TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE...

60
GESTÃO TECNOLÓGICA GERAÇÃO Propriedade intelectual Proteção do conhecimento é coisa de gênio 6 TRANSMISSÃO Apure olhos e ouvidos Medição acústica em campo pode ampliar vida útil de transformadores de corrente até 550 kV 26 Linhas aéreas de transmissão Quanto mais capacidade, melhor 28 Campos elétricos e magnéticos Segurança na vizinhança das linhas de transmissão 30 De olho nas linhas aéreas de transmissão Altura dos cabos é monitorada por fibra óptica 33 DISTRIBUIÇÃO Eficiência energética Usar sempre, com inteligência 36 Óleo vegetal Vida longa para os transformadores 41 Localização de faltas Redes mais eficientes e consumidores mais satisfeitos 43 Testes seguros Condições do transformador podem ser verificadas sem desconexão da rede 45 Configuração de redes Sistemas de distribuição otimizados 47 Curva de carga Energia na medida certa para cada cliente 49 Eficiência global Nova ferramenta contribui para otimização na geração 20 Entre a rocha e o concreto Projeto inédito protege estruturas da Usina de Irapé 23 NOVAS FONTES A era do hidrogênio Pesquisas contribuem para colocar o Brasil no ranking 10 MEIO AMBIENTE Matas ciliares O pulmão das nascentes 14 Biomassa Para colher, basta plantar 17

Transcript of TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE...

Page 1: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

GESTÃOTECNOLÓGICA

GERAÇÃO

Propriedade intelectualProteção do conhecimento é coisa de gênio 6

TRANSMISSÃO

Apure olhos e ouvidosMedição acústica em campo pode ampliar vida útil de

transformadores de corrente até 550 kV 26

Linhas aéreas de transmissãoQuanto mais capacidade, melhor 28

Campos elétricos e magnéticosSegurança na vizinhança das linhas de transmissão 30

De olho nas linhas aéreas de transmissãoAltura dos cabos é monitorada por fibra óptica 33

DISTRIBUIÇÃO

Eficiência energéticaUsar sempre, com inteligência 36

Óleo vegetalVida longa para os transformadores 41

Localização de faltasRedes mais eficientes e consumidores mais satisfeitos 43

Testes segurosCondições do transformador podem ser verificadas semdesconexão da rede 45

Configuração de redesSistemas de distribuição otimizados 47

Curva de cargaEnergia na medida certa para cada cliente 49

Eficiência globalNova ferramenta contribui para otimização na geração 20

Entre a rocha e o concretoProjeto inédito protege estruturas da Usina de Irapé 23

NOVAS FONTES

A era do hidrogênioPesquisas contribuem para colocar o Brasil no ranking 10

MEIOAMBIENTE

Matas ciliaresO pulmão das nascentes 14

BiomassaPara colher, basta plantar 17

Page 2: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

2

D iretoriaPresidente:

Djalma Bastos de Morais

Vice-presidente:

Djalma Bastos de Morais

Diretor de Planejamento, Projetos e Construções:

José Carlos de Mattos

Diretor de Distribuição e Comercialização:

José Maria de Macedo

Diretor de Finanças, Participações e de Relações com Investidores:

Luiz Fernando Rolla

Diretor de Gestão Empresarial:

Marco Antônio Rodrigues da Cunha

Diretor de Geração e Transmissão:

Fernando Henrique Schüffner Neto

Pesquisa & Desenvolvimento Tecnológico

Informativo de Gestão Estratégica de Tecnologia da Cemig

Superintendência de Tecnologia e Alternativas Energéticas

José Henrique Diniz

Editada pela Superintendência de Comunicação Empresarial

Av. Barbacena, 1200 - 19° andar - Belo Horizonte - MG

[email protected]

www.cemig.com.br

Editor Responsável

Luiz Henrique Michalick

Reg. N° 2211 - SJPMG

Coordenação de Edição

Maria Zuleila Carmona Campos

Textos e Edição

Júnia Carvalho

Revisão

Tucha

Projeto Gráfico e Editoração

É editora!

Fotografia

Eugênio Paccelli

Impressão

Gráfica

Tiragem: 15 mil exemplares

Page 3: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

Tecnologia para a sustentabilidade

Tecnologia de ponta. Responsabilidade

ambiental. Confiança e satisfação do consumidor.

Redução de custos. Excelência no atendimento.

Respeito da comunidade. Credibilidade perante

investidores e acionistas. Se juntarmos tudo em duas

palavras, chegamos ao grande desafio que se

apresenta para a Cemig e para todas as empresas no

século XXI: desenvolvimento sustentável.

A mesma razão que levou o homem a buscar

progresso - mesmo que este tenha representado,

como representou em muitos momentos, o sacrifício

do meio ambiente e da qualidade de vida das pessoas

- faz com que ele, hoje, pare para refletir: de que

tecido faremos o mundo de amanhã?

A aldeia global vive um momento de impasse.

Ou utilizamos o conhecimento conquistado em tantos

séculos de desenvolvimento e pesquisa para devolver

ao homem a integridade de seu destino e do de seus

filhos, ou estamos fadados a fracassar no principal

objetivo que nos moveu até hoje: buscar o bem.

Qualquer invenção, inovação ou recurso deve

atender às necessidades humanas. A tecnologia,

portanto, embora se faça com base em tantos dados,

estudos, variáveis, projetos e simulações, precisa

atingir essa simplicidade, muitas vezes desconcertante:

fazer mais gente feliz.

Quando a Cemig investe em pesquisa e

desenvolvimento, está pensando em todas as pessoas

envolvidas no processo de gerar, transmitir e distribuir

energia, estejam elas no Conselho de Administração

da Empresa ou na mais distante localidade do Estado.

Para isso, ela vem formando uma aliança

significativa com os institutos e centros de pesquisa

universitários, reunindo talentos e recursos financeiros

para chegar aonde o século XXI merece que

cheguemos. Desenvolvimento sustentável é pensar

em cadeia, sem se esquecer de que cada público

envolvido no processo de crescer merece crescer.

Djalma Bastos de Morais

Diretor Presidente

3

Page 4: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia
Page 5: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

5

GESTÃOTECNOLÓGICA

GESTÃOTECNOLÓGICA

Page 6: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

PROPRIEDADE INTELECTUALProteção do conhecimento é coisa de gênio

6

Santos Dumont foi antece-dido por quase três mil anos detentativas. Mas foi pelas mãosdele que o avião ganhou asas. E,embora tenha obtidoreconhecimento, foram osirmãos Wright que conseguirama patente da "máquina de voar",ganhando dinheiro com oinvento. Thomas Edison testou alâmpada elétrica mil e duzentasvezes para que ela funcionasse.Quando a Xerox Corporationdesenvolveu a interface gráficapara sistemas operacionais, nãosabia que estava criando aprecursora dos sistemas Windowse Macintosh e apontando o caminho para ainternet. Perdeu a corrida e a patente para a Applee a Microsoft.

Proteger a propriedade intelectual é proteger acapacidade do homem de se superar. Como bemintangível e valioso, o conhecimento que sematerializa em inovação e ciência impulsiona odesenvolvimento e estabelece diferenciais entresociedades e nações. Em última instância, propiciao exercício pleno da liberdade e da cidadania.

Criatividade com e sem limites

O fim da reserva de mercado trouxe novosdesafios para as empresas brasileiras, querapidamente precisaram se readequar àcompetitividade internacional. A proteção e ogerenciamento da propriedade intelectual deixarama esfera da especialização e se destacaram como

temas da gestão estratégicade negócios.

Com a Cemig não foidiferente. A concessionáriaampliou e diversificou suaatuação, investindo empesquisa e desenvolvimentopara garantir o pioneirismoentre as empresas do setorelétrico. E, como nãopoderia deixar de ser, issodespertou em seu corpotécnico o desejo que moveo homem desde tempos

imemoriais: criar.

Pode ser uma invenção, uma inovação, umdesenho industrial, uma metodologia, umapublicação científica, um software. Pode ou nãofazer parte do Programa de P&D supervisionadopela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).Pode ser de uma simplicidade surpreendente ou deuma complexidade intrigante. A criatividade, emespecial quando estimulada, não tem limites. Masprecisa de limites. Daí a necessidade de cuidar dapropriedade intelectual.

De acordo com a lei

No caso dos projetos de P&D, voltados para amelhoria dos processos da Cemig, o ineditismomerece reconhecimento, mas também proteção.Para isso, a Lei nº 9.279, de 14/5/1996, modificadapela Lei nº 10.196, de 14/2/2001, autoriza egarante o registro de marcas, patentes, desenhosindustriais e indicações geográficas (veja box). "A

Luiz Carlos Leal Cherchiglia: à frente do Escritóriode Marcas e Patentes da Cemig

Page 7: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

7

patente é uma troca que o governo faz com ospesquisadores", afirma Luiz Carlos Leal Cherchiglia,engenheiro de Tecnologia e Normalização daCemig. "Com ela, o autor pode abrir oconhecimento para todo mundo, sem perder odireito de explorar sua invenção ou inovação pordeterminado tempo".

A propriedade intelectual, caracterizada portodas as formas de criação humana, englobapatentes industriais e direitos autorais. No primeirocaso, encontram-se os projetos e produtos a serusados na indústria. As patentes podem ser deinvenção - quando o produto ou processo é inédito-, ou de modelo de utilidade - para aperfeiçoa-mentos em produtos ou processos já conhecidos.No segundo caso, as obras de direito autoral sãoprotegidas pela Lei nº 9.609, de 19/2/1998, e têmvalidade internacional garantida pela Convenção deBerna. Elas incluem softwares, páginas da internet,livros, textos, metodologias, publicações científicas,dentre outros, e seus direitos recaem sobre a forma,se inédita, e não sobre a idéia.

Escritório de Patentes

"O primeiro passo do pesquisador, ao criar umnovo produto ou processo, é verificar nos sistemas depatentes, nacional e internacional, se o que estásendo desenvolvido já existe", explica Luiz Carlos. "OBrasil faz parte do Acordo Internacional de Patentes eisso facilita saber se a invenção ou inovação estáregistrada também em algum outro país".

Para o engenheiro, o segundo passo é iniciar oprocesso de registro no Instituto Nacional dePropriedade Industrial (INPI). "Sabemos que umacarta-patente pode demorar anos", diz ele. "Por isso,criamos o nosso Escritório de Patentes, que pede eacompanha os registros, além de pagar as taxasanuais e fazer as renovações em tempo hábil".

Os registros de propriedade industrial dosprodutos resultantes dos projetos de P&D são feitosem nome da Cemig, mas os direitos autoraispertencem aos pesquisadores. No caso de parceriascom universidades e outras empresas, um convênioprévio estabelece a partilha da propriedadeintelectual. "Mas uma das funções do Escritório dePatentes é informar que as ferramentas,metodologias, procedimentos e processosdesenvolvidos nas áreas operacionais tambémpodem ser patenteados e, por conseguinte, têmgarantida sua utilização pela Cemig ou sua

Carta Patente expedida pelo INPI

Page 8: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

exploração comercial via licenciamento", lembraLuiz Carlos.

O trabalho já apresenta resultados. A Cemigobteve, e mantém, oito cartas-patentes eacompanha outros 43 pedidos, além de terregistrado 19 programas de computador, 33 obrasliterárias e 63 marcas.

Mas, mesmo antes de ter o produto em mãos,é importante que o pesquisador peça a proteçãopara a inovação desenvolvida ainda durante oprojeto. No meio acadêmico, por exemplo, écomum que a produção científica seja divulgada,especialmente em dissertações de mestrado e tesesde doutorado. "No Brasil existe o chamado 'períodode graça' que pode ser utilizado nesses casos", contaLuiz Carlos. "Ele garante que o registro pode serfeito em até um ano depois da divulgação, mas empesquisa esse é um tempo que pode ser curto". •

8

O que é:

Marca

É um sinal visual, ou seja, um nome, frase,

figura, símbolo ou logotipo usado para distinguir

produtos e serviços dos demais existentes no

mercado. Validade do privilégio no Brasil: 10 anos

renováveis.

Patente

Documento que garante a propriedade e o

direito de uso de uma inovação com aplicação

industrial. No Brasil, pode ser requerida como

invenção, com privilégio de 20 anos, ou como

modelo de utilidade, com 15 anos de privilégio.

Desenho industrial

Forma plástica ornamental de um produto ou

conjunto de linhas e cores que produza aspecto

visual externo novo e original de um produto e que

possa servir de modelo para fabricação industrial.

Validade do privilégio no Brasil: 25 anos.

Indicação geográfica

Informações - associadas a produtos - sobre

locais que são centros conhecidos de produção ou

locais que designam um produto cuja qualidade se

deva exclusiva e essencialmente a esse meio

geográfico, incluídos os fatores naturais e humanos. A

validade do privilégio no Brasil varia conforme

padrões regionais.

Page 9: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

9

NOVAS FONTESENERGÉTICASNOVAS FONTESENERGÉTICAS

Page 10: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

A ERA DO HIDROGÊNIOPesquisas contribuem para colocar o Brasil no ranking

10

A Era do Hidrogênio fomenta o uso de fontesrenováveis de energia. Pode reduzir a dependênciado petróleo, além de colocar o Brasil entre os paísesque desenvolvem tecnologia de ponta para ageração de energia limpa. Uma nova economia quese baseia na utilização do hidrogênio como fonteenergética, ganha cada vez mais espaço no cenáriomundial. Em âmbito nacional, crescem asexpectativas e chances de participação nessemercado, especialmente quando se pensa naprodução de hidrogênio por meio de fontesrenováveis como a água, a biomassa e o Sol, alémdo seu uso em células a combustível.

O advento das células a combustível podeser comparado ao celular na telefonia e aomicrocomputador na informática. Elas geramenergia elétrica ou térmica, não possuem partesmóveis, não emitem ruídos e não poluem,apresentando rendimento elevado e níveis dedesgaste e manutenção considerados baixos atéo momento. E, é claro, utilizam o hidrogêniocomo combustível.

Preparando o terreno

Como uma das principais concessionárias deenergia elétrica do Brasil, a Cemig precisaacompanhar as tendências de geração efornecimento. Desde 1999, em parceria com aUniversidade Estadual de Campinas (Unicamp) e aUniversidade Estadual Paulista (Unesp), a Empresapesquisa a produção de hidrogênio eletrolítico (apartir da eletrólise da água) e sua conversão emeletricidade por meio da célula a combustível.

"Os trabalhos buscavam avaliar a viabilidadeeconômica da produção nacional dessa energia",

explica José Henrique Diniz, superintendente deTecnologia e Alternativas Energéticas da Cemig egerente do projeto. "Concluímos que o Brasil nãopossuía todos os equipamentos necessários aoprocesso, o que poderia encarecer a produção ecriar dependência internacional", diz ele.

O laboratório

"A idéia não era produzir hidrogênio, e, sim,aprender como produzi-lo, manuseá-lo e utilizá-lono setor elétrico", afirma José Henrique Diniz. "Porisso, em 2000, decidimos montar um laboratórioexperimental, com a premissa de utilizar edesenvolver cem por cento de tecnologia nacional".

A área escolhida para abrigar o laboratório,criado em parceria com o Centro Nacional deReferência em Energia do Hidrogênio (Ceneh), foiselecionada próximo à usina de Igarapé, nomunicípio de Juatuba, em razão da disponibilidadede água dessalinizada produzida nessa usina.

Em 2003, o laboratório passou por ampliações,em busca de melhor atender às normas desegurança, do meio ambiente, bem como dearmazenamento e estocagem de hidrogênio. Mas2004 foi o ano da mudança mais significativa:desenvolver um novo projeto para produzirhidrogênio a partir da reforma do etanol, ou seja,retirá-lo do álcool. "Nos dois projetos a tecnologia éde propriedade da Cemig e de seus parceiros",explica o gerente. "No final de 2006, onde haviaum laboratório estavam dois, além do espaço paraarmazenamento, testes e avaliações preliminares dohidrogênio gerado".

Page 11: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

Hidrogênio para quê?

Além das células a combustível e fotovoltaicas, o hidrogênio pode ser usado nos laboratórios, com fins químicos, e para

o resfriamento de mancais em turbinas de usinas térmicas. Por isso, a Cemig quer ampliar os estudos sobre o

combustível. Em 2006, a Empresa enviou três novos projetos à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). São eles:

• utilização do hidrogênio obtido a partir da gaseificação da biomassa em células a combustível de óxido sólido -

avaliação teórico-experimental da geração de energia elétrica, em parceria com a Unifei;

• aplicações de nanotubos de carbono em membranas de troca protônica para células a combustível, em parceria

com a UFMG;

• desenvolvimento de membrana polimérica para a célula a combustível, também em parceria com a UFMG.

Laboratório de Hidrogênio, em Igarapé: pesquisando a energia do futuro

11

Page 12: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

Mais pesquisa

Dados o ineditismo e o pioneirismo daprodução nacional de hidrogênio eletrolítico e dareforma do etanol pela Cemig no laboratório, aUnicamp desenvolveu um programa de capacitaçãoem segurança na produção e manuseio docombustível. Como não é encontrado livre nanatureza, em contato com o ar e acima de algunslimites o hidrogênio é explosivo. O curso, voltadopara empregados e operadores do laboratório,preparou terreno para outro projeto.

Em meados de 2006, pouco menos de umano antes da entrada em operação contínua dolaboratório, o desafio da pesquisa falou mais altooutra vez. Agora, estamos buscando aperfeiçoar asegurança no manuseio do combustível, utilizarnovos materiais, avaliar os equipamentos deprodução e armazenamento, melhorar a pureza dohidrogênio obtido por meio da reforma do etanol eanalisar as possíveis causas de contaminação docombustível.

"O hidrogênio gerado no laboratório -inicialmente com produção mínima, que iráaumentando gradativamente até o limite - seráutilizado em testes com células a combustível debaixas e altas temperaturas; em motores decombustão interna, sejam estacionários ouveiculares; e para purificar a produção do silíciousado nas células fotovoltaicas", conta AndréCarvalho, engenheiro de Tecnologia eNormalização (veja outros usos no box). "Alémdo desenvolvimento de tecnologia nacional e dacapacitação de profissionais na operação emanuseio do hidrogênio, os resultadospermitirão à empresa avaliar negócios com essenovo combustível”. •

A energia do futuro

Como substituto para o petróleo, um dos

grandes responsáveis pelo aquecimento global e que

está com os dias contados, a biomassa e a célula a

combustível apresentarão bons resultados em curto

prazo, pois são legítimas representantes das

chamadas tecnologias limpas. A avaliação é do

engenheiro de Tecnologia e Normalização, André

Carvalho. "Por isso não podíamos ficar fora da Era do

Hidrogênio", diz ele.

Para ser transformado em energia elétrica no

interior da célula a combustível, a molécula do

hidrogênio é separada em próton e elétron. Cada

qual segue um caminho, criando uma corrente que

gera água e calor, quando se combinam com o

oxigênio. Quando retirado do etanol, o processo

utiliza catalisadores, reações químicas e vapor

superaquecido, que permitem a conversão em

hidrogênio.

Além do setor automobilístico, beneficiário

direto do uso do hidrogênio - já é possível falar em

carros movidos a células a combustível ou carros

híbridos -, vários outros irão ganhar, em especial a

geração descentralizada de energia que, aliada à co-

geração, promoverá o aumento da eficiência, da

segurança e da confiabilidade do suprimento da

eletricidade em algumas aplicações.

Os principais desafios são a diminuição do

custo de produção e armazenamento do

combustível, a reforma de hidrocarbonetos e o

transporte do hidrogênio. "Os projetos da Cemig

estão em evolução, o que implica ganho de

conhecimento e tecnologia de processo", afirma José

Henrique Diniz. "Não se pode perder de vista, nem

por um momento, que estamos falando da energia

do futuro".

12

Page 13: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

MEIO AMBIENTEMEIO AMBIENTE

13

Page 14: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

14

Os estudos para desenvolver técnicas deimplantação das matas ciliares não são novos naCemig. Desde 1990, a Concessionária firmou umcontrato com a Universidade Federal de Lavras(UFLA), em busca de conhecer melhor a tecnologiaentão recente no Brasil. No final da década, otrabalho deu origem à criação do Centro deExcelência em Matas Ciliares (Cemac), uma novaparceria entre a Cemig e a UFLA.

Em 2001, uma nova pesquisa sobrevegetação ciliar no entorno de rios, nascentes ereservatórios foi aprovada como projeto depesquisa e desenvolvimento pela AgênciaNacional de Energia Elétrica (Aneel) e integrou ociclo daquele ano. Tratava-se de um trabalhomultidisciplinar, envolvendo professores, técnicose pesquisadores das áreas de engenharia florestal,botânica, hidrologia, estudo de solos efitossociologia, dentre outros.

Os cílios do rio

Tudo começou com o levantamento e aclassificação florística no entorno das nascentes dasub-bacia hidrográfica do Alto Rio Grande, emMinas Gerais, local escolhido para os estudos. Oobjetivo era desenvolver tecnologias deimplantação e manejo da vegetação ciliar emdiferentes ecossistemas, bem como estudar osefeitos da revegetação de nascentes sobre adisponibilidade e melhoria da qualidade daságuas. Para registrar e compartilhar os resultados,o projeto previu, também, a edição de manuaistécnicos sobre o estudo.

"A mata ciliar é um escudo de proteção dosmananciais contra a destruição e a contaminação",afirma Newton José Schmidt Prado, analista deMeio Ambiente e gerente do projeto desde 2003."O nome ciliar vem de cílios", explica ele. "Umprotege os olhos; a outra, as nascentes".

Uma das maiores dificuldades para apreservação das matas ciliares consiste no fato deque, em geral, elas se encontram dentro depropriedades rurais e, muitas vezes, representam amelhor fatia da terra, ou seja, a mais produtiva erentável. "Para enfrentar essa condicionante, serápreciso o estabelecimento de uma política que vejao produtor agrícola também como produtor deágua", diz Newton. "Ou seja, ele passa a receberpara não plantar em áreas produtivas, mas que sãode preservação".

Monitoramento de nascentes

Durante o desenvolvimento do projeto, foramproduzidas duas cartilhas (veja box) para adistribuição pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF)e pela Empresa de Assistência Técnica e ExtensãoRural (Emater), além de outros órgãos agrícolas. Nomunicípio de Lavras, os técnicos do Cemac tambémministraram dois dias de capacitação para técnicos eprodutores rurais, além de várias palestras.

Num estudo detalhado na sub-bacia doRibeirão Santa Cruz, que representa 15% domunicípio de Lavras, foram diagnosticadas mais de200 nascentes, das quais 85% encontram-sedesprotegidas e degradadas. Com os recursos doprojeto, 50 nascentes foram cercadas e iniciou-se o

MATAS CILIARESO pulmão das nascentes

Page 15: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

A cartilha Nascente: o verdadeiro tesouro da

propriedade rural foi uma das duas publicadas pelo

convênio Cemig e UFLA e precisou ser

reeditada. Nela, o produtor

rural encontra informações

preciosas sobre a preservação dos

olhos d´água. Veja aqui os pontos

principais do texto:

O que é uma nascente?

É um ponto de onde a água jorra

através da superfície do solo. Também é

conhecida como olho d´água, fio d'água,

mina d´água, cabeceira e fonte.

Como evitar a contaminação da água das nascentes?

• Não construir currais, chiqueiros, galinheiros e fossas

sépticas nas proximidades acima das nascentes.

• Não desmatar e não jogar lixo no

entorno delas.

• Cercar as nascentes a uma distância

mínima de 50 metros do olho d´água,

evitando a entrada do gado e

contaminação da água com estrume.

• Utilizar adubos e agrotóxicos só

quando necessário e na

quantidade recomendada.

• Não usar adubos e agrotóxicos em áreas de várzea e

próximas às nascentes e rios.

Nasce um olho d'água

Matas ciliares: garantia da qualidade das águas e abrigo para animais silvestres e aquáticos

15

Page 16: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

processo de sua recuperação, acompanhado deestudos científicos e monitoramento.

A tecnologia engloba o plantio e o manejo decerca de 40 espécies nativas para cobrir o solorapidamente, produzindo frutos para atrair fauna,que pode trazer sementes para gerar novas plantas.A expectativa é de que, depois de algum tempo, jáexistam pelo menos cerca de 80 espécies no local."Os resultados mais palpáveis, porém, são esperadospara daqui a dez anos", afirma o gerente. "Oacompanhamento precisa ser feito em longo prazo,pois a revegetação de nascentes nada mais é queum empurrão para que a natureza tome contadela", conclui. •

A cartilha Como conservar e recuperar matas ciliares não

deixa dúvida quanto ao seu objetivo. Ela também foi

distribuída entre técnicos e produtores rurais e possui

informações muito importantes, como

as que se seguem:

O que são as matas ciliares?

São matas que ocorrem ao longo dos

cursos d´água e no entorno de lagos e

de nascentes. Elas também são

conhecidas como matas ripárias,

ribeirinhas ou de galeria.

O que trazem como benefícios?

• Retêm grande quantidade de sedimentos, defensivos

agrícolas e nutrientes que vêm das áreas mais altas

através de enxurradas, o que contribui para a

manutenção da qualidade e da quantidade

da água das nascentes e dos rios.

• Proporcionam estabilidade das margens dos

rios, evitando o assoreamento por meio das

raízes das árvores e da serrapilheira

depositada sobre o solo.

• Fornecem abrigo, água e alimento para

os animais silvestres.

• Proporcionam sombra nos cursos

d´água, abrigo, alimento e condição

para a reprodução e a sobrevivência

dos animais aquáticos, como

anfíbios, crustáceos e peixes.

• Servem como corredores para a fauna circular entre

as áreas de matas, evitando o isolamento de grupos

de animais.

Árvores no entorno

Replantio de espécies nativas

16

Page 17: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

Minas Gerais ocupa 588 mil km² do territóriobrasileiro, mas somente 3,4% dessa área é utilizadapara plantios florestais. Estima-se que, caso essepercentual fosse ampliado para 8,5%, a energiaelétrica obtida a partir da biomassa seriaequivalente à potência atual instalada da Cemig,desde que os custos fossem competitivos emrelação às outras opções.

As florestas plantadas representam uma fonterenovável de energia e fazem, hoje, umcontraponto às formas tradicionais, como a fóssil e amineral, ambas em via de exaustão. São muitos ospaíses que vêm investindo na utilização da biomassapara geração de energia, principalmente quando seleva em conta a redução dos impactos ambientais ea preservação das espécies no planeta.

Portanto, avaliar e desenvolver culturasespecíficas para esse fim, reduzindo custos deprodução, tornou-se um desafio da modernidade.No caso do Brasil, onde existe grande potencialpara geração de energia com a utilização da lenhade florestas cultivadas, os ventos sopram a favor. Emrazão de sua extensão continental e da presença detecnologias avançadas de produção florestal, o Paíspode vir a ser um grande celeiro de biomassa.

Adensamento e produtividade

A idéia de plantar uma floresta de eucaliptospara alimentar a turbina de uma usina térmicaparecia loucura. Tradicionalmente, a árvore é usadapara a produção de papel, celulose e carvãovegetal. Em Minas Gerais, o rendimento de umplantio de eucalipto varia de 15 a 45 estéreos(medida específica que corresponde a 1m3 de torasde madeira empilhadas) por hectare/ano, sendo queo resultado decresce no segundo e no terceirocorte, após os quais é necessário replantar toda afloresta.

"A inovação do projeto era criar uma florestade rápida evolução ou short rotation crops, comespaçamento menor do que o convencional entreas fileiras e as árvores", explica Márcio RodriguesCorrêa, analista de Meio Ambiente da Cemig egerente do projeto. Ele deu continuidade aotrabalho a partir de 2002, quando seu idealizador,Marcello Guimarães Mello, deixou a Empresa."Dessa forma, o novo processo de plantiocomportaria até seis mil plantas por hectare, aocontrário dos dois mil obtidos com o métodoconvencional", diz ele.

BIOMASSAPara colher, basta plantar

Eucalipto: investimento em uma fonte renovável de energia

17

Page 18: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

O que soava como heresia entre os agrônomosvirou realidade. Com o apoio da Sociedade deInvestigações Florestais da Universidade Federal deViçosa, os técnicos da Cemig plantaram uma áreade cinco hectares de eucalipto no município deItamarandiba (MG), em parceria com a Acesita."Para avaliar o comportamento da floresta,utilizamos adensamentos diferentes, ou seja,medidas distintas entre fileiras e plantas", explica Márcio."Colhemos amostras de seis em seis meses e fizemosanálises laboratoriais, a fim de verificar características dedensidade e poder calórico do material lenhoso", conta."O objetivo era identificar a configuração da floresta maisprodutiva para a geração de energia elétrica".

Pesquisa inédita

Concluído em 2005, o trabalho deu origem à tesede doutorado do engenheiro florestal Marcelo Müller,atualmente pesquisador da Embrapa, na área de SistemasAgroenergéticos, Produção de Biomassa e Energia. Masdemonstrou que precisava continuar. Os dadosapontaram que a curva de produtividade não seestabilizou, permitindo um adensamento ainda maiorpara a obtenção de melhores resultados. Por isso, asuperintendência de Tecnologia e Alternativas Energéticasda Cemig continua realizando a coleta de amostras.

Outro retorno importante foi quanto à rotação dafloresta (tempo decorrido entre plantio e corte). Com anão-estabilização da curva, também pode-se aumentar ocorte para cada três anos em vez dos dois que forampropostos pelo projeto.

"A grande vantagem do trabalho é que ele atendeao princípio da geração distribuída", lembra o gerente."Como 95% da matriz energética brasileira é hidráulica,isso faz com que a construção de uma usina dependa daexistência de rios próximos", diz Márcio. "Por meio dageração distribuída, podemos fazer usinas, até mesmomenores, em qualquer parte do País, atendendo à

demanda local e minimizando investimentos com linhasde transmissão", explica o analista. "Antes, para fazer umausina térmica de biomassa, não havia dados de floresta, eagora, pela primeira vez, estamos monitorando oaproveitamento dela com base em pesquisas". •

EucaliptoDe vilão a solução

Ao contrário do que já se pensou, as florestasplantadas têm contribuído com a preservação domeio ambiente, desde que seu manejo seja feito embases sustentáveis.

O Eucalyptus é nativo da Austrália, ondepredominam solos pobres e recursos hídricosescassos. Para se estabelecer como espécie, teve deaprender a "comer" e "beber" pouco. Trabalhostécnicos do departamento de Solos da UniversidadeFederal de Viçosa demonstram matematicamente obaixo consumo de nutrientes necessário aoseucaliptos em comparação com outras culturas.Mesmo assim, ele foi acusado de ressecar o solo.

Também foi dito que o eucalipto prejudicaoutras formas de vida. Mas o serviço de vigilânciacontra fogo e caça mantido pelas empresas florestaistem se mostrado um recurso excelente para aproteção de animais silvestres e da vegetaçãonatural, ambos necessários à manutenção doequilíbrio ecológico e da biodiversidade.

Outros críticos afirmaram que a monoculturagera desemprego. Somente em Minas Gerais, o setorflorestal mantém cerca de 120 mil empregos diretose outros 500 mil indiretos.

Segundo a Associação Mineira de Silvicultura,dada a falta de financiamento adequado no Estado,esse segmento já enfrenta escassez de madeira, oque tende a se tornar dramático em breve. Aindaque em quantidades menores do que o necessário,as plantações florestais no território mineirodestinam-se ao seu parque industrial. Apenas para amanutenção desse parque é necessário aumentar a áreaplantada atualmente em pelo menos 50%.

18

Page 19: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

GERAÇÃOGERAÇÃO

Page 20: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

Desenvolver um sistema capaz de medir e

acompanhar a eficiência global de unidades

térmicas - esse é o objetivo do projeto intitulado

Pesquisa e desenvolvimento de monitoramento

contínuo da eficiência de usinas térmicas, desen-

volvido pela Cemig em parceria com a UFMG.

O ineditismo da proposta reside no fato da

inexistência de um sistema que permita a

operação de unidades térmicas em uma faixa

máxima de potência, ou seja, utilizando a maior

capacidade do combustível na geração de energia

elétrica. A nova ferramenta indica o ponto ótimo

dessa queima, reduz o consumo de combustível

e, conseqüentemente, otimiza a produção de

energia elétrica.

O sistema

O projeto foi inicialmente desenvolvido para aUsina Térmica de Igarapé, uma das unidades dogênero que a Cemig possui. "Senti necessidade demedição on line, tanto para identificar e monitorar oponto ótimo da eficiência da planta, como parafacilitar as ações de operadores e mantenedores, quelidam simultaneamente com grande número devariáveis de processo", afirma Webber EustáquioPereira de Aguiar, engenheiro da gerência de

EFICIÊNCIA GLOBALNova ferramenta contribui para otimização na geração

Usina do Barreiro: piloto do sistema de monitoramento contínuo de eficiência térmica

20

Page 21: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

Engenharia de Operação e Manutenção da Geraçãoe gerente do projeto. Com base em sua experiênciana manutenção da unidade, ele verificou que, aoenfrentar um problema de controle, ficava difícilidentificar o que era causa e o que eraconseqüência. A decisão pela implantação desseprojeto na Usina Térmica do Barreiro foi motivadapelo sistema de supervisão e controle comtecnologia digital lá instalado.

No modo de operação de uma usina térmica, o

operador fica diante de um sistema com várias malhas

de controle, supervisionando variáveis

interdependentes e realizando pequenos ajustes nas

malhas, quando necessário. Com a nova ferramenta,

as principais informações operativas estarão

disponíveis em um único monitor, que indica, em

tempo real, a eficiência das variáveis físicas do

processo. A aquisição dos dados de entrada e saída

dos itens de controle é realizada no espaço teórico

chamado volume de controle, que engloba os vários

equipamentos da planta. Em seguida, os dados são

tratados e utilizados no cálculo da eficiência dos

equipamentos que compõem a usina, realizado

segundo os índices preconizados pela família de

normas técnicas ASME-PTC (American Society of

Mechanical Engineers - Performance Test Code). O

próximo passo é calcular a eficiência global da usina,

com base na eficiência individual de cada

equipamento que a compõe.

Coleta de informações operativas: primeiro passo de alimentação do sistema

21

Page 22: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

Enquanto tudo acontece, o operador podevisualizar os resultados de eficiência nos váriossistemas que compõem a usina por meio de ummonitor. Caso ocorra redução nessa grandezaglobal, sua origem é imediatamente identificada,permitindo a rápida ação do operador e oacionamento direcionado das áreas de manutenção.

Relevância

A maior parte das térmicas brasileiras estálocalizada no Norte - onde não existem muitashidrelétricas, por causa da topografia plana - e noSul - região de grande disponibilidade de carvãomineral. "A capacidade de geração dessas unidadesé variada, mas este projeto que estamosdesenvolvendo é adaptável a qualquer uma delas",explica Webber. "Como a geração é regulamentadapela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel),em razão do alto custo do combustível e do fato deque a eficiência de cada planta é divulgada pelaconcessionária que a detém, o projeto foiconsiderado relevante pela Agência, podendo serutilizado como forma de padronizar a medição deeficiência entre as concessionárias".

A simulação dos dados da UTE Barreiro foifeita nos laboratórios da UFMG, utilizando-se a basede dados de 40 dias de geração. "Essas amostrasforam usadas para calcular os limitespredeterminados nas normas técnicas ASME", diz ogerente. "Na próxima fase, vamos validar econsolidar as medições com os testes de campo". •

22

Energia térmica: necessidade de padrões de medição eficientes

Page 23: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

Trata-se da maior usina da Cemig construídaaté hoje no Norte de Minas - com capacidadeinstalada de 360 MW - e do mais importanteempreendimento feito no Vale do Jequitinhonha. AUsina de Irapé, uma barragem de 208 metros dealtura, considerada a maior do País, além dedistante dos grandes centros, está localizada em umcânion. Por isso precisou superar grandes desafiosde logística e engenharia.

Um desses desafios foi a identificação, duranteos primeiros estudos de viabilidade, da presença desulfeto de ferro (FeS2) no maciço onde a usina seriaconstruída. O FeS2 é um composto inorgânico que,em contato com o ar e a água, é oxidado, gerandoíons sulfatos e ácido sulfúrico, elementosincompatíveis com os compostos usados nahidratação dos cimentos. A incompatibilidade da

rocha com o concreto não deixava dúvidas: erapreciso encontrar formas de proteger o contatoentre as estruturas da obra e a superfície da rochaescavada.

Materiais

A conclusão do estudo não era simples.Segundo os engenheiros, todos os locais ondehaveria contato entre o concreto e a rocha teriamde ser protegidos contra a transferência de íonssulfato. Outro problema a ser resolvido era adefinição do tipo de cimento para as caldas deinjeção utilizadas na cortina de consolidação domaciço.

O projeto Investigação do comportamento doconcreto e de calda de cimento em contato com

23

ENTRE A ROCHA E O CONCRETOProjeto inédito protege estruturas da Usina de Irapé

Vertedouro da Usina de Irapé: desafio de logística e engenharia

Page 24: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

rochas sulfetadas, parceria entre a Cemig, aUnicamp e a Engeconsol, partiu dessa demanda."No projeto básico, ou seja, inicialmente, foiespecificada uma manta chamada de PEAD, masque durante o projeto executivo não se mostrouadequada, pois a superfície irregular da rochadificultava sua aplicação", conta Tibiriçá Gomesde Mendonça, engenheiro e gerente daEngenharia Civil de Geração. "Partimos, então,para a pesquisa de outros produtos: uma resina,rígida, à base de epox, e outra, flexível, à base depoliuretano", explica.

Os testes, realizados nas janelas de acesso dausina - túneis escavados no maciço para permitir aretirada do material escavado nas várias frentes deserviços necessárias para viabilizar a construção daobra dentro do cronograma estabelecido -,geraram amostras que comprovaram a eficiênciados dois produtos. A resina epoxídica podia serutilizada com sucesso na casa de força, na tomadad´água e no vertedouro. A resina flexível atendiaà exigência dos condutos forçados (túneisrevestidos de concreto que levam água para acasa de força) que, quando pressurizados, ou seja,cheios, sofrem uma expansão, motivo da escolhade uma película flexível.

Ineditismo

"Depois da aplicação das resinas e do concreto,extraímos amostras em diversos pontos durante todaa construção da obra", conta Maria Cecília NovaesFirmo Ferreira, engenheira de Projetos Civis daGeração e gerente do projeto. "Após a conclusão dausina e do início do enchimento do reservatório,coletamos novas amostras do concreto em contatocom a rocha", diz a engenheira. "O próximo passoprevisto é qualificar esse material de acordo com ametodologia de análise química, em comparaçãocom a análise de microscopia eletrônica".

Além do ineditismo da obra de grandesproporções, em que todos os locais de contato

entre a rocha e o concreto são tratados, o projetoapresenta mais uma inovação. A metodologia usadaé para avaliação da interface "sanduíche" formadapela rocha, pelo tratamento e pelo concreto pormeio de análise química. A análise químicapermitirá quantificar o teor de trióxido de enxofreno concreto em diferentes profundidades, porexemplo, em três camadas: uma próxima à rocha,outra no meio e outra na superfície externa doconcreto. "A metodologia já é usada para avaliar oteor de SO3 nos solos e rejeitos. "Nós estamos agoraaplicando ao concreto", explica Maria Cecília.

As amostras recolhidas das estruturas e oscorpos-de-prova acondicionados dentro doreservatório de Irapé servirão para futuros projetosde P&D.

Os resultados desse projeto de P&D rendemfrutos. Além da proteção da obra, geraram duasdissertações de mestrado feitas por dois empregadosda Gerência de Engenharia Civil da Geração noconvênio entre a Cemig e a Universidade Federalde Ouro Preto (UFOP). •

24

O projeto incluiu a coleta de amostras em diversos pontos durante aconstrução da obra

Page 25: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

25

TRANSMISSÃOTRANSMISSÃO

Page 26: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

Identificar atividades de descargas parciais emtransformadores de corrente (TC) no campo éconsiderada uma poderosa e promissora técnicapara avaliar o estado em que se encontra oisolamento elétrico deles. E é exatamente o nível deconfiabilidade e a condição de operação dessesequipamentos em subestações do sistema elétrico,que constitui um dos grandes desafios para todas ascompanhias do setor. O que se busca sãoprocedimentos e metodologias de diagnósticos

preditivos confiáveis, ou seja, capazes de monitoraros equipamentos em operação e evitardesligamentos para ensaios que atualmentenão são conclusivos.

As descargas parciais resultam da intensificaçãolocal do campo elétrico, podendo causar adeterioração do equipamento em uso. Elas sãoregenerativas ou não e acontecem em decorrênciade processos de fabricação ou dimensionamentosinadequados, falhas em materiais utilizados, bolhasnas camadas isolantes, campos elétricos maldistribuídos, armazenagem incorreta, entre outros.

A detecção dessas descargas - seja de formavisual, química, elétrica ou acústica - permite aavaliação da qualidade do isolamento dosequipamentos, pois elas antecedem as falhas dostransformadores de corrente.

Ineditismo

A procura por metodologias eficientesincentivou o aparecimento de diversas técnicas quepodem avaliar o estado da isolação sólida e líquidadesses equipamentos quanto à existência dedescargas parciais, bem como degradações dosisolantes (papel e óleo) sob condições de carga, desobretensões elevadas durante manobras e dedescargas atmosféricas. Essas ocorrências sãocapazes de prejudicar seu perfeito funcionamento,caso existam descargas internas.

Mas uma metodologia capaz de identificar asdescargas parciais por meio de sinais acústicos nocampo era inédita, ainda mais em ambientesruidosos, como em instalações de 500 kV.

Atualmente, um dos maiores problemas nasmedições de campo é a interferência

26

APURE OLHOS E OUVIDOS

Identificação de descargas parciais em transformadores de correnteno campo

Medição acústica em campo pode ampliar vida útil detransformadores de corrente até 550 kV

Page 27: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

eletromagnética, que gera ruídos na mesma faixa defreqüência dos sinais das descargas parciais,normalmente superando-os e dificultando suacorreta avaliação.

De olho nos gráficos

Resultado de um projeto de Pesquisa eDesenvolvimento da Cemig, em parceria com oCentro de Pesquisa de Energia Elétrica (Cepel), aMedição de descargas parciais em transformadoresde instrumentos até 500 kV no campo, por meio deemissão acústica, está concluída e se revelapromissora para a manutenção preditiva dosequipamentos da Cemig.

Mas em que consiste essa nova técnica? Asdescargas parciais no interior do transformador decorrente geram vibrações mecânicas, emitidas pormeio do isolamento e das partes metálicas doequipamento. Essas vibrações são captadas por umsensor acústico ou transdutor, que as transformaem sinais elétricos e as envia para um transmissorde fibra óptica. De lá os sinais partem para umreceptor de fibra ótica e seguem para o analisadoracústico, que vai gerar resultados demonstradosem gráficos.

Sucesso

"Os testes no laboratório de extra-alta tensãodo Cepel, em Adrianópolis, consumiram mais detrinta dias e envolveram vários transformadores decorrente nas tensões de 230 a 500 kV", contaJeferson Inácio Lopes, engenheiro de Operaçãoe Manutenção da Cemig e gerente do projeto. "Emseguida, fizemos medições em diversostransformadores de corrente nas subestações deEmborcação e Neves 1".

Os resultados apontaram claramente: os sensores acústicos são imunes ao campoeletromagnético, o que garante maior confiabilidade

às identificações das descargas parciais no interiordos equipamentos, mesmo diante do alto nível deruídos existentes nas subestações. "Mesmo assim,faremos outros ensaios em laboratório e em campo,pois temos de considerar que existem diferentesprojetos de fabricação de transformadores decorrente, além de novos arranjos nas subestações",afirma o gerente.

Em 2007, serão adquiridos equipamentos einstrumentos para possibilitar a implantação da novametodologia. Os ensaios e resultados se tornarãoalvo de estudos e aprimoramentos pelas gerênciasde Engenharia da Transmissão que estãocoordenando o projeto e as gerências de Operaçãoe Manutenção da Transmissão.

"A nova metodologia desenvolvida no P&Devitará desligamentos dos transformadores decorrente para ensaios e, conseqüentemente, oscircuitos onde se encontram transformadores depotência e linhas de transmissão permanecerãoem operação durante os ensaios, minimizando aperda de receita variável na transmissão, quepoderá ser implantada a qualquer momentopela Aneel, possibilitando a adoção detécnicas preditivas confiáveis, maior objetivodo projeto", conclui Jeferson. •

27

Detecção de descargas: garantia da qualidade do isolamento

Page 28: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

Os motivos são vários. Problemas ambientais,saturação do espaço aéreo para atender às grandescidades, crescimento da demanda de energia,custos elevados para a adoção de linhas subterrâ-neas. A verdade é que, cada vez mais, a construçãode linhas aéreas de transmissão ficará difícil, o queindica a queda de investimentos nessa área.

Então como permitir que a energia elétricacontinue chegando ao consumidor, atendendo-oem quantidade e qualidade necessárias? Dessaquestão se constituiu o projeto de Pesquisa e

Desenvolvimento da Cemig , intituladoRepotencialização de linhas aéreas de transmissãoutilizando cabos condutores especiais associados àaltíssima temperatura de operação.

Realizado em parceria com a UFMG e aSumitomo Corporation do Brasil, fabricante demateriais e equipamentos elétricos, o projetobuscou uma solução para utilizar as linhas detransmissão (LT) na sua maior capacidade, com maisconfiabilidade, durabilidade e utilizando tecnologiade ponta.

LINHAS AÉREAS DETRANSMISSÃOQuanto mais capacidade, melhor

Cabo condutor: preparado para altíssimas temperaturas de operação

28

Page 29: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

Troca benéfica

A maior dificuldade encontrada reside no fatode que o cabo possui um limite de condução deenergia que, se ultrapassado,faz com que atemperatura se eleve, causando um desgasteexcessivo à linha de transmissão. "A alternativapossível seria trocarmos os cabos condutores poroutros com maior capacidade, projetados eproduzidos especialmente para este fim", explicaGiovani Eduardo Braga, engenheiro de ProjetosMecânicos de Transmissão e gerente do projeto.

Em 2003, com o objetivo traçado, osengenheiros e pesquisadores partiram para apesquisa e desenvolvimento da técnica maisadequada, já que os materiais existiam nomercado, precisando apenas de adequação paraservir às novas necessidades. "Tínhamos um grupoque vinha trabalhando com isso há algum tempo,o que adiantou a etapa dos estudosbibliográficos", conta Giovani.

A linha de transmissão definida para asmedições foi a LT Barreiro - Bonsucesso, de 138 kV,que fica em Belo Horizonte. Nela estão sendoinstalados medidores para verif icar ocomportamento do cabo condutor. "A medição pelatração do cabo, ou seja, quanto ele é esticado, foi aque se mostrou mais indicada no caso da Cemig",diz Giovani.

Ganhos

Os testes e simulações foram realizados noLaboratório de Engenharia Elétrica de Alta Tensãoda UFMG (LEAT), seguidos das especificações para amontagem do cabo na linha de transmissão. "É ondeestamos agora", afirma o gerente. "Com a estruturafuncionando, vamos monitorar o processo e tirarnovas conclusões".

Os medidores serão ligados a um sistema decomunicação, o qual, por sua vez, está conectadoaos computadores da central de monitoramento daCemig. Os resultados das medições podem sercomparados ao s i s tema operac iona l daConcessionária, mostrando a real capacidade daslinhas quando utilizarem os novos cabos aéreos.

Tanto cuidado se explica. Os condutores foramdesenvolvidos fora do Brasil, onde as característicasdo sistema elétrico são diferentes. Além disso, ocusto do material é mais elevado do que seimaginava. "Mas ganhamos em conhecimento,tecnologia, imagem da Concessionária perante oconsumidor e respeito ao meio ambiente", afirmaGiovani. "Até agora valeu a pena". •

Linhas aéreas de transmissão: quantidade e qualidade necessáriasao consumidor

29

Page 30: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

O debate ganha cada vez mais espaço nasociedade, sendo reconhecido por algunsorganismos internacionais como tema de destaque.As emissões eletromagnéticas geradas pelos sistemasde energia, entre outras fontes, têm sido alvo derecomendações de valores máximos para exposiçãoa campos elétricos e magnéticos (CEM).

Dessa forma, a determinação desses valoresnas vizinhanças de linhas aéreas de transmissãotorna-se uma atividade importante. São aschamadas faixas de servidão, que ficam no entornodas linhas, constituindo uma área para preservar asegurança de terceiros e assegurar o bomdesempenho da linha de transmissão (LT), que deveser fiscalizada pela concessionária, para garantir oatendimento às normas de segurança.

Essa foi a origem do projeto Desenvolvimentode metodologia para medição da intensidade docampo elétrico e magnético na faixa de servidão evizinhanças das linhas aéreas de transmissão deenergia, uma parceria entre a Cemig e a UFMG. Aidéia nasceu durante um seminário do setor,realizado em Brasília, em abril de 2002, e tinhacomo foco avaliar se os campos gerados pelas linhasde transmissão da Cemig estão de acordo com oslimites de segurança recomendados por normas ediretrizes nacionais e internacionais (ver box).

Protocolo

Nas LT, as principais fontes de campo elétrico emagnético são, respectivamente, as tensões ecorrentes elétricas decorrentes dos movimentos decarga e presentes nos condutores. A caracterizaçãodesses campos pode ser feita por meio de mediçõese cálculos.

Para propor uma metodologia adequada, oprojeto previu, inicialmente, medições detalhadaspara uma LT de 500 kV. O vão escolhido pertence àlinha Neves 1 - Vespasiano 2, de propriedade daCemig. "O trecho escolhido apresenta uma boavariação de topografia e possui obstáculos comocercas, árvores, linha de distribuição, vegetação emata fechada", conta Gernan Edson Guimarães,engenheiro de Projetos Elétricos da Transmissão egerente desse projeto. "Isso é importante porquepermite a análise detalhada dos procedimentos demedição e influência das variáveis na determinaçãodos campos elétricos e magnéticos".

Com base nos resultados das primeirasmedições, o projeto avançou. O próximo passo foiavaliar uma LT de 138 kV, para representar opadrão de tensão mais utilizado no sistema desubtransmissão da Cemig. Desta vez o vãoescolhido estava situado na linha Pedro Leopoldo 3- Vespasiano. "Baseados nos resultados, propusemosum protocolo para medição dos campos elétricos emagnéticos das linhas de transmissão", afirmaGernan. "Para isso, levamos em conta a região demaior ocorrência dos valores máximos, a influênciados obstáculos na medição e a variação dasintensidades dos campos ao longo do dia", diz ele."Assim, o protocolo proposto recomenda alocalização, o horário, os cuidados no processo demedição e com os equipamentos".

Medições e Simulações

O equipamento utilizado foi um sistemaanalisador de campo, composto por uma unidadebásica para configuração e armazenamento dosdados, e sensores de campo elétrico e magnético.Com os resultados obtidos por ele, foi criado um

CAMPOS ELÉTRICOS EMAGNÉTICOS

30

Page 31: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

banco de dados das intensidades dos CEM das linhasde transmissão típicas da Cemig.

Para a caracterização dos CEM em alguns casos,como as LT em fase de projeto ou para a avaliação decondições de operação diferenciadas, torna-senecessário a realização de simulações. Em razão dessademanda, os pesquisadores desenvolveram umaferramenta computacional capaz de calcular oscampos elétricos e magnéticos.

"Nosso trabalho considerou o sistema em duasdimensões, adotando como variáveis para o cálculo asdistâncias entre os cabos e o solo, as distâncias entreas fases, o diâmetro dos condutores, a tensão para ocálculo do campo elétrico e a corrente para o campomagnético", explica o gerente.

Resultados

O protocolo proposto apresentou bonsresultados, simplificou o trabalho de medição ereduziu seu tempo de execução, sem perda deinformações. Os dados gerados se tornaram umimportante banco de dados, capaz de auxiliar aavaliação dos níveis de campos elétricos emagnéticos de LT de diferentes padrões de tensãoe características. Outro ganho com o projeto foi odesenvolvimento de uma metodologia de mediçãoque considera as dificuldades encontradas noprocesso e que foi objeto de uma dissertação demestrado defendida por Gernan pela UFMG, emmaio de 2005.

Campos gerados pelas linhas de transmissão: de acordo com os limites de segurança recomendados

31

Page 32: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

"Os procedimentos de cálculo podem oferecerbons resultados se as variáveis de entrada forembem definidas, conforme indicou a comparaçãoentre os resultados das medições e cálculosrealizados no projeto”, explica Gernan.”Dessaforma, a ferramenta computacional desenvolvidapode ser uma alternativa para determinar oscampos elétricos e magnéticos máximos que podemocorrer nas LT, se as tensões e correntes máximasforem utilizadas. Essas condições dificilmente seriamdetectadas nas medições”. •

32

A maioria das normas brasileiras sobre limites para

emissões elétricas e magnéticas tem como base as

diretrizes estabelecidas pela Comissão Internacional para

a Proteção contra Radiação Não Ionizante (ICNIRP). Essa

organização não-governamental, formalmente

reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS),

avalia resultados científicos de todas as partes do mundo

e compõe diretrizes que recomendam limites de

exposição, periodicamente revistos.

Essas diretrizes cobrem as freqüências de radiações não

ionizantes na faixa de 0 até 300GHz. Os limites de

exposição são baseados nos efeitos relacionados à

exposição intensa de curta duração, em lugar da

exposição de longa duração, já que as informações

científicas a respeito dos efeitos de longo prazo e de

baixa intensidade são consideradas insuficientes para

estabelecer limites quantitativos.

Com base nos efeitos da exposição intensa de curta

duração, as diretrizes internacionais usam o nível de

exposição aproximado ou limiar, que potencialmente

levaria a efeitos biológicos adversos. Esse limiar é ainda

mais reduzido quando se pensa na exposição humana

aos campos elétricos e magnéticos. Os limites variam

com a freqüência e são diferentes para campos de baixas

freqüências, como linhas de transmissão, e de altas

freqüências, como telefones móveis.

Sistema analisador de campo: banco de dados sem perda deinformação

Limites dos CEMQuem está por trás das decisões?

Page 33: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

A utilização de sensores a fibra óptica avança apassos largos no setor industrial. Produzidos emlarga escala, os componentes adquirem cada vezmais qualidade e menor custo. Com isso, apossibilidade de substituir os sensores tradicionaisvem se tornando muito acessível.

As vantagens são muitas. Os sensores a fibraóptica são dielétricos naturais, ou seja, não sofreminterferências de campos eletromagnéticos, como aalta tensão dos cabos, por exemplo. Assim, sãoideais para instalações de alta tensão elétrica. Elestambém podem ser construídos com baixo peso eestrutura mais compacta, além de possuírem acapacidade de enviar e receber sinais ópticos agrandes distâncias por meio das redes ópticas, sem

a necessidade de convertê-los em sinais elétricosem cada ponto de monitoramento.

A somatória de tais benefícios levou a Cemig,em parceria com o Centro de Pesquisas eDesenvolvimento em Telecomunicações (CPqD),de Campinas, a propor um Sistema demonitoração em tempo real de sensores a fibraóptica para supervisionar os dados de tensãomecânica do cabo de uma linha aérea detransmissão de energia elétrica.

Medições

O projeto, que teve início em 2004, tinhacomo objetivo aumentar a capacidade de

33

DE OLHO NAS LINHASAÉREAS DE TRANSMISSÃO

Altura dos cabos é monitorada por fibra óptica

Sistema de monitoração em tempo real: cabos de fibra óptica para levar dados até a subestação de Pouso Alegre I

Page 34: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

transmissão de energia, tanto das linhas existentescomo das futuras. A monitoração do cabo emtempo real, como foi proposta, permite a utilizaçãoplena da capacidade dele nos limites de segurançae ainda preserva sua vida útil para prevenir a

ocorrência de falhas, reduzindo custos operacionaisde manutenção e de infra-estrutura e ampliando aqualidade do serviço prestado.

Mas, para isso, seria preciso criar um sistemanacional de monitoramento de linhas com custoinferior aos importados. "Desenvolvemos, então, trêssensores ópticos - um para medir a força mecânicado cabo, outro para a temperatura do ar e oterceiro para avaliar a vibração do cabo"-, explicaCarlos Alexandre Meireles do Nascimento,engenheiro de Tecnologia e Normalização da Cemige gerente do projeto. "Todos foram colocados emoperação no sul de Minas, em Pouso Alegre", diz.

Pioneirismo

Diferentemente dos sistemas importadostradicionais - que usam transmissão por sinaiselétricos -, o novo sistema utiliza o cabo de fibraóptica para levar os dados monitorados até asubestação de Pouso Alegre I, local escolhido pelaCemig para instalar o protótipo construído duranteo projeto. Dali, os registros são transferidos parauma rede dedicada, onde podem ser analisados dequalquer ponto da rede corporativa da Empresa.

A parceria entre a Cemig e o CPqD envolveu atroca permanente de informações técnicas. De umlado, os engenheiros da Concessionária subsidiavamos pesquisadores em relação à tecnologia demonitoramento de linhas, os quais desenvolveram osensor e o sistema de análise e aquisição de dados."Se tudo continuar conforme planejado originalmenteno projeto, esse será o primeiro sistema comercialbrasileiro de monitoramento em tempo de real delinhas", afirma Carlos Alexandre. •

34

Sensores a fibra óptica: ideais para instalações de alta tensão

Page 35: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

35

DISTRIBUIÇÃODISTRIBUIÇÃO

Page 36: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

Tudo começou com a idealização de doiscentros de pesquisa e desenvolvimento emeficiência energética, um deles instalado na PUCMinas - para estudos sobre energia solar comoinstrumento de eficientização energética - e outrono Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet)- direcionado para os equipamentos usados nabusca do uso racional de energia. Ambos tambémapoiaram a capacitação de pessoas paracompreender e praticar formas de energiaseficientes e renováveis, além de representaremespaços voltados para a transferência de tecnologia.

A idéia virou realidade quando a UFMG seintegrou ao projeto por intermédio do Laboratório deArquitetura Bioclimática. A partir da construção dosCentros de Energia Inteligente, a Cemig percebeu queeles não podiam funcionar sem pesquisa. Estavatalhado o berço do projeto Abordagem integrada daeficiência energética e energias renováveis, concebidoem 2001. A partir daí, ele se dividiu em cincosubprojetos: Habitação Eficiente; Monitoramento dosCentros; Processos e Equipamentos, AutomaçãoPredial e Vidros Óticos Eletrônicos (veja box).

EFICIÊNCIA ENERGÉTICAUsar sempre, com inteligência

Habitação eficiente: arquitetura em favor do uso racional de energia

36

Page 37: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

Espaços do conhecimento

"Nosso grande objetivo era desenvolverprocessos, metodologias e equipamentos quefacilitassem a criação de infra-estrutura para autilização de energias renováveis, bem como aintegração da eficiência energética e energiasrenováveis", afirma Antônia Sônia Alves CardosoDiniz, engenheira de Planejamento da Expansão daDistribuição e gerente do projeto.” Para isso,contamos com apoio da PUC MInas, da UFMG, doCefet e da Fundação Centro Tecnológico de MinasGerais (Cetec), que disponibilizaram pesquisadorese estrutura laboratorial", conta ela. "O projeto foidesenvolvido pela UFMG, Cetec e nos dois centros,um deles instalado no campus da PUC Minas, emBelo Horizonte, e outro no Cefet".

A opção pela implantação do projeto por essesgrupos se deve à grande abrangência das áreas deconhecimento envolvidas e das vocações dasinstituições de ensino comprometidas com apesquisa. "Esses locais recebem estudantes degraduação, pós-graduação e reciclagem profissional,representando, assim, o sítio ideal para odesenvolvimento do projeto", afirma Antônia Sônia."Temos trabalhado o conceito de eficiênciaenergética desde o planejamento sistêmico dasedificações até a certificação de procedimentostécnicos e produtos, integrando as atividades depesquisa, extensão e mão-de-obra especializada",diz a engenheira.

O projeto, concluído em dezembro de 2006,traz ganhos consideráveis para o setor elétrico.Otimiza ativos do sistema, evita a degradação domeio ambiente, reduz as mudanças climáticasassociadas ao efeito estufa, promove odesenvolvimento sustentável e desperta para ocombate ao desperdício de energia elétrica. •

Habitação eficiente

Trata-se do desenvolvimento de uma

proposta arquitetônica e de assentamento para

viabilizar o uso racional de energia nas

habitações de interesse social no estado de Minas

Gerais, integrando formas de apropriação passiva

da energia, por meio da garantia de adequadas

condições de conforto térmico e luminoso

natural das edificações, bem como formas ativas

de energia, mediante a incorporação de

dispositivos de conversão da energia solar para

aquecimento de água e do uso de sistemas de

iluminação artificial concebidos como

suplementares à iluminação natural. Foi

desenvolvido em parceria com o Grupo de

Estudos em Energia da PUC Minas e o Labcon da

UFMG, gerando uma proposta para o

zoneamento bioclimático do estado de Minas

Gerais. O zoneamento consiste, basicamente, na

classificação de cada região do território

considerado segundo um índice de conforto

térmico, usando dados climáticos locais, de

modo a gerar recomendações para melhor

adaptação das edificações ao clima, diminuindo

sua dependência de energia para a climatização

artificial dos ambientes. Também nesse

subprojeto desenvolveu-se um levantamento de

dados de materiais de construção e, para cada

zona bioclimática encontrada, uma estimativa da

disponibilidade de luz da abóbada celeste

regional para dar base ao projeto de iluminação

natural. Esses resultados permitiram à Cemig

participar da Tarefa 28 da Agência Internacional

de Energia.

37

Page 38: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

O déficit habitacional brasileiro é hoje estimado

em 7,7 milhões de moradias. A maior carência está

localizada nos centros urbanos. Nessa demanda se

encontram habitações em condições precárias de infra-

estrutura, como energia, água, esgoto, coleta de lixo,

dentre outros. A falta de iluminação natural e de

ventilação dessas edificações impacta especialmente a

necessidade de energia elétrica. Uma solução para

minimizar o problema é o desenvolvimento de projetos

e sistemas construtivos adequados ao clima local,

utilizando recursos naturais de insolação, iluminação e

ventilação, o que não requer aumento significativo de

custos.

A Casa Inteligente ou Casa Eficiente, como ficou

conhecida na Cemig, é resultado do projeto Abordagem

Integrada da Eficiência Energética e Energias Renováveis.

O protótipo construído pela Cemig teve como base um

estudo desenvolvido por alunas da Escola de Arquitetura

da UFMG, que foi classificado entre os 12 melhores

projetos na I Bienal de Arquitetura Bioclimática José

Miguel Aroztegui.

A Casa Eficiente mostra formas de utilizar energias

passivas - insolação, ventilação, iluminação, dentre

outras -, limpas ou renováveis, para reduzir o uso de

energias ativas, que implicam altos custos e impactos

ambientais. Para isso, ela utiliza janelas e portas

38

Energia solar fotovoltaica: células convertem a energia do Sol em eletricidade

Era uma casa muito engraçada... e inteligente

Page 39: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

estrategicamente dispostas, evitando o uso de

condicionadores de ar e de lâmpadas acesas durante o dia.

Construída para o clima de Belo Horizonte, a Casa

Inteligente leva em conta seis aspectos fundamentais para o

conforto ambiental e a eficiência energética:

Orientação solar e aos ventos

Tudo começa pela correta orientação ao Sol e aos

ventos. Os sistemas de energia solar integrados à

moradia em geral usam a cobertura para a instalação.

Ali, elas devem estar voltadas para o norte geográfico,

permitindo a máxima exposição dos coletores ao Sol.

Mas um telhado voltado para o norte recebe grande

incidência de radiação solar, podendo acarretar

aquecimento interno indesejável. No protótipo, a

cobertura foi dividida em duas águas. A que recebe os

coletores está voltada para o norte. A outra área, bem

maior, está dirigida para o Sul, recebendo menos

insolação.

Ventilação interna cruzada

Responsável pelas condições higiênicas do ar no

interior e pela retirada de calor da moradia, a ventilação

deve ser cruzada. Isso faz com que a localização das

aberturas, suas dimensões e o tipo de esquadrias sejam

muito importantes. As esquadrias utilizadas no protótipo

são basculantes verticais e funcionam captando os ventos

externos e redirecionando-os para dentro.

Iluminação natural integrada à artificial

Com a troca de fiação elétrica e o uso de lâmpadaseficientes, o protótipo mostrou uma redução de até 25%no consumo de energia elétrica. A iluminação naturaldireta das tarefas domésticas contribui para melhorar o

39

Green Solar, na PUC Minas: estudos para eficiência energética

Page 40: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

conforto, permitindo a economia adicional de até 20%de energia.

Desempenho térmico dos materiais deconstrução

O protótipo utilizou a proteção das aberturas

contra a insolação direta, boa ventilação, paredes com

alguma inércia térmica (aquecimento no inverno) e

coberturas bem isoladas (uso de telhado e forro).

Sistemas e instalações eficientes de energiasolar para aquecimento de água

Nos projetos de habitação social monitorados,

atingiu-se economia nas contas mensais de energia

elétrica de até 50% e nível de satisfação dos

moradores de 93%. Isso mostra o grande potencial e

o impacto positivo para o setor elétrico de políticas

de incentivo ao uso do aquecedor solar em

substituição ao chuveiro elétrico.

Energia solar fotovoltaica

O gerador fotovoltaico da Casa Eficiente é

composto por células solares, que convertem a

energia do Sol em eletricidade. Ele pode ser usado

em aplicações isoladas, híbridas e interligadas à rede

elétrica, que nesse caso acumula um crédito

energético para o morador toda vez que ele deixa de

usar energia. São usinas descentralizadas que não

ocupam área externa, pois estão integradas ao

entorno construído, reduzindo perdas no sistema

elétrico e ampliando a oferta energética.

40

Janela inteligente: parceria entre a Cemig e o Cetec

Page 41: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

O projeto de revitalização de transformadoresde potência utilizando materiais isolantes sólidos dealto desempenho em associação com óleo vegetalisolante é inédito no mundo. A idéia inicial eradesenvolver uma metodologia para revitalizar ostransformadores de potência da Cemig, muitosdeles com mais de 20 anos de existência. Mas oretorno econômico de apenas revitalizar nãocompensava o investimento e o propósito migroupara a revitalização com o aumento da potência doequipamento de 15 para 25 MVA.

Em parceria com a ABB, detentora datecnologia de projeto e construção de equipa-mentos para o setor elétrico, e a Du Pont, grandefabricante de materiais isolantes, a Cemigdesenvolveu o primeiro transformador de 138 kV

do mundo, isolado e refrigerado com óleo vegetalno tanque principal, no comutador de derivaçãosob carga e nas buchas de 138 kV.

Aplicação

Durante o desenvolvimento do projeto,utilizou-se um material isolante sólido de altodesempenho, substituindo o tradicional isolamentocom papel Kraft nos elementos da parte ativa dotransformador. Com isso, o que passou a limitar oaumento de temperatura do transformador e,conseqüentemente, sua capacidade de sobrecarga,foi o fluido refrigerante utilizado, que era o óleomineral. "O ponto de combustão do óleo mineral é1650C, enquanto o do vegetal e 3600C", explicaÁlvaro Jorge Araújo Lopes Martins, engenheiro da

41

ÓLEO VEGETALVida longa para os transformadores

Transformadores de potência com isolantes sólidos e óleo vegetal: inédito no mundo

Page 42: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

Manutenção Eletroeletrônica da Distribuição egerente do projeto. "Como o óleo é o responsávelpelo isolamento e pelo resfriamento interno dotransformador, quando chegamos a esse pontoconseguimos ampliar a potência do equipamento".

O resultado foi um transformador repotenciadoda Cemig, de 25 MVA, preparado para sersobrecarregado em até 43 MVA durante quatrohoras consecutivas por dia, sem perda de vida útil,correspondendo a uma reserva de potência de 70%.

"Um transformador com essas característicasdiversifica seu campo de aplicação", afirma Álvaro."Ele pode ser utilizado em subestações comrestrições ou exigências ecológicas; com sobrecargano horário de ponta; subestações que estejam emáreas muito povoadas ou com restrição de espaço;e em outras que apresentem condições elevadas detemperatura ambiente".

Subestação verde

O desenvolvimento do transformador a óleovegetal reforça a política de desenvolvimentosustentável e a responsabilidade social da Cemig. "O óleo mineral é um derivado do petróleo e,conseqüentemente, corre os riscos de escassez", dizo engenheiro. "Além disso, o fluido vegetal é 100%biodegradável, sendo 97% em 21 dias e não possuiprodutos que possam afetar o meio ambiente".

Proveniente de um produto agrícola natural erenovável, o óleo possui excelentes característicasdielétricas e alta estabilidade térmica, reduzindoriscos de combustão e conseqüente explosão dotransformador. Isso permite o aumento dacapacidade de sobrecarga do equipamento emhorários de ponta, extensão da sua vida útil de 50para até 400 anos e eliminação de riscosambientais, como a contaminação do solo e doslençóis freáticos.

Iniciado em 2002, o projeto também contoucom a parceria da UFMG na primeira fase, queconsistiu de estudos preliminares, avaliação deliteratura, metodologias e definição dos parâmetrospara monitoramento e análises. A desmontagem, amontagem do transformador e os testes foram feitosna fábrica da ABB, em São Paulo.

O projeto foi concluído em julho de 2006 e,em agosto deste mesmo ano, foi energizada aprimeira unidade da Cemig, na subestação CidadeIndustrial, em Contagem. Em dezembro, mais doistransformadores estavam sendo reformados parafuncionar com óleo vegetal e um outro vinha sendopreparado para ser usado numa subestação móvel,ou seja, numa carreta. O monitoramento doequipamento é feito on line. "No futuro próximo, épossível que se desenvolva uma "subestação verde",com a maior parte dos equipamentos contendoóleo vegetal como fluido isolante e refrigerante",afirma Álvaro. •

Transformador verde: reforço à política de sustentabilidade da Cemig

42

Page 43: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

O sistema elétrico brasileiro não é mais omesmo. Além de modificações estruturais e doaparecimento de novas empresas, as metas dequalidade no atendimento aos consumidores estãobem mais rigorosas. Hoje elas incluemrentabilidade, excelência do serviço prestado eredução global de custos.

A ocorrência de faltas de energia (interrupçõesno fornecimento) nesse contexto é, no mínimo,indesejável. Por isso, é do maior interesse para asconcessionárias disporem de um sistema específicoque permita identificar, rapidamente e com

precisão, qual a parte do sistema elétrico queapresenta defeito. Dessa forma, a empresa podegarantir o pronto restabelecimento da energia ereduzir os custos das manutenções.

O projeto de pesquisa da Cemig intituladoSistema de localização de faltas para redes dedistribuição é uma parceria com o Núcleo deDesenvolvimento Científico e Tecnológico emDescargas Atmosféricas da UFMG e buscoudesenvolver e implantar um sistema para alocalização automática de faltas em redes dedistribuição urbana ou rural. O software foi

LOCALIZAÇÃO DE FALTASRedes mais eficientes e consumidores mais satisfeitos

Sistema de localização de faltas para redes de distribuição: identificação automática de falhas nas áreas urbana e rurais

43

Page 44: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

instalado em computadores à parte doscomputadores do Centro de Operação daDistribuição da Cemig, gerando, dessa forma,informações não automáticas sobre a localização depossíveis faltas na rede, prevendo, ainda, ainteratividade futura com os sistemascomputacionais de supervisão da Empresa, como osistema SCADA (xOMNI, Gemini e COMCOD).

Leitura precisa

A rápida e efetiva localização de faltasencontra dificuldades porque as redes possuempropriedades ímpares, ou seja, caracterizam-se poruma diversidade muito grande de equipamentos ecabos. O monitoramento on line das grandezaselétricas nos ramais de saída das subestações etambém das condições topológicas da rede podemfacilitar a identificação das falhas. "Como essascondições já estavam presentes em algumassubestações do sistema da Cemig, foi possívelidentificar e aplicar métodos mais adequados àscaracterísticas das redes de distribuição daConcessionária", explica Heitor Martins Veloso,engenheiro de Planejamento da Operação eManutenção da Distribuição e gerente do projeto.

O fato é que, em algumas subestações daEmpresa, os alimentadores de energia possuemuma proteção digital que mede e registra ascorrentes e tensões no momento da ocorrência(falta). "O software desenvolvido pelo projeto écapaz de ler as medições colhidas nas subestaçõese estimar os pontos mais prováveis onde houve afalta, rastreando e localizando com precisão qualo local do problema".

Continuidade

Iniciado em 2002, o projeto incluiu váriasetapas. Depois de uma coleta de modelos dealgumas redes da Cemig, os pesquisadores iniciaramo desenvolvimento dos algoritmos para o sistema de

localização de faltas. Após os primeiros testes emlaboratório, que utilizaram as redes ideaisselecionadas, partiu-se para o uso de mediçõesreais. "Em 2004, disponibilizamos o software para ostestes feitos pelo pessoal da Operação da Cemig",conta Heitor.

Segundo o engenheiro, os resultados finaisdependem muito da qualidade das medições feitasem campo. "A partir disso, o software foi sendoaprimorado e, embora ainda não esteja implantado,já deu origem a outro projeto aprovado pela Aneel",afirma o engenheiro.

Trata-se de uma extensão do sistemadesenvolvido. Cada vez que há uma ocorrência narede, o relé do alimentador grava a falta e elimina aque estava registrada anteriormente. Daí anecessidade de existir um sistema permanente decoleta das medições. "Para permitir isso propusemoso novo projeto, que já está em fase de contratação",diz ele.

Ineditismo

O sistema foi alvo de uma dissertação demestrado pela UFMG, defendida por RodrigoValadão, hoje empregado da Cemig. Também foitema de vários artigos técnicos em semináriosnacionais e internacionais, dos quais representantesda Cemig e da UFMG participaram.

"Havia um projeto similar sendo desenvolvidoem São Paulo, mas não atendia às características darede da Cemig", lembra Heitor. "Então partimos paracriar um sistema próprio que pode ser adaptado àsnecessidades das redes elétricas de qualquerconcessionária do Brasil". •

44

Page 45: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

Nas redes da Cemig são realizadas, por ano,em torno de 100 mil operações de fechamento (oureligamento) de chaves fusíveis para recolocar emfuncionamento os transformadores queapresentaram falhas, seja por defeito interno doequipamento ou por eventos ocorridos na rede.

Na maioria dos casos, o eletricista nãoconsegue identificar visualmente o motivo pelo quala rede operou. Para realizar os testes, ele instala umelo de menor capacidade de corrente na chave e a

religa. Mas enfrenta um grave risco: a possibilidadede um defeito interno no transformador, o quepode gerar a projeção de fragmentos e óleo quente,colocando em risco sua segurança pessoal.

Considerando que o número de transfor-madores substituídos por queima beira 5 milpeças/ano e que, nesses casos, o eletricista manobrapelo menos uma chave por equipamento, o númerode situações em que podem ocorrer acidentescorresponde a 5% do total de operações.

45

TESTES SEGUROS

Transformadores: pesquisa para o desenvolvimento de um equipamento que teste suas condições antes da recolocação em serviço

Condições do transformador podem ser verificadas semdesconexão da rede

Page 46: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

Ganho para todos

Para enfrentar um problema de tão grandesproporções, a Cemig, em parceria com a Escola deEngenharia da UFMG, elaborou um projeto depesquisa para desenvolver um equipamento quetestasse as condições do transformador antes de suarecolocação em serviço, sem desconexão da baixatensão. Isso visa ampliar as condições de segurançados eletricistas e reduzir o tempo derestabelecimento de energia para os consumidores.

"Trata-se de um protótipo de um equipamentoleve e compacto, do tamanho de uma caixa desapatos, que poderá ser utilizado pelo eletricista emcampo", explica Erivaldo Costa Couto, engenheirode Planejamento da Expansão da Distribuição egerente do projeto. "O testador pode ficar nascaminhonetes da Manutenção, sendo alimentado

pela bateria do próprio carro", diz Erivaldo. "Parausá-lo, basta que o eletricista faça a conexão aotransformador no poste e realize os testes, tudo semdesconectar o equipamento da rede secundária".

O fato de evitar a desconexão do trans-formador da rede pode gerar, segundoestatísticas, uma redução média de 50% notempo necessário aos testes do equipamento eno restabelecimento do circuito secundário. A estimativa média de redução é de 30 minutospara cada transformador. "Isso significa que somentepara a rede urbana, que soma 33 consumidores porequipamento, o número de horas de interrupção doserviço seria reduzido em 924 mil por ano",argumenta Erivaldo.

Protótipo

Iniciado em 2004, o projeto é de umasimplicidade absoluta. O testador temfuncionamento eletro-eletrônico e sinaliza se otransformador está em boas condições ou não.Para realizar os testes, a Cemig cedeutransformadores queimados e os pesquisadores doLaboratório de Alta Tensão da Escola deEngenharia Elétrica da UFMG trabalharam comeles durante vários meses. "Paralelamente,iniciamos o desenvolvimento do equipamento comtécnicas de processamento digital de sinais e deinteligência computacional", diz o gerente.

De agora em diante, o projeto, que foi temade uma dissertação de mestrado na UFMG, prevê amontagem do protótipo, para o qual a Empresa e aUFMG já buscam patente. Em seguida, virão ostestes de campo e as adequações necessárias.

Inédito no Brasil e no mundo, o testador seráalvo constante de upgrade, pois apenas a Cemigtem uma demanda inicial de 150 unidades."Quando nos referimos ao País, esse número devegirar entre 1,5 mil e 2 mil peças", avalia Erivaldo. •

46

Próximos passos do projeto: montagem do protótipo, testes de campoa adequações

Page 47: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

A Cemig atende hoje a mais de 17 milhões depessoas, por meio de uma rede de distribuição commais de 320 mil km, uma das quatro maiores domundo. A maioria das 340 subestações dedistribuição possui interligações com, no mínimo,mais duas outras subestações, o que tornaimprescindível o emprego de uma ferramentaeficiente para aperfeiçoar a topologia das redes.

A busca de modelos, métodos e algoritmos, alémde um sistema computacional adequado à soluçãoplena dos problemas de desconexão das redes, deuorigem ao projeto de pesquisa e desenvolvimentogerenciado por Roberto Coelho de Berrêdo,engenheiro de Tecnologia e Normalização da Cemig."A otimização das redes dos sistemas de distribuiçãodeve corresponder plenamente, após a conclusão do

47

CONFIGURAÇÃO DE REDESSistemas de distribuição otimizados

Otimização das redes dos sistemas de distribuição: correspondência plena às exigências do planejamento da expansão e da operação

Page 48: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

projeto, às exigências reais do planejamento daexpansão e da operação em todos os níveis".

Automação

Os resultados da pesquisa possibilitarão aredução dos custos de exploração e expansão dasredes, permitindo a utilização máxima da capacidadedo sistema de distribuição de energia elétrica. Alémdisso, visam manter a confiabilidade e a qualidade dofornecimento ao consumidor em níveis adequados.

Para alcançar resultados confiáveis, ospesquisadores decidiram utilizar a otimizaçãomonocritério e multicritério, ou seja, os índicespodem ser considerados separadamente ou emcombinações diversas, reunindo perdas de potência eenergia; volume de energia não suprida paradiferentes categorias de consumidores; nível dequalidade da energia; índice geral de sobrecarga doselementos das redes; critérios de restauração doserviço; e critérios econômicos de planejamento daexpansão. "Não podemos deixar de considerartambém as restrições operacionais, como acapacidade dos elementos das redes de distribuição edos transformadores das subestações, além dosparâmetros técnicos dos dispositivos de medição,proteção e comutação", lembra Roberto.

Mas como chegar a isso? Uma das maisimportantes direções para acelerar o progressocientífico e técnico do setor energético e aumentarsua eficiência é a automação. Dito de forma maiscompleta, a decisão significa automatizar, em grandeescala, o planejamento e a operação de sistemas esubsistemas de potência, o que possibilita a soluçãode problemas novos e tradicionais, gerados pelascondições atuais de desenvolvimento energético.

Análise e resultados

Para se ter uma idéia da importância derespostas eficazes para esses problemas, basta lembrar

que, no Brasil, as perdas de energia na distribuiçãoexcedem 50% do total das perdas da geração,transmissão e distribuição. E a quantidade de energianão suprida em função de desconexões nos sistemasde distribuição é parte essencial das perdas totais.

No projeto, foram consideradas três linhas deanálise para validar resultados e garantir a eficiênciadas soluções obtidas. A primeira considera quequalquer alteração na configuração das redes dedistribuição provoca a redistribuição da carga entre assubestações, derivando em mudança de perdas nosistema de potência. "Não considerar tais mudançaspode levar à redução da eficiência da reconfiguração",ressalta Roberto.

A segunda linha está associada à adoção daestrutura de otimização multicritério, necessária peloimpacto que as muitas variáveis propiciam às perdasde potência e energia, reduzindo a confiabilidade e aqualidade do fornecimento de energia elétrica.

E a terceira leva em conta a incerteza dasinformações iniciais, muitas vezes não considerada emoutros trabalhos, mas que é fundamental para ossistemas de distribuição.

Para desenvolver a pesquisa, o banco de dadosutilizado pertence ao Sistema de Geoprocessamentoda Cemig, no Oeste de Minas. Durante o trabalho,foram usadas novas metodologias de cálculo de fluxode potência, com baixo custo computacional. "Elaspoderão ser incorporadas aos sistemas corporativosem operação na Concessionária, como o Gemini", dizo engenheiro. •

48

Page 49: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

Você sabe como o consumo de energia de umaedificação alimentada em média tensão é calculado?De quinze em quinze minutos, o medidor instaladopela concessionária registra o maior uso do período,somando quatro medições por hora. Isso permite quese defina a curva de carga, ou seja, o comportamentoda demanda durante o dia.

No caso das indústrias, os gastos com energiaimpactam sensivelmente o preço final do produto.Para se ter uma idéia, quando a demanda registradasupera a contratada em mais de 10%, o excedentecusta três vezes mais caro. O cálculo da curva decarga serve como base para os contratos feitos entreindústrias e concessionárias. Aqueles, por sua vez,

CURVA DE CARGAEnergia na medida certa para cada cliente

Sede da Cemig: um dos dez edifícios comerciais com pontos de medição de demanda

49

Page 50: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

só podem ser revistos uma vez por ano, seja pararedução, seja para ampliação da demanda.

De grão em grão

O projeto intitulado Centro de monitoramentode usos finais, elaborado pela Cemig em parceriacom a UFMG e com o Centro Federal de EducaçãoTecnológica (Cefet-MG), buscou criar umaalternativa para medir a demanda de energia dasindústrias e edificações empresariais com maiorprecisão. Mas como, se os medidores da Cemigsomam as cargas sem identificar o consumoindividual dos equipamentos instalados no local?

"É exatamente aí que o projeto inova", afirmaEduardo Nobre, engenheiro da gerência deCoordenação da Proteção da Receita e Utilizaçãode Energia e gerente do projeto. "Desenvolvemosum medidor de baixíssimo custo para ser instaladoem cada equipamento industrial ou comercial, oque permite monitorar as cargas mais expressivas eidentificar pontos de desperdício de energia".

Esses sensores são instalados nos equipamentosa ser avaliados e podem medir a tensão, a correnteelétrica e o fator de potência em todos os circuitosnecessários. Também podem registrar medidas devariáveis ambientais, como temperatura, umidade eluminosidade, interna e externamente,estabelecendo relações de causa e efeito, aexemplo do consumo de um ar-condicionado emrazão das condições de carga a que está submetido."Para facilitar a avaliação, o processo dá acesso, emtempo real, aos dados medidos e aos gráficoscomparativos entre eles", explica Eduardo. "Todas asmedições ficam disponíveis num banco de dados,que pode ser consultado via internet".

Fidelização

Além da economia para o cliente, o projetoajuda a reduzir a demanda de energia. Isso implicaredução de investimentos em linhas e subestações,bem como otimização do planejamento do sistemaelétrico. "Não se pode esquecer que, dessa forma, aCemig adquire status de consultoria, melhorando oatendimento ao consumidor, o que, em últimainstância, impacta positivamente sua imagem nomercado", lembra o gerente.

Se hoje os grandes consumidores já podemcomprar energia da concessionária que escolherem,não é difícil afirmar que o cuidado com a precisãoda demanda desses clientes pode ser um fator defidelização. "No futuro, as concessionárias poderãoestabelecer contratos com base na avaliação real detendências de crescimento de carga, e issopropiciará uma ação efetiva do consumidor paraotimizar equipamentos", analisa Eduardo.

Desde 2006, dez edificações comerciais, entreelas a Sede da Cemig e o DER, contam com maisde cem pontos de medição de demanda.Brevemente, mais cinco prédios receberão ossensores. Os computadores que arquivam os dadosestão localizados no Laboratório de Controle eAutomação da UFMG e no Centro de PesquisaEnergia Inteligente, no Cefet. •

50

Page 51: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

Estratégia para criar

Inovação tecnológica é fundamental para obter esustentar vantagem competitiva, fruto da conjunção dacriatividade, da inventividade e do empreendedo-rismo,sendo um dos principais pilares de sustentação daestratégia empresarial. Inovar é antes de tudo ousar,empreender sem temer o inesperado, fazer acontecer,buscando o novo e aproveitando cada oportunidade.

As empresas, ao apreenderem o conceito deinovação, definem a sua própria estratégia em relação àdinâmica que desejam estabelecer para inovar. Asestratégias de inovação devem estar alinhadas àestratégia empresarial, ao mesmo tempo em que ainfluenciam.

No caso da inovação tecnológica, as estratégiasdevem contemplar sempre um ambiente propício aoinvestimento em pesquisa e desenvolvimento, queconsidere a necessidade de mecanismos de proteção dedireitos de propriedade intelectual, a concepção deprojetos voltados não apenas para melhoriasoperacionais, mas também para o desenvolvimento deprodutos de alto valor agregado, com soluções criativas,da concepção ao mercado.

Tal estratégia deve se apoiar em práticas modernasde gestão, de forma a contemplar critérios para captaridéias, selecionar e priorizar projetos, avaliar toda acadeia de valor e estabelecer alianças e parcerias comuniversidades, institutos de pesquisa, fornecedores eclientes, promovendo o desenvolvimento sustentável.

Todavia, os gestores de empresas voltadas para ainovação tecnológica têm se deparado com algumasquestões cujas respostas não são tão simples, sendo aprincipal delas a melhor forma de conceituar e medir oprocesso de inovação. No caso das concessionárias deenergia elétrica, onde inovar não significanecessariamente colocar produtos no mercado, masgerar idéias e novas alternativas para a solução deproblemas recorrentes ou emergentes, produzir comeficácia e de forma sustentável, acreditando que tudopode ser melhorado e aperfeiçoado, um fator-chave sereveste de fundamental importância: os programasanuais de P&D.

Embora exista uma correlação positiva entreindicadores de P&D e de inovação, na medida em queum impacta o outro, sua mensuração ainda envolveelevada gama de fatores intangíveis. Um aspecto, porém,que não deixa dúvida sobre sua efetividade é o fato deque a aprendizagem tecnológica, organizacional erelacional, proporcionada pela atividade de P&D podegerar impactos econômicos expressivos.

Fazer uso intensivo de tecnologia para inovar ouproduzir inovação, objetivando a busca da excelência noatendimento aos seus clientes, na harmonização sócio-ambiental e no desenvolvimento de seu capital humanoe intelectual, é princípio basilar da estratégia Cemig.

José Henrique Diniz

Superintendente de Tecnologia e Alternativas Energéticas

51

Page 52: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

52

Veja a relação dos projetos de Pesquisa eDesenvolvimento (P&D) aprovados pela AgênciaNacional de Energia Elétrica (Aneel) desde o início doprograma, em 1999. Para obter mais detalhes, acesseo site www.cemig.com.br.

P&D001 - Avaliação Experimental de Sistemas deCiclo Combinado com Células Combustíveis,Microturbinas a Gás e Motores Stirling para Geração deEletricidade - André Martins Carvalho (TE). Parceira: Universidade Federal de Itajubá (Unifei).

P&D002 - Projeto e Desenvolvimento de umRestaurador Dinâmico de Tensão - Tatiana NesrallaRibeiro (OM/EO) - Parceira: Universidade Federal deMinas Gerais (UFMG).

P&D003 - Desenvolvimento de CondutoresCompactos Homogêneos para Aplicação em Linhas deDistribuição e Transmissão, Objetivando Redução dePerdas Elétricas - Edino Barbosa Giudice Filho (ER/LT).Parceiros: Furukawa Industrial S.A. Produtos Elétricos;Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D004 - Recuperador de Calor para ChuveirosElétricos - José Carlos Ayres de Figueiredo (RC/UE).Parceira: Pontifícia Universidade Católica de MinasGerais (PUC Minas).

P&D005 - Aproveitamento da Energia TérmicaGratuita de Geladeiras e Freezers no Aquecimento deÁgua em Residências e Condomínios - José CarlosAyres de Figueiredo (RC/UE). Parceiros: Seletro ServiçosEletrotécnicos Ind. Com. Ltda; Tech-Trade Tecnologia eCiência.

P&D006 - Aplicação e Disponibilização dos Dadosde Monitoramento em Tempo Real de LT - CarlosAlexandre Meireles do Nascimento (ER/LT).

P&D007 - Sistema de Gestão da Qualidade daEnergia Elétrica - GERQUALI - Tatiana Nesralla Ribeiro(OM/EO). Parceiras: Pontifícia Universidade Católica deMinas Gerais (PUC-Minas); Universidade Federal deItajubá (Unifei).

P&D008 - Célula a Combustível de PolímeroCondutor Iônico - José Henrique Diniz (TE). Parceiros:Universidade de São Paulo (USP); CLAMPER - Indústriae Comércio Ltda; Unitech.

P&D009 - Obtenção de Parâmetros de DescargasAtmosféricas e Aferição do Sistema de Localização deTempestades - Luiz Carlos Leal Cherchiglia (TE). Parceira:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D010 - Proteção de Redes Elétricas de Distribuiçãode Baixa Tensão contra Descargas Atmosféricas - JoséVicente Pereira Duarte (ED/CE). Parceira: UniversidadeFederal de Minas Gerais (UFMG).

P&D011 - Aumento de Eficiência Energética emAlimentadores - Luiz Augusto Castro Paiva.

P&D012 - Desenvolvimento Experimental deTecnologia para a Produção de Células Solares de BaixoCusto - Antônia Sônia Alves Cardoso Diniz (ED/CE).Parceira: Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais(Cetec).

P&D013 - Avaliação Experimental de um Sistema deGeração Distribuída de Energia Solar FotovoltaicaInterligado à Rede Elétrica - Antônia Sônia AlvesCardoso Diniz (ED/CE). Parceiros: Centro Federal deEducação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG);Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUCMinas); Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG);Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

P&D014 - Utilização de Bomba de Calor paraAquecimento de Água em Residências e Condomínios -José Carlos Ayres de Figueiredo (RC/UE). Parceiro:Seletro Serviços Eletrotécnicos Ind. Com. Ltda.

P&D015 - Correção de Fator de Potência emAlimentadores na Baixa Tensão de Transformadores eem Unidades Consumidoras - Luiz Augusto Castro Paiva.

P&D016 - Abordagem Integrada da EficiênciaEnergética - Antônia Sônia Alves Cardoso Diniz(ED/CE). Parceiros: Centro Federal de EducaçãoTecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG); Pontifícia

Page 53: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

53

Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas);Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D017 - Avaliação Tecnológica da Energia SolarFotovoltaica - Antônia Sônia Alves Cardoso Diniz(ED/CE) - Parceiras: Pontifícia Universidade Católica deMinas Gerais (PUC Minas); Universidade de São Paulo(USP); Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC);Universidade Federal de Viçosa (UFV).

P&D021 - Novas Técnicas de Manutenção Preditivaem Pára-raios - Álvaro Jorge Araújo Lopes Martins(OM/EM). Parceira: Universidade Federal de MinasGerais (UFMG).

P&D022 - Monitoramento e Diagnóstico deEquipamentos de Transformação e Manobra deSubestações - Álvaro Jorge Araújo Lopes Martins(OM/EM). Parceira: Pontifícia Universidade Católica deMinas Gerais (PUC Minas).

P&D023 - Revitalização de Transformadores dePotência - Álvaro Jorge Araújo Lopes Martins (OM/EM).Parceiras: Universidade Federal de Minas Gerais(UFMG); Pontifícia Universidade Católica de MinasGerais (PUC Minas).

P&D024 - Novas Metodologias e Técnicas deManutenção para Comutadores de Derivação SobCarga (CDCs) - Ronald Moura (OM/EM). Parceiros:Asea Brown Boveri; Maschinenfabrik Reinhausen.

P&D025 - Sistema de Localização de Faltas paraRedes de Distribuição - Heitor Martins Veloso(OM/EO). Parceira: Universidade Federal de MinasGerais (UFMG).

P&D028 - Sistema Localizador de Faltas paraLinhas de Transmissão - Antônio Donizetti de Andrade(OM/EM). Parceira: Universidade Federal de MinasGerais (UFMG).

P&D029 - Aplicação de Compósitos em Estruturasde LTs e SEs - Humberto Romério de Meneses (ER/LS) -Parceira: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

P&D030 - Conector de Sacrifício - Roberto MárcioCoutinho (ER/SE). Parceiro: Centro de Pesquisas deEnergia Elétrica (Cepel).

P&D31 - Efeito da Estratificação do Solo naImpedância de Impulso de Torres de Linhas deTransmissão - Paulo José Clebicar Nogueira (ER/LS).Parceira: Pontifícia Universidade Católica de MinasGerais (PUC Minas).

P&D032 - INSPETOR - Sistema Inteligente deControle e Segurança de Barragens - Adelaide LinharesCarvalho Carim (GA/SM).

P&D033 - Influência da Climatologia na Previsãode Carga - Ruibran Januário dos Reis (GT/PH). Parceira:Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUCMinas).

P&D034 - Pesquisa e Desenvolvimento deMonitoramento Contínuo de Eficiência de TurbinasHidráulicas - Ernani Wagner Soares (GA/OM). Parceira:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D035 - Metodologia para Previsão de Longo eCurto Prazo de Tempestades Severas Utilizando Dadosdo Sistema de Localização de Tempestades (SLT) eRadar Meteorológico - Ruibran Januário dos Reis(GT/PH). Parceiro: Instituto Nacional de PesquisasEspaciais (INPE).

P&D036 - Software para Sistema de Excitação dePCHs - Fábio José de Noronha (GA/OM).

P&D037 - Problemas Causados pela Qualidade deÁgua na Manutenção de Usinas Hidrelétricas - MariaEdith Rolla (GA/PA). Parceiros: Universidade EstadualPaulista (Unesp); Centro Tecnológico de Minas Gerais(Cetec); Pontifícia Universidade Católica de MinasGerais (PUC Minas); Universidade Federal de MinasGerais (UFMG).

P&D039 - Estudo Integrado da Vegetação Ciliar emDiversos Ecossistemas - Oscar Moura Ribeiro Neto(GA/PA). Parceira: Universidade Federal de Lavras(UFLA).

Page 54: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

54

P&D040 - Transposição de Peixes em ReservatóriosHidrelétricos: Comportamento e Mortalidade - VascoCampos Torquato (GA/PA). Parceira: UniversidadeFederal de Minas Gerais (UFMG).

P&D041 - Estudos de Metodologia para MinimizarProblemas Causados por Parada de Máquina eOperação como Síncrono - Vasco Campos Torquato(GA/PA). Parceira: Pontifícia Universidade Católica deMinas Gerais (PUC Minas).

P&D042 - Inventário de Fauna e Flora das EstaçõesAmbientais da CEMIG - Jefferson Ribeiro da Silva(GA/PA). Parceiras: Universidade Federal deUberlândia (UFU); Universidade Federal de MinasGerais (UFMG); Universidade Federal de Viçosa (UFV).

P&D043 - Pesquisa e Desenvolvimento deTecnologias de Manejo do Fogo - Márcio RodriguesCorrêa (GA/PA). Parceira: Universidade Federal deViçosa (UFV).

P&D044 - Conexão de Unidades de GeraçãoDistribuída de Energia ao Sistema Elétrico - SebastiãoVidigal Fernandes Júnior (PL). Parceira: UniversidadeFederal de Minas Gerais (UFMG)

P&D045 - Avaliação da Confiabilidade Integradado Sistema Elétrico - Cleber Esteves Sacramento (PL).Parceira: Universidade Federal de Itajubá (Unifei).

P&D047 - Avaliação de Parâmetros de MáquinasSíncronas - Jorge Luiz Teixeira (PL). Parceira:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D048 - Modelo de Forno a Arco Compensado -Jorge Luiz Teixeira (PL). Parceira: PontifíciaUniversidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas).

P&D049 - Critérios e Procedimentos paraCompensação Reativa e Controle de Tensão - JoséRoberto Valadares (PL). Parceira: Universidade Federalde Minas Gerais (UFMG).

P&D050 - Laboratório Experimental para Produçãode Hidrogênio para Uso como Vetor Energético - José

Henrique Diniz (TE). Parceiros: Laboratório deHidrogênio da Universidade Estadual de Campinas(UNICAMP); Laboratório de Hidrogênio daCOPPE/Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobrás(Cenpes); Centro Nacional de Referência em Energiado Hidrogênio (Ceneh).

P&D051 - Usina Termelétrica Solar Experimental de10 kW Utilizando Concentradores Cilíndrico-Parabólicos - Alexandre Heringer Lisboa (TE). Parceiro:Centro Federal de Educação Tecnológica de MinasGerais (Cefet-MG).

P&D052 - Eficientização de PCHs através doDesenvolvimento de Metodologias de Automação eRecuperação de PCHs Antigas e de Operação deTurbinas de PCHs com Rotação Variável - SebastiãoValido Tavares de Quadros (TE). Parceira: UniversidadeFederal de Itajubá (Unifei).

P&D054 - Previsor de Carga On-line - WilsonFernandes Lage (TR/SO). Parceira: Universidade Federalde Itajubá (Unifei).

P&D055 - Sistema para Tratamento de Alarmes -Lúcia Helena Souza de Toledo (TR/SO). Parceira:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D059 - Medição de Descargas Parciais deTransformadores de Instrumentos até 550 KV noCampo - Jéferson Inácio Lopes (TR/MN). Parceiro:Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel).

P&D062 - Cultivo de Peixes Nativos e Zoneamentode Reservatórios - Oscar Moura Ribeiro Neto (GA/PA).Parceira: Universidade Federal de Lavras (UFLA).

P&D063 - Acidentes com LTs - Estudo da CamadaLimite do Vento em uma Linha Piloto em Operação -Carlos Alexandre Meireles Nascimento (ER/LT). Parceira:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D064 - Estudo de Técnicas de Bioengenharia deSolos para Controle de Erosão em Margens de

Page 55: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

55

Reservatórios - Márcio Rodrigues Corrêa (GA/PA).Parceira: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D065 - Programa de Pesquisa para Avaliação deDensidades de Plantio e Rotação de Plantações deRápido Crescimento para Produção de Biomassa paraFins Energéticos em Minas Gerais - Márcio RodriguesCorrêa (GA/PA). Parceira: Universidade Federal deViçosa (UFV).

P&D068 - Desenvolvimento de Software Conversorde Protocolos para Integração de Equipamentos deProteção, Controle, Supervisão e Automação deSubestações - Anderson Fleming de Souza (ER/SE).Parceira: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

P&D070 - Cogeração de Energia em FornoRotativo de Calcinação de Cimento - Eduardo CostaVasconcelos (RL/IB). Parceira: Universidade Federal deMinas Gerais (UFMG).

P&D071 - Avaliação de Aspectos Ergonômicos daFunção de Eletricista de Redes de Distribuição - Willesde Oliveira e Souza (RH/ST). Parceira: FundaçãoEducacional Lucas Machado (Feluma), mantenedora daFaculdade de Ciências Médicas de Belo Horizonte.

P&D072 - Desenvolvimento de Funções Avançadasde EMS (Energy Management System) para Sistemas deSubtransmissão - Ricardo Luiz J. Carnevalli (OM/EO).Parceiros: Audiolab Automação e Software Ltda;Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUCMinas); Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

P&D073 - Desenvolvimento de um ProgramaComputacional para Avaliar o Controle Coordenado deTensão Aplicada ao Planejamento e Operação deSistemas Elétricos - Valério Oscar de Albuquerque (PL).Parceira: Universidade Federal de Itajubá (Unifei).

P&D074 - Desenvolvimento de Tecnologia deAnálise de Redes de Distribuição com GeraçãoDistribuída e Reconfiguração de Redes Elétricas -Helder Lara Ferreira (OM/EO). Parceira: UniversidadeFederal de Juiz de Fora (UFJF).

P&D075 - Proteção das Redes de Distribuição deMédia Tensão contra as Descargas Atmosféricas:Desenvolvimento de Modelos Computacionais eValidação por Meio de Rede Experimental junto àEstação do Morro do Cachimbo - Júlio César SantosVentura (ED/CE). Parceira: Universidade Federal deMinas Gerais (UFMG).

P&D076 - Estudos Hidrológicos Sobre o Regime deProdução de Água das Bacias de Drenagem deCabeceira - Márcio Rodrigues Corrêa (GA/PA). Parceira:Universidade Federal de Lavras (UFLA)/Centro deExcelência em Matas Ciliares.

P&D079 - Desenvolvimento de Metodologia paraPrevisão de Tempestades Severas com Antecedência de72 horas - Ruibran Januário dos Reis (GT/PH). Parceiras:Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUCMinas); Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

P&D080 - Estudo de Barreiras Elétricas paraImpedimento de Entrada de Peixes em TurbinasHidráulicas - João de Magalhães Lopes (GA/PA).Parceira: Universidade Federal de Minas Gerais(UFMG).

P&D081 - Desenvolvimento de Software a serIntegrado em Sistemas de Análise de Perturbações -Weber Melo de Sousa (GT/PO). Parceira: UniversidadeFederal de Minas Gerais (UFMG).

P&D082 - Aproveitamento da Vazão de Atração doSistema de Transposição de Peixes para Geração deEnergia Elétrica - João de Magalhães Lopes (GA/PA).Parceira: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D084 - Predição e Análise de Informações deMonitoramento em Tempo Real de LTs - CarlosAlexandre Meireles do Nascimento (ER/LT). Parceira:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

P&D094 - Diversidade da Ictiofauna comoModelo para Avaliar Construção do Sistema deTransposição para Peixes e Impacto de Peixes Exóticosem Reservatórios - João de Magalhães Lopes (GA/PA).Parceiros: Bio-Ambiental Consultoria Ltda; Pontifícia

Page 56: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

56

Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas);Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG).

P&D096 - Desenvolvimento de Protótipos deBombas de Calor para Secagem de Roupas e de Grãose Alimentos em Médias Temperaturas (até 55°C) - JoséCarlos Ayres de Figueiredo (RC/PR). Parceiros: ServiçosEletrotécnicos Indústria e Comércio; Tech-TradeEmpreendimentos Tecnológicos Ltda.

P&D097 - Desenvolvimento de um Protótipo dePilha a Combustível de Óxido Sólido de 50 W - JoséHenrique Diniz (TE). Parceira: Universidade Federal deMinas Gerais (UFMG).

P&D098 - Pesquisa e Desenvolvimento deMonitoramento Contínuo da Eficiência de UsinasTérmicas - Webber Eustáquio Pereira de Aguiar(GA/OM). Parceira: Universidade Federal de MinasGerais (UFMG).

P&D099 - Elaboração de Especificação Funcional epor Desempenho de Sistemas PLC com Baixas Taxas deTransmissão de Dados - Carlos Alberto Monteiro Leitão(RC/ME). Parceiro: Centro de Pesquisa eDesenvolvimento em Telecomunicações (CPqD).

P&D100 - Desenvolvimento de Metodologias paraPropagação de Ondas de Cheia em Cenários deOperação Extrema e de Ruptura de Barragens - LuizCésar Mendes Botelho (GT/PH). Parceira: UniversidadeFederal de Minas Gerais (UFMG).

P&D101 - Repotencialização de Linhas Aéreas deTransmissão Utilizando Cabos Condutores EspeciaisAssociados a Altíssima Temperatura de Operação -Giovani Eduardo Braga (ER/LT). Parceiros: UniversidadeFederal de Minas Gerais (UFMG); SumitomoCorporation do Brasil S.A.

P&D102 - Desenvolvimento de Técnicas Preditivaspara a Detecção de Desgastes Prematuros emHidrogeradores - Adriana de Castro Passos (GT/LS).

P&D103 - Desenvolvimento de Sistema deChaveamento Automatizado de 138 KV Utilizando

Estrutura de Linha de Transmissão - Paulo RobertoFreitas Carvalho Costa (ER/SE). Parceira: UniversidadeFederal de Minas Gerais (UFMG).

P&D104 - Sistema de Gestão da Tecnologia e daInovação - Jose Henrique Diniz (TE). Parceiras:Fundação Dom Cabral; Pontifícia Universidade Católicade Minas Gerais (PUC Minas).

P&D106 - Desenvolvimento de Metodologia paraMedição da Intensidade do Campo Elétrico eMagnético na Faixa de Servidão e Vizinhanças deLinhas Aéreas de Transmissão de Energia - GernanEdson Guimarães (ER/LT). Parceira: UniversidadeFederal de Minas Gerais (UFMG).

P&D108 - Produção de Hidrogênio através daReforma de Etanol - André Martins Carvalho (TE).Parceiras: Universidade Estadual Paulista Júlio deMesquita Filho (Unesp); Universidade Estadual deCampinas (Unicamp).

P&D109 - Laboratório Avançado de Geomarketing -Marden Menezes (ED/PM). Parceira: UniversidadeFederal de Minas Gerais (UFMG).

P&D110 - Pesquisa Aplicada em Tecnologias deSensores Ópticos a Fibra para Monitoração eSupervisão Remota de Redes de Energia Elétrica -Carlos Alexandre Meireles do Nascimento (ER/LT).Parceiro: Centro de Pesquisas e Desenvolvimento emTelecomunicações (CPqD).

P&D111 - Pesquisa e Desenvolvimento de BarreiraMecânica para Evitar Mortandade de Peixes na Sucçãode Turbinas Hidráulicas - Carlos Aloysio Costa Diniz(GA/OM). Parceira: Universidade Federal de MinasGerais (UFMG).

P&D112 - Estudos de Chuvas Intensas no Estado deMinas Gerais e Previsão Estatística de PrecipitaçãoMensal - Marcelo de Deus Melo (GT/PH). Parceiras:Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUCMinas); Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Page 57: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

57

P&D113 - Novo Método de Diagnóstico deTransformadores de Potência via Sistemas Dinâmicos -Álvaro Jorge Araújo Lopes Martins (OM/EM). Parceiras:Asea Brown Boveri; Universidade Federal de MinasGerais (UFMG).

P&D114 - Sistema de Identificação e Isolamento deFalta em Máquina Síncrona Utilizando Técnicas deInteligência Artificial - Antônio Carlos Arantes (GA/OM).Parceira: Pontifícia Universidade Católica de MinasGerais (PUC Minas).

P&D117 - Avaliação do Carregamento deTransformadores de Potência em Função da Operaçãoem Sobretensões Permanentes - Sérgio Ricardo Barbosa(OM/EO). Parceira: Universidade Federal de MinasGerais (UFMG).

P&D118 - Desenvolvimento de um SistemaComputacional de Monitoramento On-line, via WEB,de Descargas Atmosféricas - Armando Cazetta Filho(GT/PH). Parceira: Pontifícia Universidade Católica deMinas Gerais (PUC Minas).

P&D119 - Conjunto Motogeradores de EletricidadeUsando Motores de Combustão Interna Movidos aÁlcool Hidratado - André Martins Carvalho (TE).Parceira: Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais(Cetec).

P&D120 - Fundação Helicoidal - Márcio Elízio daRocha Pereira (ER/SE). Parceiro: Vercon Industrial Ltda.

P&D122 - Investigação do Comportamento doConcreto e de Calda de Cimento em Contato comRochas Sulfetadas - Maria Cecília Novaes Firmo Ferreira(GR/EC). Parceira: Engenharia de Concreto e Solos Ltda.

P&D123 - Sistema de Geração de Energia comMotor Stirling - André Martins Carvalho (TE). Parceira:Universidade Federal de Itajubá (Unifei).

P&D124 - Desenvolvimento de um novo modelo deanálise de carregamento em redes de distribuição deMT e BT - Pablo Senna Oliveira (ED/CE) . Parceira:

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D125 - Concepção e Desenvolvimento de NovasTecnologias para Aplicação de Sistemas de Detecção eLocalização de Tempestades (SLTs) nas Etapas deProjeto, Manutenção e Planejamento da Operação doSistema Elétrico - Armando Cazetta Filho (GT/PH).Parceira: Universidade Federal de Minas Gerais(UFMG).

P&D126 - Desenvolvimento de Sistema paraVerificação de Exatidão de TPs e TCs em Operaçãocom Isolação para 15 kV - Adelino Leandro Henriques(RC/MP). Parceira: Conprove Engenharia Ltda.

P&D127 - Processamento de Silício para Fabricaçãode Células Solares de Baixo Custo - Antônia Sônia AlvesCardoso Diniz (ED/CE). Parceiras: Fundação CentroTecnológico de Minas Gerais (Cetec); UniversidadeFederal de Minas Gerais (UFMG).

P&D128 - Desenvolvimento de Metodologia eSoftware para Análise dos Parâmetros que Determinama Disponibilidade de Luz Natural para Fins deFaturamento da Iluminação Pública - Mara Amorim deSouza Carmo Carvalho (ED/CE). Parceiras: PontifíciaUniversidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas);Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D129 - Desenvolvimento de Metodologia eAplicativo Computacional para Definição da Proteçãocontra Sobretensões em Redes Secundárias devido aDescargas Atmosféricas - José Vicente Pereira Duarte(ED/CE). Parceira: Universidade Federal de MinasGerais (UFMG).

P&D130 - Desenvolvimento e Qualificação deMateriais Resistentes à Cavitação e Análise deViabilidade de seu Uso na Recuperação de Rotores deTurbinas Hidráulicas - Carlos Aloysio Costa Diniz(GA/OM). Parceira: Universidade Federal de MinasGerais (UFMG).

P&D131 - Otimização Monocritério e Multicritério daConfiguração de Redes em Sistemas de Distribuição,Considerando-se a Reação dos Sistemas de Potência -

Page 58: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

58

Roberto Coelho de Berrêdo (ED/CE). Parceiros:Audiolab Automação e Software Ltda; PontifíciaUniversidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas).

P&D132 - Desenvolvimento de Metodologias ePesquisas no Ecossistema e em Plantas de UsinasHidrelétricas para Controle do Mexilhão Dourado -Maria Edith Rolla (GA/PA). Parceira: Fundação CentroTecnológico de Minas Gerais (Cetec).

P&D134 - Nova Concepção de Estruturas para Redede Distribuição Rural - RDR - Inês Maria Faria DângeloBaeta (ED/CE). Parceira: Universidade Federal de MinasGerais (UFMG).

P&D136 - Desenvolvimento de Nova Metodologiapara Determinação de Carregamentos Temporários ede Curta Duração de Linhas de Transmissão - HelderLara Ferreira e Sérgio Ricardo Barbosa (OM/EO).Parceira: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

P&D137 - Desenvolvimento de Equipamento paraTeste e Diagnóstico Básico de Transformadores deDistribuição para Poste com Proteção Operada, semDesconexão da Rede de BT - Erivaldo Costa Couto(ED/CE). Parceira: Universidade Federal de MinasGerais (UFMG).

P&D140 - Desenvolvimento de Metodologia paraProspecção de Projetos e Avaliaçäo de Investimentosem Iluminação Eficiente (i-Lumina) - EduardoCarvalhaes Nobre (RC/PR). Parceiro: Centro Federal deEducação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG).

P&D141 - Produção de Biodiesel para Geração deEnergia Elétrica em Microturbinas e MotoresEstacionários - André Martins Carvalho (TE). Parceira:Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec).

P&D142 - Estudos sobre o Comportamento dosGrupos Geradores de Centrais Hidrelétricas Operandosob Diferentes Modos Operativos e sua Influência naIctiofauna - João de Magalhães Lopes (GA/PA). Parceiras:Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUCMinas); Universidade Federal de Itajubá (Unifei);Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D143 - Desenvolvimento de uma FerramentaComputacional para Análise de Investimentos deTransmissão e Distribuição Considerando Risco eIncerteza em Sistemas Elétricos de Potência - ValérioOscar de Albuquerque (PL). Parceira: UniversidadeFederal de Itajubá (Unifei).

P&D144 - Cianobactérias e Cianotoxinas emReservatórios de Minas Gerais - João de MagalhãesLopes (GA/PA). Parceira: Universidade Federal de MinasGerais (UFMG).

P&D145 - Nova Abordagem para a Determinaçãoda Expectativa de Vida Útil de Transformadores -Adriana de Castro Passos (GT/LS). Parceira:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D148 - Seccionador Móvel 500 kV comAcionador Remoto - Geraldo Magela Gontijo (TR/MN).Parceiras: Universidade Federal de Itajubá (Unifei);

P&D150 - Metodologia de Planejamento Ótimo doSistema Elétrico Considerando os Riscos e as IncertezasAssociadas ao Processo - Cleber Esteves Sacramento(PL). Parceiros: Universidade Federal de Itajubá(Unifei); Universidade Federal de São João Del Rei(UFSJ); Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel);Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores,Portugal (Inesc).

P&D151 - Desenvolvimento de Metodologia paraDeterminação da Vida Útil de Cabos CondutoresUtilizados em Linhas Aéreas de Subtransmissão eTransmissão de Energia Elétrica - Beline Quintino deAraújo Fonseca (NL). Parceira: Universidade Federal deMinas Gerais (UFMG).

P&D152 - Desenvolvimento de Modelos Estáticos deCarga para Utilização nos Programas Digitais de Análisede Sistemas Elétricos de Potência - Anderson NevesCortez (PL). Parceira: Universidade Federal de Itajubá(Unifei).

P&D153 - Desenvolvimento de Metodologia paraAnálise do Efeito Corona sobre Condutores e Isolantesdo Sistema de Transmissão e Distribuição de Energia -

Page 59: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

59

Gernan Edson Guimarães (ER/LT). Parceira:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D157 - Desenvolvimento de Novos Critérios paraAnálise de Desempenho de Linhas de TransmissãoBaseado nas Perdas de Carga por Afundamentos deTensão - Jeder Francisco de Oliveira (GT/PO). Parceira:Universidade Federal de Itajubá (Unifei).

P&D158 - Desenvolvimento de um SistemaEspecialista para Avaliação de Impactos Ambientais -Roberto Maychel Soares da Silveira (GR/AL) - Parceiros:Centro Brasileiro para Conservação da Natureza eDesenvolvimento Sustentável (CBCN); UniversidadeFederal de Viçosa (UFV).

P&D159 - Estudo Regionalizado da Ação do Ventono Balanço de Cadeias de Isoladores para Projeto deCoordenação de Isolamento de Linhas Aéreas deTransmissão - Maurissone Ferreira Guimarães (ER/VT).Parceira: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D160 - Ferramenta para Seleção de Corredor deLinha Aérea de Transmissão Utilizando InteligênciaComputacional e Geoprocessamento aplicada aoSistema Elétrico - Adevaldo Rodrigues de Souza (PL).Parceira: Universidade Federal de Minas Gerais(UFMG).

P&D161 - Ferramenta Computacional para Avaliaçãoda Margem de Carga e Segurança de Tensão emSistemas de Potência - Valério Oscar de Albuquerque(PL). Parceira: Universidade Federal de Engenharia deItajubá (Unifei).

P&D162 - Aplicação do Modelamento da CamadaLimite Atmosférica na Ampacidade de Linhas Aéreas deTransmissão - Carlos Alexandre Meireles do Nascimento(ER/LT). Parceira: Universidade Federal de Minas Gerais(UFMG).

P&D163 - Sistema de Monitoramento, Diagnóstico eProjeção de Vida Útil Residual de Disjuntores - MarcosAurélio Aguiar (OM/EM). Parceiros: Asea Brown Boveri;PR Engenharia Elétrica e Automação Ltda; PontifíciaUniversidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas).

P&D164 - Gateway para Integração de Sistemas deMedição - Flávio Henrique Martins Vieira (RC/ME).Parceiros: Senergy Sistemas de Medição; UniversidadeFederal de Minas Gerais (UFMG).

P&D165 - Investigação do Comportamento deMateriais Poliméricos para Fins de Aplicação emSistemas Elétricos de Potência - Álvaro Jorge AraújoLopes Martins ( OM/EM). Parceira: UniversidadeFederal de Minas Gerais (UFMG).

P&D168 - Metodologia para Determinação doCarregamento Admissível de Transformadores deDistribuição Baseado no Modelo Térmico e noEnvelhecimento do Papel Isolante - Erivaldo CostaCouto (ED/CE). Parceiros: Centro de Pesquisas deEnergia Elétrica (Cepel); Universidade Federal de MinasGerais (UFMG).

P&D169 - Tecnologia de Processamento de ImagensTermográficas para Aplicações em Ambiente deSubestações de Energia - Nílton Soares da Silva(OM/EM). Parceira: Universidade Federal de MinasGerais (UFMG).

P&D170 - Protótipo para Monitoramento eDiagnóstico Automático de Falhas em Pára-raios,Incluindo os de Carboneto de Silício, UtilizandoTécnicas de Sistema de Infravermelho - Nílton Soaresda Silva (OM/EM). Parceira: Universidade Federal deMinas Gerais (UFMG).

P&D171 - Desenvolvimento de Programa de CálculoAutomático de Curto-Circuito e Coordenação daProteção de Média Tensão Utilizando Interface GráficaGeograficamente Real - Alexandre Sales Braz (OM/EO).Parceira: Universidade Federal de Minas Gerais(UFMG).

P&D172 - Desenvolvimento de um Padrão Portátilde Baixo Custo para Inspeção e Verificação deMedidores de Energia Elétrica em Campo - AdelinoLeandro Henriques (RC/PR). Parceiras: UniversidadeFederal de Minas Gerais (UFMG); Nansen S.A. -Instrumentos de Precisão.

Page 60: TRANSMISSÃO GESTÃO TECNOLÓGICA NOVASFONTES MEIO AMBIENTE ...cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Documents/Revista... · Tecnologia para a sustentabilidade Tecnologia

60

P&D173 - Sistema de Localização de Faltas paraRedes e Linhas de Distribuição - Heitor Martins Veloso(OM/EO). Parceira: Universidade Federal de MinasGerais (UFMG).

P&D174 - Sistema Inteligente de Baixo Custo paraControle Integrado de Cargas Elétricas - CICaE -Eduardo Carvalhaes Nobre (RC/PR). Parceiros: CentroFederal de Educação Tecnológica de Minas Gerais(Cefet-MG); Universidade Federal de Minas Gerais(UFMG).

P&D175 - Otimização de Controle de Tensão emSistemas de Distribuição - Roberto Coelho de Berrêdo(ED/CE). Parceiros: Concert Technologies; PontifíciaUniversidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas).

P&D176 - Pesquisa sobre as Interações entre oRegime Pluvial e o Regime de Escoamento das Sub-bacias de Drenagem para o Reservatório da UHECamargos - Cemig - Márcio Rodrigues Correa (GA/PA).Parceira: Universidade Federal de Lavras (UFLA).

P&D177 - Diagnóstico de Desgastes por Cavitaçãoem Turbinas Hidráulicas - Carlos Aloysio Costa Diniz(GA/OM). Parceiros: Sá Carvalho S.A.; UniversidadeFederal de Minas Gerais (UFMG).

P&D178 - Desenvolvimento de uma Central deDiagnóstico de Equipamentos de Subestações deTransmissão da Cemig, Utilizando Técnicas deInteligência Computacional - Davidson GeraldoFerreira (TR). Parceiras: Universidade Federal de MinasGerais (UFMG); Pontifícia Universidade Católica deMinas Gerais (PUC Minas).

P&D179 - Desenvolvimento de Metodologia paraEstudo e Aplicação da Teoria dos Leilões na CEMIG -Marcus Vinícius de Castro Lobato (CV/AR). Parceira:Universidade Federal de Engenharia de Itajubá(Unifei).

P&D180 - Equipamento para Automação de Redesde Distribuição Subterrâneas com SecundárioReticulado - Christian Luiz de Castro (RH/FA). Parceira:

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUCMinas).

P&D181 - Produção de Hidrogênio por ProcessoEletrolítico e Reforma de Etanol, em Alto Grau dePureza para Utilização como Vetor Energético noLaboratório da UTE Igarapé da CEMIG - CláudioHomero Ferreira da Silva (TE). Parceira: UniversidadeEstadual de Campinas (Unicamp).

P&D182 - Monitoramento e Inspeção de SistemasElétricos de Potência Utilizando Veículo Aéreo NãoTripulado - Maurício de Souza Abreu (TE). Parceira:Fundação para Inovações Tecnológicas (Fitec);

P&D184 - Comprovação Experimental deMetodologia de Avaliação de Transformadores dePotência em Situações de Operação EnvolvendoSobretensionamento e Sobrecarga - Sérgio RicardoBarbosa (OM/EO). Parceira: Universidade Federal deMinas Gerais (UFMG).

P&D185 - Geração Termelétrica Descentralizadapara o Setor Siderúrgico - Carlos Renato França Maciel(RH/FA). Parceiras: Usina Termelétrica Barreiro;Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUCMinas).

P&D186 - Desenvolvimento de Metodologia deDecisão na Comercialização de Energia Elétrica - ClaraMárcia Henriques de Almeida Vilela (CV). Parceira:Universidade Federal de Engenharia de Itajubá (Unifei).

P&D190 - Construção de um Sistema OtimizadoIntegrado de Concentradores Cilíndrico-Parabólicos eRastreador Solar - Alexandre Heringer Lisboa (TE).Parceiro: Centro Federal de Educação Tecnológica deMinas Gerais (Cefet-MG).