Ufcd - 7216 - Abordagem Física e Psicológica Da Doença
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Manualis – Manuais de Formação Online
Abordagem Física e Psicológica
da Doença na Prestação de
Cuidados de Higiene,
Alimentação, Hidratação,Conforto e Eliminação
UFCD: 7216
Manualis – Manuais de Formação Online
Manualis – Manuais de Formação Online
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Detalhe da UFCD:7216 – Abordagem Física e Psicológica da Doença na Prestação deCuidados de Higiene, Alimentação, Hidratação, Conforto e Eliminação
Designação da UFCD:Abordagem Física e Psicológica da Doença na Prestação de Cuidados deHigiene, Alimentação, Hidratação, Conforto e Eliminação
Código:7216
Carga Horária:50 Horas
Objetivos:
Identificar os conceitos e princípios fundamentais acerca da doençaaguda e crónica;
Identificar as caraterísticas da doença crónica e aguda e as suasprincipais expressões;
Identificar os aspetos psicológicos e sociais da pessoa com doençacrónica.
Conteúdos:
Conceito de doença aguda e de doença crónica
Principais doenças agudas e suas caraterísticas
Principais doenças crónicas e suas caraterísticaso
Doenças cardiovasculares Acidente vascular cerebral Enfarte agudo do miocárdio
o Doenças respiratóriaso Doenças oncológicaso Doença de Parkinsono VIH/ Sida
Especificidade das doenças crónicas incuráveis Aspetos psicológicos e sociais da pessoa com doença crónica
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Alterações físicas, psicológicas e sociais causadas pela doençacrónica
Implicações das alterações na prestação de cuidados pessoais
A comunicação com o doente, seus familiares e/ou cuidadoreso
Pressupostos da comunicação com o doente, seus familiarese/ou cuidadores
o Impacto da doença crónica ou aguda na qualidade de vida doindivíduo, família e cuidadores
Referenciais de Formação:
762319 – Técnico/a de Apoio Familiar e de Apoio à Comunidade
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Índice:
1. Doenças: Conceito e Caraterísticas .................................................... 1
1.1. Doenças Agudas ................................................................................ 3
1.2. Doenças Crónicas .............................................................................. 5
2. Aspetos Físicos, Psicológicos e Sociais da Doença Crónica ............... 44
3. A Comunicação com o Doente, Familiares e/ou Cuidadores ............ 50
4. Bibliografia e Webgrafia .................................................................. 57
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“
Um amigo me chamou
Para ajudá-lo a cuidar da dor dele.
Guardei a minha no bolso.
E fui ”
Caio Abreu)
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1. Doenças: Conceito e Caraterísticas
A Doença representa um conjunto de sinais e sintomas
específicos que afetam um ser vivo, alterando o seu
estado normal de saúde. O vocábulo é de origem latina, em que
“dolentia” significa “dor, padecimento”.
Em geral, a doença é caracterizada como ausência de saúde, um estado que ao
atingir um indivíduo provoca distúrbios das funções físicas e mentais. Pode ser
causada por fatores exógenos (externos, do ambiente) ou endógenos (internos, do
próprio organismo).
Diferentes ciências dedicam-se ao estudo das doenças, entre elas:
A patologia estuda as doenças no geral, relacionadas com a medicina;
A ciência médica estuda as doenças dos seres humanos;
A fitopatologia analisa as doenças que afetam as plantas;
A medicina veterinária estuda as manifestações patológicas nos animais.
Em geral, ao examinar um doente, o profissional observa os sinais e sintomas e os
associa a uma determinada doença, solicita exames diversos e a partir dos resultados
informa um diagnóstico, que será a base para o tratamento.
Ao encarar-se o processo de saúde/ doença numa perspetiva holística e
biopsicossocial, há que encarar o indivíduo como um todo e com um papel ativo no
que diz respeito à sua saúde e doença.
Deste modo, passa a ter especial importância a avaliação de fatores que
determinam as reações do indivíduo perante o processo de saúde/doença e a forma
como determinadas variáveis, nomeadamente de natureza cognitiva, social e cultural,
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podem influenciar o modo como as pessoas se confrontam com determinado
problema de saúde com que se deparam.
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1.1.
Doenças Agudas
As Doenças Agudas são processos súbitos,
com tendência a completar o seu curso num tempo
curto ou moderado, com a cura ou a morte. Podem ser
provocadas por fatores excitantes externos (físicos,
alimentares, emocionais...) ou internos (mentais).
As doenças agudas podem agredir o Homem individualmente (doença aguda
individual) ou diversas pessoas ao mesmo tempo (doença coletiva).
A doença aguda individual pode ser causada por:
Trauma: Ocorre por traumatismos, ferimentos, contusões, luxações, fraturas;
Indisposição: São distúrbios fisiopatológicos devidos às causas ocasionais como
uma constipação ou sobreaquecimento exagerado; excessos de bebida ou
comida, carências ou intoxicações alimentares; cansaço excessivo; repressão de
desejos; emoções, preocupações e impulsos fortes;
Exacerbação das doenças crónicas: São na maioria das vezes, a exacerbação
passageira de uma dor latente que recai e volta ao seu estado crepuscular,
quando a fase aguda não foi muito violenta e após ter sido rapidamente
curada. São casos como a asma, anginas, erupções da pele.
A doença aguda coletiva (epidemias) pode ser:
Esporádica: Ataca diversas pessoas suscetíveis a uma influência externa ao
mesmo tempo (por exemplo, várias pessoas podem se constipar após uma
mudança súbita da temperatura ambiente; influências meteorológicas,
climáticas; pneumonias; hemorragias; gastroenterites);
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Epidémica: Diversas pessoas são atacadas por sofrimentos muito semelhantes,
provenientes da mesma causa (que pode ser desde uma calamidade por
guerra, inundação, fome, ou até um miasma agudo peculiar, como a varíola ou
o sarampo).
Fases das doenças agudas:
Fase Inicial: O início dos sintomas pode ser abrupto ou insidioso;Fase de Deterioração: Até atingir um máximo de sintomas e danos;
Fase de Plateau: Com manutenção dos sintomas e possivelmente novos picos,
uma longa recuperação com desaparecimento gradual dos sintomas;
Fase da Convalescença: Já não há sintomas específicos da doença mas o
indivíduo ainda não recuperou totalmente as suas forças.
Tipos de doenças agudas:
Infeções por vírus, bactérias: gripes, infeções
gastrointestinais, pneumonia, meningite;
Trauma físico;
Enfartes, hemorragias e outras condições cardiovasculares.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sintomahttps://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADrushttps://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9riahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Gripehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Pneumoniahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Meningitehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Traumahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Infartohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Hemorragiahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Hemorragiahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Infartohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Traumahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Meningitehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Pneumoniahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Gripehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9riahttps://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADrushttps://pt.wikipedia.org/wiki/Sintoma
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1.2.
Doenças Crónicas
As Doenças Crónicas tornaram-se
num desafio para a sociedade do século XXI,
devido ao seu aumento, ao aumento do
número de portadores destas doenças, ao
aumento dos custos diretos e indiretos para
os doentes, famílias, sociedade e também
devido às alterações demográficas que estas
acarretam. As doenças crónicas têm um início insidioso e um caráter progressivo ou
reincidente.
Por sua vez, o aumento das doenças crónicas deve-se em parte devido à crescente
evolução da ciência, da tecnologia e dos cuidados de saúde em si, que por um lado se
demonstrou bem-sucedida na redução e tratamento de doenças infecto-contagiosas, e
por outro lado, ao dar resposta a este problema, e aliada a uma melhoria evolutiva do
nível da qualidade de vida das populações, contribuiu para o aumento da esperança
média de vida, ampliando assim o risco de desenvolver doenças crónicas.Devido ao processo normal de envelhecimento do organismo, os indivíduos ficam
cada vez mais vulneráveis ao aparecimento de doenças e à exposição a fatores de risco
para estas doenças ao longo de toda a vida.
Tipos mais comuns de doenças crónicas:
Diabetes Mellitus;
Doenças cardiovasculares;
Doenças pulmonares crónicas;
Doenças mentais;
Doenças oncológicas;
Doenças neurodegenerativas (Doença de Alzheimer; Doença de Parkinson);
Dislipidemias;
VIH/ Sida;
Doenças autoimunes.
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A contribuição do comportamento para estas doenças
leva a que sejam denominadas por “doenças
relacionadas com o estilo de vida" (OMS, 2008),
principalmente porque um conjunto de fatores de
risco comportamentais, se tornou responsável por
uma grande parte das doenças crónicas.
Fatores de Risco para as Doenças Crónicas:
Fatores Comportamentais:
Dietas pouco saudáveis;
Ingestão de demasiadas calorias;
Sedentarismo;
Consumo de tabaco e álcool.
Fatores Biológicos: Hipertensão arterial;
Colesterol elevado;
Obesidade.
Fatores Ambientais:
Poluição.
Fatores Idiossincráticos:
Idade;
Hereditariedade.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (2008) as doenças crónicas são
consideradas como doenças de longa duração e de progressão lenta, variando o
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tempo de doença necessário para ser considerada crónica, desde três meses até aos
doze meses.
Adicionalmente são condições nas quais as pessoas, regra geral, sobrevivem por
um período de tempo considerável, mas devido a limitações funcionais necessitam de
cuidados médicos contínuos.
Em alguns casos, as doenças
crónicas são assintomáticas (o
portador não possui nenhum
sintoma), mas quando se
manifestam, as crises podem ser
intensas, dolorosas e muito
incómodas.
Em geral, as doenças crónicas
não podem ser resolvidas apenas com um medicamento, exigindo um tratamento mais
exigente e contínuo.
Prevalência das Doenças Crónicas
A prevalência de doenças
crónicas está a aumentar não só entre
os indivíduos de idade mais avançada,
mas também entre as pessoas de meia-
idade, sem distinção de sexo, raça,
etnia ou classe social.
A OMS (2008) estima que, no ano de 2002, as doenças crónicas não
transmissíveis tenham sido responsáveis por 87% do número de mortes nos países
desenvolvidos. Já no ano de 2005, estas doenças tiraram a vida a cerca de 35 milhões
de pessoas.
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Posto isto, a OMS afirma que na Europa, as doenças crónicas são responsáveis
pela maior parte da mortalidade e da morbilidade, tornando-se um fardo ainda maior
no futuro.
De facto, numa perspetiva futura estima-se que, em 2030, as doenças crónicas
não transmissíveis contribuam para cerca de 69% do número global de mortes. De
acordo com estes dados depreende-se que as doenças crónicas sejam um problema de
vital importância (OMS, 2008).
Gestão das Doenças Crónicas
É do conhecimento geral que
viver com uma doença crónica tem
um impacto significativo sobre a
qualidade de vida das pessoas e
também das suas famílias.
Na medida em que, estas doenças reduzem a capacidade para realizar
atividades da vida diária através de limitações ao nível físico e mental, conduzindo
também, muitas vezes à morte.
Este impacto pode ser reduzido através da gestão adequada para essas
doenças. Uma vez que as intervenções com vista a reduzir os fatores de risco e
prevenir a doença crónica podem ser extremamente bem-sucedidas, porque um
pequeno grupo de comportamentos modificáveis é responsável por uma proporção
substancial de doenças crónicas.
Além disso, a gestão ao nível da deteção e intervenção precoce demonstraram
um grande potencial que permite reduzir as mortes por doenças crónicas e também
para melhorar a saúde e qualidade de vida das pessoas afetadas, ajudando a prevenir
crises e deterioração da saúde.
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A forma mais comum de concetualizar os cuidados para as condições crónicas
é o triângulo de cuidados Kaiser Permanente, onde se destacam três níveis principais
de atuação:
O autocuidado, que passa por apoiar as pessoas de baixo risco a ter um papel
ativo na gestão do seu próprio cuidado;
A gestão da doença, para pessoas que precisam de uma rotina de
acompanhamento regular e estão em alto risco, providenciada por equipas
multidisciplinares e baseada em evidência científica;
O tratamento ou gestão de casos, providenciado por gestores de caso, para
pessoas com necessidades complexas, que seriam os maiores utilizadores de
cuidados.
De acordo com as iniciativas já existentes, a evidência sugere que os componentes
essenciais para uma boa gestão da doença crónica incluem:
O uso de sistemas de informação para acesso a dados vitais sobre indivíduos e
populações;
A identificação de pacientes com doença crónica e a sua segmentação, através
da estratificação de risco;
A prevenção de doenças e promoção da saúde;
O envolvimento dos doentes no seu próprio atendimento, como forma de
motivação para o autocuidado;
A coordenação dos cuidados, através da articulação do setor público e privado
de saúde e serviços sociais, voluntários e grupos da comunidade, assim como
os usuários dos serviços e seus familiares;
A utilização de equipas multidisciplinares;
A integração de conhecimentos especializados e generalistas;
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A integração dos cuidados ultrapassando as fronteiras organizacionais,
permitindo que os utilizadores do sistema possam facilmente circular dentro
dele;
A prestação de cuidados com carácter menos intensivo.
As Doenças Crónicas em Portugal
Em Portugal as doenças crónicas
têm um lugar de destaque através dos
Programas Nacionais de Saúde que se
inserem no Plano Nacional de Saúde (PNS).
O que pode ser observado no Decreto-Lei nº 124/2011 de 29 de Dezembro,
onde se determina que os programas de saúde prioritários a desenvolver pela DGS são
o Programa Nacional para a Diabetes, o Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA, oPrograma Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo, o Programa Nacional
para a Promoção da Alimentação Saudável, o Programa Nacional para a Saúde Mental,
o Programa Nacional para as Doenças Oncológicas, o Programa Nacional para as
Doenças Respiratórias, o Programa Nacional para as Doenças Cérebro-
cardiovasculares.
Como se pode evidenciar, os Programas selecionados como prioritários estão
todos relacionados com doenças crónicas ou os seus fatores de risco, o que demonstra
a importância que estes problemas detêm a nível nacional.
Além disso, o Sistema Nacional de Saúde (SNS) também se foi adaptando às
novas necessidades geradas pelo aumento de doentes crónicos através da criação da
Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, que visa dar resposta ao
progressivo envelhecimento da população, ao aumento da esperança média de vida e
à crescente prevalência de pessoas com doenças crónicas incapacitantes.
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Esta Rede é composta por um conjunto estruturado de unidades, de
internamento e ambulatório, e equipas que prestam cuidados continuados de saúde e
de apoio social a pessoas em situação de dependência com falta ou perda de
autonomia. O que a torna num meio mais próximo de ajuda aos doentes crónicos.
Reforçando a ideia de que os doentes crónicos
necessitam de mais acesso e cuidados de saúde,
surgem as Orientações dadas pela OMS para o SNS
após uma avaliação da sua performance.
De entre as orientações recomendadas salienta-se “investir em atividades de
prevenção e promoção da saúde a fim de combater fatores de risco e integrar os
determinantes da saúde em saúde pública, promoção da saúde e prevenção de
doenças,” o que irá beneficiar tanto os potenciais doentes crónicos que serão alvo da
prevenção, como os já doentes crónicos, através de medidas de promoção da saúde.Outra medida importante será “reduzir as barreiras de acessibilidade aos
serviços de saúde, no que se refere ao nível relativamente elevado de gastos em
cuidados de saúde pagos pelo próprio consumidor em Portugal”, que é especialmente
elevado nos doentes crónicos, visto muitas vezes, necessitarem de cuidados aos quais
o SNS não consegue dar resposta.
Por fim, destaca-se o “desenvolver uma abordagem sistemática para a
avaliação de custo-efetividade para as tecnologias, políticas e práticas de gestão para
garantir que estas são usadas de forma adequada, fornecendo o maior benefício para
a população”, com esta abordagem mais formas de tecnologia e programas poderão
ser comparados, e assim melhor alocados os recursos, o que pode beneficiar os
doentes crónicos para os quais existem ainda poucos recursos.
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Apesar dos esforços que têm vindo a ser efetuados, existe uma ampla margem
de melhoria na abordagem das doenças crónicas em Portugal. Isto porque o SNS
responde aos doentes crónicos de forma:
Baseada principalmente em cuidados agudos;
Reativa e segmentada, centrada nos profissionais onde o doente assume um
papel passivo;
Deficitária em termos de informação assim como de resultados.
Ou seja, os doentes dirigem-se maioritariamente ao SNS pela agudização das suas
condições não havendo o seguimento necessário após esses episódios, nem
comunicação com o restante sistema sobre os episódios verificados.
Durante estes episódios, são os profissionais de saúde que efetuam o tratamentonão partilhando informações nem decisões com o doente.
Desta forma facilmente se depreende que os resultados ficam aquém das
necessidades destes doentes, e que a falta de apoio durante as fases não agudas se
reflita na agudização da doença, que é aliás a maior causa de consultas em Portugal.
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Doenças Cardiovasculares
De um modo geral, são o conjunto de doenças
que afetam o aparelho cardiovascular,
designadamente o coração e os vasos sanguíneos.
As doenças cardiovasculares incluem:
As doenças cardíacas coronárias;
As doenças vasculares cerebrais;
As doenças arteriais periféricas;
A hipertensão;
As doenças cardíacas congénitas;
A trombose venosa profunda;
A embolia pulmonar.
Sobre as doenças cardiovasculares sabe-se que são a principal causa de morte no
mundo, uma vez que, anualmente em todo mundo ocorrem mais mortes devido adoenças cardiovasculares do que qualquer outra doença (OMS, 2008).
De facto, no ano de 2008, os dados demonstraram que 17,3 milhões de pessoas
morreram devido a doenças cardiovasculares o que representa 30% de todas as
mortes a nível global. Para o futuro já não muito longínquo, para o ano de 2030,
estima-se que cerca de 25 milhões de pessoas morrerão de doenças cardiovasculares,
continuando estas a ser uma das principais causas de morte a nível mundial (OMS,
2008).
As doenças cardiovasculares representam a principal causa de morte em
Portugal e são também uma importante causa de incapacidade.
Devem-se essencialmente à acumulação de gorduras na parede dos vasos
sanguíneos – aterosclerose – um fenómeno que tem início numa fase precoce
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da vida e progride silenciosamente durante anos, e que habitualmente já está
avançado no momento em que aparecem as primeiras manifestações clínicas.
As suas consequências mais importantes – o enfarte do miocárdio, o acidente
vascular cerebral e a morte – são frequentemente súbitas e inesperadas.
A maior parte das doenças cardiovasculares resulta de um estilo de vida
inapropriado e de fatores de risco modificáveis.
O controlo dos fatores de risco é uma arma potente para a redução das
complicações fatais e não fatais das doenças cardiovasculares.
O desenvolvimento das ciências da saúde veio provar que a morte ocorrida em
idades precoces, no mundo ocidental, não se deve a uma fatalidade do destino, mas
antes a doenças causadas ou agravadas pela ignorância das causas reais que a elas
conduzem. Podemos incluir neste quadro as doenças cardiovasculares.
Fatores de Risco
Fatores Idiossincráticos
A idade e a história familiar encontram-se
entre as condições que aumentam o risco de
uma pessoa vir a desenvolver doenças no
aparelho cardiovascular. Contudo, existe um
outro conjunto de fatores de risco individuais
sobre os quais podemos influir e modificar e que
estão, sobretudo, ligados ao estilo e ao modo de
vida atual.
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Tabagismo
Considerado o fator de risco mais
importante na União Europeia, estando
relacionado com cerca de 50 % das causas de
morte evitáveis, metade das quais devido à
aterosclerose.
Os efeitos nocivos do tabaco são
cumulativos, quer no que se refere ao seu
consumo diário quer ao tempo de exposição.
O risco aumenta quando a exposição se inicia antes dos 15 anos de idade, em
particular para as mulheres, uma vez que o tabaco reduz a proteção relativa
aparentemente conferida pelos estrogénios.
As mulheres que recorrem à anticoncepção oral (toma da pílula) e que fumam
estão sujeitas a um maior risco de acidente cardiovascular: por exemplo, o risco de
enfarte do miocárdio aumenta de seis a oito vezes.
O tabagismo é, sem dúvida, um risco cardíaco. Os fumadores de mais de um maço
de cigarros por dia têm quatro vezes mais enfartes do miocárdio do que os não
fumadores. Contudo, até o fumo de poucos cigarros por dia – tabagismo ligeiro –
aumenta o risco de enfarte do miocárdio: o fumo de apenas um a cinco cigarros por
dia aumenta o risco de 40%. Os não fumadores, quando têm enfartes, têm-nos dez
anos mais tarde que os consumidores de tabaco.
O tabagismo favorece o aparecimento da Angina de Peito, do Enfarte do Miocárdio
e da Doença Arterial Periférica, e pode levar, inclusive, à morte. O risco de acidente
vascular cerebral também aumenta nos fumadores de modo proporcional ao número
de cigarros fumados por dia.
O consumo de charutos e o fumo de cachimbo também aumentam o risco de
enfarte do miocárdio. O mesmo se aplica ao fumo de cigarros com filtro, fumo decigarros "leves" e ao fumo sem inalação. Os não fumadores que vivem ou trabalham
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com fumadores, chamados fumadores passivos, estão também sujeitos aos malefícios
do tabaco.
A cessação do hábito tabágico é isoladamente a medida preventiva mais
importante para as doenças cardiovasculares.
Sedentarismo
A inatividade física é hoje reconhecida como
um importante fator de risco para as doenças
cardiovasculares. Embora não se compare a
fatores de risco como o tabagismo ou a
hipertensão arterial, é importante na medida em
que atinge uma percentagem muito elevada da
população, incluindo adolescentes e jovens
adultos.
A falta de prática regular de exercício físico moderado potencia outros fatores de
risco suscetíveis de provocarem doenças cardiovasculares, tais como a hipertensão
arterial, a obesidade, a diabetes ou a hipercolesterolemia.
Diabetes Mellitus e Obesidade
Os riscos de um acidente vascular cerebral ou do
desenvolvimento de uma outra doença
cardiovascular aumentam com o excesso de peso,
mesmo na ausência de outros fatores de risco.
É particularmente perigosa uma forma de
obesidade designada obesidade abdominal que se
caracteriza por um excesso de gordura principal ou
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exclusivamente na região do abdómen. A obesidade abdominal está associada a um
maior risco de desenvolvimento de diabetes e doenças cardiovasculares.
Maus Hábitos Alimentares
Está provado que a alimentação constitui um
fator na proteção da saúde e, quando
desequilibrada, pode contribuir para o
desenvolvimento de doenças cardiovasculares,
entre outras. Por isso, o excesso de sal, de
gorduras, de álcool e de açúcares de absorção
rápida na alimentação, por um lado, e a ausência
de legumes, vegetais e frutos frescos, por outro,
são dois fatores de risco associados às doenças
cardiovasculares.
Para ser saudável, a alimentação deve ser variada e polifracionada (muitas
refeições ao longo do dia).
Hipercolesterolemia
Manifesta-se quando os valores do colesterol
no sangue são superiores aos níveis máximos
recomendados em função do risco cardiovascular
individual.
O colesterol é indispensável ao organismo,
quaisquer que sejam as células orgânicas que
necessitem de regenerar-se, substituir-se ou
desenvolver-se. No entanto, valores elevados são
prejudiciais à saúde.
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Há dois tipos de colesterol:
Colesterol HDL (High Density Lipoproteins): Designa-se por “bom colesterol”,
é constituído por colesterol retirado da parede dos vasos sanguíneos e que é
transportado até ao fígado para ser eliminado;
Colesterol LDL (Low Density Lipoproteins): Denomina-se “mau colesterol”,
porque, quando em quantidade excessiva, ao circular livremente no sangue,
torna-se nocivo, acumulando-se perigosamente na parede dos vasos arteriais.
Quer o excesso de colesterol LDL, quer a falta de colesterol HDL aumenta o risco de
doenças cardiovasculares, principalmente o enfarte do miocárdio.
Hipertensão Arterial
Situações em que se verificam
valores de pressão arterial
aumentados. Para esta
caracterização, consideram-se valores
de pressão arterial sistólica
(“máxima”) superiores ou iguais a 140
mm Hg (milímetros de mercúrio) e/ou
valores de pressão arterial diastólica
(“mínima”) superiores ou iguais a 90
mm Hg.
Contudo, nos doentes diabéticos, porque a aterosclerose progride mais
rapidamente, considera-se haver hipertensão arterial quando os valores de pressão
arterial sistólica são superiores ou iguais a 130 mm Hg e/ou os valores de pressão
arterial diastólica são superiores ou iguais a 80 mm Hg.
Com frequência, apenas um dos valores surge alterado. Quando apenas os valores
da “máxima” estão alterados, diz-se que o doente sofre de hipertensão arterialsistólica isolada; quando apenas os valores da “mínima” se encontram elevados, o
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doente sofre de hipertensão arterial diastólica. A primeira é mais frequente em idades
avançadas e a segunda em idades jovens.
A hipertensão arterial está associada a um maior risco de doenças
cardiovasculares, particularmente o acidente vascular cerebral.
Stress Excessivo
O stress é inevitável enquanto vivemos, sendo uma
consequência do ritmo de vida atual. É difícil definir com
exatidão o stress porque os fatores diferem de pessoa para
pessoa. No entanto, a sensação de descontrolo é sempre
prejudicial e pode ser um sinal para abrandar o ritmo de
vida.
Formas de Prevenção das Doenças Cardiovasculares
É possível reduzir o risco de doenças cardiovasculares através da adoção de um
estilo de vida mais saudável:
Deixar de fumar;
Controlar regularmente a pressão arterial, o nível de açúcar e gorduras no
sangue;
Ter uma alimentação mais saudável, privilegiando o consumo de legumes,
vegetais, fruta e cereais;
Praticar exercício físico moderado com regularidade;
Realizar exames periódicos de saúde.
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Doenças Cardiovasculares Mais Comuns:
A pressão arterial elevada, a doença das artérias
coronárias e a doença cerebrovascular são exemplos
de doenças cardiovasculares.
Aterosclerose: Presença de depósitos na parede das artérias, tais como,
substâncias gordas, como o colesterol e outros elementos que são
transportados pela corrente sanguínea. A aterosclerose afeta artérias de
grande e médio calibre, sendo a causa dos Acidentes Vasculares Cerebrais e da
Doença das Artérias Coronárias. É uma doença lenta e progressiva e pode
iniciar-se ainda durante a infância. Contudo, regra geral, não causa qualquer
sintomatologia até aos 50/70 anos, embora possa atingir adultos jovens (30/40
anos), principalmente se forem fumadores intensivos;
Cardiopatia Isquémica: Termo utilizado para descrever as doenças cardíacas
provocadas por depósitos ateroscleróticos que conduzem à redução do Lúmendas artérias coronárias. O estreitamento pode causar Angina de Peito ou
Enfarte de Miocárdio, se em vez de redução do lúmen arterial se verificar
obstrução total do vaso;
Doença Arterial Coronária: Situação clínica em que existe estreitamento do
calibre das artérias coronárias, provocando uma redução do fluxo sanguíneo no
músculo cardíaco.
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Diagnóstico
Mediante o quadro clínico
apresentado pelo doente, as suas
queixas, o seu historial médico, bem
como os fatores de risco a ele
associados, o médico de família
pedirá os exames médicos
complementares/auxiliares, que lhe
permitam fazer o diagnóstico e/ou
enviar o doente para um especialista (cardiologista).
Contudo, há alguns sintomas que podem constituir sinais de alerta:
Dificuldade em respirar: Pode ser o indício de uma doença coronária e não
apenas a consequência da má forma física, especialmente se surge quando se
está em repouso ou se nos obriga a acordar durante a noite;
Angina de peito: Quando, durante um esforço físico, se tem uma sensação depeso, aperto ou opressão por detrás do esterno, que por vezes se estende até
ao pescoço, ao braço esquerdo ou ao dorso;
Alterações do ritmo cardíaco;
Enfarte do miocárdio: É uma das situações de urgência/emergência médica
cardíaca. O sintoma mais característico é a existência de dor prolongada no
peito, surgindo muitas vezes em repouso. Por vezes, é acompanhada de
ansiedade, sudação, falta de força e vómitos.
Insuficiência cardíaca: Surge quando o coração é incapaz de, em repouso,
bombear sangue em quantidade suficiente através das artérias para os órgãos,
ou, em esforço, não consegue aumentar a quantidade adicional necessária. Os
sintomas mais comuns são a fadiga e uma grande debilidade, falta de ar em
repouso, distensão do abdómen e pernas inchadas.
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Diabetes Mellitus
A diabetes caracteriza-se pela
diminuição da produção de insulina
pelo pâncreas ou pela sua deficiente
utilização na regulação dos açúcares no
organismo (OMS, 2008).
Em relação à sua prevalência, estima-se que mundialmente cerca de 347
milhões de pessoas tenham diabetes. A mortalidade desta doença é elevada, tendo
vitimado cerca de 3,4 milhões de pessoas no ano de 2004, e segundo a OMS terá
tendência para aumentar em cerca de dois terços até 2030 (OMS, 2008).
A Diabetes Mellitus é uma doença crónica que se caracteriza por uma elevada
taxa de glicose (açúcar) no sangue e por uma falta parcial ou total de insulina.
Esta doença é bastante frequente na população idosa (ocorre em 20% acima
dos 70 anos), no entanto, é pouco diagnosticada e tratada nesta idade. A grandemaioria dos diabéticos tem mais de 45 anos.
O aparecimento da doença poder-se-á dever a uma predisposição genética ou a
um conjunto de outros fatores como: o aumento de peso; a falta de atividade física;
stress; infeções; grandes cirurgias ou medicação.
Sintomas da Diabetes:
Perda de peso;
Muita sede;
Urina em grande quantidade e diversas vezes;
Fome em excesso;
Fadiga fácil;
Deterioração da acuidade visual;
Dormência ou formigueiro nas pernas;
Infeções constantes;
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Dificuldade de cicatrização das feridas.
A diabetes não controlada poderá causar: derrames cerebrais; ataques
cardíacos, cegueira, amputação de membros, doenças renais e impotência sexual.
O paciente diabético deverá:
Fazer no mínimo quatro refeições ao dia, em pequenas quantidades;
Não ingerir açúcares ou fritos;
Comer legumes ou verduras;
Beber muita água;
Não ficar muitas horas seguidas sem se alimentar.
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VIH/ SIDA
Mundialmente, estas doenças ocupam o
sexto lugar das causas de morte mais frequentes,
tendo tirado a vida a cerca de 2 milhões de
pessoas no ano de 2004, o que corresponde a uma
percentagem de 3,5 do total de mortes mundial
(OMS, 2008).
A SIDA é provocada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), que penetra
no organismo por contacto com uma pessoa infetada. A transmissão pode acontecer
de três formas:
Relações sexuais;
Contacto com sangue infetado;
De mãe para filho, durante a gravidez ou o parto e pela amamentação.
O VIH é um vírus bastante poderoso que, ao entrar no organismo, dirige-se ao
sistema sanguíneo, onde começa de imediato a replicar-se, atacando o sistema
imunológico, destruindo as células defensoras do organismo e deixando a pessoa
infetada (seropositiva), mais debilitada e sensível a outras doenças, as chamadas
infeções oportunistas que são provocadas por micróbios e que não afetam as pessoas
cujo sistema imunológico funciona convenientemente. Também podem surgir alguns
tipos de tumores (cancros).
Entre essas doenças, encontram-se:
A tuberculose;
A pneumonia por Pneumocystis carinii;
A candidose, que pode causar infeções na garganta e na vagina;
O citomegalovirus, um vírus que afeta os olhos e os intestinos;
A toxoplasmose que pode causar lesões graves no cérebro;
A criptosporidiose, uma doença intestinal;
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O sarcoma de Kaposi, uma forma de cancro que provoca o aparecimento de
pequenos tumores na pele em várias zonas do corpo e pode, também, afetar o
sistema gastrointestinal e os pulmões.
A SIDA provoca ainda perturbações como perda de peso, tumores no cérebro e
outros problemas de saúde que, sem tratamento, podem levar à morte. Esta síndrome
manifesta-se e evolui de modo diferente de pessoa para pessoa.
Sintomas do HIV
A fase aguda da infeção com VIH
ocorre uma a quatro semanas após o
momento do contágio.
Algumas pessoas apresentam
sintomas semelhantes aos de uma gripe,
tais como febre, suores, dor de cabeça, de
estômago, nos músculos e nas articulações, fadiga, dificuldades em engolir, gânglioslinfáticos inchados e um leve prurido. Calcula-se que pelo menos 50 por cento dos
infetados tenham estes sintomas.
Algumas pessoas também perdem peso e outras, ocasionalmente, podem
perder a mobilidade dos braços e pernas, mas recuperam-na passado pouco tempo. A
fase aguda da infeção com VIH dura entre uma a três semanas. Todos recuperam desta
fase, em resposta à reação do sistema imunológico, os sintomas desaparecem eobserva-se um decréscimo da carga vírica.
Os seropositivos vivem, depois da fase aguda, um período em que não
apresentam sintomas, embora o vírus esteja a multiplicar-se no seu organismo o que
pode prolongar-se por diversos anos. É neste período que se encontram, atualmente,
70 a 80% dos infetados em todo o mundo.
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Na fase sintomática da infeção (mas ainda sem critérios de SIDA), o doente
começa a ter sintomas e sinais de doença, indicativos da existência de uma depressão
do sistema imunológico. O doente pode referir cansaço não habitual, perda de peso,
suores noturnos, falta de apetite, diarreia, queda de cabelo, pele seca e descamativa,
entre outros sintomas.
A fase seguinte na evolução da doença designa-se por SIDA e caracteriza-se por
uma imunodeficiência grave que condiciona o aparecimento de manifestações
oportunistas (infeções e tumores).
A evolução da infeção descrita acima, designada como “Evolução Natural da
Infeção” pode, atualmente, ser modificada pelo tratamento com os fármacos anti-retrovíricos, podendo os seropositivos nunca chegar a uma fase sintomática da
doença.
Contágio
Através de sangue, sémen,fluidos vaginais, leite materno e,
provavelmente, dos fluidos pré-
ejaculatórios dos seropositivos.
O VIH não se transmite pelo ar
nem penetra no organismo através da
pele, precisando de uma ferida ou deum corte para penetrar no organismo.
A forma mais perigosa de transmissão é através de uma seringa com sangue
contaminado, já que o vírus entra diretamente na corrente sanguínea.
A transmissão por via sexual nas relações heterossexuais é mais comum do
homem para a mulher, do que o contrário, porque o sémen é mais virulento do que os
fluidos vaginais. O contágio pode ocorrer em todos os tipos de relação, seja vaginal,
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anal ou oral, já que as secreções vaginais ou esperma, mesmo que não entrem no
organismo, podem facilmente contactar com pequenas feridas e cortes existentes na
vagina, ânus, pénis e boca. As relações sexuais com mais riscos são as anais.
De mãe para filho, o vírus pode ser transmitido durante a gravidez, o parto ou,
ainda, através da amamentação.
O VIH pode encontrar-se nas lágrimas, no suor e na saliva de uma pessoa
infetada, contudo, a quantidade de vírus é demasiado pequena para conseguir
transmitir a infeção.
É durante a fase aguda da infeção, que ocorre uma a quatro semanas após a
entrada do vírus no corpo, que existe maior perigo de contágio, devido à quantidade
elevada de vírus no sangue.
Atualmente, a transmissão por transfusão de sangue ou de produtos derivados
do sangue apresenta poucos riscos, uma vez que são feitos testes a todos os dadores.
Prevenção
Usar sempre preservativo nas
relações sexuais, não partilhar agulhas,
seringas, material usado na preparação de
drogas injetáveis e objetos cortantes
(agulhas de acupunctura, instrumentos
para fazer tatuagens e piercings, de
cabeleireiro, manicura).
Além dos preservativos comuns,
vendidos em farmácias e supermercados, existem outros, menos vulgares, que podem
ser utilizados como proteção durante as mais diversas práticas sexuais.
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É, também, preciso ter atenção à utilização de objetos, uma vez que, se
estiverem em contacto com sémen, fluidos vaginais e sangue infetados, podem
transmitir o vírus.
Doenças Respiratórias
As doenças respiratórias são as que
afetam o trato e os órgãos do sistema
respiratório.
Fatores de Risco:
O tabagismo;A poluição;
A exposição profissional a poluentes atmosféricos;
As condições alérgicas;
Doenças do sistema imunitário.
Tipos de Doenças Respiratórias:
Existem 14 tipos diferentes de doenças respiratórias:
Broncopatias: Doenças dos brônquios, como a asma, a bronquiectasia e a
bronquite;
Pneumopatias: Grupo de doenças pulmonares, entre as quais se destacam a
atelectasia, as doenças pulmonares intersticiais, neoplasias pulmonares,
tuberculose pulmonar, hipertensão pulmonar, pneumopatias obstrutivas,
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pneumonia, pneumopatias fúngicas, pneumopatias parasitárias, síndroma do
desconforto respiratório do recém-nascido;
Transtornos respiratórios: São assim designadas as doenças respiratórias em
geral ou aquelas que não são uma doença específica. Neste grupo incluem-se a
apneia, síndroma do desconforto respiratório do recém-nascido, dispneia,
insuficiência respiratória, hiperventilação, etc. A tosse, a rouquidão, a aspiração
de mecônio, respiração bucal, laringismo, síndroma do desconforto respiratório
do adulto, também são considerados transtornos respiratórios;
Fístula do trato respiratório: passagem anormal na comunicação entre algum
componente do trato respiratório ou entre qualquer parte do sistema
respiratório e os órgãos circunvizinhos;
Doenças torácicas: Doenças que afetam o tórax;
Transtornos da motilidade ciliar: Desordens caracterizadas pelo movimento
ciliar anormal no nariz, no trato respiratório, entre outras. A síndrome de
Kartagener, doenças respiratórias crónicas, a sinusite crónica e a otite crónicaconstituem manifestações deste tipo de transtornos;
Doenças nasais: Doenças do nariz em geral ou não especificadas. Exemplos de
doenças nasais são as neoplasias nasais, doenças dos seios paranasais e a
rinite. A epistaxe (derramamento de sangue pelas fossas nasais), a granuloma
letal da linha média, a obstrução nasal, as deformidades adquiridas nasais, a
rinoscleroma (infeção) e os pólipos nasais (tumores) integram-se também nasdoenças nasais;
Hipersensibilidade respiratória: uma forma de hipersensibilidade que afeta o
trato respiratório, como acontece com a asma, a febre dos fenos, a alveolite
alérgica extrínseca, a aspergilose bronco-pulmonar alérgica e a rinite alérgica
perene;
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Infeções respiratórias: Infeções do sistema respiratório superior. Resultam
dessas infeções as seguintes doenças: empiema pleural, complexo da doença
respiratória bovina, bronquite, laringite, legionelose (doença do Legionário),
pneumopatias fúngicas, pneumopatias parasitárias, pleurisia, pneumonia,
rinite, sinusite, tonsilite, tuberculose pleural, tuberculose pulmonar,
coqueluche, abcesso pulmonar, faringite, rinoscleroma, síndroma respiratória
aguda grave, traqueíte (inflamação da traqueia) e tuberculose laríngea;
Doenças da traqueia: Incluem neoplasias da traqueia, estenose traqueal
(estreitamento patológico da traqueia), traqueíte, traqueobroncomegalia,
fístula traqueoesofágica;
Doenças da laringe ou laringopatias: Doenças da laringe em geral ou não
especificadas, entre as quais se contam a laringite, os distúrbios da voz, o
granuloma laríngeo, o edema laríngeo, as neoplasias laríngeas, o laringismo, a
laringoestenose, a tuberculose laríngea, a paralisia das cordas vocais. Estas
doenças relacionam-se também com as otorrinolaringopatias;
Doenças pleurais: Empiema pleural, hemotórax (derrame de sangue no tórax),
derrame pleural, neoplasias pleurais, pleurisia e tuberculose pleural, bem como
quilotórax (derrame de quilo na cavidade pleural), hemopneumotórax,
hidropneumotórax, hidrotórax e pneumotórax;
Anormalidades do sistema respiratório: Anormalidades congénitas estruturais
do sistema respiratório, como o cisto broncogénico, o sequestro
broncopulmonar, a atresia coanal, a malformação adenomatóide, a cística
congénita do pulmão, a síndroma de Kartagener, a síndroma de Cimitarra e a
traqueobroncomegalia;
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Neoplasias do sistema respiratório: Neoplasias pulmonares, pleurais e nasais.
Diagnóstico de Doenças Respiratórias:
Pela observação clínica, através
de técnicas e meios
complementares de diagnóstico,
entre os quais: testes da função
respiratória, testes de sons
respiratórios, broncografia,
broncoscopia, laringoscopia,
radiografia pulmonar de massa,
depuração mucociliar, testes de provocação nasal, rinomanometria e rinometria
acústica.
Sintomas da Doença Respiratória:
A tosse;
A rouquidão;
O nariz entupido;
Dores no peito;
Dores de garganta;
Garganta irritada;
Pingo no nariz;
Dificuldade em respirar quando não está a fazer esforço (a subir escadas, a
andar, a fazer exercício);
Dispneia.
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Doenças Oncológicas
A doença oncológica, vulgarmente
conhecida como cancro, é caracterizada por uma
proliferação anormal de células. No organismo as
células crescem, dividem-se em novas células e
morrem através de um processo ordenado.
No entanto, existem situações em que algumas células se dividem de maneira
desorganizada, não morrem e se continuam a formar mesmo quando não são precisas.
Com o passar do tempo estas células acumulam-se e formam uma massa não
funcional de células doentes à qual se dá o nome de Tumor ou Neoplasia.
Os tumores podem ser benignos ou malignos, mas apenas os malignos são
designados de cancro por terem a capacidade de invadir os tecidos circundantes e de
se espalharem pelo organismo através dos sistemas circulatório e linfático, dandoorigem a metástases.
O cancro não pode ser
tratado como uma doença
generalizada, existem vários tipos de
tumores malignos e cada um tem de
ser tratado como uma doença
individual.
A maioria dos cancros tem o
nome da zona do corpo onde estão
as células que lhe deram origem,
aqui fica um exemplo: se as células
que deram origem são células do
estômago então a doença chama-se
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“Cancro do estômago”. Contudo, há que ter em consideração que se estas células do
estômago se espalharem para outra região do corpo, por exemplo a mama, têm de ser
tratadas como cancro de estômago e não como cancro da mama, porque a sua origem
primária está no tumor inicial que lhe deu origem, que é o cancro do estômago.
Estas doenças podem afetar pessoas de todas as faixas etárias, mas o risco,
para a maioria dos tipos de cancro que se conhece, aumenta com a idade.
Segundo a OMS – Organização Mundial de Saúde os cancros que causaram mais
mortes mundiais nos últimos anos são: pulmão, fígado, estomago, colo-retal, mama e
esófago.
Em termos mundiais, no ano de 2008, foi responsável por 7,6 milhões de
mortes, sendo os tipos de cancro mais mortais o do pulmão, do estômago, do fígado,
do cólon e da mama. As estimativas para 2030 apontam para um crescimento para
cerca de 13,1 milhões de mortes por cancro.
Fatores de risco:
Uma grande percentagem
dos cancros desenvolve-se devido a
alterações (mutações) que ocorrem
nos genes e aumentam o risco de
ocorrência de cancro.
Com o passar do tempo, vários fatores ambientais e/ou hereditários podem
agir conjuntamente, e fazer com que uma célula normal se torne numa célula
cancerígena, após ocorrerem uma série de alterações genéticas.
Algumas destas alterações passam de pais para filhos, aumentando a
probabilidade de um descendente poder vir a ter esta doença.
http://www.who.int/topics/cancer/en/http://www.who.int/topics/cancer/en/http://www.who.int/topics/cancer/en/http://www.who.int/topics/cancer/en/
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No entanto, herdar uma alteração
genética não significa, necessariamente, que o
filho vai desenvolver cancro.
É fácil perceber, então, que apesar denão existir uma causa específica para a
manifestação desta doença, existem
determinados fatores de risco que podem
aumentar a probabilidade da sua ocorrência.
Para além dos fatores de risco
relacionados com uma história familiar,
muitos outros estão relacionados com o
ambiente ou os hábitos e comportamentos das pessoas e, como tal, podem ser
evitados, contrariamente aos fatores hereditários.
Os fatores de risco, mais comuns, são:
Luz solar;
Envelhecimento;
Radiação ionizante;
Alguns vírus e bactérias;
Álcool;
Má alimentação;
Falta de exercício físico;
Determinadas hormonas;Tabaco;
Excesso de peso;
Determinadas substâncias químicas.
É importante ter em consideração, ainda, alguns aspetos relevantes no que
respeita ao diagnóstico desta doença:
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O cancro não é causado por uma ferida, um inchaço ou uma contusão;
Pertencendo o cancro ao grupo das Doenças Não Contagiosas, esta doença não
passa de pessoa para pessoa;
Estar infetado com um vírus ou bactéria pode aumentar o risco de alguns tipos
de cancro, mas não significa que aumente obrigatoriamente em caso de
infeção;
Se uma pessoa tiver um ou mais fatores de risco, não quer dizer que venha a
ter cancro.
Sintomas
Costuma-se dizer que o cancro pode ser
uma “doença silenciosa”, ou seja, não provoca
sintomas que sejam associados ao seu
desenvolvimento e, como tal, em algumas
situações, quando a pessoa se apercebe, a
doença já está num estado muito avançado. No
entanto, existem variados sintomas que podem
ser associados a esta doença, mas que não são,
obrigatoriamente, indicadores da sua ocorrência, podendo estar ligados, também, a
outros problemas de saúde.
Alguns desses sintomas são:
Uma “massa” anormal que aparece em qualquer parte do corpo;
Aparecimento de um sinal novo ou alteração de um já existente;
Uma ferida que não cicatriza;
Rouquidão ou tosse persistente;
Alterações relevantes na rotina intestinal ou da bexiga;
Fezes brancas ou com sangue e urina escura;
http://saudealemfronteiras.com/130/quais-saohttp://saudealemfronteiras.com/130/quais-sao
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Descamação da pele;
Dificuldade em engolir;
Ganho, ou perda de peso, sem motivo aparente;
Sangramento ou qualquer secreção da pele anormal;
Sensação de fraqueza ou extremo cansaço.
Tratamento e Rastreio
Contrariamente ao que se pensa, o
cancro apresenta uma taxa de sucesso de
tratamento maior que outras doenças
crónicas.
Os tumores são classificados de
acordo com o local, o tipo de tecido, o
aspeto histológico e o grau de
malignidade, apresentando, por isso,tratamentos adequados a cada um deles.
Para confirmar o diagnóstico de cancro o médico precisa de fazer uma biópsia,
que permite uma avaliação do tipo e extensão do tumor. Depois de feita esta
avaliação, juntamente com a realização de outros exames complementares que
possam ser requisitados pelo médico, a estratégia terapêutica a seguir pode ser
planeada tendo em consideração, também, o estado clínico e a idade do paciente.
Existem vários tipos de tratamento comummente praticados nestas doenças,
nomeadamente: cirurgia, quimioterapia, radioterapia, hormonoterapia, imunoterapia
e outras terapêuticas complementares, que podem ser usados isoladamente ou em
associação.
Normalmente, o tratamento das doenças oncológicas é mais eficaz quandoestas são detetadas precocemente. Desta forma, é importante fazer exames para o
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despiste desta doença ou de alguma condição que possa levar ao desenvolvimento
desta em pessoas que podem não apresentar qualquer tipo de sintomatologia designa-
se de rastreio.
Este tipo de comportamento pode ajudar o médico a encontrar alguns tipos detumores, aumentando, assim, a probabilidade de cura e, em algumas situações, a
sobrevivência dos doentes.
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Doença de Parkinson
A Doença de Parkinson tem um
carácter crónico e neuro-degenerativo. É uma
das muitas doenças para as quais ainda não existe
uma forma de gestão que se adeque às
necessidades sentidas. Uma das mais comuns, e
cuja evolução leva a situações de grave
incapacidade, morbilidade e deficiência.
Salienta-se a doença de Parkinson por ser a segunda doença neuro-
degenerativa mais comum nos idosos, a mais frequente dentro das doenças do
sistema extrapiramidal e também pela sua grande prevalência, cerca de 160 por
100.000 habitantes na faixa etária de 65 anos ou mais na Europa, que tem tendência a
aumentar, por consequência direta do envelhecimento populacional.
Sobre esta doença pode-se acrescentar que tem como principais sintomas arigidez, a bradicinesia, a instabilidade postural e o tremor, causados pela depleção de
neurónios da substância nigra.
Os tratamentos mais amplamente utilizados hoje em dia são medicamentosos
que embora se aproximem do objetivo de regular os níveis químicos, estão longe de
replicar os mecanismos fisiológicos normais, o que coloca esta doença no topo das
doenças responsáveis por maior impacto funcional nos indivíduos.
Atualmente sabe-se que o tratamento de doentes com doença de Parkinson
deve ser multidisciplinar, o que inclui a coordenação do tratamento farmacológico com
o não farmacológico e que a fisioterapia pode dar o seu contributo, dado que os
programas de exercício podem ser uma estratégia eficaz para atrasar ou inverter o
declínio funcional.
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No caso especifico da doença de Parkinson, que é uma doença degenerativa
que obtém bons resultados através do autocuidado efetuado pelos doentes, em
Portugal apenas recebe como cuidados a toma diária de medicamentos
(antiparkinsónicos), que se destinam a diminuir os sintomas do doente e em casos de
doença avançada, pode ser realizada a implantação de elétrodos cerebrais, que têm
como objetivo controlar a atividade de certas zonas do cérebro, através da realização
de cirurgia.
Prevalência da Doença de Parkinson
A Doença de Parkinson é a segunda
doença neuro-degenerativa mais comum nos
idosos, logo a seguir à Doença de Alzheimer,
com uma prevalência na Europa de cerca de 160
por 100.000 habitantes na faixa etária de 65
anos ou mais.
Já em Portugal, e embora os dados não sejam recentes, estima-se que a
prevalência seja de 130/100.000 habitantes. Valores que tendem a aumentar
consideravelmente nos próximos anos, como consequência do envelhecimento
populacional, visto a idade constituir só por si, um fator de risco.
Por isso, esta doença manifesta-se geralmente durante a quinta ou a sexta
década da vida, em casos excecionais mais cedo.
Sendo uma doença que afeta ambos os sexos com ligeira preponderância para
o sexo masculino. De salientar que dentro das doenças do sistema extrapiramidal a
doença de Parkinson é a mais frequente.
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Causas e Fisiopatologia
Nas últimas décadas a Doença de Parkinson tem sido investigada intensamente
sem que a sua causa tenha sido ainda descoberta. Neste momento, a hipótese mais
consensual é que a causa da Doença de Parkinson não seja única mas sim
multifatorial, reunindo fatores genéticos e fatores tóxicos ambientais.
A doença de Parkinson decorre da destruição generalizada de células de parte
da substância nigra, a parte compacta, que envia fibras nervosas secretoras de
dopamina para o núcleo caudado e para o putamen, ou seja, devido à perda
progressiva de neurónios da substância negra, produtores de dopamina, ocorrem
desequilíbrios dos neurotransmissores nos gânglios basais.
Sinais, Sintomas e Diagnóstico
Nesta doença os sintomas mais comuns são motores, e caracterizam-se por:
Tremor, que nesta doença é descrito como tremor de repouso, exacerbando-se
em situações de stress emocional, durante a marcha, no esforço cognitivo e
diminuindo com movimentos voluntários do segmento afetado e
desaparecendo com o sono;
Rigidez, ou resistência ao movimento passivo que pode ser contínua ou
intermitente, não é dependente da velocidade de execução do movimento e
apresenta o fenómeno conhecido como “roda dentada”. Esta afeta
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preferencialmente a musculatura flexora, determinando alterações típicas na
postura com flexão do tronco e semiflexão dos membros. Nesta doença o
tempo de latência dos reflexos de alongamento está aumentado, contribuindo
assim para a rigidez;
Bradicinésia, descrita como uma diminuição na velocidade dos movimentos,
caraterizada por pobreza de movimentos e lentidão na iniciação e na execução
de atos motores voluntários e automáticos;
Instabilidade postural, que é uma das repercussões funcionais que mais
afetam os pacientes, por ser de difícil de tratamento e pelas suas
consequências, tornando-se muito incapacitante e comprometendo a
capacidade de manter o equilíbrio nas atividades funcionais que requerem
grande estabilidade postural, tais como: marcha, as transferências (levantar de
uma cadeira, rolar na cama), mudar de direção
Existem também outros sintomas, do domínio não motor, que estão atualmente a
ser mais aprofundados. Nestes incluem-se a ansiedade, a depressão, o declíniocognitivo, a dor, a fadiga, os problemas de sono e as disfunções autonómicas, como a
obstipação e os sintomas urinários.
De acordo com os atuais critérios de diagnóstico, os pacientes podem ser
considerados como tendo Doença de Parkinson quando têm bradicinesia e pelo menos
um dos seguintes: tremor, rigidez, ou instabilidade postural, sem outras causas
conhecidas.
Contudo os próprios médicos consideram o diagnóstico clínico da doença de
Parkinson mais complicado do que à primeira vista possa parecer. O quadro clínico não
se inicia sempre da mesma maneira em todos os doentes.
Os sintomas iniciais da doença são frequentemente inespecíficos e podem incluir
fadiga, depressão, obstipação e alterações do sono.
Ao longo do tempo os doentes desenvolvem, progressivamente, bradicinésia,
rigidez e dificuldade na marcha, com desequilíbrio e instabilidade postural crescentes.
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Quando surgem os sintomas motores, em 70% dos casos o doente começa por
sentir um tremor localizado geralmente num membro superior que atinge depois o
membro inferior do mesmo lado.
Sendo que o tremor se pode localizar noutras partes do corpo como a língua ou os
lábios. O aparecimento de uma marcha característica, a marcha festinada, é outra
característica da doença.
A doença permanece frequentemente assimétrica durante a maior parte do seu
curso e, à medida que avança, os sintomas de instabilidade postural e de desequilíbrio
da marcha ocupam uma posição mais sobressaída no quadro clínico, aumentando o
risco de ocorrer quedas.
Também os episódios de bloqueios motores se vão tornando mais frequentes,
deixando de ocorrer somente no começo da marcha e generalizando-se a todos os
movimentos do doente.
Tratamento da Doença de Parkinson
Devido às características desta patologia,
a medicação tem um papel importante, sendoa levodopa, substituto da dopamina, a droga
mais utilizada.
No entanto, está amplamente
documentado que o uso prolongado da
terapêutica dopaminérgica embora melhore a
função motora, resulta em discinesias e
flutuações na resposta motora que são
irreversíveis.
Assim sendo, os pacientes enfrentam uma deterioração implacável na
mobilidade e atividades da vida diária (AVD), que podem resultar no acamamento e
dependência.
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Tentando colmatar esta lacuna surgem intervenções cirúrgicas. No entanto os
tratamentos cirúrgicos acarretam riscos e não podem ser utilizados na maioria dos
utentes.
Desta forma, a Doença de Parkinson encontra-se hoje em dia no patamar das
doenças neurológicas degenerativas com maior impacto ao nível funcional dos
indivíduos.
Atualmente sabe-se que a fisioterapia pode dar o seu contributo, dado que os
programas de exercício podem ser uma estratégia eficaz para atrasar ou inverter o
declínio funcional tendo sido suportada cientificamente por uma grande quantidade
de evidência nos últimos anos.
O tratamento de utentes com Doença de Parkinson deve ser multidisciplinar, o
que inclui a coordenação do tratamento farmacológico com o não farmacológico.
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2.
Aspetos Físicos, Psicológicos e Sociais Causadas pela Doença
Crónica
A maioria das doenças são o
resultado de uma interação de
acontecimentos sociais, psicológicos
e biológicos, oferecendo esforços
preventivos necessários para reduzir
a incidência de doenças crónicas,
pela mudança de crenças de saúde,
atitudes e comportamentos.
O Modelo Biopsicossocial da Saúde, de Engel, argumenta que fatores biológicos,
psicológicos e sociais são igualmente importantes para a saúde e doença, sustentando
que os seres humanos devem ser vistos como sistemas complexos e que a doença é
causada por uma multiplicidade de fatores e não um único fator causal.
Trata-se de um modelo que representa o reconhecimento de que a mente e o
corpo interagem entre si continuamente e, por sua vez, a pessoa interage
continuamente com o ambiente externo e social. O indivíduo, como um ser
biopsicossocial, engloba, de forma integrada, três sistemas:
Sistema biológico (aspetos anatomofisiológicos e bioquímicos);
Sistema psicológico (aspetos racionais e emotivos e relacionados com as
experiências sensoriais da história individual);
Sistema social (indivíduo na sua relação com a família e sociedade em geral,
normas sociais de comportamento, pressões para mudar de comportamento,
valores sociais de saúde).
Tanto a saúde como a doença são compreendidas como processos dinâmicos em
constante evolução, sofrendo a influência de fatores biológicos, psicológicos e sociais
que se inter-relacionam.
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As variáveis psicossociais são, assim, mais importantes e determinantes de
suscetibilidade, gravidade e curso de doença do que previamente avaliado pelos que
mantinham uma visão biomédica da doença, sendo que a adoção do papel de doente
não está necessariamente associada com a presença de alteração biológica e, por sua
vez, a maioria dos tratamentos é influenciada por fatores psicossociais.
O modelo de Engel é uma ideologia fundamental que tenta reverter a
desumanização dos cuidados de saúde e ausência de intervenção ativa dos doentes.
Apresenta-se, então, como um novo paradigma em três áreas fundamentais:
Uma visão do mundo que inclui a experiência subjetiva do doente, a par dos
dados médicos objetivos;
Um modelo de causalidade mais compreensivo e naturalista do que o simples
modelo linear reducionista;
Uma perspetiva, numa relação técnico-doente, que transportaria mais poder
para o doente no processo clínico, em que o doente passa de “objeto” passivo
de investigação para sujeito e protagonista do ato clínico.
É importante dar a devida atenção à narrativa biográfica e emoções do doente, em
vez de se focalizar exclusivamente na doença, excluindo a pessoa que sofre. Não
somente o que se pode objetivamente verificar e explicar a nível de processos
celulares e moleculares por técnicas impessoais deverá ser o exclusivo foco de atenção
dos técnicos de saúde.
Uma vez que a pessoa é tratada como
um todo, não somente no aspeto físico,
o doente é também, em parte,
responsável pelo seu próprio
tratamento, que pode assumir a forma
de responsabilidade de tomar a
medicação ou a responsabilidade de
mudar crenças ou comportamentos, não
sendo encarado exclusivamente como uma vítima.
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A visão de saúde e doença de uma determinada perspetiva tem importantes
implicações no modo como vai ser feito o atendimento do doente por parte do técnico
de saúde. Numa perspetiva holística, a pessoa constitui-se como um todo biológico,
psicológico e sociocultural; de onde, para a prestação de Cuidados de Saúde, além dos
aspetos médicos tradicionais, torna-se fundamental reconhecer a importância da
avaliação dos processos psicológicos e socioculturais do indivíduo.
Esta situação implica uma atenção aos sintomas dentro de um contexto de vida,
sentimentos e comportamentos gerados pela situação de doença, assim como as
relações familiares e sociais do indivíduo.
Tal atenção será de extremo valor na antecipação das reações do próprio doente a
vários aspetos do tratamento, devendo assim ser prestada uma especial atenção ao
estado psicológico e respostas emocionais do indivíduo em relação ao tratamento.
Os técnicos de saúde atuam em paralelo, quer pela observação quer pela relação e
uma vez assumido o carácter fundamental da relação entre os técnicos e o doente, a
complementaridade essencial entre o aspeto humano (incluindo a atenção ao aspeto
afetivo e outros estados psicológicos) e o aspeto científico como premissas do novo
paradigma torna-se, de facto, evidente.
A doença envolve um estado “anormal”
em que, para além do aspeto físico, estão
também alterados os aspetos emocional,
cognitivo, sociocultural e moral, e também a
saúde. Integrando a noção de bem-estar
implicam a perceção pessoal (o significado é
variável de indivíduo para indivíduo, de
acordo com o que cada um considera
“normal”, em função dos conceitos vigentes
no grupo social em que se encontra
integrado e das suas próprias experiências), o
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que faz com que a única pessoa a responder pela própria saúde seja o próprio
indivíduo.
As doenças crónicas são, então, variadas e podem afetar qualquer dos sistemas
orgânicos, sendo cada doença muito específica e com um impacto próprio noindivíduo, na família e na comunidade, pois têm diferentes cursos, originam diferentes
perdas, requerem diferentes regimes terapêuticos.
A doença crónica é, ainda,
caracterizada por ter períodos de
exacerbações agudas. Trata-se de
condições cujas manifestações clínicas
alternam entre períodos de poucos ou
nenhuns sintomas e episódios agudos de
doença que requerem atenção médica
imediata, sendo estes acontecimentos agudos que frequentemente se tornam a maior
ameaça para a vida ou para o estado de saúde futuro.
Existem aspetos e características que se aplicam às várias situações de doença
crónica, funcionando como um elo que as une, tornando-as iguais, na medida em que
transformam a vida quotidiana do paciente, nomeadamente:
Consistir em situações que se prolongam no tempo (sendo permanentes e
irreversíveis) afetando profundamente a vida dos indivíduos a nível físico, social
e emocional;
Requerer uma ligação contínua aos serviços de saúde;
Alterar a dinâmica familiar;Envolver sempre alguma incapacidade a longo prazo que por vezes é
irreversível.
No entanto, ao acompanhar as pessoas com doenças crónicas, de facto, vê-se que
as reações diferem, sendo por isso necessário cuidar os doentes e não as doenças.
Uma vez diagnosticada, a doença passa a fazer parte da vida do indivíduo, a impor
regras, a alterar rotinas; e para uma completa avaliação dos benefícios de uma
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intervenção e vivência da doença é essencial pôr em evidência o impacto que esta vai
ter no paciente em termos de estado de saúde e qualidade de vida.
Este aspeto, para além de se relacionar com a experiência da doença em si, deverá
referir-se a aspetos mais amplos como bem-estar individual, físico, emocional e sociale este amplo impacto da doença - e também do tratamento - precisa de ser avaliado e
registado pelo paciente numa procura constante de conseguir um estado máximo das
suas funções e bem-estar, sendo a meta realista dos cuidados proporcionar, tanto
quanto possível, uma vida confortável, funcional e satisfatória.
No caso da doença crónica como uma
situação que se prolonga no tempo e
frequentemente não tem uma cura efetiva, vive-
se a necessidade de aprender a viver com a sua
nova condição, pois uma vez diagnosticada,
passa a fazer parte da vida do indivíduo e impõe
tarefas adaptativas adicionais que incluem a
prevenção de agudizações clínicas, o controlodos métodos de conduta, a implementação dos regimes terapêuticos, a adaptação a
alterações no curso da doença, a obtenção de fundos para sobrevivência e tratamento
corrente, a adaptação ao isolamento social ou a prevenção do mesmo, a normalização
do relacionamento com os outros e o fazer face a problemas de ordem psicológica,
conjugal e familiar.
Ao desencadear um grande número de mudanças a nível físico, psicológico e social,
implica uma alteração permanente no modo de vida do indivíduo.
Deste modo, uma doença crónica pode ter elevado impacto, quer na vida do
indivíduo quer na vida da sua família, pela disrupção que causa nas suas vidas e pelos
importantes desafios que desencadeia, interferindo na vida do doente.
O aparecimento de uma doença trata-se de um acontecimento não normativo que
constitui um poderoso agente desencadeante de stress, havendo algumas doenças,
como é o caso da diabetes, hipertensão ou cancro que não são passíveis de
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esquecimento, tendo em conta a necessidade de integrar o controlo da doença nas
atividades de vida diária, as expectativas das complicações ou as emoções que
evocam.
Quer os doentes, quer as suas famílias precisam adaptar-se à doença, com afinalidade de se ajustar de uma forma positiva às circunstâncias da vida.
Nessa adaptação, joga-se com a representação cognitiva da afeção, com os
mecanismos de defesa do indivíduo, com variáveis culturais, de comunicação e de
experiências anteriormente vividas, funcionando como um sistema de autorregulação
que vai determinando a relação específica da pessoa com a doença de que é portadora
e onde o meio ambiente pode agir como favorecedor de uma orientação tendente a
minimizar os problemas.
A natureza, gravidade e duração da situação determinam os desafios com que os
indivíduos se confrontam, e para uma adaptação bem-sucedida, os efeitos
perturbadores da doença no funcionamento integrativo das dimensões psicológica,
espiritual, cultural e social colocam um desafio igual, por vezes maior, à adaptação a
funções biológicas alteradas.
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3.
A Comunicação com o Doente, Familiares e/ou Cuidadores
“Listen to the patient, he is telling you the diagnosis.”
Osler
A doença crónica não se constitui como
uma entidade nosológica em si; é um termo
abrangente que inclui doenças prolongadas,
frequentemente associadas a um grau de
incapacidade, de curso prolongado e
geralmente de progressão lenta, com
potencial de compensação e que implica a
necessidade de adaptação a diversos níveis (físico, familiar, social, psicológico,
emocional e espiritual).
Os pilares fundamentais dos cuidados paliativos assentam no controlo dos
sintomas, no suporte psicológico, emocional e espiritual, mediante uma comunicação
eficaz e terapêutica; no cuidado à família e no trabalho em equipa, em que todos se
centram numa mesma missão e objetivos.
A comunicação assume um papel fundamental na relação entre um profissional e
uma pessoa, grupo, família ou comunidade, (vulnerável pela situação de
saúde/doença) alvo de atenção e de cuidados, na medida em que, a comunicação é o
contexto em que se desenvolve a relação e é, ou pode ser, uma ação terapêutica, por
si só ou completar a ação terapêutica de outra intervenção. É a comunicação que
permite o desenvolvimento da relação e por conseguinte, pode, criar um contexto
favorável ou desfavorável, daí a sua importância.
No contexto dos cuidados de saúde, a comunicação constitui-se num instrumento
básico para o cuidado, sendo ferramenta primordial para formação de vínculo e
satisfação das necessidades do doente.
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O profissional deve ter em conta na
comunicação a importância do processo
comunicativo não podendo esquecer que
as expressões faciais, o tom de voz, a
audição, o tato e a escrita são também
formas de comunicação amplamente
utilizadas, conscientemente ou não.
Além da informação ou de algum dado objetivo, o que se sente em relação ao que
está a ser transmitido é sempre percetível pelo tom de voz utilizado para transmitir a
mensagem, pelas palavras escolhidas, pela ênfase que é dada a determinada elocução
e pela postura corporal assumida ao transmitir a mensagem.
É através da comunicação que um profissional de saúde tem acesso ao
paciente, à sua história, ao seu contexto, e às suas necessidades.
É através da comunicação que um profissional de saúde fornece orientações
que possibilitam à pessoa, família ou comunidade, uma melhor gestão da sua
situação de saúde/doença.
É através da comunicação que se toma consciência do estado de saúde, se
processa a tomada de decisão e se promove uma gestão adequada de um
determinado regime terapêutico, muitas vezes complexo.
É fundamental que os profissionais de saúde sejam detentores de
conhecimentos, habilidades e recursos que lhes permitam utilizar a
comunicação como estratégia de ajuda ao outro, de forma a maximizar os
ganhos em saúde.
Existe uma significativa discrepância entre o que eu quero dizer; o que eu digo;
o que o outro quer ouvir; o que o outro ouve e o que o outro compreende . Daí a
importância da escolha das palavras, do contexto e da forma como são transmitidas.
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Desta forma, é importante trabalhar a questão do léxico, do significado, do
contexto, dos fatores promotores da eficiência da comunicação e dos ruídos/ barreiras
na comunicação.
A comunicação em saúde refere-se à comunicação que ocorre num contexto
de prestação de cuidados de saúde e rege-se por regras próprias, em função dos
profissionais em interação e do tipo de intervenção.
Esta tem como princípios base: os códigos de ética e deontológicos, o sigilo, a
confidencialidade da informação e a necessidade de privacidade.
A comunicação clinica remete-nos para a utilização de estratégias de
comunicação, que nos permitem avaliar as necessidades das pessoas; que facilitem a
transmissão de informação sobre o estado de saúde das pessoas, de modo a
promoverem a sua saúde e orienta para uma estratégia de intervenção que resolva
ou minimize o seu problema.
São diversos os estudos que evidenciam os benefícios de uma boa comunicação
entre os profissionais de saúde e os doentes, que se traduzem numa melhoria do
estado geral de saúde do doente, numa mel