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Comércio >>Director: António Pedro >>Director Executivo: Victor Jorge >>Periodicidade: Mensal >>Propriedade: Score Media >>Preço capa: 700 Kz >>Setembro 2013 >>ano I 07 TUDO SOBRE O NOVO ALVARÁ 9 772727 000021 7 0 0 0 0 Qual, como, onde e quando Os gigantes internacionais que querem entrar no País Um festival de três dias Escola Superior Agro-alimentar A opinião dos VIP Novidades do mercado Produção Nacional Saiba quem são Vinhos E ainda… +

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Comércio

>>Director: António Pedro >>Director Executivo: Victor Jorge >>Periodicidade: Mensal >>Propriedade: Score Media >>Preço capa: 700 Kz

>>Setembro 2013>>ano I

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Tudo sobre o novo alvará

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Qual, como, onde e quando

Os gigantes internacionais que querem entrar no País

Um festival de três dias

• Escola Superior

Agro-alimentar

• A opinião dos VIP

• Novidades do mercado

Produção nacionalSaiba quem são Vinhos

E ainda…

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#03Distribuição em Expansão • Setembro 2013

editorial

O ME se a onda arrastar a Sonae, o retalhista português de peso e prestígio que tem adiado a entrada no mercado angolano? Em 2010, anunciou a sua entrada. Em 2011, reforçou o anúncio. Em 2012, repetiu a proeza do anúncio. Chegada a 2013, “assegurou” que em 2015 será de vez, com um de quatro hipermercados

em Luanda.Entretanto, a maior cadeia de retalho alimentar do mundo – a Walmart –, detentora de milhares de hipermercados e supermercados espalhados pelo mundo, acaba de anunciar a estratégia de expansão de seus negócios para Angola, Moçambique e Quénia, até 2016.A Walmart não detalhou se a entrada ao mercado angolano será por aquisição de marcas já existentes, por parceria ou por franchising, mas já se começa a questionar qual a confi-guração que o mercado vai adquirir com a presença deste player.Independentemente de qual for o modelo de entrada da Walmart, o assunto é um sério aviso ao board do Grupo Sonae, que mesmo com o apoio da mulher mais rica de África, a empresária Isabel dos Santos, através da empresa Condis, continua a protelar a entrada num mercado que todo o investidor calculista e metódico diz ser interessante e apetecível.Se, por um lado, o anúncio feito em Portugal em Março último pelo presidente-executivo da Sonae, Paulo Azevedo, segundo o qual se estima que em 2014 possa abrir o seu primei-ro hipermercado em Angola, terá deixado os players nacionais preocupados face à capaci-dade de penetração e consolidação de marcas da Sonae, por outro lado, o player português deixa de ser encarado como o “leão” cuja aparição amedronta o mercado.E agora, o que vai acontecer com o anúncio do Walmart? A Sonae vai abandonar a sua estratégia de anúncio de entrada em Angola, já que de 2010 para cá até parece terem pas-sado “600 anos”?No primeiro número desta revista, a ministra do Comércio, Rosa Pacavira, assegurou que Angola está aberta para os grandes players da distribuição moderna, garantindo apoio ins-titucional para investidores estrangeiros deste sector, desde que cumpram as leis do País.Em linguagem corrente, a entrada do Walmart no País será bem-vinda e vai merecer apoio do Governo, porque vai proporcionar postos de trabalho para angolanos, vai contribuir nos impostos e fazer crescer o mercado.

A Sonae não deixaria de ter apoio institucional caso entrasse no País, mas Paulo Azevedo havia afirmado ao Diário Económico de 13 de Março passado: “Confiamos que será pos-sível abrir um hipermercado em 2014 (...), mas arrisco-me a não ter razão mais uma vez.”Em 2011, a Walmart adquiriu 51% do Massamart por 1,8 mil milhões USD como porta de entrada para o resto do continente africano, cuja classe média cresce, anualmente, para cinco milhões de consumidores, e é o alvo de multinacionais do retalho visando aumentar os seus rendimentos, uma vez que nos países desenvolvidos não há muito para se inventar.Embora não se saiba que modelo de retalho a Walmart aplicaria em Angola, reforçando esta tese, a verdade é que na África do Sul, através da Massamart, apostou forte em lojas alimentares e bebidas para clientes de baixa renda, nas regiões do KwaZulu-Natal e do Cabo Oriental, onde tem tido sucesso.Ora, actualmente o País regista um défice de 50 mil lojas do tipo que a Walmart apostou nas regiões sul-africanas citadas e, atendendo ao plano do Governo angolano de constru-ção de 11 mil lojas de proximidade através de parceiros privados, não se descarta que a Walmart encontre neste projecto institucional uma oportunidade de abertura e expansão de lojas, localmente.Se na África do Sul a Walmart já se constitui num concorrente feroz aos restantes players da distribuição moderna, embora não se possa comparar de igual para igual com a Sho-prite, apesar de ambos se terem tornado os gigantes do mercado, é caso para dizer que a Sonae tem muitas lições a retirar da expansão definitiva para Angola do líder mundial do retalho alimentar.É bom lembrar que, se a Sonae leva na carteira de investimentos para o País a construção de quatro hipermercados em Luanda, o gigante mundial tem como estratégia abrir hiper-mercados e espalhar-se também pelos bairros com lojas de proximidade e dar-lhes perfil bastante moderno, semelhante ao que existe de bom nos EUA, mas adaptado à realidade local.Quando não se aproveita oportunidades de um mercado que tem muito espaço para cres-cer, com uma “estratégia” de anúncios consecutivos de entrada, não precisa um camarão dormir para ser levado pela onda.

Quando a onda leva um camarão acordado

António Pedro, Director

ficha técnicaDirector António Pedro • Director executivo Victor Jorge • Directora geral De revistas Nilza Rodriguesconselho De gerência Alexandre Mealhacolaboram neste número André Samuel, Caco Ferraz e José António RousseauFotograFia Edson Chagas (Subeditor), César Magalhães, Lídia OndeProjecto gráFico Rui Sampaio • imPressão Printer • DistribuiDora VASPE, SA • Direcção comercial Tânia Vasconcelos, Carina Amuedo, Cátia AmadoDirecção aDministrativa e Financeira Renato Moreira (Director), Garcia José, Herlander Tomás, Katila Denise, Rosa Ngola, Stanislau Pataca contactos 244 222 322 665 / 244 222 322 654 / 244 222 322 674 • Fax: 244 222 443 453 • Rua Damião de Góis, n.º 81 – Bairro de Alvalade, Luanda – Angolacontactos e-mail [email protected]ção em Portugal Estratégia Media • Direcção-geral Nilza Rodrigues • DePartamento aDministrativo Amélia Saavedra • Contactos +351 927747062 registo MCS-520/B2009

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Distribuição em Expansão • Setembro 2013

índice05

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Quiz/Dixit

Distribuição06-08 Maior rapidez, segurança e simplicidade na obtenção do alvará comercial

10 Walmart em Angola nos próximos três anos

12 spar em Angola dentro de seis meses

14-15 sonae adia novamente entrada do Continente em Angola

16 Luanda volta a ser a mais cara

18-19 Custo de vida em Luanda desacelera em dois meses

20 ADN da Distribuição

ProDução

22-27 Produção nacional: qual, como, onde e quando?

28 Ensino puxa agro-indústria ao currículo académico

viNhos 30-32 Entrevista a Miguel Pinho e José oliveira, organizadores do Angola WiNE

Festival

LoGÍstiCA 34 Ministério inaugura 1.ª fase do CLoD

36 Mais segurança nas portas hörmann

tECNoLoGiA38 uma gestão mobile da loja

LEiturAs40 Lei da Arbitragem voluntária Comentada

40 Desta vez É Diferente – oito séculos de loucura financeira

NoviDADEs DE ProDuto

viP

A FEChAr

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#05Distribuição em Expansão • Setembro 2013

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1Foi lançado recentemente o novo alvará comercial. Em quantos dias é possível obtê-lo? a) 2 a 6 dias b) 5 a 10 dias c) 3 a 8 dias d) 4 a 10 dias

Segundo as contas do Ministério do Comércio, quantos licenciamentos (alvarás comerciais + licenças de comércio) foram emitidos em 2012? a) 62 398 b) 78 457 c) 74 042 d) 81 082

Qual o valor prometido pelo Governo no âmbito do programa Angola Investe até 2015? a) 200 000 milhões Kz b) 100 000 milhões Kz c) 90 000 milhões Kz d) 150 000 milhões Kz

Quantas lojas pretende a Massmart – braço do maior retalhista mundial, Walmart, em África – abrir na África Subsariana no prazo de três anos? a) 90 b) 110 c) 70 d) 125

“Temos consciência de que, nesses momentos de grande entusiasmo, a vontade de criar empresas fala mais alto, mas mantê-las no mercado e de uma forma viável constitui o exercício mais difícil.”Justino Pinto de Andrade, economista e docente,

in Expansão, 16 de Agosto de 2013

“Angola já foi um grande produtor de açúcar. É preciso relançar a cultura da cana-de-açúcar.”Carlos Mathias, director-geral da Biocom, in Semanário

Económico, 15 de Agosto de 2013

“Não basta o primeiro indicador, que é o rendimento per capita, ser muito elevado, é necessário também melhorarmos o capital humano e a competitividade económica.”José Severino, presidente da Associação Industrial

de Angola (AIA), in Semanário Económico, 1 de Agosto

de 2013

“Se formos fazer as contas, a produção interna de água, sumos, cervejas e gasosas já é suficiente para satisfazer a procura. Ninguém está aqui a defender uma proibição das importações. O que estamos a dizer é muito simples: quer estar em Angola, então deve ser obrigado a investir no País.”Philippe Frederic, administrador-delegado do grupo

Castel em Angola, in Novo Jornal, 23 de Agosto

de 2013

“Nós não queremos que os nossos comerciantes fiquem na precariedade. Não queremos um estabelecimento comercial onde o armazém tem cama e fogão atrás do balcão.”Henrique Barbosa, director nacional do Comércio,

in Novo Jornal, 23 de Agosto de 2013

“Se Luanda continua a ser a cidade onde as coisas custam mais que nas outras cidades, o mercado irá escolher evidentemente o sul-africano.”Laurinda Hoygaard, in Expansão, 16 de Agosto de 2013

“Já imaginámos o que será todo o aparato da Zona Económica Especial paralisar porque os produtos importados estarão a um nível de concorrência agressiva? Será que nos julgamos preparados para enfrentar a República da África do Sul?”Fernando Solinho, empresário do sector saleiro,

in Expansão, 2 de Agosto de 2013

quizRespostas:1 c); 2 c); 3 d); 4 a)

DIX

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#06Distribuição em Expansão • Setembro 2013

/alvará comercial

Há muito que a questão dos alva-rás comerciais, em vigor desde o ano 2000, era um assunto importante a resolver na eco-

nomia angolana, mais precisamente, no sector do comércio. Com uma economia em franca expansão e um sector, como se referiu na apresentação, em “revolução e que está a mudar de rosto”, o Ministério do Comércio (MINCO) avançou com a renovação do procedimento de obtenção do alvará comercial, admitindo a mi-nistra do Comércio, Rosa Pacavira, que “desta forma será possível aumentar e melhorar a oferta de serviços, de modo a corresponder ao saudável crescimento da economia angolana e contribuir para o alcance do progresso e bem-estar do povo”. Certo é que o alvará comercial está em vigor, em Angola, desde 2000, sendo esta a sua terceira geração. Segundo contas do MINCO, até ao exercício de 2012, foram emitidos 61 116 alvarás e 12 926 licen-

ças de comércio precário, totalizando, assim, 74 042 licenciamentos, revelando a ministra responsável pela pasta do Co-

mércio que de Janeiro a Junho de 2013 existiu um incremento de 3172 estabele-cimentos licenciados e 4431 do comércio

Mais simples, mais rápido, mais seguro e mais barato. Estes são os predicados por trás do novo alvará comercial. De acordo com o Executivo, a espera poderá ser de apenas três dias

dis

trib

uiç

ão Maior rapidez, segurança e simplicidade na obtenção do alvará comercial

>> Victor Jorge >> Tom Carlos

Passos para a obtenção do alvará comercial

1 – Procure um dos pontos de apoio do MINCO (Ministério

do Comércio) e leve os seguintes documentos:

• Certidão comercial;

• Fotocópia do BI dos sócios-gerentes;

• DAR – Comprovativo do pagamento das taxas e emolu-

mentos do licenciamento.

Em seguida, aguarde a mensagem de correio electrónico

com as credenciais para aceder ao site do MINCO.

2 – De posse das credenciais, aceda ao site: alvara.minco.

gov.ao, preencha o pedido de adesão, submeta a docu-

mentação necessária e aguarde confirmação no e-mail.

Se preferir, volte ao site e acompanhe o andamento do

processo.

3 – Receba a equipa de vistoria na sua empresa. Os mem-

bros são os representantes do MINCO e, se estiver tudo

correcto, proceder-se-á a um parecer favorável.

Após a aprovação, receberá no seu correio electrónico

uma credencial para levantamento do kit do alvará. Leve

este comprovativo ao Centro de Apoio ao Empreendedo-

rismo Comercial (CAEC) que deu início ao processo, ou

administrações locais, e receba o kit do alvará contendo: a

nova cédula do alvará comercial, o certificado do cadastro

comercial e outras brochuras informativas.

Renovação do alvaráPara renovar, siga os mesmos passos. Apenas se lembre

de levar também o certificado e o auto de vistoria ante-

riores.

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precário.Nas palavras de Rosa Pacavira, “conside-rando as novas exigências, decorrentes do desenvolvimento da economia nacio-nal e controlo actualizado da actividade comercial, e perseguindo os objectivos macrointersectoriais no processo de sim-plificação, facilitação e desburocratiza-ção da actividade económica, tornou-se necessária uma revisão do processo de licenciamento da actividade comercial”. Além disso, esta revisão do sector do comércio veio, segundo a responsável, “impor novas regras”, como a proibição cumulativa de comércio misto (comércio por groso e a retalho no mesmo estabe-lecimento comercial) e a proibição de

armazéns dentro da zona urbana, for-çando, assim, ao reordenamento e espe-cialização das unidades comerciais e de prestação de serviços mercantis.

Mais segurançaRosa Pacavira admitiu mesmo, durante o discurso de abertura do lançamento do novo alvará comercial, que “existe ainda o problema do uso abusivo e por vezes fraudulento do alvará comercial, pois ac-tualmente o alvará é ‘atribuído’ à socieda-de comercial em questão, averbando-se, no mesmo, estabelecimentos ou filiais fictícias, no verso, sem qualquer vínculo às referidas sociedades”.Ora, como foi explicado pelos técnicos

presentes neste lançamento, este proble-ma será resolvido com um novo alvará mais seguro, com especificidades visíveis e invisíveis que tornarão a falsificação do documento “quase” impossível. Esta aposta na segurança tem por base combater, também, empresas que exer-cem tipos de actividade comercial que já não são permitidos por lei (comércio

misto) e estabelecimentos de venda ao público que não reúnem as condições exigidas por lei. Adicionalmente, pretende travar-se o uso abusivo da licença de comércio precário por parte das “cantinas”, e a falsificação de cédulas de alvarás devido às fracas ou quase inexistentes medidas de segurança física das mesmas.

#07Distribuição em Expansão • Setembro 2013

Postos de atendimento

• Guichet Único de Empresas• Direcções Provinciais do Comércio ou de Actividades Económicas – DPAE• Comissão Administrativa de Luanda – CAML• Nosso Centro• SIAC• Ministério do Comércio• Estações de correio• Centros de Apoio ao Empreendedorismo Comercial – CAEC

10Walmart em Angola nos próximos três anos

pág.

12Spar em Angola dentro de seis meses

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14Sonae adia novamente entrada do Continente em Angola

pág.

16Luanda volta a ser a mais cara

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18Custo de vida em Luanda desacelera em dois meses

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#08Distribuição em Expansão • Setembro 2013

/alvará comercialdistribuição

Tecnologia ao serviço da legalidadeAs medidas de segurança incluem, assim, código de barras QR, permitindo a con-sulta por qualquer dispositivo móvel mo-derno, tendo sido referido na apresenta-ção que, desta forma, qualquer cidadão poderá verificar a legalidade do estabe-lecimento comercial, devendo participar às autoridades qualquer infracção.Mas o novo alvará comer-cial vai mais além de um simples documento que legaliza as unidades comer-ciais. O Executivo pretende, através deste novo modelo, criar um cadastro único e centralizado, permitir a depuração dos problemas

da rede comercial, gerir as vistorias, ins-pecções e fiscalizações com um cadastro do infractor, sendo possível também a realização de relatórios actualizados em tempo real, com abrangência nacional e uma integração com as bases de dados de registo de contribuintes e registo co-mercial.A comunicação foi um factor que não foi deixado ao acaso com este novo alvará

comercial, sendo agora possível um ca-nal bidireccional de comunicação entre o Ministério e a sociedade comercial que solicita o documento. Para tal, foi criado um portal na Internet, permitindo ainda ao requerente a obtenção de outras infor-mações. Coloca-se a questão então de como proceder caso o requerente não possua Internet. Pois, nesses casos, o requeren-te deverá dirigir-se às instalações que o MINCO disponibiliza (ver caixa).Para melhor interacção com o requeren-te, o sistema dispõe ainda de notificações

por SMS e e-mails, permi-tindo a notificação a todo o momento da evolução do processo de licenciamento, não sendo necessária a des-locação ao MINCO. Com a validade do alvará a ser de cinco anos, o MINCO refere que existem condi-

ções para a coexistência da cédula antiga do alvará com a nova até à sua completa renovação.Certo é que cada empresário terá de as-sumir pessoalmente o seu processo, pre-tendendo o Executivo, desta maneira, acabar com a figura do intermediário, evitando as fraudes. Destaque, também, para o facto de cada estabelecimento co-mercial, inserido num grupo com mais unidades, ter de ter obrigatoriamente o seu próprio alvará individual, não sen-do mais possível um alvará conjunto, referindo os técnicos que cada alvará é personalizado a cada loja, não existindo a possibilidade de reproduzi-lo. Destaque, finalmente, para o facto de as equipas de vistoria serem constituídas maioritariamente por jovens recente-mente integrados no mercado de traba-lho, contribuindo, desta forma, o Execu-tivo para o emprego nacional.

A nova cédula do alvará comercial é mais moderna, fácil de ser percebida e com dispositivos de segurança que evitam falsificações. Entre estes estão:• Letra M no canto superior esquerdo• Letra C no canto superior direito• Papel com marca de água• Holograma de segurança• Código de barras QR• Imagem do pensador no canto inferior esquerdo• Mapa de Angola no canto inferior direito

1.º CAEC

Antes do lançamento do novo alvará comercial, a ministra do Co-

mércio, Rosa Pacavira, inaugurou a primeira loja de prestação de

serviços de licenciamento dos novos alvarás comerciais do Mi-

nistério do Comércio de Angola, localizada no centro comercial

Nosso Centro Gamek, no Morro do Bento, ex-rotunda do Gamek,

em Luanda. Trata-se do 1.º Centro de Apoio ao Empreendedoris-

mo Comercial (CAEC) que irá emitir os novos alvarás comerciais.

De referir que este empreendimento de dois pisos foi erguido

sobre uma área de 38 000 m2, disponibilizando 27 serviços

públicos, 26 privados e 38 comerciais a somar a um terminal

rodoviário interprovincial e dois parques de estacionamento.

O investimento avaliado em cerca de 90 milhões USD (cerca de

8,6 mil milhões Kz) foi da responsabilidade do extinto Progra-

ma de Reestruturação do Sistema Logístico e de Distribuição de

Produtos Essenciais à População (PRESILD), que deteve 94,5%

do capital, pertencendo o restante ao Governo da Província de

Luanda.

Durante o acto de inauguração do 1.º CAEC, foi, igualmente, apre-

sentada a Plataforma Digital do Sistema Integrado de Licencia-

mento das Actividades Comerciais (SILAC).

Novos valor a pagar pelo alvará comercial

Dimensão do estabelecimento

Área por superfície de venda em m²

Custo por actividade de 5 anos

Comércio de mercadorias

Grande > = 2000 350 000

Média A 1.000 - 1.999 200 000

Média B 500 - 999 75 000

Média C 200 - 499 35 000

Pequena até 199 15 000

Ambulante, feirante, mercado 1 000

Prestação de serviços mercantis e comércio

de representação

Grande > = 2000 250 000

Média A 1.000 - 1.999 150 000

Média B 500 - 999 50 000

Média C 200 - 499 30 000

Pequena até 199 10 000

Ambulante, feirante, mercado

Fonte: Ministério do Comércio

O Ministério do Comércio tem a tarefa de regular, licenciar e fiscalizar o exercício da actividade comercial em Angola

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#10Distribuição em Expansão • Setembro 2013

/Walmartdistribuição

Os rumores não são de hoje e iniciaram-se, mais ou menos, a partir da entrada do maior retalhista mundial na África

do Sul. Na realidade, quando a Walmart entrou no mercado sul-africano, com a compra da operação da Massmart, em 2011, por 51% das acções por um valor de 2,4 mil milhões USD (cerca de 230 mil milhões Kz), uma mais que possível ex-pansão para os restantes mercados afri-canos é uma inevitabilidade. A confirmação veio agora pela voz de Grant Pattison, CEO da Massmart, que ao The Wall Street Journal afirmou que, “nos próximos três a cinco anos, a Mass-mart irá abrir mais lojas no restante con-tinente africano”.Para já, parece certo que as intenções passam pela abertura de 90 novas lojas em toda a África Subsariana no prazo de três anos, surgindo, entre os países para os quais a Massmart tem as baterias apontadas, Angola e Nigéria. As informações que chegam revelam que, até ao final do ano, a Massmart irá abrir uma loja alimentar na África Oci-dental com o objectivo de expandir a operação para a África Oriental. Além disso, a intenção parece ser também juntar mais marcas das lojas Walmart de outras partes do mundo à operação afri-cana, incluindo uma linha de vestuário proveniente do Reino Unido. Desde a entrada da Walmart na África do Sul que a expansão da Massmart tem sido fraca, apontando-se os consumido-res sul-africanos sobreendividados como principal razão. Contudo, esse facto não tem sido impeditivo para o maior grupo retalhista do mundo adquirir direitos de propriedade para novas lojas nos mais diversos países. Pattison admitiu, contu-do, que o consumidor na África do Sul irá manter-se sob pressão, revelando, no entanto, que, a longo prazo, o grupo irá

tornar-se cada vez maior no continente.De resto, o CEO da Massmart confir-mou que a companhia tem estado em discussões com retalhistas no Quénia relativamente a possíveis joint-ventures, não avançando quaisquer informações adicionais, especulando-se que o possível parceiro poderá ser a cadeia Naivas. “É no espaço do retalho alimentar que pro-curamos uma aquisição”, avançou Patti-son, revelando um porta-voz da Walmart à Reuters que “a companhia há muito que está interessada no Quénia”.“O interesse da Massmart em investir no Quénia é bem conhecido, e temos tido encontros com vários players importantes no mercado, criando relações”, disse Me-gan Murphy, manager para os assuntos corporativos internacionais, em comuni-cado. Contudo, no mesmo documento, a responsável refere que “não comentamos

aquisições, especulações ou rumores”. Certo é que as análises efectuadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) indicam que, até 2018, cinco das econo-mias com maior crescimento do mundo estarão localizadas na África Subsariana e sete em África. As projecções do FMI antecipam ainda que a economia na Áfri-ca Subsariana crescerá 5,3% este ano e que cerca de 60 milhões de lares em toda a África terão um rendimento superior a 3000 USD por ano, número que deverá aumentar para 100 milhões até 2015. Mas a Walmart não está sozinha nesta busca por novos e mercados rentáveis. Outras companhias norte-americanas, chinesas e indianas colocaram nos seus orçamentos milhares de milhões de dó-lares destinados ao continente africano, com os investimentos a irem desde os mercados de consumo emergentes a

infra-estruturas, que, segundo as expec-tativas e análises, apontam para fortes crescimentos na região.De resto, os números do maior retalhista do mundo impressionam: obteve ven-das superiores a 440 mil milhões USD em 2012, emprega mais de 2,2 milhões de pessoas, tem mais de 200 milhões de passagens nas suas caixas por semana e opera actualmente com 69 diferentes in-sígnias no total de 27 países. Na África Subsariana, a Massmart opera já em 12 países, com 359 lojas.No segundo trimestre de 2013, a Walmart registou vendas de 116,2 mil milhões USD (+2,4%), enquanto, no acumulado do ano, a facturação ascende a 229,6 mil milhões USD (+1,7%). No campo internacional, a Walmart obteve vendas de 32,9 mil mi-lhões USD (+2,9%) e 65,9 mil milhões USD, respectivamente.

O maior retalhista do mundo está a preparar a sua expansão no continente africano. E nos planos está uma entrada no mercado angolano, previsivelmente, até 2016

Walmart em Angola nos próximos três anos

>> Victor Jorge >> DR

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#12Distribuição em Expansão • Setembro 2013

/Spardistribuição

Angola está definitivamente nos radares dos grandes players da distribuição moderna mundial, e a justificar tal situação está,

além do anunciado interesse do maior retalhista mundial – a norte-americana Walmart –, o anúncio da entrada da sul--africana Spar em território angolano. Em declarações à Bloomberg, Mark Go-dfrey, director financeiro do Spar Group, revelou que a companhia está a trabalhar com um parceiro angolano para abrir a primeira loja na capital (Luanda) nos próximos seis meses. “A Spar providenciará apoio logístico e ao nível dos produtos”, disse Godfrey, avançando ainda: “Esta foi uma decisão tomada há algum tempo. Para expandir o nosso modelo de negócio em África, necessitaríamos de experiência local, se-não seria uma completa perda de tempo”, não revelando o director financeiro do retalhista alimentar o nome do parceiro angolano. À medida que o sector do retalho alimen-tar se torna cada vez mais competitivo em solo sul-africano, os grupos estão a ex-

pandir para o restante continente africa-no. Exemplo disso é a Shoprite, maior re-talhista sul-africano, que abriu a primeira loja em Angola em 2003, possuindo 153 pontos de venda fora da África do Sul em 16 países africanos.Outro exemplo é a já referenciada Wal-mart, através do seu “braço” sul-africano Massmart, que possui 44 lojas no conti-nente. Neste caso, houve já uma clara de-claração de intenções pelo CEO da com-panhia, Grant Pattison, ao revelar que a Massmart pretende mudar o seu foco da África do Sul para outros países em terri-tório africano, reconhecendo que os con-sumidores estão a “lutar” para conseguir pagar as dívidas, à medida que o desem-prego começa a alastrar no país, além de a inflação em crescendo estar a “comer” as margens de lucro. Da Europa, os franceses do Carrefour também já iniciaram uma parceria com a CFAO, um player importante no sec-tor em África, para operar em oito países africanos (Camarões, Congo, Costa do Marfim, Gabão, Gana, Nigéria, Repú-blica Democrática do Congo e Senegal),

tendo o chairman da CFAO, Alain Viry, admitido que o objectivo do grupo para os próximos três anos passa pelo desen-volvimento de vários centros comerciais em África, bem como tornar-se no líder do retalho nestas regiões de África com vendas superiores a 1,4 mil milhões USD. Em relação à Spar, trata-se de um opera-dor que, no período de seis meses termi-nado em Março de 2013, tinha alcançado um volume de vendas de 23,9 mil mi-lhões ZAR (rands sul-africanos), corres-pondente a uma subida de 9,6% face aos mesmos seis meses do ano anterior. Para a analista de retalho da SBG Secu-rities, em Joanesburgo, Kirsty Laschinger, “há uma clara alteração na estratégia da Spar relativamente a África nos últimos 18 meses, face ao crescimento da sua pre-sença no continente”. A responsável pela análise ao mercado do retalho da SBG admitiu ainda que “Angola é uma geo-

grafia difícil com um visível aumento da concorrência, mas é uma economia gran-de e, se alguém pretende crescer na África Ocidental, terá de marcar presença nestes grandes países”. Com a economia sul-africana em decres-cendo, o próprio ministro das Finanças da África do Sul, Pravin Gordgan, ad-mitiu recentemente que o crescimento deverá rondar os 2%, em 2013, os analis-tas referem que, com o fornecimento da maioria dos produtos à venda nas lojas em Angola a ter origem na África do Sul, alguns dos produtos serão produzidos lo-calmente, cabendo ao parceiro angolano decidir a velocidade de abertura dos pon-tos de venda. De referir que a Spar está presente tam-bém na Suazilândia, na Namíbia, em Mo-çambique e no Botsuana, detendo ainda 35% da Spar Zimbabué, operação que está a expandir-se para a Zâmbia.

Depois da Walmart, outro grande player parece ter garantido a entrada no mercado angolano. Desta feita, trata-se da sul-africana Spar, que já terá um parceiro nacional para arrancar com a operação

Spar em Luanda dentro de seis meses

>> Victor Jorge >> DR

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#14Distribuição em Expansão • Setembro 2013

/Sonae + JMdistribuição

Jerónimo Martins (JM) e Sonae apresentaram recentemen-te as contas relativamente aos primeiros seis meses de 2013,

verificando-se que ambas registaram in-crementos na facturação face ao mesmo período de 2012.Se do lado da Jerónimo Martins o desta-que vai para a “Joaninha”, do lado da So-nae o realce vai para firmeza da abertura das lojas Continente em Angola no ano 2015, significando um novo adiamento do início da operação do grupo liderado por Paulo Azevedo.No caso do maior retalhista português, a grande responsável pela subida na casa dos dois dígitos foi a operação polaca da Biedronka, cadeia que viu as vendas cres-cerem 17,9% face aos primeiros seis me-ses de 2012.Na realidade, a operação da “Joaninha” é o grande alicerce da operação da Jeró-

nimo Martins – grupo que detém uma parceria técnica com a Score Distribui-ção que recentemente inaugurou a sua primeira loja, Deskontão – verificando--se que é responsável por mais de 65% do total da facturação do grupo liderado por Pedro Soares dos Santos. As vendas da JM aumentaram, global-mente, 12,6%, para 5,643 mil milhões EUR (mais de 7,5 mil milhões USD), no primeiro semestre de 2013. Do lado pola-co vieram 3,693 mil milhões EUR (cerca de 5 mil milhões USD), enquanto a ope-ração portuguesa, em luta com a persis-tente crise de consumo que se verifica no país, cresceu 3,7%, para 1,516 mil milhões EUR (pouco mais de 2 mil milhões USD), com a operação cash & carry do Recheio a manter-se estagnada nos 375 milhões EUR.Para o CEO da Jerónimo Martins, Pedro Soares dos Santos, “o crescimento num

ambiente macroeconómico desfavorável reflecte a forte execução” da estratégia do grupo, bem como a “força competitiva” dos seus modelos de negócio.Para o restante ano de 2013, os responsá-veis da JM indicam que, “tanto na Polónia como em Portugal, o ambiente macroeco-nómico permanece cheio de desafios, e a envolvente competitiva continua intensa”. No entanto, a JM acredita que o desem-penho nos primeiros seis meses do ano, que resultou em crescimentos acima dos mercados com consequente reforço das posições competitivas, “confirma a capa-cidade de todas as áreas de negócio de en-tregar um desempenho forte em tempos difíceis”. Assim, a JM espera que a Biedronka regis-te um crescimento like-for-like acima do mercado, enquanto em Portugal o Pingo Doce “mantém como prioridade aumen-tar a quota de mercado enquanto avança

com um programa de racionalização de custos”. Quanto à operação colombiana da Ara, a JM afirma que a insígnia acabou o semes-tre com 14 lojas, tendo registado a aber-tura de nove lojas no segundo trimestre. Neste caso, o retalhista português afirma que “a equipa continua a desenvolver o relacionamento comercial com os forne-cedores, a conhecer e entender os seus consumidores e a testar o modelo de ne-gócio no mercado”, concluindo que “a res-posta dos consumidores tem sido muito entusiasta, e os resultados iniciais apoiam a nossa perspectiva positiva sobre a opor-tunidade de negócio”.Para o exercício de 2013, a JM espera inaugurar 290 lojas e dois centros de dis-tribuição na Polónia e, em Portugal, um novo centro de distribuição deve ser con-cluído até ao final do ano.Já na Colômbia, o grupo mantém a expec-

Os dois maiores grupos portugueses a actuar no sector do retalho registaram subidas nas vendas durante o primeiro semestre de 2013. Se no caso da Jerónimo Martins a evolução foi na casa dos dois dígitos, já a concorrente Sonae ficou-se por um número mais modesto. Certo é que a entrada do Continente em Angola foi “empurrada” para 2015

Sonae adia novamente entrada do Continente em Angola

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tativa de terminar o ano com mais 30-40 lojas no mercado.De referir ainda que o programa de inves-timento da Jerónimo Martins para 2013 ascende a 600-700 milhões EUR, dos quais 70% serão investidos na Biedronka e cerca de 100 milhões EUR na Colômbia.

MAiS uM AdiAMentoDo lado do maior concorrente da Jeróni-mo Martins, as vendas também cresce-ram, mas a um ritmo menor. Embora o volume de negócios global do grupo não tivesse sofrido alteração, a operação de re-talho alimentar (Sonae MC) registou um aumento de 3% nos primeiros seis meses

de 2013 face a período homólogo de 2012. Responsável por 61% do volume de ne-gócios global gerado pelo grupo liderado por Paulo Azevedo, a facturação da Sonae MC atingiu os 1,584 mil milhões EUR (cerca de 2,1 mil milhões USD). O retalhista destaca o portfólio de mar-cas próprias Continente que “continuam a ter uma grande aceitação por parte dos clientes”, tendo alcançado no período em

análise “uma representatividade de mais de 31% nas categorias de Fast Moving Consumer Goods (FMCG)”. Paulo Azevedo, CEO da Sonae, destaca no comunicado que acompanha a apre-sentação dos resultados do grupo que

estes resultam numa “rentabilidade ope-racional superior e uma maior geração de cash flow, reforçando novamente a es-trutura de capital, apesar da redução dos níveis de consumo”. Na operação de retalho especializado (onde se incluem as insígnias Worten, Sport Zone, MO e Zippy) os resultados foram negativos, reduzindo-se em 8% face aos primeiros seis meses de 2012,

totalizando 518 milhões EUR. O grupo justifica esta performance com o “impacto da evolução macroeconómica nas vendas no mercado ibérico ao longo dos últimos trimestres”. Responsável por 20% da facturação glo-

bal do grupo Sonae, os responsáveis des-tacam o aumento das vendas no mercado internacional, representando já cerca de 29% da facturação da Sonae SR, respon-sabilizando os novos acordos da marca Zippy na Turquia e Arábia Saudita para este reforço.

O grupo destaca ainda que as vendas em lojas franquiadas representam pratica-mente 20% do total das vendas, realçando ainda o acordo assinado para exportação da marca Berg para Israel e Egipto. O maior destaque à margem da apresen-tação dos resultados do primeiro semes-tre de 2013 foi, contudo, o assumir de novo adiamento da chegada do Conti-nente a Angola. Sucessivamente adiada desde a assinatura do acordo com a Condia, detida maio-ritariamente pela empresária Isabel dos Santos, em Abril de 2011, Luís Reis, chief corporate centre officer da Sonae, admitiu que a entrada do Continente em Angola só deverá acontecer em 2015.Numa conversa telefónica com analistas, o n.º 2 da Sonae referiu estar muito op-timista quanto a abrir em 2015, indo as-sim ao encontro do que Paulo Azevedo já tinha afirmado em ocasiões anteriores: “Vamos ter sempre muito cuidado e ar-riscar muito pouco. Confiamos que será possível abrir em 2014, mas preferimos que seja em 2015 e bem , do que em 2014 e com uma operação com menor perfor-mance.”Na realidade, a questão-chave parece estar na performance, ou melhor, como

atingi-la de forma sustentada, já que para Luís Reis “é importante definir um mode-lo muito claro e detalhado com o nosso parceiro, para termos a certeza de que en-tramos com a abordagem certa”, concluin-do que “até agora ainda não foi possível encontrar essa abordagem”.

#15Distribuição em Expansão • Setembro 2013

Vendas Jerónimo Martins – 1.º Semetre 2013

Milhões EUR 2013 % Total 2012 % Total

Biedronka 3 693 65,4 3 133 62,5

Pingo Doce 1 516 26,9 1 462 29,2

Recheio 375 6,6 375 7,5

Ser. Makt, Repr. E Rest. 37 0,7 40 0,8

Outros 22 0,4 1 0

total 5643 5011

Fonte: Jerónimo Martins

Volume de negócios Sonae

Milhões EUR 1S 2012 1S 2013 Var. (%) % Total

Sonae MC 1 535 1 584 3 61

Sonae SR 560 518 -8 20

Sonae RP 60 62 4 2

Sonaecom 407 399 -2 15

Gestão Investimentos 49 50 1 2

Ajustamentos -80 -73 9 0

total 2 531 2 540 0

Fonte: Sonae

Parque de lojas Jerónimo Martins

Número de lojas

2012Aberturas

EncerrmentosParque de lojas

1T 2013 2T 2013 1S 2013 1S 2012

Biedronka 2125 22 40 3 2184 1941

Pingo Doce 372 1 0 0 373 371

Recheio 41 0 0 0 41 41

Área de venda (m2)Número de lojas

2012Aberturas

EncerrmentosParque de lojas

1T 2013 2T 2013 1S 2013 1S 2012

Biedronka 1 301 006 15 463 26 009 -3 675 1 346 154 1 159 369

Pingo Doce 452 588 1 183 0 -404 454 175 451 337

Recheio 129 295 0 0 0 129 295 128 670

Fonte: Jerónimo Martins

Parque de lojas Sonae

Número de lojas 2012 1T 2013 2T 2013

Retalho alimentar 440 439 442

Retalho especializado 537 526 523

Gestão de investimento 74 74 72

total 1 051 1 039 1 037

Área de venda (‘000 m²)Número de lojas 2012 1T 2013 2T 2013

Retalho alimentar 554 555 558

Retalho especializado 415 409 407

Gestão de investimento 62 62 60

total 1 032 1 027 1 026

Fonte: Sonae

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#16Distribuição em Expansão • Setembro 2013

/Cidade mais caradistribuição

Comer um hambúrguer ou beber uma Coca-Cola em Luanda, ca-pital de Angola, é dispendioso. Ou, melhor, muito dispendioso.

Tal como comprar um par de calças de ganga ou um simples litro de leite. Mas onde Luanda se destaca realmente, fazendo com que a cidade volte a liderar o Cost of Living Survey 2013 da consultora Mercer, é no preço das casas (ver quadro).Depois de, em 2011, liderar o ranking e ter deixado a liderança entregue à capital japonesa (Tóquio) em 2012, Luanda re-gressa ao primeiro lugar, que tem como base os preços praticados na cidade norte--americana de Nova Iorque.De acordo com Marder Barb, senior par-tner da Mercer e global mobility practice leader da consultora, “os acontecimentos mundiais recentes, incluindo convulsões

económicas e políticas, que resultaram em flutuações cambiais, inflação de custos de bens e serviços e volatilidade nos preços do alojamento, impactaram estas cidades, tornando-as caras”. E adianta mesmo que, “apesar de ser um dos maiores produto-res de petróleo de África, Angola é um país relativamente pobre e dispendioso para expatriados, já que as mercadorias importadas podem ser caras. Além disso, encontrar casas em locais seguros e que vão ao encontro dos padrões de vida dos estrangeiros pode ser difícil e muito caro”.Mas não se pense que esta realidade é um exclusivo de Angola e Luanda. “Um recen-te estudo de mobilidade global da Mercer mostra que todos os diferentes tipos de missões internacionais estão em ascensão. Dado o número crescente de viajantes de negócios e expatriados de longo prazo, as

empresas mantêm um olhar atento em relação ao custo de vida para expatriados em diferentes cidades do mundo”, revelan-do Barb que “as organizações precisam de avaliar o impacto das flutuações cambiais, inflação e instabilidade política ao enviar

os seus funcionários em missões para o exterior, garantindo, contudo, que ofere-cem e facilitam o necessário para obter os resultados de negócios através da oferta de pacotes de compensação justos e com-petitivos”.

Luanda volta a ser a mais cara

>> Victor Jorge >> DR

As cidades mais caras do mundo

Cidade País 2013 2012 2011

Luanda Angola 1 2 1

Moscovo Rússia 2 4 4

Tóquio Japão 3 1 2

N'Djamena Chade 4 8 3

Singapura Singapura 5 7 8

Hong Kong Hong Kong 6 9 9

Genebra Suíça 7 5 5

Zurique Suíça 8 6 7

Berna Suíça 9 14 16

Sydney Austrália 10 11 14

Fonte: Mercer

Comparação do custo de vida (em USD)

Cidade Luanda Moscovo Tóquio N'Djamena Singapura Hong Kong Genebra Zurique Berna Sydney

Aluguer de luxo de apartamento com 2 quartos desmobilado (por mês) 6 500,00 4 600,00 4 513,34 n.d. 3 794,94 7 091,69 4 349,74 3 914,77 2 686,51 2 551,42

Aluguer de luxo de vivenda com 3 quartos desmobilada (por mês) 15 000,00 8 000,00 7 199,86 2 244,62 7 266,91 13 538,68 7 068,33 5 980,89 n.d. 5 163,64

Bilhete de cinema para estreia de filme internacional – 1.ª fila 10,42 11,60 19,34 n.d. 9,28 11,60 18,48 20,66 18,95 19,62

Par de calças de ganga 204,41 169,31 135,40 n.d. 129,11 115,92 141,26 141,26 138,00 113,55

1 edição de jornal diário internacional 5,42 9,95 5,37 6,94 3,63 3,87 4,35 4,35 4,35 6,20

1 chávena de café, incluindo serviço 3,88 8,29 6,98 3,06 4,84 5,67 6,52 5,98 4,68 5,16

Refeição de hambúrguer fast food 20,06* 6,47 7,31 25,51* 5,61 3,54 12,51 12,51 12,51 9,20

1 litro de gasolina , sem chumbo, 95 octanas 0,63 1,04 1,74 0,98 1,76 2,23 2,02 2,02 2,02 1,51

1 litro de leite gordo pasteurizado 3,18 7,59 3,05 2,75 2,62 3,12 1,74 1,74 1,74 2,67

1 litro de refrigerante 2,14 1,77 1,92 1,63 1,13 1,02 1,60 1,60 1,60 2,15

Fonte: Mercer; * Em Luanda e N’Djamena, esta categoria foi substituída por uma refeição composta por uma sandes e um refrigerante, dada a inexistência de restaurantes fast food Mais caro Mais barato

O mais recente estudo da Mercer coloca Luanda como a cidade mais cara do mundo, depois de, em 2012, ter descido para o 2.º lugar. A renda dos imóveis é um dos factores que mais contribuem para esta realidade

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#18Distribuição em Expansão • Setembro 2013

/IPC/IPGdistribuição

A inflação ao consumidor na ci-dade de Luanda, medida pelo Índice de Preços ao Consumi-dor (IPC), recuou para 0,52%

em Julho em relação ao mês anterior, uma desaceleração a ter em conta se compa-rada com a taxa de 0,87% registada em Maio último. A análise da revista Distribuição em Ex-pansão resulta da comparação de indica-dores do IPC, fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), relativos, principalmente, aos meses de Maio e Ju-lho.

Na avaliação desta revista, os consumi-dores da cidade capital gastaram menos dinheiro nas oito classes de despesas que se seguem, de um total de 12, designada-mente, alimentação, bebidas alcoólicas, vestuário, habitação, saúde, lazer, hotéis e bens e serviços.No mesmo sentido, os grupos acima ci-tados registaram redução conforme se segue: “Alimentação e Bebidas não Alco-ólicas, de 0,93% para 0,64%”, “Bebidas Al-coólicas e Tabaco, de 0,61% para 0,45%”, “Vestuário e Calçado, de 0,91% para 73%”, “Habitação, Água, Electricidade e Com-

A inflação na capital do País desacelerou para 0,52% em Julho face a Junho, mas representa uma diferença de 0,35 pontos percentuais ante a taxa registada em Maio passado, com oito dos 12 grupos que compõem o cabaz do índice a apresentar redução na taxa de variação

Custo de vida na capital desacelera em dois meses

>> Caco Ferraz >> DR

VariaçõesGrupo Variação (%) Maio Variação (%) Julho

Alimentação 0,93 0,64

Bebidas Alcoólicas 0,61 0,45

Vestuário 0,91 0,73

Habitação 1,29 0,16

Saúde 0,80 0,36

Lazer 1,39 0,41

Hotéis 1,06 0,43

Bens e serviços 0,89 0,49

Índice Geral 0,87 0,52

Fonte: INE/IPC Julho 2013

Preços médios de alguns produtos seleccionadosProdutos

seleccionados Unidade de medida Preço Kz (Maio) Preço Kz (Julho)

Arroz corrente (*) 292,63 286,99

Carne seca de vaca Monte médio 1635,12 1525,17

Peixe cachucho (**) 2354,68 2252,91

Peixe carapau (**) 2669,15 2499,96

Leite em pó Lata de 2270 gr 3136,94 3136,24

Óleo de palma 1 Litro 685,23 675,90

Óleo de soja 1 Litro 442,54 441,61

Jimboa 1 Atado 133,43 133,20

Tomate (**) 869,87 858,72

Feijão amarelo (*) 657,29 655,40

Açúcar branco Lata de 900 g 274,20 266,28

Vinho tinto Garrafa de 75 cl 1394,62 1388,11

Cerveja branca Garrafa de 310 ml 103,36 103,24

Fonte: INE/IPC Julho 2013Nota: São preços médios de cerca de 20 mercados e 100 lojas e estabelecimentos em toda a província de LuandaLegenda:* = UM nos mercados é lata e nas lojas é 1 kg** = UM nos mercados é pedaço ou monte e nas lojas é kg

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bustível, de 1,29% para 0,16%”, “Saúde, de 0,80% para 0,36%”, “Lazer, Recreação e Cultura, de 1,39% para 0,41%”, “Ho-téis, Cafés e Restaurantes, de 1,06% para 0,43%” e “Bens e Serviços Diversos, de 0,89% para 0,49%”.Entre as oito classes de despesas que in-fluenciaram na desaceleração do índice, o movimento mais expressivo foi obser-vado na classe “Bens e Serviços Diversos”, comparativamente às demais, cuja taxa passou de 0,89% para 0,49% ao perfazer uma diferença de 0,4 pontos percentuais de Maio para Julho.Entretanto, os grupos mobiliário (de 0,82% para 0,85%) e transportes (de 0,30% para 0,44%) apresentaram acele-ração, mas insuficiente para contrapor o peso dos oito grupos que mexeram com o índice geral de preços. No entanto, as classes de despesas comunicações e edu-cação mantiveram indicadores nulos nos respectivos meses.O INE calcula mensalmente a variação de preços para o consumidor na província de Luanda, mas o índice não revela quantos salários mínimos ganham as pessoas que considera para a avaliação.A inflação na rede grossista da cidade de Luanda, medida pelo Índice de Preços Grossistas (IPG), avançou para 0,52% em Julho, ante a taxa de 0,41% registada em Junho. Nos quadros ilustrados, constam

os preços médios de produtos nacionais e importados que observaram maior varia-ção de preços.Em Julho do presente ano, os preços dos produtos nacionais aumentaram em 0,82%, comparados com os de Junho, se-gundo o INE, onde a categoria Pesca foi a que maior aumento de preços registou, com 1,50%. Os produtos que tiveram maior variação de preços neste grupo foram a corvina (6,02%), a sardinha (1,87%), o cachucho (1,05%) e o cacusso (0,90%). No mesmo sentido, os preços dos pro-dutos importados tiveram um aumento de 0,49%, em Julho, influenciado, basica-mente, pela variação de preços verificada na categoria Agricultura, produção ani-mal, caça e silvicultura, com 0,50%. Os produtos que mais aumentaram de preço foram: limão (4,85%), maçã (2,12%), laranja (1,07%), milho em grão (0,81%), cebola (0,59%), repolho (0,56%), cenouras (0,50%), feijão castanho (0,35%) e ovos (0,33%), entre os principais.Segundo o INE, a inflação global de Julho passado foi de 0,56%, sobre o qual a con-tribuição dos produtos importados teve maior participação, com 0,39 pontos per-centuais, cerca de 69%, enquanto a con-tribuição dos produtos nacionais foi de 0,17 pontos percentuais, o que correspon-de a 31% do valor da inflação global.

#19Distribuição em Expansão • Setembro 2013

Grossistas sobem preços de produtos nacionais

Preços médios dos produtos nacionais com maior variação Produto Unidade de medida Preço médio Variação (%)

Calças Um par 4.445 14,32

Caixa de plástico (grade) Unidade 1.200 13,562

Sabão em barra Cx. 25 barras 1 kg cada 4.015 12,15

Cebola Saco de 10 kg 1.725 9,64

Colchão de espuma Unidade 4.988 8,69

Guardanapos de mesa Cx. de 62 embalagens 7.780 7,47

Chapa de lusalite Unidade (1,80 por 1,09) 3.344 7

Bicicleta Unidade 13.836 6,46

Cabrito vivo Um (médio) 16.488 6,38

Madeira contraplacada 5 metros 3.500 6,06

Corvina kg 601 6,02

Bolacha de água e sal Cx. de 24 pacotes 1.799 6,02

Leite fresco de vaca Um litro 204 5,89

Limão Monte médio de 5 a 7 252 5,84

Tubo preto PVC 6 metros (60 x 40 x1,5) 2.391 5,83

Farinha de milho Saco 50 kg 4.436 5,64

Aguardente Cx. de 12 litros 2.368 5,49

Milho 50 kg 12.736 4,94

Cerveja nacional Grade de 24 unidades 1.711 4,48

Maçã Monte médio de 3 a 4 417 4,08

Colchão de molas Unidade 16.145 3,31

Abacaxi Unidade média 327 3,29

Cama de metal Unidade 15.456 3,13

Insecticida Embalagem de 6 unidades 1.137 2,78

Chapa de zinco Unidade (0,4 x 840 x 3) 1.100 2,72

Laranja Monte médio de 5 a 7 308 2,67

Oxigénio m3 419 2,66

Cabelo postiço Caixa de 100 postiços 11.452 2,45

Sardinha kg 175 1,87

CD gravado Unidade 1.136 1,83

Verniz para madeira 3 litros 4.614 1,82

Cadeira de plástico Unidade 1.449 1,77

Arca Unidade de 350 litros 45.802 1,67

Café torrado Saco de 25 kg 5.260 1,65

Beliche Unidade 21.348 1,63

Gin Caixa de 12 litros 2.985 1,53

Gado bovino Cabeça (média) 63.153 1,44

Arroz corrente 50 kg 5.708 1,44

Cachucho kg 445 1,05

Carne de cabrito Uma perna 2.156 1,01

Cacusso kg 656 0,9

Manga Monte médio de 3 a 4 271 0,81

Gasosa nacional Grade de 24 unidades 1.274 0,73

Caixão funerário Unidade 71.330 0,7

Colher de mesa Unidade 460 0,69

Janela de madeira Unidade de (80 x 80) 8.928 0,55

Panela de alumínio Unidade de 5 litros 2.698 0,45

Tijolito Unidade 56 0,4

Fonte: INE/IPG Julho 2013

Preços médios de alguns produtos importados com maior variação Produto Unidade de medida Preço médio Variação (%)

Vinho tinto Cx. de 12 unid. 750 ml cada 8.394 13,45

Sardinha Cx. de 50 latas de 125 g cada 5.738 13,21

Motorizada Unidade 91.828 12

Toalha de mesa Unidade de 78 78 cm 3.450 10,88

Cigarro Um volume de 20 maços 3.217 10,49

Verniz Um frasco 1.662 9,7

Bomba de ar (de pé) Unidade 3.335 9,52

Liquidificador Unidade 5.636 8,67

Rolamento cubo Unidade 4.689 7,75

Champô Frasco de 250 ml 1.447 7,71

Gasosa Grade de 24 unid. 330 ml cada 1.724 7,17

Óleo para motor Bidon de 5 litros 3.661 7,1

Toalha Unidade 150×250 mm 3.263 5,51

Limão 15 kg 445 4,85

Tábua de engomar Unidade (48×15) 4.942 4,17

Macaco hidráulico Unidade 6.800 4,14

Fruta em calda Caixa de 24 unid. 400 g cada 3.731 3,66

CD gravado Unidade 1.327 3,33

Marcador Estojo de 6 unidades 547 3,12

Boneca Unidade 2.330 2,86

Caderno Embalagem de 10 unid. 722 2,71

Oxigénio m3 484 2,69

Vela iluminante Cx. de 62 embalag. 6 unid. cada 3.071 2,53

Alimentação de crianças (farinha láctea)

Cx. de 12 Pacotes de 500 g cada 5.563 2,45

Fonte: INE/IPG Julho 2013

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#20Distribuição em Expansão • Setembro 2013

ADN da Distribuição

Uma das conclusões mais interessantes de um estudo efectuado sobre as práticas de localização de retalhis-tas ingleses, apresentado por McGoldrick, é a de que a maior parte das técnicas sofisticadas existentes acaba

por não ser usada pelos retalhistas, tendo estes preferido usar listas dos factores de localização (checklists) que consideram mais adequados e práticos para avaliar o potencial comercial de novas áreas comerciais. Sem pretender invalidar a utilidade deste método prático, considero, no entanto, que a checklist deve ser apenas um ponto de partida de um processo de avaliação de uma localização, e nunca um fim em si mesmo, uma vez que, embora fornecendo as perguntas, raramente dá as respostas. Sendo a geodemografia o estudo das características da popu-lação de uma determinada região, logo dos seus consumidores, o conhecimento das suas variáveis será fundamental para selec-cionar os segmentos do mercado-alvo que os distribuidores pre-tendem atingir. A primeira dessas variáveis é constituída pela zona de influência, ou seja, toda a área geograficamente delimitada que contenha potenciais consumidores de bens e serviços, reportada a um ponto de venda ou a um conjunto de pontos de venda. A sua delimitação implica uma relação espaço-tempo que ainda a sub-divide em zonas de influência primária, secundária e terciária. A zona primária inclui 50% a 80% dos potenciais consumidores do ponto de venda e fica compreendida por uma linha isócrona que circunscreva uma distância máxima de 10 minutos em trajecto automóvel dentro dos limites de velocidade previstos na lei. É a zona envolvente mais próxima da loja, a que possui a mais el-evada densidade populacional e compreende uma percentagem adicional de 15% a 20% de potenciais clientes mais dispersos e situados a uma distância compreendida entre 10 e 20 minu-tos em percurso automóvel, enquanto a zona terciária inclui os restantes clientes potenciais e estende-se por uma área de per-curso automóvel compreendida entre 20 e 30 minutos. Existem diversos métodos de delimitação destas zonas, nome-adamente o designado por Lei de Reilly ou Teoria da Atracção do Retalho ou do Ponto de Indiferença, sendo este último con-siderado o ponto geográfico situado entre duas localidades face ao qual seja indiferente para os consumidores deslocarem-se às lojas de uma ou de outra localidade para se abastecerem. Esta teoria, baseada num modelo gravitacional (e também chamada, por isso, Lei de Gravitação do Comércio Retalhista), deve o seu nome a William I. Reilly e foi posteriormente desenvolvida por Paul Converse. É a seguinte a sua formulação: «Em condições normais, o comércio situado em duas localidades atrai os consu-midores na razão directa das respectivas populações e na razão inversa do quadrado das distâncias.» Um outro método conhecido é a Lei de Huff, ou Teoria da Atracção do Consumidor, que assenta nas variáveis de sortido, tempo de deslocação e tipos de produtos mais procurados pelos consumidores. Foi desenvolvido em 1962 por David L. Huff e funda-se no princípio de que a probabilidade de escolher uma certa loja é igual ao valor de utilidade dessa loja em relação à soma total das utilidades de outras lojas possivelmente consid-eradas pelos consumidores. Após a delimitação da zona de influência, é necessário identificar

e conhecer o potencial de mercado dessa zona, ou seja, o seu volume total de vendas e de consumo; para o conhecer, devem ser efectuados estudos de mercado, que vão avaliar o potencial de vendas das novas lojas a localizar nessa zona de influência, determinando a procura que nesse mercado poderão suscitar os bens e serviços que comercializam junto dos consumidores nela residentes.Este mercado teórico ou potencial pode respeitar a determi-nados bens específicos ou a um conjunto variado de bens e serviços, consoante o ponto de venda em apreço seja especiali-zado ou generalista. Para calcular o valor do mercado potencial dessa zona comercial, é fundamental determinar o número de possíveis consumidores que nela residem ou trabalham e o valor gasto por esses consumidores na aquisição de um produto con-creto, numa linha de produtos ou num determinado cabaz de produtos. Mas, como há (e muita) concorrência, sempre que mais do que uma loja compete no mesmo mercado ou segmento de mercado, o valor desse mercado potencial terá de ser dividido pelas out-ras lojas que, na mesma zona de influência, comercializam igual produto.Daí que o estudo de mercado deva também abranger o estudo da concorrência levantando e analisando as características com-erciais de todos os estabelecimentos similares situados na zona de influência (ou fora dela, mas com suficiente capacidade de atracção) de modo a conhecer com o maior rigor possível, por um lado, a quota de mercado, ou seja, a relação entre o mercado da loja e o mercado real dos produtos (e que pode ser medida e expressa em quantidade ou em volume de vendas) e, por outro, a quota de mercado disponível, ou seja, a parte da clientela po-tencial total que cada loja retém, ou pode vir a reter, como sua clientela real. Para o conseguir, há que atender ao nível e à actividade comer-cial de cada loja, à distância a que se encontram umas das outras, às respectivas superfícies de exposição e venda, assim como à imagem que cada uma possui perante a clientela, em função da apreciação que esta faz dos factores de atracção oferecidos. O estudo da concorrência deverá ainda fornecer resultados que permitam aferir o limiar de saturação, ou seja, o nível de implan-tações dos pontos de venda a partir do qual toda e qualquer nova implantação implicará a curto ou médio prazo, mantendo-se as mesmas condições concorrenciais, a cessação de actividade de um ou mais concorrentes. Para o determinar, dever-se-á dividir o volume de negócios médio por metro quadrado do conjunto total de pontos de venda pelo valor do mercado potencial da zona de influência (consumo/habitante vezes total/habitantes) e multiplicar o valor obtido pela superfície total de pontos de venda existentes. Existe, porém, o fenómeno do outshopping, que actua como um elemento crítico desvirtuador da análise do mercado potencial e que ocorre sempre que os potenciais consumidores duma zona de influência se deslocam para lojas situadas fora dessa zona para efectuar as suas compras, por considerarem que aí são mais bem servidos em termos de sortido, qualidade ou preço. O out-shopping afecta sobretudo as lojas de comércio tradicional e os seus efeitos negativos só poderão ser reduzidos ou eliminados se

5.º Gene LOCALIZAÇÃO (2.ª parte)

José António RousseAu, Docente, consultor e especialista em Distribuição Modernawww.rousseau.com.pt

este tipo de comércio souber minimizar a importância do preço diferenciando-se por meio de uma aposta firme na quali-dade do sortido e dos serviços. Por fim, a localização do ponto de venda pode ser excelente sob todos os pontos de vista, mas os seus custos, sendo ex-cessivos, podem inviabilizar a sua renta-bilidade. Entre esses custos, contam-se, nomeadamente, o custo do terreno ou, se o imóvel já existir, o do valor da renda, do trespasse ou da compra; os custos do projecto e da construção, que inclui eventuais demolições, terraplenagens, obras de construção civil (como criação de parques de estacionamento e acessos rodoviários); as despesas com indemni-zações ou contrapartidas a outras enti-dades, tais como autarquias locais e asso-ciações desportivas, sociais ou culturais. Naturalmente que, nos últimos anos, com a evolução tecnológica que permitiu desmaterializar a loja física, a questão da localização perdeu alguma da sua im-portância, mas continuamos a assistir hoje às grandes marcas internacionais, como a Zara e muitas outras, a só abri-rem as suas lojas em localizações privi-legiadas fazendo do factor localização o eixo principal da sua estratégia de expan-são.

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#22Distribuição em Expansão • Setembro 2013

/Produção nacional

Aintrodução da Pauta Aduaneira, novas taxas e obrigatoriedade de análises laboratoriais têm por finalidade impulsionar a

produção nacional angolana. Embora se saiba que esta não nasça nem esteja dis-ponível de um dia para o outro, são várias as opiniões que admitem que o processo

tem de começar rapidamente. A revista Distribuição em Expansão foi ouvir cinco opiniões de quem está no terreno e lida com esta problemática diariamente.

A questão da produção nacional em Angola está, novamente, na ordem do dia, com vários sectores a estar na linha da frente. A dependência das importações é vista como um handicap para a economia do País e deverá ser alvo de uma revisão profunda de modo a dar primazia ao “Produzido em Angola”

pro

du

ção

Produção nacional: qual, como, onde e quando?

>> Victor Jorge >> DR

1 Que políticas/medidas/incentivos se devem tomar para impulsionar a produção nacional de bens

alimentares em Angola?

2 Existindo várias lacunas na produção nacional de bens alimentares em Angola, identifique três

que deveriam ser as prioritárias numa primeira fase. Qual a razão da sua escolha?

3 Quais os produtos em que deveriam recair as prioridades da produção nacional em Angola e

quais terão maior sucesso? Identifique três, por favor.

4 Este processo deve seguir a máxima de que o Estado deve incentivar e o privado desenvolver e

agir? Que papel podem e devem ter os grupos de distribuição/retalho neste processo?

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#23Distribuição em Expansão • Setembro 2013

28Ensino puxa agro-indústria ao currículo académico

pág.

1Para impulsionar a produção local de bens alimentares no País, em primeiro lugar devemos assegurar a oferta de infra-

estruturas básicas de apoio à produção e ao escoamento, nome-adamente água, energia, estradas e telecomunicações; em segundo lugar devemos garantir crédito adequado para os produtores, jun-tamente com programas de formação, e em terceiro lugar assegu-rar o escoamento da produção, devendo ser o Estado o primeiro a comprar nos nacionais e manter algum proteccionismo aduaneiro.

2a) Os consumidores (famílias) devem ser educados a preferir consumir a produção nacional; b) Os grandes consumidores

públicos (forças armadas, polícia, hospitais, escolas, cadeias, etc., devem direccionar as suas compras prioritariamente para os

produtores nacionais; c) As grandes superfícies comerciais devem firmar acordos de fornecimento com os produtores nacionais ou associações de produtores nacionais para garantir o escoamento da produção.

3Certamente os produtos essenciais e de consumo massivo com grande peso nas nossas importações. Refiro-me aos alimentos,

ao vestuário e calçado e aos materiais de construção.

4Os retalhistas e grossistas devem ser o garante para o es-coamento da produção nacional, devem priorizar as compras

nacionais, firmar acordos de fornecimento com os produtores, praticando margens comerciais justas.

1Pensamos que deve existir uma política de incentivo ao cam-ponês com a distribuição racional e tecnicamente estudada de

sementes e plantas a preço zero mediante um contrato, para que na colheita os mesmos tenham de entregar, no sector que controla, o mesmo peso, ou outro a estudar, do produto recebido. Assim começamos a criar hábito de se fazer mais agricultura.

2Acreditamos que os cereais teriam todas as vantagens em terem grandes incentivos. Pela razão de depender dos cereais

o nosso grande salto na produção de animais para consumo, pecuária, produzindo ração animal em quantidade suficiente para

o nosso consumo e não dependermos da importação.

3Milho, soja, amendoim e arroz.

4O Estado deve obrigar as suas direcções de compras, Exército, Interior, etc., a dar todo o apoio ao distribuidor de produtos

nacionais mediante contratos em quantidades e datas a entregar, criando dificuldades ao produto importado.O sector privado da distribuição tem todas as vantagens em vender o produto mais fresco e com menos quebras.

Licínio Contreirasconsultor do ministro da Economia e líder do programa “Feito em Angola”

Manuel Pinheirodirector-geral da Martal

Impacto projectado das mudanças climáticas na produção agrícola.

Mudança na produtividade agrícola entre 2003 e 2080

Fonte: Cline W., 2007, Global Warming and Agriculture Sem informação

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#24Distribuição em Expansão • Setembro 2013

/Produção nacionaldistribuição

1As políticas, as medidas e os incentivos que se devem tomar para impulsionar a produção nacional de bens alimentares em

Angola são diversos e de capital importância, para que o País volte a ser, como já foi, auto-suficiente neste domínio.Sumariamente, destacam-se as políticas de logísticas de armaze-namento, conservação e transporte; a formação profissional nas áreas de agronomia e pecuária; a posse da terra; o acesso ao crédito; políticas fiscais de protecção à produção nacional; políticas de sub-stituição de importações; seguros de colheitas; políticas de fileira para os diferentes sectores de actividade agro-pecuária, como a avicultura, suinicultura, pecuárias, fruticulturas, legumes e cereais.Em primeiro lugar, uma vez que se trata de bens, na sua maioria, perecíveis, haverá que criar uma adequada rede de escoamento, conservação e distribuição.Caso contrário, e como de resto já se tem verificado, os bens ag-rícolas estragam-se, e deitam-se fora quantidades enormes de ali-mentos fundamentais para a população angolana.Assim, a primeira política a implementar, seria relativa à respectiva logística de armazenamento e de transporte.Em paralelo, deverá ser implementado um adequado programa de formação profissional neste domínio e de valorização desta activi-dade, quer económica, quer socialmente. De resto, antigamente já existiam boas escolas de agronomia e pecuária, que há que recriar e desenvolver outras.Devem também ser desenvolvidas políticas ao nível da posse da terra, facilitando o seu acesso a agricultores capazes e empresári-os que sejam competentes e queiram desenvolver programas de produção agrícola sustentados, necessários ao País e que apre-sentem capacidades de gestão técnica. O acesso ao crédito, quer ao crédito clássico da banca comercial, quer ao microcrédito, é fundamental para o desenvolvimento da economia nacional em geral e do sector primário em especial.O caso concreto do microcrédito é uma janela de oportunidades para que aqueles que normalmente não teriam acesso ao crédito tradicional da banca possam ter uma chance para mudar a vida.Os seus requisitos são mínimos e a celeridade e simplicidade são adequadas a este público-alvo. De resto, as experiências de outros países, como Bangladeche, são um bom exemplo disso.Deverão existir mesmo incentivos governamentais no domínio do crédito para o desenvolvimento destes sectores, quer em termos de taxas de juros, quer de períodos de carência, que poderão ser de dois a três anos, e de prolongamento de prazos de pagamento, que poderão ser de sete a dez anos, por forma a dar tempo para o ar-ranque e desenvolvimento destes projectos de agro-pecuária. Mas tudo com um controlo adequado.Devem ser criadas políticas fiscais proteccionistas, de modo a in-centivar a produção nacional, quer ao nível dos vários impostos e

taxas existentes, quer no âmbito da para-fiscalidade, ou seja, no âmbito da segurança social.De igual modo, devem ser criadas barreiras aduaneiras, pelo menos numa primeira fase, à semelhança do que muitos países fizeram, para dar tempo para a produção nacional se desenvolver e implantar, enraizando o slogan: “O que é angolano é bom!”.Só dessa forma se poderá prosseguir, paulatinamente, com uma política de substituição de importações, para que se passe a pro-duzir internamente, nesta terra riquíssima de potencialidades, aq-uilo que hoje em dia se importa.E, numa fase seguinte, haverá que passar mesmo a exportar os nossos excedentes, para que a riqueza em cima da terra passe a contribuir para as mesmas e não apenas a riqueza debaixo da terra.Também, simultaneamente, se deverá criar uma forte indústria ali-mentar e pecuária que promova também o adequado escoamento destes produtos.Por último, o Estado deverá criar, em parceria com as segurado-ras, um sistema de “seguro de colheitas”, que tenda a minimizar o risco da produção agrícola, já que estamos na presença de uma actividade a céu aberto.

2/3 Dentro das várias lacunas que existem actualmente na produção de bens alimentares em Angola, os que con-

sideramos prioritários numa primeira fase são o arroz, o milho, a soja, a mandioca e a batata.O arroz, por ser um alimento muito completo e de fácil produção em Angola.O milho/soja, devido a constituírem a base para a produção da ração nacional, pois sem rações não se pode competir com a im-portação, nomeadamente, de carne de frango e porco.

4O Estado pode e deve criar as condições de base, com as refer-idas políticas, medidas e incentivos, nomeadamente ao nível

do crédito, da fiscalidade, da posse da terra, etc., mas deverá deixar à iniciativa privada a tarefa da produção agro-pecuária em Angola. O seu papel deverá se supletivo.De realçar ainda que os grupos de distribuição e de retalho deverão ter um papel muito importante na logística da comercialização da produção agro-pecuária, e simultaneamente devem ser criados mecanismos que impeçam situações de oligopólio.Isto porque, se existirem apenas dois ou três grupos que controlem uma grande percentagem da distribuição e até da produção, tal facto acabará por ser prejudicial à sã concorrência do mercado e irá sempre prejudicar a parte mais fraca: o agricultor.Mas, com as fabulosas potencialidades que Angola tem neste domínio, será possível uma estratégia win-win, em que todos gan-hem.

Judite Correiaadministradora executiva da FacilCred

1Criar políticas de compras e vendas de produtos nacionais, abrin-do ao produtor um importante canal de comercialização; au-

mentar a tarifa de exportação de produtos nacionais com qualidade.Formação técnica sobre o manuseamento das tecnologias de produção agropecuária.Mobilização dos técnicos e líderes das Associações e Cooperativas com vista à diversificação das culturas.Selecionar as Associações/Cooperativas com índice elevado de produção, de modo a beneficiarem de insumos, inputs, máquinas de produção e transformação de produtos agrícolas.

2Cultivo da produção de cana-de-açúcar para satisfazer as necessidades do consumo nacional; produção de alimentos

agropecuária que permitirá elevar o nível e a qualidade de vida da

população; produção de cultivo de cereais (milho e arroz). A razão da escolha é por fazerem parte dos produtos essências da cesta básica.

3As prioridades da produção nacional devem recair na diver-sificação da produção agrícola para satisfazer as necessidades

alimentares da população. Terão maior sucesso a produção de fei-jão, milho e mandioca.

4Na nossa óptica, como representante legal dos camponeses angolanos, defendemos que deve haver uma conjugação de

esforços para o desenvolvimento do processo agrícola.O papel dos grupos de distribuição deve recair nos retalhistas para que o processo seja mais abrangente.

Albano da Silva LussatiVice-Presidente da União Nacional das Associações de Camponeses Angolanos (UNACA)

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#25Distribuição em Expansão • Setembro 2013

Rui Catalodirector-geral da Casa dos Frescos

Jorge Batistapresidente da Associação dos Empreendedores de Angola (AEA)

1Penso que uma das principais políticas é o incentivo à produção nacional, sem esquecer que se deve potenciar o

sector primário a começar a extrair o que tem de bom na terra. Angola tem solo fértil e mar abundante. O acesso ao crédito bon-ificado e o acompanhamento dos projectos financiados devem ser uma realidade.

2Primeiro, os projectos devem ser bem escolhidos, e os fornece-dores também. Depois, preparar recursos humanos capazes de

garantir a qualidade da produção.

3Processamento alimentar de produtos agrícolas nacionais, processamento de pescado, processamento e transformação de

frutas em polpa e sumos.

4Devem promover e fomentar o surgimento de empresas nacionais ou internacionais a produzirem localmente estes

serviços.

1Começando com a base. Para produzir em Angola, temos de ser muito corajosos, não existem infra-estruturas capazes

de permitir ser competitivo. Custo de energia, água e segurança são o maior obstáculo em termos de operacionalidade. Não ha-vendo matérias-primas das mais simples, como caixas para colo-car o produto (matéria-prima importada). O sistema burocrático também não facilita muito, há muitas dificuldades criadas para poderem vender facilidades.

2a) Agroalimentar. Com o clima e quantidade de água que este País tem, devíamos estar a exportar, e não a importar. Para isto

tem de haver incentivos para criar postos de trabalho e colocar este País a produzir novamente.b) Agropecuária. Não é fácil, mas há uma potencialidade enorme. Temos de fazer parcerias com países que possam formar e cooperar com os empresários, tipo Botsuana, que é o nosso vizinho.c) Pescas. Há uma falta enorme de peixe, e temos o mar ao nosso lado. Incentivos para a pesca e com distribuição nacional.

3Sem dúvida, neste momento, é a cerveja que tem a maior fatia da produção nacional, mas, na minha opinião, as águas, os su-

mos e os refrigerantes têm um potencial enorme. Devem convidar outros fabricantes mundiais para se instalarem em Angola para haver concorrência e ser melhor para o consumidor final. Frutas e legumes podem, também, ser uma boa oportunidade.

4Se o Estado criar condições e procurar soluções junto de investidores que queiram trabalhar para melhorar este País,

pode ser uma alternativa. Arranjar mão-de-obra qualificada é muito difícil, e conseguir legalizar pessoal que vem de fora para formar é, além de muito caro, muito difícil. Ainda não entender-am que normalmente um “expatriado” vem dar emprego a muitos nacionais. Se fosse mais fácil trabalhar, a distribuição investia mais e em mais sectores, mas somos o segmento mais punido. Temos uma quantidade de inspecções, e há regras diferentes para cada. O informal pode fazer tudo e mais alguma coisa, e a desculpa “é cultural”.

1A primeira medida seria, sem dúvida, melhorar as condições de investimento e produção em Angola, por exemplo, através da

redução dos direitos sobre matérias-primas ou produtos intermédios. Por outro lado, se o modelo de exportação para Angola fosse menos rentável para os produtores internacionais, através do au-mento das taxas aduaneiras, por exemplo, poderíamos evoluir de um modelo de grandes importadores para um tecido de indústrias locais mais fortes.

2Em primeiro lugar, a Formação: ainda não existem quadros suficientes para as necessidades do país. Em segundo lugar, a

Investigação: é fundamental saber quais as condições de produção ao nível de solos, pragas e como as controlar quimica e ou natu-ralmente, infestantes e o seu controlo. Em terceiro lugar, a In-formação: meios de informação directos ao agricultor de como e

quando deve actuar nos casos referidos anteriormente.

3As prioridades deveriam recair em carne, vegetais, frutas e farinhas (milho ,trigo etc.). Angola tem condições excelentes

para a produção destes bens: terra disponível, sazonalidade e água, três condições fundamentais e que bem potenciadas podem posi-cionar Angola como um grande player mundial na produção ag-rícola.

4Sim, sem dúvida. Os grupos de distribuição/retalho devem exigir, antes de mais, qualidade. Devem também colocar à

disposição dos agricultores toda a informação possível (fichas téc-nicas, relatórios de recepção, condições de transporte exigidas, etc.) de modo a que estes possam elevar os padrões de forneci-mento dos artigos que produzem.

Vasco Câmaradirector da Nuviagro

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#26Distribuição em Expansão • Setembro 2013

/Produção nacionaldistribuição

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#27Distribuição em Expansão • Setembro 2013

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#28Distribuição em Expansão • Setembro 2013

/Escola Agro-alimentarprodução

Oempreendimento é dos poucos em Angola que vão permitir a formação de quadros especia-lizados capazes de transformar

produtos agrícolas em industriais. As au-las arrancam em 2014, após a conclusão das obras, e o objectivo é tornar alunos capazes na gestão de técnicas agro-ali-mentares que servem de suporte ao de-senvolvimento da indústria transforma-dora nacional.Agrónomos angolanos como Hilário Sa-lupula e Armando Valente emprestaram durante anos a fio o seu conhecimento na cooperação do ensino superior téc-nico, entre Angola e França, e merecem de França a condecoração da Ordem das Palmas Académicas, a mais alta distinção no domínio académico, criada pelo im-perador Napoleão I (1808), e instituída para honrar os membros da comunidade académica francesa e estrangeira.O desejo de ambos foi sempre o de ver alunos formados na escola de Malanje a dominarem técnicas de transformação de tomate para massa de tomate, de frutas para compotas, saladas de frutas enlata-das, sumos, e outros produtos de carácter agro-alimentar industrializados.

Os quadros a serem formados poderão contribuir nas áreas de produção, proces-samento, conservação e transformação de produtos agro-pecuários em indus-trializados, no caso de manteiga, leite, iogurte, fiambres.“Sentir-me-ei feliz quando as aulas ar-rancarem na escola de Malanje e vir que os alunos angolanos já são capazes de transformar tomate em ketchup e assim deixarmos de notar a degradação des-te produto nos campo, e reduzirmos a importação do próprio ketchup”, dizia Armando Valente quando recebia a con-decoração do governo francês, pelo seu empenho para a formação de especialis-tas em agronomia em França.O projecto da escola agro-alimentar de Malanje, que em Agosto passado recebeu

a visita do vice-presidente da República, Manuel Vicente, para constatar a execu-ção da empreitada, visa o ensino da in-vestigação científica agrária.Na prática, os governos de Luanda e de Paris acordaram levar para Malanje a tecnologia existente no Centro Interna-cional de Estudos Superiores em Ciên-cias Agronómicas (SupAgro), sediado na província francesa de Montpellier, consi-derada a capital da investigação agrária da Europa.A França garantiu em 2010, por inter-médio do Instituto das Regiões Quentes (IRC) Montpellier SupAgro, que a escola de Malanje será um instituto de referên-cia, porque vai contar com tecnologia moderna do melhor que existe no mun-do em pesquisa agro-alimentar.

A Escola Superior Agro-Alimentar de Malanje é um investimento avaliado, ini-cialmente, em 5,61 milhões EUR (8,3 mi-lhões USD), repartidos em 43,47% para a França e o maior volume de encargo financeiro para Angola. A verba finan-ciada por Paris esteve disponível desde a assinatura do acordo, em 2008. Entretanto, a julgar pelos indicadores do Programa de Investimentos Públicos 2013, a construção da Escola Superior Agro-Alimentar de Malanje tem uma verba de 1,06 mil milhões Kz (11,05 mi-lhões USD), mais que o dobro do valor inicialmente aprovado entre Angola e França.

Perfil da escola agro-alimentarA escola superior, afecta à Universidade Lueji A’Nkonde, vai dispor de dez salas de aula, oito laboratórios, auditório, refei-tório, entre vários compartimentos, num espaço de certa de 1000 hectares (equi-valente a mil campos de futebol), cujo quadro docente começou a ser formado, há mais de dois anos, na Faculdade de Ci-ências Agrárias da Chianga, na província Huambo, e em Montpellier, França.

Desde 2008 que Luanda e Paris acordaram a construção da Escola Superior Agro-Alimentar de Malanje, mas apenas no fim de 2012 começou a fase prática da empreitada. O objectivo é de apostar-se no ensino da transformação de produtos agrícolas em industrializados

ensino puxa agro-indústria ao currículo académico

>> Caco Ferraz >> DR

Dinheiros públicos para construção da Escola Superior Agro-Alimentar de Malanje

Dono da obra Verba (milhões Kz) Fonte Empreiteiro

Ministério do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia

350 OGE/2011 Não definido

Ministério do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia

300 OGE/2012 Não definido

Ministério do Ensino Superior 1.061,1 OGE/2013 Sinohydro

fonte: Abacus em associação com Savills

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#30Distribuição em Expansão • Setembro 2013

/Miguel Pinho e José Oliveira, organizadores do Angola WINE Festival

Oobjectivo é ambicioso, mas, nas palavras dos organizadores do Angola WINE Festival, José Oliveira e Miguel Pinho, “al-

cançável”. Durante três dias, o Complexo Hoteleiro de Endiama (CHE) será o palco

escolhido para dar a provar os melhores vi-nhos do mundo… e não só.

Distribuição em Expansão: Estão a orga-nizar o Angola WINE Festival para os dias 24, 25 e 26 de Outubro de 2013. Qual a ra-zão e os objectivos deste evento?Miguel Pinho e José Oliveira: A razão principal foi criar em Angola um evento que permitisse responder ao intenso mo-vimento de sofisticação que o mercado de vinhos vem demonstrando. Efectivamente, os nossos objectivos passam pela criação de um evento que permita, quer a profis-sionais, quer a consumidores interessados, um contacto de qualidade com as marcas

disponíveis e outras que queiram entrar no mercado. Por outro lado ainda, o evento tem como objectivo destacado a criação de uma forte cultura vínica junto público ango-lano, permitindo aí também um crescimen-to qualitativo do mercado.Por fim, e tendo em conta a força econó-mica de Angola no contexto africano e até mundial, o Angola WINE Festival, tendo uma forte vertente internacional, pretende assumir-se como um evento vínico de refe-rência e de visita obrigatória para profissio-nais de vários países da região.

Quais as características que destacam este evento dos outros já realizados em Ango-la?Desde logo ressalta o facto de este evento se prolongar por três dias num ambiente de qualidade e sofisticação, permitindo a pro-fissionais um contacto de qualidade e mais prolongado com as várias marcas. Permite, desde logo, um trabalho comercial por parte das várias empresas presentes mais efectivo e com melhores resultados. Por outro lado ainda, o facto de envolvermos empresas an-golanas de referência como patrocinadores permite alcançar um público mais alargado que enriquecerá de forma inequívoca a vi-sitação nos vários dias do evento. Por fim, destacamos o conjunto de actividades que se realizarão ao longo dos três dias do even-to, envolvendo enólogos e chefes de cozinha de referência, trazendo para a ribalta da cidade de Luanda, e de Angola em geral, o vinho e a alta-gastronomia.

Provar em e com todos os sentidosNa comunicação do evento, revelam que

este privilegiará uma componente de forte interactividade com os visitantes. O que vai acontecer nesses três dias de evento?O programa oficial do Angola WINE Fes-tival será o exemplo máximo dessa interac-tividade: provas comentadas com conheci-das figuras do mundo vínico, permitindo a uma audiência mais particular desvendar segredos e sabores das principais marcas de vinho; harmonizações em que a com-binação de vinhos e comida é levada a um expoente máximo pela mão de conhecidos chefes de cozinha e enólogos perante au-diências interessadas; show cookings onde chefes de renome, ao vivo, executarão cria-ções gastronómicas; wine sessions que per-mitirão ao público interessado conviver de perto com personalidades do mundo víni-co, em conversas informais, e conhecer um pouco mais temas vínicos; jantares vínicos que permitirão ultrapassar as fronteiras fí-sicas do evento e prolongar o seu espírito em alguns dos melhores restaurantes de Luanda, além de uma wine party que irá igualmente ter como protagonista o vinho.Todos estes pontos altos de comunicação terão como pano de fundo o Angola WINE Festival e reforçarão a interactividade apro-ximando as diferentes marcas presentes através da experiência sensorial dos mes-mos por parte dos visitantes do evento.

Como caracterizariam o actual mercado de vinhos em Angola? É um mercado em franca expansão?Angola é sem dúvida um mercado em forte expansão. Evidentemente a força económi-ca que a economia angolana projecta tem permitido, às diferentes marcas, ganhos

Trata-se da primeira edição, mas os seus organizadores prometem e têm como objectivo que não se limite a este evento. Para já, a promessa é de dar a conhecer vinhos de grande qualidade através de provas comentadas com conhecidas figuras do mundo vínico, harmonizações, show cookings, wine sessions e jantares vínicos. Tudo em três dias

vin

ho

s

Miguel Pinho

“Crescimento do consumo de vinho de qualidade em Angola será intensificado e reforçado”

>> Victor Jorge >> DR

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#31Distribuição em Expansão • Setembro 2013

/Miguel Pinho e José Oliveira, organizadores do Angola WINE Festival

de mercado relevantes. Além da região da grande Luanda, outras províncias come-çam a justificar a criação de bases logísticas por parte de importadores e distribuidores, além do aparecimento crescente de inúme-ras superfícies comerciais. Toda esta oferta permite responder à forte procura de vinhos por parte de profissionais e particulares, ao mesmo tempo que acentua o forte potencial de crescimento que este mercado específico continua a revelar.

O facto de Angola ser um país que tem vindo a demonstrar um crescimento sus-tentado beneficia o mercado do vinho e o respectivo consumo?Claramente. Em Angola, assiste-se ao refor-ço do peso da classe média na sociedade, facto que tem contribuído evidentemente para uma progressão sustentada e conso-lidada do produto vinho e das diferentes marcas presentes no mercado. O potencial presente no mercado é ainda muito, factor que irá certamente contribuir para uma aposta crescente das diferentes marcas em ganhar posições de mercado ainda por pre-encher.

Que tipologia de vinhos se consome actu-almente em Angola?

Em Angola actualmente o consumo do vi-nho centra-se em grande parte nos produ-tos mais básicos e nos produtos premium. Aqui também reside uma das principais po-tencialidades deste mercado, demonstrando que ainda existem grandes oportunidades para as empresas produtoras de vinho que detenham produtos destinados ao segmen-to médio de mercado.

Estes vinhos têm o seu consumo porque são os que estão disponíveis no merca-do, ou sentem que existem vinhos que os consumidores angolanos gostariam de ter disponíveis no mercado, mas que são im-possíveis de encontrar?Acreditamos que o consumidor angolano tem interesse em encontrar e conhecer ou-tras marcas e até outros produtos existentes na oferta actual dos produtores presentes no mercado (por exemplo, vinhos brancos ou rosés, vinho verde, vinho do Porto ou mos-

catéis, vinhos de outras origens fora de Por-tugal). Um dos objectivos do Angola WINE Festival é também contribuir para a diversi-ficação do mercado, aumentando a riqueza da sua oferta e, em simultâneo, permitir um contacto de qualidade com alguns produtos que ainda se encontram por descobrir.

No Angola WINE Festival irão estar pre-sentes vinhos de todo o mundo. Contudo, existe uma apetência pelos vinhos portu-gueses. Em vossa opinião, os produtores de vinho portugueses têm conseguido capitalizar essa vantagem?Felizmente as empresas portuguesas têm conseguido alcançar resultados positivos em várias frentes, acentuando a importân-cia que o mercado angolano tem em termos globais para o sector vinícola luso. Neste momento, sendo Portugal o país que mais vinho vende em Angola, é importante que as estratégias das empresas sejam reforçadas no sentido de criar ligações cada vez mais sólidas com o consumidor, contribuindo para a manutenção dessa posição de dian-teira no mercado. O Angola WINE Festival vem precisamente reforçar essas estratégias, possibilitando às empresas uma exposição ao mercado mais longa e uma base de con-tacto de grande qualidade.

José Oliveira

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#32Distribuição em Expansão • Setembro 2013

/Miguel Pinho e José Oliveira, organizadores do Angola WINE Festivaldistribuição

Numa recente entrevista à revista Distri-buição em Expansão, o presidente da Vi-niPortugal, Jorge Monteiro, afirmava que “é importante que o consumo de vinhos em Angola dê lugar a vinhos de maior qualidade”. O que se deve fazer para con-segui-lo?O movimento de crescimento no consu-mo de vinho de qualidade tem aumentado mais intensamente nos últimos anos. Na verdade, as vendas de vinho a granel têm diminuído em contraponto com o aumen-to dos vinhos engarrafados, facto que só por si revela a evolução positiva em termos de qualidade. Naturalmente que este efei-to terá mais impacto e força no consumo, se, através de iniciativas como o Angola WINE Festival, se conseguir criar bases sólidas de conhecimento vínico através de experiências sensoriais acessíveis ao pú-blico. Acreditamos que, com um painel de consumidores cada vez mais esclarecido, o crescimento do consumo de vinho de qua-lidade será intensificado e reforçado.

Bebe-se vinho de qualidade em Angola?Sim, em Angola bebe-se vinho de qualida-de. Até pelos números de vendas conheci-dos de marcas premium não só de Portugal mas também de outros países, facto que tem sido reforçado pelo próprio consumi-dor angolano, que se mostra cada vez mais exigente e conhecedor. Sabemos, no entan-to, que a base ainda é reduzida face ao po-tencial existente, por isso acreditamos que, ao iniciar este tipo de conceito de eventos no mercado, estaremos também aí a contri-buir de certa forma para o alargamento do conhecimento acessível ao público consu-midor de vinhos em Angola.

distribuição vs HorecaQue importância tem o canal Horeca na divulgação do vinho em Angola? Tem efectivamente muita importância, os restaurantes, e a restauração em geral, são os prescritores por excelência dos vinhos. São os profissionais que claramente têm peso na decisão do consumidor e, como é óbvio, têm um papel fundamental na sua venda, pois acabam por estar presentes no momento em que cada um de nós faz a es-colha de um vinho e, no caso de dúvida, é a eles que o consumidor recorre para fazer ou reforçar a sua escolha. O Angola WINE Festival também aí pretende tornar-se um aliado de restaurantes e da oferta hoteleira em geral, proporcionando um espaço de contacto privilegiado com marcas e pro-dutores, aproximando estas duas vertentes fundamentais do sector, valorizando por essa via o evento igualmente.

Uma velha questão está sempre relacio-nada com o serviço do vinho na restaura-ção. Essa é, também, uma questão coloca-

da em Angola?O serviço é fundamental, muitas vezes o sucesso de um vinho pode ser ditado por detalhes tão simples como um copo ou a temperatura. Para não falar já em decanta-ção ou técnicas de guarda dos vinhos, a im-portância de pequenos detalhes associados ao serviço é enorme, daí também que o An-gola WINE Festival se proponha a ocupar um lugar de destaque no enriquecimento profissional de escanções e dos profissionais do sector. Todas as actividades que serão desenvolvidas ao longo dos três dias pela or-ganização do Angola WINE Festival, além da forma como as marcas e os seus produtos estarão acessíveis aos visitantes, serão a forte demonstração de que a qualidade de servi-ço associada ao vinho é fundamental para o sucesso do sector em geral.

É importante mostrar essa ligação entre o vinho e a gastronomia?A ligação entre estes dois elementos é es-sencial. A riqueza na sua plenitude de um vinho ou de uma criação gastronómica, muitas vezes, é apenas revelada quando um e outro coincidem na ocasião. Além de todo o trabalho de descoberta de sabores que importa fazer ao nível dos vinhos, im-porta também valorizar a riquíssima gas-tronomia angolana, que poderá ser ainda mais potenciada com a combinação asso-ciada a determinados tipos de vinho.

Que importância tem a distribuição mo-derna na comercialização de vinho em Angola, sabendo-se que são, cada vez mais, as lojas pertencentes a grupos de

retalho organizados?A criação de superfícies comerciais que permitam aceder ao produto de forma rá-pida é fundamental e muito importante. O produto vinho, como todos os produtos de raiz orgânica, beneficiará indubitavelmente com a disponibilização através de redes de distribuição que coloquem esse produto de forma organizada no mercado e, em simul-tâneo, que o disponibilizem através de lo-cais adequados para o seu armazenamento e venda. O consumidor sairá beneficiado, ao mesmo tempo que os vinhos sairão tam-bém vencedores desta nova realidade.

O mercado do vinho em Angola está de-masiadamente limitado à capital?O mercado dos vinhos tem o seu grande volume concentrado em Luanda, no en-tanto, nos últimos dois anos, as cidades capitais das províncias começam a revelar sinais de grande crescimento no consumo de vinhos, e elas próprias a contrariar essa tendência. Cidades como Benguela ou Lo-bito são bem o exemplo do crescimento das províncias em Angola e, desde há algum tempo, têm assistido à abertura de moder-nas superfícies comerciais, além de bases logísticas de empresas distribuidoras de vi-nho e bebidas, facto que revela importância da cobertura geográfica eficaz também nas províncias.

Destinam o vosso evento, para além do consumidor final da classe A e B, com idades compreendidas entre os 25 e 49 anos, a profissionais da hotelaria, restau-ração, grossistas e retalhistas. Deste últi-

mo grupo, qual é que tem mais peso na venda de vinho em Angola?O mercado angolano do vinho deu, nos últimos anos, passos sólidos em direcção a uma aproximação aos padrões de distribui-ção internacionais. É todavia muito impor-tante para o negócio a existência no circuito de venda de uma entidade que assegure a entrada do produto no mercado e a sua colocação nos diferentes pontos de venda através de uma eficaz rede de distribuição/contactos. Neste momento, as empresas distribuidoras/grossistas têm o maior peso na venda do produto, contudo, o apareci-mento de cada vez mais superfícies comer-ciais está a equilibrar mais esta relação. Não podemos deixar de referir, no entanto, que toda a cadeia de entidades que compõem o processo de venda do produto vinho tem muita importância para o produto. Sem consumidores informados e esclarecidos, sem uma restauração ou hotelaria de qua-lidade, nunca teremos uma venda de pro-duto suficientemente forte. Por esse facto, o Angola WINE Festival pretende atingir todos estes estratos de mercado de forma a contribuir também aí para o crescimento do sector.No final dos três dias, que resultados es-peram do evento?O objectivo principal de qualquer empre-sa é conseguir a plena satisfação dos seus clientes. Naturalmente, aí, bebemos da doutrina empresarial comum, no entan-to, o nosso objectivo vai muito para além dessa meta. Pretendemos desde logo con-firmar a importância e a oportunidade do Angola WINE Festival para o negócio do vinho em Angola, não só junto das marcas e dos seus importadores, como também de grossistas e retalhistas, além de toda a oferta de restauração e hotelaria. Temos também como grande objectivo a valori-zação da marca de cada um dos nossos pa-trocinadores, fundamentais nesta equação. Por fim, e não de menos importância, gos-taríamos que os consumidores angolanos também concluíssem da mais-valia que o Angola WINE Festival pode ter na sua formação vínica.

Esta é uma primeira edição, ou uma edi-ção única?Esta será a primeira de várias edições. Os nossos objectivos são altos, são ambicio-sos, mas são claramente alcançáveis. Neste momento, os resultados são francamente positivos e revelam a grande receptividade de todos os agentes económicos envolvi-dos em relação ao Angola WINE Festival. Estamos certos de que, com o trabalho profissional e de qualidade que queremos introduzir no mercado, o Angola WINE Festival se afirmará como um evento de referência em Angola e projectará a sua imagem além-fronteiras.

Expositores/Marcas de vinho confirmadas

PortugalEnoportAliançaBacalhoaQuinta das BageirasQuinta do NovalQuinta do PintoQuinta do ZambujeiroTiago CabaçoBoas QuintasQuinta da BicaQuinta dos RoquesQuinta dos MaiasQuinta do Monte D’OiroQuinta da LagoalvaValle PradinhosLusoviniEsporãoAdega MayorIdeal DrinksVinhos Douro SuperiorAgrimotaAdega de BorbaJosé Maria da FonsecaEnoforumErvideiraMonte da RavasqueiraSogevinusQuinta do ZimbroDuplo PR e Douro Family EstatesCompanhia das QuintasQuinta do Crasto

Quinta Vale D. MariaNiepoort, Wine & SoulPoeiraHerdade do MouchãoHerdade da MalhadinhaCortes de CimaHerdade dos GrousJoão Portugal RamosDomingos Alves de SousaSymingtonRamos PintoAdega Cooperativa de MonçãoQuinta de ChocapalhaQuinta da PelladaMurganheiraQuinta da PachecaHerdade Monte da RibeiraQuinta da CastainçaPecado Capital VinhosAdega MãeHerdade do PerdigãoMonte da PenhaHorta Osório VinhosCompanhia dos Vinhos do Douro

ChileConcha Y Toro

ÁfriCa do SulDouglas Green Bellingha

françaLoius Roederer

eSPanhaBerberanaMarques de la ConcordiaMarques de MonistrolMarques de Griñon e Lagunilla

itÁliaLavisCesarini SforzaPoggio MorinoVilla CaffagioCanalleto

alemanhaMoreno Gmbh

importadores/distribuidores confirmados • 5 Sentidos• DCG• Stories of Wines• Angonabeiro• Esporão Angola• Stories of Wines• Intramuros• Lusovini• Vinoteca

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#34Distribuição em Expansão • Setembro 2013

/CLOD

OMinistério do Comércio apresentou, recentemente, a conclusão da primeira fase do Centro Logístico e de Dis-

tribuição (CLOD) situado no km 28 do município de Viana, em Luanda. A infra--estrutura para o comércio grossista, com capacidade de exposição, venda e conservação de carne, peixe, frutas, ver-duras e produtos secos, ocupa uma área de 3070 m2, segundo referenciou a mi-nistra do Comércio, Rosa Pacavira.A Distribuição em Expansão constatou in loco que a estrutura ora referida compor-ta quatro naves com 104 postos de ven-da, 16 câmaras frigoríficas, sendo oito de congelação e oito de refrigeração. Rosa Pacavira informou que pretende dotar-se o local de infra-estruturas constituídas por plataformas comerciais, mercados abastecedores, entrepostos e empresas de distribuição e logística para apoio aos produtores, distribuidores e outros co-merciantes grossistas.Referiu ainda que o CLOD tem como objectivo, entre outros, organizar o co-mércio em todo o território nacional, por forma a ampliar a oferta de produtos essenciais à população.“O CLOD representa o pólo de concen-tração e de distribuição de produtos a grosso e com múltiplas funções que in-tegra o mercado abastecedor e as infra--estruturas comerciais e industriais de apoio à produção interna”, explicou.Neste âmbito, a ministra considerou estarem lançadas as sementes para o fo-mento das relações de parceria entre os entes públicos e os privados na condição de intervenientes no processo de aprovi-sionamento e comercialização de bens.Em retrospectiva, explicou que o CLOD surge na razão dos novos desafios que o sector comercial enfrentava, sobretudo no que se refere ao fomento da produ-ção e do comércio rural, ao escoamento dos produtos do campo para os centros

urbanos e à criação de instrumentos ju-rídicos necessários à constituição da re-serva estratégica do Estado de produtos básicos de amplo consumo nacional da cesta básica.A primeira fase teve a duração de 12 me-ses e alberga desde já as vendedoras do Mercado do 30. Na ocasião, a ministra estendeu o convite a todos os interes-sados a colaborarem com os objectivos traçados.

Segunda faSe já em curSoDurante o acto presenciado por mem-bros do Executivo, empresários gros-sistas do sector público e do privado, a ministra procedeu à assinatura do auto de consignação da empreitada para a execução da segunda e terceira fases da construção do CLOD, que terá como du-ração o período de 30 meses. Os valores a serem aplicados no projecto foram con-cedidos, através de uma linha de crédito, pelo governo espanhol.A acção enquadrou-se no programa do ministério, enquanto ente regulador, de reorganização da actividade comercial grossista exercida na capital, através da

tomada de medidas jurídico-administra-tivas que coíbam o exercício da activida-de dentro da zona urbana. Neste ínterim, Rosa Pacavira anunciou que, com o início da segunda fase, se materializa o processo de reorganização da rede comercial grossista. Revelou que as inovações tecnológicas e competitivas originadas pelo surgimento das gran-des superfícies comerciais e de influen-tes grupos de distribuição provocaram uma evolução na estrutura comercial, obrigando a que o ministério passasse a exercer com maior eficácia o seu papel regulador da actividade. “A venda de produtos alimentares e de outros bens de consumo e serviços mer-cantis contentorizados está legalmente proibida”, garantiu. “Na sequência, a venda de produtos frescos, como carne, peixe, frutas, ovos e derivados lácteos, deverá ser feita por talhos, peixarias e quitandas como garantia da segurança alimentar e do urbanismo comercial.”Além da província de Luanda, existem também estudos para implementação de CLOD na província do Huambo e em outras localidades produtoras.

Pretende-se dotar o local de infra-estruturas constituídas por plataformas comerciais, mercados abastecedores, entrepostos e empresas de distribuição e logística para apoio aos produtores, distribuidores e outros comerciantes grossistas

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ministério inaugura 1.ª fase do cLod

>> André Samuel >> Lídia Onde

CLOD em números

• Superfície total = 234 ha.• Mercado abastecefor, grossista

= Nova fase: 28.906 m2• Mercado de frutas e verduras =

61.000 Ton/Ano• Mercado de tubérculos =

61.000 Ton/Ano• Mercado de carnes = 27.000

Ton/Ano Nave frigorífica = 91.200 Ton/Ano

• Mercado de peixes = 20.000 Ton/Ano Nave frigorífica = 45.600 Ton/Ano

• Fábrica de gelo = 6.000 Ton/Ano

• Pórtico de entrada-Parques de estacionamento para 336 veículos

• Comercialização de 312.800 Ton/Ano

• Instalação de 116 empresas• 740 postos de trabalho directos

e 2.000 indirectos• Prazo de execução = 30 meses

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#36Distribuição em Expansão • Setembro 2013

/Hörmannlogística

A Hörmann Portugal acaba de colocar à disposição dos mer-cados português, angolano e moçambicano uma nova série

de portas seccionais industriais, com porta integrada, a qual apresenta me-canismo de fecho inovador que garante uma maior segurança ao sector indus-trial.Esta porta integrada, além de facilitar o dia-a-dia do consumidor, possibilitando uma passagem mais cómoda, contém um sistema de fecho com vários pinos e está dotada de novas tecnologias que as-seguram um mecanismo de trancamen-to mais eficaz.O director-geral da empresa, Henrique Lehrfeld, admite que estas portas vêm responder às actuais exigências dos res-pectivos mercados. “Estamos sempre preocupados em responder às necessi-dades do consumidor, e é certo que a se-gurança é factor decisivo na escolha do produto, em particular em países como Angola e Moçambique, onde a insegu-rança é uma constante. Paralelamente, e com base na actual conjuntura económi-ca, oferecemos produtos diversificados, para todos os bolsos, nunca descurando a qualidade pela qual somos reconheci-dos”, afirma o responsável.Tendo vindo a ser distinguida com vá-rios prémios no que respeita ao design de produto, a Hörmann inova agora ao disponibilizar diversas possibilidades de design e uma imagem actual e arrojada para portas industriais.“Uma simples porta industrial é muitas vezes o cartão-de-visita para armazéns ou lojas de empresas e instituições. Des-ta forma, procuramos que estas portas se

distingam com uma imagem actual, fu-gindo à tradicional porta industrial que remete para a frieza e para o impessoal”, explica Henrique Lehrfeld.Henrique Lehrfeld acrescenta que estas portas integradas contêm dobradiças ocultas, e de fácil substituição, uma ca-racterística estética que remete para a uniformidade da porta seccional indus-trial.Estas portas industriais apresentam, também, um novo sistema para evitar a condensação nos painéis.O responsável recorda ainda o visor Duratec, que garante a transparência da porta, aportando-lhe um cariz estético diversificado e clean, agora disponível em várias cores.

Refira-se que as portas seccionais indus-triais são indicadas para stands de auto-móvel, quartéis de bombeiros, pavilhões

industriais, oficinas, entre outros.De referir que foi em 2008 que a filial portuguesa da Hörmann entrou em Angola, dando os seus passos enquanto primeira filial do grupo a actuar num mercado que não o seu de origem. Já em finais de 2012, a Hörmann Portugal avançou com a operação em Moçambi-que.Entre os seus clientes constam empresas de construção de armazéns e parques industriais, bem como empresas ligadas aos sectores logístico, automóvel e ali-mentar, como é o caso de Construsan, Martifer, Mercedes, BMW, Peugeot, So-farimex, Lidl, Dia, Raposeira, Dancake, Modis, Sonae Distribuição, IKEA e Al-garve Motor Park, entre outras.

Em resposta às necessidades do consumidor e tendo a segurança como factor decisivo, a marca líder mundial em portas e automatismos acaba de colocar à disposição uma nova série de portas seccionais industriais no mercado angolano

Mais segurança nas portas Hörmann

>> Victor Jorge >> DR

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#38Distribuição em Expansão • Setembro 2013

/MRS

Dá pelo nome de MRS In-Store, e a mais recente versão (3.1) colo-ca, literalmente, a gestão de uma loja na palma da mão, ou seja,

num simples smartphone ou tablet. Esta ferramenta móvel combina todas as fontes de informação relevantes, dos POS aos ERP, contemplando a versão 3.1 upgrades nalgumas das funcionalidades, como o aumento da usabilidade e possi-bilidades de integração da contagem de artigos, bem como o aumento das fun-ções de gestão da aplicação de backoffice. “Um exemplo das evoluções desta nova versão é o aumento da performance da aplicação no colector, o que permite am-pliar a gama de aparelhos compatíveis e aumentar a preservação de investimento de clientes que possuam equipamentos mais antigos”, explicou Paulo Magalhães, CEO da Tlantic, à Distribuição em Ex-

pansão. O responsável pela empresa adiantou ainda que esta opção se deve ao facto de o mundo do retalho ser muito dinâmico e de “a adequação a novas realidades de mercado, a necessidade de redução de custos e a pressão por resultados serem

factores fundamentais para quem quer continuar competitivo e alinhado com as necessidades dos clientes, cada vez mais ágeis”.O MRS In-Store permite fazer a gestão de qualquer loja através de smartphones ou tablets, sem a necessidade de deslocação física até um escritório. A cobertura de cerca de uma dezena de processos de loja – desde reposição, preços, stocks, que-bras, até todo o tipo de auditorias, gestão de tarefas, informações aos clientes – li-berta os colaboradores para uma maior proximidade aos clientes. De referir que o MRS In-Store já foi adoptado pelo grupo Pão de Açúcar (Brasil), pelas lojas Game e Dion Wired, do grupo Massdiscounters (África do Sul), e pela Sonae (Portugal), desenvol-vendo a Tlantic software para organiza-ções de retalho em todo o mundo.

A Tlantic, especialista no desenvolvimento de software, lançou no mercado de retalho a mais recente versão do Tlantic Mobile Retail Suite (MRS) In-Store. Através desta nova solução é possível gerir qualquer loja através de um smartphone ou tablet

tecn

olo

gia Uma gestão

mobile da loja

DetalheImpressão de etiquetasFuncionalidades – Interacção com impressoras móveis per-

mitindo a impressão instantânea, no chão da loja e através

de uma rede wi-fi, de etiquetas de gôndola, etiquetas de des-

conto e etiquetas de reserva.

Benefícios para a loja – Aumento da produtividade e sa-

tisfação dos colaboradores da loja; redução de erros e de

desperdícios de recursos; flexibilidade na configuração e no

ajuste de processos.

Operações dos colaboradores das lojas – Auditoria; impres-

são de etiquetas de desconto; actualização de preços; opti-

mização dos esforços comerciais.

Proposta de valor – Maior precisão, rapidez e economia; sa-

tisfação dos clientes.

Gestão de actividadesFuncionalidades – Dados em tempo real para a melhoria da

gestão de actividades; controlo de lista de tarefas (“to do” e

“check list”); actividades por funcionários.

Benefício para a loja – Aumento da produtividade; aumento

na motivação dos colaboradores da loja; maior satisfação;

maior senso de organização e cumprimento das tarefas; fa-

cilidade na execução de actividades interfuncionais.

Operações dos colaboradores das lojas – Ampla variedade

de actividades operacionais designadas aos colaboradores,

por secção e por produto; execução e controlo de listas de

actividades (“to do” e “check list”).

Proposta de valor – Garante mais tempo para o atendimento

de clientes; promoções mais dinâmicas e eficientes; execu-

ção efectiva de cada actividade na loja; acesso a informa-

ções relevantes onde e quando se precisa.

Gestão de stocksFuncionalidades – Recepção de produtos; busca de stock;

contagem e ajuste de stock; disposição de produtos; audito-

ria de rupturas; inventário; reabastecimento das lojas; retorno

e transferência de stock; reservas; controlo da validade dos

produtos.

Benefício para a loja – Optimização do stock permanente;

menor redução e faltas no stock; redução de perdas de itens

vencidos e precisão no controlo das datas de validade; redu-

ção dos problemas de auditoria.

Operações dos colaboradores das lojas – Recepção de pro-

dutos; contagem de stock; disposição e reposição de produ-

tos; controlo da validade dos produtos; reservas; transferên-

cias.

Proposta de valor – Satisfação dos clientes; redução de pro-

blemas relativos a faltas no stock; optimização da rotativida-

de dos produtos; maior precisão; controlo menos invasivo.

Gestão comercial e preçosFuncionalidades – Auditoria de preço; descontos; auditoria

do espaço promocional; “papa-fila”; montagem, registo e

auditoria de planograma.

Benefício para a loja – Fim da divergência de preços; me-

lhoria na organização do espaço promocional; optimização

da gestão e da utilização do espaço físico; promoções mais

eficientes e dinâmicas.

Operações dos colaboradores das lojas – Auditoria de pre-

ços; descontos em produtos; configuração e auditoria de

planograma.

Proposta de valor – Satisfação dos clientes; satisfação dos

fornecedores; aumento das vendas; melhoria na disposição

dos produtos; melhores resultados dos esforços promocio-

nais.

>> Victor Jorge >> DR

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#40Distribuição em Expansão • Setembro 2013

/livros

leit

ura

s

Nos dias que correm, a arbitragem voluntária vem cada vez mais afir-mando-se como uma alternativa credível e eficaz, face aos tribunais judiciais, para a resolução de litígios, tendo particular relevância quando estão em causa contendas de carácter comercial, em muitos

casos oriundas de contratos internacionais.Face ao crescimento económico do país, o mundo interroga-se se o Estado angolano é amigo da arbitragem. Importa referir que Angola tem, desde 2003, uma lei inteiramente dedicada à arbitragem voluntária, a Lei n.º 16/03, de 25 de Julho. Foram ainda aprovados pelo Governo o Decreto n.º 4/06, de 27 de Fevereiro, que define o regime de outorga das autorizações administrativas para a criação de Centros de Arbitragem, e a Resolução n.º 34/06, de 15 de Maio, reafirmando o engajamento do Governo na arbitragem como meio de solução de litígios disponíveis. Por conseguinte, pode-se afirmar que o País está claramente apostado em se tornar num Estado amigo da arbitragem. Os próximos passos hão-de ser, por um lado, a ratificação, por Angola, das prin-cipais convenções internacionais em material da arbitragem e, por outro lado, a criação de condições para que um maior número de arbitragens tenha lugar em Angola, só assim sendo possível “testar” a bondade da lei angolana de arbi-tragem voluntária.O aumento da confiança do empresariado angolano, dos investidores estrangei-ros, e das instituições públicas e cidadãos na arbitragem voluntária passa tam-bém pelo desenvolvimento da arbitragem institucionalizada, através da cri-ação em Angola de centros de arbitragem, cuja credibilidade, independência, imparcialidade e competência os erijam como referências internacionais.

Com base numa vasta quantidade de informação compilada numa imensa base de dados (os dados abrangem a África, a Ásia, a Europa, a América Latina, a América do Norte e a Oceânia, cobrem 66 países ao todo e incluem ainda dados específicos para muitos

outros), os autores puderam analisar, de uma forma mais ampla e de longa duração, os diversos episódios de vários tipos de crises financeiras. Estas incluem incumprimentos soberanos (quando um governo não pode satis-fazer os compromissos de pagamento a que está obrigado pelas suas dívidas externa ou interna, ou ambas); as crises bancárias, como as que o mundo viveu em catadupa no final da primeira década deste milénio, quando uma nação descobre que grande parte da banca se tornou insolvente, depois de perdas pesadas em investimentos, de pânicos bancários, ou ambos; e, por fim, as crises de taxa de câmbio, como as que assolaram a Ásia, a Europa e a América Latina nos anos 90.Nesta análise quantitativa emerge um padrão. Nas palavras dos autores: “Já aqui estivemos antes. Por muito diferente que pareça sempre o último furor ou crise financeira, há normalmente semelhanças notórias com a experiên-cia passada de outros países e da história. Reconhecer estas analogias e precedentes é um passo essencial para aperfeiçoar o sistema financeiro global, quer reduzindo o risco de crises futuras, quer lidando melhor com as catástrofes, quando elas acontecem.”

Lei da Arbitragem Voluntária Comentada

Desta Vez É Diferente – Oito séculos de loucura financeira

Autores: Lino Diamvutu, Manuel

Gonçalves, Sofia Vale

Editora: Almedina

Língua: Português

Págs.: 264

Ano: 2013

Preço: 18,00 EUR (2300 Kz)

Autores: Carmen Reinhart, Kenneth

Rogoff, com prefácio de Vítor Gaspar

Editora: Actual Editora

Língua: Português

Págs.: 550

Ano: 2013

Preço: 19,80 EUR (2533 Kz)

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A Pescanova apresentou ao mercado o novo Seafood Mix em embalagens de 350 g. O

novo produto é uma mistura de produtos do mar, composta por miolo de camarão, lula e polvo

pequeno.De acordo com a Pescanova, o Seafood Mix tem baixo teor de

gorduras, é uma mistura para todo o tipo de receitas e garante uma alimentação

equilibrada, com produtos da melhor qualidade. O novo produto da Pescanova

foi criado a pensar sobretudo nos consumidores modernos, com pouco tempo

disponível para a cozinha, mas com um elevado grau de exigência no que respeita

à qualidade e ao sabor dos alimentos.

O sabor da manteiga Planta está a partir de agora disponível numa embalagem de 1 kg, admitindo a marca que a nova embalagem oferece uma poupança imediata de 19%, relativamente à embalagem de 250 gramas.

A Torrié lançou um café biológico em cápsulas. Com este novo produto, a Torrié amplia assim a sua oferta de cafés para consumo doméstico, tornando-se na primeira marca portuguesa a produzir um café biológico em cápsula.De acordo com a marca, o mercado europeu de alimentos biológicos atinge os 20% milhões EUR anualmente, representando uma quota estimada em 1,5% de todo o mercado alimentar, com taxas anuais de crescimento que rondam os 10%. “De creme claro com elevada persistência, o Torrié Biológico revela aromas de caramelo e chocolate preto com notas florais. Na boca, é um café elegante com corpo mediano e acidez elevada. Tem um final de boca complexo e prolongado”, diz a marca em comunicado. O Torrié Biológico em cápsula junta-se assim às variedades Expresso, Descafeinado, Angola, Brasil, Colômbia e Energy.

#42Distribuição em Expansão • Setembro 2013

novidades Conheça os mais recentes lançamentos de produtos nestas páginas da Distribuição em Expansão

Nova receita de Yoco SuiSSiNhoS

Smart tv bY LG

triNa SemPeScaNova

LaNça Novo Seafood mix

PLaNta de quiLo

o Primeiro café bioLóGico PortuGuêS em cáPSuLa

A Nestlé lançou recentemente uma nova receita de Yoco Suissinhos, revelando a marca suíça que estes iogurtes são “feitos a partir de fruta e leite e são uma importante fonte de cálcio”. A nova fórmula é agora enriquecida com vitamina D, um nutriente essencial para o desenvolvimento normal dos ossos.

TriNa Sem é a novidade TriNa, uma versão do sumo de laranja sem corantes, sem conservantes, sem aromas artificiais e sem açúcares adicionados.A marca refere que TriNa Sem mantém a mesma percentagem de sumo de laranja do original, mas tem menos 86% de calorias. O novo TriNa Sem está disponível em embalagens PET de 1,5 l e em latas de 33 cl.

A Smart TV da LG oferece à sala de estar a qualidade necessária para assistir ao melhor do desporto ao vivo e a grandes noites de cinema a 3 dimensões.Com características multidimensionais, fotografias vibrantes e um poder de som claro e nítido, a Smart TV vem ainda equipada com o Magic Remote, um conveniente e avançado comando de televisão.O cartão Premium Content, que selecciona e classifica os conteúdos mais populares no seu país, permite apreciar o melhor entretenimento esteja onde estiver. A Smart TV da LG permite a conexão a outros dispositivos com facilidade, possibilitando a partilha de conteúdos digitais, tornando-se possível carregar a bateria do smartphone através do cabo MHL.

A Schweppes lançou a gama Tónicas Original Premium Mixer, nas variedades Tónica Premium Original, Tónica Premium Pimenta Rosa e Tónica Premium Gengibre & Cardamomo. As novas tónicas Schweppes, apresentadas numa garrafa que recupera o espírito original do fundador, Jacob Schwepp, aliam, de acordo com a marca, “a qualidade reconhecida da tónica Schweppes a subtis aromas botânicos que realçam o melhor de cada variedade de gin.” “A Tónica Premium Original realça os aromas cítricos, combinando na perfeição com os mais diversos gins. Ideal para combinar com bebidas premium destiladas e com um toque de irreverência; a nova Tónica Schweppes Pimenta Rosa distingue-se pelos aromas de pimenta que deixam um final de boca ligeiramente amargo e pelas bolhas. A Tónica Gengibre & Cardomomo proporciona uma degustação única, criando um ambiente fresco e agradável ao paladar”, adianta a marca pertencente agora ao universo Mondelez International.

Nova Gama de tóNicaS SchwePPeS

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#44Distribuição em Expansão • Setembro 2013

VIPBarómetro dos Notáveis

Very Important professIonal

Um painel de profissionais dará,

mensalmente, a sua opinião

sobre questões da actualidade

colocadas pela redacção da

Distribuição em Expansão.

Trabalhadas, a posteriori,

estatisticamente, ficará a saber o

que os profissionais convidados

pensam sobre determinado

assunto, mas nunca de forma

individual, mas em grupo

1. Agostinho Kapaia, Presidente do grupo Opaia2. Aguinaldo Jaime, Jurista3. Albano Lussati, Vice-presidente da UNACA,

Confederação das Associações e Cooperativas de Camponeses de Angola

4. Estevão Daniel, Administrador da Refriango5. Filipe Lemos, Presidente Executivo da LIDE Angola

(Grupo de Líderes Empresariais)6. Galvão Branco, Consultor empresarial da GB

Consultores Reunidos7. Gomes Cardoso, Presidente do Codex Angola, Comité

Nacional para o Código Alimentar Angola8. Jorge Baptista, Presidente da Associação dos

Empreendedores de Angola (AEA)9. Jorge Coelho Pinto, Director da Jotil10. José António Rousseau, Docente, Consultor e

especialista em Distribuição Moderna

11. José Macedo, Director-geral da Lactiangol 12. José Severino, Presidente da Associação Industrial de

Angola (AIA)13. Judith Correia, Administradora da FaciCredit14. Luís Reis, Presidente da Associação Portuguesa de

Empresas de Distribuição (APED)15. Luís Sambo, Jurista, Projecto Executivo para a Reforma

Tributária16. Luíz de Mattos, Director-geral da Alimenta Angola17. Manuel Monteiro, Director da FertiAngola18. Manuel Victoriano Sumbula, Administrador da Coca-

Cola19. Matos Cardoso, CEO da Feira Internacional de Luanda

(FIL)20. Manuel Lopes, Directora-geral da MAXI21. Paulo de Carvalho, Director-geral da ScoreDistribuição22. Paulo Trindade, CEO da Abacus, Consultora

Imobiliária23. Pedro Miguel Silva, Senior Manager da Deloitte Angola24. Raúl Mateus, Sócio-administrador da Pomobel 25. Regina Santos, Pesquisadora do CEIC, Centro de

Estudos e Investigação Científica da Universidade Católica de Angola

26. Renato Azevedo, Presidente-executivo da Associação de Empresários e Executivos Brasileiros em Angola (AEBRAN)

27. Ricardo Gerigk, Delegado do Escritório da Economia Alemão em Angola

28. Rui Catalo, Administrador da Casa dos Frescos29. Rui Malaquias, Docente e economista30. Rui Miguel Nabeiro, Administrador da Delta-Cafés31. Rui Santos, Presidente da Sistec32. Victor Kavinokeka Paulo, Presidente da Câmara de

Comércio e Indústria (Huambo)

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#45Distribuição em Expansão • Setembro 2013

VIP

Segundo o estudo Observatório da Competitividade Empresarial em Angola, do Instituto de Fomento Empresarial, estima-se que o mercado nacional tem capacidade para instalação de 250 000 unidades comerciais.

a) Este adiamento é prejudicial

para Angola

b) Até os “acertos” apontados

pela ministra serem feitos,

Angola não deve aderir

c) Este adiamento beneficia

Angola

d) Angola devia ter estado

presente desde o início (Agosto

de 2007) na Zona de Livre

Comércio

a) Este número é claramente

superior ao que o mercado

necessita e tem capacidade para

absorver

b) Dependerá sempre dos

formatos e conceitos a adoptar

e respectiva dimensão das

unidades

c) Angola não tem capacidade

de instalação para 250 000

unidades comerciais

d) Justificado este número,

só demonstra o potencial de

crescimento do País e do sector

a) Preço dos imóveis (venda/

compra e aluguer)

b) Preços dos produtos de grande

consumo

c) Preços na restauração e

hotelaria

d) Preço dos serviços

a) Essa entrada era mais do que esperada, dado o potencial de crescimento da economia angolana e pouca oferta existente no mercado retalhista

b) Essa potencial entrada irá fazer com que os actuais operadores tentem sustentar o seu negócio o mais rapidamente possível, de modo a terem uma operação segura aquando da entrada da Walmart

c) Este anúncio poderá fazer outros operadores, que têm vindo a adiar a sua entrada, repensar a sua estratégia para o mercado angolano

d) Não acredito que a Walmart entre em Angola dentro do prazo anunciado

a) Esse facto só revela que o grupo

português ainda não possui modelo de

negócio para o País

b) O adiamento da entrada do

Continente em Angola só beneficia os

operadores que já estão no País e os

que pretendem entrar brevemente em

Angola

c) É acertado por parte da Sonae adiar a

entrada em Angola se ainda não possui

o modelo definitivo para o seu negócio

d) Com estes sucessivos adiamentos,

talvez a Sonae não encontre o modelo

de negócio para entrar em Angola

a) Directa com insígnia própria

b) Aquisição de player existente

c) Joint-venture com um operador

local

d) Regime de franchising

Citada pela agência Angop, a ministra do Comércio, Rosa Pacavira, adiantou que a adesão à Zona de Livre Comércio da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) será feita até 2015.

Segundo o responsável máximo da Massmart, braço da Walmart (maior retalhista mundial), a entrada em Angola deverá acontecer dentro de um prazo de três anos.

Luanda foi, novamente, considerada a cidade mais cara do mundo. Quais os factores que, em sua opinião, mais contribuem para esta realidade?

Os responsáveis da Sonae admitiram novo adiamento na entrada do Continente em Angola.

Em sua opinião, como acontecerá a entrada da Walmart em Angola?

1.

3.

5.

2.

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6.

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#46Distribuição em Expansão •Setembro 2013

afechar!

A terceira maior cervejeira do mundo (atrás da Anheuser-Busch InBev e SABMiller) continua a sua expansão internacional, tendo fechado o primeiro trimestre de 2013 com presença em 24 mercados.A nova aposta da companhia holandesa, que tem uma produção de cerca de 159 milhões de hectolitros anuais e uma quota mundial a rondar os 8,8%, é na Radler, tendo iniciado a exportação da cerveja com sabor a limão durante o mês de Agosto para a República Democrática do Congo.

Numa recente apresentação durante o Fórum de Investimento China-Quénia, o presidente do China Development Bank (CDB), Zheng Zhije, indicou que a instituição já investiu perto de 2,4 mil milhões USD em infra-estruturas e projectos comerciais em mais de 30 países africanos.De acordo com o responsável, os actuais projectos poderão trazer uns adicionais 10 mil milhões USD para território africano. Além disso, o CDB tem empréstimos na ordem dos 18,9 mil milhões USD em África. Segundo dados oficiais das Nações Unidas, o segundo maior investidor estrangeiro do mundo em África colocou perto de 20 mil milhões USD até ao final de 2012, valor que foi acrescentado em 3 mil milhões em 2013.As contas dos analistas indicam, contudo, que este valor deverá ser mais alto, com as contas a suporem um investimento de 30 mil milhões USD por ano nos últimos cinco anos. Certo é que a China se tornou o parceiro comercial principal de África em 2009, com o valor a ascender a 198,5 mil milhões USD, em 2012, e presumivelmente a totalizar 380 mil milhões USD, em 2015.

A Imperial apontou baterias a Moçambique com o objectivo ambicioso de, a curto prazo, tornar as suas marcas líderes de mercado naquele país africano. Marcando presença na 49.ª edição da Feira Agro-Pecuária, Comercial e Industrial de Moçambique (FACIM), no distrito de Marracuene, a 30 quilómetros da capital, Maputo, o maior produtor português de chocolates, além de reforçar o

negócio que já mantém no país, a empresa apresentou já as suas novidades para o próximo Natal. Em conjunto com o maior importador e distribuidor de produtos alimentares, a Tropigália, o seu parceiro local, a Imperial definiu Moçambique como mercado estratégico. Recorde-se que a África Austral, que integra Moçambique, é o mercado que detém o maior peso nas exportações da Imperial.

A cervejeira SABMiller inaugurou recentemente uma nova destilaria no Uganda, que representa um investimento de 90 milhões USD (cerca de 8,6 mil milhões Kz).A unidade, localizada na cidade de Mbarara, é a segunda neste país e será gerida pela Nile Breweries Limited (NBL), a filial da SABMiller no Uganda, tendo a construção da unidade começado em Fevereiro de 2012. A nova destilaria da SABMiller tem uma capacidade para 3,6 milhões de hectolitros e posiciona-se para melhor aproveitar o potencial dos mercados africanos. A nova fábrica irá produzir para as marcas Nile Special, Club Pilsener, Eagle Extra, Eagle Lager e Extra Strong Brew.

Carlsberg traz radler para Continente afriCano

China abre bolsa para ÁfriCa

MoçaMbique na Mira da iMperial

sabMiller expande-se eM ÁfriCa

super boCk seM ÁlCool Chega às arÁbiasA política de exportação da Unicer continua, com os primeiros contentores com meio milhão de litros de Super Bock sem Álcool 0,0% a chegarem recentemente à Arábia Saudita para serem comercializados em várias insígnias do canal alimentar.Com rotulagem em árabe, a cerveja sem álcool Super Bock será disponibilizada na referência original e nos novos sabores maçã, limão e romã, que foram desenvolvidos especificamente para este mercado. Uma das novidades é a comercialização em garrafa de 33 cl com o sistema de abertura fácil, um conceito da Unicer que chega agora, pela primeira vez, a este país do Médio Oriente.Para entrar na Arábia Saudita, a empresa até há pouco tempo liderada pelo actual ministro da Economia, António Pires de Lima, estabeleceu uma parceria local com a Al Fayha, segunda maior empresa produtora e distribuidora de águas e refrigerantes do país, com quem a Unicer estabeleceu contacto, pela primeira vez, na Feira do Dubai, em 2012.O objectivo da Unicer é vender 2 milhões de litros neste mercado, no primeiro ano, e 10 milhões de litros por ano, dentro de uma década.

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