Transtornos de Personalidade Paranóide

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Transtornos de Personalidade Paranóide Personalidade é forma de comportamento de um indivíduo. É o “jeitão” de ser da pessoa. O Transtorno de Personalidade aparece quando o comportamento é pouco ajustado e prejudica o indivíduo nas relações sociais, causando a ele próprio e aos outros, sofrimento e incômodo. As causas dos transtornos são variadas, geralmente relacionadas com as experiências infantis. Veja a seguir alguns tipos de transtornos de personalidade: Paranóide; Esquizóide; Esquizotípica; Esquiva; Borderline; Narcisista; Anti-social; Histriônica; Obsessivo-Compulsiva; Dependente Vamos estudar agora o Transtorno de Personalidade Paranóide. Características: Pessoas muito desconfiadas. Sentem-se enganadas, exploradas ou traídas pelos outros. As suspeitas não têm fundamento ou são exageradas. Paranóides têm dúvidas sobre a lealdade dos outros; ações e sentimentos dos outros ou fatos irrelevantes, são tratados como ameaçadores, traições ou insultos.Busca o isolamento social.A desconfiança extrema causa cautela demasiada, sendo que o paranóide pode ser agressivo. Rancorosos, ciumentos, invejosos e com desconfianças infundadas sobre a fidelidade das pessoas. Grande dificuldade para perdoar injustiças ou insultos. Irritabilidade e ansiedade são comuns. Ofendem-se intensamente quando alguém lhe aponta algum defeito.

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Transtornos de Personalidade Paranóide

Personalidade é forma de comportamento de um indivíduo. É o “jeitão” de ser da pessoa.

O Transtorno de Personalidade aparece quando o comportamento é pouco ajustado e prejudica o indivíduo nas relações sociais, causando a ele próprio e aos outros, sofrimento e incômodo.

As causas dos transtornos são variadas, geralmente relacionadas com as experiências infantis. Veja a seguir alguns tipos de transtornos de personalidade:

Paranóide; Esquizóide; Esquizotípica; Esquiva; Borderline; Narcisista; Anti-social; Histriônica; Obsessivo-Compulsiva; Dependente

Vamos estudar agora o Transtorno de Personalidade Paranóide.

Características:

Pessoas muito desconfiadas. Sentem-se enganadas, exploradas ou traídas pelos outros.As suspeitas não têm fundamento ou são exageradas.Paranóides têm dúvidas sobre a lealdade dos outros; ações e sentimentos dos outros ou fatos irrelevantes, são tratados como ameaçadores, traições ou insultos.Busca o isolamento social.A desconfiança extrema causa cautela demasiada, sendo que o paranóide pode ser agressivo.

Rancorosos, ciumentos, invejosos e com desconfianças infundadas sobre a fidelidade das pessoas.

Grande dificuldade para perdoar injustiças ou insultos.

Irritabilidade e ansiedade são comuns. Ofendem-se intensamente quando alguém lhe aponta algum defeito.

Excessiva sensibilidade em ser desprezado.

Tendência a distorcer e interpretar erradamente os atos dos outros.

Auto-valorização excessiva.

Preocupações exageradas com fofocas e intrigas.

A pessoa paranóide deve procurar ajuda fazendo psicoterapia.

Terapia Cognitiva Comportamental

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PERGUNTAS FREQÜENTES

Qual a linha de psicoterapia usada pelo psicólogo Flávio Pereira?

Terapia cognitivo-comportamental (TCC). Cogniçãodiz respeito ao conhecimento, raciocínio e pensamento. Além dela ele também trabalha com outras linhas de acordo com o problema que o cliente apresenta.Como funciona a psicoterapia TCC?

Terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma terapia breve porque trabalha com um número de sessões reduzidas.  O terapeuta ensina métodos para que os clientes resolvam os seus problemas atuais e possam evitar problemas futuros. Estes métodos foram testados muitas vezes em estudos científicos realizados nas maiores universidades no mundo todo.Qual a teoria que embasa os métodos da Terapia cognitivo-comportamental (TCC)?

Nossas cognições influenciam sobre nossas emoções e comportamentos. Os comportamentos afetam os pensamentos e emoções. A  Terapia cognitivo-comportamental (TCC) se baseia em preceitos sobre a função da cognição no controle da emoção e dos comportamentos.

A personalidade é moldada por crenças que se desenvolvem cedo na vida, como resultado de experiências pessoais e da influência dos pais e da sociedade. As pessoas criam crenças rígidas e absolutas com base em suposições errôneas, pensamentos distorcidos, conceitos vagos e processamento falho das informações. As crenças provocam dificuldades nos relacionamentos.

Para resolver os problemas é preciso ter consciência das crenças e dos pensamentos distorcidos.

Exemplo: um homem que tem o pensamento distorcido “dificilmente serei bem sucedido como os outros”, poderá interpretar negativamente uma avaliação neutra ou boa, na escola ou trabalho. A avaliação negativa dele provocará comportamentos ruins: frustração, desânimo, irritação e todas as conseqüências dos sentimentos negativos.

A Terapia cognitivo-comportamental (TCC) ensina o paciente a “pensar sobre o pensamento” para trazer à consciência os pensamentos automáticos, reconhecer os erros de cognição e a conseguir o controle sobre eles.Como o terapeuta ajuda o cliente?

Na Terapia cognitivo-comportamental (TCC) o terapeuta ajuda o cliente a enxergar as crenças (= ter conhecimento, consciência), os

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prejuízos que elas causam e a desfazer os pensamentos distorcidos. O cliente aprende a corrigir o pensamento distorcido que julgava ser infalível. Como corrige? Testando a validade da crença, encontrado falhas nelas e substituindo as mesmas por pensamentos alternativos, mais favoráveis à qualidade de vida e mental. O terapeuta ajuda o cliente ir à busca da raiz das crenças, a enxergar pensamentos irrealistas/distorcidos, os comportamentos destrutivos e a comunicação inadequada.Como age o terapeuta?

Na Terapia cognitivo-comportamental (TCC) o terapeuta é pragmático (prático), objetivo, vai direto ao ponto. Por isto a terapia é breve. O cliente não fica analisando por meses ou anos as influências dos pais e da sociedade. Saiba mais sobre a relação entre terapeuta e paciente.Qual o objetivo daTerapia cognitivo-comportamental (TCC)?

É comprovar através de técnicas que os pensamentos distorcidos/automáticos do cliente estão ligados a emoções e como estas são originadas das crenças aprendidas, que por sua vez se originaram de falhas no processamento de informações. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) reeduca o cliente. Ele aprende a processar adequadamente as informações.Quais as ferramentas que o terapeuta usa?

Entrevistas, formulários para coletar informações, questionários, exercícios e tarefas. Os exercícios servem para trazer à tona as crenças básicas e mostrar ao cliente sobre o que elas causam.Qual a diferença entre a Terapia cognitivo-comportamental (TCC) e outras terapias?

Na Terapia cognitivo-comportamental (TCC) se difere por ser orientada para um alto grau de colaboração entre o paciente e o terapeuta, por ser fortemente empírica (prática) e pelo uso de técnicas direcionadas para a ação. O terapeuta cognitivo-comportamental é normalmente mais ativo do que os terapeutas de outras formas de terapia.

Na Terapia cognitivo-comportamental (TCC) o “paciente” é incentivado a ser ativo, assumir responsabilidades na relação terapêutica porque precisa colaborar com o terapeuta.  ATerapia cognitivo-comportamental (TCC) é focada para o trabalho prático e para o senso de equipe (cliente + terapeuta). A TCC usa o questionamento socrático e descoberta guiada que consiste em fazer perguntas ao cliente estimulando-o a inquirir, a ser curioso e se envolver na aprendizagem de descobrir padrões de comportamento inadequados. A TCC é psicoeducativa.

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O terapeuta usa mini-aulas para esclarecer o cliente e recomenda leitura de livros. A Terapia cognitivo-comportamental (TCC) usa métodos de estruturação como estabelecimentos de metas, prescrição de tarefas de casa e realização de avaliação de sintomas.

A Terapia cognitivo-comportamental (TCC)trabalha com a reestruturação cognitiva porque ajuda o cliente a identificar pensamentos automáticos/distorcidos e a mudar estes pensamentos.

A TCC usa métodos comportamentais que ajudam o cliente a romper padrões de desesperança, emoções dolorosas, fuga, evitação e a ser habilidoso em padrões de enfrentamento responsável.  Na Terapia cognitivo-comportamental (TCC) o cliente aprende treinamento de respiração e de relaxamento, entre outros.Quantas sessões de psicoterapia serão necessárias?

Depende das dificuldades. Cada caso é um caso. Sugere-se entre 5 a 15 sessões.

Transtorno de Personalidade Dependente Característica principal: Uma necessidade excessiva de ser cuidado, levando a um comportamento de submissão e ao medo da rejeição.

Os comportamentos dependentes e submissos têm o objetivo de obter atenção e cuidados e surgem de uma percepção de si mesmo como incapaz de sobreviver sem o auxílio de outras pessoas.

São pessoas passivas e permitem que outros tomem a iniciativa e assumam responsabilidades por suas vidas (ex. que cor de camisa usar para ir ao trabalho ou se devem levar ou não o guarda-chuva).

Temem perder o apoio ou aprovação.

Na maioria das vezes são indivíduos que têm dificuldade em expressar discordância de outras pessoas.

As principais características sintomáticas são:

Dificuldade em tomar decisões do dia-a-dia sem uma quantidade excessiva de conselhos.

Necessidade de que os outros assumam a responsabilidade pelas principais áreas de sua vida.

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Dificuldade em expressar discordância de outros, pelo medo de perder o apoio ou aprovação.

Dificuldade em iniciar projetos ou fazer coisas por conta própria (em vista de uma falta de autoconfiança em seu julgamento ou capacidades, não por falta de motivação ou energia).

Vai a extremos para obter carinho e apoio de outros, a ponto de voluntariar-se para fazer coisas desagradáveis.

Sente desconforto ou desamparo quando só, em razão de temores exagerados de ser incapaz de cuidar de si próprio.

Busca com urgência um novo relacionamento como fonte de carinho e amparo, quando um relacionamento íntimo é rompido.

Preocupação irrealista com temores de ser abandonado. 

O tratamento psicoterapêutico do transtorno de personalidade dependente mais eficaz é uma abordagem terapêutica com foco em soluções específicas para o problema, ou seja, uma abordagem direta no que o paciente necessita. Uma delas é a Cognitivo-comportamental. Agende consultas pelo telefone: (41) 3029-8026.

Sadismo Sexual

Sádico é a pessoa que sente prazer em impor sofrimento à outra pessoa ou que sente excitação sexual com o sofrimento do outro. O sofrimento pode ser psicológico ou físico, incluindo humilhação da vítima.

As pessoas sádicas sentem prazer e também podem ficar perturbadas por suas práticas.

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Além da área sexual, o sadismo pode se estender para outras áreas da vida. Na atividade social um sádico pode sentir prazer em ver um colega sem a possibilidade de conquistar o que deseja. De forma sutil ele busca minimizar a própria infelicidade, pois o fracasso do outro faz com que ele se sinta melhor. Sádicos demonstram satisfação em ouvir “desgraças”, tragédias e dificuldades alheias.

Sádicos podem ter sido pessoas que foram lesadas ou boicotadas nos seus desejos durante a infância. É possível que os sádicos tenham recebido pouco afeto e respeito e isso foi reforçado ao longo da vida, porém, isso não significa que todas as pessoas que passaram por estes problemas desenvolvem o comportamento de sádicos.

Resumindo: o sádico possui fantasias sexualmente excitantes, recorrentes e intensas envolvendo atos reais que causem sofrimento físico ou psicológico a outra pessoa. O ato ocorre em geral sem o consentimento da vítima. Também acontece do indivíduo sentir culpa ou grande sofrimento psíquico, dificultando suas relações interpessoais.

O tratamento pode ser feito por meio da Terapia cognitiva-comportamental.

Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)

A ansiedade é comum quando uma pessoa se encontra em uma situação da qual precisa mostrar suas habilidades, sua capacidade e dar o melhor de si, porém o excesso dela interferindo em sua vida e atrapalhando em suas tarefas cotidianas pode ser um sinal de transtorno.

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O Transtorno de Ansiedade Generalizada ou TAG que tem como característica principal:

Uma ansiedade ou preocupação excessiva com uma ou mais situações da vida como responsabilidades no emprego, finanças, saúde de membros da família, infortúnio acometendo os filhos ou questões menores tais como tarefas domésticas, consertos no automóvel ou atrasos a compromissos. Esse tipo de ansiedade e preocupação é geralmente acompanhado de pelo menos três sintomas adicionais de uma lista que inclui:

Inquietação Fatigabilidade Dificuldade em concentrar-se Irritabilidade Tensão muscular Perturbação do sonoPode haver tremores, sintomas físicos como sudorese, náusea e diarreia.

Este tipo de transtorno de ansiedade também pode se manifestar em crianças e adolescentes.  Para eles as preocupações excessivas podem ser quanto a sua competência ou qualidade de seu desempenho na escola, no grupo de amigos entre outros.

A terapia cognitivo – comportamental é eficaz no tratamento da ansiedade, combinada com medicamentos específicos, quando necessário. A terapia ajuda a compreender e a lidar com os fatores que causam a ansiedade, reconhecer e substituir pensamentos que causam preocupações na vida diária, gerenciando o estresse para uma melhor qualidade de vida.Saiba mais.

Transtorno Obsessivo- Compulsivo (TOC) Pensamentos obsessivos são ideias, imagens ou impulsos repetidos e angustiantes.

Atos compulsivos são os comportamentos que o indivíduo repete várias vezes.

O indivíduo com Transtorno Obsessivo- Compulsivo (TOC) enxerga os pensamentos obsessivos ou os atos compulsivos como se, realizando os atos, ele prevenirá alguma coisa que muitas vezes é improvável de acontecer.

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Esta pessoa pode ter preocupações excessivas como os exemplos, a seguir, retirados do livro de Aristides V. Cordioli- Vencendo o transtorno obsessivo-compulsivo:

Preocupar-se demais com sujeira, germes, contaminação ou doenças.

Lavar as mãos a todo o momento ou de forma exagerada. Envolver-se demais na limpeza da casa, dos móveis e dos objetos

ou na lavagem de roupas. Tomar vários banhos por dia, demorar demasiadamente no banho

ou esfregar-se muito por preocupar-se demais com contaminação ou sujeira.

Não tocar em certos objetos (corrimões, maçanetas de portas, dinheiro, etc.) sem lavar as mãos depois.

Evitar certos lugares (banheiros públicos, hospitais, cemitérios) por achá-los lugares sujos ou achar que pode contrair doenças.

Verificar mais de uma vez portas, janelas, gavetas e documentos. Verificar várias vezes o gás, o fogão, as torneiras os interruptores

de luz ou eletrodomésticos, mesmo depois de desligá-los. Ter a mente invadida por pensamentos desagradáveis ou

impróprios, causando aflição. A pessoa tem sempre muitas dúvidas, repetindo várias vezes a

mesma tarefa para ter certeza de que não fez nada errado, de que não cometerá nenhum erro ou falhas.

A pessoa pode preocupar-se demais com a ordem, a simetria ou alinhamento das coisas e fica aflito quando estão fora do lugar.

Necessita fazer certos rituais (tocar, entrar ou sair de um lugar, repetir certos números, palavras ou frases) de forma repetida e sem sentido ou de determinada maneira, que é sempre a mesma.

Necessidade de contar enquanto faz as coisas. Guardar coisas inúteis (jornais velhos, notas fiscais antigas, caixas

vazias, etc.), tendo muita dificuldade em se desfazer delas.O tratamento é feito com medicação adequada combinada com psicoterapia.

A Terapia Cognitiva-Comportamental ajuda no tratamento do Transtorno Obsessivo- Compulsivo (TOC). Saiba mais.

Consultas em Curitiba: (41) 3029-8026.

Meditação cura doenças

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Objetivos básicos da meditação

1. Através da concentração, tornar o praticantemais consciente de si mesmo e a ser mais feliz.2. Proporcionar ao praticante explorar seuspotenciais interiores na sua totalidade.

Enquanto a sociedade nos induz a criar razões exteriores (bens, objetivos, filosofias, crenças, etc.), e a nos dispersarmos nelas para encontrarmos a felicidade, na meditação a pessoa encontrará a sua própria fórmula da felicidade ou motivo interior, concentrando-sena sua simples existência.

Benefícios da meditação

Sensação de bem-estar, serenidade, alegria, paz profunda, maior percepção, maior concentração, equilíbrio, confiança, prazer, sem ter uma razão específica.

O que não é meditação

Meditação não é filosofia, nem religião, nem estilo de vida. Para meditar você não precisa ter uma religião, uma crença, adotar uma nova religião, abandonar a sua religião, ser ateu, pertencer a grupos de estudos filosóficos ou esotéricos, fazer ioga, adotar posturas corporais exóticas, fazer gestos diferentes, usar roupas indianas, fazer práticas místicas, estudar o pensamento de filósofos, estudar psicologia, levar um vida diferente, mudar a alimentação, desfazer-se de suas coisas, fazer tipo excêntrico, isolar-se das pessoas, usar alargador de orelhas, anéis com símbolos esotéricos, colares, mantos, mudar o corte de cabelo;deixar de beber, fumar, fazer sexo, comer carne; tomar chás especiais ou qualquer tipo de droga lícita ou ilícita; para meditar você não precisa fazer hipnose, auto-hipnose, tentar contato com “vidas passadas” ou supostos seres de outros planetas, fazer “viagem astral”; você não precisa usar incensos, praticar terapias alternativas, seguir um mestre ou guru, adotar livros ditos sagrados, usar florais ou homeopatia, fazer massagens orientais; não precisa de aparelhos, preces ou qualquer coisa externa ou interna. Você não precisa ficar em posição de iogue. Você não precisa ser uma pessoa séria, sisuda, estranha, bizarra, triste e introspectiva.

Nada é exigido de quem quer praticar meditação.A meditação não prende ninguém a nada, pelo contrário, ela liberta o indivíduo de tudo.Enquanto o mundo nos faz nos apegar as coisas, pessoas, rituais, na meditação nós nosdesprendemos delas e mesmo assim passamos a ser pessoas melhores.

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Existem muito modismos, atividades místicas – religiosas -filosóficas e coisas excêntricas ligadas à meditação, mas isso não é meditação. Tentaram criar acessórios para a meditação, mas a meditação basta por si mesma. A força da meditação está nela ser simples.

Justamente porque é comum associarem meditação com algum “pacote” religioso ou místico, pessoas se afastam da meditação. Promessas do tipo: “Você quer aprender meditação? Antes precisa conhecer nossas crenças, rituais, teologia, costumes, seguir nossos gurus…”A meditação não precisa de teorias, nem de crenças religiosas.

A meditação não é uma fuga da vida, nem da pessoa dela mesma, nem sofisticação exterior (roupas, gestos, fazer “tipo” de meditador), nem sofisticação interior (filosofia, lógica, racionalização), para enfrentar a vida.

A meditação permite viver a vida na sua totalidade e simplicidade, sem brigar com os problemas, a partir da concentração no próprio ser.

Se ocorrer alguma mudança na vida do meditador ela virá de dentro para fora, será espontânea, natural, própria da pessoa.

O que é meditação

Meditação é uma técnica muito simples de concentração que conduz a um estado modificado da consciência, diferente do estado de vigília (quando não estamos dormindo) e do estado de sono. Os efeitos do estado modificado de consciência, variam de pessoa para pessoa.Sem uso de artifícios de qualquer tipo (músicas, incensos, crenças, etc.), a consciência fica alterada e o praticante da meditação aprende a ficar mais concentrado no seu próprio ser.A partir desta alteração na consciência o meditador perceberá a vida de forma mais equilibrada. Conhece-te a ti mesmo e perceberá melhor você e o mundo.

A meditação é uma atividade de desaceleração do pensamento, a qual promove orelaxamento da mente (redução do estado de alerta = estresse = aceleração), promove orelaxamento do pensamento racional (lógica) e o relaxamento dos músculos.A meditação é auto-induzida, se faz sem instrutor, o qual serve apenas para dar algumas aulas para o iniciante em meditação, não exigindo nada mais.

A meditação usa âncoras de autofocalização. A âncora mais comum é a respiração.

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Na meditação aquieta-se a mente, para se auto-perceber, sem julgar, analisar ou comparar. Meditação é um estado de auto-percepção, sem a participação da lógica, onde o praticante atinge o “estado de pura existência”. Para se entender a meditação deve-se praticá-la. Não se teoriza meditação, não se faz filosofia, nem se cria crenças, ideologias ou crendices, nem é preciso de gurus espirituais, superstições e dogmas.

A meditação se pratica simplesmente. Ela é suficiente por si mesma.Por que não se deve usar sons, músicas, aromas, chás,  rezar, cultuar divindades, etc.? Porque estes artifícios farão o praticante se envolver em sensações, sentimentos e pensamentos, justamente o que se deve evitar na meditação.

Como funciona a técnica

Nossa mente pede raciocínios cada vez mais complexos e rápidos, até nos perdermos nos nossos próprios pensamentos e começar a girar em círculo vicioso.

Na meditação o praticante simplesmente:

1. Concentra na âncora (respiração)2. Relaxa a lógica (não se envolve nos pensamentos, não julga, não critica)3. Usar a lógica: envolve-se nos pensamentos4. Abandona os pensamentos (concentra na respiração), relaxa a lógica de novo.5. Volta a focar na âncora, deixa os pensamentos irem embora

Assim neste, concentra e desconcentra, vai e vêm, ocorre a meditação durante 20 minutos.

Estado meditativo = relaxar a lógica usando âncora, perder a âncora e voltar à lógica, focar de novo na âncora e relaxar a lógica.

A dificuldade de manter-se na âncora é o ato da meditação, apenas isso. Meditar é concentrar-se suavemente na âncora. Com a prática, cada vez menos o praticante se envolve com os pensamentos que atrapalham a concentração na âncora. Numa academia de ginástica no início o praticante também sente dificuldades, depois com o tempo, habitua-se com os exercícios, vai em frente e os resultados aparecem.

Durante a meditação, mesmo que tentemos não pensar em nada, relaxando a lógica, sempre pensamentos invadirão a nossa mente. A técnica consiste em deixar passar os pensamentos, como a árvore deixa passar o vento que agita suas folhas, como o

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vidro deixa passar a luz, como o céu deixa passar as nuvens, como o oceano deixa passar as ondas.

Não se trata de lutar contra os pensamentos, mas de deixá-los ir embora. Meditar não é umesforço para largar os pensamentos, mas um desprendimento do segurar os pensamentos. Usa-se uma âncora para concentrar a mente em um ponto. É um truque para relaxar a lógica e deixar os pensamentos passarem. Os meditadores usam a respiração como âncora.Quando o meditador percebe que se envolveu com algum pensamento ou julgamento, ele simplesmente volta para a âncora e deixa o pensamento passar.

Meditar é observar a si mesmo, sem pensamentos, sem julgamento, sem querer nada, sem buscar nada, sem buscar nenhum artifício externo ou interno, sem interpretar o que quer que aconteça.

Efeitos fisiológicos da meditação

A meditação altera o estado de consciência do praticante porque altera a neuroquímica e o funcionamento do cérebro. Ela provoca a diminuição do metabolismo (redução do consumo de oxigênio pelas células), o que significa redução do consumo de energia devido àdesaceleração do funcionamento do corpo e da mente. A freqüência cardíaca diminui, a respiração e as ondas cerebrais ficam mais lentas. São necessárias horas de sono para se obter o mesmo grau de redução do metabolismo, que um meditador experiente consegue após 20 minutos de meditação. Na meditação há redução dos hormônios ligados ao estresse: cortisol, aldosterona e noradrenalina. Ocorre aumento da serotonima, hormônio ligado ao bem-estar. A meditação melhora o sono (recupera-se mais).

Efeitos psicológicos da meditação

Controle maior do estresse, relaxamento do estado de alerta, antidepressivo (sentir e experimentar a vida como algo positivo), paz interior, felicidade e gratidão sem causa aparente, maior satisfação com as pessoas ao redor, com os bens materiais, com o dia-a-dia, harmonia com o mundo. A meditação favorece o desenvolvimento da espiritualidade, sem necessariamente ter uma religião.

Efeitos nos estudos e no trabalho

Melhora a concentração, o desempenho da memória, a velocidade na solução de problemas, o raciocínio e desempenho em geral no trabalho como as relações com colegas e superiores.

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A meditação e a psicoterapia

O paciente terá maior tolerância à culpa, menor tensão, maior motivação para realizar mudanças, maior capacidade de auto-observação, maior auto-aceitação e expressão emocional.

Indicações da meditação

A meditação ajuda praticamente em todos os problemas emocionais, veja alguns exemplos:

Pessoas com personalidade muito exigente, impacientes, agressivas, orgulhosas, controladoras, dominadoras, egoístas, muito vaidosas ou ambiciosas, insatisfeitas com a vida, medrosas, corajosas demais; pessoas que cultivam a raiva, ressentimentos e a inveja; pessoas perfeccionistas, ciumentas, estressadas, preocupações excessivas, ansiosas, impulsivas, obsessivas, manipuladoras, dependentes, medrosas, tímidas, muito extrovertidas, arrogantes, muito competitivas, temperamentais; pessoas que gostam de se fazer de vítima, que se apegam demais às coisas (avarentos), céticos, desconfiados, auto-estima baixa, negativistas, proteladores (adiam prioridades), fazem fuga da realidade, superficiais, fúteis, desorganizadas, indisciplinadas, inquietas, distraídas; pessoas que adoram excessos (comer, beber, jogar, trabalhar), usam drogas, acomodadas, indecisas, apáticas, desligadas, teimosas e negligentes.

Em 2005 o National Center for Complementary and Alternative Medicine (NCCAM) dos EUA, publicou as seguintes indicações terapêuticas: ansiedade, estresse, dor crônica, depressão leve, insônia, problemas de humor e auto-estima, doenças cardiovasculares, aids e câncer.

Riscos da meditação

As pessoas acharem que o praticante da meditação é um “estranho” porque é feliz sem ter exatamente um motivo. Na sociedade em que vivemos a felicidade tem origem no ter um motivo: ter objetivos, ter dinheiro, ter bens, ter uma religião, ter um título no clube, ter graduação; na meditação a felicidade tem origem apenas no próprio ser, na sua existência pura. Não significa que você vai deixar de ter motivos externos, mas aprenderá a viver sem eles, ou diminuir a quantidade deles, será desapegado, mesmo que os tenha. Exemplo: você não precisa vender o seu carro de luxo para ser praticante de meditação, mas não será apegado a ele.

O iniciante na meditação pode confundir os primeiros efeitos. No início das meditações as vivências de paz profunda, a serenidade, o

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silêncio, a desaceleração do pensamento, podem ser interpretadas como tristeza. O nosso cérebro é uma usina de pensamentos, quando paramos a máquina de pensamentos, a sensação pode ser confundida com depressão ou tristeza.

Respiração e Meditação

A respiração usada na meditação é a chamada respiração abdominal ou diafragmática. Ela é nasal, silenciosa, harmônica e lenta.

Como fazer a respiração: ao inspirar pelo nariz, a barriga movimenta-se para frente, ao expirar pelo nariz a barriga vai para trás. O tempo de inspiração e de expiração deve ser o mesmo e a respiração deve ser feita sempre pelo nariz. O ar entra e sai do corpo como se estivesse fazendo um carinho; não há resistência, nem ruídos. Evita-se os movimentos do corpo. Apenas respira-se, sem interpretar ou julgar nada.

Técnica 1 de meditação (natural)

Use esta técnica nas primeiras quinze ou vinte práticas. Sente-se numa cadeira simples, mantenha a coluna reta,sem tencionar o corpo. Mantenha a cabeça ereta, olhe em linha reta,sem deixar a cabeça cair. Feche os olhos. Desaperte o cinto e use roupas folgadas. Comece prestando a atenção no fluxo do ar que entra e sai pelo nariz.Não controle a respiração. Respire naturalmente. Observe sua barriga que sobe e desce quando você inspira e expira.Quando pensamentos invadirem sua mente concentre-se na respiração.Preste atenção em cada inspiração e expiração, quando se distrair, volte para a respiração.Mantenha a sua atenção alerta. Não crie expectativas e não interprete nada durante a meditação. Quando terminar a prática faça três respirações amplas e suaves, abra os olhos, fique em silêncio por um minuto mais ou menos.

Técnica 2 de meditação (Três tempos)

Use esta técnica após as primeiras quinze ou vinte práticas da técnica anterior. Sente-se numa cadeira simples, mantenha a coluna reta, sem tencionar o corpo. Mantenha a cabeça ereta. Feche os olhos. Desaperte o cinto e use roupas folgadas. Comece prestando a atenção no fluxo do ar que entra e sai pelo nariz.Não controle a respiração. Respire naturalmente por alguns minutos.

Em seguida, inspire contando mentalmente 1, 2, 3 deixando a barriga ir para frente, bem lento. Pare a respiração, como ar preso,

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por um segundo ou dois, depois expire contando 1,2 3, deixando a barriga voltar lentamente. Aos poucos conte de 1 a 3 até o ritmo mais lento que conseguir, sem se sentir desconfortável.Durante a respiração mantenha a atenção (sem julgamentos) focada dois a três dedos acima do umbigo, no fluxo de ar que entra e sai e na barriga que vai e vem. Sempre que um pensamento ou ruído tirar o foco da respiração volte para a respiração. Faça isso durante 20 minutos. Não crie expectativas e não interprete nada durante a meditação. Quando terminar a prática faça três respirações amplas e suaves, abra os olhos, fique em silêncio por um minuto mais ou menos.

Dicas importantes

1. Existem muitas técnicas de meditação. Inicie com a técnica 1. Depois poderá poderá aprender novas técnicas, se achar interessante.2. Não altere a técnica escolhida. Ela é resultado de séculos de uso.3. Escolha um lugar tranqüilo, silencioso, sem luz excessiva, sem ruídos que o distraiam.4. Medite uma hora depois de uma refeição leve. Após refeições pesadas aguarde 3 horas.5. Reserve um horário diário; se não puder faça-o em qualquer hora do dia.6. Use uma cadeira com o encosto, mantenha a coluna reta, corpo relaxado, evite apoiar a cabeça ou deitar, para não adormecer.7. Pratique por 5 minutos no mínimo e no máximo 10 minutos. Uma vez por dia, no máximo duas vezes. Meditar não é um ato eventual, um passatempo de final de semana. Pratique regularmente. Para obter resultado na academia de ginástica você precisa malhar. Obtenha benefícios permanentes na meditação usando apenas 10 minutos do seu dia. Medite todos os dias, ou três vezes por semana e obterá resultados relevantes já no primeiro mês.8. Não crie objetivos durante a meditação. Você já têm objetivos demais na vida. Durante a meditação apenas relaxe e obtenha prazer, paz interior. Evite usar a lógica, questionar, raciocinar ou analisar qualquer coisa, durante 5 ou 10 minutos. O único objetivo que você pode criar é praticar a meditação por pelo menos um mês, todo o dia e verificar os benefícios.9. Aproveite 10 minutos do AQUI E AGORA. Não pense no passado e no futuro. Simplesmente tente esvaziar a mente. Você não conseguirá afastar todos os pensamentos, entretanto, com a prática constante, diminuirá muito a invasão de pensamentos.10. Não tente copiar os outros.11. Não tente competir consigo mesmo.12. Vá para a meditação como uma criança parte na direção dos

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brinquedos. Não busque resultados. Use os 10 minutos para praticar o ócio, a inutilidade, o relaxamento, a alegria. Nada de expectativas. Apenas curta. Medite por meditar.  Porque dá paz interior e outros benefícios. Quanto mais desinteressada e sem objetivo for sua prática, mais cedo os efeitos da meditação virão. Meditação se faz, não se entende; pratica-se, não se raciocina. Você não controla a meditação para dar resultado, ela própria se gerencia. O que você controla é a respiração.13. Compense quase um dia todo de agitação no mundo com 10 minutos de meditação. Com a prática da meditação você será uma pessoa mais tranqüila o dia todo.14. Meditar é coisa para corajosos. Talvez seja a maior demonstração de coragem que alguém é capaz de dar, porque terá que “parar” durante 10 minutos, numa sociedade que proíbe parar. Quando você medita você quebra bloqueios, rompe suas próprias correntes e viva na sua totalidade.

Durante 10 minutos você se condiciona a ter um estado melhor de consciência de si próprio e maior relaxamento físico. Este estado poder ser transportado para o resto do seu dia traduzindo-se em boas maneiras, ética elevada, boas relações humanas, boa qualidade de vida, saúde física e mental.

Esquizofrenia A esquizofrenia é uma doença mental grave.

Os critérios para o diagnóstico da esquizofrenia são estes:

Delírios: crenças errôneas, envolvendo a interpretação falsa de percepções ou experiências.Alucinações: ouvir vozes que não existem.Fala desorganizada, incoerente.Comportamento desorganizado.Sintomas negativos: embotamento afetivo (fechamento, perda de energia), alogia (ausência de idéias, pensamentos) ou abulia, avolição (sem ação, vontade).Disfunção social /ocupacional: no trabalho, relações interpessoais, cuidados pessoais.

Os sintomas devem estar ativos durante por um mês no mínimo.

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Devem ser excluídos outros transtornos como esquizoafetividade, depressão maior com psicose, transtornos por abuso por substâncias (drogas, medicamentos), transtornos médicos como traumatismo craniano, vasculite cerebral, derrame e demência.

No livro-manual  Terapia Cognitiva da Esquizofrenia, de Aaro Beck e colaboradores, Artmed, 2010, é integrado os conhecimento biológicos e psicoterapêuticos da esquizofrenia.

Os autores investigam as origens, o desenvolvimento e a recorrência de sintomas-chave, como delírios, alucinações, sintomas negativos e transtorno do pensamento formal. Os capítulos sobre tratamento oferecem um guia completo para direcionar cada tipo de sintoma, enriquecidos com exemplos de caso. Todo o profissional que estude doenças mentais graves ou trabalhe no seu tratamento encontrará neste livro um novo nível de entendimento e as mais recentes técnicas clínicas embasadas teórica e empiricamente.

O tratamento da esquizofrenia inclui medicamentos (consultar psiquiatra) + tratamento psicoterapêutico (consultar psicólogo).

Consultas com Psic. Flávio Pereira: Clique aqui

Sintomas da Depressão O que é a  depressão?

A depressão afeta o estado de humor do indivíduo, deixando-o com um predomínio anormal de tristeza. A intensidade do sofrimento é intensa, durando pelo menos algumas semanas.

As causas de depressão são múltiplas: fatores genéticos, neuroquímicos, ambientais, sociais e psicológicos, como estilo de vida, estresse, crises por doença, morte, desemprego, divórcio, entre outros.Sintomas de depressão:

Tristeza e desesperança, abatimento, perda de interesse por atividades.

Sono e apetite alterados.

Diminuição de energia, cansaço e fadiga.

Sentir-se sem valor, culpar-se em demasia.

Sentimento de  fracasso.

Dificuldade para pensar, concentrar-se ou tomar decisões.

Pensamentos “catastróficos”.

Pensamentos sobre morte ou tentativas de suicídio

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Tendência a isolar-se.

Diminuição dos relacionamentos interpessoais.

Pouco cuidado com as tarefas habituais.

Diminuição do desejo sexual.

Sentimento de raiva persistente, ataques de ira, tentativas constantes de culpar os outros.

Dores pelo corpo.

Em casos de depressão grave: sintomas psicóticos (como delírios e alucinações)

R

A relação terapeuta-paciente A relação terapeuta-paciente

A relação terapeuta-paciente na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é um “trabalho de equipe”. Duas pessoas interagem colaborativamente.

A relação é simples, direta e voltada para a ação. A aliança criada é parte essencial para o tratamento e caracteriza-se por um alto grau de autenticidade, afeto, consideração positiva e empatia.

O terapeuta dá feedback (retorno, sugestões) com diplomacia, boas maneiras, porém, não esconde a verdade. Ele também recebe feedback. Procura saber como o paciente está se sentindo em relação á sua atuação, porque deseja sempre melhorar e atender com qualidade e humanidade.

O terapeuta perguntará ao paciente:

“Estou sendo claro nas explicações sobre a terapia”?

O terapeuta dirá ao paciente que:

1. A qualquer momento ele poderá questionar o tratamento.

2. Deverá dizer se sentiu que foi ignorado algum ponto ou foi deixado passar algo.

3. Comunicar que o terapeuta ou o tratamento não está correspondendo às expectativas.

Existe um alto grau de atividade nas sessões de tratamento e o terapeuta aproveita ao máximo o tempo das sessões. Ele não fica só falando. Faz explicações, mostra como fazer os exercícios, dá orientações práticas para a vida do “paciente”, que passa a ser pró-ativo. O cliente na TCC não fica passivo, ouvindo o terapeuta, ele fica envolvido com os exercícios e atividades da sessão da terapia.

O terapeuta na TCC atua como professor-treinador. Ele procura ser amigável, criativo e envolvente para criar um ambiente de aprendizagem estimulante.

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Na TCC a terapia é orientada para ação.Não é do tipo passiva, “sentado ou deitado na poltrona”.

Na TCC paciente e terapeuta se empenham numa relação de muito trabalho em busca de resultado.

O terapeuta na TCC faz uso do humor de bom gosto.O humor é espontâneo, genuíno e construtivo. Existem três razões para trabalhar com humor:

1. Humanizar a aliança terapêutica;2. Romper padrões rígidos de pensamento e comportamento;3. Combater sintomas e enfrentar o estresse.

Na TCC a relação terapeuta-paciente é flexível e personalizada, sensível às características únicas de cada paciente e situações vividas por ele.Respeita-se questões como etnia, idade, religião, orientação sexual, deficiências físicas e grau de escolaridade.

O terapeuta trabalha com muita ética. Ele não rotula o paciente e não é preconceituoso.Na TCC o terapeuta transmite informações e conduz o tratamento de uma maneira positiva e construtiva.

Transtornos Alimentares Os Transtornos Alimentares constituem uma “epidemia” de culto ao corpo que assola as sociedades desenvolvidas.O pensamento das pessoas portadoras dessas patologias, se caracteriza por uma obsessão pela perfeição do corpo.

Um estudo da Universidade Federal de São Paulo com 133 praticantes de ginástica olímpica, nadadoras e garotas que fazem aulas de educação Física apontou o resultado: 74% das ginastas, 56% das nadadoras e 58% das demais, confessaram o temor de desenvolver transtornos alimentares.

Pessoas que não praticam esportes também podem desenvolver transtornos alimentares.

Tipos de transtornos alimentares:

AnorexiaBulimiaSíndrome do Gourmet: preocupação excessiva com pratos exóticos.Transtorno Alimentar NoturnoTranstorno do comer compulsivo (comedores compulsivos)

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Ansiedade TRANSTORNOS DE ANSIEDADE

Os transtornos de ansiedade são doenças psicológicas freqüentes que causam sofrimentos consideráveis. No livro Transtornos de Ansiedade, o profissional de saúde pode pesquisar sobre os mecanismos destes transtornos, tratamentos por psicoterapia e medicação, epidemiologia, diagnóstico, teorias biológicas e psicológicas.

Os transtornos de ansiedade são estes:

Transtorno de pânico

Transtorno de ansiedade generalizada

Transtorno obessivo-compulsivo

Transtorno de estresse pós-traumático

Fobia social