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UABVIComunicação

1ª sessão 26 de fevereiro de 20145 e 6 de março de 2014

Maria Filomena Capucho - UCP

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Informações essenciais

Contactos [email protected] Skype - fcapucho Telemóvel – 96 301 46 90 (das 9.30 às

21.30)

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Maria Filomena Capucho 3

Sumário da sessão1. Apresentação dos alunos

2. Apresentação do Programa e das formas de avaliação

3. Escrita Académica3.1 Especificidades3.2 Princípios subjacentes3.3. Diversidade(s) textual(-ais)

3.3.1. A ficha de leitura3.3.2. A recensão bibliográfica3.3.3. A monografia

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4. Noções básicas de comunicação Linguagem, língua, discurso e

comunicação: definição de conceitos

Linguagem verbal, linguagem paraverbal e linguagem não-verbal

caraterização; complementaridade(s)

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5. Do quadro comunicacional de Jakobson a um modelo de interação sociocomunicativa (ou do “telégrafo” à “orquestra”)

funções da comunicação: informação e relação

o postulado da impossibilidade da não-comunicação

6. Gestão de conflitos : as noções de Face e de Lugar

(Goffmann, 1973) estratégias de negociação

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Apresentação dos alunos

Se eu fosse… Responde ao mini-teste Adivinha de quem se trata

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Uma proposta de Programa

Estrutura metodológica Conteúdos Formas de avaliação Programação Bibliografia

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Escrita Académica

Contexto Finalidades Atores Locutores Tipos

Ficha de leitura Recensão bibliográfica Monografias

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A recensão bibliográfica Definição: Texto de síntese a partir das

fichas leitura de um ou vários documentos identificados

Cuidados a ter O registo A coerência e a coesão do texto A identificação das fontes A referenciação das fontes (cf. normas de

Vancouver) Os aspetos formais (ortografia e

formatação) Maria Filomena Capucho - UCP

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Questão central

Porque razão, num mundo em que a comunicação parece dominar o quotidiano de todos, há cada vez mais pessoas que se sentem sozinhas?

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Comunicação, linguagem, língua e discurso

Distinção entre conceitos O que é a linguagem?

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Língua

Norma vs uso Variantes e implicações sociais Correção vs adequação

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Discurso

Discurso e discursos Implicações sociológicas Rituais e scripts comunicacionais

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Linguagem verbal, linguagem paraverbal e linguagem não-verbal

Linguagem verbal – utiliza palavras; é constituída por signos

Linguagem paraverbal – sons que acompanham produção verbal

Linguagem não-verbal – outros códigos de comunicação que não utilizam a palavra

Proxémica QuinésicaMaria Filomena Capucho -

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Do quadro comunicacional de Jakobson…

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O Modelo de Jakobson

6 componentes na comunicação verbal: o destinador (emissor) utilizando um código para transmitir uma mensagem a um destinatário (receptor), através de um contacto (canal) situado

num contexto específico

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E…

A existência destas 6 componentes seria suficiente para o sucesso da comunicação - desde que a mensagem chegue ao destinatário sem ruídos e que este possua o mesmo código que o destinador, só será necessário descodificá-la.

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Logo…

Estamos perante uma conceção telegráfica da comunicação

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…a um modelo de interação sociocomunicativa

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A Escola de Palo Alto

“... le terme “communication” recouvre l’ensemble des dimensions de notre monde réel qui résultent du fait que des “entités” en général — avant tout, bien évidemment, des hommes — entrent en relation les unes avec les autres et se mettent à agir les unes sur les autres.” 1

(pag.228)

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Implicações

De um modelo do tipo «telegráfico», passamos à conceção da comunicação enquanto «orquestra», onde cada indivíduo é um participante que toca uma partitura que lhe é específica.

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O postulado da impossibilidade da não-comunicação 

É impossível não comunicar

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“Il suffit de la présence d’autrui pour que tout comportement, actif ou passif, intentionnel ou pas, présente un caractère communicationnel et constitue une communication. Comme il n’y a pas de non-comportement, on ne peut non plus ne pas communiquer.” 1(pag. 19)

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As dimensões da comunicação

Qualquer ato comunicacional comporta necessariamente duas dimensões:

A dimensão de transmissão de conteúdos (qualquer ato é suposto transmitir uma informação)

A dimensão relacional, respeitante às relações estabelecidas pelos interlocutores na relação comunicativa. 1 (pag. 20).

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A noção de Face

Diretamente relacionada com a auto-imagem, mais precisamente com a auto-imagem positiva que cada um deseja apresentar aos outros (e a si mesmo) e manter.

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Definição

… la valeur sociale positive qu’une personne revendique effectivement à travers la ligne d’action que les autres supposent qu’elle a adoptée au cours d’un contact particulier. La face est une image du moi délinée selon certains attributs sociaux approuvés, et néanmoins partageable. 2 (pag. 9)

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Face positiva

A face positiva é a necessidade de apresentar e manter uma auto-imagem positiva, de ser amado e de se fazer amar e respeitar, de estabelecer laços com os outros

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Face negativa e face positiva

Brown & Levinson3 propõem uma distinção entre face positiva e face negativa.

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Face negativa

A face negativa é o desejo de “not to impose and not to be imposed.”4

(pag. 20), ou seja, de preservar o “território” de cada um dos parceiros, a sua intimidade pessoal.

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FTAs

Qualquer ato realizado no decurso de uma interação é suscetível de constituir uma ameaça para uma e/ou outra das faces de cada um dos parceiros, ou seja, qualquer ato é suscetível de constituir um “Face Threatening Act” (FTA), expressão introduzida por Brown & Levinson.3

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FFAs

Simultaneamente, para reduzir os conflitos interpessoais, os interlocutores produzem FFAs (Face Flattering Acts), simetricamente opostos aos FTAs. 5

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A noção de negociação Dado que o sentido é co-

construído, todo o ato comunicativo é um ato de negociação; corresponde à cooperação entre os

interlocutores, seja ela colaborativa ou conflituosa

Para reduzir os conflitos, a eficácia das estratégias de negociação é fundamental

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Bibliografia citada1. Watzlawick P. Les Cheveux du Baron de Münchhaussen- Psychotérapie et “réalité”. [trad] Paris: Seuil; 1991.2. Goffman E. La mise en scène de la vie quotidienne (2 vol.). Paris: Minuit ; 1973.3. Brown P, Levinson S. Politeness: some universals in language use. Cambridge: Cambridge University Press; 1978.4. Diamond J. Status and Power in Verbal Interaction. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins Publishing Company; 1996.5. Kerbrat- Orecchioni, C. (2006). Análise da conversação. Princípios e Métodos. São Paulo: Parábola Editorial.

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Bibliografia obrigatória

Capucho, MF. Communication verbale et non-verbale. In : Maigret, E. editor. Communication et Médias. Paris: Les notices – La documentation Française ; 2003. p. 11 – 15

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