Trópico Value FIA -...

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Trópico Latin America Investments: +55 11 3465 5600 www.tropicoinvest.com Página 1 de 9 Trópico Value FIA Relatório Semestral - 2° Semestre de 2018 Introdução Praticamente todas as previsões que o mercado esperava para depois da eleição caso Jair Bolsonaro ganhasse não aconteceram. Em 2018, não houve rally, o Ibov não bateu 120.000 pontos, o dólar não caiu para baixo de R$ 3,50 e muitas empresas que tiveram um ano operacional satisfatório viram seus preços de ações despencarem, algumas muito além do razoável. Principalmente aquelas cuja base acionária era composta majoritariamente por estrangeiros. Na nossa visão, se de um lado o Brasil teve um fator positivo com o PT sendo vencido nas urnas, o resto do mundo ficou simultaneamente mais instável, principalmente nos últimos meses do ano. Trump nos EUA com seu Twitter, o FED aumentando os juros para conter um sobreaquecimento da economia americana, Macron na França aumentando ainda mais os impostos sobre combustíveis, os italianos e o risco fiscal do país, o Reino Unido e o dilema da saída da zona do Euro (Brexit), a Espanha e os fervores separatistas da Catalunha e a China tendo que ser o ponto de equilíbrio na demanda mundial ao mesmo tempo que lida com o presidente do Estados Unidos um pouco mais instável do que deveria, e muito menos construtivo em suas decisões do que poderia. Neste ambiente pós eleições, podemos dizer com bastante assertividade que o Índice Bovespa não foi uma representação acurada do mercado e muitas ações de boas empresas tiveram quedas relevantes ao longo de 2018, além é claro, da enorme volatilidade de preços que aconteceu pré-eleições. O índice Small Caps, por exemplo, que tem maior representatividade de empresas com exposição ao consumo doméstico, subiu 8%, contra um Ibovespa de +15%. “É difícil fazer com que muitos profissionais financeiros pensem na possibilidade de um crash na economia quando o emprego e o RENDIMENTO deles dependem do acontecimento.” James Montier (GMO Asset Allocation Team) “Diversificação é um dos princípios básicos das finanças e está no centro da nova teoria de portfólio. Mas porque você vai investir a mesma quantidade de dinheiro na melhor e na sua vigésima melhor ideia? Existe uma frase antiga que diz “concentre para ficar rico. Diversifique para manter-se rico”. Buffett não se tornou um dos homens mais ricos do mundo espalhando seus investimentos nas suas 100 melhores ideias” Michael Batnick (do livro Big Mistakes)

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Trópico Value FIA Relatório Semestral - 2° Semestre de 2018

Introdução

Praticamente todas as previsões que o mercado esperava para depois da eleição caso Jair Bolsonaro ganhasse não aconteceram. Em 2018, não houve rally, o Ibov não bateu 120.000 pontos, o dólar não caiu para baixo de R$ 3,50 e muitas empresas que tiveram um ano operacional satisfatório viram seus preços de ações despencarem, algumas muito além do razoável. Principalmente aquelas cuja base acionária era composta majoritariamente por estrangeiros.

Na nossa visão, se de um lado o Brasil teve um fator positivo com o PT sendo vencido nas urnas, o resto do mundo ficou simultaneamente mais instável, principalmente nos últimos meses do ano. Trump nos EUA com seu Twitter, o FED aumentando os juros para conter um sobreaquecimento da economia americana, Macron na França aumentando ainda mais os impostos sobre combustíveis, os italianos e o risco fiscal do país, o Reino Unido e o dilema da saída da zona do Euro (Brexit), a Espanha e os fervores separatistas da Catalunha e a China tendo que ser o ponto de equilíbrio na demanda mundial ao mesmo tempo que lida com o presidente do Estados Unidos um pouco mais instável do que deveria, e muito menos construtivo em suas decisões do que poderia.

Neste ambiente pós eleições, podemos dizer com bastante assertividade que o Índice Bovespa não foi uma representação acurada do mercado e muitas ações de boas empresas tiveram quedas relevantes ao longo de 2018, além é claro, da enorme volatilidade de preços que aconteceu pré-eleições. O índice Small Caps, por exemplo, que tem maior representatividade de empresas com exposição ao consumo doméstico, subiu 8%, contra um Ibovespa de +15%.

“É difícil fazer com que muitos profissionais financeiros pensem na possibilidade de um crash na economia quando o emprego e o RENDIMENTO deles dependem do acontecimento.” James Montier

(GMO Asset Allocation Team)

“Diversificação é um dos princípios básicos das finanças e está no centro da nova teoria de portfólio. Mas porque você vai investir a mesma quantidade de dinheiro na melhor e na sua vigésima melhor ideia? Existe uma frase antiga que diz “concentre para ficar rico. Diversifique para manter-se rico”. Buffett não se tornou um dos homens mais ricos do mundo espalhando seus investimentos nas suas 100 melhores ideias” Michael Batnick

(do livro Big Mistakes)

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Em resumo, ainda bem que 2018 terminou depois da maior parte do ano dedicada a discussão de cenário eleitoral e vamos torcer para que a nova onda liberal do país que começa em 2019 traga os frutos a que se propôs. Sempre lembrando que no Brasil nada é simples, nossa situação fiscal é para lá de delicada e que os grupos de interesse lutarão fervorosamente para não perderem seus benefícios, mesmo que seja claro que a equalização deles aos da iniciativa privada é bom para o país e para os outros 210 MM de brasileiros que trabalham para sustentar uma minoria.

Os preços dos ativos de nosso portfólio passaram por uma volatilidade muito grande em um ano em que o debate eleitoral predominou a maior parte do tempo. Se por um lado conseguimos montar algumas posições a preços quase inacreditáveis, por outro operar investimentos com horizonte de longo prazo em um ambiente tão incerto e volátil é muito complicado e cansativo, pois ficamos sempre nos perguntando se estamos perdendo algum detalhe.

Terminamos ligeiramente positivos subindo +4,97% no ano de 2018. Abaixo do que gostaríamos, porém com um risco bastante adequado quando analisamos a derivada das empresas que investimos. Acreditamos que temos bons negócios no portfólio a preços muito aquém do que deveriam estar, com participações adequadas e liquidez idem, ou seja, assumimos riscos para 2019, mas nada que nos tire o sono. Sobre a volatilidade de preço, não nos incomodamos com isto quando a capacidade de geração de lucros de nossas empresas é robusta.

Nem sempre acertar ou errar empresas explica totalmente o retorno de um fundo de longo prazo em um ano. Se temos uma ótima companhia, nova no portfólio, com uma participação pequena e outra com uma participação maior, tendo em vista que o correto é ir aumentando a posição conforme vai se entendendo do negócio, questões relacionadas a dosimetria também possuem impacto relevante no retorno de curto prazo. Quando se trabalha somente com ativos de alta liquidez este é um assunto menos relevante. Mas quando a composição de ativos passa por liquidez, conhecimento do negócio, das pessoas, foco do investimento e percentual da empresa investida, este assunto é mais relevante. Em nossa visão, risco efetivo tem mais relação com estes itens no tempo.

Repetimos aqui o que temos falado desde o início do fundo: analisar somente retorno sem entender os riscos a que os investidores e o fundo estão submetidos é uma análise incompleta. Se adicionarmos a isto períodos fechados de 12 meses, começando dia 01 e terminando dia 31 do mesmo ano, é pior ainda. Preferimos analisar nossa matriz de risco-retorno através de janelas móveis de 12, 24 e 36 meses e retorno anualizado (CAGR) afinal, o fundo não começa dia 01, vende todos os ativos dia 31, e recompra tudo dia 01 de novo. É um processo em construção constante e por isto, deve ser analisado da mesma forma. É fluxo, não estoque.

Olhando a diferença do nosso CAGR nos últimos 3 anos (+26,53%) e na história do fundo desde 2003 (+15,14%), lembramos do caso de um dos maiores pensadores-investidores que conhecemos, Charlie Munger e sua história como investidor.

Portfolio

Trópico Value FIA Índice Bovespa12 meses 4,97% 15,03%24 meses 44,98% 45,93%36 meses 102,51% 102,74%Desde o início (fev/2003) 821,51% 705,57%CAGR desde o início (fev/2003) +15,14% ao ano CAGR ATÉ 2013 +23,51% ao ano CAGR últimos 36 meses +26,53% ao ano

Fonte: Trópico Investimentos

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Entre 1962 e 1969, sua empresa de investimentos Wheeler Munger deu retorno anualizado CAGR de impressionantes 37,1% em um período que o S&P rendeu aos seus investidores somente +6,6%. Nos anos de 1973 e 1974, uma crise se abateu sobre a economia americana e mesmo sendo quem é, Munger teve 2 anos péssimos, com retornos de -31,9% e -31,5%. A própria Berkshire, cujas ações estavam a USD 80,00 no início de 1973, foram para USD 40,00 depois de 2 anos.

Os anos de 1973 e 1974 foram o início do fim da Wheeler Munger, que alguns anos mais tarde fechou justamente porque um grande investidor resolveu abandonar o fundo (passivo, sempre ele!). No caso do Trópico Value FIA, os anos de 2014 e 2015 foram os mais difíceis do fundo, com quedas de -37,1% e -27,2% consecutivamente. Até o final de 2013, o retorno anualizado do fundo era de 23,51% ao ano, caiu se considerarmos desde o início para 15,14% ao ano depois dos anos de 2014 e 2015, porém, nos últimos 3 anos, voltou aos 26,53%, com ações e concentrações bem diferenes do índice Ibovespa.

A história da Wheeler Munger, e de outros excepcionais investidores, é amplamente conhecida e está descrita no livro Big Mistakes – The best investors and their worst investments de Michael Batnik, Bloomberg Press. Ter anos ruins faz parte da filosofia do Value Investing justamente pelo fato de que quando os preços não correspondem aos valores intrínsecos das companhias que investimos, a tendência dos gestores racionais é aumentar a concentração em seus portfólios. Esta postura tem enorme valor no tempo quando dá certo, mas pode gerar perdas momentâneas graves no curto prazo.

Charlie Munger sempre foi conhecido pela sua predisposição a concentração. Durante vários anos a BlueShip Stamps, empresa que virou uma holding de negócios e acabou se fundindo a Berkshire, representou nada menos que 65% do seu portfólio. Não precisamos discorrer sobre o que aconteceu com a parceria Buffet e Munger depois de 1974, pois acreditamos que todos conhecem.

Esperamos que o ano de 2019 seja melhor para nossas companhias. Acertamos alguns investimentos antes do tempo que prevíamos, e outros não se comportaram como estávamos prevendo. Vamos começar falando dos problemas, e deixar o melhor para o final.

As duas principais posições que causaram perdas para o fundo Tropico Value FIA foram PROFARMA e SMILES. Nossas estimativas indicam que se ambas tivessem zerado no ano, o desempenho do fundo teria sido aproximadamente 18% em 2018.

Profarma (PRFM3)

Apesar de uma tese bem construída sobre seu crescimento e o fato de a companhia ter entregado melhores resultados nos dois últimos trimestres (2T18 e 3T18), o estrago reputacional que o 4T17 causou foi sentido profundamente ao longo do ano de 2018. Reputação em gestão de companhias é algo que demora anos para ser conquistada e podemos dizer que o mercado costuma dar muitas chances e acreditar nas estórias que a gestão conta com bastante otimismo. Entretanto, depois de vários trimestres sem mostrar os resultados, além de diversos problemas operacionais que vieram sem qualquer aviso ao mercado e sucessivas ofertas de ações, nossa visão é que mesmo os otimistas cansaram. É óbvio que uma empresa como a Profarma não pode valer metade de seu valor patrimonial, mas também ficou óbvio para nós que os investidores que vieram acompanhando a empresa ao longo dos últimos 3 anos cansaram de promessas não cumpridas e surpresas nos resultados.

Ainda temos posição na empresa. Menor do que quando éramos mais crentes de que eram capazes de entregar o que estavam propondo. Também queremos ver resultados mais consistentes na direção correta, antes de voltar a aumentar posições. Ainda achamos que a empresa está muito barata para sua importância no mercado que atua. Seu preço caiu demais, como é normal quando o mercado cansa de um ativo. Como diria Howard Marks em seu ótimo

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livro The Most Important Thing, os preços funcionam como pêndulos, mas quase nunca estão no meio. Quando existe otimismo estão numa ponta e no pessimismo, na ponta oposta. Hoje Profarma está na ponta oposta.

Nosso entendimento é que depois de 2 trimestres apresentando bons resultados, a expectativa é que teremos um 4T18 muito melhor do que o fatídico 4T17. O varejo está apresentando bons resultados depois de uma aquisição complicada da Rosário que colocou a empresa nas cordas. Os planos de expansão foram postergados para que a empresa pudesse entregar retornos melhores com a estrutura atual. E isto demanda muita disciplina na gestão de custos e um norte estratégico bem claro. Acreditamos, pelos últimos resultados, que já tenham entrado neste canal. Não sabemos, porém, quando o mercado dará outra chance a eles. Continuamos próximos da companhia.

Smiles (SMLS3)

Outra posição do fundo que sofreu este ano foi Smiles. Um negócio espetacular em todos os sentidos e métricas financeiras, que compramos a ótimos preços e sentamos em cima. Até que a Gol resolveu incorporá-la através de uma operação, no mínimo, oportunista e curiosa. Foi o maior choque que tivemos este ano em relação a deslealdade com os acionistas minoritários da empresa, pois se não fosse a Smiles, seu IPO e os incríveis resultados que vem dando desde então, talvez a Gol companhia aérea nem existisse mais. Portanto, foi mais uma forma de vermos que existem controladores que simplesmente usam o mercado e os investidores a seu favor quando precisam, e prejudicam ambos, quando a situação permite. Lamentável.

O comunicado sobre a incorporação, feito pela Gol, através de uma estrutura claramente conflitada de troca de ações, causou uma queda abrupta dos preços da Smiles (40% em um dia), parcialmente recuperado após o susto inicial. A visão do mercado é que a forma como a Gol conduziu a sua relação com a Smiles ao longo do ano foi algo premeditado com o intuito de prejudicar a empresa e melhorar a relação de troca para a Gol em detrimento dos minoritários. Sem considerar a criação de uma incerteza regulatória para outras empresas subsidiárias na mesma situação que impacta diretamente o órgão regulador e a própria B3, com seu estatuto de Novo Mercado.

Muitos investidores importantes, fundos antigos e gestores competentes tinham em seus portfolios posições relevantes de Smiles e nenhum deles esperava que uma incorporação, algo natural e permitido no mercado, pudesse ser feito da forma distorcida que a Gol propôs, com o mesmo controlador de ambas as companhias podendo votar em uma situação de potencial abuso. Um negócio meio surreal quando o assunto é transparência, governança e alinhamento de interesse.

Mas a estória ainda não terminou.

Tínhamos uma posição importante nos fundos, pois era um típico caso de Value Investing precificado a muito menos do que deveria valer, ainda com uma enorme margem de segurança. Talvez tenhamos colocado um peso insuficiente na tabela de riscos a interferência de controladores desalinhados e executivos omissos. E neste caso específico, uma prova factual de que volatilidade de preços não é sinônimo de risco. Investir é um aprendizado constante.

Estamos atentos para entender qual será o futuro da empresa e os termos que serão apresentados aos investidores. Ainda temos uma posição média no fundo de Smiles, pois acreditamos que ela continua muito mal precificada para o que é e mesmo para a potencial operação de incorporação pela GOL. O impacto para o fundo foi diluído pois no dia da comunicação ao Mercado montamos uma posição de 5% de Gol a R$ 14,30, tendo em vista a transferência de valor de Smiles para a empresa. Os preços explodiram e zeramos nossa posição a R$ 21,50, ou seja, 50% de alta em poucos dias

A boa notícia é que neste caso, os órgãos reguladores estão avaliando de perto a operação. A B3 no final de

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dezembro publicou um comunicado importante vetando a Gol de ir para o Novo Mercado através da operação proposta. Ao mesmo tempo, o governo federal, através de uma medida provisória, liberou as companhias aéreas de terem controle nacional, o que pode permitir outras estruturas para a Gol incorporar a Smiles.

Movida (MOVI3)

Movida é uma empresa que temos na carteira do fundo há algum tempo e sem dúvida, a empresa que acompanhamos mais de perto nos últimos meses. O motivo disto é que apesar de participar de um dos mais promissores setores de consumo, muito impulsionado por juros baixos e crescimento econômico, a empresa era uma start up mesmo depois de seu IPO. Um pouco diferente de uma start up tradicional, pois já começou com uma equipe de gestão mais robusta, capitalização alta e uma complexidade operacional pouco trivial. Mas ainda assim com desafios e incertezas que, ao longo dos últimos 2 anos, mostraram-se dignas de grandes empresas.

A proposta de valor no segmento de aluguel de carros é clara. Para as corporações, faz sentido arrendar sua frota devido ao menor investimento, melhor controle e redução de custos de manutenção. No Brasil, atualmente, apenas 8% da frota corporativa é alugada. Para o consumidor final, existe a tendência de não possuir mais um automóvel, mas alugar sempre que necessário. Esses dois movimentos foram os principais motores do crescimento recente do setor de 12% ao ano, o que esperamos que permaneça por anos à frente com a recuperação da economia brasileira e a percepção de que a posse de alguns tipos de ativos não parece fazer sentido. Economia em recuperação e mudança de hábitos são vetores importantes nesta tese de investimento para os próximos anos.

Olhando para dentro de Movida, acreditamos que os desafios dos últimos 2 anos terminaram no segundo semestre de 2018, quando pudemos ver a solução de questões operacionais relevantes para o futuro da companhia: inadimplência, roubos de carros, custos de manutenção e fraude. Estes quatro itens foram a base da preocupação dos investidores ao longo de 2017.

Os investimentos feitos endereçaram de forma definitiva as questões de 2017 e o efeito foi o incremento de margens EBITDA ao longo de 2018 tanto no RAC1 (39,5% 3T18) quanto no GTF2 (62,5% 3T18). A empresa fortaleceu sua equipe ao contratar novos diretores e investiu em TI para automatizar várias tarefas e reduzir o tempo necessário de resposta em casos de comportamento suspeito. A frota, no 3T18 estava 66% rastreada, acima dos 17% no 1T17, e o objetivo é ultrapassar 80% no final de 2019. Além disso, os dispositivos de rastreamento instalados coletam dados que podem ser processados e analisados para fornecer novos serviços a seus clientes e aumentar a lucratividade. A inovação neste setor também é um dos grandes drivers de crescimento e construção de barreiras de entrada, tendo em vista questões sociais de mobilidade e usos diferentes de tecnologia mobile como GPS, patinetes, bicicletas, etc.

A questão para 2019 é resolver a ponta final de geração de caixa da companhia; a área de seminovos, que revende no mercado os carros que foram inicialmente utilizados no RAC e GTF. Muitas medidas foram tomadas a partir de setembro de 2018 com relação aos processos e equipe necessários para dar mais robustez a esta área e esperamos que o 4T18 venha com números muito melhores do que o 4T17 e mesmo que o 3T18. O objetivo, pelo tamanho da frota atual da empresa, é vender 50.000 carros por ano. Hoje este número está em 40.000. Vale lembrar que a empresa terminará o ano de 2018 com a frota total de aproximadamente 95.000 carros, sendo 70.000 no RAC e 25.000 no GTF.

Acreditamos que o mercado hoje subestima a capacidade de criação de valor da companhia, sua lucratividade potencial e de crescimento. O efeito deste crescimento resultará não somente na redução do custo de capital da empresa, pelo incremento da geração de caixa, mas também na renovação da frota através de preços melhores com as montadoras.

1RAC: Rent a car – aluguel de carro tradicional em lojas2GTF: Gestão de Frota – focado em empresas

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Existe, em nossa visão, uma condição precedente para que as empresas deste setor funcionem em sua plena capacidade que com o tempo fará com tenham cada vez mais margem, geração de caixa e market share: escala. As 3 maiores possuem uma participação de 54% do mercado hoje e como possuem já a escala necessária para serem competitivas na compra de automóveis, a distância das 3 maiores para as demais do mercado, em nossa avaliação, tenderá a incrementar ao longo dos próximos anos.

A Localiza vem apresentando retornos de 8 pontos percentuais (“p.p.”) acima do custo de capital, enquanto a Movida e a Unidas entregam 4,4 p.p. e 5,8 p.p. respectivamente. Esperamos que tanto a Movida quanto a Unidas reduzam a diferença em relação à Localiza devido a operação e crescimento mais eficientes.

Com uma estrutura de capital compatível, a Movida continuará crescendo e se distanciando das empresas menores, ficando cada vez mais próxima de seus concorrentes Unidas e Localiza. Tanto em termos de tamanho de frota e rentabilidade, quanto em termos de equalização dos múltiplos (índice Preço/Lucro 2019E Bloomberg: Movida 10,7x e Localiza 24x). As 3 juntas terão condições operacionais diferentes dos demais, porém parecidas entre elas, e pelo tamanho que já possuem, questões relacionadas a alavancagem operacional tendem também a ser semelhantes entre elas.

O efeito disto é acreditarmos que, nos próximos anos, teremos um melhor alinhamento de retornos entre estas empresas e que, por tabela, criarão juntas problemas competitivos cada vez maiores para as demais do setor. Esta condição competitiva invariavelmente gerará mais oportunidades de crescimento de market share com consequente melhoria nas condições concorrenciais, como aquisição de veículos a preços cada vez melhores, melhores condições na venda de usados com prêmio por serem atrelados a marcas com melhor reputação, diluição de custos fixos (muito importantes neste tipo de operação) e melhores condições de preço e canal na parte de manutenção e seguros. Estes itens são a fundação para que estas empresas sejam as líderes em inovação no segmento o que aumentará o diferencial com as demais ainda mais.

Estas condições de mercado criam um certo paradoxo no assunto crescimento afinal, quando crescer organicamente torna-se mais lucrativo do que através de aquisições, cria-se um ambiente muito mais agressivo tanto a entrada de novos competidores, quanto ao apetite de quem está hoje no mercado e espera ser adquirido por uma das 3 grandes; afinal, será que vale a pena comprar alguém ou usar os recursos crescendo organicamente? Parece-nos que crescer organicamente trará melhores retornos, o que levará a decisões muito mais pragmáticas sobre alocação de capital. Esta condição por si só já é ótima para investidores como nós que procuramos negócios para ficarmos sócios por muitos anos.

Nossa visão é de que o valor da Movida no tempo, atrelado claro à melhoria de seus resultados e sua posição competitiva, tende a crescer enquanto que a dos 50% restantes do mercado tende a cair ou seja, não seria estranho se virmos nos próximos anos o crescimento não vir somente de melhores resultados por eficiência operacional, mas também por aumento relevante do market share com o consequente fechamento de vários concorrentes, e atrelado a isto, uma equalização de múltiplos entre as 3 maiores.

Uma vez que a companhia se sinta confortável com o volume de carros usados sendo vendidos, esperamos que comece a crescer novamente.

A Movida não aumentou significativamente a quantidade de carros que administra em 2018. Mas esperamos que isso mude em 2019, uma vez que as vendas de carros usados atinjam as metas estabelecidas. Em nossa opinião, a Movida está melhor posicionada para alcançar um crescimento maior como percentual de sua frota quando comparada aos concorrentes. No entanto, atualmente, o preço de suas ações na bolsa não inclui expectativas de crescimento coerentes com o momento da empresa e seu potencial de alavancagem operacional.

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No resto do portfólio, continuamos posicionados nas mesmas empresas que comentamos nos relatórios anteriores e perfazem um grupo muito sólido em termos de estratégia, execução e resultados para os próximos anos. Acreditamos que existe um baixo risco de destruição de valor ao acionista. Nossa filosofia de investimento, sempre evoluindo ao longo de 15 anos de história da empresa, se mantém: antes de ganhar, precisamos não perder. E o “não perder” é ponto central do conceito de margens de segurança. Nosso objetivo de retorno ao investidor no longo prazo é de 20% ao ano.

O fundo Trópico Value FIA está aberto para captação. Hoje o fundo está nas plataformas da Terra Investimentos e Mirae Corretora para investidores de varejo, com aporte mínimo de R$ 1.000,00 para o varejo. Estamos trabalhando para colocar o fundo em outras plataformas.

Fechamos o ano com Movida, Sonae Sierra, Itaúsa, CCR, Alupar, Profarma e Smiles entre as principais posições; além de uma posição de caixa relevante, justamente porque não sabemos quando oportunidades aparecerão. As empresas citadas neste relatório perfazem quase 75% do fundo Tropico Value FIA no final de 2018. E estamos montando algumas novas posições que divulgaremos em cartas futuras.

Outlook

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Trópico Value FIA

A estratégia do fundo é investir em negócios bem geridos, com barreiras de entrada definidas e retorno robusto ao acionista, através de uma constante e disciplinada inteligência de alocação de capital. O fundo costuma ter um portfólio concentrado em não mais que 10 posições e é muito ativo nas empresas que investe, fazendo poucos novos investimentos por ano. O objetivo da gestão é ser um acionista atuante com visão de sócio e entender cada vez mais profundamente os negócios que investe. Com este tipo de filosofia, buscar retornos de longo prazo muito acima dos índices de referência de mercado a um risco muito mais baixo. Para isto, busca companhias estrategicamente inteligentes e conscientes de sua posição nos seus mercados de atuação, equipes de gestão alinhadas com os acionistas, bem formadas e com incentivos coerentes à criação de valor no longo prazo. Tudo isto a preços de mercado que se traduzam em uma margem de segurança satisfatória para o investimento, considerando intempéries ao longo do processo de investimento.

Público-alvo: investidores de forma geral que buscam retornos de longo prazo descorrelacionados dos os índices de mercado através de uma filosofia de investimento clara de Value Investing.

Comparação de investimento de R$ 1 mil em 01/01/2016 com outros referenciais

Investimento por Setor Econômico

Comparativo com Ibovespa

Características Trópico Value FIATaxa de Administração 2,0%

Taxa de Performance *20% da rentabilidade acima do IBOVESPA, se positiva (cobrada semestralmente)

Prazo de Resgate Cotização: D+30Financeiro: Cotização + 3 dias úteis

Início Fev/2003

Aplicação Máxima Não há

Aplicação Inicial R$ 10.000

Movimentação Mínima R$ 5.000

Saldo Mínimo R$ 5.000

Objetivo / Benchmark Elevados retornos absolutos de longo prazo

Horário para aplicaçãoe resgate Até 14:00

Tributação 15% do lucro no resgate - conforme lesgislação vigente

Categoria ANBIMA Ações Livres

Dezembro de 2018

Fonte: Economática

Dezembro 2018Fevereiro 2003

PeríodoTrópico Value

844,51%

705,57%

27,1015,24

Desempenho desde 03/02/2003

Política de Investimentos

Página 8 de 9

Posição em Formação

Educação

Finanças e Seguros

Varejo

Imobiliário

Transportes e Serviços

Outros

Caixa

Serviços

2,0%

3,2%

9,0%

10,5%

10,6%

11,4%

12,3%

14,9%

17,4%

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

Ibovespa CDI

Value

R$ 800,00

R$ 1.000,00

R$ 1.200,00

R$ 1.400,00

R$ 1.600,00

R$ 1.800,00

R$ 2.000,00

R$ 2.200,00 Value

Ibovespa

CDI

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TRÓPICO VALUE FIAPatrimônio Líquido médio 12 meses: 10,3 milhões

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2017 Tropico Value 5,84 5,49 6,31 3,82 -3,19 -2,22 6,60 6,73 6,21 -0,22 -3,52 1,78 38,11

IBrX100 7,21 3,82 -2,84 0,88 -3,66 0,30 4,91 7,35 4,69 -0,13 -3,38 6,35 27,55

A comparação com o Ibovespa, Dolar e CDI é para mera referência econômica, e não meta ou parâmetro de performance Todas as informações aqui contidas têm propósito apenas informativo e, portanto, não devem ser consideradas oferta de venda de cotas dos fundos de investimento ou de qualquer título ou valor mobiliário. A Trópico Investimentos não comercializa nem distribui quotas de fundos de investimento ou qualquer outro ativo financeiro. As informações contidas neste material são de caráter exclusivamente informativo. A título de transparência, informamos que os sócios e funcionários da Trópico Investimentos têm, ou podem vir a ter, investimentos no fundo Trópico Value Fia. Também informamos que, para manter sua imparcialidade na análise de investimentos, a Trópico Investimentos não tem ou procura negócios com as empresas alvo de investimentos. Risco do Investimento - O Fundo de Investimentos Trópico Value investe em ações de emissão de companhias abertas em bolsas de valores no Brasil. Estas ações são ativas de risco e estão sujeitas a constantes oscilações, existindo possibilidade de rentabilidade negativa e perda do capital investido. As ações estão sujeitas a risco de crédito, ou seja, haverá perda do capital investido caso alguma das empresas investidas venha a falir. Os Fundos de Investimento não contam com garantia da instituição administradora, do Gestor ou do Fundo Garantidor de Créditos - FGC. A rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura. Aos investidores é recomendada a leitura cuidadosa do prospecto e do regulamento do fundo de investimento ao aplicar os seus recursos.Informações Importantes: o fundo Trópico Value FIA pagará (i) taxa de administração com percentagem anual de 2,0% (dois por cento) sobre o valor do Patrimônio Líquido do fundo, sendo este valor apropriado diariamente e pago mensalmente, e (ii) taxa de performance de 20% do que exceder o Ibovespa, provisionados diariamente e pagos semestralmente, utilizando o conceito de marca d’água. A taxa de administração máxima é de 3,3% (três por cento e três décimos) ao ano, ou seja, quando o fundo Trópico Value FIA investir em outros fundos a cobrança máxima do investidor será de 3,3% ao ano.” Em atendimento à Instrução CVM nº 465, desde 02/05/2008, os fundos de renda variável deixaram de apurar sua rentabilidade com base na cotação média das ações e passou a fazê-lo com base na cotação de fechamento. Assim comparações de rentabilidade devem utilizar, para períodos anteriores a 02/05/2008,

a cotação média dos índices de ações e, para períodos posteriores a esta data, a cotação de fechamento”.Os cotistas recebem extrato e boletim mensal contemplando comentários e análise do mercado, além das estratégias adotadas e perspectivas para os próximos meses. O investimento de que trata este prospecto apresenta riscos para o investidor. Ainda que o gestor da carteira mantenha sistema de gerenciamento de riscos, não há garantia de completa eliminação da possibilidade de perdas para o fundo de investimento e para o investidor.Todos os dados de rentabilidade apresentados estão líquidos de todos os custos, exceto impostos. A rentabilidade obtida no passado não representa garantia de rentabilidade futura. As informações contidas nesse informativo estão em consonância com o Regulamento do fundo de investimento, porém não o substituem. Os investimentos em fundos não são garantidos pelo administrador ou por qualquer mecanismo de seguro ou, ainda, pelo fundo garantidor. Os fundos de ações podem estar expostos a significativa concentração em ativos de poucos emissores.O fundo poderá ser fechado para novas captações sem prévio aviso. Para avaliação da performance do fundo de investimento, é recomendável uma análise de período de, no mínimo, 12 (doze) meses. Visando o atendimento ao exigido pela Lei nº 9.613/98, quando do ingresso do fundo, cada cotista deverá fornecer cópias de seus documentos de identificação entre outros documentos cadastrais.”Este fundo utiliza estratégias com derivativos como parte integrante de sua política de investimento. Tais estratégias, da forma como são adotadas, podem resultar em significativas perdas patrimoniais para seus cotistas” Este fundo de cotas aplica em fundo de investimento que utiliza estratégias com derivativos como parte integrante de sua política de investimento. Tais estratégias, da forma como são adotadas, podem resultar em perdas patrimoniais para seus cotistas.Dados do Administrador Distribuidor: BNY Mellon Serviços Financeiros DTVM S.A. (CNPJ: 02.201.501/0001-61) Av. Presidente Wilson, 231, 11º andar, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20030-905 Telefone: (21) 3219-2998 Fax (21) 3974-4501 www.bnymellon.com.br/sf SAC: [email protected] ou (21) 3219-2600, (11) 3050-8010, 0800 725 3219. Ouvidoria: [email protected] ou 0800 7253219.

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Gestão AuditoriaAdministração, Distribuição e Custódia

Tropico Value FIA Código ANBIMA: 147.370

CNPJ: 05.382.556/0001-03 Categoria ANBIMA: Ações Outros

Análise de Desempenho

LEIA O PROSPECTO E O REGULAMENTO ANTES DE INVESTIR

Trópico Value Ibovespa IBrX-100

Melhor retorno mensal

16,89%abr/06

16,97%mar/16

18,34%jan/06

Pior retorno mensal -12,50%dez/14

-24,80%out/08

-23,20%out/08

Meses positivos 109 111 118

Meses negativos 82 80 73

Rent.% Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez No Ano (%)

2018 Tropico Value 9,20 0,52 -2,57 0,12 -11,89 -5,55 10,83 -5,35 -1,48 12,77 3,61 -2,44 4,97

Ibovespa 10,74 0,42 0,08 0,82 -10,91 -5,19 8,84 -3,70 3,85 10,19 * 2,38 -1,81 15,03

Índice de Sharpe em relação a CDI 1,41

Correlação Trópico Value X Ibovespa 0,43

Correlação Trópico Value X IBrX-100 0,42

Retorno nos últimos 12 meses 4,97%

Retorno acumulado desde início 821,51%

CAGR 15,14%

Indicadores

2004 Tropico Value 13,14 -1,67 -0,97 -2,97 -3,47 1,40 12,43 10,67 5,25 0,56 3,50 3,92 48,23

IBrX100 -2,15 2,83 0,60 -13,07 3,73 5,68 5,40 3,98 5,86 2,11 5,52 7,68 29,85

2007 Tropico Value 5,86 10,70 11,01 9,37 9,27 11,94 3,59 -0,41 1,21 6,65 -2,95 -3,24 82,00

IBrX100 0,93 -2,65 4,25 5,80 6,47 4,06 1,17 0,95 11,27 8,73 -2,77 2,46 47,83

2008 Tropico Value -3,08 1,20 -4,09 -3,88 5,66 -5,76 -7,46 0,51 3,32 -11,23 2,64 3,36 -18,50

IBrX100 -8,66 6,93 -4,55 11,82 7,26 -9,91 -10,73 -5,86 -9,32 -25,11 -2,25 3,61 -42,15

2011 Tropico Value -0,19 -2,65 1,33 1,51 -3,33 -4,68 -3,45 -5,96 -1,71 1,67 -5,87 2,89 -19,07

IBrX100 -3,49 2,00 2,26 -3,68 -2,27 -1,55 -5,01 -4,17 -4,55 8,84 -1,06 1,52 -11,39

2010 Tropico Value 3,31 1,39 0,08 0,04 -4,45 -0,29 5,25 -0,84 1,95 4,59 4,16 2,68 18,91

IBrX100 -4,22 1,14 5,21 -3,70 -5,98 -4,71 11,00 -3,39 6,93 1,67 -3,26 3,47 2,62

2012 Tropico Value 0,66 8,10 1,86 2,66 -12,03 -5,06 0,88 4,73 4,13 3,46 -3,19 2,92 7,76

IBrX100 7,92 3,85 -0,23 -2,48 -8,60 0,88 3,10 -0,15 2,78 -1,07 1,15 4,78 11,55

2013 Tropico Value 3,76 2,53 -0,72 -2,71 -0,02 -7,15 -3,09 2,09 0,64 0,88 -2,55 -0,65 -7,22

IBrX100 0,46 -3,34 -3,74 -2,01 -5,19 -5,97 2,89 3,69 3,16 2,42 -0,85 0,17 -3,08

2015 Tropico Value -9,24 -2,88 3,89 3,01 -2,66 -2,19 -4,05 -7,96 -3,70 0,37 -2,19 -3,01 -27,26

IBrX100 -5,88 9,33 -0,51 9,12 -5,47 0,76 -3,44 -8,25 -3,11 1,36 -1,66 -3,79 -12,41

2006 Tropico Value 14,04 9,50 3,89 16,89 -4,04 -7,62 3,34 1,64 -1,36 7,04 9,06 13,74 84,91

IBrX100 18,34 -1,14 -2,83 5,46 -7,46 -0,40 1,67 -1,51 -0,01 7,12 7,38 6,92 36,06

2005 Tropico Value 0,33 10,48 -3,07 -5,31 -1,87 -3,43 -0,51 10,63 9,16 0,55 1,19 6,36 25,36

IBrX100 -3,95 14,93 -5,68 -7,69 1,59 2,01 4,49 9,87 11,96 -4,16 6,58 5,01 37,33

2003 Tropico Value - 1,81 -0,02 5,54 5,22 5,11 -1,55 8,91 4,83 -0,30 7,06 4,76 49,35

IBrX100 - -3,02 6,85 5,52 5,37 -2,59 7,95 10,74 1,10 8,28 9,30 15,06 78,48

*Desde 13/09/2018 o Benchmarketing passou a ser o Ibovespa

2014 Tropico Value -8,37 -1,56 -2,62 -3,97 -0,87 -1,09 -1,66 3,62 -5,38 -4,14 -5,85 -12,50 -37,01

IBrX100 -6,28* -3,94* 2,21* -3,05* -1,12 3,62 4,46 9,59 -11,25 0,95 0,21 -8,17 -2,78

2009 Tropico Value 5,30 -2,52 -2,48 5,70 -6,00 1,19 7,06 6,13 0,79 6,82 5,66 4,26 35,62

IBrX100 3,51 -0,95 7,40 13,17 11,03 -3,97 4,98 1,91 9,82 0,35 8,46 1,73 73,96

2016 Tropico Value -7,57 9,74 13,56 8,26 3,35 4,93 9,01 -1,42 0,18 3,78 -4,60 -3,09 39,68

IBrX100 -6,25 5,29 15,41 10,50 -9,41 6,48 11,31 1,12 0,60 10,75 -5,00 -2,55 36,70