UFPR METROLOGIA MECÂNICA DIMENSIONAL · As tolerâncias geométricas podem ser definidas como...
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UFPR METROLOGIA MECÂNICA DIMENSIONAL
TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS
PROF. ALESSANDRO MARQUES
Especificações Geométricas de Produto
Geometrical Product Specifications (GPS)
As peças ao serem fabricadas podem apresentar desvios da forma planejada, isto é, os planos não são tão planos, as retas não são tão retas e os círculos não são tão círculos. Da mesma forma que a NBR 6158 as tolerâncias geométricas estão normalizadas pela NBR 6409.
Tolerâncias geométricas
As tolerâncias geométricas podem ser definidas como
variações permissíveis dos limites dentro dos quais os desvios (ou erros) de forma e posição devem estar compreendidos sem prejudicar o funcionamento e a intercambiabilidade de um peça ou equipamento.
Tolerâncias geométricas
A norma NBR 6409 - Tolerâncias geométricas – Tolerâncias de forma, orientação, posição e batimento - Generalidades, símbolos, definições e indicações em desenho
foi baseada na norma ISO 1101:1983 que foi substituida pela norma ISO 1101:2004 –
Geometrical Product Specifications (GPS) - Geometrical tolerancing - Tolerances of form, orientation, location and run-out.
CHF:162,00 (Franco Suiço) – Aproximadamente R$ 324,80
Tolerâncias geométricas
Especificações Geométricas de Produto
Tipos de especificações geométrica
Especificações Geométricas de Produto
Tolerâncias
Geométricas
Tolerâncias
Dimensionais
Tolerância
de
Forma
Tolerância
de
Ondulação
Tolerância
de
Localização
Tolerância
de
Orientação
Rugosidade
Causas do desvio de forma
Material da peça;
Meio de medição;
Máquina-ferramenta;
Mão de obra;
Meio ambiente.
NBR
6409
Tolerâncias
geométricas –
Tolerâncias de
forma, orientação,
posição e
batimento -
Generalidades,
símbolos,
definições e
indicações em
desenho
NBR 6409 Requisitos gerais:
As tolerâncias de forma e posição devem ser
indicadas quando necessárias, ou seja, para
assegurar requisitos funcionais, intercambiabilidade e
processos de manufatura.
O fato de se indicar uma tolerância de forma ou
posição não implica necessariamente o emprego de
um processo particular de fabricação ou medição.
INDICAÇÕES NO QUADRO DE TOLERÂNCIA
Nos desenhos, as tolerâncias de forma e posição devem ser
inscritas em quadros retangulares, divididos em duas ou mais
partes.
São inscritos da esquerda para direta e na seguinte ordem:
o símbolo da característica
O valor da tolerância na unidade usada para dimensões
lineares. O valor pode ser precedido símbolo f se a zona de
tolerância for circular ou cilíndrica.
Quando for o caso. letra ou letras para identificar o elemento
ou os elementos de referências
Se a tolerância se aplicar a vários elementos,
isto deve ser escrito com sinal de multiplicação ou de
forma de uma nota sobre o quadro de tolerância.
Indicação qualificando a forma do elemento
deve estar escrita próxima ao quadro de tolerância e
pode estar ligada por uma linha
Se for necessário indicar mais do que uma
tolerância para o elemento, as especificações das
tolerância são dadas em quadros colocados um sobre
o outro.
O quadro de tolerância deve ser ligado ao
elemento tolerado por uma linha de chamada,
terminada por uma flecha, que toca:
o o contorno de um elemento ou o prolongamento do
contorno (mas não uma linha de cota), se a tolerância
se aplicar à linha ou à própria superfície.
INDICAÇÕES DE ELEMENTO TOLERADO
o a linha de extensão, em prolongamento à linha
de cota, quando a tolerância for aplicada ao eixo ou
ao plano médio do elemento cotado.
INDICAÇÕES DE ELEMENTO TOLERADO
o o eixo, quando a tolerância for aplicada ao eixo
ou ao plano médio de todos os elementos comuns
a este eixo ou este plano médio.
INDICAÇÕES DE ELEMENTO TOLERADO
INDICAÇÕES DO CAMPO DE TOLERÂNCIA
o A tolerância se aplica na direção da flecha da
linha de chamada que liga o quadro de tolerância
do elemento a ser tolerado, a menos que o valor da
tolerância esteja precedido pelo símbolo ∅
INDICAÇÕES DO CAMPO DE TOLERÂNCIA
o De modo geral a tolerância se aplica na direção
perpendicular à geometria da peça
INDICAÇÕES DO CAMPO DE TOLERÂNCIA
o Quando a direção da aplicação da tolerância não
for perpendicular à geometria da peça, ela deve ser
indicada no desenho.
INDICAÇÕES DO CAMPO DE TOLERÂNCIA
o Campos de tolerâncias individuais de mesmo
valor, aplicados a vários elementos distintos,
podem ser especificados.
INDICAÇÃO NO ELEMENTO DE REFERÊNCIA
o Os elementos de referência são identificados por
letra maiúscula enquadrada, conectada a um
triângulo cheio ou vazio.
INDICAÇÃO NO ELEMENTO DE REFERÊNCIA
o A base do triângulo está localizada no contorno do
elemento ou no prolongamento do contorno (mas
não sobre uma linha de cota), se o elemento de
referência for a linha ou a superfície representada.
INDICAÇÃO NO ELEMENTO DE REFERÊNCIA
o A base do triângulo está localizada em uma
extensão da linha de cota, quando o elemento de
referência for um eixo ou um plano médio da parte
cotada.
INDICAÇÃO NO ELEMENTO DE REFERÊNCIA
Se o quadro de tolerância puder ser ligado
diretamente ao elemento de referência por uma linha
de chamada, a letra de referência pode ser omitida.
EXEMPLOS: TOLERÂNCIA DE FORMA
Característica:
Retitude (Retilineidade)
Para um contorno:
CAMPO DE TOLERÂNCIA: No desenho técnico:
Qualquer linha de comprimento 100mm do elemento
plano indicado, deve situar-se entre duas retas
paralelas distanciadas de t = 0,1mm
O que significa:
EXEMPLOS: TOLERÂNCIA DE FORMA
Característica:
Retitude (Retilineidade)
Para um eixo:
CAMPO DE TOLERÂNCIA: No desenho técnico:
O eixo do elemento cilíndrico do pino deve situar-se
dentro de um cilindro com diâmetro t = 0,03mm
O que significa:
EXEMPLOS: TOLERÂNCIA DE FORMA
Característica:
Planeza (Planicidade)
CAMPO DE TOLERÂNCIA: No desenho técnico:
A superfície tolerada deve situar-se entre dois planos
paralelos distanciados de t = 0,05mm.
O que significa:
EXEMPLOS: TOLERÂNCIA DE FORMA
Característica:
Circularidade
CAMPO DE TOLERÂNCIA: No desenho técnico:
A linha de contorno de qualquer secção deverá estar
contida na área do anel de espessura t = 0,02mm.
O que significa:
Métodos de análise de desvios de circularidade
Círculo Quadrático Médio (LSC)
-Representa a média de todos os picos e vales. A
definição matemática: “A soma dos quadrados de uma
quantidade suficiente de ordenadas radiais
uniformemente espaçadas, medidas do círculo até o
perfil, tem o mínimo valor”;
-O erro de circularidade é a distância radial do máximo
pico ao círculo somada à distância radial do mínimo
vale ao círculo;
Círculos de Mínima Zona (MZC)
-Dois círculos concêntricos que envolvem o perfil e que
apresentam a mínima separação radial;
-A distância radial entre os dois círculos é o erro de
circularidade;
Máximo Círculo Inscrito
-É o maior círculo que pode ser traçado dentro do perfil
sem seccioná-lo;
-O erro de circularidade é a distância medida entre o
maior pico e o círculo;
Métodos de análise de desvios de circularidade
Mínimo Círculo Circunscrito
-É o menor círculo que envolve perfil sem seccioná-lo;
-O erro de circularidade é a distância medida entre o
menor vale e o círculo;
Identifique as
especificações !
Tolerâncias dimensionais
Referências
Cotas Básicas
Tolerâncias de forma
Tolerâncias de posição
Tolerâncias de orientação
ABNT NBR 6409:1997 Tolerâncias geométricas - Tolerâncias de forma, orientação, posição
e batimento - Generalidades, símbolos, definições e indicações em desenho
ABNT NBR 14646:2001 Tolerâncias geométricas - Requisitos de máximo e requisitos de
mínimo material
ABNT NBR ISO 2768-2:2001 Tolerâncias gerais - Parte 2: Tolerâncias geométricas para elementos
sem indicação de tolerância individual
ASME Y14.5:2009 Geometric Dimensioning and Tolerancing - Applications Analysis and
Measurement
ISO 1101:2004 Geometrical Product Specifications (GPS) -- Geometrical tolerancing
- Tolerances of form, orientation, location and run-out
NORMAS
BIBLIOGRAFIA
João Cirilo da Silva Neto. Metrologia e Controle Dimensional – Conceitos, normas e aplicações. 239p., Elsevier, 2012
Oswaldo L. Agostinho, e outros - “Tolerâncias, ajustes, desvios e análise de dimensões”; Editora Edgard Blücher Ltda, 1977
Olívio Novaski - "Introdução à Engenharia de Fabricação Mecânica"; Editora Edgard Blücher Ltda, 1994
Vagner Alves Guimarães, "Controle Dimensional e Geométrico", Editora da Universidade de Passo Fundo. 1999
Telecurso 2000 – Cursos Profissionalizantes, Metrologia; Fundação Roberto Marinho / /FIESP