Tunel de Vento

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1 UDC – CENTRO UNIVERSITARIO DINAMICA DAS CATARATAS CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA “Missão: Formar profissionais capacitados, socialmente responsáveis e aptos a promoverem as transformações futuras” BANCADA DE ESTUDOS DE PERFIS AERODINÂMICOS Lucas Henrique Oliveira Diego willy Foz do Iguaçu Junho / 2015

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trabalho para a construção de um protótipo de túnel de vento na instituição no oeste do parana

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UDC – CENTRO UNIVERSITARIO DINAMICA DAS CATARATASCURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

“Missão: Formar profissionais capacitados, socialmente responsáveis e aptos

a promoverem as transformações futuras”

BANCADA DE ESTUDOS DE PERFIS AERODINÂMICOS

Lucas Henrique Oliveira

Diego willy

Foz do Iguaçu

Junho / 2015

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SUMÁRIO

1-INTRODUÇÃO......................................................................................................3

2-OBJETIVOS..........................................................................................................6

3-JUSTIFICATIVA....................................................................................................7

4-REVISÃO BIBLIOGRAFICA................................................................................17

5-METODOLOGIA..................................................................................................18

6-CRONOGRAMA..................................................................................................19

7-PROJETO DE SISTEMA MECÂNICO................................................................20

8-LISTA DE MATERIAL E ORÇAMENTO..............................................................22

9-BIBLIOGRAFIA...................................................................................................23

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1 INTRODUÇÃO

O ser humano pode ser a considerado a criatura mais ambiciosa do nosso

pequeno planeta, sempre almejamos mais, sempre conquistamos de alguma forma

aquilo que era alvo de nossa ganancia. Por muito tempo, nos apenas observamos

os pássaros no desejo de voar, de conquistar o ideal supremo de liberdade que os

pássaros gozam. Com essas observações e essa ambição natural, o ser humano

começou a engenhar e construir muitas vezes protótipos que imitavam as asas de

pássaros na esperança de alcançar o céu. Mas por muito tempo isso não foi

possível e o ser humano falhou miseravelmente pagando algumas vezes com sua

vida, pois não haviam parâmetros, ele não entendia o que regia o voo dos pássaros,

ele simplesmente achava que o que sustentava os pássaros era o movimento das

asas. Como um cego que tenta entender as cores, ele não tinha as ferramentas

necessária para tal.

Com o estabelecimento dos métodos científicos e aquilo que se diz como

ciência concreta, o ser humano tinha ferramentas mais tenazes para seus

propósitos, para resolver seus enigmas. Agora as coisas não eram só fruto de

experimentações arriscadas e devaneios insanos. O ser humano sabia que quando

a atmosfera soprava com força, algumas formas de objetos interagiam diferente com

essa massa ar, algumas se mantiam de pé facilmente, outras se perdiam com o

vento. Com isso ele deve ter se questionado como era o funcionamento desse

sistema, como ele poderia fazer para conseguir se beneficiar disso.

Com a ciência o ser humano experimentou um turbilhão de novas ideias,

teorias e hipóteses juntas, mas a importância real disso é que elas eram divulgadas

e compartilhadas criando novas ideias e hipóteses. Os estudos navais estavam na

frente dos aeronáuticos no século XIX, pois barcos eles podiam testar e navegar,

mas ainda não tinham tido muito sucesso em maquinas voadoras. Mas foi só

questão e tempo, com os estudos hidrodinâmicos para ocorrer a ligação sobre

escoamento de fluidos.

E foi só questão de tempo para testes aerodinâmicos começarem a ser

realizados, talvez de uma forma ambiciosa, mas talvez eles não imaginavam o

impacto em todo campo do conhecimento que essas pesquisas iram trazer. De

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como isso ia mudar a visão geral da construção de cada objeto no futuro. Pois, as

pretensões deles eram basicamente para investigar os meios para alcançar aquele

velho desejo de voar como os pássaros e se deslocar graciosamente pelo fluido

atmosférico, como poderiam imaginar que áreas como arquitetura, engenharia civil,

automobilismo, entre outras, poderiam se utilizar dos resultados e dos conceitos

introduzidos a partir disso. Os tuneis de vento nasceram para os estudos

aerodinâmicos, eles são a ferramenta capaz de realizar ensaios que seriam

impossíveis de controlar fora de um laboratório, ou seja, ele recria a situação real

que os objetos enfrentam quando estão se deslocando pelo fluido atmosférico.

Uma das cosias mais emocionantes de todo isso é pensar que tanto os

animais aéreos quanto os marinhos, evoluíram através da seleção natural, ou seja,

se adaptando geração a geração, e aqueles que tinham as características mais uteis

foram se perpetuando. O ser humano se utilizou de uma ferramenta muito mais

efetiva e que teve praticamente o mesmo efeito, o intelecto. Graças a isso evoluímos

tanto no ar quanto no mar, em questão de se mover por fluidos, domamos a

evolução e a criamos em laboratório.

E tão ambicioso quanto qualquer ser humano, esse projeto visa a construção

de um túnel aerodinâmico subsônico de circuito aberto de pequenas proporções,

para a realização de testes e experimentos com perfis, talvez de forma muito

semelhante que foram feitos os primeiros com os pioneiros da aeronáutica.

Através da pratica de aerodinâmica experimental um olhar sobre essa

tecnologia não tão atual comparada com os ensaios realizados em computadores

(Dinâmica de fluidos computacional) que já são possíveis atualmente , mas observar

os conceitos introduzidos nos semestres antecessores e além disso analisar o

escoamento em perfis aerodinâmicos de modelos e objetos, comparando com

imagens e com dados já existentes feitos em testes de grandes proporções e avaliar

se há uma viabilidade e confiabilidade nos resultados conseguidos.

O projeto foi baseado em informações tiradas de várias fontes, tanto as

características do modelo quanto aos parâmetros que ele deverá obedecer para

criar uma leitura muito próxima da que se conseguiria em um grande túnel de vento

fechado em laboratórios de grandes proporções.

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2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

O projeto visa a construção de uma bancada de estudo aerodinâmico de

baixo custo para fins didáticos e a realização de ensaios aerodinâmicos afim de

observar o comportamento dos perfis de escoamento nos objetos testados, e nisso

comparar com imagens já existentes desses mesmos objetos e suas analises em

outros estudos e comparar os resultados obtidos no nosso construto.

2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS

Construir a bancada para ensaios aerodinâmicos

Realizar ensaios com corpos

Visualizar conceitos teóricos dos fluidos

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3 JUSTIFICATIVA

A proposta do projeto é a construção da bancada de estudos aerodinâmicos

no centro acadêmico, para a realização de pequenos ensaios com fins instrutivos

para as matérias relacionadas ao fluxo e dinâmica da matéria. Além disso, essa

construção será deixada como um legado para o futuro, para que mais acadêmicos

possam utilizar e visualizar os conceitos introduzidos em sala de aula.

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4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 4.1 Propriedades do ar

O ar é um fluido muito familiar na nossa vida, ele preenche a maior parte da

atmosfera, e é basicamente um dos fatores fundamentais da vida na terra. Ele é

composto de nitrogênio, oxigênio, vapor de agua, e outros gases e partículas

suspensas em baixa quantidade geralmente. Sem essa presença gasosa na

atmosfera não haveria os fenômenos nem estudos aerodinâmicos, por exemplo, no

espaço que pode ser considerado praticamente vácuo, não há fenômenos

aerodinâmicos, pois não há partículas para interagir e opor forças contra objetos.

Além disso, há vários componentes particulares que podem ser encontrados no ar

em situações diferentes, como composição atmosférica, pressão, temperatura,

vento, umidade.

4.2 VentoSegundo a definição de FRANCISCO (2015) “o vento consiste no

deslocamento de massas de ar, sendo que esse fenômeno é consequência do

movimento do ar de um ponto no qual a pressão atmosférica é mais alta em direção

a um ponto onde ela é mais baixa”. O vento pode ser considerado como algo ruim

ou negativo, tudo depende da capacidade do ser humano de obter controle sobre ele

ou se adaptar a ele. A milhares de anos usamos maquinas que possam obter sua

força para moer grãos ou até mesmo atualmente para transformarmos em corrente

elétrica. No passado os grandes desbravadores do novo mundo não estavam em

aeronaves sustentadas pelo vento, mas foram arrastados por ele em suas

embarcações com enormes velas.

O vento além de realizar funções de trocas de calores e umidade na nossa

superfície terrestre, também é responsável por espalhar vida, por desgastar

montanhas e cânions, uma força capaz de dar vida ou acabar com ela.

4.3 aerodinâmica

A aerodinâmica é a ciência responsável pelo estudo do movimento relativo de

gases (geralmente atmosféricos) e os objetos. Esse estudo é muito presente em

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qualquer etapa de processos de manufatura atuais. Não é algo tão recente a

relevância que o ser humano dá para esses estudos, os progressos reais vieram

juntamente com a aviação moderna e o automobilismo, ou seja, em meados do

século XIX e XX.

No início do século passado quando se ia projetar um prédio, uma torre, um

carro, ou quaisquer produtos, uma coisa que era dificilmente levada em

consideração era como isso se movia pelo ar, ou como ele interagia com o ar.

Quando não se é levado em consideração a eficiência aerodinâmica de um produto

isso gera desperdício de força ou até leva a danificação do mesmo, já que as forças

de escoamento podem ser destrutivas em muitos casos.

Hoje em dia os designers se preocupam muito com esses fatores, qualquer

coisa a ser produzida seja de grande escala ou pequena, há estudos aerodinâmicos

entrelaçados aos processos de manufatura. Nos casos de pequena escala, hoje em

dia há os softwares CAE para a realização de ensaios computadorizados de fluidos.

Já as empresas de grande porte que possuem recursos quase que ilimitados de

verbas como a indústria aeronáutica e automobilística, usam e abusam de

supercomputadores e de grandes instalações de ensaios aerodinâmicos. Com o

tempo os estudiosos também começaram a perceber que apesar de algumas vezes

ter relação o formato de gota de agua na facilidade que um corpo se move, nem

sempre isso será um fator decisivo para facilitar a forma com que o objeto se mova.

Os cientistas a partir dos estudos começaram a entender as leis que

regiam o voo dos pássaros, começaram a enxergar que havia forças agindo nos

corpos imersos em fluidos, no caso do voo, havia as forças que permitiam a

sustentação do corpo no ar.

4.4 Tuneis Aerodinâmicos

Segundo a NASA “Túneis de vento são grandes tubos com ar que se move

dentro. Os túneis são usados para copiar as ações de um objeto em voo. ” Francis

Herbet Wenham é um dos grandes conceptores do túnel de vento, isso em 1871,

graças aos ensaios feitos por ele e seus anos dedicados as pesquisas aeronáuticas

o homem começou a entender melhor os conceitos de arrasto e sustentação. A

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partir daí outros inventores como santos Dumont também aperfeiçoaram protótipos

de tuneis de vento para testar seus modelos em escala

reduzida e assim aperfeiçoar as asas que fizeram decolar um novo mundo.

Na maioria desses testes realizados em tuneis de vento usamos a

contribuição deixada por Sr. Isaac newton, a semelhança geométrica, com isso não

há necessidade de ter orçamentos milionários para construir gigantes centros de

testes para aeronaves. Basta construir um modelo geometricamente semelhante. Os

ensaios aerodinâmicos são de suma importância tecnológica atualmente, permite

maior confiabilidade, melhor escolha de parâmetros de material (rugosidade,

resistência), maior eficácia e tendência a obtermos um menor desperdício de

energia tanto mecânica quanto cinética.

4.4.1 TiposExistem basicamente dois tipos de tuneis de vento, o de circuito aberto e de

circuito fechado. Eles no fato de que um reutiliza o ar, além disso tuneis de grandes

proporções de circuito aberto utilizariam muito espaço e seria um transtorno. Já que

para pesquisas geralmente deve haver um controle maior do meio, como

temperatura, pressão, umidade. Geralmente os de circuito aberto são mais usados

em pequena escala como faculdades e de forma didática.

Além disso eles também podem ser classificados pela gama de vento que

eles conseguem gerar, por exemplo, os normalmente utilizados e que compreendem

a maior parte deles, são subsônicos, ou seja para realização de testes básicos,

testes de visualização e medição de força simples. Mas além desses há os

supersônicos e hipersônicos, utilizados geralmente na indústria aeronáutica e

aeroespacial, geralmente não há uma viabilidade para a construção desses,

geralmente esses testes ocorrem em tuneis “alugados”, como é o caso das

instalações da NASA (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço) que

disponibiliza para empresas realizarem testes.

4.4.1.1 Circuito aberto

A figura 1 mostra um túnel de vento de circuito aberto, é composto

basicamente de 3 partes. Compressor, câmara de ensaios e o difusor. O que atrai

muito na construção desse tipo de túnel aerodinâmico é que ele é de baixo custo.

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Apesar de suas limitações, por esse motivo não é tanto usado em escalas grandes.

Geralmente é o que se encontra em escolas e universidades por contato da

facilidade e do custo.

Imagem 1. Desenho esquemático de um túnel de vento aberto, o processo e partes.

Fonte:

4.4.1.2 Circuito fechado

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Imagem 2: retrata um túnel de circuito fechado e seus componentes básicos

Esse reutiliza o ar testado, mantendo em um circuito fechado. Nesse tipo há

maior controle das condições do ar e propriedades desejadas no ensaio,

temperatura, umidade, pressão, volume. Seu custo inicial é mais alto, mas é

indicado a ensaios mais recorrentes, já que comparado com o aberto, ele utiliza

menos energia para movimento de massa e possui menos ruído. Seu esquema

básico é mostrado na figura 2.

4.6 Modelo e protótipo (Analise dimensional)

Em muitos casos não há como realizar testes em laboratórios utilizando peças

em tamanho real, ou mesmo se houver essa possibilidade, pode se tornar muito

caro. Graças as descobertas de Isaac newton e do teorema de bridgman que tornou

possível as escalas de semelhança (teoria dos modelos). Com isso grandezas

podem ser relacionadas, no caso de ensaios aerodinâmicos geralmente desejamos

modelos dinamicamente semelhantes.

Com isso os custos para realizar testes, é bem reduzido, e ao mesmo tempo sua

eficácia é ainda muito significativa.

4.7 Injeção de fumaça

A representação visual de linhas de escoamento é obtida pela introdução de um

material de rastreamento no escoamento, no caso dos tuneis de vento geralmente

se utiliza fumaça para a visualização dos fenômenos de fluxo, geralmente para

acompanhar as linhas que percorrem a superfície (figura3). A análise geralmente se

dá através de fotografias e de vídeos, para uma posterior analise dos frames. Estas

fotografias fornecem as linhas de corrente definidas como uma linha contínua que é

tangente aos vetores velocidade ao longo do escoamento em um determinado

momento do ensaio. Como consequência desta definição, não há escoamento

cruzando uma linha de corrente. Geralmente são utilizados vapores de óleos leves,

embora até vapor seja utilizado, não dando bons resultados. Geralmente tuneis de

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vento que se utilizam dessa técnica não usam uma velocidade muito alta para o

fluxo, geralmente entre 10-20 m/portanto, uma superfície sólida ou parede que

delimita o escoamento também é uma linha de corrente. Quando se observa o

caminho de uma dada partícula fluida em função do tempo, tem-se a trajetória da

partícula.

Imagem 3: teste em túnel de vento com um veículo em tamanho real, teste com imersão de fumaça.

4.8 Regime de escoamento e forças envolvidas

Devido ao efeito da viscosidade, o escoamento de fluidos reais pode ocorrer de em

dois regimes distintos tanto escoamento laminar e o escoamento turbulento. Isso foi

descrito por Osbourne Reynolds, que realizou experimentos e que deixou um

legado, um número adimensional que utilizamos, Re.

Escoamento laminar é aquele em que as linhas de fluxo se deslocam sem

haver troca de massa entre elas, ou seja, elas fluem linearmente e definidas. No

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caso do ensaio com imersão de fumaça, é o que torna possível a visualização das

linhas de fluxo. Já no escoamento turbulento as partículas apresentam um

movimento que pode ser considerado como aleatório, a velocidade apresenta

componentes transversais ao movimento. O regime de escoamento é dado pelo

número adimensional chamado Reynolds (Re), que basicamente representa o

quociente entre as forças de inercia e forças viscosas. No caso dos sistemas que em

escala adimensional, quando um modelo e um protótipo possuem o mesmo número

de Reynolds nós podemos dizer que ambos são dinamicamente semelhantes, e isso

é muito importante para os testes.

O ar que passa sobre um corpo de revolução faz nascer, em contato com o

mesmo, uma camada onde há uma grande variação de velocidade do ar,

em função da distância a que o mesmo se entra do corpo. Daí resulta uma

deformação no fluxo de ar e essa camada é denominada camada-limite.

(SILVA, João Mendes da, 1977, p. 13)

Imagem 4: retrata a transição das zonas de escoamento

Fonte: manual do engenheiro Globo p.13

Coeficiente aerodinâmico (Cx)

Ao haver movimento de um corpo imerso a um fluido, dadas as questões

físicas há a geração de uma componente de força que pode ser decomposta tanto

no eixo x quanto no y. No caso a componente que aparece no eixo x é a força de

arrasto. Uma força que é contraria ao movimento. Esse número geralmente é

determinado por ensaios aerodinâmicos ou em softwares CAE, e quanto menor esse

coeficiente for mais eficazmente ele será considerado.

Onde:

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fa=(cx.p.vo².a)/2

fa- força de arrasto

cx-coeficiente aerodinâmico

p-densidade

vo-velocidade inicial

A-area transversal

Para cada corpo, cada formato de objeto, há seu coeficiente aerodinâmico. Hoje em

dia temos essa variável tabelada. Podemos ver um exemplo disso na figura 5.

Imagem 5: mostra exemplo de algumas geometrias e seus respectivos coeficientes aerodinâmicos.

Claramente esse coeficiente pode demonstrar a facilidade ou não de um

corpo se mover em um fluido, tanto gasoso quanto liquefeito. Atualmente o cx dos

carros é muito trabalhado afim de atender parâmetros de consumo e velocidade nos

veículos, a média atual que é observada está na faixa de 0,3.

Arrasto e sustentação

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Imagem 6: representação das componentes de força em um perfil aerodinâmico

Fonte: manual de engenheiro Globo, p.10

Ambas são componentes de força gerada devido a interação do movimento

relativo de um corpo imerso em um fluido. A força que resulta nesse corpo é

decomposta nos eixos x e y dando origem a essas forças. A força de sustentação é

aquela responsável tanto por fazer um avião ou um pássaro se manter em seu voo

constante ou até mesmo alguns tipos de embarcações, e ao mesmo tempo é o

responsável por manter veículos de auto desempenho mais estáveis no chão.

Tantos as leis de newton quanto as de bernoulli nos ajudam a entender o fenômeno

da sustentação.

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5- METODOLOGIA

A proposta do projeto uma bancada para estudos aerodinâmicos, a partir

deste princípio foi iniciada as pesquisas e coletas de dados na internet e em fontes

bibliográficas disponíveis. Tão depressa surgiram as bases fundamentais para o

projeto “feira de ciências” de tuneis de vento. São construções simples de

proporções na maioria das vezes modestas capazes de recriar as condições de

vento e pela inserção de fumaça ou vapor nesse caso, temos a capacidade de

visualizar as linhas que se formam com base no perfil aerodinâmico do objeto

submetido aos ventos.

A partir disso foi realizado o projeto direcionando a parte construtiva para

materiais que já havia a posse, ou seja, houve um aproveitamento de coisas para

não haver a necessidade de compra. Isso fez com que o orçamento não se tornasse

tão robusto para a realização da tarefa proposta.

Esse equipamento a ser construído pode ser dividido em modulo de 3 partes.

O compressor, a zona de teste e o difusor.

A requerimentos de construção para cada parte destas, algumas devem ser

seguidas à risca por motivos de escoamento de fluido.

Por exemplo, vindo da equação de bernoulli que para o fluxo temos que

vazão 1 é igual a vazão 2, temos que no início do compressor a seção de área é

maior que no início da zona de teste, isso é requerido para que a velocidade na zona

de teste seja maior (Q=V*A).

Conforme foi sendo iniciada a parte de levantamento de material, ocorreram

problemas de disponibilidades de alguns componentes, como um motor axial. Com

isso foi requerido uma certa flexibilidade nisso, e uma opção disponível era um

motor com um suporte de fluxo misto. Um motor geralmente utilizado dentro de um

ar condicionado com a função de sucção do ar para realizar a refrigeração do

mesmo. Com a maior parte dos componentes já aglomerados, se iniciou a parte de

montagem de todo aparato.

O protótipo foi elaborado no software Solid Works, aonde foi definido suas formas

iniciais e suas medidas básicas. Com cada peça catalogada ficou fácil realizar o

planejamento do plano de corte do material a ser usado, nesse caso chapa de mdf

de proporção de 5mm. O planejamento do plano de corte é importante para

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maximizar o aproveitamento da matéria prima. Com isso esse corte pode ser

realizado em até mesmo em uma máquina cnc, planejando aonde ficaria cada parte

a ser cortada e programando em sinumerik, mas como há limitações orçamentarias,

decidimos utilizar um corte manual realizado com uma máquina de corte circular.

Com os componentes principais já prontos para a montagem era chegada a

parte de seleção de fixação, ou seja, se iriamos utilizar algum tipo de material

aderente ou utilizar um elemento de fixação.

Com todo o “corpo” do protótipo já pronto, se inicia o processo de montagem

das fitas de led e de escolha de aonde deve ficar os tubos que realizam a injeção de

fumaça dentro da câmara de deste, esses que ficam localizados na grade de

retificação de fluxo de ar. Além disso deve se atentar aos detalhes de funcionamento

para qualquer modificação que deve se haver, pois muitas falhas em projetos só são

descobertas no momento dos primeiros testes de equipamentos.

Protótipo em pleno funcionamento para realizar os primeiros testes

aerodinâmicos com modelos. Nesses testes são comparados os perfis que se

destacam pela fumaça tanto de modo visual “real” quanto por foto.

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6- CRONOGRAMA

MES/ETAPAS Agosto Setembro Outubro Novembro

Escolha do tema

X

Planejamento do projeto

X X

Coleta de dados

X

Pé projeto X

Projeto XProtótipo X X

Orçamento detalhado

X X

1 apresentação

X

Materiais e métodos

X

Procedimentos de teste

X X

Resultados XApresentação X

Submeter X

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7- PROJETO DO SISTEMA MECÂNICO

Imagem 7 e 8: mostra como teoricamente ficara a bancada, com as seguintes componentes; a

entrada com seção que vai se estreitando para comprimir o volume de massa que é puxado pelo

ventilador de fluxo misto. Logo após a parte aonde a massa entra, existe a tela para retificar o fluxo,

ou seja, o fluxo que entra de forma desordenada é alinhado, do mesmo modo que acontece em

dissipadores de ventilação. A geometria dessa componente pode ser quadrada, circular, mas

geralmente se recomenda que seja no formato de colmeia. Nessa parte também é que adicionamos

as linhas de injeção de fumaça, para que ela possa percorrer o corpo que está na seção de teste.

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Imagem 9: Na seção de teste é aonde os perfis são adicionados, e aonde há a visualização de todo o

processo. Através de uma placa translucida que haja a possibilidade de olhar e de tirar fotografias.

Além disso com a abertura para facilitar em trocar o componente a ser testado no seu interior.

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8- LISTA DE MATERIAL E ORÇAMENTO

Material Quantidade Preço

máquina de fumaça 1 R$ 200,00

Grade de condicionador de ar

1 Já possuíamos posse

Chapa acrílico 10x20 cm Já possuíamos posse

Chapadas de m.f.

Fitas lied indefinido Já possuíamos posse

Motor ar condicionado 1 Já possuíamos posse

Corpo de ar condicionado 1 Já possuíamos posse

Elementos de fixação Já possuíamos posse

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9-BIBLIOGRAFIA

Livros:Barlow, Jewel B., Alan Pope, and William H. Rae, Jr. Low-Speed Wind Tunnel

Testing. 3rd ed. New York: John Wiley & Sons, Inc., 1999.

Brunetti, Franco. Mecanica dos fluidos. 2rd ed. São Paulo: Pearson Inc., 2005

Silva, João Mendes. Manual do engenheiro globo. 6ª ed. Porto alegre: Editora

globo., 1977

WHITE, Frank M. Mecânica dos fluidos. 6. ed. Rio de janeiro: McGraw-Hill, c2010

Material da Internet Disponível em: <http://www.sciencebuddies.org/science-fair-projects/wind-tunnel-

toc.shtml> . Acesso em : 25 ago. 2015

Disponível em <http://www.ctie.monash.edu.au/hargrave/wenham.html> Acesso em: 25 ago. 2015.

Disponível em <http://carros.hsw.uol.com.br/aerodinamica2.html> Acesso em: 25 ago. 2015.

Disponível em <http://flatout.com.br/como-funciona-um-tunel-de-vento.html> Acesso em: 25 ago. 2015.

FRANCISCO, Wagner De Cerqueria E. "Vento"; Brasil Escola. Disponível em <http://www.brasilescola.com/geografia/vento.htm>. Acesso em 26 de setembro de 2015.

What are wind tunnel? disponivel em <http://www.nasa.gov/audience/forstudents/k-4/stories/nasa-knows/what-are-wind-tunnels-k4.html> Acesso em: 27 de setembro de 2015.