TÍTULO: AVALIAÇÃO DO EFEITO ANTIMICROBIANO DA ÁGUA...
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TÍTULO: AVALIAÇÃO DO EFEITO ANTIMICROBIANO DA ÁGUA OZONIZADA COMO IRRIGANTE NOTRATAMENTO ENDODÔNTICOTÍTULO:
CATEGORIA: EM ANDAMENTOCATEGORIA:
ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDEÁREA:
SUBÁREA: OdontologiaSUBÁREA:
INSTITUIÇÃO(ÕES): UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIPINSTITUIÇÃO(ÕES):
AUTOR(ES): OTÁVIO AUGUSTO PONTES GRANDINIAUTOR(ES):
ORIENTADOR(ES): LENI HAMAOKAORIENTADOR(ES):
COLABORADOR(ES): SANTANDERCOLABORADOR(ES):
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UNIVERSIDADE PAULISTA FACULDADE DE ODONTOLOGIA
Programa de Iniciação Científica - Campus Indianópolis
OTÁVIO AUGUSTO PONTES GRANDINI
AVALIAÇÃO DO EFEITO ANTIMICROBIANO DA ÁGUA OZONIZADA COMO IRRIGANTE NO TRATAMENTO ENDODÔNTICO
SÃO PAULO
2018
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OTÁVIO AUGUSTO PONTES GRANDINI – RA: C41448-4
AVALIAÇÃO DO EFEITO ANTIMICROBIANO DA ÁGUA OZONIZADA COMO IRRIGANTE NO TRATAMENTO ENDODÔNTICO
Projeto de pesquisa apresentado ao Setor de Pós-Graduação e Pesquisa da Universidade Paulista - UNIP para o concurso de Iniciação Científica 2018/2019.
Orientadora: Profa. Dra. Leni Hamaoka
SÃO PAULO 2018
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RESUMO
A presença de microorganismos nos canais radiculares após o término do tratamento
endodôntico é a principal causa de insucesso dos mesmos. Para lidar com este
problema, o cirurgião dentista lança mão de diversas técnicas para alcançar uma
adequada sanificação dos canais. Dentre essas técnicas, está a irrigação do canal
com substâncias bactericidas, que tem como finalidade diminuir na medida do
possível a presença do biofilme bacteriano. No presente estudo, iremos avaliar a
eficácia da utilização de água ozonizada como substância irrigadora, comparando
seus efeitos na redução da contaminação bacteriana do canal radicular com as
substâncias desinfectantes consagradas na endodontia, que são o hipoclorito de
sódio e a clorexidina.
Palavras-chave: Água ozonizada. Ozônio terapia. Hipoclorito de sódio. Clorexidina. Sanificação dos canais.
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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4 2 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 5 3 OBJETIVOS ............................................................................................................ 6 4 METODOLOGIA ..................................................................................................... 7 5 CRONOGRAMA ..................................................................................................... 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 10
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1 INTRODUÇÃO
O sucesso do tratamento endodôntico está intimamente relacionado a
remoção dos microrganismos presentes no interior dos canais, evitando desta forma
o desenvolvimento de processos patológicos como lesões periapicais (Estrela, C. et
al., 2003). Love, R.M. em 2001, mostrou em suas pesquisas a ação das células do
Entereccocus faecalis em permanecerem viáveis, invadirem os túbulos dentinários e
terem aderência ao colágeno na presença de soro humano. Por isso, o dentista
precisa lançar mão de processos mecânicos, como a instrumentação com limas
endodônticas, e processos químicos, como a utilização das substâncias irrigadoras,
que facilitam a instrumentação, aumentam a permeabilidade dentinária, e servem
como agentes antimicrobianos para uma adequada desinfecção dos canais. É de
conhecimento geral que a completa remoção dos agentes microbianos aderidos as
paredes dos canais ainda não é possível, devido a ineficiência tanto dos intrumentos
mecânicos quanto dos materiais químicos utilizados no tratameno endodôntico.
Porém, estamos sempre em busca de materiais mais adequados e mais eficientes
tanto para reduzir cada vez mais os insucessos dos tratamentos endodônticos, como
para facilitar os mesmo. Com isso em mente, procuramos por meio deste estudo
testar um novo material irrigador, que é a água ozonizada, e compará-la com
materiais consagrados na endodontia, a fim de descobrir se a mesma pode ser
utilizada com eficácia e se oferece benefícios substanciais no tratamento de canal.
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2 JUSTIFICATIVA
A terapia com ozônio tem apresentado bons resultados em diversos
tratamentos, tanto na odontologia quanto em outras áreas da saúde, por apresentar
características muito favoráveis ao organismo humano. O ozônio (O³) é um poderoso
oxidante não persistente, com meia vida de aproximadamente 20 minutos em
temperatura ambiente, e reage diretamente com os ácidos graxos das paredes
celulares bacterianas. Ele se dispersa em água com facilidade, tornando possível sua
utilização terapêutica por meio da água ozonizada. Estudos tem mostrado a alta
eficácia do ozônio líquido, principalmente quando usado associado com ativação
ultrassônica, como dito por Nogales (2016). Em paralelo, ozônio aumenta a produção
de adenosina trifosfato (ATP) pelas mitocôndrias, o que leva a uma melhora
metabólica e a cura de processos inflamatórios e infecciosos. O ozônio pode conter
fatores inflamatórios celulares, ativar a ação de cicloxigenases e diminuir a reação de
estresse à oxidação histiolítica, aumentando a capacidade histiolítica de resistir à
oxidação e aos radicais livres. Pode também eliminar os radicais livres resultantes de
inflamações crônicas, além de agir como analgésico. A ação do ozônio para melhorar
a cicatrização de feridas infectadas, tecidos necrosados ou pouco oxigenados tem
sido explorada na Odontologia e na Medicina. Ele também não apresenta efeito
danoso a tecidos saudáveis, apresentando uma alta biocompatibilidade, embora
tenha potente ação antimicrobiana. Portanto, acreditamos ser de grande interesse
clínico o estudo dessa opção de irrigante comparado às substâncias já consagradas.
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3 OBJETIVOS
Este trabalho tem como objetivo avaliar os efeitos da utilização da água
ozonizada como solução irrigadora no tratamento endodôntico, comparando sua
capacidade antimicrobiana com soluções irrigadoras consagradas na endodontia,
como o hipoclorito de sódio e água oxigenada.
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4 METODOLOGIA
Serão selecionados, aleatoriamente, cinquenta dentes doados pelo banco de
dentes humanos da FOUNIP. Seus forames serão selados com resina composta e
serão realizados cortes horizontais separando as coroas, padronizando o
comprimento dos canais em 15mm. Os canais serão instrumentados com limas tipo K
(Dentsply - Maillefer, Bellaigues, Suíça) até o diâmetro 25. Será então realizada a
contaminação dos canais por bactérias Enterococcus faecalis, cultivadas em caldo
Triptic Soy broth – TSb, por 24 horas. As bactérias serão semeadas em placas com
Triptic Soy Agar – TSa e incubadas a 37ºC por 24 horas. Em seguida, será preparada
uma suspensão bacteriana em solução salina esterilizada, na concentração
equivalente a escala 0,5 de Mac Farland. Para o ajuste da densidade óptica da
suspensão utilizaremos um espectrofotômetro a uma concentração equivalente a 1,6
x 107 UFC/ml. O meio de cultura (TSb) estéril será misturado com a suspensão
bacteriana na proporção 1:1. Os canais radiculares serão contaminados com 20μL
desta mistura. Na entrada dos canais será depositada uma mecha de algodão
esterilizada e umedecida em TSb e as microplacas serão fechadas e mantidas em
microaerofilia a 37ºC. Durante 21 dias, será o período de contaminação,
realizando-se a cada dois dias o acréscimo de TSb estéril no interior dos canais
radiculares por meio de uma seringa de insulina de 0,5mL. Após esse período, serão
realizadas coletas para a confirmação de infecção bacteriológica em todos os
elementos.
Após a nova coleta, as raízes serão separadas em grupos onde será realizada
a instrumentação manual do canal, seguindo a metodologia preconizada pela
disciplina de Endodontia da FOUNIP, lançando mão de soluções irrigadoras, a saber,
gupo G1-água ozonizada, grupo G2- clorexidina 2,0%, grupo G3- hipoclorito de sódio
2,5%, e grupo G4- água bidestilada, num total de 20ml de solução, além de um grupo
G5- controle positivo, sem irrigação. Após este protocolo, uma nova amostra será
coletada para a realização da contagem de bactérias e comparação com a amostra
inicial. Após esses procedimentos, serão realizadas análises estatísticas para
obtenção dos resultados buscados como objetivo deste trabalho. A água ozonizada será preparada com o gerador de ozônio Philozon
(Camboriu, SC, Brasil). O gás de ozônio será ajustado no gerador para a
concentração requerida para o experimento (40 µg/ml). A água bidestilada será
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coletada a 14° e mantida em refrigeração até seu uso.
Após o tempo experimental, será realizada a coleta das amostras intracanal
para análise do crescimento ou inibição bacteriana intracanal.
Os resultados serão estudados e analisados estatisticamente para podermos chegar a uma conclusão sobre a eficiência destas substâncias.
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5 CRONOGRAMA Mês 01. Coleta de dentes humanos anteriores e posteriores. Mês 02. Preparo das amostras dentais
Mês 03. Preparo da cultura bacteriana
Mês 04. Realização dos experimentos G1 Mês 05. Realização dos experimentos G2
Mês 06. Realização dos experimentos G3
Mês 07. Realização dos experimentos G4 e G5 Mês 08. Captação de dados dos resultados
Mês 09. Realização das estatísticas e resultados Mês 10. Confecção da redação do trabalho comparando resultados
Mês 11. Redação do trabalho
Mês 12. Finalização e conclusão da redação do trabalho.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ATILA-PEKTAŞ, B.; YURDAKUL, P.; GÜLMEZ, D.; GÖRDUYSUS, O. Antimicrobial effects of root canal medicaments against Enterococcus faecalis and Streptococcus mutans. International Endodontic Journal, [s.l.], v. 46, n. 5, p.413-418, 24 out. 2012. Wiley-Blackwell. http://dx.doi.org/10.1111/iej.12004.
ESTRELA, C., et. al. Antimicrobial effect of 2% sodium hypochlorite and 2% chlorhexidine tested by different methods. Braz Dent J, v.14, n.1, p.58-62, 2003. LOVE, R.M. Enterecoccusfaecallis - a mechanisn for its rol in endodontic failure. Int Endod J, v.34, n.5, p.399-405, 2001. MATOS NETO, M.; SANTOS, S. S.; LEÃO, M. V.; HABITANTE, S. M.; RODRIGUES, J. R.; JORGE, A. O. et al. Effectiveness of three instrumentation systems to remove Enterococcus faecalis from root canals. International Endodontic Journal, [s.l.], v. 45, n. 5, p.435-438, 23 dez. 2011. Wiley-Blackwell. http://dx.doi.org/10.1111/j.1365-2591.2011.01994.x.
NOGALES, C. G.; FERREIRA, M. B.; MONTEMOR, A. F.; RODRIGUES, M. F.; LAGE-MARQUES, J. L.; ANTONIAZZI, J. H. et al. Ozone therapy as an adjuvant for endondontic protocols: Microbiological – Ex vivo study and citotoxicity analyses, Journal Of Applied Oral Science, [s.l.], v. 24, n. 6, p.607-613, dez. 2016. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/1678-775720160029.
OZBAY, I. et al. Effects of ozone therapy on facial nerve regeneration. Brazilian Journal Of Otorhinolaryngology, [s.l.], v. 83, n. 2, p.168-175, mar. 2017. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.bjorl.2016.02.009.
PINHEIRO, Sergio Luiz et al. Antimicrobial efficacy of 2.5% sodium hypochlorite, 2% chlorhexidine, and ozonated water as irrigants in mesiobuccal root canals with severe curvature of mandibular molars. European Journal Of Dentistry, [s.l.], v. 12, n. 1, p.94, 2018. Medknow. http://dx.doi.org/10.4103/ejd.ejd_324_17.
http://dx.doi.org/10.1111/iej.12004