ALBERTI, V. Tradição Oral e História Oral - Proximidades e Fronteiras
TRATAMENTO ORAL Baseado nas Diretrizes da Sociedade ... · TRATAMENTO ORAL Baseado nas Diretrizes...
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TRATAMENTO ORAL
Baseado nas Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2015
Dra. Eneida Gomes HelenoEndocrinologista
Quando o paciente recebe o diagnóstico de DM2 imediatamente está indicado o início de tratamento que inclui modificação estilo de vida ( alimentação e atividade física) e tratamento medicamentoso .
Os níveis de glicose sanguíneos estão diretamente relacionados com complicações , por isso o tratamento visa a NORMOGLICEMIA , ou seja, metas de GJ < 100 mg / dL , pós prandial < 140 mg/dL e HBA1 < 7 %
O tratamento também deve incluir o tratamento de transtornos metabólicos associados e as repercussões micro e macrovasculares.
UKPDS
5. 102 diabéticos
dieta + exercício
Glicemia
3 meses
< 110 110 - 270
3% 82% 15%
Randomização
Tratamentoconvencional
Tratamento intensivoMetformina
n = 342n = 1138
Sulfoniluréia Insulina
n = 1573 n = 1156
DIABETES MELLITUS
0%
-5%
-10%
-15%
-20%
-25%
-30%
11% 12% 16% 25%
Mortes
por DM
p= 0,34
Qualquer
evento
p= 0,029 Infarto
p= 0,052
Desfechos
microvasculares
p= 0,0099
REDUÇÃO DE RISCO
UKPDS • Controle glicêmico:
Efeitos do tratamento intensivo x convencional
DIABETES MELLITUS
UKPDS • Diabetes Mellitus Tipo 2Doença progressiva
Anos de randomização
Hb
A1c
(%)
DIABETES MELLITUS
O controle intensivo da glicemia diminuiu em 35% as
complicações microvasculares para cada redução de 1% na
HbA1c sem redução significativa do risco de complicações
macrovasculares.
Diabetes tipo 2 é uma doença progressiva com
deterioração do controle glicêmico e declínio da função das
células b.
Associação de medicamentos é freqüentemente
necessária: 60% dos pacientes com sulfoniluréia
necessitaram de insulina após 6 anos do início do
estudo.
Lições do UKPDS
São substâncias que, quando ingeridas, têm a finalidade de baixar a glicemia e mantê-la normal.
Podem ser divididos em classes de acordo com mecanismo de ação :
ABSORÇÃO INTESTINAL
DE GLICOSE
SECREÇÃO PRODUÇÃO HEPÁTICA
DE INSULINA DE GLICOSE
CAPTAÇÃO PERIFÉRICA
DE GLICOSE
PRINCIPAIS MECANISMOS DE AÇÃO DOS ANTIDIABÉTICOS ORAIS
1 - SULFONILUREIAS E METIGLINIDAS
2 - INIBIDORES DA - GLICOSIDASE
3 - BIGUANIDAS - METFORMINA
4 - GLITAZONAS
DIABETES MELLITUS TIPO 2 - TRATAMENTO
HIPERGLICEMIA
21
34
São chamados secretagogos : agem nas células beta pancreáticas, aumentando a produção de insulina .
São as Sulfoniluréias e as Glinidas
As glinidas têm menor tempo de ação e cobrem principalmente o período pós prandial
Favorecem ganho de peso
Risco de hipoglicemia
Diminuem HBA1 em torno de 1,5 a 2,0 %
Por não aumentarem a produção de insulina estão relacionados com risco bem reduzido de hipoglicemia (quando usados em monoterapia ).
Portanto podem ser utilizados desde o diagnóstico
* BIGUANIDAS: Metformina – diminui a produção hepática de glicose e tem ação sensibilizadora mais discreta .
Diminui HBA1 em torno de 1,5 a 2 %
Pode ter intolerância gastro- intestinal
Contra- indicada na Insuficiência renal
* ACARBOSE ( inibidor de alfa glicosidase) – reduz a absorção intestinal de glicose ( age no tubo digestivo ) , predominantemente na GPP Diminui HBA1 em torno de 0,5 a 1 %Pode ter intolerância gastro-intestinal* GLITAZONAS : atuam na Resistência à insulina periférica (músculo , adipócito, hepatócito) , sensibilizando a ação da insulina produzida pelo próprio pacienteDiminui HBA1 em torno de 1 a 1,4 % Promovem retenção hídrica , ganho de peso, aumentam risco de ICC e de fraturas
Aumentam a produção de insulina apenas quando a glicemia se eleva*INIBIDORES DE DPP4 ( gliptinas) – uma nova classe de ADO ; mecanismo de ação é estabilizar o GLP-1 endógeno pela inibição da enzima que o degrada , a DPP4-Pacientes com DM2 apresentam redução dos níveis de GLP1 no pós prandial , contribuindo para redução do estímulo fisiológico da secreção de insulina e não permitindo a supressão do glucagonDiminuem HBA1 em torno de 0,6 a 0,8 % mas podem ter reduções maioresSão neutros quanto ao peso
* MIMÉTICO / ANÁLOGO DO GLP-1 –
São drogas injetáveis que têm ação de GLP-1 , portanto , com os efeitos descritos anteriormente .
Têm baixo risco de hipoglicemia
Levam a perda de peso
Têm possível redução de risco CV
Podem ter intolerância gastro- intestinal
*Inibidores de SGLT2
• Nova opção terapêutica , agem impedindo a reabsorção de glicose via inibição das proteínas SGLT2 dos rins
• Levam a perda de peso de 2 a 3 Kg
• Diminuem PA de 4 a 6 mmHg
• Aumentam risco de infecções genitais e de trato urinário
• Podem levar a depleção de volume
• Não devem ser usados na IR moderada ou grave
Para decidir tratamento inicial de paciente com diagnóstico recente devemos levar em conta o quadro clínico do paciente
Pacientes com glicemia < 200 e sintomas leves ou ausentes é consenso iniciar com MEV + Metformina ( normal ou de ação prolongada)
Pacientes com glicemias entre 200 e 300 , na ausência de critérios de manifestações graves MEV + MTF + hipoglicemiante
Glicemias > 300 e/ou manifestações graves – perda de peso significativa, sintomas graves e /ou cetonúria – iniciar insulinoterapia imediatamente
Com o tempo de evolução do DM2 ocorre progressiva redução da capacidade secretória de insulina pela célula beta e a monoterapia pode falhar em manter bom controle metabólico .
Assim , há necessidade de combinar medicamentos (idealmente com mecanismos de ação diferentes) e algumas vezes há que acrescentar uma terceira droga
Na fase 3 , com progressão da perda de secreção de insulina , e já com perda de peso e/ou comorbidades presentes , é necessário associar aos medicamentos orais uma injeção de insulina lenta ( insulinização oportuna)
Fluxograma de tratamento do
Diabetes tipo 2
Posicionamento SBD ,
adaptado pela Secretaria Municipal
da Saúde de Ribeirão Preto
Protocolo de Diabetes e Hipertensão
Etapa1: Conduta inicial conforme a condição clínica atual
Manifestações leves Manifestações
moderadas
Manifestações
graves
Hospitalizações se
glicemia > 300
Glicemia < 200
+
Sintomas leves ou
ausentes
+
Ausência de outras
doenças agudas
concomitantes
Qualquer glicemia
entre 200-300
+
Ausência de critério
para manifestação
leve ou grave
Qualquer glicemia
> 300
ou
perda significante de
peso
ou
sintomas graves e
ou
presença de
cetonúria
Nas seguintes
condições:
Cetoacidose
diabética
ou
Estado hiperosmolar
ou
Doença grave
concomitante
Metformina *Iniciando com
baixas doses e
intensificando a dose
**Modificações de estilo de
vida
Se não atingir A1C < 7%
em 6 semanas
Metformina
*Iniciando com
baixas doses e
intensificando a dose
Modificações de
estilo de vida
Critérios de inclusão
de 2º ADO
Iniciar insulinoterapia
imediatamente
Insulinoterapia
imediatamente
Iniciar a terapia de
acordo com as
recomendações do
algoritmo e conforme
o controle glicêmico
obtido após a alta
Etapa 2: Adicionar ou modificar segundo agente
conforme nível de A1C*
7-8% 8-10% >10%
Sulfoniluréia Sulfoniluréia Insulinoterapia com ou sem
metfomina e/ou sulfoniluréia (NPH
ao deitar, iniciar com 10 unidades
ate 30 unidades) ou
Insulina basal (NPH) + pré-prandial
(R)
Automonitorização da glicemia
Monitorização e ajustes do tratamento após 2-3 meses com dose
máximas efetivas para atingir as metas: *Hemoglobina glicada A1c < 7%,
glicemia jejum <110 - 130 mg/dl, pós-prandial (2 horas) < 140 - 180 mg /dl
Etapa 3: Encaminhar para o especialista ou intensificar
insulinoterapiaComo qualquer Diretriz, este fluxograma contém recomendações sobre opções
terapêuticas mais indicadas para cada situação clínica. A escolha do esquema
terapêutico deverá ser feita com base no juízo médico e nas opções disponíveis
COLESTEROL TOTAL (mg/dl) < 200
LDL < 70 -100 < 100 > 100
HDL em homens > 40 < 40
em mulheres e diabéticos > 50 < 50
TRIGLICÉRIDES (mg/dl) < 150 150-200 ≥ 200
ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA (kg/m2)
Circunferência abdominal em homens (cm) < 102 > 102
< 80 < 88 > 88
BOM ACEITÁVEL Ruim
METAS DE CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL (mm/Hg) VI Diretriz Brasil. HÁ <140/90
Protocolo de atendimento em Hipertensão e Diabetes, SMSRP- 2011
Metas de tratamento
< 25 ≤ 27 > 27
Circunferência abdominal em mulheres (cm)
< 94
Hipertensos Estágios 1 e 2 com risco CV baixo ou médio
<130/80
<130/80
Hipertensos e limítrofes com risco CV alto e muito alto, com 3 ou + FR , DM, SM, LOA )Hipertensos com insuficiência renal com proteinúria > 1 g/l)
Está indicado uso para prevenção primária em doses baixas ( 75 a 162 mg) em pacientes diabéticos que possuam risco de DCV > 10 % na ausência de fatores de risco para sangramento
- homens > 50 anos e mulheres > 60 anos que tenham , no mínimo, outro fator de risco cardiovascular significativo : tabagismo, hipertensão, dislipidemia , história familiar de DCV prematura ou albuminúria +.