Transpire Overline Edition - Edição Dezembro 2013

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Chegamos ao último mês do ano. 2014 está batendo à porta e com ele 365 novas opor-tunidades de fazermos diferente, fazermos melhor. A matéria de capa dessa edição conta a história de Milena Klein Machado,

triatleta e diabética, que se prepara para o Ironman Brasil Florianópolis em maio. E é também a forma que encontramos de passar nossa mensagem para o ano que se aproxima: “O que te impede?” Nada! Pois queremos que você conquiste tudo o que deseja, o que sonha, o que almeja! Nossa edição de final de ano está recheada com lindas fotos do Triathlon do Sesc, da Let’s Run e do Dash 113 Triathlon. Tem dicas de nutrição para correr no calor, coaching e cuida-dos com os cabelos durante as atividades físicas. Conheça também uma modalidade que tem tudo para “bombar” no verão 2014, a Vela WOW.

Boa leitura e até a próxima!Equipe Transpire

Que venha 2014! Expediente

#04

agenda

3ª Atlântida/Xangri-lá Night RunAtlântida/RS www.audax4.com.br

Rústica de GramadoGramado/RS www.rusticadegramado.com.br

Triathlon Praia do LaranjalPelotas/RS www.fgtri.org.br

Travessia Torres TramandaíTorres/RS www.corpa.esp.br

Conquistadores RaceCanela/RS www.conquistadoresrace.com

curtas

Editora e Jornalista ResponsávelStéphanie Perrone - MTB 15.577

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Diretor de FotografiaGuto Oliveira

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(51) 3026-4037www.transpire.com.br

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CapaMilena Klein

FotoGuto Oliveira

A Transpire Overline Edition não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios veiculados. Opiniões e conceitos emitidos

pelos colunistas não representam, necessariamente, os da revista.

facebook.com/transpire.esporte

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A Confederação Brasileira de Triathlon (CBTri) divulgou o calendário oficial de eventos para 2014. Porto Alegre mais uma vez será sede do Campeonato Brasileiro de Duathlon. Confira as demais provas previstas:

22/02 - Brasileiro de Aquathlon - Itajaí (SC)12/04 - Brasileiro de Duathlon - Porto Alegre (RS)20/04 - Brasileiro de Triathlon - Brasília (DF)17/05 - Brasileiro de Cross Triathlon - Vila Velha (ES)14/09 - Vila Velha Panamerican Cup/Triathlon do Exército - Vila Velha (ES)Brasileiro de Longa Distância - João Pessoa (PB) - A definirBrasileiro Infantil e Infanto Juvenil - Fortaleza (CE) - A definir11/10 - Copa Brasil Sprint Triathlon - Grande Final - Manaus (AM)

O mês de dezembro foi de comemoração para Grêmio e Inter. Ambos realizam corridas alusivas à momentos importantes dos times. No dia 01 de dezembro, a Corrida Gigante, primeiro evento oficial para marcar a reinauguração do Estádio Beira-Rio, reuniu cerca de 7000 corredores nos percursos de quatro e oito quilômetros. No final de semana seguinte, dia 08 de dezembro, foi a vez do tricolor reunir 6000 corredores para comemorar o primeiro ano da Arena e os 30 anos da conquista do título do Mundial de Clubes com uma corrida de três, cinco e 10km.

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Foto: Bianca Molina/Inter

Foto: Guto Oliveira/Transpire

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A gaúcha Eloiza Testolin conquistou a terceiracolocação entre as mulheres na dificilima prova daMizuno UpHill. Os participantes tiveram de subir a Serrado Rio do Rastro, em Santa Catarina. A corredora completou o percurso de 42km em 4h08min18. Outros oito gaúchos participaram do evento aberto somente para convidados. Daniela Santarosa (4h12min14s), Cláudia Webber (4h20min10s), Everton Larrondo (4h13min48s), Daniel Gohl (4h15min26s), Orlando Venâncio (4h28min29s), Gustavo Tubino (4h32min51s), Darvin Junior (4h47min19s) e Sérgio Crespo (5h16min15s).

A primeira maratonade subida do Brasil

O Rei e a Rainha do Mar são brasileiros

A dupla brasileira formada pelo nadador gaúchoSamuel de Bona e por Poliana Okimoto garantiu o

título de “Rei e Rainha do Mar” para o Brasil. Esta foi a primeira vez que o desafio foi disputado no sistema

de revezamento com duplas mistas representando os países. Ao todo, 14 nacionalidades estiveram

representadas nas areias da Praia de Copacabana. O percurso de seis voltas de 500m (450m nadando e 50m correndo na areia) foi dividido em três voltas para cada

atleta. Em segundo lugar chegou a dupla sul-africana composta por Chad Ho e Keri Anne Payne e em terceiro

os italianos Valerio Clero e Alice Franco.

Transpire

Conquistadores Race em Canela

Uma das provas de triathlon mais belas járealizadas no Brasil retorna em 2014 englobando

novas modalidades. O Experience 100K, que em 2013levou para Canela, em pleno inverno da Serra Gaúcha, um triathlon de longa distância volta no ano que vem

cheio de novidades. Agora com o nome de Conquista-dores Race e reunindo triathlon nas distâncias longa

(1.500m - 77,5Km - 21Km) e sprint (750m - 28Km - 5Km) e corrida trail com três opções de percurso (5, 10 e

21Km). O evento ocorrerá dia 02 de fevereiro no Par-que Fazenda da Serra. Mais informações no site oficial

www.conquistadoresrace.com

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Foto: Satiro Sodré/SS Press

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corrida Vamos correr!

A Let’s Run - antiga Maratona de Revezamento Paquetá Esportes Asics - chegou para

ser um evento diferenciado. Mesclando esporte, entretenimento, saúde e bem-estar, a prova teve duas opções de percurso individual - 3km e 21km - além do tradicional revezamento, nesta edição realizado na distância total de 21km, podendo ser dividido em duplas ou quartetos. Cerca de 4.000 mil atletas participaram da prova que teve largada em frente ao Jockey Club, na Zona Sul de Porto Alegre.

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A prática de esportes requer total dedicação com o corpo e com a saúde, o que inclui treinos diários e um cuidado com a alimentação. Sem disciplina nestas duas áreas é difícil se

tornar um atleta de sucesso. Por isso, abordaremos a importância de manter uma dieta regular agregada a uma rotina de exercícios e como o processo de Coaching pode ajudar nesta área da sua vida.

Normalmente, durante esta época do ano, o número de esportis-tas aumenta no sul do Brasil. A temperatura agradável e os dias mais longos são grandes incentivadores para uma vida saudável. Mas, para quem não possui o hábito de praticar exercícios físicos em sua rotina e começa sem uma boa orientação, pode encontrar alguns obstácu-los capazes de fazer a pessoa desistir de um novo projeto de vida.

O processo de Coaching ajuda o atleta em fase inicial a entender o porquê, e como, aliar dieta e exercícios físicos, que são fundamentais para manter a saúde em dia. Assim, fica mais fácil chegar ao objetivo planejado e ter benefícios duradouros. O acompanhamento é perso-nalizado e todas as estratégias são definidas a partir do que o Coachee (cliente) está proposto, sem excluir aquilo que faz bem para a sua vida.

Na sessão com o Coach podem ser avaliadas as áreas que estão diretamente ligadas à prática esportiva e o propósito estabelecido, como: saúde e estética; hábitos e comportamentos, valores e pa-drões culturais e de que forma o Coachee pode incluir ações que irão contribuir para o ganho em qualidade de vida.

por Márcio de Oliveira

Controle da dieta com o Processo de CoachingTambém será estabelecido uma rotina para as refeições e treinos.

Tudo feito de acordo com a agenda disponível do Coachee e adequa-do ao tipo de treino que a pessoa está realizando. O trabalho é ainda melhor quando feito em parceria com um nutricionista, uma vez que o Coach tem apenas a responsabilidade de organizar e incluir a dieta na rotina do atleta, sem causar danos às atividades que este já realiza.

Portanto, o trabalho busca a melhor maneira para a adequação de quem quer motivação para treinar e manter uma dieta saudável. Nas sessões, são analisados impulsos, pensamentos e necessidades inconscientes que influenciam na saúde física. Toda esta rotina e o estilo de vida são avaliados de acordo com o resultado desejado e se a pessoa está proposta a mudar hábitos que não contribuem mais em sua vida e não ajudam para o estilo saudável. É necessário o entendimento de que os novos hábitos são importantes para a realização esportiva e o comprometimento de que as novas metas serão cumpridas, para você vencer em todos os sentidos.

Então, bora aproveitar nosso verão com muita saúde e bons resultados pessoais, pois nunca é tarde para começar!!!

Márcio de OliveiraCoach em Programação Neurolinguística(51) 8446-9969

coaching

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triathlon

Dash 113 Triathlon: uma prova veloz

O Dash 113 Triathlon chegou prometendo ser uma prova rápida e com uma das maiores

premiações, cerca de R$ 120.000,00. Promessas mais que cumpridas no dia 01 de dezembro, na badalada Praia de Jurerê Internacional, em Florianópolis. O clima nublado, o vento praticamente inexistente e o mar calmo colaboraram com os quase 500 atletas que enfrentaram os 1.900m de natação, 90 quilômetros de ciclismo e 21 quilômetros de corrida.

Na elite masculina e feminina, grandes nomes do triathlon brasileiro, configurando--se como um dos startlists mais fortes. Rei-naldo Colucci e Carolina Furriela gravaram seus nomes na história do evento ao vence-rem a primeira edição.

E para o ano que vem a organização já confirmou a data: 30 de novembro. Em breve as inscrição serão abertas.

Elite Feminina1 - Carolina Furriela - 4h24min02s2 - Bruna Mahn - 4h25min46s3 - Ariane Monticeli - 4h26min50s4 - Vanessa Gianinni - 4h28min48s5 - Ana Lídia Borba - 4h32min40s6 - Gisele Bertucci - 4h35min12s7 - Joanna Carrit - 4h36min46s8 - Fernanda Garcia - 4h47min13s

Elite Masculina1 - Reinaldo Colucci - 3h45min05s2 - Santiago Ascenço - 3h46min48s3 - Juraci Moreira - 3h49min09s4 - Guilherme Manocchio - 3h50min10s5 - Chicão Ferreira - 3h51min52s6 - Eduardo Lass - 3h52min19s7 - Mario de Elias - 3h59min00s8 - Frank Silvestrin - 4h00min36s

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Fotos: Stéphanie Perrone/Transpire

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vela Quanto mais vento melhor!

É em meio a tanta tecnologia e jogos que nos prendem ainda mais dentro de casa que o arquiteto Thomas Burger resolveu dar um passo para trás e fazer o caminho inverso. Se você

ainda não ouviu falar das velas WOW, fique atento, pois a tendência é que elas sejam vistas cada vez mais em locais onde o vento corre solto, como orlas, e em espaços abertos com pavimentação.

A ideia surgiu em novembro de 2012, época em que Thomas costumava velejar e quis achar uma nova utilidade para uma vela que seria colocada fora. “A invenção surgiu bem no período em que eu buscava aliar a necessidade de obter forma física com alguma adrenalina, mas que me motivasse de maneira constante e praze-rosa”, destaca. Assim, ele desenvolveu uma espécie de asa em for-mato retangular, semitransparente e desmontável que proporciona propulsão sobre rodas. Inicialmente foi idealizada para ser utilizada por skatistas, mas já ganhou adeptos do roller, patins e de Stand UP. “Trata-se de uma vela que nos dá equilíbrio, segurança e impulsiona automaticamente de acordo com o vento”, explica.

Atualmente elas estão disponíveis em quatro tamanhos (Kids, P, M e G), todas criadas visando a se adaptar à idade, ao peso e à técni-ca da pessoa, assim como à força do vento no momento da prática. Desta forma, pode-se dizer que é um esporte democrático, que não delimita idade e cujas únicas condições físicas fundamentais são a de

ter força para dar um primeiro impulso e equilíbrio para se “safar” caso haja algum imprevisto. “Não é necessário ter experiência prévia. A vela é puramente intuitiva e em poucos minutos todos aprendem a forma de manejar o equipamento”, destaca o arquiteto.

Conrado Gabriel Gonçalves, 26 anos, sempre andou de skate, mas quando conheceu essa vela há aproximadamente dois meses ficou im-pressionado com, segundo ele, “a sensação prazerosa e a injeção de adre-nalina” que ela proporciona. Ele ressalta que depois que testou, não des-cansou até adquirir a sua. “Nunca me passou pela cabeça que poderíamos andar de skate tendo como apoio o vento e sendo tão fácil”, enaltece.

Marco Aurélio Costa Teixeira, 30 anos, conheceu a modalidade através de uma vizinha e como sempre gostou de skate, resolveu expe-rimentar essa novidade. “O que mais me chamou a atenção foi velejar no asfalto aproveitando o vento para impulsão, assim como a sensação de liberdade e a adrenalina”, destaca. Além da diversão que ela propor-ciona, ele ressalta o fato da modalidade requerer somente que a pessoa tenha “equilíbrio, força de vontade e saber usar e trabalhar com o vento”.

Se você ainda não se convenceu, saiba que os benefícios do es-porte não se restringem a questão estética. “As pessoas poderão fazer exercício físico e mental em uma atividade simples e que nos faz tomar decisões a cada segundo. É uma academia ao ar livre que mistura diversão e saúde”, finaliza Thomas.

Texto: Estefânia Martins Fotos: Divulgação/Velas WOW

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A atividade fisica tem muitos benefícios, tanto para o corpo como para a nossa saúde. Mas também pode trazer alguns desconfortos para seus cabelos. O uso de elásticos e pren-

dedores, suor e cloro podem prejudicar a saúde dos fios, assim como a falta de tratamento pós-exercicios.

Prender os cabelosPrenda os fios em coques, tranças e rabo-de-cavalo folgados. A

pressão pode causar queda de cabelo e até alopécia. Cabelos soltos podem atrapalhar no momento do exercício e até enrolar em algum aparelho. Evite prender os cabelos molhados, porque os fios estão mais fragéis e podem quebrar. Quem tem extenções (mega hair) deve ter mais cuidado ainda, o suor em contato com as mechas res-secam os fios. Aiás, o suor é um grande vilão. O sal contido no suor junto com a oleosidade natural do couro cabeludo deixa os fios opa-cos, sem vida e quebradiços.

por Gylson Collares

Cuidado com os cabelos e atividade física

Exercícios ao ar livrePara quem pratica este tipo de exercício, é aconselhavel usar

chapéu ou boné para proteger os fios dos raios solares. Estes devem ser de material leve, porque se o cabelo ficar muito abafado pode causar dermatite seborreica.

PiscinaNas piscinas o problema maior é o cloro. Além de ressecar ele des-

bota os fios. Antes de entrar aplique silicone, formando uma película pro-tetora dos fios e umedeça-os com água doce antes e depois de nadar.

Sempre que acabar os exercícios molhe os cabelos com água pura em abundância antes de aplicar o shampoo. Após isso lave nor-malmente com produto especifico para o seu tipo de cabelo e não esqueça de usar bons hidratantes. Procure usar uma máscara de tra-tamento profundo uma vez por semana e faça hidratações com seu cabelereiro pelo menos a cada 15 dias.

Gylson Collares - Cabelereiro e visagistaAtende no Spazio di Bellezza il Giardino, na Rua Comendador Rheingantz, 706

(51) 3388-2480; 3026-2480 e 9285-5074

beleza

Nova Vida

Corrida:A melhor forma de sair das drogas

Para saber mais sobre o Projeto Nova Vida e como ajudar na sua continuidade entre em contato com a Transpire através do e-mail [email protected]

Texto : Cristiano Fetter Antunes - Educador Físico

Olá, leitores da Transpire OE!!! Na úl-tima edição falei um pouco sobre o papel da atividade física regular

na prevenção e tratamento de Dependentes Químicos, mas vale salientar que isto serve para qualquer pessoa, inclusive você que está aí virando as páginas de uma revista.

Hoje vou falar sobre que tipo de exer-cício os estudos demonstram como sendo mais efetivos para prevenção e tratamento de dependentes químicos. Vamos lá:

A atividade física propicia um bem-estar fisiológico (relacionado à capacidade física), psicológico (relacionado aos aspectos psico-biológicos) e social (com relação ao status, etc.) do indivíduo. As adaptações metabó-licas diante da atividade física são relativa-mente rápidas, pois os sistemas do corpo trabalham para que haja uma homeostase. Essas adaptações acabam contribuindo para alterações comportamentais e de humor.

Do ponto de vista neurobiológico, é possível notar indícios de que a atividade

física atua positivamente no sistema de re-compensa do cérebro, local onde as drogas psicoativas também agem, o que pode ser útil tanto como uma estratégia de preven-ção, quanto como adjuvante no processo de tratamento e reabilitação de dependen-tes químicos de cocaína.

Do ponto de vista cientifico, a rápida transição entre a experimentação da subs-tância e o uso contínuo (dependência) é uma das grandes preocupações dos pesqui-sadores. Cientistas recriaram a dependência química em animais, através de um grande estudo liderado pelo Dr. Smith (grande cien-tista da área), e que evidenciou que ratos que realizavam exercícios aeróbios utiliza-vam menos substâncias psicoativas que ra-tos que não realizavam nenhuma atividade.

Você pode achar uma evidência sem sentido, afinal o rato não é um ser humano. Então vale observar que os ratos tem uma semelhança fisiológica com o ser humano muito grande e todos grandes estudos ini-

ciam com ratos por este motivo.Vamos falar um pouco sobre a nossa ex-

periência com o NOVA VIDA. Durante um ano e meio desenvolvemos um trabalho para os jovens que saiam da comunidade terapêutica e iam ter treinos de corrida. Durante este tem-po não tivemos nenhuma recaída dos “atletas” que treinávamos, a experiência de 10 anos com dependentes químicos me leva a assegurar que exercícios aeróbios são os mais benéficos para prevenção e tratamento de dependentes químicos. Por isso, se você conhece alguém que usa drogas e não sabe como ajudar, nem como abordar o individuo, dou a seguinte dica: convide-o para uma breve corrida! Tenho cer-teza de que este vai ser um belo primeiro passo para uma NOVA VIDA longe das drogas.

Dúvidas e sugestões entrem em contato!Até a Próxima!

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capa Tudo é possível!Fotos: Guto O

liveira/Transpire

“O diabetes não ‘muda em nada’ e é possível ter uma vida muito saudável e fazer

de tudo”. Assim começa a história de Milena Klein Machado, 22 anos, profissional de educação física, triatleta e diabética. Em 2014 ela irá participar do Ironman Brasil Florianópolis, o primeiro de sua carreira.

Esportista desde a infância, com quatro anos iniciou no judô e dos oito aos 13 jo-gou futebol. “Entrando para o Ensino Médio larguei o futebol, mas logo percebi que não conseguiria ficar sem o esporte então entrei para uma academia onde fazia musculação e lutas. Sempre fui hiperativa e achava no es-porte um meio para me tranquilizar”, conta.

O Diabetes surgiu na vida de Milena quando ela tinha 12 anos. “Emagreci seis quilos em quatro dias. Fiz o exame de san-gue e fui diagnosticada com a doença. No início foi bem difícil me adaptar com a nova situação, tive alguns anos de revolta onde

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não fazia o tratamento corretamente”.Em 2009, ela começou a correr com o

grupo do Instituto da Criança com Diabetes (ICD). Em três meses os exames melhora-ram e a qualidade de vida aumentou. Tudo graças ao esporte. A triatleta destaca que “se após o impacto do diagnóstico, a pes-soa tiver domínio da situação e enfrentar o desafio, conseguirá dar a volta por cima e superar qualquer dificuldade”.

No ano seguinte conheceu um triatleta que a presenteou com um DVD do Ironman do ano anterior. Foi o empurrão para uma paixão pela modalidade. “Quando assisti aquele DVD tive certeza que era aquilo. Me arrepio só de pensar. Comecei a nadar e me apaixonei pelo esporte. No final de 2010 comprei uma bicicleta speed para dar início aos treinos. Em agosto de 2011 me inscrevi para o Ironman 70.3 de Penha, em Santa Ca-tarina, e comecei os treinos com foco total.

A primeira prova oficial de triathlon foi o

Olímpico de Osório em novembro de 2011, já visando a preparação para a competição em solo catarinense. “Queria sentir logo o que se-ria fazer o IM 70.3 e fui direto para a distância olímpica. Terminei a prova em 3h29min, fui a última atleta a chegar de toda prova. Lem-bro que na última volta da corrida vinha uma Kombi do meu lado recolhendo os cones, fi-nalizei com muita alegria pelo desafio venci-do, foi uma prova bem difícil”, relembra.

Após vencer o primeiro desafio, Mile-na teve que convencer a família de que o triathlon não era a loucura que parecia ser. “Lembro que logo depois da competição cheguei da faculdade e meus pais falaram, precisamos fazer uma reunião de família. Sentamos todos na sala: meu pai, minha mãe e meu irmão e aquele silêncio, quando meu pai começa a falar: ‘minha filha nós quere-mos o teu bem, nós te amamos e estamos preocupados com vocês, você sofreu muito para fazer aquela prova de domingo imagina

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fazer o IM 70.3, vai que acontece algo com você. Sabemos que você não desiste das coisas, mas o corpo tem um limite, nós que-remos você bem do nosso lado.’ Na hora eu não sabia se eu ria ou chorava, expliquei a si-tuação e consegui amenizar, disse que preci-sava do apoio deles para esta nova etapa até o IM 70.3 e eles concordaram. Hoje tenho eles como meus maiores incentivadores”.

A rotinaO Diabetes faz parte da vida de Mile-

na há quase dez anos, fato que ela admi-nistra de forma natural dentro da rotina, principalmente a esportiva. “Sempre que vou treinar ou em competições faço o teste de glicemia: antes, durante e após. Pois dependendo do treino a glicemia vai responder de forma diferente. Por exem-plo, um treino de natação em que a água está fria há maior possibilidade de cair a taxa glicêmica, já que o corpo gasta mais energia para conseguir manter sua tempe-ratura. Durante o percurso da bike, o mais importante é manter a glicemia em uma taxa que se sinta confortável, taxa que fo-ram obtidas durante o treino, pois a glice-mia elevada precede de uma sensação de fadiga e cansaço, fazendo com que o rendi-mento caia e também sendo prejudicial na corrida. Já na corrida, por ter mais experi-

Sou atleta como todos os outros. Me

alimento como atleta, treino como atleta e vivo como uma

atleta.

”ência, é mais fácil para controlar a glicemia durante o percurso. Adotamos uma forma de fazer um auto-teste de glicemia a cada 5 ou 8km percorridos, para assim termos um controle maior e em caso de hipoglice-mia a facilidade de correção com os suple-mentos”, explica.

A importância dos exercícios

O exercício físico regular é um impor-tante componente no tratamento de pa-cientes diabéticos, principalmente por re-duzir fatores de risco cardiovascular, como a hipertensão. Ao lado da reposição feita com insulina e da manutenção de uma dieta equilibrada, eles formam um tripé essencial no controle e ajuste do distúrbio.

“Quando um indivíduo pratica qualquer atividade física, o organismo do mesmo fica

sensível à insulina, fazendo um uso mais reduzido do hormônio. Essa sensibilida-de pode durar até 48 horas após a pratica esportiva. No caso de um triatleta diabé-tico onde os treinos são di-ários, com poucos dias de descanso essa sensibilidade estará sempre aumentada, aproximando as condições metabólicas do organismo de um estado fisiológico normal”, ressalta Milena.

Parceiro de todas as horas

Para enfrentar os desafios do triathlon, Milena conta com a parceria do noivo Vi-tor Casagranda, que também é diabéti-co. Os dois ingressaram juntos no mundo esportivo, com as corridas de cinco, dez e 21 quilômetros até chegarem aos 42km da maratona. Com a proximidade nas compe-tições eles foram se conhecendo melhor e começaram a namorar.

“Quando iniciamos o relacionamento eu já nadava, pedalava e corria e ele só corria. Logo nos primeiros meses ele já comprou uma mountain bike e nós pedalávamos juntos no final de semana. Eu sempre in-centivava ele para treinar para triathlon e começar a nadar, mas ainda não tinha des-pertado este desejo nele. Mesmo assim ele sempre me incentivou e apoiou, principal-mente durante toda a preparação para o 70.3 de Penha”.

No final de semana da prova, Milena embarcou sozinha para Santa Catarina, pois era a formatura de Vitor. Mas a surpresa veio quando durante a última volta de ci-clismo dela na prova ele chegou com uma câmera gravando o grande momento dela como triatleta. “Não pude conter as lagri-mas a alegria era enorme, cruzar a linha de chegada e ver a pessoa que amo muito te esperando foi um grande momento. Na se-mana seguinte a minha prova ele começou a nadar e dai o resultado foi o Dash”.

Dash 113O desafio mais recente do casal foi o

Dash 113 Triathlon, no dia 01 de dezem-bro, em Jurerê, “Terra do Ironman Brasil”. Da inscrição por impulso até a prova foram muitos dias de treinos e controle.

“Minha prioridade para o primeiro se-mestre de 2013 era fazer a maratona de Porto Alegre, onde obtive um ótimo de-sempenho e finalizei a prova em 4h14min.

Milena utiliza uma bomba de infusão de insulina para o controle da glicemia. O aparelho a permite manter uma vida ativa e sem muitas restrições de dieta ou de horários.

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Após, veio o período de recuperação e o começo dos treinos com foco total para o Dash. Meu objetivo era melhorar o tempo em relação ao IM 70.3. Fiz o que era neces-sário: treinar, treinar, treinar e não arran-jar desculpas, mas também sentir o corpo e o principal respeitá-lo”, conta Milena que nos últimos três meses ainda teve que lutar contra a balança. “Foram 4,9kg de gordura a menos e um ganho de 2,7kg de massa magra. Também consegui melhorar muito meu controle glicêmico”.

Antes da competição em Penha ela nunca tinha feito uma prova com tamanha exigência física e mental, por isso, não sa-bia como o corpo e a glicemia iriam reagir. Em 2011, tudo era novidade e isso a levou a cometer erros de logística que causaram uma hiperglicemia, a prejudicando duran-te a prova.

Agora, em 2013, mais experiente e

consciente de seu corpo, Milena sabia exa-tamente o que precisava ser feito e quais seriam as doses de insulina durante a pro-va para evitar uma nova hiperglicemia ou até mesmo uma hipoglicemia (baixa do ní-vel de açúcar no sangue). “Fui para a prova confiante, com os exames feitos e recon-sulta com uma equipe multidisciplinar no ICD três dias antes da prova, onde só rece-bi elogios.”

Ela finalizou o percurso em 5h33min31s, mesmo tempo que o noivo, mas ambos di-zem que cruzar a linha de chegada juntos foi algo totalmente inesperado.

“Quando entrei na água pensei comigo mesma, hora da brincadeira vou me diver-tir e curtir a prova, e assim fui a prova toda curtindo sem sofrimento, me sentindo su-per bem, gritava para galera, brincava com os amigos que estavam assistindo, fazia pose para foto”, relembra.

Nossa parceria é feita para quebrar recordes e superar

limites, provando que um diabético bem

controlado pode, sim, levar uma vida normal

e até mesmo fazer o que fazemos. Queremos

ser exemplos para os iniciantes e orgulho para os mais experientes. Por

ambos serem da área da saúde, professores

de educação física, achamos nos desafios

uma forma de promover nosso trabalho e a união,

fortalecendo cada vez mais a relação.

Que venha o Iron!Milena não esconde a preferência pelas

provas mais longas. “Meu foco principal sempre foi o Ironman, desde 2010, então sabia que tinha que ir mais longe, cinco, 10 ou 21 quilômetros não são para mim”.

A vontade é tanta que em 2014 ela fará sua estreia no Ironman Brasil Florianópolis. Serão 3.800m nadando, 180km pedalando e 42km correndo. “Sei que tenho um caminho a ser percorrido e terei que ir evoluindo, a cada treino e prova que aumento as distâncias, me sinto mais perto da linha de chegada do IM”.

A preparação seguirá o que já vem sendo feito. “Treinar dando meu melhor e respeitan-do o limite do meu corpo. Manter traçando um objetivo que esteja dentro do meu alcan-ce, controlar as glicemias e melhorar ainda mais o meu controle do Diabetes e seguir as rotinas de treinos. Quero fazer a prova me di-vertindo e curtindo cada quilômetro”.

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Renata Rudoi Schwartz - Nutricionista, CRN 2/7396Mestre em Metabolismo pela Universidade de Barcelona; Pós-graduada em Nutrição e Patologias; Proprietária da Clínica Nutriskin - Rua Mostardeiro, 5 / sala 810 e 812 - Fone: (51) 3314-8520 - www.nutriskin.com.br

por Renata Rudoi Schwartz

No inverno, as baixas temperaturas favorecem o de-sempenho. Já no verão, o calor se torna um desafio a mais para os corredores. Por isso, quem tem alguma

prova na agenda para as próximas semanas deve redobrar a atenção e simular as condições que encontrará na corrida.

Confira algumas dicas para driblar as dificuldades impos-tas pelas altas temperaturas:

Alimentação apropriadaProvas em altas temperaturas e umidade desgastam

mais o organismo. O ideal é consultar um nutricionista. Três dias antes da corrida, aumente a ingestão de carboidratos, água e sucos e diminua carnes e gorduras, que têm digestão lenta. Com baixo volume de treinos e o reforço alimentar, os músculos terão força extra.

Mais energia no trajetoA forma mais convencional de suplementação é com car-

boidratos em gel. Isotônicos ajudam, mas têm carboidrato em pouca quantidade. Recomenda-se a ingestão de frutas secas, banana e batata cozida. Quanto maior a prova e mais lento o corredor, maior a atenção.

HidrataçãoNo clima quente você deve consumir ao menos dois co-

pos de água a mais que o habitual. Se você vai correr bem cedinho, o melhor a fazer é se hidratar bem no dia anterior. A regra básica é beber entre meio litro e um litro de líquido por hora de exercício, ou 90-180 ml de líquidos a cada 15-20 minutos. Use também as bebidas que contêm eletróli-tos, porque o suor elimina uma grande quantidade de sais minerais do organismo. Use alguma bebida que contenha entre 25-50 gramas de carboidratos, 230-345 mg de sódio e 40-100 mg de potássio.

Correndo no calor

EspaçoNutrinforma

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triathlon

Circuito Sesc encerra temporada em Tramandaí

Fotos: Guto Oliveira e Fábio Viero/Transpire

Após passar por cinco Estados, o Circuito Sesc de Triathlon chegou à sua útlima etapa reali-zada em Tramandaí. O forte vento caracterís-

tico do Litoral Norte gaúcho e o sol escaldante aumen-taram a dificuldade da prova. Cerca de 400 atletas entre profissionais e amadores de todo o Brasil par-ticiparam da disputa das distâncias sprint e olímpica.

Os grandes vencedores da categoria elite foram o paranaense Mauro Cavanha Conceição e a goiana ra-dicada em São Paulo Flávia Fernandes. O gaúcho Lu-cas da Silveira Pretto terminou na segunda colocação.

Paralelamente foi realizada a prova de duathlon com cinco quilômetros de corrida, 20 quilômetros de ciclismo e mais 2,5 quilômetros de corrida, reunindo 75 atletas. Leandro Castagna venceu no masculino e Luciana Ploia Mello no feminino.

Mudanças em 2014Prestes a completar 10 anos em 2014, foram anun-

ciadas durante o congresso técnico da etapa gaúcha al-gumas mudanças para o ano que vem como a inclusão de duas etapas, uma em Palmas/TO e outra em Minas Gerais, em cidade ainda a definir, totalizando oito em todo o circuito. Um novo sistema de ranking e premia-ção para a elite será criado, além do aumento da pre-miação para os amadores e comerciários. Com isso, o Circuito Sesc de Triathlon consolida-se como o maior e mais abrangente evento da modalidade no país.

Os resultados completos da prova de Tramandaí estão no site www.sesc-rs/triathlon.

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corrida Rústica das Rosas

Evento integrante do calendário oficial de atividades da Festa das Rosas, na cidade de Sapiranga, a Rústica das Rosas reuniu cerca de 300 atletas, nos percur-

sos de três, cinco e 10 quilômetros. A competição também contou com distâncias para as crianças.

Fotos: Stéphanie Perrone/Transpire

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O treinamento funcional já existe há décadas, porém, foi nos últimos anos que a modalidade virou a queridinha entre atletas e não atle-tas. saíram de cenas os grandes aparelhos das salas de musculação

e entraram bosus, cordas, elásticos e kettlebells. Aumentaram também as possibilidades de trabalhar o corpo como um todo.

De acordo com Clayton de Melo Rodrigues, sócio-proprietário e profes-sor na 303WOD, “atualmente, o treinamento funcional vem mantendo a sua essência como um método de treinamento físico, com a premissa básica de melhora da aptidão física relacionada à saúde ou melhora da aptidão física relacionada à performance e prevenção de lesão muscular.”

A principal característica desse tipo de treinamento é realizar e melhorar as habilidades motoras fundamentais do ser humano. A vantagem é atender indivíduos com os mais variados níveis de condicionamento, criando um am-biente dinâmico de treino. Não há idade para praticar o funcional, crianças a partir dos sete anos já podem iniciar com atividades mais lúdicas e mesmo os idosos são beneficiados com as técnicas, trabalhando movimentos essenciais para uma vida independente.

“Na 303WOD buscamos ter um atendimento bem personalizado e um ambiente muito familiar. Nossos métodos de treino são elaborados a cada aula e de acordo com o objetivo de cada aluno, direcionado tanto para o emagrecimento quanto para o ganho de massa muscular, e nunca repetindo o treino”, explica Clayton.

Procurando sempre investir na qualificação dos profissionais da 303WOD, recentemente, eles participaram do curso de CrossFit, programa de treina-mento de força e condicionamento físico geral que vem ganhando populari-dade. “O CrossFit são movimentos funcionais (padrões universais motores) constantemente variados de alta intensidade, movimentos que são essenciais para a vida independente e qualidade de vida”, destaca o educador físico.

O método busca desenvolver e melhorar todas as capacidades físicas, são elas: resistência cardiovascular (respiratória), resistência muscular, força, flexi-bilidade, precisão, potência, agilidade, equilíbrio, coordenação e velocidade. Um treino típico de CrossFit, inicia pelo aquecimento, após vem a prática de uma técnica ou segmento de treinamento de força e depois o WOD (workout of the day), ou treino do dia. Por isso na 303WOD cada dia é um novo treino e um novo desafio a ser vencido.

Cada dia um treino e um novo desafio

Rua João Walig, 303(51) 3208-0684 ou (51) 8450-2894Horários: segunda a sexta, das 6h às 22h sábado, das 9h às 15h

www.facebook.com/303WOD

treinamento

Fotos: Guto Oliveira/Transpire

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