de inserção profissional

Não pretende exercer

profissão na área pois,

gosta da sua profissão

actual [ bancária].

« […] gosto muito da

minha profissão [bancária

].»

1.2Preparação/formação

Visão pessoal do percurso escolar (com êxito, dificuldades)

Sempre foi uma aluna

mediana, tendo maior

aptidão para as disciplinas

de línguas, do que para as

disciplinas cientificas

« […] sempre fui uma

aluna mediana, pronto

nada de excepcional,

tendo maior êxito, maior

aptidão para as línguas do

que para o científico,

pronto para as

matemáticas ou biologias

mas, não (xxx) sempre fui

uma aluna mediana.»

Participação em conferências/seminários ao longo do curso

Antes e durante o curso

sempre participou em

conferências/seminários.

« […] sim.»

Voluntariado Desde o inicio que faz

voluntariado, fazendo

recolha de angariação de

fundos, para o cancro,

para santas casas de

misericórdias entre outras.

No Euro 2004 foi

voluntária de assistência

ao público, fazendo

também voluntariado para

a (apátris), na

Universidade.

« Voluntariado pronto

desde o início que faço,

pertenci às (xxx) de

Portugal e fazíamos

portanto A::: como

voluntárias a recolha de

angariação de fundos,

portanto em eventos

específicos ou actividades

específicas como A:: o

cancro, ... sei lá A::: as

santas casas da

Page 66: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

66

Actualmente, está

realizando uma formação

de voluntariado e é

voluntária.

misericórdia... várias. […]

Euro 2004, como

voluntária de assistência

ao público... A::: […] na

Universidade para a

(apátris)... E::: neste

momento tou a fazer uma

formação para o

voluntariado e sou

voluntária... (xxx).»

Contributo da formação para o exercício da profissão

Acha que a formação não

tem um grande contributo

para o exercício da

profissão. Só teria um bom

contributo se ao longo do

curso existisse mais aulas

praticas, acompanhadas

de aulas teóricas.

« Penso que não. […]

Penso que ::: se

tivéssemos ao longo dos 3

anos práticas, logo, ou

seja, se tivéssemos uma

parte de fundamentação,

uma parte teórica e fosse

acompanhada logo com a

prática (xxx) era muito

mais fácil e preparava

muito mais as pessoas […]

»

1.3 Nível de satisfação/expectativas

Escolha do curso Quando se candidatou ao

Ensino Superior o curso

que pretendia era

Acessoria de

Administração mas, após

ter visitado a Universidade,

falou com um professor

que a convenceu a fazer o

curso de Educação Social.

« Inicialmente não era o

curso que eu pretendia

[Acessoria de

Administração] (0.1), mas

depois após uma visita à

Universidade e ter ficado

colocada no mesmo e

falado com o professor

(xxx), convenceu-me

completamente a fazer

este curso .»

Expectativas iniciais/ expectativas reais

Com o decorrer do curso

sentiu que as expectativas

foram defraudadas. Pois,

trata-se da velha questão

« […] senti que as minhas

expectativas se

defraudaram. […] é a velha

questão da utopia da

Page 67: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

67

da utopia da educação,

“faz o que eu digo não,

faças o que eu faço”.

educação é, mais o “faz o

que eu digo não faças o

que eu faço” »

Melhor qualidade de vida O curso não vai

proporcionar em termos

económicos uma melhor

qualidade de vida.

« […] Em termos

económicos não.»

Profissão/Profissão com melhor estatuto

Gosta muito da sua

profissão de bancária.

Sendo que, veio realizar o

curso para enriquecimento

e crescimento pessoal.

« […] gosto muito da

minha profissão [bancária

]..., venho fazer este curso

como uma forma de

enriquecimento pessoal e

crescimento também

pessoal [...]»

1.4 Inserção no mercado de trabalho

Abordagem realizada ao mercado de trabalho

Não fez abordagem ao

mercado de trabalho

porque não quer laborar

na área.

«[…] Nao me vejo A:::

laborar na área de

Educação Social […] »

1.5 Contributo do ES para a sociedade

Resolução dos problemas sociais pelo ES

Acha que o Educador

Social deve capacitar,

promover o empowerment,

o desenvolvimento

humano, a inclusão social,

trabalhando as pessoas

como especiais e únicas.

« O ES deve ser uma

pessoal que deve facilitar,

deve capacitar, deve

promover o Empowerment,

o (xxx) desenvolvimento

humano […] prover a

inclusão social, portanto

deve ser uma pessoa que

deve trabalhar o outro

como alguém especial

como uno e único […] só

através da capacitação

dessas pessoas é que tu o

poderás fazer […] »

Page 68: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

68

GRELHA DE ANÁLISE

ENTREVISTADO 2

Problemática Análise Excertos da entrevista

1.1Áreas de intervenção

Áreas de interesse do ES As áreas que maior

interesse lhe desperta são

a dos idosos, a das

pessoas pessoas que

sofrem de violência

doméstica [devido a ter

vivenciado violência

doméstica], crianças

desprotegidas e pessoas

fragilizadas a nível

psicológico.

« […] idosos, pelas

pessoas que sofreram os

mesmos problemas que eu

[Vivenciou violência

doméstica], pessoas

fragilizadas a nível

psicológico, pessoas que

precisam de ajuda, que

precisam de apoio,

crianças desprotegidas […]

»

Áreas de inserção profissional

Após terminar o curso,

pretende dar formação de

RVCC, ou trabalhar com

idosos ou jovens

problemáticos.

« […]formação de RVCC,

como eu tinha dito, ou com

idosos ou com jovens

problemáticos. »

1.2Preparação/formação

Visão pessoal do percurso escolar (com êxito, dificuldades)

Sentiu dificuldades quando

entrou para o curso de

Educação Social, no 1º

semestre, porque era uma

realidade diferente da que

estava habituada. Estava

habituada a ter notas altas

e nos primeiros testes

obteve notas mais baixas,

ficando assustada. Depois,

tudo voltou ao ritmo

normal.

«Dificuldades (0.3) quando

vim para aqui (0.2)

deparei-me com um

mundo completamente

diferente e senti

dificuldades no 1.º

semestre. […] Tava

habituada a ter notas altas,

sempre tive notas altas e

cheguei aqui e comecei a

fazer coisas e comecei a

estudar e os primeiros

testes assim (xxx) baixas e

(xxx) e onde é que eu fui

parar... assustei-me um

bocadinho mas depois de

me habituar voltei ao ritmo

Page 69: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

69

normal […] »

Participação em conferências/seminários ao longo do curso

Já assistiu a

conferências/seminários

de voluntariado, depressão

e do Teatro do Oprimido.

« […] a assistir já[…]

voluntariado

[…]depressão[…] Teatro

do Oprimido […] »

Voluntariado Não fez bem voluntariado.

Visitava e conversava com

as raparigas da Santa

Casa da Misericórdia de

Olhão.

Não lhe posso chamar

bem bem voluntariado. […]

casas (xxx), Santa Casa

da Misericórdia que tem só

raparigas, que não têm

pais, lá não há rapazes, só

elas e as freiras e aquilo é

muito complicado e eu

desde pequenina que

sempre me ensinaram a...

a ajudá-las […] acabei por

me meter no meio delas e

acabei por tar lá de (xxx), a

visitá-las, a conversar com

elas […] »

Contributo da formação para o exercício da profissão

Devido a estar no 1º ano

não têm ideia formada se

a formação adquirida ao

longo do curso contribui

para o exercício da função.

Mas, refere que o 1º

semestre foi muito teórico,

só prepara para o mercado

de trabalho porque tem

professores que exigem

muito nos trabalhos e

puxam pelos alunos.

« […] eu tou no 1º ano […]

no 1.º semestre, como já

disse, foi muito muito

teórico hhhhhhhh A::::::

preparar-nos para o

mercado de trabalho pois

temos professores que

exigem (xxx) e exigem

bastante de nós

(imperceptível) e trabalhos

e puxam muito por nós […]

»

1.3 Nível de satisfação/expectativas

Escolha do curso Escolheu o curso de

Educação Social por

motivos pessoais pois,

vivenciou violência

doméstica e soube de

« Motivos pessoais

principalmente. (0.2) A:::

Porque tive uma

infancia/adoloscência

assim um pouco:::::

Page 70: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

70

casos idênticos ao dela.

Ao candidatar-se ao

Ensino Superior optou por

Ciências da Comunicação

Social, acabou por entrar

em Educação Social mas,

não está arrependida.

Sente que este curso tem

muito mais a ver com ela

tanto a nível pessoal como

profissional.

complicada, porque vim de

um ambiente de violência

doméstica entre o meu pai

e a minha mãe e:::

também porque soube de

situações posteriores à

minha, de casos... que

precisavam de ajuda e

comecei a interessar-me

pelo curso, comecei a

pesquisar e apesar de

quando eu me fui

candidatar tava indecisa

entre a 1ª e a 2ª opção.

Tava indecisa entre

Ciências da Comunicação

(CC) e Educação Social

(ES) […] Tem muito mais a

ver comigo, tanto a nível

pessoal como profissional

[ES] […]. Acho que este

curso é muito mais

humano e muito mais

enriquecedor a nível

pessoal.

Expectativas iniciais/ expectativas reais

Inicialmente não estava a

corresponder às

expectativas mas,

actualmente já está.

« Agora já tá! No início

assustei-me […] não

despertaram coisa

nenhuma. [ professores ]

E::::::, vim (xxx)

demonstrar que é isto que

quero pra mim […] isto é

tudo muito teórico, onde é

que está a prática? […] no

[…] agora sim posso dizer

que ele tá a começar a

corresponder ao que

estava à espera. »

Melhor qualidade de vida Tem esperanças que o

curso melhor a sua

«Tendo em conta o país

em que estamos... eu

Page 71: Trabalho grupo Metodologias de Investigação I.

METODOLOGIAS DE INVESTIGAÇÃO I

Educação Social – 1º ano, Pós Laboral

71

qualidade de vida mas,

torna-se complicado,

devido ao País em que

está [Portugal].

tenho esperança, mas não

sei»

Profissão/Profissão com melhor estatuto

Actualmente, não têm

nenhuma profissão.

1.4 Inserção no mercado de trabalho

Abordagem realizada ao mercado de trabalho

Ainda não realizou

abordagem ao mercado de

trabalho.

«Não, não»

1.5 Contributo do ES para a sociedade

Resolução dos problemas sociais pelo ES

Acha que o Educador

Social é importante porque

cada vez mais há pessoas

desprotegidas e a viver de

forma desigual. Em

relação aos idoso acha

tem um papel importante,

porque estes estão

esquecido e o papel do

Educador Social é educar

e apoiar as pessoas

« […] é importante porque

cada vez há mais

desprotegidos, pessoas a

viver de forma desigual

[…] Educador Social aí

[relação aos idosos] tem

um papel muito importante

porque estas pessoas são

esquecidas e o nosso

papel é, além de educar,

também apoiar essas

pessoas.