Tratamento de Esgotos

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EFLUENTES DOMÉSTICOS E INDUSTRIAIS Impactos sobre recursos hídricos Controle e Formas de Tratamento

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Efluentes

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EFLUENTES DOMSTICOS E INDUSTRIAISImpactos sobre recursos hdricos Controle e Formas de Tratamento1 FOSSAS, SUMIDOUROS, VALAS DE INFILTRAO, LAGOAS DE ESTABILIZAO - devem ficar a uma distncia de, no mnimo, 1,50 m do nvel mximo do lenol fretico

FOSSAS SECAS - devem distar, no mnimo, 15 metros de poos e de mananciais superficiais

SUMIDOUROS E VALAS DE INFILTRAO - devem ficar a, no mnimo, 20 metros de poos e de outros mananciais

ATERROS SANITRIOS, LAGOAS DE ESTABILIZAO - devem ter distncia satisfatria (no mnimo 500 metros) de poos e de recursos hdricos superficiais

64METABOLISMOProcesso bioqumico de oxidao-reduo que garante energia para processos de sntese, movimento e respiraoSNTESE:Orgnicos + O2 + N + P Novas clulas + CO2 + H2O + Resduo solvel no biodegradvel

RESPIRAO:Clulas + O2 CO2 + H2O + N + P + Energia + Resduo celular no biodegradvel

65 VALORES DE DBO (5 dias, 20C) PARA EFLUENTES:

DOMSTICO 100 - 300 mg DBO/LINDUSTRIAL - Curtume 400 - 5.000- Matadouro 800 - 5.000 - Laticnios 300 - 2.000- Cervejaria 400 - 1.200

O esgoto de uma pessoa necessita de 54 mgOD/dia para a decomposio da matria orgnica

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II-Impactos ambientaisAs principais fontes de poluio da gua so os efluentes domsticos e os industriaisfontes de poluio Pontuais: tubulaes emissrias de esgoto e galerias de guas pluviaisDifusas: guas de escoamento da superfcie ou de infiltrao5POLUIO DA GUAResulta na introduo de resduos na mesma (matria ou energia) de modo a torn-la prejudicial s formas de vida, ou imprprias para um determinado uso estabelecido para ela61. Elevao da temperaturaConseqncias:

aumento das reaes qumicas e biolgicas reduo do teor de oxignio dissolvido diminuio da viscosidade da gua aumento da ao txica de alguns compostos

II.1 CONSEQNCIAS DA POLUIO EM AMBIENTES AQUTICOS7II.1 CONSEQNCIAS DA POLUIO EM AMBIENTES AQUTICOS2. Slidos dissolvidos totaisConseqncias:

Assoreamento de ambientes aquticos (enchentes) soterramento de ovos, invertebrados e peixes aumento da turbidez da gua8

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a) Fundo de rio com baixa deposio de sedimentob) O mesmo rio com alta deposio de sedimentoMuitos locais para pequenos peixesBactrias, protozorios e larvas de insetos ligados s rochasPenetrao de luz, fotossntese de algas perifticasArgila em suspenso impede penetrao da luzOrganismos ligados s rochas so arrastados pela areia e espalhados ao longo do fundoQuase todos organismos eliminados10II.1 CONSEQNCIAS DA POLUIO EM AMBIENTES AQUTICOS3. Matria orgnicaConseqncias:

reduo do oxignio dissolvido (decomposio bacteriana aerbia) maus odores (decomposio bacteriana anaerbia)

11II.1 CONSEQNCIAS DA POLUIO EM AMBIENTES AQUTICOS4. Microrganismos patognicosConseqncias: transmisso de doenas ao homem

12II.1 CONSEQNCIAS DA POLUIO EM AMBIENTES AQUTICOS5. NutrientesConseqncias:

eutrofizao da gua13

eutrofizao culturalOLIGOTRFICOEUTRFICO pobre em nutrientes fitoplncton limitado guas claras grande penetrao da luz vegetao aqutica submersa florescenteENTRADA DE NUTRIENTES rico em nutrientes fitoplncton florescente turbidez da gua vegetao aqutica submersa inibida

rico em nutrientes renovao rpida do fitoplncton acumulao de detritos de algas mortas

decompositores alimentando-se sobre detritos depleo do oxignio dissolvido peixes, moluscos e crustceos sufocando

14II.1 CONSEQNCIAS DA POLUIO EM AMBIENTES AQUTICOS6. Mudanas de pHConseqncias:

efeitos sobre a flora e a fauna restries de uso da gua na agricultura aumento da toxicidez de certos compostos (amnia, metais pesados, gs sulfdrico)

15II.1 CONSEQNCIAS DA POLUIO EM AMBIENTES AQUTICOS7. Compostos txicosConseqncias:

danos sade humana danos aos animais aquticos

16II.1 CONSEQNCIAS DA POLUIO EM AMBIENTES AQUTICOS8. CorantesConseqncias:

cor na gua reduo da transparncia da gua diminuio da atividade fotossinttica reduo do oxignio dissolvido prejuzos vida aqutica

17II.1 CONSEQNCIAS DA POLUIO EM AMBIENTES AQUTICOS9. Substncias tensoativasConseqncias:

reduo da viscosidade reduo da tenso superficial da gua danos fauna espumastoxidez

18II.1 CONSEQNCIAS DA POLUIO EM AMBIENTES AQUTICOS10. Substncias radioativasConseqncias:

danos sade humana danos aos animais aquticos

19II.2 PRINCIPAIS IMPACTOS DO LANAMENTO DE EFLUENTES NOS CORPOS DGUA Consumo de oxignioMatria orgnica

20II.2 PRINCIPAIS IMPACTOS DO LANAMENTO DE EFLUENTES NOS CORPOS DGUADemanda de oxignioDBO

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Conseqncias do lanamento de carga orgnica em um curso dgua22

Curva de depresso de oxignioAUTODEPURAO DE UM CORPO DGUA23

Curva de depresso de oxignio em diversas condies de autodepurao24

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II.2 PRINCIPAIS IMPACTOS DO LANAMENTO DE EFLUENTES NOS CORPOS DGUA Eutrofizao

26II.2 PRINCIPAIS IMPACTOS DO LANAMENTO DE EFLUENTES NOS CORPOS DGUA Contaminao por microrganismos

27 gua como fonte de doenasDoenaTipo de organismoDoenaTipo de organismoCleraBactriaPoliomieliteVrusDisenteriaBactriaDisenteria amebianaProtozorioEnteriteBactriaEsquistossomoseVermeFebre tifideBactriaAncilostomaseVermeHepatite infecciosaVrusMalriaProtozorioCriptosporidioseProtozorioFebre Amarela VrusDengueVrus28III-Controle da poluio da guaPROGRAMA DE CONTROLE DE POLUIO DA GUA1. Diagnstico da Situao Existente2. Definio da Situao Desejvel3. Estabelecer e Desenvolver Medidas de Controle4. Programas de Acompanhamento5. Suporte Institucional Legal* medidas de carter corretivo ou preventivo291. Diagnstico da Situao ExistenteO diagnstico deve compreender:Dados fisiogrficos da baciaCondies hidrulicas do corpo dguaDiagnstico de qualidade da gua do manancialreas sujeitas erosoCaracterizao Scio-econmicaDados do meio biolgicoLevantamentousos mltiplosUso e ocupao do soloEstudo das condies do corpo dgua e de sua bacia hidrogrfica30Identificao e quantificao das cargas poluidorasFertilizantesgua de escoamento superficialPesticidas Dejetos de animaisLixo (chorume)Efluentes D & I Perfil sanitrioIQA*Fontes de poluioEfluentes industriaisgua escoamento superficialFezes de animaisEfluentes domsticos* Avaliao da carga poluidora312. Definio da Situao DesejvelQual a situao desejvel para um corpo dgua? Depender dos usos a que o mesmo se destinaPortanto, os requisitos de qualidade sero estabelecidos em funo dos usos, o que exigir, de antemo, a definio dos usos e a classificao do corpo dguaAs medidas adotadas visando garantir que sejam observados os limites e condies estabelecidos para uma dada classe, constitui-se no enquadramento323. Estabelecer e Desenvolver Medidas de Controle (especficas para os efluentes) d) Modificao no Processo Industrial b) Reuso da gua c) Afastamento das Fontes de Poluioa) Implantao de Sistemas de Coleta e Tratamento de Esgoto334. Programas de AcompanhamentoA Organizao Mundial de Sade (OMS) sugere trs tipos para acompanhamento da qualidade das guasA) MONITORAMENTOB) VIGILNCIAC) ESTUDO ESPECIAL345. Suporte Institucional Legal- INSTITUTO BRASILEIRO DE MEIO AMBIENTE IBAMA- CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE CONAMA- POLTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE LEI FEDERAL N 6.938/81- RGOS DE CONTROLE DA POLUIO E LEGISLAO ESTADUAIS Resoluo N 6 (ANA) - PROGRAMA NACIONAL DE DESPOLUIO DE BACIAS HIDROGRFICAS regulamenta:- o pagamento pelo esgoto tratado e estimula a construo de ETEs- Introduo do conceito de POLUIDOR-PAGADOR35IV-Processos de tratamento de efluentes domsticos e industriais

ESTAO DE TRATAMENTO DE ESGOTOESTAO DE TRATAMENTO DE GUA36Os processos de tratamento se resumem em:Mtodo fsicoMtodo biolgicoMtodo qumicoMTODO FSICO utiliza foras fsicas:* decantao (usa a fora gravitacional)* floculao (agrupamento das partculas por coliso)* flotao (usa o arraste dos partculados por pequenas partculas de ar formadas no volume do reator.Outros mtodos fsicos incluem: * peneiramento * desintegrao* equalizao * mistura * filtragem37Seqncia de utilizao dos mtodos fsicos numa planta convencional de tratamento de efluentes

Seqncia de utilizao dos mtodos fsicos numa planta convencional de tratamento de efluentes.38Fundamentos do tratamento biolgico de efluentesMTODO BIOLGICO utiliza o metabolismo de microrganismos

Processo em bateladaProcesso contnuo39Necessidades dos microrganismos para o metabolismo1. Fonte de energia: luz (fototrficos); reaes de oxi-reduo (chemotrficos) 2. Carbono: para sntese celularCompostos orgnicos = heterotrficoDixido de carbono = autotrfico 3. Nutrientes (N, P, S, K, Ca, Mg) Carbono + Nutrientes = SUBSTRATO40Os processos de tratamento biolgico podem ser:- aerbios - anaerbios - facultativos - anxicos

LAGOASFacultativas* De maturaoLagoas anaerbiasLagoas aeradas41MTODO QUMICO utiliza processos qumicos* COAGULAO = desestabilizao das partculas coloidais (0,1 1 m)Coagulao por neutralizao da carga.

42* PRECIPITAO QUMICA = alterar o equilbrio inico de um composto metlico para produzir um precipitado insolvelA TCNICA UTIL PARA REMOVER ONS METLICOS COMO OS DE CLCIO E MAGNSIO; NIONS FOSFATOS; METAIS PESADOS* OXIDAO = objetivo obter produtos finais ou intermedirios de mais fcil biodegradao, ou removveis por adsoroOs oxidantes qumicos mais usados so: oxignio; cloro; permanganato de potssio; oznio, perxido de hidrognioOS POLUENTES DE POSSVEL REMOO SO: FERRO; MANGANS E CIANETOS (altamente txicos); ORGNICOS (pesticidas)43* ADSORO COM CARVO ATIVADO = adsoro fsica de compostos orgnicos solveis na superfcie do carvoA TCNICA UTIL PARA REMOVER SOLVENTES ORGNICOS; COMPOSTOS DE ALTO PESO MOLECULAR; METAIS PESADOS * TECNOLOGIA DE MEMBRANA = separao seletiva de diferentes compostos - PROCESSOS: - Microfiltragem Ultrafiltragem - Nanofiltragem - Osmose reversa

44Exemplos de diferentes combinaes de tratamento para diferentes efluentes industriaisFIRMENICH Empresa de essncias- separador gua/leo peneira tanque de equalizao sistema de dosagem qumica flotador reator anaerbio nova correo de pH reator aerbio com difusores de micro bolha decantao e filtrao O lodo enviado para um espessador tanque de acmulo - filtro prensa - disposio no ambiente45

46TRATAMENTO DE EFLUENTES DE UMA EMPRESA DE PINCIS E DE ROLO PARA PINTURA

47Diagrama esquemtico do processo de curtume do couro

48Historicamente, os processos de tratamento de efluentes tm sido direcionados para remoo de slidos suspensos totais (SST), matria orgnica biodegradvel (DBO) e remoo de organismos patognicos (presena de coliformes).

MTODOS ALTERNATIVOS49MTODOS ALTERNATIVOSELETRLISE = visando principalmente remoo de matria orgnicaIRRADIO ULTRA-VIOLETA = visando principalmente desinfeco.Comprimentos de onda de 260 265 nm tm funo germicida. Ao: material gentico dos microrganismos (cido nuclico)FUNGOS FILAMENTOSOS = Aspergillus niger, Aspergillus flavus e Drechslera sp50OZNIO = oxidao de microrganismos (desinfeco) e de compostos como fenol, cianeto, metais pesados e orgnicosMTODOS ALTERNATIVOSPROCESSOS DE OXIDAO AVANADOS = (iniciativa do IPEN e indstrias) utiliza radiao ionizante proveniente de feixe de eltrons de alta energia, gerados em aceleradores industriais. PROCESSO USADO PARA DEGRADAO QUMICA DE COMPOSTOS ORGNICOS INDUSTRIAIS E DESINFECO DE ESGOTOS E LODOS DOMSTICOS51

Painel de controle da planta piloto de tratamento de efluentes com acelerador industrial de eltrons**********52