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     ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL DE VITÓRIAFACULDADES INTEGRADAS SÃO PEDRO

    UC DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS AGRONÔMICAS ENGENHARIA AMBIENTAL

    OPERAÇÕES UNITÁRIAS

    TRANSFERÊNCIA DE MASSA POR

    TROCA IÔNICA

    Professor: Samir Aride2009/2

     Adaptado de GONZALES, 2009

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    TROCA IÔNICA

    A operação de troca iônica pode ser vista como um casoespecial de adsorção, onde o adsorvente é uma resina

    trocadora de íons especialmente preparada.

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    Funcionamento

    Os Trocadores iônicos são matrizes sólidas que contém áreasativas.

    )(2)()(2 22

    aq NaCa RaqCa Na R   ++−⇔+−   +++−

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    TROCA IÔNICA

    Originariamente a troca iônica foi utilizada paratratamento de água, tendo sido desenvolvidas váriasoutra aplicações, tais como:

    Dessalinização de água salobra Separação de terras raras

    Hidro metalurgia: Recuperação de metais de

    soluções de lixiviação ou de correntes de rejeitos Indústria Farmacêutica: Recuperação de

    antibióticos de mostos de fermentação

    Resíduos nucleares Indústria Alimentícia

    Agricultura

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    TROCA IÔNICA

    A resina trocadora de íons pode ser imaginada comosendo um gel homogêneo, através do qual estádistribuída uma rede de cadeias hidrocarbônicas às

    quais estão ligados grupos iônicos imóveis.A carga dos grupos iônicos fixos são equilibradas pelascargas opostas de íons difusíveis.

    Uma operação típica que ocorre durante uma trocaiônica é a de abrandamento da água (eliminação dadureza, com remoção de Ca++ e Mg++, que pode ser

    representada simplificadamente pela seguinte equação:

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    TROCA IÔNICA2[RSO3]

     – Na+ + Ca++(ou Mg++) (RSO3)2 – Ca+(ou Mg+) + 2Na+

    (SÓLIDO) (SOLUÇÃO) ( SÓLIDO) (SOLUÇÃO)

    Considerando que esta reação é reversível, a resina

    pode ser regenerada por meio da passagem de uma

    solução saturada de cloreto de sódio pela resina queestá saturada com Ca++. Assim a resina ficará novamente

    pronta para ser usada

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    CLASSIFICAÇÃO DOS TROCADORES

    IÔNICOSPor sua natureza:• Trocadores orgânicos (sintéticos –Naturais)

    • Tocadores Inorgânicos (sintéticos – Naturais)Pela sua estrutura:• Tipo Gel .

    • Resinas Macro porosas .• Resinas iso porosas .Pelo grupo Funcional:• Resinas Catódicas de Ácido forte

    • Resinas Catódicas de Ácido fraco• Resinas Aniônicas de Base Forte• Resinas Aniônicas de Base fraca .• Resinas quelantes

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    RESINAS ORGÂNICAS NATURAIS

    • Quitina: É um polímero linear de elevado peso molecular,que existe nas paredes celulares de alguns fungos e na

    crosta de crustáceos.

    • Chitosan: É um polímero natural derivado da quitina, obtido

    pela hidrólises desta e utilizado como um polímero quelante

    de metais.

    • Ácido algínico: É um componente da estrutura das algas

    marrons. É um polímero forte (dá suporte) e ao mesmo

    tempo flexível. Pode ser ou não solúvel em água• Celulose: A celulose natural tem propriedades de troca

    iônica devido aos grupos carboxilas que tem na sua

    estrutura.

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    RESINAS INORGÂNICAS

    Naturais

    Silicatos de Alumino (zeolitas)Argilas mineraisFeldspatos

    SintéticasÓxidos metálicos hidratados (óxido de titânio hidratado)Sais insolúveis de metais polivalentes (fosfato de titânio)

    Sais insolúveis de heteropoliácidos (molibdofosfatoamônico).Zeolitas sintéticas.

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    ESTRUTURA DA REDE POLIMÉRICA

    Tipo gelConhecidas como resinas micro porosas (tamanho deporo pequeno 1 nm) são polímeros homogêneos, e seussítios ativos estão distribuídos de maneira igual através

    de toda a esfera.

    Resinas macro porosas

    Chamadas também macro reticulares (100 nm) ou deporos fixos, são fabricadas através de um processo quedeixa uma rede com grandes poros que permitem oingresso até às áreas interiores. Estas resinas tem umaaparência esponjosa, o que permite uma boa interaçãoentre os íons e as áreas ativas, mas também significaque a resina tem uma menor capacidade porque asesferas contem uma menor quantidade de áreas ativas, já que os poros podem ocupar entre o 10 e 30% do

    espaço da resina, o que reduz a sua capacidade detroca iônica.

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    • Resinas catiônicas de ácido forte : São produzidas porsulfonação do polímero com ácido sulfúrico. O grupofuncional é o ácido sulfônico, SO3H

    -. Estas resinas trabalhamem qualquer pH, separam todos os sais e requerem umaquantidade elevada de regenerador. Esta é a resina que éescolhida para quase todas as aplicações de abrandamentode água.

    • Resinas catiônicas de ácido fraco: O grupo funcional é umácido carboxílico COOH-, presente em um dos componentes,principalmente o ácido acrílico o metacrílico. Este tipo deresina é altamente eficiente e não precisa de uma quantidade

    elevada de regenerador. Estas resinas tem uma menorcapacidade de troca iônica devido à variação na velocidadedo fluxo e a baixas temperaturas.

    GRUPO FUNCIONAL

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    • Resinas aniônicas de base forte: São obtidas a partirda reação de estireno-DVB (estireno divinil benzeno)com aminas terciárias. O grupo funcional é um sal deamônio quaternário. Os dois grupos principais destasresinas podem ser Tipo 1 (tem três grupos metilo) e asde tipo 2 (um grupo etanol substitui um dos gruposmetil)

    • Resinas aniônicas de base fraca: Resinasfuncionalizadas com grupos de amina primária (NH4),secundária(NHR), e terciária (NR2). Podem ser

    aplicadas na adsorção de ácidos fortes com boacapacidade, mas sua cinética é lenta.

    • Resinas Quelantes ,são seletivas, mas são poucoutilizadas por ser custosas e cineticamente lentas.

    GRUPO FUNCIONAL

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    Etapas da Troca iônica1. Extração

    2. Descompactação3. Regeneração

    4. Enxuage.

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    Cinética

    Extração

    Ca++Mg++

    Ca++

    Ca++

    Ca++

    Ca++Ca++

    Ca++

    Ca++

    Ca++Mg++

    Mg++ Mg++

    Na+

    Na+

    Na+Na+

    Na+

    Na+

    Na+

    Na+

    Na+

    Na+

    Ca++

    Na+

    Na+

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    Cinéticaregeneração

    Na+

    Na+Na+

    Na+

    Na+Na+   Na+

    Na+Na+ Na+  Na

    +

    Na+Na+

    Na+Na+Na+Na+

    Na+

    Na+ Na+

    Na+

    Na+Na+

    Na+

    Na+

    Na+Ca++

    Ca++

    Ca++

    Ca++

    Ca++

    Ca++

    Ca++

    Mg++

    Mg++

    Mg++

    Mg++

    Mg++

    Mg++

    Mg++

    Na+

    Na+

    Na+

    Na+

    Na+

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    Parâmetros característicos

    dos trocadores iônicos• Capacidade de Troca: Quantidade de íons que uma

    resina pode trocar em determinadas condições

    experimentais, depende do tipo da área ativa. Éexpresso em equivalente/litro de resina ou grama deresina.

    • Capacidade especifica teórica: Número Máximode áreas ativas da resina por grama. Este valor pode sermaior que a capacidade de troca, já que nem todas asáreas ativas são acessíveis aos íons em dissolução.

    • Seletividade: Propriedade da resina de mostrar maiorafinidade por um íon que por outro, a resina preferirá osíons com os quais forme uma ligação mais forte.

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    Coluna Industrial de Troca Iônica

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    a

    b

    c

    Coluna Industrial de Troca Iônicaa) Distribuidor; b) Resina; c) Coletor

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    Tratamento de águasDados básicos• Análises de água. Deve de ser feito em detalhe e

    ser balanceado ionicamente.• Requerimento de qualidade. Expressa em termos

    de condutividade do eletrólito de uma soluçãotratada.

    • Taxa do fluxo do serviço.• Tipo e quantidade do regenerador.• Fluxo de regeneração.• Temperatura de regeneração.

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    Diâmetro de colunas

    • Varia de um centímetro (laboratório)até 5 metros.

    • Unidades industriais - 0.8m – 5,0 m• Altura da resina de 10 cm – 3,5

    metros.

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    1. Adicione algunsmililitros de águadestilada em um cilindrograduado 10 ml e anote onível de água.Usando uma espátula,transfira com cuidado a

    resina da troca de íon aocilindro.

    Fazendo uma coluna da troca iônica

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    Fazendo uma coluna da troca iônica

    2. Adicione bastante

    resina para fazer o nível

    de água levantar-se poraproximadamente 1,0 ml.

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    Fazendo uma coluna da troca iônica

    3 . Gire o cilindro

    graduado para que a

    resina fique uma

    pasta.

    4. Derrame

    rapidamente a pastana coluna de vidro.

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    Fazendo uma coluna da troca iônica

    5. A resina deve ficar

    no fundo da coluna

    de vidro.

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    Fazendo uma coluna da troca iônica

    6. Uma camada de

    areia é adicionadasobre a resina para

    mantê-la no lugar.

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    Fazendo uma coluna da troca iônica

    7. A areia deve ter

    granulometria de

    aproximadamente1/4 de polegada.

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    Carregando uma coluna e testando o efluente

    8. Adicionar o

    efluente ao alto dacoluna lentamente ecom cuidado, de modoa não perturbar a

    camada de resina.A solução pode serderramada lentamenteabaixo do lado daabertura da coluna ouser adicionada gota agota, com uma pipeta.

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    Carregando uma coluna e testando o efluente

    9. Testar o pH compapel indicador

    fazendo exame deuma gota do efluenteà parte de papel emum vidro de relógio.

    O efluente ácido podesignificar que os

    cátions estãodeslocando íons naresina de troca

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    Altura da faixa azul do cu2+

    10. A cor azul de íons

    do cobre (II) évisível na resina nacoluna.

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    1. Problema de aplicação• Determine a massa e o volume requerido da resina para

    tratar 1200 m3 de água contendo 20 mg/L do íon Nitrato• Considerar Capacidade de resina 300 meq/Kg.• Densidade de resina 720 kg/m3

    quantidade dequantidade de í í on Presenteon Presente

     Lmeq

    meqmg

     NOde Lmg Lmeq NO   / 32,0

    ) / 62(

    ) / 20( /    33   ==

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    meq10*3,84)L/m)(100mmeq/L)(120(0,32   3333 =

    aredekgkgmeq

    meqkg R

    mass  sin8,12

     / 300

    10*84,3   3==

    Quantidade de massa requeridaQuantidade de massa requerida

     Volume requerido da resina Volume requerido da resina

    3

    3

    3 0178,0720

    8,12m

    m

    kg

    kgm Rvol   ==

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    BibliografiaUllmann’s Encyclopedia of Industrial Chemistry “Ion Exchangers”2001,sixth edition.

    http://www.rohmhaas.com/index.html

    http://www.tecnociencia.es/especiales/intercambio_ionico/htm

    http://www.remco.com/ix.htm

    http://www.dartmouth.edu/~chemlab/chem3-5/ionx1/full_text/procedure.html

    GONZALES, LORGIO VALDIVIEZO. On line . Disponível em: