Trabalho Neuro Parkinson

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UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP ANA LUIZA DE SOUSA ROCHA – RA B34HIH0 MAL DE PARKINSON Trabalho de Neurologia Curso de Psicologia. 4º semestre, Campus Norte Orientador: Profª Joaquim Teles SÃO PAULO 2013

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UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP

ANA LUIZA DE SOUSA ROCHA – RA B34HIH0

MAL DE PARKINSON

Trabalho de Neurologia Curso de Psicologia.4º semestre, Campus Norte

Orientador: Profª Joaquim Teles

SÃO PAULO

2013

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................................................3

2 MAL DE PARKINSON............................................................................................................................3

3 RESUMO HISTÓRICO............................................................................................................................4

4 DEFINIÇÃO...........................................................................................................................................4

5 SINTOMAS...........................................................................................................................................5

6 CAUSAS................................................................................................................................................6

7 SUBSTÂNCIA NEGRA...........................................................................................................................7

8 TRATAMENTO.....................................................................................................................................8

9 AS RESPOSTAS EMOCIONAIS À DOENÇA DE PARKINSON.................................................................11

10 CONCLUSÃO....................................................................................................................................12

REFERÊNCIAS........................................................................................................................................14

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1 INTRODUÇÃO

“As primeiras mudanças no organismo não chamam a atenção. No início, aparece

uma sensação constante de cansaço ou mal-estar no fim do dia. Depois, vêm as

dores musculares, especialmente na região lombar. Aos poucos, a caligrafia tende a

ficar menos legível. Sem motivo aparente, o paciente se sente deprimido e irritadiço.

A voz torna-se monótona e menos articulada e os movimentos vão ficando

vagarosos. Pernas e braços parecem rígidos. Atividades cotidianas, como abotoar

uma blusa, antes executadas com facilidade, viram tarefas complicadas. Mas o susto

vem quando, subitamente, aparece o tremor.” (Superinteressante 180, setembro de

2012)

O Mal de Parkinson, uma doença neurodegenerativa, que acomete pessoas na faixa de

60 anos de idade em diante, mas que pode eventualmente aparecer antes. Devido à maior

expectativa de vida, o número de casos tendem a crescer, e por isso cientistas do mundo

inteiro, buscam decifrar suas misteriosas causas. Neste trabalho apresentaremos a doença,

seus sintomas e as novidades nas áreas cientificas.

2 MAL DE PARKINSON

Também conhecida como doença de Parkinson, foi descrita pela primeira vez por

James Parkinson, médico e paleontologista inglês (11 de abril de 1755 - 21 de dezembro de

1824), na monografia entitulada “Um Ensaio sobre a Paralisia Agitante”, de 1817. Antes,

existiam na literatura médica apenas menções a sintomas isolados Membro do Colégio Real

de Cirurgiões. Neste ensaio ele descreveu os principais sintomas de uma doença que

futuramente viria a ser chamada pelo seu nome.

Décadas mais tarde, o neurologista francês Jean-Martin Charcot constatou que a tal

“paralisia agitante” não era bem uma paralisia, mas sim rigidez muscular, e que nem todos os

pacientes apresentavam tremor. Ele descreveu a rigidez, a micrografia e a disartria (má

coordenação dos músculos da fala), discordando de Parkinson quanto a presença de paralisia.

Charcot foi também o responsável pela introdução da primeira droga eficaz.

A doença de Parkinson se desenvolve quando células de uma pequena área do cérebro,

chamada de “substância negra” devido à sua pigmentação escura, começam a morrer

progressivamente. Esses neurônios jurados de morte são responsáveis pela produção de

dopamina, um neurotransmissor – ou seja, um mensageiro químico – incumbido de transmitir

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informações às áreas cerebrais que comandam os movimentos. Como as células vão se

degenerando, a quantidade normal de dopamina deixa de ser liberada e, assim, surgem falhas

nos mecanismos de controle motor do indivíduo.

3 RESUMO HISTÓRICO

Com relação aos fatos históricos relacionados ao tratamento dessa doença, sabe-se que

das várias tentativas do passado, drogas anticolinérgicas derivadas da beladona, introduzidas

por Charcot no final do século passado, foram as primeiras que tiveram alguma eficácia

reconhecida. Contudo, apenas no final dos anos 50, observou-se um progresso real, através de

um estudo feito na Suécia onde ofereceu-se levodopa para ratos intoxicados por reserpina que

desenvolveram parkinsonismo.

Observou-se uma melhora expressiva da motricidade desses ratos. A descoberta da

levedopa foi o prenúncio da revolução observada na década seguinte.

A introdução desta droga provocou um impacto marcante, com radicais mudanças na

vida dos seus sofredores e influenciando inclusive o prognóstico até então sombrio.

4 DEFINIÇÃO

É uma doença progressiva do movimento.

Um grupo de células cerebrais, chamado de neurônios dopaminérgicos, são

responsáveis pela produção de dopamina, um neurotransmissor que age no controle dos

movimentos finos e coordenados.

Por exemplo, o ato de beber um copo d’água requer um grande controle dos nossos

músculos, não só para levar o braço até o copo, mas também para agarrá-lo de modo estável,

levá-lo até a boca e virá-lo apenas o suficiente para que uma quantidade x do líquido chegue a

nossa boca. Isso são chamados de movimentos finos, muito dependentes da ação dos

neurônios dopaminérgicos.

O mal de Parkinson se caracteriza pela destruição destes neurônios, levando a uma

escassez de dopamina no sistema nervoso central e, consequentemente, a um distúrbio dos

movimentos.

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5 SINTOMAS

Sabe-se que os sintomas da doença devem-se à degeneração dos neurônios da

substância negra, no entanto, na maioria das vezes, é desconhecido o motivo que leva a essa

degeneração.

O diagnóstico da doença ocorre de cinco a dez anos depois do início da degeneração

dos neurônios. Quando o paciente recebe a notícia de que está com Parkinson, pode já ter

perdido até 80% da sua substância negra. Apesar de os sintomas variarem de acordo com cada

indivíduo, a doença produz quatro sinais típicos, dos quais derivam as demais complicações:

tremor em repouso, rigidez muscular, redução na quantidade de movimentos (acinesia) e

alterações na postura e no equilíbrio. O Parkinson afeta mais um lado da substância negra do

que o outro. Por isso, os sintomas sempre se manifestam com mais evidência num dos lados

do corpo.

A progressão dos sintomas é usualmente lenta mas a velocidade com que essa

progressão se desenvolve é bastante variável em cada caso. O primeiro sinal pode ser uma

sensação de cansaço ou mal estar no fim do dia. A caligrafia pode se tornar menos legível ou

diminuir de tamanho, a fala pode se tornar mais monótona e menos articulada.

A pessoa frequentemente torna-se deprimido sem motivo aparente. Podem ocorrer

lapsos de memória, dificuldade de concentração e irritabilidade. Dores musculares são

comuns, principalmente na região lombar.

Muitas vezes, amigos ou familiares são os primeiros a notar as primeiras mudanças:

um braço ou uma perna movimenta-se menos do que o outro lado, a expressão facial perde a

espontaneidade (como se fosse uma máscara), diminui a frequência com que a pessoa pisca o

olho, os movimentos tornam-se mais vagarosos, a pessoa permanece por mais tempo em

determinada posição e parece um tanto rígida.

À medida que a doença progride, aparecem outros sintomas. O tremor é geralmente o

primeiro a ser notado pelo paciente e acomete primeiramente um dos lados, usualmente uma

das mãos, mas pode se iniciar em um dos pés. Segurar um objeto ou ler o jornal podem se

tornar atividades árduas. O tremor é mais intenso quando o membro encontra-se em repouso

ou durante a marcha e desaparece quando em movimento. Para a maioria dos pacientes, o

tremor é o principal motivo que os leva a procurar pela primeira vez ajuda médica.

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Os sintomas da doença de Parkinson variam de pessoa para pessoa. Algumas pessoas

podem apresentar sintomas graves, enquanto outras apresentam apenas alguns sintomas leves.

No início, os sintomas da doença de Parkinson podem afetar apenas um lado do corpo. Mais

tarde, frequentemente, ambos os lados são afetados.

Em geral, os sintomas mudam com o passar do tempo - A memória e o raciocínio são

geralmente afetados. Podem ocorrer níveis de osteoporose superiores. A deglutição e a

mastigação podem se comprometer uma vez que os músculos utilizados tornam-se mais

lentos. Ocorre também obstipação intestinal, ou prisão de ventre pois os movimentos

intestinais são mais lentos mas outros fatores tais como atividade física limitada e dieta

inadequada também podem ser responsáveis.

Outro sintoma é a depressão e déficit cognitivo podendo ocorrer cedo na evolução da

doença, mesmo antes dos primeiros sintomas serem notados. Provavelmente relacionada à

redução de um neurotransmissor chamado serotonina.  Alterações emocionais são comuns

6 CAUSAS

Os fatores que podem desencadear o mal de Parkinson são:

a) Uso exagerado e contínuo de medicamentos. Um exemplo de substância que pode

causar parkinsonismo é a cinarizina, usada frequentemente para aliviar tonturas e melhorar a

memória, a qual pode bloquear o receptor que permite a eficácia da dopamina.

b) Trauma craniano repetitivo. Os lutadores de boxe, por exemplo, podem desenvolver

a doença devido às pancadas que recebem constantemente na cabeça. Isso pode afetar o bom

funcionamento cerebral.

c) Isquemia cerebral. Quando a artéria que leva sangue à região do cérebro

responsável pela produção de dopamina entope, as células param de funcionar.

d) Frequentar ambientes tóxicos, como indústrias de manganês (de baterias por

exemplo), de derivados de petróleo e de inseticidas.

e) Hereditariedade

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f) Alterações emocionais. A “dor emocional”, provoca um aumento na produção de

salsolinol, uma substância que mata as células nervosas responsáveis pelo controle dos

movimentos.

Situações traumáticas, ansiedade, angústia, cobrança excessiva e pessimismo,

aumentam a produção dessa substância podendo levar à doença.

7 SUBSTÂNCIA NEGRA

O sistema nervoso é formado por células (neurônios) que estão conectados entre si

através de sinapses (espaços intercelulares) entre seus prolongamentos (dentritos e axônios).

7.1 Neurônio

A disposição dos neurônios assemelha-se a uma rede, onde uma região pode

comunicar-se com outra através de neurotransmissores, que são substâncias ou moléculas

produzidas no corpo celular e transportadas através do axônio até a sinapse.

7.2 Sinapse

O neurotransmissor pode excitar (ativar) ou inibir o neurônio subseqüente.

A substância negra mesencefálica é chamada assim porque os neurônios localizados

no mesencéfalo que a constituem contêm o pigmento escuro melanina, o qual é produzido

juntamente com a dopamina.

Dessa forma, em um corte do cérebro, esta região se apresentará como uma mancha

escura.

A substância negra está conectada através de sinapses, com outro grupo de neurônios

que constituem os gânglios da base. A dopamina produzida na substância negra funciona

como neurotransmissor inibitório no corpo estriado.

Quando um movimento é iniciado pelo córtex cerebral (fina camada de substância

cinzenta que recobre o cérebro e é dividido em áreas denominadas lobos cerebrais, cada uma

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com funções diferenciadas e especializadas), os impulsos são transmitidos para o corpo

estriado e dali podem seguir dois caminhos.

7.3 Córtex Cerebral

Quando o movimento é desejado, os neurônios do corpo estriado aumentam a

atividade de neurônios talâmicos e do córtex cerebral, facilitando a execução dos

movimentos. No entanto, se o movimento for indesejado, ocorre ativação dos neurônios da

substância negra, que inibem as células talâmicas e corticais, inibindo os movimentos.

Na Doença de Parkinson, há uma diminuição das concentrações de dopamina, por isso

o corpo estriado tornar-se excessivamente ativo, dificultando o controle dos movimentos pela

pessoa acometida.

 8 TRATAMENTO

É importante lembrar e compreender que atualmente não existe cura para a doença.

Porém, ela pode e deve ser tratada, não apenas combatendo os sintomas, como também

retardando o seu progresso. A grande barreira para se curar a doença está na própria genética

humana. No cérebro, ao contrário do restante do organismo, as células não se renovam. Por

isso, nada há a fazer diante da morte das células produtoras da dopamina na substância negra.

A grande arma da medicina para combater o Parkinson são os remédios e cirurgias, além da

fisioterapia e a terapia ocupacional. Todas elas combatem apenas os sintomas. A

fonoaudiologia também é muito importante para os que têm problemas com a fala e a voz.

8.1 Levodopaou L-Dopa

Ainda é o medicamento mais importante para amenizar os sintomas da doença. A

levodopa se transforma em dopamina no cérebro, e supre parcialmente a falta daquele

neurotransmissor. Infelizmente, o uso prolongado de muitos anos pode causar reações

secundárias bastante severas, como os movimentos involuntários anormais. Além da

levodopa, existem diversos outros que complementam o arsenal de medicamentos para

combater os sintomas da doença.

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8.2 Cirurgias

As cirurgias também podem ser bastante benéficas para determinados pacientes. As

cirurgias consistem em lesões no núcleo pálido interno (Palidotomia) ou do tálamo ventro-

lateral (Talamotomia), que estão envolvidos no mecanismo da rigidez e tremor. Porém, a

lentidão de movimentos responde melhor aos medicamentos. Essas lesões podem diminuir a

rigidez e abolir o tremor. Todavia, nenhuma delas representa a cura da doença. O médico dirá

se um paciente pode ou não se beneficiar do tratamento.

8.3 Estimulação Profunda do Cérebro

Atualmente já disponível no Brasil, o marcapasso é muito benéfico, especialmente

para reduzir o tremor. No início foi aplicada apenas em alguns países europeus, e depois foi

também aprovado nos Estados Unidos. Com a sua difusão em todos os países, espera-se que a

sua produção em larga escala possa torná-lo acessível a um grande número de parkinsonianos

em todo o mundo, principalmente em nosso país.

8.4 Fisioterapia

Esta técnica, através da reeducação e a manutenção da atividade física, é um

complemento indispensável ao tratamento da doença de Parkinson, e é tão importante quanto

os remédios. Ela permite que o tratamento tenha melhor eficácia; portanto, é necessária sob

todos os pontos de vista, inclusive para melhorar o estado psicológico do paciente. De fato, os

exercícios físicos conservam a atividade muscular e flexibilidade articular. Inativos, os

músculos têm tendência a se atrofiar, se contrair e sua força diminui. A rigidez resultante

limita a amplitude dos gestos. Aconselhe-se sempre com um fisioterapeuta sobre os principais

exercícios recomendados para o seu caso em particular.

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8.5 Terapia Ocupacional

O terapeuta ocupacional é o profissional que melhor poderá orientar o paciente com o

objetivo de facilitar as atividades da vida diária, bem como indicar condutas que propiciem

independência para a higiene pessoal e sua reinserção em sua atividade profissional.

8.6 Terapia/Aconselhamento Psicológico à Familia e ao Paciente

Depressão e ansiedade podem ser sintomas intrínsecos da doença de Parkinson - bem

como rigidez ou tremor. Se não for tratada, estes sintomas podem diminuir significativamente

a qualidade de vida e saúde geral da pessoa. Em conjunto com os tratamentos farmacológicos,

terapia psicológica e aconselhamento pode ser útil. É muito importante que o paciente seja

motivado a ser ativo e matenha contato com o mundo externo. é comum para o paciente com

a doença, se sentir desmotivado, excluído e envergonhado, devido à sua condição física. É

necessário que a família influencie esse paciente a manter sua rotina, a fisioterapia, consultas

médicas, reuniões e encontros familiares. A família deve estar interada sobre a doença para

poder saber como lidar com o doente. Fazer com que ele se sinta amado e parte da familia, é

um dos estímulos mais significantes para ajudar psicologicamente os pacientes. Os familiares

e/ou cuidadores desse paciente precisam estar fisicamente e mentalmente preparados para dar

suporte à ele. na verdade, mais psicológico do que físico. O local onde esse paciente reside

necessita estar acomodado para que ele possa se locomover com facilidade e também ter

aonde se apoiar em um momento de dificuldade. A vida desse paciente não é so alterada pela

doença, mas também seu dia a dia, sua rotina e sua casa. Os cuidadores desse paciente tem

que estar cientes do quanto ele pode e nao pode fazer para ajudar. se membros da familia tem

dificuldade em dar apoio à esse paciente, é necessario que uma pessoa seja contratada para

pemanecer com o mesmo, pois o paciente se irrita gradativamente, desenvolvendo outros

sintomas da doença, e dependendo do nivel em que ele se encontre, é necessario a ajuda total

de uma outra pessoa. Os familiares/cuidadores muitas vezes deixam de viver suas vidas para

cuidar do paciente em questão, esquecendo que tem sua prórpia vida. Eles precisam de

acompanhamento psicológico para se manterem fortes para dar suporte ao paciente, e nunca

esquecer de manter contato com sua realidade, mesmo que essa doença tenha se tornado uma

parte dela. É de extrema importancia que esse paciente lembre-se que é possivel manter uma

vida normal sem se envergonhar dessa doença e reagir sempre que se sentir deprimido. a não

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aceitacão dessa doença só desencadeará uma depressão e irá piorá-la, pois não haverá

estímulo algum para reagir ao sintomas. Família, médicos e amigos devem mostrar ao

paciente que é possível conviver com a doença. Fazer com que o paciente se sinta útil e ativo

o deixará mais estimulado a reagir à doença. Lembrar que ambos, paciente e cuidador, tem

que ter acompanhamento psicológico, e se manterem envolvidos com a sociedade e no meio

em que vivem, e nunca esquecer de ter uma vida mesmo com essa doença.

8.7 Fonoaudiologia

Os problemas com a fala ocorrem devido à falta de coordenação e redução do

movimento dos músculos que controlam os órgãos responsáveis pela produção dos sons da

fala. A reabilitação da comunicação ou, em simples palavras, uma terapia dirigida à fala e à

voz, pode ajudar o paciente com Parkinson a conservar, apesar da doença, uma fala

compreensível e bem modulada e, dessa maneira, manter um contato mais efetivo com seus

semelhantes. Oriente-se sempre com um profissional em Fonoaudiologia para corrigir seus

problemas com a fala e a voz.

9 AS RESPOSTAS EMOCIONAIS À DOENÇA DE PARKINSON

Quando alguém diagnosticado com Parkinson, provavelmente vai passar por uma série

de emoções. Para a maioria das pessoas, um diagnóstico pode sentir devastador. A primeira

preocupação é se o Parkinson irá interferir com a vida que levam atualmente ou planos para o

futuro. Podem imaginar o futuro e pensar se eles serão capazes de andar, falar, comer ou

cuidar de si, e muito menos cuidar ou sustentar suas famílias. Existem fases de adaptação ao

Parkinson. Cada indivíduo pode ter qualquer ou todas essas fases típicas. As etapas são as

seguintes:

9.1 Negação

Esta resposta pode ser prolongada se os sintomas são leves ou o diagnóstico não é

feito no início do curso da doença. Ironicamente, a negação pode ser um mecanismo de

enfrentamento útil , pois permite ignorar em grande parte os sintomas e continuar com a vida

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como de costume.  A negação quando prolongada, torna-se um problema principalmente se o

indivíduo não aceita a medicação e o tratamento.

9.2 Desânimo

Nesta fase, as pessoas buscam uma causa direta para os problemas de saúde que estão

experimentando. Tornam-se preocupadas em questionar, procuram por algo ou alguém para

culpar pelas circunstâncias indesejáveis que ocorrem em suas vidas.

9.3 Conflitos Familiares

Isso acontece quando os pacientes e familiares tornam-se confusos e frustrados com

as flutuações diárias nos sintomas, e quando surge a necessidade de reavaliar quem é

responsável por quais tarefas na família. Neste caso é importante a busca de uma terapia que

ajude a lidar com estas questões.

9.4 Adaptação

Nesta etapa, os pacientes podem exercer um grau de controle sobre a sua doença,

assumindo um papel ativo na sua saúde.

10 CONCLUSÃO

O Mal de Parkinson, como discorrido durante este trabalho, é portanto, uma

doença neurológica degenerativa que causa a morte de células nervosas afetando os

movimentos. Causa tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio além

de alterações na fala e na escrita. 

A doença acontece devido a degeneração das células situadas numa região do cérebro

chamada substância negra, que por sua vez, produzem a substância dopamina, que conduz as

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correntes nervosas (neurotransmissores) ao corpo. A falta ou diminuição da dopamina é o que

afeta os movimentos.

O Mal de Parkinson é uma doença progressiva e como toda doença

progressiva, também causa estresse, tanto no portador, como nos parentes mais próximos. A

sensação é de que a família inteira adoece. Os portadores e a família falam e pensam na

doença em todos os momentos, por isso há necessidade de um acompanhamento psicológico.

A doença de Parkinson, também acompanha um quadro de depressão, por falta

de dopamina no organismo. E, para agravar o quadro, há problemas de auto-estima,

isolamento social e desgaste físico e emocional. O apoio psicológico é fundamental na

superação dos problemas emocionais e na aceitação da doença.

O tratamento multifatorial visa a melhora da qualidade de vida dos pacientes e

controla os sintomas, para que esses possam ter uma vida mais equilibrada, já que a

expectativa de vida deles não é menor que da população normal.

Tendo em vista o envelhecimento da população global, espera-se um aumento

progressivo no número de casos para as próximas décadas. E para isso novos métodos

diagnósticos vem sendo estudados, como: ressonância e exames de medicina nuclear, que

poderão mostrar alterações estruturais do cérebro em estágios precoces da doença;

desenvolvimento de novos medicamentos, mais eficazes que os atualmente disponíveis.

Há um estudo europeu a ser iniciado, sobre o implante de células tronco com o

objetivo de retardar o avanço da degeneração celular. Médicos e cientistas se mostram

entusiasmados com os avanços e acreditam num futuro ainda mais promissor.

 

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REFERÊNCIAS

- Parkinson, por dentro do mistério, revista Superinteressante, edição 180 , setembro de 2012

- <http://www.parkinson.org> Acesso em 05 de novembro de 2013

- < https://www.michaeljfox.org> Acesso em 05 de novembro de 2013

- <http://www.parkinson.org.br/firefox/oquee.htm l > Acesso em 05 de novembro de 2013

- <www.doencadeparkinson.com.br> Acesso em

- <www.cerebronosso.bio.br/neurnios> Acesso em

- <www.medtronicbrasil.com.br> Acesso em

- <en.wikipedia.org/wiki/James_Parkinson> Acesso em

 

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