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Realização: IES parceiras: TÍTULO: NÃO CONFORMIDADES LABORATORIAIS NA FASE PRÉ-ANALÍTICA. CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: Biomedicina INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO - UNIAN - SP AUTOR(ES): FABIO RAFAEL SEGRETTI ORIENTADOR(ES): HEITOR BORALI

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Realização: IES parceiras:

TÍTULO: NÃO CONFORMIDADES LABORATORIAIS NA FASE PRÉ-ANALÍTICA.

CATEGORIA: CONCLUÍDO

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE

SUBÁREA: Biomedicina

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO - UNIAN - SP

AUTOR(ES): FABIO RAFAEL SEGRETTI

ORIENTADOR(ES): HEITOR BORALI

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Santo André

2020

FABIO RAFAEL SEGRETTI

NÃO CONFORMIDADES LABORATORIAIS NA FASE PRÉ-ANALÍTICA.

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Santo André 2020

NÃO CONFORMIDADES LABORATORIAIS NA FASE PRÉ-ANALÍTICA.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à centro Universitário Anhanguera, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Biomedicina.

Orientador: Juliano Hilgenberg

Coorientador: Heitor Luiz Borali

FABIO RAFAEL SEGRETTI

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FABIO RAFAEL SEGRETTI

NÃO CONFORMIDADES LABORATORIAIS NA FASE PRÉ-ANALÍTICA.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à centro universitário Anhanguera, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Biomedicina

BANCA EXAMINADORA

Prof(a). MsC Alessandra Furtado Nicoleti

Prof. Me Heitor Borali

Prof(a). Dra. Daniela Rocca Zechetti

Santo André, dia 15 de mês de 2020.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho à minha mãe, mulher

guerreira e de fibra que me instruiu a sorrir e ter

fé ainda que nas ocasiões de angústia.

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Segretti,Fábio Rafael. Não conformidades laboratoriais na fase pré-analítica. 2020. 32 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Biomedicina) – Centro Universitário Anhanguera, Santo André, 2020.

RESUMO

O laboratório de análises clínicas tem papel fundamental diante das decisões médicas, proporcionando segurança ao paciente ao implementar medidas de controle de qualidade. Um ensaio laboratorial possui três etapas, denominadas pré-analítica, analítica e pós-analítica. A fase pré-analítica é mais vulnerável a erros e acidentes e mais propensa a influenciar durante o tratamento do paciente. As principais não conformidades durante a fase pré-analítica estão associadas ao volume da coleta insuficiente, coleta em tubos errados e a hemólise da amostra. Assim, ocasionam-se desconexões de resultados, gerando nova coleta que acarreta em um desconforto ao paciente como também um gasto supérfluo ao laboratório. O objetivo geral do trabalho é apontar as principais não conformidades durante a fase pré-analítica de um laboratório de análise clinica que interferem diretamente no correto diagnóstico e tratamento médico. O trabalho se baseia em uma revisão bibliográfica, e tem por desígnio compreender os principais erros acometidos e as medidas que buscam minimizar o impacto no resultado final dos exames, através de pesquisas literárias.

Palavras-chave:Laboratório Clínico; Fase Pré-Analítica; Não Conformidades.

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Segretti, Fábio Rafael.NON-LABORATORY CONFORMITIES IN THE PRE-ANALYTICAL PHASE. 2020. 32 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Biomedicina) – Centro Universitário Anhanguera, Santo André, 2020.

ABSTRACT

The clinical analysis laboratory plays a fundamental role in the face of medical decisions, providing patient safety when implementing quality control measures. A laboratory test has three stages, called pre-analytical, analytical and post-analytical. The pre-analytical phase is more vulnerable to errors and accidents and more likely to influence during the treatment of the patient. The main non-conformities during the pre-analytical phase are associated with insufficient collection volume, collection in the wrong tubes and sample hemolysis. Thus, results are disconnected, generating a new collection that causes discomfort to the patient as well as a superfluous expense to the laboratory. The general objective of the work is to point out the main non-conformities during the pre-analytical phase of a clinical analysis laboratory that directly interfere in the correct diagnosis and medical treatment. The work is based on a bibliographic review, and aims to understand the main errors affected and the measures that seek to minimize the impact on the final results of the exams, through literary research.

Keyword:Clinical Laboratory; Pre-Analytical Phase; Unconformities.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 8

2. PROCEDIMENTTOS DA FASE PRÉ-ANALÍTICA DOS LABORATÓRIOS DE

ANÁLISES CLÍNICAS ............................................................................................... 10

3. PRINCIPAIS FALHAS AO LONGO DA FASE PRÉ-ANALÍTICA ........................... 13

4. ALTERNATIVAS PARA REDUZIR FALHAS PRÉ-ANALÍTICAS ........................... 19

4.1 A PRESENÇA DE NÃO CONFORMIDADES ...................................................... 20

4.2 PADRONIZAÇÃO DOS PROCESSOS ANALÍTICOS ......................................... 23

4.3 PROGRAMAS DE QUALIDADE E CONTTROLE DE QUALIDADE ................... 24

5. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 26

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 27

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1. INTRODUÇÃO

O laboratório de análises clínicas tem papel fundamental diante das decisões

médicas, proporcionando segurança ao paciente ao implementar medidas de

controle de qualidade. Para isso, os profissionais do ambiente devem seguir normas

que buscam amenizar não conformidades. Para isto é necessário que o profissional

biomédico tenha consciência destas normas. Um ensaio laboratorial possui três

etapas, denominadas pré-analítica, analítica e pós-analítica. Dentro destas há um

número de procedimentos passíveis de falhas mecânicas e que interferem dentro da

análise podendo adulterar resultados de maneira significativa. (OLIVEIRA; et al.

2009).

Tanto os médicos como os pacientes necessitam ter confiança e segurança

acerca dos laudos laboratoriais. Como a fase pré-analítica é onde se marca por

diferentes estudos o local de maior margem de erros de falsos positivos ou

negativos, pontua-se a necessidade de investigar suas razões e

consequências.Como principais razões para a elevada taxa de erros durante esta

fase laboratorial, estão: a dificuldade de controlar variáveis, a falta de preparo do

paciente no momento da coleta, perda de material biológico e/ou identificação.

(VIEIRA et al. 2011).

O processo integral da análise de um exame laboratorial necessita de forma

primordial de uma acurácia significativa para a manutenção e melhoria das

condições de saúde do paciente. Assim, erros presentes ao longo da metodologia,

para que sejam sanados, precisam primeiramente de uma análise profunda para que

se encontre uma solução eficaz e abrangente. A fase pré-analítica é mais vulnerável

a erros e acidentes e mais propensa a influenciar durante o tratamento do paciente

(BOUZID et al.,2018). As principais não conformidades durante a fase pré-analítica

estão associadas ao volume da coleta insuficiente, coleta em tubos errados e a

hemólise da amostra. Assim, ocasionam-se desconexões de resultados, gerando

nova coleta que acarreta em um desconforto ao paciente como também um gasto

supérfluo ao laboratório.

Uma das alternativas para diminuir as não conformidades laboratoriais é

buscar uma metodologia ativa e constante, uma destas procura desenvolver

procedimentos operacionais padrões (POP) nítidos que todos os envolvidos devem

seguir como: identificar o paciente, coletar e rotular corretamente a amostra

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biológica, treinar os profissionais da saúde e todos os envolvidos quanto à

competência, identificar as informações importantes que podem gerar impactos no

diagnostico como uso de remédios ou data da última menstruação, as falhas nas

rotinas e devem ser revisados periodicamente por todos os membros do laboratório

de análise deste a alta direção até as bases de funcionários (AZEVEDO, 2008).

É muito importante que o profissional envolvido entenda que esta fase é

crucial para um resultado laboratorial clinico preciso e seguro. A fase pré-analítica se

encontra mais suscetível a erros por ser uma fase na qual o processo não é

automatizado, envolvendo assim atividades manuais, sendo necessária nesta fase

— para haver redução dos erros — a implementação de programas de segurança

(PCQ) que atuam desde o preparo do paciente até a emissão do laudo e programas

de educação profissional continuada para os profissionais envolvidos na obtenção

das amostras biológicas. Neste sentido, há o seguinte problema: quais são as

principais não conformidades na fase pré-analítica que interferem nos resultados

laboratoriais?

O objetivo geral do trabalho é apontar as principais não conformidades

durante a fase pré-analítica de um laboratório de análise clinica que interferem

diretamente no correto diagnóstico e tratamento médico. E os objetivos específicos

do trabalho são: pesquisar procedimentos no decorrer da fase pré-analítica dos

laboratórios de análises clinicas; discutir as principais falhas ao longo da fase pré-

analítica do laboratório clinico; investigar alternativas para reduzir as falhas pré-

analíticas.

O trabalho se baseia em uma revisão bibliográfica, e apresentará o impacto

da não conformidade dos exames clínicos com resultados incompatíveis por

decorrência de erro na fase pré-analítica.A pesquisa tem por desígnio compreender

os principais erros acometidos e as medidas que buscam minimizar o impacto no

resultado final dos exames, através de trabalhos publicados nos últimos 20 anos, e

levantamentos com toda a pesquisa bibliográfica já feita. Usa-se como referência as

revistas eletrônicas Scielo, Google Academics e Pubmed.

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2. PROCEDIMENTTOS DA FASE PRÉ-ANALÍTICA DOS LABORATÓRIOS DE

ANÁLISES CLÍNICAS

O laboratório de análises clínicas vem passando por grandes modificações na

última década, que são fundamentais para auxiliar nas decisões diagnósticas e

terapêuticas, a fim de garantir um serviço mais eficiente e seguro em menos tempo.

Automação e informatização tornaram o serviço oferecido mais produtivo, eficiente e

sistemático, delineando um novo perfil dos profissionais envolvidos no processo,

bem como uma rotina que segue protocolos e procedimentos com a esperança de

reduzir e evite erros (MARÍN et al., 2014).

Na década de 1970, um novo termo "fase pré-analítica" foi introduzido nos

laboratórios de análises clínicas. Nas terminologias da década de 1980 os fatores

interferentes foram introduzidos nos programas de formação profissional,

culminando na publicação do primeiro livro sobre variáveis pré-analíticas em 1987; e

estes se tornaram parte das terminologias usadas no vocabulário de ciências de

laboratório e diretrizes internacionais (CLSI, 2004).

Em 1981, o Instituto de Laboratório de Ciências Clínicas (CSLI) introduziu

padrões pré-analíticos para examinar os procedimentos pré-analíticos, e o Comitê

de Padrões de Laboratórios Clínicos (ECCLS) seguiu esse movimento. As ações

desses órgãos significam que o termo "fase pré-analítica" foi incluído nos programas

de treinamento e ensino em química clínica e medicina laboratorial (HAGEMANN,

2005; ISO, 2007).Os processos laboratoriais estão decompostos em três fases: pré-

analítica, analítica e pós-analítica. Destas, a fase pré-analítica expõe a mais alta

taxa de não conformidades registradas e também é a mais desapoiada pelos

profissionais de saúde (OLIVEIRA; et al. 2009).

A pré-análise descreve os procedimentos extra laboratoriais que precedem a

fase analítica. A principal função do laboratório é o desempenho de análise

bioquímica de fluidos corporais, como sangue (sangue total, soro ou plasma), urina,

líquido cefalorraquidiano e outras efusões, etc. Intrinsecamente, coleta de amostra, é

identificação, armazenamento e transporte para análises laboratoriais sempre

fizeram parte do processo de diagnóstico (GRUDER, 2014).

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Todas as atividades que antecedem a análise compõem a fase pré-analítica

de um ensaio laboratorial. Estas abrangem quaisquer condutas durante o preparo e

coleta das amostras a serem analisadas, procedimentos fundamentais que

influenciam ao fim do exame, podendo alterar, e até prejudicar, a precisão dos

resultados caso os profissionais não o realizem conforme os manuais de coleta. Os

materiais biológicos pertencentes ao paciente e susceptíveis à análise são

fragmentos de tecidos obtidos do corpo humano de forma exterior ou interior,

secreções ou líquidos, sendo mais comum a amostra sanguínea (OLIVEIRA, 2007).

A etapa pré-analítica consiste de um conjunto de procedimentos, divididos

entre extra-laboratorial e intralaboratorial. As atividades extra-laboratoriais podem se

subdividir entre as realizadas anteriormente e posteriormente às análises clínicas, ou

em laboratório de apoio. Já a etapa intralaboratorial compreende os seguintes

aspectos: recepção, coleta e transporte, triagem e encaminhamento. (XAVIER,

2013). A introdução da garantia de qualidade estatística dos processos analíticos no

primeiro trimestre da década de 1970 levaram à consciência de que outras variáveis

extra analíticas tiveram influência na capacidade da química clínica laboratório para

gerar resultados precisos (GRUDER, 2014).

A muitas décadas, é de conhecimento comum que fatores como a preparação

do paciente antes a amostra de sangue foi coletada, hora e local de coleta, escolha

do anticoagulante, temperatura e armazenamento, transporte, tempo de

centrifugação e separação de amostra impactados em resultados de laboratório de

química clínica. Uma vez que as variáveis analíticas ainda eram amplamente

desconhecidas, esses fatores extra analíticos não puderam ser medidos até 2002,

quando Bonini e colaboradores foram capazes de quantificar o impacto das variáveis

pré-analíticas sobre erros laboratoriais gerais em química clínica.

Convencionalmente, a prática laboratorial pode ser dividida em três fases, ou

seja, fase pré-analítica, analítica e pós-analítica. A fase pré-analítica compreende a

seleção do teste, identificação do paciente, coleta da amostra, manuseio da

amostra, separação, pipetagem e centrifugação (LIMA-OLIVEIRA et al., 2017).

Negligência em qualquer uma dessas etapas pode levar a resultados errôneos

atribuídos à fase pré-analítica (LIPPI et al., 2017).

Apesar de todas essas melhorias e da abundante literatura sobre a melhoria

da qualidade dos serviços oferecidos por laboratórios clínicos, os erros ainda estão

presentes; além disso, detectar esses erros levará à rejeição de dados e à coleta de

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novas amostras biológicas (VIEIRA et al., 2011). A recoleta de amostras causa

inúmeros inconvenientes para o laboratório e para o paciente, não mencionar os

custos adicionais devido à duplicação dos materiais usados, horas de pessoal e

demorado; consequentemente também leva à perda de credibilidade, confiança e

segurança (GUIMARÃES et al., 2011). Uma importante estratégia de gestão é

quantificar a frequência e identificar causas que levam à coleta de amostra e aos

erros associados com um serviço específico, para que as medidas de controle de

qualidade possam ser implementadas (CODAGNONE et al., 2014).

Outro artigo interessante publicado na Biochemia Medica é a extensa análise

sobre o efeito de diferentes volumes da seringa, tamanho da agulha e volume de

amostra na gasometria sanguínea em seringas lavadas com heparina, realizada por

Küme et al. (2012). Neste trabalho, os autores mostraram que diluição da amostra e

concentração final de heparina em a amostra, devido à amostragem não

padronizada, em seringas lavadas com heparina líquida, dá origem a vieses

clinicamente significativos para pCO2 e eletrólitos.

Outro artigo dedicado aos problemas pré-analíticos é o de Cuhadar et al.

(2012). Em seu estudo os autores avaliaram a estabilidade de alguns parâmetros

bioquímicos mais comuns em tubos separadores de soro com ou sem barreira de

gel submetido a várias condições de armazenamento. Suas observações podem,

portanto, servir como base para determinar o tempo apropriado e as condições de

armazenamento para testar novamente esses parâmetros bioquímicos na atividade

de rotina diária.

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3. PRINCIPAIS FALHAS AO LONGO DA FASE PRÉ-ANALÍTICA

A fase (pré-) pré-analítica engloba todos os procedimentos anteriores o início

da análise laboratorial, e é responsável pela maioria dos erros de laboratório

(NILSSON et al., 2014). Atualmente a fase (pré-) pré-analítica é formalmente

conhecida como o lado escuro da lua (LIPPI et al., 2006) porque tantas práticas

recomendadas que existem neste campo são geralmente ignoradas ou

negligenciadas pelos atores da área de saúde. Desde, quase 70% das decisões

médicas dependem dos resultados das análises laboratoriais, melhor as práticas de

laboratório devem ser seguidas a fim de evitar erros e garantir a segurança do

paciente (HALLWORTH et al., 2002).

Erros médicos que colocam em risco a segurança do paciente têm atraído

uma grande quantidade de atenção do público, especialmente quando a situação

exige a revisão de um grande número de registros de pacientes ou um recall de

resultados de exames laboratoriais de pacientes, como um caso italiano que levou

aproximadamente 3.500 pacientes para laboratório para realizar testes de

paratormônio (PTH) (LIMA-OLIVEIRA et al., 2015). Já se sabe que 40% dos erros de

diagnóstico estão ligados a resultados de serviços de diagnóstico, como análises

laboratoriais ou de imagem (radiologia) (SCHIFF et al., 2009).

Embora vários artigos tenham descrito erros pré-analíticos em termos de

amostras inaceitáveis, como amostras hemolisadas, coaguladas e/ou insuficientes

(ASHAKIRAN et al., 2011), poucos dados disponíveis na literatura relacionam este

tipo de falha de qualidade nos mecanismos e procedimentos que, senão seguido,

expõe os pacientes ao risco de erros e os eventos adversos relacionados,

particularmente no caso de identificação incorreta do paciente.

A frequência relativa de erros pré-analíticos, incluindo as taxas de erro de

identificação incorreta, encontrada em 359 partes por milhão (ppm), a taxa

semelhante à relatada anteriormente (270ppm). Considerando a complexidade dos

processos e procedimentos relacionados à fase pré-analítica e as dificuldades

inerentes ao desenho de uma metodologia de estudo que possibilite a detecção de

todos os potenciais defeitos e erros, frequência superior à efetiva encontrado seria

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antecipado. A novidade do presente estudo relaciona-se às informações coletadas

sobre os procedimentos operacionais padrão eficazes usados nas enfermarias para

solicitação de teste, particularmente a transcrição de ordens dos médicos antes da

entrada computadorizada, registro de informações e coleta de sangue (VIEIRA et al.

2011).

Este elevado índice de erros está associado à possível interferência

promovida por vários fatores como erro profissional médico, falta de informação

sobre o paciente – por parte médica e/ou laboratorial - e o próprio laboratório

executando a coleta, transporte ou triagem de material fora dos protocolos, gerando

amostras biológicas que serão usadas na fase analítica.O elemento mais sensível

na produção de erros na fase pré-analítica diz respeito à atividade humana em que

múltiplos indivíduos interagem no processo do espécime diagnóstico (OLIVEIRA; et

al. 2009).

Tendo em vista a importância das análises clínicas para tomada de decisões

médicas como diagnósticos, prescrições medicamentosas, conduta terapêutica e

ainda os registros de vigilância epidemiológica e observando que o profissional

médico é parte integrante da assistência ao paciente também pode ser considerado

um dos interessados em avaliações laboratoriais precisas (WISLOCKI, 2011).

De particular preocupação é a descoberta de que 29.916 ppm (cerca de 3%)

de testes solicitados por médicos foram perdidos na tradução ou enganado. Os 3

casos de identificação incorreta do paciente foram considerados relacionados a

erros humanos devido a erros ou conformidade inexistente com os procedimentos

estabelecidos e/ou treinamento inadequado de pessoal. Dois de esses casos

ocorreram nas enfermarias B e C, que usaram tubos pré-etiquetados para o

procedimento de coleta de sangue (PLEBANI, 2010).

Um dos procedimentos mais comuns na área de saúde é a coleta de sangue

venoso. Durante o mesmo é possível que ocorra lise ou ruptura de hemácias no

local coletado – o que afeta os resultados posteriores, retirada de volume sanguíneo

insuficiente, desmaios, lesão de nervos ou hematomas. (OMS, 2008). Para que

estes problemas sejam prevenidos, técnicas apropriadas e procedimentos pré-

estabelecidos de amostragem são efetivos. (GIAVARINA et al., 2017)

A implementação de uma simples checagem durante a coleta de sangue

venoso, como a verificação e preparação dos objetos utilizados, paciente pode ser

efetiva para aperfeiçoamento da amostra e diminuição de erros nesta fase. O uso

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desta ferramenta assiste a padronização de atividades pré-analíticas e melhoria de

diagnósticos laboratoriais, auxiliando profissionais da área a perceber reais riscos e

terem seus fundamentos na sabedoria. (GIAVARINA et al., 2017)

Embora uma descrição detalhada desses casos esteja em breve, deve ser

enfatizado que existe um consenso sobre como reduzir os erros na medicina com o

a chamada abordagem de sistema. A premissa básica deste modelo é que os

humanos são falíveis e os erros devem ser esperado, mas os erros são

consequências e não e têm origem em fatores sistêmicos (REASON, 2010).

As contramedidas são baseadas na suposição de que, embora a condição

humana não possa ser alterada, as condições sob as quais os humanos trabalham,

incluindo as medidas defensivas, barreiras e salvaguardas aplicadas, deve e deve

ser melhorado. Nos casos identificados em nosso estudo, problemas

organizacionais subjacentes foram reconhecidos no número de realizados

manualmente etapas de transcrição, a falta de qualquer ferramenta de controle, a

falta de qualquer suporte de tecnologia da informação e, finalmente, a carga de

trabalho excessiva e a responsabilidade atribuída a as enfermeiras.

Após um foco inicial em erros analíticos, um corpo de evidências tem

demonstrado que as etapas pré-analíticas do processo de teste total são mais

propensas a erros do que os outros etapas pós-analíticas. Alcançando consenso

para a definição abrangente de erros em testes de laboratório (ISO/TS 22367, 2008)

foi um marco no esforço para reduzir erros e melhorar a segurança do paciente em

medicina laboratorial. Na verdade, esta definição, que incentiva uma abordagem

centrada no paciente, enfatiza a necessidade de avaliar todas as etapas do

processo de teste, independentemente de cair sob o controle direto do pessoal do

laboratório (PLEBANI, 2006).

A maioria dos dados disponíveis sobre erros em laboratório remédios, no

entanto, foram coletados por meio de projetos de estudo centrados em laboratório

que identificaram não conformidades em nível de laboratório e reavaliar os

resultados considerados implausíveis com respeito às condições dos pacientes ou

resultados obtidos anteriormente (CARRARO e PLEBANI, 2007). Assim, a fase pré-

analítica demonstrou ser propensa a erros, mas os mecanismos e causas

subjacentes não foram totalmente analisados porque eles estão principalmente

relacionados a procedimentos e pessoal fora das paredes do laboratório.

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Em muitos países (e na maioria dos países da Europa) não há flebotomistas

profissionais e a maioria dos procedimentos iniciais de testes de laboratório (por

exemplo, solicitação de teste, paciente identificação e coleta de sangue) são

realizadas por médicos e enfermeiras de enfermaria. Isso complica qualquer

exploração dos procedimentos processo de teste total iniciais, agrupados em o

termo "fase pré-analítica", que são "geralmente realizados nem no laboratório

clínico, nem, em pelo menos em parte, sob o controle do pessoal do laboratório”

(PLEBANI et al., 2010).

Ashakiran et al. (2011), que realizou um estudo prospectivo durante três

meses no laboratório de bioquímica clínica de um hospital na Índia, monitorando a

frequência e os tipos de erros pré-analíticos, triagem de 139 amostras de sangue

venoso por dia recebidas de enfermarias. Eles observaram que os erros pré-

analíticos totalizaram em média 44,7% das amostras por dia. Eles registraram suas

descobertas nas seguintes categorias de pré-analíticos variáveis:

• Identificação incorreta do paciente

• Rotulagem de amostra inadequada

• Solicitação de teste imprópria

• Tempo incorreto de amostra

• Volume de amostra insuficiente

• Hemólise in vitro

• Coleta de amostra em tubo ou recipiente errado

• Manuseio e transporte incorretos de amostras

Ashakiran et al. (2011) relataram números semelhantes a Kalra (2004) em

seu trabalho em variações pré-analíticas. Binita et al., (2010) também concordam

que erros pré-analíticos eram onipresentes, com um alto índice de 71,1% em seu

estudo. Usando variáveis semelhantes Carraro e Plebani (2007) observaram que,

entre outras causas de erros pré-analíticos relatados em estudos anteriores foram:

solicitar testes no paciente errado, solicitar o teste errado, transferência de amostra

de um recipiente "errado" para um "apropriado" recipiente.

Os tipos de erros mais comumente relatados nesses estudos anteriores, em

as fases pré-analíticas são:

a) falta de amostra e/ou solicitação de teste;

b) errado ou falta de identificação do paciente;

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c) contaminação por via de infusão intravenosa;

d) amostras hemolisadas, coaguladas e insuficientes;

e) recipientes inadequados;

f) proporção inadequada de sangue para anticoagulante;

g) transporte inadequado e

h) condições de armazenamento (KARLA, 2004; LIPPI et al., 2009; BINITA et

al., 2010; ASHAKIRAN et al., 2011; PLEBANI et al., 2012).

A hemólise é a interferência pré-analítica mais comum e ainda um dos

maiores desafios aos especialistas do laboratório (SIMUNDIC et al., 2010). Koseoglu

et al. (2011) realizaram um estudo para investigar os efeitos do grau diferente de

hemólise para alguns, a maioria parâmetros bioquímicos comumente usados. Este

papel é de extrema importância, pois fornece evidências claras para as diferenças

clinicamente significativas causadas por visualmente indetectável (hemoglobina

plasmática <0,5 g/L) a hemólise moderada para LD e aspartato aminotransferase

(AST), potássio e bilirrubina total, enquanto vieses para alguns outros parâmetros

foram considerados estatisticamente significativos -não foi possível, mas

permaneceu dentro das Alterações de Melhoria de Laboratório Clínico (CLIA)

convencionais limites (albumina, fosfatase alcalina (ALP), amilase, cloreto, HDL-

colesterol, creatina quinase (CK), glicose, magnésio, proteína total, triglicerídeos,

capacidade de ligação de ferro insaturado (UIBC) e ácido úrico).

Vários protocolos de centrifugação como uma estratégia confiável para a

remoção de lipemia foram investigados por Dimeski et al. (2011). Em seu estudo,

Dimeski et al. avaliaram um procedimento de centrifugação de alta velocidade

usando a microcentrífuga em comparação com uma ultracentrífuga em sua

capacidade de reduzir a interferência de lipídios em pools de soros lipêmicos. De

acordo com suas evidências, a microcentrifugação de alta velocidade forneceria um

método adequado e mais prático e alternativa menos cara à ultracentrifugação para

análises de sódio, creatinina, urato, total proteína, lactato desidrogenase (LD),

magnésio e, colesterol e triglicerídeos se medidos em um Analisador Beckman

DxC800 (Beckman Coulter, Fullerton, CA, EUA). Esta observação merece especial

atenção, já que a ultracentrífuga é hoje disponível apenas em laboratórios altamente

especializados.

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Em outro estudo de Lippi et al. (2011), que deve, portanto, ser considerada a

continuação do estudo acima mencionado de Koseoglu et al. Isto foi mostrado de

forma confiável que as fórmulas corretivas destinada a ajustar os resultados de

vários laboratórios parâmetros para o grau de hemólise não são confiáveis e

potencialmente enganosos, uma vez que lesão de componentes do sangue e

subsequente liberação de componentes do sangue celular no soro ou o plasma não

ocorre de forma homogênea.

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4. ALTERNATIVAS PARA REDUZIR FALHAS PRÉ-ANALÍTICAS

Os procedimentos médicos (diagnósticos, prescrições medicamentosas e

decisões em geral) são fundamentados em resultados de análises de exames

clínicos e/ou radiológicos, tornando essas análises um importante fator para o

tratamento de doenças. O laboratório de análise clínica é um local no qual o médico

procura embasar suas conclusões e, também, que gera preocupação aos pacientes,

pois o resultado poderá decidir sua vida. Um erro poderá prejudicar a correta

avaliação do quadro clínico do paciente, podendo demandar novas análises e, até,

gerando danos à saúde, com diagnósticos equivocados (WISLOCKI, 2011).

Os laboratórios de análises clínicas são os responsáveis pela realização de

coleta de amostras, a execução dos procedimentos de análise, e ao fornecimento

dos resultados e laudos obtidos por meio das amostras verificadas. Os laboratórios

são o suporte para as clínicas, hospitais e unidade ambulatoriais. Sabemos que

“processo de trabalho de qualquer laboratório clínico envolve todo o percurso da

amostra, desde a requisição médica até a entrega do laudo. Essa sequência é

dividida em três fases: pré-analítica, analítica e pós-analítica” (SOUZA; COAN;

ANGHEBEM, 2020, s/p.).

Nos laboratórios de análises clínicas é fundamental que os profissionais

sigam as recomendações que visam reduzir erros que podem ocorrer durante as

três fases que compõem o processo de elaboração dos exames laboratoriais - pré-

analítica, analítica e pós-analítica. Essas fases estão relacionadas com orientações

aos pacientes para o procedimento de coleta, execução propriamente dita do

material coletado e avaliação da concordância no resultado obtido para que ofereça

segurança no diagnóstico médico respectivamente (SHCOLNIK, 2012; BERLITZ,

2010).

Diante destas considerações, todas as variáveis relacionadas aos possíveis

erros recorrentes nas análises clínicas devem ser avaliadas por profissionais com

responsabilidade e qualificação profissional O laboratório deve assegurar os

resultados e a qualidade dos mesmos aos pacientes e aos médicos, visto que para

realizar um diagnóstico, o médico se baseia nos resultados obtidos por meio dos

exames, e uma falha no resultado, leva a um diagnóstico errado.

Page 21: TÍTULO: NÃO CONFORMIDADES LABORATORIAIS NA FASE PRÉ ...

20

4.1 A PRESENÇA DE NÃO CONFORMIDADES

Quando citamos o termo não conformidade, estamos no referindo ao “não

atendimento de um requisito pré-estabelecido”. Ou seja, o requisito em questão

pode variar desde um requisito interno ou externo, estabelecido conforme a

necessidade da instituição ou mesmo pela ISO 9000. (SOTERO; BASTIANI, 2017,

p.45). Para exemplificar o exposto anteriormente, temos com Sotero e Bastiani

(2017, p.46) que:

Suponhamos que a empresa tenha optado por manter um procedimento de testes para formalizar e padronizar o processo de checagem. Se nesse processo estiver determinado que TODOS os produtos que saem da linha de montagem devem ser testados (100%), isso é um requisito estabelecido pela empresa e terá de ser cumprido.

Nesse caso, todos os produtos devem ser checados, seria interessante,

verificar se ao final, se todos foram realmente checados para evitar falhas. Mas

independe, aqui exemplificamos que esse é um requisito interno da empresa.

Enquanto o externo pode ser exemplificado pelas normas e procedimentos da Isso

9000, que vale para todas as instituições que aderiram ao mesmo.

Aqui compreendemos que, todos os produtos possuem sua própria validação,

entretanto, também compreendemos que, podem haver produtos que se encaixam

na não conformidade, ou seja, produtos que não alcançaram o resultado almejado,

não se enquadraram nos requisitos pré-estabelecidos.

Os procedimentos para a realização dos exames nos laboratórios, melhorou

muito nos últimos anos, devido as tecnologias aplicadas e novos estudos acerca da

temática. Para compreendermos melhor a fase pré-analítica, temos que

compreender que o processo de trabalho de qualquer laboratório clínico se divide

em três fases, sendo elas pré-analítica, analítica e pós-analítica.A fase pré-analítica

consiste na fase anterior a execução do exame, ou seja:

Compreende solicitação médica, orientação do paciente, coleta, acondicionamento, transporte e tratamento/preparo da amostra antes da análise. A fase analítica é aquela em que os exames são realizados; é monitorada por programas rigorosos de controle de qualidade. A última fase trata da transcrição do resultado para o laudo e sua entrega ao paciente e/ou médico (SOUZA; COAN; ANGHEBEM, 2020, p.78).

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Aqui neste artigo objetivamos compreender a fase pré-analítica, ou melhor as

falhas que ocorrem nessa fase e como podemos proceder para reduzir tais falhas

nesse processo, visto que, as maiores falhas nos exames laboratoriais ocorrem na

fase pré-analítica. Torna-se importante compreender isso, pois:

Erros pré-analíticos ou não conformidades culminam em perda de dados epidemiológicos de grande importância para a saúde pública, gastos desnecessários com acondicionamento, transporte e posterior descarte das amostras biológicas não conformes e não processadas, além de transtornos e gastos adicionais com a busca ativa de pacientes para recoleta, quando aplicável (SOUZA; COAN; ANGHEBEM, 2020, p.79).

Diante disso, temos que grande perda de tempo e de material que é

descartado por se apresentar em não conformidade com os requisitos necessários.

Diante disso, é preciso compreender a importância de realizar os procedimentos em

conformidade para evitarmos as falhas pré-analíticas.

Entretanto, de pose dessa informação, como proceder para evitar tais falhas

nessa fase? De acordo com Morales (2019), o fato de ocorrer muitos erros nos

laboratórios, pode ser por haver uma rotatividade alta de funcionários e falta de

treinamento para os mesmos, além do mais, os fatores mencionados acima, de

transporte inadequado, identificação, triagem, coleta de amostras, acondicionamento

errado, entre outros são fatores que que levam a falhas nos resultados.

Morales (2019) cita que as principais falhas que ocorrem nos exames

laboratoriais nessa fase, ocorre devido a inadequações, como por exemplo:

• Solicitação equivocada do médico;

• Escrita ilegível ou abreviações grosseiras;

• Falta de indicação médica;

• Interpretação errada da solicitação médica;

• Perda da solicitação médica;

• Falta de orientação ou preparo incorreto do paciente;

• Uso de drogas de abuso e de medicamentos;

• Não observância da influência do ritmo biológico;

• Erro na identificação do paciente;

• Garroteamento prolongado;

• Troca de tubos;

• Coleta da amostra inadequada;

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• Coleta em tubo equivocado ou na sequência incorreta;

• Amostra coletada em membro com rota de infusão intravenosa;

• Tubo sem material;

• Proporção inadequada entre sangue e anticoagulante;

• Hemólise e/ou lipemia;

• Processo de centrifugação equivocado;

• Acondicionamento fora da temperatura recomendada;

• Perda ou contaminação do tubo.

Esses pontos citados, podem ser verificados para que futuras falhas não

ocorram, a tecnologia tem auxiliado muito nesse processo, o controle da qualidade

mais rigoroso também tem modificado os resultados de não conformidades

apresentadas pelos laboratórios. A maior parte dos erros médicos ocorrem nessa

fase, pois a tomada de decisão do médico para com um paciente é baseada nos

resultados dos exames laboratoriais.

Entretanto, nem todas as falhas da fase pré-analítica está sob o controle do

laboratório, portanto, para que os resultados sejam seguros e corretos, é um

trabalho de equipe que depende de todos, “o resultado analítico depende do

sucesso de todos os processos que envolvem a realização do exame, desde a

identificação do paciente até a análise adequada e a liberação do resultado” (KASVI,

2018, s/p.).

Portanto, para se evitar falhas laboratoriais nessa fase, é preciso estar atento

ao passo a passo, e ao que é necessário para cada exame ser realizado, como por

exemplo, se a pessoa necessita estar em jejum ou não, se utiliza medicamentos pois

os mesmos podem trazer alterações nos exames, como anti-inflamatórios e

anticoagulantes que interferem em exames como os hematológicos. O funcionário

ao realizar a coleta da amostra, deve compreender qual a técnica que deve ser

utilizada, pois “técnica adequada de punção venosa deve selecionar o local correto e

não deixar o torniquete por mais de um minuto, pois pode causar hemoconcentração

e hemólise” (IBIDEM).

De acordo com Souza; Coan e Anghebem (2020), em sua pesquisa intitulada

“Não conformidades na fase pré-analítica identificadas em um laboratório de saúde

pública”, os autores colocam que para evitar não conformidades nos exames

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laboratoriais, medidas como seguir os Manaus com os procedimentos corretos e a

forma de manipulas os materiais auxiliam nessa fase, entretanto, os autores

ressaltam que, muitas vezes esses materiais possam ser de difícil compreensão por

parte dos funcionários, pois os profissionais de enfermagem ou até mesmo os da

administração são do que realizam as coletas e transporte dos materiais, e estes

não possuem o conhecimento técnico do procedimento de trabalho dos laboratórios,

o que implica muitas vezes em erros nessa fase.

4.2 PADRONIZAÇÃO DOS PROCESSOS ANALÍTICOS

O Instituto Brasileiro para excelência em Saúde (2017), postula alguns itens

para serem seguidos afim de se evitar os erros na fase pré-analítica, como:

desenvolvimento de procedimentos escritos claros, ou seja, a identificação do

paciente, coleta e rotulação da amostra, o preparo e transporte. Melhorar as políticas

existentes afim de possibilitar uma melhor comunicação e identificação do paciente e

da gestão da qualidade. Realizar treinamento dos funcionários. Divulgar os Manuais

de Orientação de Coletas de Dados de Amostras Laboratoriais para todas as áreas

envolvidas, direta ou indiretamente. Automatização dos processos, “Solicitações

computadorizadas simplificam a ordenação de teste e eliminam a etapa crítica de se

transcrever os pedidos. Os códigos de barras ajudam no rastreamento da amostra”.

Melhoria da comunicação entre funcionários, notificação e identificação para os

casos que ocorrerem e forem adversos, bem como os casos de contaminação de

amostras, e principalmente:

Monitorar indicadores de qualidade. O principal indicador, neste caso, é o de % de recoletas, que deve ser analisado continuamente de forma a se identificar: quais áreas ou tipos de exames estão tendo maior incidência deste problema e identificar as causas para prover melhorias. Se uma nova amostra não puder ser obtida, é responsabilidade do especialista do laboratório comunicar o problema ao médico responsável pelo paciente (SOUZA; COAN; ANGHEBEM, 2020, p.12).

Pois o diagnóstico médico depende dos resultados dos exames, e se a

amostra que houve problema, não puder novamente ser coletadas para uma nova

análise, o médico deve estar ciente do ocorrido, para evitar tomadas de decisões

muito extremas. Souza; Coan e Anghebem (2020, p.14), pontuam que os requisitos

de não conformidade que mais apresentam registros são: “amostra imprópria para

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análise [...], amostra insuficiente [...], ausência de critérios clinicoepidemiológicos

para a realização do exame [...] cadastro incorreto da amostra [..] e

acondicionamento inadequado” dentre outros itens.

Ou seja, visto por esse viés, é difícil o controle por parte dos laboratórios

acerca da realização em conformidade dos exames, entretanto, como vimos, é

preciso que se siga as normas e manuais e que os funcionários estejam cientes das

técnicas e da importância de se realizar um trabalho assertivo, correto e dentro da

padronização solicitada para evitar riscos, erros, e consequentemente laudos e

resultados falhos que irão prejudicar todo o processo e o diagnóstico do paciente

futuramente.

4.3 PROGRAMAS DE QUALIDADE E CONTTROLE DE QUALIDADE

Para realização da padronização dos processos de análise laboratoriais,

sejam eles na fase pré-analítica, analítica ou pós-analítica, existem programas que

visam a regulamentar tais procedimentos no intuito de padronizar os processos e

evitar não conformidades, detectar possíveis melhorias e avançar nos estudos

acerca do estudo.

No sistema público de Saúde temos o sistema GAL “que tem como principal

objetivo gerenciar as atividades desenvolvidas pela rede estadual de laboratórios de

saúde pública no diagnóstico de doenças de interesse de saúde pública” (SOUZA;

COAN E ANGHEBEM, 2020, p.15). O programa de qualidade é de suma

importância, pois quando há um número elevado de descartes de material registrado

no sistema, pode indicar falhas ou erros que levam ao comprometimento da

qualidade do resultado final.

O controle de qualidade deve existir em todo e qualquer laboratório, essa é

uma exigência da ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que visa a

definir critérios e requisitos para que qualquer laboratório possa realizar

procedimentos de análises clínicas e coletas de amostras.

A Resolução de Diretoria Colegiada – RDC nº 302, de 2005, dispõe sobre

Regulamento Técnico para funcionamento de Laboratórios Clínicos, sua infra-

estrutura, equipamentos e instrumentos laboratoriais, produtos e descartes,

biossegurança, limpeza, desinfecção e esterilização, entre outros requisitos

necessários e o não cumprimento do disposto acarreta em:

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Infração de natureza sanitária sujeitando o infrator a processo e penalidades previstas na Lei nº. 6437, de 20 de agosto de 1977, suas atualizações, ou instrumento legal que venha a substituí-la, sem prejuízo das responsabilidades penal e civil cabíveis (BRASIL, 2005)

Por meio das leis, resoluções e programas de qualidade, é que se configura

cada vez a qualidade dos procedimentos laboratoriais e a minimização de não

conformidades. O controle de qualidade, portanto,

É um processo contínuo de melhoramento que passa a identificar as necessidades e as expectativas dos clientes. Com as etapas de um programa de qualidade a serem seguidas, é possível coordenar, controlar e dirigir os Princípios da Gestão da Qualidade para serem incorporados em todas as atividades executadas pelo laboratório (UNILAB, 2019).

Assim, para que possamos evitar erros nos exames de laboratórios, a

automatização e a informatização dos processos, auxilia na execução na fase pré-

analítica, para evitar falhas, além de otimizar os processos e obter maior controle.

Com a incessante procura por qualidade nos processos laboratoriais, foram criados os programas de acreditação brasileiros, como o Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos (PALC) da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), e o Departamento de Inspeção e Credenciamento da Qualidade (DICQ) da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC). Além disso, surgiram, no Brasil, nas décadas de 1970-80, os programas de controle da qualidade em laboratório clínico, como o Proficiência em Ensaios Laboratoriais (PELM) e o Programa Nacional de Controle de Qualidade (PNCQ). Esses sistemas são utilizados para atender às necessidades de ampla e melhor avaliação dos laboratórios clínicos (CHAVES, 2010, s/p.).

Em suma, temos que os erros nos diagnósticos médicos ocorrem em 70% na

fase pré-analítica, e que por meio da padronização dos procedimentos e também

dos programas de qualidade, é possível verificar a quantas andas a qualidade dos

exames realizados por nossos laboratórios. Bem como, verificar a qualidade e a

necessidade de novos padrões, regras e normas adequadas conforme a

necessidades surgem, ou mesmo, de acordo com os registros de não conformidades

aparecem. O controle de qualidade é que assegura o resultado confiável dos

exames, e certifica a qualidade do trabalho realizado pelo laboratório.

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26

5. CONCLUSÃO

Como podemos verificar, existe 3 fases que o laboratório segue ao realizar os

exames clínicos. A fase pré-analítica, analítica e a pós-analítica, neste artigo

focamos nossa atenção na primeira fase, visto que, a maior parte de registros de

não conformidades e logo, a falhas nos exames, ocorrem na primeira fase. A fase

pré-analítica, como vimos anteriormente, segue muitos itens, desde a solicitação do

exame até o transporte das amostras. Uma comunicação errada na solicitação dos

exames, pode acarretar em falhas nos resultados. Portanto, é importante que cada

procedimento seja realizado com muito cuidado e atenção.

Vimos também que, muitas vezes, o profissional não tem treinamento

suficiente para executar tal tarefa, o que acarreta em erros de manejo das amostras.

As orientações aos pacientes, ao coletar as amostras é de suma importância, pois

alguns exames necessitam de preparo anterior, e alguns medicamentos que as

pessoas tomam pode interferir nos resultados dos exames.

Percebemos que, a recoleta de amostras e o registro nos sistemas, configura

em falhas nessa fase – ou mesmo nas demais- o que gera uma diminuição da

qualidade dos serviços prestados. É preciso seguir a padronização e o controle de

qualidade, para que todos os procedimentos realizados sejam seguros, eficientes e

com uma qualidade maior. Desse modo, os programas de qualidade existentes,

configuram um importantíssimo meio de assegurar o trabalho técnico realizado por

todo e qualquer laboratório brasileiro.

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