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UFPB em revista 1 Capa Ano 1 . Número 5 - dezembro 2013 Criado inicialmente para divulgar as produções de cursos da UFPB, o Fest Aruanda cresceu, ganhou vida e firmou-se como importante evento cultural. E agora, em sua 8ª edição, passa a integrar o calendário oficial da capital paraibana. Fest Aruanda

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UFPB em revista está vinculada a Assessoria de Comunicação da Universidade Federal da Paraíba.

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UFPB em revista 1

Capa

Ano 1 . Número 5 - dezembro 2013

Criado inicialmente para divulgar as produções de cursos da UFPB, o Fest Aruanda cresceu, ganhou

vida e firmou-se como importante evento cultural. E agora, em

sua 8ª edição, passa a integrar o calendário oficial da capital

paraibana.

Fest Aruanda

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Mais um ano chega ao fim. 2013 foi um ano de superação de desafios. A UFPB cresceu, quantitativa e qualitativamente. Vitórias que podem ser ex-pressas em números, mas que altera diretamente o dia a dia de uma comuni-dade acadêmica que se esforça para fazer um trabalho cada vez melhor.

Foi neste ano de tantas mudanças que nasceu a UFPB EM REVISTA. Ini-cialmente desenvolvida como projeto de uma disciplina de produção de tex-tos, do Curso de Mídias Digitais, a publicação ganhou vida própria. Deixamos de integrar apenas um curso e nos tornamos a revista oficial da Universidade Federal da Paraíba.

Totalizamos, de junho a novembro, 14.139 leitores, distribuídos em quatro edições. Crescemos, amadurecemos e reafirmamos o nosso compromisso com a informação independente, que dá voz a todos que assim desejarem.

A valorização dos que fazem acontecer na universidade tem espaço aberto para divulgação de seus feitos e conquistas. Assim procedemos, dando voz e visibilidade a autores e projetos das mais diversas áreas de atuação e conhe-cimento. Na UFPB que faz não há espaço para as mesquinharias ou para os conflitos paroquiais.

É com o espírito de mostrar o cotidiano de uma universidade múltipla, que não se encerra em si própria, cheia de relações entre as várias formas de ex-pressão da sociedade: cultura, trabalho, lazer, que chegamos ao final deste ano dizendo obrigado. Desejamos que 2014 seja ainda melhor, para todos nós.

Editorial

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Sumário4 Cristovam Buarque recebe título de Doutor Honoris Causa da UFPB

5 Ensino, Pesquisa e Extensão são te mas de encontro na UFPB

6 Prefeitura Universitária realiza poda de árvores no Campus I

7 Prefeitura UniversitáriaProjeto visa dar nomes as ruas da Instituição

8 ExtensãoUFPB oferece cursos de idiomas e modalidades esportivas a comunidade

10 Conteúdo extra-curricularMudanças beneficiam estudantes que já trabalham na área do seu curso

12 Congresso Nacional de Psicologia discute Desenvolvimento Humano e Solidariedade

14 ENCUNEvento inédito na Paraíba recebe compositores de todas as regiões

16 Fest AruandaEvento ganha vida para além da Universidade

18 JaneiroFérias antecipadas dividem opniões

20 Coleta seletivaProjeto visa implantar Agenda Ambiental da Administração Pública na UFPB

22 E-booksBiblioteca Central realiza novas aquisições de livros eletrônicos

23 Rede Global promove intercâmbios tsociais

Diversos alunos da UFPB fazem parte de organização

24 Energia SolarInstituição implantará sistema de energia sustentável

26 Exames PeriódicosProcura da comunidade atinge percentual de16,6%

27 Avaliação da Capes revela melhoria

27 em programas de Pós-Graduação

28 Pesquisador estuda potencialidades da algaroba

EditorDerval Golzio

rEdatorEs/EstagiáriosLuan MatiasPeter SheltonRômulo JeffersonWallyson Costa

ProJEto gráFiCo E diagraMaÇÃoThales Lima

Foto CaPaDivulgação

[email protected]/ufpbemrevista

UFPB em revista está vinculada a Assessoria de Comunicação da Universidade Federal da Paraíba.

João Pessoa - PBDezembro - 2013

Administração

Expediente

Reitora:

Margareth De Fátima Formiga Melo Diniz

Vice-Reitor:

Eduardo Ramalho Rabenhorst

Pró-Reitoria de Administração (PRA):

Clivaldo Silva

Pró-Reitoria de Assistência e Promoção ao Estudante (PRAPE):

Thompson de Oliveira

Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (PRAC):

Orlando Vilar

Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (PROGEP):

Francisco Ramalho

Pró-Reitoria de Graduação (PRG):

Ariane Sá

Pró-Reitoria de Planejamento (PROPLAN):

Marcelo Sobral

Pró-Reitoria de Pós Graduação (PRPG):

Isac de Medeiros

Prefeitura Universitária (PU):

Sérgio Alonso

Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI):

Pedro Jácome

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4 UFPB em revista

Equiparar o salário dos professores de escolas públicas ao de funcionários das grandes empresas estatais e tornar o magistério atrativo a ponto dos cursos de licenciatura serem os mais procurados nas universidades brasileiras. Estas foram algumas das ideias proferidas no discurso do Senador do DF, Cristovam Buarque, que veio recentemente a Universidade Federal da Paraíba receber o título de Doutor Honoris Causa da instituição.

A solenidade de entrega da honraria, dada em reconhecimento as décadas de luta de Cristovam Buarque pela melhoria no sistema educacional bra-sileiro, foi presidida pela Reitora Margareth Diniz, também responsável pela outorga do diploma. Na oportunidade, professores, funcionários, alunos e

Cristovam Buarque recebe título de doutor Honoris Causa da UFPB

admiradores do ex-Ministro da Educação se fize-ram e presentes ao auditório da reitoria. A traje-tória de vida e política de Buarque, desde muito cedo voltada para a educação, foi relembrada pela propositora do título e professora do Departamen-to de Ciências das Religiões, Neide Miele.

Em seu discurso, Cristovam Buarque mostrou-se honrado em receber o título, mas deixou claro que seu nome apenas representa uma causa maior. “Esta honra não é para mim, mas para uma causa. Eu apenas simbolizo a luta por uma revolução na educação”, contou. Por fim, o agora Doutor Ho-noris Causa prometeu valorizar o título que lhe foi concedido: “Meu compromisso com esta universi-dade é continuar lutando pela educação de base, por aqueles que daqui a alguns anos serão alunos desta instituição. Assim irei honrar o título que a UFPB hoje me concede, disse emocionado.

Além de receber o título, Cristovam Buarque veio a UFPB participar da sexta conferência do Fórum Universitário, onde falou sobre os problemas edu-cacionais do Brasil e compartilhou sobre o plano que, segundo o próprio, revolucionaria a educação do país. Entre as principais propostas do projeto estão o aumento do investimento do PIB nacional em educação e a federalização do ensino público básico.

Perguntado se a proximidade das eleições presi-denciais não criariam um momento oportuno para o debate sobre o projeto, Buarque não mostrou-se otimista: “Acredito que mais uma vez teremos uma campanha totalmente voltada para economia, onde não teremos nada concreto para a educação. É preciso enxergar a educação como um criador de capital”, concluiu.

Por: Luan Matias

Cristovam Buarque (esq.) Margareth Diniz (dir.)

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UFPB em revista 5

Por: Luan Matias

Com o objetivo de fortalecer a integração entre aqueles que são considerados os três pilares do ensino superior, a UFPB promoveu no último mês de no-vembro o Encontro Unificado de Ensino, Pesquisa e Extensão. Todos os centros e campus estiveram en-volvidos na programação, que além de apresentações teóricas, contou com expressões artísticas e culturais - todas realizadas por alunos vínculados a projetos da instituição.

A unificação se deu ao fato de que, encontros já consolidados, como o ENID - Encontro de Inicia-ção a Docência, ENEX – Encontro de Extensão e o ENIC – Encontro de Iniciação Científica acontece-ram de maneira paralela, possibilitando assim uma maior mobilização da comunidade acadêmica e am-pliando a repercussão, público e participação duran-te as apresentações dos dicentes.

A amplitude e junção do encontros se deu a um trabalho conjunto entre a Pró-Reitoria de Gradua-

ção, Pró-Reitoria de Pós-Gradu-ação e Pesquisa e Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários. Para a professora Marilene Salgueiro, coordenadora do ENID e asses-sora da PRG, o evento superou as expectativas. “Tudo ocorreu de forma maravilhosa e os resultados foram os melhores possíveis. Tive-mos a participação não só dos en-volvidos, mas de funcionários, es-tudantes e professores que, mesmo não estando diretamente ligados a nenhum projeto, fizeram questão de prestigiar as apresentações”, re-latou.

Marilene destacou que além de divulgar os traba-lhos desenvolvidos na instituição, os encontros são uma oportunidade ímpar para os alunos apresenta-rem seus trabalhos diante de públicos maiores e mais diversificados. Alguns docentes levaram turmas in-teiras para as apresentações. Professores da Universi-dade Federal do Rio Grande do Norte e Universida-de Federal de Pernambuco também compareceram ao evento.

O Encontro Unificado teve como tema central “A construção do conhecimento no cotidiano acadêmi-co: práticas e reflexões”. Para o aluno do curso de Comunicação em Mídias Digitais, Gustavo Moraes, o evento serviu justamente como meio de reflexão sobre a sua relação com a pesquisa acadêmica. “Visi-tei alguns estandes no hall da reitoria e me vi motiva-do a me dedicar não só as atividades de sala de aula, mas a também me envolver com pesquisa, aspecto fundamental na construção de formação acadêmica sólida”, confessou.

Estudantes participam da semana de Encontro Unificado de Ensino, Pesquisa e Extensão

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Ensino, Pesquisa e Extensão são temas de encontro na UFPB

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6 UFPB em revista

Prefeitura Universitária realiza poda de árvores no Campus iPor: Peter Shelton

Para evitar maiores transtornos, a Prefeitura Uni-versitária (PU) está realizando uma poda preventi-va das árvores localizadas nas margens dos espaços ocupados pela vegetação. Edificada em uma parte importante da reserva de mata atlântica, a Universi-dade Federal da Paraíba, através da PU, busca, com a medida, evitar os danos provocados pela queda dos galhos das árvores nas edificações, instalações elétri-cas e em integrantes da comunidade universitária.

Segundo Antônio Borba, engenheiro da comissão de gestão ambiental da prefeitura, existe um cui-dado em evitar problemas para quem transita pelo campus: “Sempre foi feita a poda das árvores que, como ficam em áreas isoladas, existe o efeito de bor-da, que são as árvores que se inclinam para o lado de fora procurando a luminosidade. E isso tem causado transtornos em cima de carros e edificações.”

A poda da vegetação nativa das reservas começou há duas semanas e é feita anualmente. Para o en-genheiro, outro benefício no corte dos galhos é o aumento da visão das reservas de floresta nativa, que ajuda na manutenção dessa vegetação: “Nós fazemos a poda anual para evitar esses problemas e termos uma visão maior dessas reservas, pois detectamos uma grande árvore seca, com grande risco de cair. Se não fizermos a poda na borda, não teremos essa visão.”

Ainda segundo Borba, todo o processo de poda das árvores é acompanhada pelo técnico Reginaldo Meirelles, que orienta os trabalhadores quanto ao uso dos equipamentos e quais os locais adequados para o serviço. Ele reconhece que o corte da vegeta-ção poderia ser mais preciso: “O ideal é que nos ti-véssemos um carro com a lança para fazer uma poda menos radical.”

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A PU acertou com a poda, mas errou com a inexistência de equipamento de segurança

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A Prefeitura Universitária da UFPB está preparan-do um projeto que dará nomes as ruas e avenidas localizadas no Campus I da Instituição. Ele se en-contra na fase orçamentária e ajudará na localização, facilitando a vida da comunidade acadêmica. Segun-do Sérgio Alonso, Prefeito Universitário, “se trata de uma cidade universitária, com ruas, avenidas, que se encontram sem as devidas nomeações. Como uma cidade, a UFPB precisa desse sistema de localização”.

Alonso relata que o campus I se encontra em um espaço incrustrado em João Pessoa, uma Universida-de, que é denominada Cidade Universitária, e que se comporta como uma verdadeira cidade. Com o con-junto de pessoas que transitam, os serviços que são oferecidos onde também são gerados empregos etc. e

redundam na caracterização própria de uma cidade.

Sérgio revela que o projeto não é novo, e vem sen-do refletido há muito tempo, dentro de um grupo de estudos. Ele revela que o projeto visa não apenas dar uma nomenclatura as ruas, mas dar mais visibi-lidade a Universidade, efetuando toda a sinalização da estrutura acadêmica. “Queremos demonstrar cla-ramente onde está cada centro, em que rua se está exatamente. Hoje a localização funciona apenas no boca a boca, as pessoas correm o risco de perguntar a um porteiro novato e ficar perdida”, afirma.

Os nomes escolhidos levaram em consideração os componentes da mata atlântica, que servirão como base para a escolha dos nomes utilizados nas ruas e avenidas. Todas serão nomes de árvores, como por exemplo, a rua principal que irá circular toda a Insti-tuição e se chamará Avenida Mata Atlântica. Outros exemplos de nomes escolhidos são Avenida das Acá-cias, Avenida Ipê Amarelo, Rua Milona etc.

Nesse momento, o projeto está em fase orçamen-tária. Sérgio Alonso revela que o grupo de estudos responsável pelo projeto fez toda a identidade vi-sual, que contará além de placas, com a instalação de totens por todo o campus. No projeto, foi feita a análise do tipo de letra, de fonte, e de toda a caracte-rização da instituição, os nomes de departamento e das placas, procurando dar uma identidade à UFPB.

Alonso revela que após a finalização do orçamen-to terá início o processo de licitação. “Sempre temos aquela ânsia de dar uma finalidade ao projeto. Acre-dito que até meados de 2014 estaremos concluindo, pois dependemos muito de recursos do orçamento, e esse ano foi muito complicado pra nós em relação a isso. Mas, estamos no caminho certo” concluiu.

Mapa da Universidade Federal da Paraíba

Projeto visa dar nomes as ruas da InstituiçãoPrefeitura Universitária

Por: Wallyson Costa

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Os projetos de extensão dos departamentos de Educação Física e de Letras Estrangeiras Moder-nas, da UFPB, oferecem à comunidade em ge-ral oportunidades de cursos e práticas esportivas. Segundo o professor Roberto de Assis, chefe do departamento de Letras Estrangeiras Modernas (Dlem), existe uma forte procura para o apren-dizado de uma nova língua. “Temos entre 400 e 500 alunos ao total, e a procura pelo curso de extensão é muito grande, principalmente pela co-munidade acadêmica.”

Atualmente, o departamento oferece 150 vagas semestrais para os cursos de idiomas, sendo 60 vagas para o curso de Inglês e 30 vagas para cada uma das turmas das demais línguas. Além da lín-gua inglesa, são oferecidos os cursos em espanhol, francês e alemão. A duração total do curso é de 7 semestres (3,5 anos).

As inscrições normalmente acontecem no ínico do ano, mas excepcionalmente em 2014 não ha-verá novas inscrições. Segundo o professor Assis, o curso de línguas estrangeiras passará por uma importante reformulação. “Houve uma modifica-ção no calendário da extensão. Estamos passando por um processo de readequação que acarretará em modificações na estrutura dos cursos ofereci-dos.”

O chefe do departamento relata que entre as principais mudanças que ocorrerão na extensão, os cursos de idiomas estrangeiros terão objetivos distintos: como cursos para proficiência ou volta-dos para o mercado de trabalho: “Queremos veri-

ficar a possibilidade de ofertar cursos distintos, ao invés de ofertar o curso de idiomas, para deman-das específicas para ser utilizado em empresas”.

O inicio do curso de extensão em línguas es-trangeiras foi adiado para o segundo período de 2014. Para os interessados, basta apenas ter ensi-no médio completo e realizar uma prova de inter-pretação de texto em língua portuguesa, além de uma taxa semestral de 100 reais. As aulas ocorrem duas vezes por semana, às 15 ou 17 horas.

UFPB oferece cursos de idiomas e modalidades esportivas à comunidade

Extensão

Por: Peter Shelton

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Atividades EsportivasOutro curso de extensão

bastante procurado é ofertado pelo curso de Educação Física. Apesar da alta demanda, a ex-tensão vem enfrentando alguns problemas, como reconhece o chefe do departamento do cur-so, o professor Cláudio Mei-reles: “Existe uma importante demanda na extensão, mas o quantitativo que o departa-mento apresenta nas atividades já sobrecarregam as instalações e o professores.”

Segundo Cláudio Meireles, o departamento de Educação Fí-sica está reorganizando e reno-vando a estrutura da extensão para o começo de 2014, devido à aposentadoria de alguns fun-cionários ligados à extensão, “Vamos enxugar a estrutura,

em função da aposenta-doria dos funcionários, mas na medida do pos-sível, resolvendo esses problemas. No ano que vem, teremos uma nova roupagem para o proje-to.”

Neste momento, a ex-tensão oferece as modali-dades de Hidroginástica, Ginástica, Biodança, Judô, Nata-ção, Musculação e exercícios para a melhoria do condicionamento físico. Em fevereiro de 2014, co-meçam as inscrições para as práti-cas esportivas e as aulas começam após o carnaval.

Segundo Meireles, quem esti-ver interessado em participar dos cursos de extensão, deve procurar a secretária do departamento de Educação Física com RG e com-

provante de residência no pe-ríodo de matrículas. O valor da taxa semestral está em 40 reais. No ato das inscrições, existe uma triagem do pessoal inscritos e algumas pessoas são insentas do pagamento da taxa semestral, como os estudantes da residência universitária, que precisam comprovar que mo-ram na residência.

Segundo Cláudio, a maior parte dos usuários das instala-ções esportivas da universidade são as pessoas com mais de 60 anos, e existe uma prioridade para a manutenção desse pú-blico, pois muitos participan-tes idosos da extensão, fazem parte de projetos de pesquisa de professores. “Embora existe uma dificuldade para manter as instalações, pelo seu alto custo, o departamento acha por bem manter os idosos, pois eles par-ticipam de várias pesquisas dos professores de Educação Físi-ca.” reitera.

Fotos: Peter Shelton

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10 UFPB em revista

Mudanças beneficiam estudantes que já trabalham na área do seu curso

Conteúdo extra-curricular

Ivo e Renata, estagiarios da CEM

Há alguns meses a UFPB aprovou mudança signi-ficativa para os estágios. A mais importante delas é o fato de aproveitamento por parte do estudante que já trabalha na área do seu curso, fazer o aproveitamento para efeito de grade curricular: o estágio é realizado no local onde já trabalha, desde que a empresa pre-encha os formulários e tenha convênio com a UFPB. No caso da empresa não ser cadastrada, o processo dura em torno de vinte dias e pode ser feito na coor-denação de estágio.

Para Maria de Lourdes Duarte Leite, encarregada de estágio na UFPB, criar meios que possibilitem cada vez mais o acesso dos estudantes ao estágio é de fundamental importância porque facilita a passagem do ambiente estudantil para o mercado de trabalho. “Isso representa uma evolução na política pública de empregos para jovens no Brasil, ao reconhecer o es-tágio como um vínculo educativo-profissionalizante, supervisionado e desenvolvido como parte do proje-to pedagógico e do itinerário formativo do educan-do.”

De acordo com números do Núcleo de Tecnolo-gia (NTI), foram matriculados 6.391 estudantes nas disciplinas Estágio Supervisionado I e II no período 2013.1, contando também os integrantes dos cursos de graduação à distância (EaD). Maria de Lourdes reforça que recentemente foram abertos muitos cam-pos de estágio no próprio âmbito da Universidade e as vantagens para as empresas que também fornecem oportunidades. “As empresas passam a contribuír para a formação profissional escolhida pelo educan-do, como também elas são beneficiadas com a mão de obra já com elevado nível de formação profissio-nal, pagando ao estagiário uma bolsa sobre a qual não incide custos da legislação trabalhista.”

Terminar o ensino médio, passar no vestibular e entrar para a universidade são metas sonhadas por todo jovem. Mas, após isso, se inicia uma nova fase

de mudanças. É a passagem da vida estudantil para a construção de uma carreira profissional que exige mais, e por ser tudo muito novo, acaba confundindo a cabeça dos “feras.” Questões como estágio, exten-são, monitoria, iniciação científica, conteúdos flexí-veis, são sempre fontes de muitas dúvidas, e como ninguém gosta de ler os incisos e parágrafos (§) das leis, a UFPB em Revista dá uma mãozinha.

Estágio: Que bicho é esse?O estágio é fase onde o estudante põe em práti-

Por: Rômulo Jefferson

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UFPB em revista 11

Ivo e Renata, estagiarios da CEM

ca todo o conhecimento que vem desenvolvendo no curso. A partir do 3º período qualquer estudante pode fazer estágio. Ele é dividido em duas catego-

rias: Não obrigatório e obrigatório (art. 2º da Lei 11.788/2008). O não obrigatório é opcional e as horas acumuladas podem ser usadas para pedido de dispensa de algumas dis-ciplinas, desde que feito a solicitação através de formulário disponível na Coordenação de Estágio e Moni-toria (CEM), localizada no térreo da reitoria. Já o estágio obrigatório é parte integrante de qualquer cur-so, ou seja, sem ele o diploma não é concedido. Algumas pessoas tem ideias como: “Trabalho no merca-dinho do meu pai, na farmácia do meu avô. Se ele assinar uma decla-ração vale”? Não é bem assim. O es-tágio obrigatório precisa ser na área de atuação do curso e a empresa tem que ter convênio com a UFPB.

No caso do estágio obrigatório, para que essa atividade tenha valida-de para o currículo acadêmico é pre-ciso estar matriculado na disciplina de estágio obrigatório e ser supervi-sionado por um professor que tenha relação com a área da atividade. Ele irá acompanhar o desempenho do aluno, receber o relatório feito pelo estagiário sobre a sua experiência e

atribuir a nota final. A carga horária também é outra exigência da lei, no máximo 30 horas semanais ou 40 em casos especiais de cursos que aliam teoria e prática e não tem aulas presenciais programadas no horário (§ 1º do art. 10 da Lei 11.788/2008).

Outras dúvidas de muita gente diz respeito a se o estágio tem caráter empregatício e se o estagiário tem direito a recesso remunerado Nestes casos, o estágio não constitui, de nenhuma forma, vínculo de empre-go entre a empresa e o estagiário (art. 3º e 15 da Lei nº 11.788/2008). E para estágio que tenha duração

de pelo menos um ano, o estagiário tem direito a recesso remunerado de 30 dias (em período contí-nuo ou fracionado) preferencialmente no período das férias escolares (caput e § 2º do art. 13 da Lei 11.788/2008).

Extensão, monitoria e iniciação científicaA extensão é uma atividade educativa, cultural, ar-

tística, científica e/ou tecnológica desenvolvida entre alunos e professores junto à sociedade. As atividades de monitoria são desenvolvidas por alunos que par-ticipam da aprendizagem de outros alunos, uma ex-tensão da sala de aula. E a iniciação científica, coloca o estudante em contato com pesquisas científicas e tecnológicas. Todas elas equivalem ao estágio, mas somente quando previsto no projeto pedagógico do curso, ou seja, é uma resolução interna individual de cada curso (§ 3º do art. 2º da Lei 11.788/2008).

Conteúdos FlexíveisEsses conteúdos também integralizam o currículo

de todos os estudantes, ou seja, sem cumprir mais essa etapa na graduação, não é possível obter o diplo-ma. Existe uma resolução na UFPB que trata espe-cificamente do assunto (Resolução nº. 07 /2010 do Conselho Superior de Pesquisa, Ensino e Extensão – CONSEPE), mas todos os cursos podem estabele-cer sua própria resolução, de modo a atender melhor suas demandas.

Mas afinal, o que vale?Cursos online em geral valem sim, desde que de-

vidamente certificados junto ao curso. Aquelas horas que sobraram do estágio obrigatório também po-dem ser computadas como conteúdo flexível. Cursos como inglês no SENAC ou atividades de volunta-riado desenvolvidas junto à instituições sociais ou religiosas também contam. Para a coordenadora de estágio do Demid, Signe Dayse, a gama de atividades possíveis é muito grande. E mesmo para aqueles que trabalham e tem o tempo um pouco mais complica-do é possível cumprir essas horas com as atividades desenvolvidas pelo próprio curso do estudante.

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12 UFPB em revista

Com a proposta de incentivar o intercâmbio entre pesquisadores, estudantes e profissionais de Psicolo-gia, foi realizado na UFPB, entre os dias 19 e 22 de Novembro de 2013, o IX Congresso Nacional de Psicologia do Desenvolvimento. O evento, que neste ano teve como tema “Desenvolvimento Hu-mano e a Solidariedade”, contou com mais de mil participantes inscritos. De acordo com o Professor Júlio Rique, integrante da Comissão Organizadora do evento “é o maior congresso da área de psicologia do desenvolvimento no Brasil”.

O evento se voltou para a investigação de questões relacionadas aos diversos contextos de desenvolvi-mento humano, na interlocução com as questões educacionais, culturais e ambientais.Dias antes do

Congresso, também ocorreu na UFPB o III Coló-quio Internacional de Epistemologia e Psicologia Genéticas, que funcionou como um pré-evento ao congresso. O objetivo do Colóquio foi a dissemina-ção da epistemologia e psicologia genéticas nas áreas da psicologia, filosofia e educação.

No Congresso, os trabalhos foram realizados em cinco níveis, onde foi feita uma estimativa inicial da quantidade de apresentações que seriam realizadas. O previsto foi um total de 12 conferências, 30 sim-pósios, 30 mesas redondas, 100 sessões de comuni-cação oral e várias sessões de pôsteres.

Nas conferências realizadas, houve a participa-ção de vários professores internacionais, dentre eles

Congresso Nacional de Psicologia discute desenvolvimento Humano e solidariedade

Por: Wallyson Costa

Ilka Bichara (esq.), professora da UFBA

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UFPB em revista 13

Anne Petersen, Professora americana, Larry Nucci, Professor da Universidade da California, Professor Juan Delval, da Universidade de Madrid, e tam-bém a Professora Colette Daiute da Universidade de Nova York.

Ao todo foram realizadas 38 mesas redondas, nú-mero que ultrapassou o inicial previsto. Cada mesa foi composta por quatro professores convidados de várias universidades brasileiras. As mesas redondas procuraram trazer temas atuais das diversas áreas da psicologia do desenvolvimento, como por exemplo, desenvolvimento da linguagem, da neurociência, do desenvolvimento moral e ético, raciocínio matemá-tico, etc.

No evento, também aconteceram sessões de co-municação orais compostas por professores e alunos, uma mistura de orientadores e seus alunos de gradu-ação e pós-graduação. Houve também a apresenta-ção de pôsteres, com professores e alunos, e ainda a realização dos simpósios, onde os envolvidos se or-

ganizaram ao redor de um único tema.

De acordo com Júlio Rique, o congresso foi uma realização bastante abrangente, e avaliação feita foi bastante positiva. “O resultado foi o esperado, pois foi um ano de trabalho da comissão organizadora. Vale dizer que o congresso foi organizado pela pro-fessora Cleonice Camino, por mim e pelo grupo de estudos do Núcleo de Desenvolvimento Sócio mo-ral, e foi preciso um ano de trabalho para absorver o número de pessoas do evento em um congresso desse porte.”

Rique afirma acreditar que o evento atingiu seu objetivo e que a organização cumpriu com toda a demanda. “Foi muito trabalho, e no final a avaliação geral das pessoas que vieram e que se comunicam conosco até hoje é que foi tudo muito bem organi-zado e que a UFPB atendeu aos critérios de receber esse pessoal todo e as sessões ocorreram com muita tranquilidade, e o nível foi muito bom.”, completa.

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Com a presença de compositores indepen-dentes de todo o Brasil, o Encontro Nacional de Compositores Universitários (ENCUN) em sua 11ª edição, completa dez anos de existên-cia e escolheu João Pessoa para comemorar a data. O evento aconteceu entre 24 e 30 de no-vembro em diferentes locais da cidade, como o Espaço Mundo, a Companhia da Terra na Praça Antenor Navarro e o Departamento de Música da UFPB.

O professor de composição da UFPB, Valé-rio Fiel da Costa, explica que esse é um even-to diferente de outros que ocorrem pelo país, porque os compositores mandam as músicas e a aprovação depende apenas da viabilidade de apresentação, por isso “espera-se que o Encun seja uma vitrine do que realmente acontece no cenário da música nacional”.

Por onde passa, o evento transforma o modo como os compositores costumam lidar com a música, gerando de forma espontânea pe-quenas agremiações de compositores, jovens principalmente. “Geralmente as pessoas que fazem parte da produção do evento acabam se organizando melhor e propondo temporadas, se constituindo como grupos estáveis de com-positores”.

Evento inédito na Paraíba recebe compositores de todas as regiões

Por: Rômulo Jefferson

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O evento

O Encun tem como marca principal o fato de não ser tão rígido quanto os festivais tra-dicionais, como dizem os organizadores do evento, “tudo pode acontecer”. Mesmo assim, foram organizadas algumas oficinas, pales-tras e exibições de audiovisuais em paralelo as apresentações.

Na sala Gerardo Parente, localizada no de-partamento de música, foram realizadas entre 26 e 29 as oficinas Guitarra elétrica na música contemporânea - história, escritas e técnicas, com Mario Del Nunzio e Matthias Koole e In-trodução a técnicas de síntese e processamento

sonoro digital, com Adriano Monteiro.

Outras salas abrigaram as palestras que abordaram diferentes temas, como: Arreferen-cialismo na Colagem Musical, de Henrique Iwao (MG), Limites do corpo e fisicalidade na composição musical, de Mário Del Nunzio (USP), A obra das obras: proposições ontoló-gicas a partir de obras singulares, de J. P. Ca-ron (USP), Compondo com o Corpo e Algo-rítmos, de Bernardo Barros (SP), Conversão imagem-som na pesquisa do COMUS - Grupo de pesquisa em composição musical da UFJF, de L. E. Castelões (UFJF) e o Concerto-Pales-tra (com o Grupo Bravo - UFRN), de Heather Jennings (UFRN).

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Bertrand Lira, organizador

Fest AruandaEvento ganha vida para além da UniversidadePor: Rômulo Jefferson

Dizem que o cinema é a arte de enganar, do fazer parecer. Mas também é justo dizer que essa expressão artística é carre-gada de características singu-lares: a atmosfera criada pela imersão é capaz de alterar o estado de espírito do telespec-tador, que pode ir do medo ao riso, da repulsa à comoção, não necessariamente em momentos distintos. Estas são sensações que podem ser vivenciadas no 8º Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro, evento que acontece

de 13 a 19 de dezembro, no Ci-nespaço do Mag Shopping em João Pessoa.

Criado dentro da Universi-dade Federal da Paraíba pelo professor Lúcio Vilar, o Aruan-da foi pensado para divulgar a produção audiovisual dos estu-dantes de Rádio e TV e Jornalis-mo (únicos cursos da área que existiam na Instituição à épo-ca), e logo teve a adesão de vá-rios professores da UFPB, entre eles, o cineasta Bertrand Lira. Ele menciona a transformação que o Festival passou nos últi-mos anos, tornando-se o evento mais importante do audiovisual no estado da Paraíba, sem per-der no entanto o contato com a universidade. “Hoje o Aruanda procura fazer chegar à comuni-dade paraibana a recente produ-ção nacional de curtas e longas-metragens, sem perder o vínculo com o universo acadêmico, já que continua existindo na sua grade de programação a cate-goria TV Universitária e Curtas Universitários.”

Por muito tempo, toda a pro-dução audiovisual do país foi monopolizada pelo eixo Rio-

São Paulo, seja por questões econômicas, culturais ou regio-nais. Mas hoje, essa realidade se altera. A Paraíba por exemplo, ainda que em número menor que estados de outras regiões, participa cada vez de importan-tes festivais no país e no exterior, como reforça Bertrand: “Não acredito que exista preconceito em relação ao audiovisual pa-raibano nem aqui e tampouco nacionalmente, pelo contrário, a Paraíba está sempre presen-te nas mostras e festivais mais

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importantes do país e eventu-almente no exterior. A Paraíba é uma referência para o audio-visual brasileiro e o Fest Aruan-da tem papel fundamental nisso pois, embora sem muitos recur-sos, o festival tem excelente re-percussão no resto do país”.

AruandaComo sempre ocorre na noite

de abertura, uma personalida-de do meio artístico nacional é homenageada. Este ano, será o cantor e ator Ney Matogrosso, personagem do documentário Olho Nú, filme-biografia do cantor, feito por Joel Pizzini. Conhecido como “o cineasta dos vencidos” por suas abordagens sobre João Goulart, Juscelino Kubitschek e Carlos Marighella, Silvio Tendler é outro documen-tarista convidado para partici-par do seminário “50 anos de Ditadura Militar pelo olhar do cinema brasileiro,” ocasião em que exibirá Jango, de 1988.

Também estará presente o ator Lázaro Ramos, protagonista do filme O grande kilapy, dirigido pelo angolado Zezé Gamboa. O filme teve cenas feitas na Pa-raíba e a presença de atores pa-raibanos no elenco. Crítico de cinema renomado no Brasil, Jean-Claude Bernadet receberá uma homenagem por suas refle-xões sobre o cinema local.

Uma outra novidade dessa 8ª

edição é a mudança do local de realização do evento, que do Hotel Tambaú, ocorrerá no Cinespaço do Mag Shopping. Segundo Bertrand Lira, a mu-dança ocorre principalmente pela possibilidade de reprise dos filmes na manhã seguinte, dando oportunidade para mais gente assistir as produções que são quase todas inéditas.

Além de exibições de filmes, o evento contará ainda com as oficinas: Sonoridades audiovi-suais, com Luís Bourschedt e

Débora Opolski; Documentá-rio de invenção: estratégias da não-ficção, com Joel Pizzini; História do documentário mo-derno e contemporâneo, com o antropólogo Henri Gervaseau. Ainda serão lançados os livros: Introdução ao desenho de som, de Débora Opolski e Luz e som-bra: significações imaginárias na fotografia do expressionismo alemão, de Bertrand Lira. Ocor-rerá também, o lançamento de duas obras em dvd do docu-mentarista paraibano, Vladimir Carvalho.

Lázaro Ramos, protagonista do filme O grande Kilapy

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JaneiroFérias antecipadas dividem opniõesPor: Rômulo Jefferson

O mês de janeiro tradi-cionalmente é dedicado ao período de férias na re-gião nordeste. É um perí-odo de altas temperaturas que compromete a saúde de quem precisa se expor nos horários mais quentes (manhã e tarde) e demanda muita energia elétrica para tentar minimizar esses fa-tores. Para a Universidade, o calendário escolar esse ano teve que ser repensa-do por causa da greve de 2012, modificando o final e o início do período letivo.

A decisão divide opini-ões: há quem defenda fazer o recesso dentro do perío-do, ou seja, as aulas voltam com o período letivo ain-da aberto e quem opine que seria melhor deixar finalizar o período 2013.2 e aí sim, ter férias. Os que preferem o recesso de janeiro dizem que é importante ter o mês livre porque é um período em que todos estão de férias e já tinham viagens agen-dadas. Alguns estudantes contrá-rios à quebra no meio das aulas reclamam da perda da rotina, lembrando que os trabalhos finais já estão em andamento.

Para a estudante Rayssa Alcân-tara, o recesso de janeiro é muito bem vindo, ela acredita que a que-bra não irá atrapalhar o andamen-to das atividades e lembra que no decorrer do período já houve ou-tras interrupções, como a Semana da Iniciação à Docência (Enid). “É um período super necessário, até porque é final de ano, janei-

ro, a gente quer curtir,” diz Rayssa. As férias para ela já tem destinação certa: “vou viajar, visitar o meu amor, descansar, assistir séries e filmes que gosto muito e aproveitar para ler algumas coisas que não sejam rela-cionadas ao curso.”

Já a estudante de fono-audiologia, Flaviana Amo-rim, tem uma visão mais cética em relação ao reces-so. “Vai haver uma quebra no período. No nosso caso, os pacientes que atende-mos no estágio irão ficar um tempo sem atendi-mento, mais de um mês na verdade. Por outro lado eu gostei porque irá aliviar o período, mas essa que-

bra é realmente complicada. Mas vou descansar muito e viajar para ver a família. A outra parte vou dedicar aos estudos e a finalização do Trabalho de Conclusão de

Curso (TCC)”.

Rayssa Alcântara, estudante

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Opções de Férias

Muitos estudantes que são de cidades do interior do estado e moram em João Pessoa, apro-veitam o período de recesso para viajar e ficar com a família. Mui-tos deles passam o ano inteiro sem conseguir visitar a família por causa da rotina apertada en-tre aulas, estudos e estágio.

Mas, para aqueles que são da cidade ou por algum motivo pre-ferem ficar, opções de lazer não faltam e a cidade onde o sol nasce primeiro fica ainda mais convidativa. As praias são escolhas garantidas para

quem não abre mão do contato com a natureza dentro da pró-pria cidade, já que a maioria das praias urbanas não são poluídas, privilégio aliás que poucos locais oferecem.

Ainda para aqueles que prefe-rem curtir a noite, os barzi-nhos se tornam uma ótima opção. Eles

oferecem uma atmosfera mais intimista e exclusiva, acompa-nhada de muita música ao vivo. Outra opção da noite são os shows que ocorrem gratuitamen-te na orla de Tambaú e no Ponto

de Cem Réis, centro histórico da cidade. Então, seja qual for a

escolha, viajar, ir à praia ou sair à noite, não vão faltar opções que se en-caixem no perfil de todos

para aproveitar o recesso de janeiro e só vai ficar em casa

quem quiser.

Ilustração: Thales Lima

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20 UFPB em revista

Coleta seletivaProjeto visa implantar Agenda Ambiental da Administração Pública na UFPBPor: Wallyson Costa

A UFPB se encontra incrus-tada em meio a Mata Atlântica, por isso, merece atenção especial por toda população acadêmica no que se refete a preservação ambiental. Esse também foi o pensamento do Servidor Hen-rique Gutierres, que desenvolve Projeto de Extensão e visa im-plantar a Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) na UFPB. O projeto, do tipo Pro-bex, faz parte do edital de 2013 da Instituição e realiza trabalho educacional e de coleta seletiva, aplicando assim os critérios de sustentabilidade do A3P. Segun-do Henrique “a Universidade, como qualquer órgão publico ou empresa, também é geradora de passivos e geram impactos am-bientais”.

A A3P É um programa do Mi-nistério do Meio Ambiente cria-do em 1999 que visa inserir os critérios de sustentabilidade nas atividades dos órgãos públicos, sejam eles municipais estaduais ou federais. Para o órgão im-plantar esse programa ele precisa ter uma assinatura de um termo de adesão com o ministério do meio ambiente. De acordo com Henrique Gutierres, esse é um projeto piloto, que funciona no Departamento de Geociências e no Laboratório para Estudos

Ambientais (LEA) da UFPB.

Henrique conta que a ideia do projeto nasceu de sua parte, a partir da análise de que a UFPB tem uma particularidade muito grande, por estar encravada em uma área de fragmento de Mata Atlântica onde existe uma fauna, e áreas que precisam e devem ser preservadas.

A primeira ação do projeto ocorreu em 2012 onde foi feito

um diagnóstico socioambiental na Universidade inteira. Houve visitas ao Hospital Universitário, ao Restaurante Universitário, a Reitoria e suas várias Pró Reito-rias, laboratórios etc., para assim obter com clareza quais são os problemas existentes na UFPB. No LEA e no departamento de Geociências onde o projeto está sendo aplicado, os problemas que foram vistos foram, como

Henrique Gutierres servidor do Departamento de Geociências

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em qualquer outro setor da uni-versidade, papel, plástico, lâmpa-das fluorescentes, pilhas e bate-rias. Além disso, foi adicionada a coleta de óleo de cozinha.

O projeto, além de Gutierres, conta com Rafaella da Silva e Iran Cabral, bolsistas de gradua-ção, com o também Servidor An-dré Queiroga, e com dois Profes-sores, Ilana Kiyotani, professora de Turismo, e Belinda Cunha, de Direito, que atua na área de Di-reito Ambiental.

Gutierres revela que em passeio pelo Campus é possível encon-trar lâmpadas e pilhas dentro dos fragmentos de mata da Institui-ção, e que isso o incomodava. “Com o projeto espero que as pessoas sejam ativas, tragam as lâmpadas, pilhas, papéis e etc., até de casa”. Ele relata que os tra-balhos atualmente são feitos com os servidores docentes e técnicos, e que foram utilizados questioná-rios para diagnosticar o uso dos materiais para posterior recolhi-mento.

Henrique conta que o questio-nário também serviu para uma primeira aproximação com as pessoas, e a partir daí pôde ser feita a parte educacional, com a entrega de cartilhas, coletores para óleo, papel, pilhas etc. Para

isso foram fechadas parcerias com empresas. O plástico, por exemplo, foi destinado a empre-sa Plasuze, que fez a doação de canecas, que substituiriam os copos descartáveis em todas as salas. Também houve parceria da gráfica JB que confeccionaram etiquetas das garrafas de óleo, das canecas e dos recipientes que foram espalhados pelo departa-mento.

Já o papel, usado para tudo dentro de uma Universidade, desde impressão de monografias, teses, xerox, é um dos grandes problemas da UFPB. Henrique revela existir a cultura do “er-rou uma coisa, amassa o papel e joga fora”. Ele conta que “pra isso também implantamos os co-letores de papel. A Universidade

já tem uma ação nessa área, que é o acordo verde, uma coopera-tiva que recolhe esse papel, mas também fizemos o trabalho de recolhimento desse papel dentro do projeto”.

No Encontro de Extensão, rea-lizado na UFPB, foi apresentado um trabalho pelos organizadores, avaliado pela Rede de Educação ambiental – REA, onde surgiu o questionamento sobre a expan-são do projeto para outras partes da UFPB. Gutierres salienta que “na verdade, espero que esse pro-jeto exista como projeto piloto, já que hoje a Universidade possui uma comissão de gestão ambien-tal, e a ideia seria contribuir com essa comissão. Mesmo assim es-tamos com um bom impacto, eu acredito”.

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Biblioteca Central realiza novas aquisições de livros eletrônicos

E-booksPor: Peter Shelton

Consolidando o projeto de me-lhoria da sua estrutura, a Biblio-teca Central renovou e ampliou o seu acervo virtual. Segundo Suely Pessoa, diretora do siste-ma de bibliotecas, existe a preo-cupação em ampliar esse acervo de e-books para melhor atender aos estudantes. Para isso, foi re-alizada a renovação da assinatura anual do acervo do Ebrary, que possui 100 mil títulos em inglês e mais de 2 mil em português.

Para o Catálogo Univer-sitário de livros eletrô-nicos do próximo ano, está prevista a inclusão de mais 4,2 mil títulos em português em todas as áreas do conhecimen-to. Esses e-books são provenientes da plata-forma Minha Bibliote-ca. Além desses livros, a UFPB garantiu a aqui-sição de mais 14 títulos atualizados na área de Ciências da Informação, isso através da platafor-ma Cengage Brasil.

Outra coleção im-portante que pas-sou a integrar o acervo virtual da Biblioteca Central foi a coletânea Sla-

very and Anti-Slavery, que di-ferente das demais coleções foi adquirido de forma permanen-te. A obra é dividida em quatro partes e nele estão incluso livros, manuscritos, arquivos oficiais e publicações seriais, que relatam os detalhes da escravidão e sua abolição nos Estados Unidos seu envolvimento com o Reino Uni-do e outros países europeus, Ca-ribe, América Latina e África. A

coleção completa terá 5 milhões de páginas.

A diretora ainda ressalta o su-cesso da coleção de e-books, a procura é tão importante que a UFPB conquistou um prêmio pela utilização das plataformas virtuais: “A Biblioteca Central ganhou o prêmio Proquest Top User Award, pela utilização do acervo dentro da Plataforma da Capes.”

O link para o acervo virtual pode ser encontrado na página da Biblioteca Central: www.biblioteca.ufpb.br

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rede global promove intercâmbios sociaisDiversos alunos da UFPB fazem parte de organização Por: Luan Matias

Gerida por jovens e sem fins políticos ou lucrativos, a AIESEC tem criado oportunidades para que estudantes desenvolvam seus potenciais por meio de intercâm-bios, trabalhos sociais ou como voluntários na organização, possi-bilitando para muitos a primeira experiência profissional. É o caso do estudante de Relações Interna-cionais Lucas Paschoal, que traba-lhou com vendas de intercâmbios para organizações e promoveu um workshop ministrado por inter-cambistas na UFPB. “Através do trabalho na AIESEC eu pude me conhecer melhor e desenvolver diversas novas capacidades profis-sionais”, relatou o jovem.

Fundada por estudantes euro-peus em 1948, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, a AIESEC surgiu com a intenção

de promover intercâmbios sociais e assim contribuir com o enten-dimento entre os países que ain-da viviam o clima de tensão pós-guerra. No Brasil há mais de 40 anos e hoje instalada em cerca de 120 nações, a rede global chegou a João Pessoa por meio de estu-dantes universitários em abril de 2012 e atualmente envolve diver-sos alunos da UFPB e de outras universidades em seus trabalhos.

O foco do trabalho da AIESEC em João Pessoa é o voluntariado. Uma das possibilidades de con-tribuir é sendo uma Host Family (família anfitriã, em português), termo utilizado para quem recebe voluntariamente um intercambis-ta em casa e torna-se responsável não só pela hospedagem, mas por explicar diferenças culturais e características específicas da ci-

dade. Só no ano de 2013, através de parcerias com ONGs e a ajuda das Host Families, mais de trinta intercambistas vieram trabalhar em projetos sociais na capital paraibana. Em contrapartida, os anfitriões têm a oportunidade de praticar diariamente uma nova língua e ter contato direto com uma cultura estrangeira.

Atualmente o escritório da AI-SEC João Pessoa está localizado em uma faculdade particular da cidade. A intenção é trazê-lo para a UFPB, onde estudam a maioria dos seus membros. Uma parceria já foi firmada e em breve deverá ser posta em prática. A ideia é a universidade apoiar a estrutura física da organização, que ficará responsável por divulgar eventos, seleções e programas de intercâm-bios para alunos da instituição.

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Energia solarInstituição implantará sistema de energia sustentávelPor: Luan Matias

Com o crescimento das dis-cussões sobre os problemas ambientais, alguns métodos ganham força como alter-nativas para um desenvolvi-mento sustentável. A utiliza-ção de fontes renováveis para obtenção de energia, menos agressivas ao meio ambiente, esteve no centro das questões abordadas durante a come-moração dos 40 anos do La-boratório de Energia Solar da UFPB.

O LES foi o primeiro espa-ço em uma universidade bra-sileira voltado à pesquisa em energia solar, uma fonte ener-

gética renovável e limpa - não emite poluentes. Entre os úl-timos dias 10 e 13 de novem-bro, seminários e minicursos resgataram a história do labo-ratório, despertaram a impor-tância do desenvolvimento das pesquisas e a utilização destas energias alternativas.

Um dos grandes desafios para os pesquisadores da área é tornar o desenvolvimento das pesquisas em ações prá-ticas, mais próximas do dia a dia do cidadão comum. Para o professor Kleber Oliveira, do Departamento de Energias Alternativas e Renováveis, o valor dos investimentos ainda impede uma maior utilização da energia solar. “O custo be-nefício, infelizmente, ainda é pequeno. Os painéis custam caro para o que podem gerar. Mas a tendência é que grada-tivamente os preços caiam e a eficiência dos painéis aumen-te”, relata confiante em uma mudança de quadro durante os próximos anos.

Energia Solar utilizada na UFPB

No Brasil, menos de 1% da produção energética se dá por

fontes de energia solar. A Paraí-ba, um dos estados pioneiros nas pesquisas sobre o tema, ainda dá os primeiros passos na utilização diária da fonte renovável. Uma das ações que visa o desenvol-vimento sustentável e em bre-ve será colocada em prática é a construção do prédio do CEAR

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da UFPB, que contará com um sistema de fotovoltagem inte-grado ao edifício. “Teremos um gerador que não apenas será res-ponsável pelo abastecimento de energia elétrica prédio, mas ser-virá como um telhado conven-cional”, conta o professor João Ferreira, também do Departa-

mento de Energias Alternativas e Renováveis.

O investimento no sistema fotovoltaico visa um retorno a longo prazo e em alguns estados do Brasil a utilização já é viável. “Acredita-se que em sete ou oito anos já haja retorno financeiro no investimento feito no sistema, ca-

paz de durar até 25 anos. Seriam mais de 15 anos de energia gra-tuita”, explica o professor João. A projeção é de que em alguns anos o sistema já seja realidade em vários prédios, abastecendo pelo menos a iluminação externa e possibilitando uma queda consi-derável nas taxas de condomínio.

Foto: Krystine Carneiro/G1

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O número de exames perió-dicos realizados em servidores da Universidade de maio até dezembro atingiu apenas a marca de 1.000 pessoas, num universo de mais de 6.000 (entre docentes e técnicos), em 2013. Os exames perió-dicos são realizados em duas etapas: a primeira consiste na coleta de material e a segunda requer a passagem pelo mé-dico para emissão do Ates-tado de Saúde Ocupacional (ASO).

Dos mil servidores que fi-zeram uso do serviço, apenas 257 finalizaram as duas eta-pas e outros 100 agendaram a conclusão para o mês de dezembro. De acordo com Aline Lucena, da Coordenação de Qualidade de Vida, Saúde e Se-gurança no Trabalho (PROGEP), a totalização dos dados referentes aos servidores que já realizaram a primeira fase será concluída em fevereiro.

Ainda segundo Aline Lucena, entre os exames mais procura-dos estão o Antígeno prostático específico (PSA), realizado em homens com idade acima de 50 anos (228), o Citológico (205), sangue oculto nas fezes, feito em pessoas acima de 50 anos (343)

e os oftalmológicos, realizados em servidores acima de 45 anos (427).

A convocação para os exames está sendo feita por unidades ad-ministrativas e acadêmicas e as duas etapas são realizadas no pró-prio Hospital Universitário Lau-ro Wanderley (HULW). Não há custos para o servidor e conforme o art. 6º da Portaria Nº 4/2009, os exames podem ser realizados no horário de expediente, sem qualquer ônus ou necessidade

de compensação de horários. Entretanto, os servidores têm a opção de não realizar os exames, bastando apenas pre-encher um formulário no site dos servidores (SIAPNET).

Existe ainda a possibilida-de de realizar os exames fora do HU, através do médico da opção do servidor. Aline Lucena reforça que isso acon-tece muito com as mulheres. Elas realizam o exame citoló-gico com seu próprio médico e apresentam no HU para emissão do Atestado de Saúde Ocupacional (ASO).

A partir de 2014 a coleta de material para exames só ocorrerá quando todos os ser-vidores que já compareceram

finalizar a segunda etapa do pro-cesso (agendada para fevereiro), a passagem pelo médico e a emissão do ASO. Aline Lucena pontua que esse é um processo importan-te para a Universidade, e possibi-lita traçar o perfil dos servidores da instituição e a criação de me-didas preventivas de fatores de ris-co. Segundo ela, no próximo ano deverão ser desenvolvidas ativi-dades que integrem e divulguem melhor as ações e conscientizem os servidores da importância des-se processo.

Exames PeriódicosProcura da comunidade atinge percentual de16,6%Por: Rômulo Jefferson

Aline Lucena, PROGEP

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A UFPB teve 25 de seus cursos de pós graduação com avaliação superior a conferida em 2010, segundo a Avaliação Trienal reali-zada pela Coordenação de Aper-feiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Além desses, dentre os 88 cursos avaliados, 56 mantiveram a mesma nota e ape-nas sete tiveram diminuídos seus conceitos. Atualmente, a UFPB apresenta mais cursos com concei-to cinco, 22 do total, do que com conceito três, 21, e nenhum curso com conceito um ou dois.

De acordo com Isac de Medei-ros, Pró Reitor de Pós-Graduação, essa alavancada no resultado se deve a melhoria dos indicadores de eficácia e eficiência dos pro-gramas da Pós-Graduação. Isac ressalta as ações que vem sendo conduzidas na instituição que começam na iniciação cientifica, e vão até os programas da Pós-Graduação. Ele revela que 75% dos alunos que saem do Programa de Bolsas de Iniciação Cientifica (Pibic) migram para programas de pós-graduação, seja na UFPB ou em outras instituições..

Esse processo de avaliação, or-ganizado pela Capes, analisa, em um período de três anos, todos os programas e cursos de pós-gradu-ação do país inteiro. A avaliação é organizada em cinco critérios:

proposta, corpo docente, corpo discente, produção intelectual, e a inserção so-cial dos programas. Os res-ponsáveis pela avaliação nas Universidades são os pares, cientistas de destaque nas áreas de cada programa ou curso, escolhidos dentro da própria Instituição.

As notas são atribuídas de um a cinco para o mes-trado e de um a sete para doutorado. Os Programas que tem conceito um ou dois, são considerados deficientes e por isso acabam descredenciados, isto é, não podem receber novos alunos a partir da publicação da decisão da Capes. A avaliação de três a cinco revelam cursos de nível regular a muito bom. Já os programas de nível seis e sete são considerados com nível de excelência interna-cional.

Medeiros revela que “há três anos estávamos concentrados na nota três, e hoje a maioria dos cursos já está com nota quatro, e vários outros já avançaram a nota cinco”. Ele ainda aponta que na avaliação anterior, feita em 2010, 11,7% dos cursos tinham nota cinco, e na atual o percentual sal-tou para 25% desses cursos.

Atualmente, nenhum curso da UFPB atingiu o conceito sete. Se-

gundo Isac essa é uma meta para a próxima avaliação. “A nossa meta agora é incentivar, para que esses cursos saiam de cinco e vão pra seis, e depois vão também pra sete. Já estamos trabalhando em ações nesse sentido, promovendo um maior incentivo nesses cursos nota cinco, mas também continu-ando o incentivo aos outros cur-sos”.

O Pró-Reitor ressalta que o cres-cimento da pós-graduação na ins-tituição é inegável, e que é o fruto do trabalho de cada coordenador em semear a cultura da excelência em seus programas. “Também re-conhecemos o valor de ações insti-tucionais no sentido de captarmos maiores quantidades de recursos em editais externos e ações inter-namente”, completa.

Avaliação da Capes revela melhoria em programas de Pós-GraduaçãoPor: Wallyson Costa

Isac de Medeiros, Pró Reitor de Pós Graduação

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Pesquisador estuda potencialidades da algarobaPor: Peter Shelton

Desde que começou os estudos com a algaroba, o pesquisador Clóvis Gouveia se surpreendeu com o enorme potencial biotec-nológico que a planta possui: “As árvores, principalmente as vagens, possui uma enorme versatilida-de, podendo potencializar vários processos como a fermentação e destilação.” Desde 2000, foram desenvolvidos por Gouveia vários produtos, entre eles estão a aguar-dente de algaroba, pães, biscoitos, além do vinho e do vinagre origi-nários da planta.

Um projeto que se encontra em andamento é a produção do açúcar orgânico da algaroba, que possui um baixo índice glicêmico. A ideia é usar como um produto funcional em substituição às subs-

tâncias sintéticas, como a sacarina e o aspartame, utilizados princi-palmente pelos diabéticos. Para o pesquisador, existe muitas vanta-gens na produção deste açúcar em relação ao tradicional, feito a par-tir de cana-de-açúcar: “A algaro-ba, em comparação com a cana de açúcar, ela tem um teor de açúcar bem mais elevado, quase três vezes mais e o teor de sólidos solúveis está entre 58% e 60%”.

Outro programa que chamando a atenção é a produção de biocom-bustíveis a partir da algaroba. Por possuir um processo de fermen-tação mais fácil, principalmente dos açucares, existe um imenso potencial da planta: “Existe uma pesquisa para a produção de bio-combustíveis, principalmente a

partir dos açucares, mas existe um outro foco, que é o etanol celu-lose. Já temos estudos com a hi-drólise enzimática e a ácida para transformar os resíduos em álcool e está sendo desenvolvido no cur-so de Engenharia.” comenta.

A algaroba foi introduzida no Brasil em 1942, por J. B. Grif-fing, diretor da Escola Superior de Agronomia de Viçosa, localizada no interior de Minas Gerais. “A árvore é natural do deserto peru-ano, que é uma das regiões mais áridas do planeta e o agrônomo J. B. Griffing se surpreendeu com a resistência e a robustez da árvore, implantando inicialmente no in-terior pernambucano.” relata.

Originária do deserto do Piura, no norte do Peru, a algaroba vem despertando o interesse de pesqui-sadores, como o pesquisador, que desde 2000 estuda a árvore. Se-gundo o pesquisador, a algaroba é muito abundante no semi-árido nordestino, principalmente no Cariri paraibano, onde é cultiva-da desde os anos 40 e possui im-portância na região: “O pioneiro no estudo da árvore e introdução na Paraíba foi o agrônomo Iná-cio Antonino e levou as primeiras mudas e saía distribuindo de casa em casa e uma dessas foi meu pai que plantou.”

Foram desenvolvidas mais de vinte produtos da algaroba

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