TRANSIÇÃO AUTOMÁTICA OPCIONAL A dor causada pela perda dos entes amados atinge a todos nós com a...
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A dor causada pela perda dos entes amados atinge a todos nós com a mesma intensidade. É a lei da vida a que estamos sujeitos. Quando nascemos, nossa única certeza absoluta no
transcorrer da vida será a de que um dia morremos. Não há como fugir a esta realidade!
A morte não faz parte de nossas preocupações imediatas. Vamos levando a vida sem pensarmos que um dia
morreremos; aí, quando menos esperamos, ela nos bate à porta arrebatando-nos um ser amado e então, sentimo-nos
impotentes diante dela, e o pensamento de que “nunca mais o verei”, aumenta mais nossa dor.
Algumas pessoas sentem com maior intensidade a perda do ente amado, demorando a se recuperar da dor pela partida daquele ente querido, principalmente se a morte ocorreu
repentinamente, de uma forma brusca, como acontece em desastres ou através da violência. Existem também pais que
perdem seus filhos em tenra idade, quando começavam a sonhar para eles um futuro promissor.
Com a perda vem a tristeza e a revolta: “Por que meu filho morreu tão cedo? Era preferível a morte ter me levado no
lugar dele, pois já vivi muito enquanto ele não teve tempo de viver”, e por aí seguem tantas outras exclamações contra a
partida daquele ser tão querido. Então, vem a procura, a busca de um consolo que possa realmente acalmar e levar um
pouco de tranqüilidade ao espírito, e vem a indagação que tanta angústia traz ao coração:
“Onde meu filho estará agora? Só queria saber se ele está
bem, como se sente!”. Começa, então, a procura por notícias, o afã de saber o paradeiro daquele que se foi para nunca
mais, segundo a visão acanhada que se tem da “vida” e da “morte”.
A possibilidade da comunicação com o ser querido leva muitas pessoas a desejarem, a todo custo, uma mensagem,
uma palavra que possa proporcionar-lhes a aceitação do ocorrido ou que lhes minore a enorme saudade que sentem.
É muito gratificante, através do intercâmbio
espiritual, sabê-los felizes, certificando-se,
através de relatos deles próprios com
detalhes de sua nova existência, que eles
continuam ligados aos familiares pelos laços
indestrutíveis das afeições sinceras.
Procure visualizar seu ente querido emum lugar tão ou mais bonito quanto este
No entanto, é necessário precaver-se contra a urgência desenfreada de se obter, a qualquer custo, principalmente em
pouco tempo de desencarnação dos entes queridos, a comunicação tão desejada com o intuito
de acalmar o coração saudoso.
Sabemos que a comunicação em pouco tempo de desencarne não é totalmente impossível, mas não é recomendável, visto o
espírito encontrar-se num estado de adaptação à sua nova vida, e de sentir-se ainda fortemente ligado às vibrações
materiais. A precaução deve ser necessária, pois, no afã de obtê-las a qualquer custo, corre-se o risco de procurar-se
meios indevidos para tais comunicações, que, não os colocando em sintonia com os seres amados,
mais tempo os afastarão deles.
O cuidado é necessário, pois no ensejo de obter-se a comunicação, a pessoa incauta pode ser vítima de
mistificações de falsos médiuns, devendo, por isso mesmo, certificar-se da idoneidade das pessoas para
que tal comunicação se dê a contento.
A mediunidade não deve ser encarada
como um dom nosso, e sim um dom a nós, dado por Deus, uma
ferramenta de trabalho em benefício não só do
próximo como do próprio médium, pois
se bem utilizada é uma ponte para evolução de nosso ser.
Mas a paciência para se obter a comunicação deve ser levada em conta, pois existem
barreiras dos dois lados que podem adiar por um bom tempo o tão sonhado intercâmbio.
A desencarnação requer um período de adaptação ao mundo espiritual, a que o espírito se submete com a ajuda de amigos
espirituais abnegados. E se ele estiver ainda no estágio de adaptação, tais comunicações poderão mostrar-se
inadequadas para o momento que ele atravessa, portanto, requerendo um período bem maior para que
possa realizar-se com mais eficácia.
Em casos extremos, pode acontecer do desencarnado, ao ver o estado de sofrimento dos familiares com a sua partida, pedir aos espíritos
responsáveis por sua adaptação ao mundo espiritual para ir acalmar-lhes os corações.
O tempo também é diferente entre as duas
dimensões, ou seja, segundo os espíritos eles não sentem o tempo como nós, podendo um período de dois anos tornar-se um
tempo longo para os familiares ao desejarem a comunicação, enquanto
para os espíritos, levando-se em conta,
principalmente, e evolução espiritual dos mesmos,
ser um tempo bastante curto.
A comunicação mediúnica para atender irmãos desencarnados, sofredores ou não, requer um preparo todo
especial para o seu desempenho, tanto na dimensão material quanto na espiritual. Desde cedo, os irmãos responsáveis para que tais comunicações se processem, já começam o
preparo, com antecedência, dos médiuns que irão atender aos espíritos, baseando-se principalmente na sintonia espiritual
existente entre encarnados e desencarnados, ligando cada espírito ao médium que melhor
possa se adequar à comunicação.
Por isso não é fácil, para quem é médium, dar notícias desse ou daquele desencarnado para as pessoas que
os procurem para obter a comunicação.
Muitas vezes, os espíritos dos entes queridos vêm nos visitar e nós não damos por isso, ou mesmo durante o sono, nosso espírito vai se encontrar com o dele, vai visitá-lo, e não guardamos
lembrança de nada, a não ser uma saudade, uma
lembrança dele que não sabemos nem por que nos vem tão repentinamente.
O que sabemos, através dos ensinamentos espirituais, é que todos nós ao fecharmos nossos olhos para a vida material e
nos transferirmos para a vida espiritual, ficaremos num sono, numa espécie de torpor, recebendo todo o amparo e ajuda de
equipes espirituais para nos desfazermos das vibrações materiais com maior rapidez.
Então, esse período para o espírito é de fundamental importância; requer daqueles que ficaram, o amparo da prece
e de vibrações de amor e de que seus sofrimentos não ultrapassem aquele da saudade, sem extrapolar para
a revolta com os desígnios de Deus.
O importante é atentarmos para o fato de que o desencarnado requer um tempo para se reconhecer. Muitas vezes eles não
se sentem mortos, sentem-se como se estivessem num sonho; ficam sem entender o estado em que estão, sentem-se
diferentes, não se enxergam sem o corpo físico e ficam desorientados.
Esse estado de perturbação acontece principalmente com quem desencarna de forma abrupta ou violenta, como costuma ser em casos de
desastre. Mas, esses irmãos não ficam sozinhos nunca. É preciso que saibamos disso: os espíritos responsáveis por eles estão junto
esperando que as vibrações materiais mais grosseiras se
desfaçam, cuidando com todo o carinho para que eles possam
se adaptar ao novo estado.
PENSEMOS NISSO ...