TÍTULO: JANELA AUTOMATIZADA QUE OPERA A...
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TÍTULO: JANELA AUTOMATIZADA QUE OPERA A PARTIR DE DADOS METEOROLÓGICOS OBTIDOSPOR SENSORESTÍTULO:
CATEGORIA: CONCLUÍDOCATEGORIA:
ÁREA: ENGENHARIAS E ARQUITETURAÁREA:
SUBÁREA: ENGENHARIASSUBÁREA:
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIAINSTITUIÇÃO:
AUTOR(ES): TADEU DOMINGUES DA SILVA ANTUNESAUTOR(ES):
ORIENTADOR(ES): JOSÉ CARLOS MORILLAORIENTADOR(ES):
Resumo
O objetivo do projeto é estudar um sistema de movimentação automático de uma
janela em função de condições meteorológicas. Abertura e fechamento da janela é
realizada por um sistema de cremalheira acionado por um motor de passo cujo
funcionamento é governado por sensores que fornecem as condições meteorológicas
do local. Dentro do sistema eletrônico são incorporados sensores de umidade e
temperatura, presença, fotossintético e de chuva. Estes sensores enviam informações
para um software que aciona ou não o motor elétrico do sistema. O fechamento da
janela é executado quando os sensores presentes indicam possibilidade de chuva. A
janela é aberta quando o sensor de chuva indica tempo seco.
Palavras chaves: Chuva; Janela; Software; Automação; Sensores; Tempo.
Introdução
Automação residencial é um passo além da mecanização, utilizando da
tecnologia para facilitar algumas tarefas habituais, tornando-as automáticas e
provendo segurança através de sensores, temporizadores e até da utilização de
controles remotos. (AUTOMATICHOUSE, 2015).
Por todo o mundo é visível o crescimento da tecnologia de automação
residencial, porém segundo os dados coletados pela Associação Brasileira de
Automação Residencial – AURESIDE, o Brasil seria hoje um dos maiores
consumidores de automação residencial do mundo. Este índice está diretamente
ligado à “indústria do medo”, indústria que mais gera riqueza no pais, devido ao fato
que a automação proporciona uma maior segurança para o consumidor. (REQUENA,
2004).
Com o avanço da tecnologia foi desenvolvido o conceito de casa automatizada.
Este tipo de casa pode “comunicar-se” com o proprietário. Este conceito é
denominado Domótica, que é uma fusão da palavra “Domus” que significa casa e
“Robótica” que está ligada ao ato de automatizar. (SISLITE, 2013).
Em matéria de automação, existem as entradas e saídas de informações.
Os sensores são componentes eletrônicos que convertem medidas do mundo
real em sinal elétrico. (BANZI & SHILOH, 2015). Ou seja, os sensores são dispositivos
sensíveis a algum tipo de energia do ambiente (luminosa, térmica, cinética) e que
relacionam informações sobre uma grandeza que precisa ser medida (temperatura,
pressão, velocidade, corrente, aceleração, posição, entre outros). (TAMY, 2011). Em
suma, os sensores são responsáveis por transformar os dados obtidos em energia
elétrica para que o microprocessador possa entender o sinal. (BANZI & SHILOH,
2015).
Os sensores são entradas físicas para um circuito, chamados de transdutores.
Este nome é dado, devido ao seu processo de converter a energia detectada em outra
forma de energia. Por exemplo, um sensor de luz faz a transdução de energia
luminosa para resistência (energia elétrica). (KARVINEN & KARVINEN, 2014).
Objetivo
Desenvolver um sistema de automatização de janela, para que a mesma possa
fechar em condições climáticas consideradas desfavoráveis. Com isto, criar uma
miniestação meteorológica automatizada para obter os valores necessários.
O objetivo é analisar e interpretar dados meteorológicos por meio de sensores
e determinar, de uma maneira segura, a movimentação de uma janela residencial,
visando a comodidade, o conforto e a segurança das pessoas.
Metodologia
Em primeira instancia foi definido as características do motor a ser utilizado
para um tamanho padrão de janela. A partir de uma pesquisa de campo, foi
determinado que o material mais comum para janelas de madeira é a madeira do tipo
Cedro.
Em seguida deu-se início à parte de automação eletrônica do projeto, e com
isso, a elaboração do fluxograma (figura 1) de funcionamento do programa a ser
desenvolvido. Como micro controlador do sistema, foi utilizado a placa Arduino Uno e
o programa foi escrito na linguagem de programação do próprio, baseada na
linguagem de programação Processing..
Os sensores, ou entradas, como são chamados em matéria de automação,
foram: sensor analógico de chuva, sensor analógico de luminosidade, sensor
analógico de infravermelho e sensor analógico de temperatura e umidade.
Figura 1 – Fluxograma da idéia de funcionamento do sistema eletrônico. Nesta figura pode-
se observar as condições de trabalho da janela.
Desenvolvimento
Para facilitar a visualização, foi utilizado um LED no lugar do motor de passo,
sendo que quando o LED emitia luminosidade, representava o fechamento da janela.
O sistema foi colocado a prova por diversos dias e em diversas condições,
mostrando-se eficaz no que foi prometido. Quando os sensores captavam sinais
considerados críticos, plausíveis de chuva, o programa automaticamente fazia com
que o LED acendesse.
A figura 2 mostra o esquema eletrônico da miniestação meteorológica que foi
desenvolvida.
Figura 2 – Esquema eletrônico da miniestação meteorológica. A: sensor de chuva. B: sensor de luz.
C: Sensores infravermelhos. D: Sensor de temperatura e umidade. E: placa Arduino Uno. F: LED.
Após determinar os parâmetros de inicialização, o programa é executado e isto
significa que a partir deste momento, o programa, realiza as operações por tempo
indeterminado. A figura 3 mostra os comandos existentes no código de programação.
Figura 3 – Menu do programa. Pedaço do código de programação. É nesta fase do programa que é
definido o que vai ser executado até o programa ser desligado, repetidas vezes.
Segundo a lógica de funcionamento do programa, que pode ser observada na
figura 1, a primeira coisa que deve ser analisado pelos sensores, é se existe a
ocorrência de chuva, ou seja, o sensor de chuva deve ser o primeiro a ser analisado
e interpretado. Isto é realizado com o comando “sensor_chuva();”. Este comando
determina que a primeira coisa a se fazer é entrar no bloco de código do sensor de
chuva e analisar se os parâmetros apresentados por ela é condizente com a presença
de chuva.
Como o sensor de chuva é um analógico, ele apresenta valores numéricos, de
0 a 1024, como resultados. Quando não existe a presença de água no sensor, ele
mantém uma média de valores acima de 800. Já na presença de chuva, esses valores
começam a diminuir e ficam menores que 800.
Sendo assim, foi desenvolvido uma condicional, ou seja, se no momento em
que o programa está fazendo a leitura do bloco de código do sensor de chuva, ele
encontra um valor menor que 800, ele deveria acender a luz do LED. Porém, este
projeto visa, além da funcionalidade, a segurança, e então antes de realizar qualquer
ação, o programa analisa o sensor de infravermelho.
Este sensor trabalha da mesma forma que o sensor de chuva, porém não é
sensível à água, e sim à presença de objetos. Isto ocorre devido à interrupção do sinal
que é enviado do emissor de infravermelho para o receptor. Novamente, são enviados
valores numéricos a partir do sensor. Quando não existe interferência entre os
sensores, os valores apresentados pelos sensores são bem baixos, abaixo de 800, já
quando o corre a interferência do sinal (presença de algo), este valor aumenta.
Com isto em mente, foi adicionado esta informação à condicional do sensor de
chuva. O comando “ if (chuva < 800 && IRValue < 800) ” representa tudo o que foi dito
anteriormente. O programa faz a leitura da seguinte forma. Se a leitura do sensor de
chuva for menor do que 800 e a leitura do sensor de infravermelho for menor que 800,
o LED acende (“digitalWrite (4, HIGH)”).
Na figura 4 é possível observar o funcionamento do sistema quando um dos
sensores está ativado. Neste caso, o sensor de chuva que está sendo ativado.
Figura 4 – O circuito do sensor de chuva foi fechado utilizando um cotonete molhado. Quando a água
entra em contato com o sensor, o valor de sua resistência varia, que, quando em conjunto com o
código de programação, faz o LED acender.
Já na figura 5, mostra quando foi colocado uma barreira entre os sensores de
infravermelho.
Figura 5 – Nesta etapa, foi colocado um obstáculo (dedo) entre os sensores infravermelhos,
com isso o valor que é lido pelo programa é maior que 800 (figura 17). Devido a condicional colocado
no programa “ if (chuva < 800 && IRValue < 800) ”, o LED se apaga, representando que o motor para
de funcionar quando existe a presença de algo no percurso.
Foi exemplificado o funcionamento físico do sistema nas figuras 4 e 5, porém,
para entender os valores que foram citados no texto, o programa possibilita que,
quando conectado a um computador, o programador veja os valores obtidos pelos
sensores em tempo real. Esta função é criada junto com o código de programação
com o comando “ Serial.begin (9600); ”.
As figuras 6 e 7 mostram os valores numéricos, calculados pelos sensores. A
partir destes valores que o programa estabelece o que deve ser feito.
Figura 6 – Esta figura mostra a janela IDE do programa. Os destaques em vermelho mostram os
valores obtidos pelo sensor de chuva. É possível observar que no destaque superior em vermelho, o valor obtido
é 587, o que representa que existe água em sua resistência. No destaque vermelho inferior, o valor é mais alto
que 800, significando que não existe a presença de água em seu circuito. O destaque em preto é o valor obtido
pelo sensor de infravermelho. Observa-se claramente que o valor é abaixo de 800, portanto, representa que não
existe nenhum obstáculo entre os sensores.
Figura 7 – Esta figura mostra no destaque em vermelho que o valor é menor que 800, portanto, existe
água no circuito. No destaque em preto, o valor de infravermelho é maior do que 800, indicando a presença de
obstáculo entre os sensores.
Foi seguido a mesma linha de raciocínio para os outros sensores, levando
sempre em consideração o que foi estabelecido pelo fluxograma (figura 1).
Conclusão
Para a verificação do funcionamento do sistema, foi inserido um LED, o qual,
acendeu em todos os momentos considerados críticos, representando o fechamento
de uma janela. O que nos leva a concluir que o projeto funcionará adequadamente.
Além disto, concluiu-se que por se tratar de um processo de automação
residencial, é plausível o uso de mais tecnologia, como controladores lógicos
programáveis mais modernos e maior interligação entre os proprietários e as
informações obtidas pelos sensores.
Em suma, quando se trata de automação residencial, percebe-se que existe
um interesse grande, tanto da parte de comodidade quanto da parte de segurança.
Fontes consultadas
AUTOMATICHOUSE. O que é automação residencial. Conteúdo disponível em <http://www.automatichouse.com.br/AutomaticHouse/WebSite/Automacao/Residencial.aspx> Acesso em: 28 mai. 2015. BANZI, M.; SHILOH, M. Primeiros passos com o Arduino. Novatec Editora Ltda. 2° edição, 2015. KARVINEN, K & KARVINEN, T. Primeiros passos com sensores. Novatec Editora Ltda. 2014. REQUENA, G. Habitação e novas mídias: equipamentos e seus usos no habitar contemporâneo. Conteúdo disponível em <http://www.gutorequena.com.br/ artigo_automação/artigo_automação.htm>. Acesso em 28 mai. 2015. SISLITE integração de sistema. O que é a Domótica? Conteúdo disponível em <http://www.sislite.pt/domus.htm> Acesso em: 08 abr. 2014. TAMY, D. Como funcionam os sensores. Conteúdo disponível em <http://www.garotascpbr.com.br/2011/10/como-funcionam-os-sensores>. Acesso em: 11 abr. 2014.