Transmissão Sináptica. Componentes de uma Sinapse Química.

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Transmissão Sináptica

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Transmissão Sináptica

Componentes de uma Sinapse Química

Síntese de Neurotransmissor

NT peptídicos

Aminas e aminoácidos

Liberação do Neurotransmissor

PA

Potencial pós-sinápticoExcitatório (PEPS) Inibitório (PIPS)

Fig ura 4.16 . M uitas vezes um neurônio tem que decid ir se produzirá ou não potencia is de ação em sua zona de d isparo. Faz isso com base nas in form ações que recebe de cerca de 10 m il sinapses de axônios aferentes vindos de neurônios longínquos ou de in terneurônios situados nas proxim idades, a lgum as excita tórias, outras in ib itórias. A integração sináptica é justam ente a com putação de toda essa m assa de in form ação, para defin ir como será a in form ação de saída do neurônio.

Inegração Sináptica

Inegração Sináptica•Somação espacial •Somação temporal

Tabela 4.1 Alguns neurotransmissores e neuromoduladores mais comuns

Neurotransmissores

Neuromoduladores

Aminoácidos Aminas Purinas Peptídeos Gases

Ácido -amino-butírico (GABA)

Acetilcolina (ACh)

Adenosina Gastrinas: gastrina, colecistocinina (CCK)

Óxido nítrico (NO)

Glutamato (Glu) Adrenalina ou Epinefrina

Trifosfato de adenosina (ATP)

Hormônios da neuro-hipófise: vasopressina, ocitocina

Monóxido de carbono (CO)

Glicina (Gly) Dopamina (DA)

Insulinas

Aspartato (Asp) Histamina Opióides: encefalinas (Enk), -endorfina

Noradrenalina ou Norepinefrina (NA ou NE)

Secretinas: secretina, glucagon, peptídeo intestinal vasoativo (VIP)

Serotonina (5-HT)

Somatostatinas

Taquicininas: substância P (SP), substância K (SK)

Transmissão Sinápticae

Transtornos mentais

Transtornos de Ansiedade

• Transtorno de ansiedade generalizada• Transtorno do pânico• Fobia específica• Fobia social• Transtorno obssessivo-compulsivo• Transtorno do estresse pós-traumático• Transtorno do estresse agudo

Adaptado do DSM-IV

Resposta inadequada ao estresse, quando este não está presente ou quando o perigo não é imediato.

Transtornos de Ansiedade

Resposta ao estresse:

• Comportamento de evitação ou esquiva• Aumento da vigilância e alerta• Ativação da divisão simpática do SNA

Eixo hipotálamo-

hipófise- adrenal

Transtornos de AnsiedadeEtiologia:

• Predisposição genética• Eventos estressantes• Hiperativação da amígdala•Diminuição da atividade do hipocampo

Amígdala e Hipocampo

Regulação do eixo HPA pela amígdala e hipocampo

PsicofármacosAnsiolíticos• Supressão da atividade dos circuitos cerebrais utilizados na resposta ao estresse (Sistema límbico).• Neurotransmissor envolvido: GABA (ácido gama aminobutírico). Principal neurotransmissor inibitório do SNC. Sua ligação com o receptor abre canais de Cl-, mediando potenciais pós-sinápticos inibitórios.

PIPS: inibição

Receptores GABAA

Psicofármacos• Benzodiazepínicos :diazepam, lorazepam, bromazepam, alprazolam• Efeitos colaterais: sedação, ataxia, tremores, náusea, dependência, ansiedade de rebote, risco de morte em superdosagem

• Álcool etílico: amplo uso social, estimula a ação GABAérgica.

PIPS: inibição

Transtornos de Humor

• Transtorno depressivo maior• Transtorno distímico• Transtorno ciclotímico• Transtorno bipolar

Adaptado do DSM-IV

Bases neurobiológicas

A Hipótese das Monoaminas

• 1960: A depressão resultaria de um problema no sistema modulatório das monoaminas.

• Reserpina (antidepressivo): causava depressão psicótica• IMAO (tuberculose): melhora notável do humor.

• Humor: relacionado ao nível das monoaminas (noradrenalina e serotonina) no encéfalo.

SEROTONINA NORADRENALINA

MONOAMINAS

Bases neurobiológicas

A Hipótese de Diátese-Estresse

• Achado clínico: quadros depressivos são precedidos por eventos estressantes incontroláveis.

•Diátese: predisposição genética

• Estresse: fatores de risco ambientais no desenvolvimento de transtornos de humor.

EIXO HPAambiente genética

Psicofármacos Antidepressivos

• Inibidores da recaptação de monoaminas (noradrenalina e serotonina)

Ex: fluoxetina (SRS)

• Inibidores da monoaminoxidade (IMAO)

Ex: fenelzina

Mecanismo de Ação

Esquizofrenia

• Emil Kraeplin (1856-1926): primeiro a descrever a esquizofrenia…Dementia praecox• Eugen Bleuler (1857-1939): esquizofrenia, afrouxamento da textura do pensamento.• Quatro “A”s bleurerianos: associações, afeto, autismo, ambivalência.• Mente dividida (Bleuler)• Perda de contato com a realidade, perturbações de pensamento, percepção, humor e movimento.• Sintomas positivos: delírios, alucinações, discurso desorganizado, comportamento desorganizado ou catatônico.• Sintomas negativos: reduzida espressão da emoção, discurso pobre, dificuldade em iniciar comportamento dirigido.

Influência genética

Imagem cerebral

esquizofrêncio

Aumento no tamanho dos ventrículos, redução do tecido cerebral

Bases neurobiológicasA Hipótese Glutamatérgica: ativação dominuída dos

receptores de glutamato (NMDA) no encéfalo.• PCP (fenciclidina): “pó de anjo”, anestésico que induzia alucinações. Atualmente, droga recreativa, produzindo sintomas da esquizofrenia.

• Afeta sinapses que utilizam GLUTAMATO.

• PCP inibe receptores de GLUTAMATO

A Hipótese Glutamatérgica: isolamento social em camundongos mutantes com número reduzido de receptores

Bases neurobiológicasA Hipótese Dopaminérgica: ativação aumentada da

transmissão dopaminérgica.

• Episódios psicóticos iniciados pela ativação específica de receptores de dopamina (DA).

• Anfetaminas (NA e DA) em doses excessivas levam a episódios psicóticos semelhantes à esquizofrenia.

• A psicose pode se relacionar a DOPAMINA no encéfalo?

Clorpromazima (1950): neuroléptico bloqueador de receptores dopaminérgicos

Psicofármacos

• Neurolépticos convencionais (antipsicóticos)

Clorpromazina/ Haldol: bloqueio de receptores D2, efeitos colaterais extra-piramidais e discinesia tardia.

• Antipsicóticos atípicos

Clozapina, risperidona (menos efeitos colaterais).