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U�IVERSIDADE CA�DIDO ME�DES PÓS-GRADUAÇÃO “LATU SE�SU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
A COMU�ICAÇÃO COMO ÁREA ESTRATÉGICA DE UMA
EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇOS.
Por: Liliam Cristina Cecilio
Orientadora
Prof.ª Ana Paula Alves Ribeiro
Rio de Janeiro 2009
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U�IVERSIDADE CA�DIDO ME�DES PÓS-GRADUAÇÃO “LATU SE�SU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
A COMU�ICAÇÃO COMO ÁREA ESTRATÉGICA DE UMA
EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇOS.
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialidade em Gestão de
Recursos Humanos.
Por: Liliam Cristina Cecilio
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AGRADECIME�TOS
Deus, Pais e noivo.
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DEDICATÓRIA
Agradeço a DEUS, pois sem ele eu não teria conseguido. Aos meus pais por sempre me apoiarem nas minhas escolhas e ao meu noivo por me acompanhar em toda esta jornada.
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RESUMO
As empresas vivenciam um momento de ruptura do previsível e do pensamento
linear, e passam a se estabelecer em um ambiente complexo e turbulento. A pretensão
da organização é de estar cada dia um passo a frente, para alcançar, com isso, objetivos
mais intensos e desafiadores. Entretanto, para que todo seu potencial possa ser
vislumbrado, a mesma deve ter um conhecimento significativo do mercado, mais
precisamente de seus clientes atuais e potenciais. Para isso muitas se utilizam da
fidelização para garantir um futuro promissor.
Mas, será tão simples assim tornar um cliente fiel? Certamente não. Clientes só
serão fiéis se as empresas souberem:
- medir e acompanhar a fidelidade utilizando variáveis pré-estabelecidas para
que possam ser mensurados os gastos dos clientes por meio da aquisição dos serviços e
produtos ofertados;
- informar o significado e a importância da fidelidade dos clientes a todos os
funcionários da empresa;
- recompensar os índices de fidelidade excelentes de seus clientes;
- envolver seus funcionários no desenvolvimento e na manutenção de seus
programas de fidelidade;
- reunir uma variedade de recursos de marketing, vendas e atendimento
destinados a cultivar a fidelidade em cada estágio do cliente;
- modificar, sintonizar e corrigir o sistema de fidelidade durante todo o processo,
adequando produtos específicos às necessidades individuais de seus consumidores.
Por essa razão, a fidelização não é um processo simplório e finito, mas, sim, uma
busca constante pela excelência no relacionamento externo e interno à organização.
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METODOLOGIA
Realizei pesquisas em livros de autores como: Analisa de Medeiros Brum, Roger
Cahen, Marcos Henrique Nogueira Cobra, Nara Damante, Margarida M. Krohling
Kunsch, Régis Mckenna, Francisco Viana, Philip Kotler, entre outros; sites e artigos
periódicos para a construção desta monografia. Entretanto, a pesquisa de caso utilizada
– empresa Facility – foi o fator decisório, pois além de ser a empresa onde trabalho há
seis anos, e pude constatar neste período, que há uma deficiência na comunicação
interna e externa.
Obtive acesso a muitas informações dos setores de Recursos Humanos,
Departamento Pessoal e Departamento Comercial que enriqueceram minha pesquisa.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 08
CAPÍTULO 1 - O MARKETING E A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL ...10
CAPÍTULO 2 - A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL ....................................15
CAPÍTULO 3 - O CASO FACILITY ......................... ...................................... 36
CONCLUSÃO ..................................................................................................... 51
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 53
INDICE ............................................................................................................... 56
FOLHA DE AVALIAÇÃO ................................................................................ 58
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I�TRODUÇÃO
Atualmente as organizações não conseguem manter um cliente por mais de uma
semana, isso por que não há uma preocupação em criar um departamento focado em
fidelização de clientes internos e externos. Muitos departamentos, às vezes, não sabem o
papel que cada um desempenha dentro da organização. Há que se priorizar o cliente
interno para saber conquistar o cliente externo.
Como tema principal apresentado “A Comunicação como Estratégia dentro de
uma Organização de Prestação de Serviços”, onde é apontado o problema de como
tornar um cliente externo fiel aos produtos/serviços de uma organização. Hoje as
organizações não conseguem manter um cliente por muito tempo, isso por que não há
um planejamento estratégico, um Recursos Humanos estratégico. Sendo que alguns
autores ensinam “formas/caminhos” a percorrer, para que tenham sucesso, como:
Analisa de Medeiros Brum, Raimar Richers, Philip Kotler, entre outros.
A importância de uma boa comunicação interna numa organização, atuando
como estratégia, pode trazer muitos benefícios, como a fidelização dos clientes e,
consequentemente o aumento dos lucros. Associar a comunicação interna/externa ao
treinamento dos colaboradores da organização, capacitando – os para que tenham
sucesso na fidelização dos clientes externos. A criação de uma área específica dentro de
uma empresa, onde a comunicação será tratada como ponto “chave”, é o caminho para a
fidelização dos clientes externos.
O capítulo 1 fala sobre a evolução do marketing e as várias mudanças ocorridas
nas empresas para melhor atender e entender o consumidor, sempre adaptando suas
estratégias e criando novos conceitos.
No capítulo 2, aborda-se o histórico da comunicação empresarial,
comportamentos internos das organizações, o planejamento e a utilização da
comunicação empresarial como estratégia para diferenciação no mercado. Mostra-se
também a importância da comunicação como área estratégica dentro da empresa.
O capítulo 3 é apresentado o caso Facility, sua história e a ramificação no setor
de serviços através da sua estrutura de especialização (oito empresas), seus valores e sua
estratégia de prestação de serviços comparada ao ideal do mercado.
E finalizamos demonstrando a importância da comunicação como estratégia na
organização para a consolidação no mercado e, melhoria no atendimento ao cliente. Já
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que o mercado de prestação de serviços está cada dia aumentando, e se as empresas não
apresentarem um diferencial para o cliente, com certeza estará excluído do mercado.
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CAPÍTULO 1
O MARKETI�G E A COMU�ICAÇÃO EMPRESARIAL
Marketing é a divulgação de um produto que objetiva atender às necessidades do
cliente a fim de atingir os desejos do mesmo. Visando uma estratégia prática através do
estudo do mercado tentando oferecer um maior custo/ benefício ao público-alvo.
Associado a comunicação empresarial (Organizacional, Corporativa ou Institucional)
que compreende um conjunto complexo de atividades, ações, estratégias, produtos e
processos desenvolvidos para reforçar a imagem de uma empresa ou entidade
(sindicato, órgãos governamentais, ONGs, associações e universidades) junto aos seus
públicos de interesse (consumidores, empregados, formadores de opinião, classe
política ou empresarial, acionistas, comunidade acadêmica ou financeira e jornalistas)
ou junto à opinião pública.
Conclui-se que as empresas estão vivenciando processos de constantes
mudanças sendo que se não houver uma comunicação interna e externa não haverá
integração e nenhum tipo de produto/serviço.
1.1. O Conceito de Marketing e sua Evolução
Iniciamos com uma definição de Philip Kotler, uma das maiores autoridades
internacionais em marketing “O marketing existe quando o homem decide satisfazer as
suas necessidades e desejos de uma forma que podemos chamar de troca” (Kotler, 1988
p. 32). Kotler diz que do ponto de vista dos consumidores, marketing é entendido como
vendas e propaganda. Sendo duas funções componentes, mas não fundamentais, no
sentido de satisfazer o cliente completamente.
“O que um homem realmente precisa? Algumas centenas de gramas de comida
todos os dias, aquecimento e abrigo, dois metros para se deitar e alguma forma de
trabalho que lhe proporcionará uma sensação de realização. E isso é tudo, sob o
aspecto material. Todos sabemos disso. Mas recebemos uma lavagem cerebral de
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nosso sistema econômico, até que terminemos numa tumba, debaixo de uma
pirâmide de prestações, hipotecas, utensílios absurdos, brinquedos que desviam
nossa atenção da estupidez de tudo isso” (Sterling Hayden, citado por Kotler em
1988, p. 30)
A citação acima descrita relata uma antiga e constante discussão quanto aos
benefícios ou malefícios do marketing. As dúvidas em relação ao fato de que o
marketing cria demanda ou apenas estimula a demanda de produtos já existentes é uma
constante desde o surgimento do termo. Segundo Kotler, o marketing - estudo dos
processos e relações de troca - apareceu formalmente apenas no início do século XX.
Analisando a proposta de Kotler, e sem querer abordar de forma mais
aprofundada a questão, vê-se que, apesar das condições para a sobrevivência serem tão
básicas, como na citação de Hayden, as necessidades do homem, assim como a sua
evolução, são uma constante e o marketing apenas se encarrega de satisfazê-las. Cobra
(1988) define o surgimento do termo marketing como uma expressão anglo-saxônica
que deriva da palavra mercari, do latim, que significa comércio ou ato de mercar,
comercializar ou transacionar. O berço do marketing para Raimar Richers (1989) se
encontra indiscutivelmente nos Estados Unidos.
Segundo ele, a difusão do marketing pelo mundo foi relativamente lenta, sendo
que, mesmo na Europa, o marketing só começou a ser aceito após a Segunda Guerra
Mundial. Apesar disso, historicamente, podemos caracterizar a Revolução Industrial
como período que marca o aumento da oferta de produtos e da concorrência fazendo
com que a produção não estivesse apenas voltada para o que, até então, era considerado
básico. Inicia-se a eterna luta pela satisfação das necessidades humanas.
Segundo a definição oficial da American Marketing Association marketing é o
processo de planejamento e execução, desde a concepção, apreçamento, promoção e
distribuição de idéias, mercadorias e serviços para criar trocas que satisfaçam os
objetivos individuais e organizacionais (COBRA, 1992). Segundo Stanton (1971 apud
COBRA, 1992) marketing é o desempenho de atividades empresariais interatuantes,
destinadas a planejar, apressar, promover e distribuir bens e serviços que satisfazem aos
desejos dos clientes presentes e potenciais. Foi então que Philip Kotler colocou, dentro
dos conceitos de marketing, novos propósitos de conceito humano, conceito de
consumo inteligente e conceito do imperativo ecológico, dando origem ao Marketing de
Caráter Societal
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O conceito de Marketing Societal define a tarefa da organização
como sendo determinar necessidades, desejos e interesses de
participação de mercado e proporcionar a satisfação desejada mais
efetiva e eficientemente do que a concorrência de forma a preservar
ou aumentar o bem estar do consumidor e da sociedade. (KOTLER,
1988, p.44)
O novo conceito societal acrescenta o bem-estar do consumidor e do público a
longo prazo além de exigir a inclusão de quatro considerações nas tomadas de decisões:
desejos dos consumidores, interesses dos consumidores, exigências da empresa e bem-
estar social. O marketing societal desperta a preocupação em relação a má distribuição
de renda e a necessidade de adequar produtos e serviços às populações diferenciadas.
Uma caracterização mais atual do marketing, feita por McKenna (1993), afirma que o
marketing dos anos 90 é orientado à criação, e não ao controle de um mercado; baseia-
se na educação desenvolvimentista, no aperfeiçoamento incremental, e no processo
contínuo, e não em simples táticas para concentrar fatia de mercado, ou em eventos
únicos.
Essas características devem ser empregadas para enfrentar a grande diversidade
de produtos que surgem e continuam surgindo. O processo contínuo, citado por
McKenna
Representa a segurança de manter uma marca em evidência num
período marcado pela constante evolução das necessidades. O grande
ponto comum entre as definições de marketing é a busca pela
satisfação dos clientes e, como conseqüência da busca da satisfação,
está a identificação das necessidades. No processo de identificação
pode ser utilizado um marketing baseado no conhecimento: de novas
tecnologias, da concorrência, de seus clientes, de sua própria
organização, recursos, planos e formas de fazer negócio; e a
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experiência, que enfatiza a interatividade, conectividade e criatividade
(MCKENNA, 1993, p. 4)
1.1.1 O Mercado
O conceito de troca, segundo Kotler, leva naturalmente ao conceito de mercado.
Kotler ainda afirma que a troca é uma das quatro alternativas de que o homem dispõe
para obter um produto; a primeira delas é a autoprodução, onde o próprio homem
satisfaz suas necessidades; a segunda é coerção, onde o homem é capaz de arrancar, a
força, o objeto de desejo sem oferecer nenhum benefício em troca; a terceira é a súplica,
onde o homem é capaz de suplicar e implorar comida, por exemplo, sem ter nada de
tangível a oferecer a não ser a gratidão.
Para Cobra (1992), podemos caracterizar 4 fases características do mercado: era
da produção - período compreendido até 1600 e caracterizado pela fase de subsistência;
era da venda - surge na segunda metade do séc. XIX, com a produção em massa, como
um dos efeitos da Revolução Industrial; era do produto - iniciada em 1950, a era do
produto leva as organizações a buscarem produtos de melhor qualidade, desempenho e
concepção, apesar de estar concentrado nos produtos, esta fase também se caracteriza
pela venda massiva sem levar muito em conta as necessidades dos consumidores; era do
marketing - a partir de 1970 surge, enfim, a preocupação com o consumidor e suas
necessidades, para tanto foi necessário uma integração do meio ambiente interno
(produto, funcionários) e externo (governo, fornecedores, concorrência, consumidores e
comunidade em geral) de uma organização.
Kotler (1988) afirma que o conceito de marketing, no fundo, nos traz aos
conceitos de mercados, os quais significam a tentativa de realizar as trocas em potencial
com o objetivo de satisfazer as necessidades e os desejos humanos. Cobra (1992) afirma
que o objetivo maior de um profissional de marketing é conseguir vender o máximo que
um mercado possa absorver do seu produto ou serviço.
Para isso, o reconhecimento das forças ambientais que agem sobre uma
organização é de importância estratégica para transformar problemas em oportunidades
de crescimento. Exemplo disso é a matéria do jornalista Stephen Kanitz (1994)
entitulada “Produtos Populares, A Nova Estratégia Empresarial” publicada na Folha de
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São Paulo, na qual ele afirma que o modelo de uma indústria voltada para produzir bens
para os 10% mais ricos da população já havia se esgotado. Para ele, a saída era
reorientar a produção para os 20%, 30%, 40%, 50% seguintes na escala econômica. As
vantagens citadas por Kanitz seriam enormes já que “Quando o rico fica mais rico, a
renda disponível cresce somente uma fração. Quando pobre fica mais rico, sai de baixo.
Um crescimento do PIB de até 1% representa um aumento de 3% no consumo de ovos”
(1994, p. 2).
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CAPÍTULO 2 A COMU�ICAÇÃO EMPRESARIAL
Dentre os autores que discutem o assunto, Roger Cahen tem uma das mais claras
definições:
Comunicação Empresarial é uma atividade sistêmica, de caráter estratégico, ligada aos mais altos escalões da empresa e que tem por objetivos: criar – onde ainda não existir ou for neutra – manter - onde já existir - ou ainda, mudar para favorável - onde for negativa a imagem da empresa junto a seus públicos prioritários (1990, p. 32)
O ponto comum entre os diversos autores é o fato de empregar o termo
Comunicação Empresarial como sendo o conjunto das práticas da construção da
imagem de uma empresa frente ao seu público interno e externo. Hoje esta preocupação
apresenta-se mais segmentada, o que deu surgimento a técnicas específicas preocupadas
com cada público e seu papel na comunicação.
2.1. Estratégia Organizacional e a Comunicação
A estratégia é a maneira pela qual o conjunto de ações é pensado para atingir um
ou mais objetivos, a partir do cenário de oportunidades, ameaças, pontos fracos e fortes
(análise swot). É o caminho voltado aos futuros objetivos e desafios, escolhidos entre as
opções estratégicas que a empresa consegue identificar como preferenciais ou as mais
adequadas em determinado momento.
Dentre os diversos tipos de estratégias que a empresa deve optar para alcançar os
seus objetivos, façamos referência a “Estratégia de Manutenção” (de estabilidade e
nicho), “Estratégia de Crescimento” (inovação e expansão), “Estratégia de
Desenvolvimento” (mercado, produtos e serviços, ou ainda de marketing, financeira,
produção, e de recursos humanos). Isso para falar sobre como a comunicação pode e
deve estar inserida em cada uma delas.
Na primeira delas, Estratégia de Manutenção Oliveira define que:
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A empresa identifica um ambiente com predominância de
ameaças; entretanto, ela possui uma série de pontos fortes
(disponibilidade financeira, recursos humanos, tecnologia, etc)
acumulados ao longo do tempo, que possibilitam ao executivo,
além de querer continuar sobrevivendo, também manter sua
posição conquistada até o momento. Para tanto, deverá
sedimentar e usufruir, ao máximo, de seus pontos fortes, tendo
em vista, inclusive, minimizar seus pontos fracos, bem como
maximizar os pontos fracos da concorrência e evitar ou
minimizar a ação de seus pontos fortes. Diante desse panorama,
a empresa pode continuar investindo, embora de maneira
moderada. (2002, p. 200).
Neste primeiro caso, o planejamento de comunicação pode evidenciar a
necessidade de destacar aos públicos-alvo os pontos fortes da empresa e os diferenciais
em relação à concorrência. Por meio da assessoria de imprensa, comunicação pró-
business (com o governo), tombstones, entre outros, a organização se mostra estável e
vencedora mesmo diante de ameaças. Dentro da estratégia de manutenção, encontra-se
de nicho de mercado ou ainda de especialização. Nestes casos a comunicação pode ter
um papel fundamental ao mostrar aos públicos toda a expertise da empresa, a possível
conquista da liderança, suas vantagens competitivas, os produtos disponíveis e a
qualidade perante seus concorrentes.
Já quando falamos em Estratégia de Crescimento, Oliveira relata:
O ambiente está proporcionando situações favoráveis que
podem transforma-se em oportunidades, quando, efetivamente é
usufruída a situação favorável pela empresa. Dormalmente o
executivo procura, nesta situação, lançar novos produtos,
aumentar o volume de vendas etc. (2002, p. 202).
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Dentro desta estratégia encontra-se a inovação e a expansão. Neste contexto, a
Comunicação pode colaborar com a empresa desde a elaboração de pesquisas de
opinião junto ao consumidor até a divulgação dos novos produtos e serviços na mídia
ou diretamente aos públicos-alvo. Transparência, governança corporativa e solidez
também devem ser destacados junto a opinião pública através da comunicação. Este
caminho também deve ser utilizado na Estratégia de Desenvolvimento.
Nas Estratégias de Marketing (venda dos produtos e serviços), a Comunicação
está diretamente ligada, seja com a divulgação institucional ou diretamente ao
consumidor final, ou por meio dos pontos de vendas, propagandas em diversos veículos
de comunicação, realização de eventos, entre outros.
Outra que merece destaque é a Estratégia ligada aos recursos humanos, os
colaboradores da empresa. Para ela deve-se dedicar um capítulo especial sobre
comunicação interna que vai além das ferramentas como jornais e intranet. Deve-se
pensar, entre outras coisas, na aproximação do alto escalão com seus subordinados, na
troca de experiências, na gestão do conhecimento.
A partir dessa breve análise da interação da comunicação com os diversos motes
estratégicos das empresas, fica evidente a necessidade do departamento de comunicação
estar ligado com a área decisória da empresa e afinado com todos os outros
departamentos que, de alguma maneira, requerem uma atuação de comunicação.
O caráter estratégico da comunicação significa que essa atividade está
relacionada aos objetivos de longo prazo da organização, principalmente os
relacionados à continuidade e sobrevivência da mesma. Além disso, por ser estratégica,
deve estar ligada aos altos escalões organizacionais e àqueles que delinearão a estratégia
organizacional, pois se ela fosse ligada a escalões mais baixos da estrutura
organizacional seria uma função tática, relegada à simples execução de tarefas, sem
qualquer contribuição macro para a organização. É fundamental que tais atividades
estejam articuladas com o planejamento estratégico da organização.
A comunicação organizacional tem como objetivo manter a construção e
manutenção da imagem da organização perante seu público. No passado, a imagem
institucional, que depende de vários fatores, era formada basicamente pela imagem do
produto (qualidade, preço, durabilidade) e pela imagem da relação com o consumidor
(atendimento e assistência técnica). Atualmente, o processo de formação dessa imagem
vem se alterando paulatinamente, com destaque para o engajamento da organização para
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eventos culturais e filantrópicos. Aliar um bom produto a uma boa propaganda,
cuidados com cidadania e aspectos éticos é fundamental para todas as organizações.
A postura da organização perante a uma situação de crise é um aspecto que,
atualmente, vem sendo valorizado pelo cliente, pois dependendo da sua posição, o
consumidor passa a confiar mais na organização, diminuindo os efeitos que causam
danos através da crise. Os diferentes riscos que podem alavancar uma crise são
periodicamente avaliados pelas corporações. Um profissional muito valorizado
atualmente é o analista e gestor de riscos, um cargo de confiança da presidência que tem
a função de prever possíveis situações que podem levar a uma falha nos ambientes da
organização.
O gerenciamento dos ativos intangíveis das empresas, dentre eles a própria
imagem organizacional, é um motivo, na atualidade, de constante preocupação por parte
dos administradores e gestores de riscos. A imagem da organização forma o seu maior
patrimônio, que deve ser construído e preservado a qualquer preço, pois dessa
manutenção dependerá a sobrevivência da mesma.
Segundo Kaplan e Norton “as empresas estão a meio caminho de uma
transformação revolucionária. A competição da era industrial está se transformando na
competição da era da informação.” (1997, p.02).
A comunicação é a maneira que as organizações possuem de estar presentes e
serem lembradas pela opinião pública. Deve-se investir em comunicação para poder
existir e dessa forma procurar novos mercados, novos públicos, novas responsabilidades
para se propagar e fazer a sua estratégia dar certo. Também, a comunicação é a forma de
uma organização chegar ao público-alvo e saber suas opiniões para que possa agir e
satisfazer as necessidades exigidas por essa comunidade. Além de facilitar a troca de
idéias e experiências entre públicos e organizações, a comunicação é a linha mestra que
gerencia a entrada e saída de informações, possibilitando o alcance dos objetivos e
metas empresariais.
Para as relações públicas, exercer a função estratégica
significa ajudar as organizações a se posicionar perante a
sociedade, demonstrando qual é a razão de ser do seu
empreendimento. Isto é sua missão, quais são os seus valores,
no que acreditam e o que cultivam, bem como a definir uma
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identidade própria e como querem ser vistas no futuro.
Mediante sua função estratégica, elas abrem canais de
comunicação entre a organização e os públicos, em busca de
confiança mútua, construindo a credibilidade e valorizando a
dimensão social da organização, enfatizando a sua missão e
seus propósitos e princípios, ou seja, fortalecendo o seu lado
institucional. (KUDSCH, 2003, p. 103)
E, se tratando de entender a empresa como um todo, de interagir com todas as
áreas, sejam elas de produção, venda, administração e crise, o profissional de marketing
tem um papel fundamental: ser um comunicador e agregador dentro da organização para
que o fortalecimento institucional interno e externo seja propiciado.
2.2. O Planejamento de Comunicação Organizacional
2.2.1 O Avanço da Comunicação Organizacional
A mudança do cenário e das diretrizes das empresas, fez com que as empresas
percebessem a necessidade de aprimorar a comunicação e a evolução de ambas acontece
de maneira paralela.
Atualmente podemos dizer que a comunicação dentro de uma empresa moderna
é a que administra o processo composto pelos elementos emissor, mensagem, meios,
receptor, ruídos, ambiente e feedback. Ou seja, o comunicador não está restrito à
confecção de um jornal empresarial, por exemplo. O foco deixa de ser os meios. Ele
deve fornecer diretrizes amplas e estratégicas que coordenem todo o processo, desde o
por quê da mensagem até o retorno que ela trará, sempre levando em consideração os
públicos-alvo da organização.
As empresas, por muito tempo, viam como único público de interesse, seus
clientes. Sem desconsiderar sua relevância, o cliente não pode mais ser visto como o
único ou principal público da organização. Uma empresa, atualmente, preocupa-se com
funcionários, acionistas, fornecedores, comunidade, governo, clientes, dentre muitos
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outros. As empresas tradicionais e modernas têm diferenças substanciais, possuindo
crenças, valores e tecnologias diferenciadas. Segundo Kunsch (1997), podemos chamar
esta diferença de choque de paradigmas. Verificamos estas singularidades em diferentes
aspectos da organização. Suas relações de trabalho, sua atividade econômica, sua forma
de produção, para citar alguns exemplos em que fica mais fácil perceber as diferenças.
A comunicação está entre estes itens pois, também sofreu transformações dentro
das organizações. Isto não significa que todas as empresas hoje trabalham a
comunicação da mesma forma. A evolução destes aspectos não está presa
exclusivamente ao tempo, ou seja, não é regra que as empresas do começo do século
passado sejam tradicionais e as de hoje modernas.
A comunicação moderna, estratégica e integrada, que valoriza os diversos
públicos com os quais se relaciona, favorece a concretização das qualidades esperadas e
exigidas pelos públicos de uma empresa: velocidade, interatividade, diálogo,
conveniência e integração.
A comunicação está presente em ações que muitas vezes parecem fugir de suas
competências. Isto acontece pelo fato de que, independentemente de desejarmos,
estamos sempre nos comunicando, isto é inerente ao ser humano e com a organização
podemos dizer que acontece o mesmo. De suas instalações à postura do corpo diretivo,
tudo é levado em conta pelos públicos. A empresa, mesmo não estando na mídia, está
exposta. Também por este motivo, os comunicadores devem participar das macro-
decisões das empresas. A imagem da organização reflete seu comportamento e, sendo
assim, os comunicólogos devem estar atentos à atuação da empresa em todos os
aspectos.
Nos anos 70 e início dos anos 80, as organizações tinham em seu interior
departamentos de comunicação, que na sua maioria eram divididos em Assessoria de
Imprensa, onde trabalhavam Jornalistas; e Departamento de Relações Públicas, onde
atuavam profissionais que desempenhavam atividades nesta área como os Jornalistas e
Publicitários. O trabalho da Propaganda era executado por uma agência especializada.
Com o passar dos anos e desenvolvimento da sociedade, as organizações passam a
exigir uma comunicação integrada e não mais apenas o trabalho específico de uma
agência de Propaganda, de Assessorias de Relações Públicas e de Imprensa, ou ainda,
de uma organização de promoção de merchandising.
Em termos conceituais, passou-se para o que chamamos de Comunicação
Integrada que se entende:
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... aquela em que as diversas subáreas atuam de forma sinérgica. Ela pressupõe uma junção da comunicação institucional, da comunicação mercadológica e da comunicação interna, que formam o composto da Comunicação Organizacional. Este deve formar um conjunto harmonioso, apesar das diferenças e das especificidades de cada setor e dos respectivos subsetores. A soma de todas as atividades redundará na eficácia da comunicação na organização. (KUDSCH, 1997 p.115)
Enfim, na atualidade, uma organização que quiser ser e estar competitiva deve
adotar uma filosofia de comunicação integrada. Mas existem ainda muitas organizações
do setor público e do privado, fazendo uma comunicação parcial, fragmentada, sem a
preocupação de estabelecer uma política global de comunicação.
Entendemos por comunicação integrada uma filosofia que direciona a convergência das diversas áreas, permitindo uma atuação sinérgica. Pressupõe uma junção da comunicação institucional, da comunicação mercadológica, da comunicação interna e da comunicação administrativa, que formam o mix, o composto da Comunicação Organizacional (KUDSCH, 2003 p.150)
E nesse contexto, evidenciou-se a necessidade da direção de um profissional da
área da comunicação que fosse capaz de utilizar todos os meios de comunicação
estrategicamente, o que levou a uma valorização do profissional de Relações Públicas.
Empresas têm adotado a Comunicação Integrada, que envolve diversas ações
analisadas e planejadas em conjunto. Para trabalhar a imagem do cliente por meio da
Comunicação Integrada é necessário um plano estratégico. E para tal, deve ser realizado
um diagnóstico da empresa. Não existem receitas ou fórmulas prontas que possam ser
aplicadas nas diversas organizações. Cada planejamento deve ser exclusivo, pois as
empresas apresentam peculiaridades que influenciam o processo de Comunicação.
Uma observação importante é que quando falamos em organização, estamos nos
referindo também a entidades e instituições públicas e privadas. Na Comunicação,
entendemos que o termo organização pode ser utilizado para o cliente em geral sem, é
claro, desprezar as particularidades de cada um.
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O que se procura atualmente é o desenvolvimento de ferramentas de
Comunicação e Marketing tais como Assessoria de Imprensa, Comunicação Interna,
Produção de Publicações Corporativas, Mala Direta, Realização de Eventos,
Publicidade e Propaganda, dentre outras. São ações que ocorrem de acordo com a
demanda e o público-alvo de cada cliente, levando ainda em consideração a ética e a
conduta coerente com a filosofia da instituição. Ações isoladas sugerem resultados
dispersos e de pequeno alcance.
Os canais diversos de Comunicação pessoal e impessoal são utilizados por
empresas na busca da Comunicação ideal, o que obviamente não existe. Classifica-se
como pessoal a Comunicação realizada face a face ou por meio do correio ou do
telefone, em que o receptor é citado diretamente ou tem a oportunidade de responder ao
emissor. Tem sido assim nos encontros entre presidentes e diretores de empresa,
diretores e gerentes, presidentes e operários e chefes de setor e subordinados.
Impessoal é a mensagem sem contato direto, realizada pela mídia impressa,
televisiva, radiofônica e visual como outdoor, cartaz e pôster. É muito complicado
escolher o melhor canal a ser utilizado. É preciso analisar o contexto em que está
inserida a organização, seja ela pública ou privada. Exemplo recente na política
brasileira é o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que optou por uma
Comunicação impessoal com os brasileiros, por meio do rádio, no programa Palavra do
Presidente, em que ele próprio anunciava projetos e recursos para programas em
andamento ou que seriam lançados e abordava assuntos do governo, que haviam sido
motivo de polêmica na mídia.
Programas de rádio têm sido a alternativa encontrada por governos nas esferas
municipal, estadual e federal para chegar mais perto da população. A Prefeitura de Belo
Horizonte também mantém contato diário com o cidadão, por meio de programa criado
para manter a população informada sobre as ações da administração municipal,
veiculado nas principais emissoras das faixas AM e FM da capital mineira. Na gestão
Célio de Castro, os moradores da capital mineira tiveram a oportunidade de gravar
perguntas para o prefeito e os secretários municipais sobre os problemas que
enfrentavam nos bairros onde residem. Esse formato de programa foi adotado na
administração Patrus Ananias no início da década de 90 e permanece na atual
administração.
O navegador solitário Amyr Klink, formado em Economia e pós-graduado em
Administração, tornou-se referência não só pelos projetos ousados que demonstram
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capacidade notória para idealizar e planejar como também pela capacidade de aliar os
conhecimentos da universidade à prática nada convencional de suas aventuras.
Amyr Klink integra uma seleta lista de palestrantes disputados por grandes
empresas brasileiras, que buscam passar a executivos e funcionários uma visão de
mundo e de negócios que mescle ousadia, determinação e capacidade de administrar
problemas e crises, seja em equipe ou isoladamente. Em uma das análises sobre a
Comunicação entre pessoas, Klink critica o fato de que alguns executivos de empresas
de informática passem quatro horas por dia respondendo a mensagens eletrônicas. Em
contraposição a evolução tecnológica da Comunicação, ele aposta no antigo hábito do
contato face a face, que parece ser também uma das maneiras preferidas pelos
funcionários de empresas:
...temos que criar meios de selecionar a Comunicação. Um dos
meios mais antigos e mais eficazes de Comunicação é a
presença, o contato físico, duas pessoas conversando em uma
mesa de bar. É claro que se pode resolver muita coisa com os
recursos de Comunicação disponíveis, mas aos poucos vamos
voltar a selecionar, a valorizar outros contatos como o físico.
Do mundo de hoje, mais importante que o número de contatos, é
a qualidade que eles têm. Isso fica cada vez mais evidente à
medida que as possibilidades tecnológicas de Comunicação
ultrapassam a capacidade física de Comunicação do indivíduo.
(AMYR KLIDK)
Lembramos o modelo tradicional para desenvolvimento de uma Comunicação
eficiente que, de acordo com Kotler (1998), tem nove elementos fundamentais:
Emissor - quem emite a mensagem para a outra parte
Codificação - o processo de transformar o pensamento em forma simbólica
Mensagem - o conjunto de símbolos que o emissor transmite
Mídia - os canais de Comunicação através dos quais, a mensagem passa do emissor ao
receptor
24
Decodificação - o processo pelo qual o receptor confere significado aos símbolos
transmitidos pelo emissor
Receptor - a parte que recebe a mensagem emitida pela outra parte
Resposta - as reações do receptor após ter sido exposto à mensagem
Feed Back - a parte da resposta do receptor que retorna ao emissor
Ruído - distorção ou estática não-planejada durante o processo de Comunicação, que
resulta em uma mensagem chegando ao receptor diferentemente da forma como foi
enviada pelo emissor.
Quando um desses elementos não é respeitado, o processo de Comunicação
enfrenta problemas difíceis de serem diagnosticados, que podem trazer sérios danos aos
objetivos e resultados da empresa.
A identificação do receptor ou público-alvo é um dos passos fundamentais para
uma Comunicação eficiente. Para quem estamos falando? Com quem estamos nos
comunicando? Para saber a melhor forma de se comunicar, é preciso traçar o perfil
desse público: número de pessoas a serem atingidas, divisão por região, se houver nível
de escolaridade, relacionamento desse público com a organização, anseios e
reivindicações desse público. A partir daí, define-se a resposta desejada pelo cliente.
É também de Kotler a definição do ambiente de Marketing da empresa, que
inclui sete tipos de público, considerando-se público como qualquer grupo de pessoas
com interesse na empresa ou que cause impacto na capacidade da empresa de atingir os
seus objetivos:
Públicos financeiros: influenciam a capacidade da empresa de obter fundos. Bancos,
empresas de investimentos e acionistas são os principais públicos financeiros.
Públicos de mídia: divulgam novidades, notícias e opiniões editoriais. Incluem jornais,
revistas, estações de rádio e canais de televisão.
Públicos governamentais: a administração deve considerar as ações do governo. Os
profissionais de marketing devem consultar os advogados da empresa sobre questões de
segurança do produto, características da propaganda enganosa e outros assuntos.
Grupos de interesse: as decisões de marketing da empresa podem ser questionadas por
organizações de consumidores, grupos ambientalistas, representantes de minorias e
outros. O departamento de relações públicas pode ajudar a empresa a manter-se em
contato com estes grupos de cidadãos e de consumidores.
Públicos locais: toda empresa tem públicos locais como vizinhos e organizações
comunitárias. As grandes empresas em geral designam um funcionário para
25
desempenhar a função de relações públicas na comunidade, freqüentar as reuniões,
responder às perguntas e contribuir para causas úteis.
Público geral: a empresa deve preocupar-se com a atitude do público geral relacionada
aos seus produtos e atividades. A imagem que o público tem da empresa afeta as suas
compras.
Públicos internos: os públicos internos da empresa incluem seus empregados, gerentes,
voluntários e diretores. As empresas de grande porte utilizam boletins e outros meios
para formar e motivar seu público interno. Quando os empregados se sentem bem na
sua empresa, essa atitude positiva influencia diretamente os públicos externos.
É preciso, entretanto, bastante cuidado com o meio de Comunicação a ser
escolhido de acordo com o público que se pretende atingir. Para uma empresa que tem
empregados com níveis de escolaridade diferenciados, atuando em setores que vão
desde a produção até a diretoria, será necessária uma análise dos melhores veículos a
serem utilizados. Um só jornal provavelmente não será suficiente para cobrir a demanda
de informações da organização. A linguagem utilizada para quem trabalha na produção
não será a mesma usada para os diretores, acionistas ou outros públicos financeiros, por
exemplo.
Gomes afirma que:
O relacionamento da organização no âmbito externo será o reflexo do tratamento da comunicação no âmbito interno, facilitando seus negócios. Dão há espaço para a comunicação empresarial que não esteja focada no negócio. Ao mesmo tempo, não é possível imaginar-se uma organização que não esteja profundamente comprometida com o seu cliente e com a sociedade em que se insere. (1997, p. 42)
Por conseqüência, a comunicação empresarial deve atuar orientada pelas
estratégias da empresa, pelas expectativas dos públicos e com diretrizes claras e bem
definidas, envolvendo outras áreas.
No entanto, não deve ser perdido de vista que o centro para o qual devem se
dirigir todas as ações do negócio é o cliente e que tudo tem de ser exaustivamente
estudado em todos os detalhes.
26
Reconhecer e respeitar os direitos do consumidor é uma das maneiras de torná-lo
fiel e um comportamento cada vez mais arraigado na cultura empresarial das
organizações preocupadas com a sua imagem e sobrevivência no mercado.
Gomes e Nassar advertem:
Um comportamento empresarial desleixado em relação às demandas do cliente pode significar uma avalanche de adjetivos como desinteressada, insincera, desonesta. As conseqüências de uma empresa ser percebida de forma negativa são desastrosas para quem precisa gerar vendas, conquistar clientes a ter a fidelidade de quem já esta ‘dentro de casa’. O comportamento minuto a minuto dos administradores e funcionários, a qualidade permanente dos produtos e serviços, o relacionamento da empresa com a sociedade, entre outros detalhes, formam a imagem empresarial. (2001, p. 97)
Várias empresas já estão atuando em projetos de marketing institucional,
cidadania corporativa, administração de crises e relacionamentos on-line com os
diversos públicos, inclusive os estratégicos. É preciso ter clareza da missão, valores,
filosofia, planos, ações e fundamentar a comunicação na verdade, transparência e
precisão para atingir os objetivos de forma clara, concreta e definitiva. A comunicação
não pode ser encarada como ferramenta, mas como um elemento estratégico na
engrenagem da empresa e transformador da gestão empresarial, buscando dar
sustentação e vitalidade organizacional às suas metas de perenidade no mercado.
Emerge a necessidade de desenvolver a capacidade de adaptação às mudanças e
de gerenciamento da simultaneidade, assumindo conceitos arrojados e pioneiros de
gestão em comunicação de competências e pessoas, com adesão firme de um conjunto
de valores para criar e consolidar a imagem da empresa, através de uma identidade
forte.
Nas organizações em que se pratica apenas a comunicação descendente, talvez
nem seja apropriado mesmo falar-se em comunicação, porque, como um processo, ela
precisa realizar-se nos dois sentidos. Tradicionalmente, a comunicação interna tem sido
relegada a um segundo plano no planejamento de comunicação das empresas, órgãos ou
entidades, certamente porque falta aos empresários e executivos a consciência de que a
comunicação
(na verdade, a boa comunicação - transparente, ágil, democrática e participativa) é vital
para o desenvolvimento e a sobrevivência das organizações.
27
É um equívoco imaginar que a comunicação interna se restringe à circulação
periódica de um jornal para os funcionários, mesmo porque os jornais empresariais,
com raras exceções, têm uma pauta acentuadamente burocrática e não incluem,
necessariamente, os empregados como sujeitos ativos do seu processo de produção.
Nos últimos anos, em função do esforço para aumento da produtividade e da qualidade,
a comunicação interna tem sido mais valorizada nas empresas, mas é preciso ainda
derrubar uma série de tabus e, sobretudo, democratizar a estrutura formal das
organizações, que se caracterizam (evidentemente, há poucas e boas exceções) por uma
hierarquia rígida e autoritária.
Na visão de Brum (1998) quando as denúncias de irregularidades - um dos
maiores fantasmas dos departamentos de comunicação - parte dos próprios empregados,
se instaura o caos, pois, Fundamentadas ou não, seu poder de influência é muito maior
se partisse de outros setores da opinião pública. Mas mesmo que este tipo de atitude não
saia dos muros das empresas, ainda em forma de boatos podem levar instituições e
produtos à ruína.
Há poucos anos um caso foi constatado no Brasil com uma grande montadora de
veículos, quando, por falta de informação e diálogo, funcionários comentaram com
amigos e parentes a suposta saída de um modelo das linhas de montagem. À empresa
restou apenas investir em intensas campanhas para a reconstrução da imagem do veículo
que, por pouco, não foi destruído. Uma maior atenção ao trabalho preventivo de
comunicação interna teria poupado muitos destes gastos.
Duas estratégias básicas são relacionadas ao endomarketing segundo o trabalho
de Brum (1998). A primeira foca a visão da direção com os propósitos e objetivos da
Organização. Um exemplo comum são os programas de mudança de cultura interna
visando modificar a atitude de seus funcionários buscando compromisso e lealdade com
os princípios da empresa. A segunda estratégia diz respeito à tarefa, focando a
comunicação de questões específicas quanto ao trabalho em si. Inclui ainda a coleta de
opinião dos funcionários sobre maneiras de melhorar desempenho e novas formas de
trabalho.
Neste caso, os objetivos estão diretamente relacionados à eficiência dos métodos
de produção. A autora relaciona estes dois pontos a ambientes saudáveis de
entrosamento entre direção e funcionários “Vivemos o fim da revolução e a era da
reinvenção da mudança pacífica. Isso significa que somente num clima favorável é
28
possível gerar novas idéias, fomentando novas descobertas, estruturas e dimensões
sociais”. (1998, p.7)
2.2.2 A Comunicação como Estratégia
A mudança do cenário e das diretrizes das empresas, que agora precisam focar
não somente o seu produto mas no mercado como um todo, desperta novas atitudes. A
Ford do Brasil, em iniciativa pioneira, criou em 2001 a sua Gerência de
Responsabilidade Social. A revista ``Exame'', que publica há anos o guia das 100
melhores empresas para se trabalhar, lançou o Guia de Boa Cidadania Corporativa, que
apresenta as 11 empresas brasileiras que foram modelos de cidadania em 2001. São
elas: Alcoa, Algar, BankBoston, Grupo Belgo, Henkel, Janssen-Cilag, McDonald's,
Natura, Nestlé, Usiminas e a pequena empresa ATF. O guia destacou ainda 20 projetos
sociais brasileiros, que envolvem comunidade, educação, saúde, meio ambiente, cultura,
voluntariado, criança e adolescente, terceira idade e portadores de deficiência.
A responsabilidade social provoca desafios e mudanças na Comunicação
Corporativa. Somada às Relações Públicas e à Assessoria de Imprensa, aparece
crescentemente nas empresas a atividade de Relações Comunitárias, responsável pelo
contato direto das empresas com os seus públicos. Um exemplo são as audiências
públicas que as empresas promovem com as comunidades que podem ser afetadas pela
instalação de unidades produtivas, projetos ou recursos tecnológicos nas regiões onde
atuam.
Algumas empresas adotaram a função de ombudsman para ouvir as reclamações
e sugestões dos consumidores e providenciar para que os pedidos sejam atendidos. A
primeira organização brasileira que se tem notícia a contratar um ombudsman é a Folha
de São Paulo, sendo o cargo exercido pela primeira vez pelo jornalista Caio Túlio
Costa. No início da década de 1990, em palestra para um auditório lotado de estudantes
de Comunicação Social na UFMG, em Belo Horizonte, ele contava as experiências
iniciais no desconhecido trabalho e o desafio de responder no próprio jornal às críticas,
assumindo, muitas vezes, erros cometidos pelos repórteres ou pela direção da empresa.
O resultado do trabalho foi compilado mais tarde em livro que tem o sugestivo nome O
relógio de Paschal. O ombudsman e os Serviços de Atendimento ao Consumidor
(SACs), presentes na maioria das empresas, são vitórias da população.
29
O estímulo a iniciativas sociais teve início em empresas como a Moinho Santista
que, na comemoração dos seus 50 anos, em 1955, distribuiu prêmio em dinheiro para
pessoas de destaque nas Ciências, Letras ou Artes. Depois veio o Prêmio Caymmi, da
Companhia Petroquímica do Nordeste, que incentiva financeiramente a aprovação de
discos e shows de músicos baianos. Muitas outras premiações nas décadas seguintes se
transformaram em vitrine das empresas incentivadas. Hoje as organizações oferecem
prêmios a jornalistas que publicam reportagens sobre problemas e projetos sociais
como, o Prêmio Ayrton Senna de Jornalismo, promovido pelo Instituto Ayrton Senna, e
desenvolvem programas de Comunicação com responsabilidade social.
Outra frente de atuação social das empresas é a contrapartida pela utilização de
recursos naturais e pelos impactos ambientais provocados pela sua atividade. As
mineradoras, por exemplo, se vêm obrigadas a adotar iniciativas para modificar a
imagem desgastada perante a sociedade. Não basta mais alegar que a empresa é
importante porque simplesmente gera emprego e renda, componente inerente a qualquer
negócio. A sociedade quer mais e exige que a empresa se preocupe com o local onde
está situada e com a comunidade que a cerca ou é por ela afetada. A participação social
é uma obrigação da empresa moderna.
A exigência de que as mineradoras se preocupem com as comunidades com as
quais se relaciona é feita pelos próprios órgãos fiscalizadores das suas atividades. A
Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas Gerais (FEAM) passou a exigir que as
empresas que desenvolvem atividades minerais distribuam cartilhas educativas à
população, abordando temas como o meio ambiente e as atitudes que devem ser
adotadas por cada cidadão para preservá-lo. Além disso, a empresa deve se tornar
responsável por sítios de importância histórica e ambiental localizados em sua área de
influência.
A gestão orientada para o crescimento das comunidades exige um plano de
Comunicação participativa, com a utilização de diversas ferramentas de Comunicação e
Marketing. São projetos que provocam a redução paulatina dos recursos investidos em
propaganda. Talvez por isso, as três grandes ferramentas de promoção em massa,
identificadas por Kotler (1995) como a propaganda, a promoção de vendas e as relações
públicas, venham sendo consideradas no mesmo nível de importância. Em geral, ainda
segundo Kotler (1995), a propaganda está perdendo lugar para outros elementos do mix
de promoção. Na década de 90, apenas 25% dos gastos totais de promoção em mídia de
massa foram direcionados para propaganda, percentual significativamente menor do que
30
nas décadas anteriores. Francisco Viana (2001) estima que as empresas de Comunicação
Empresarial possuem hoje uma fatia de 10% do bolo de faturamento do mercado
publicitário brasileiro.
Praticar a Comunicação Empresarial como estratégia de gestão tem sido atitude
levada a sério por empresas como a Rhodia, uma das pioneiras, na década de 80, na
adoção da política conhecida como “portas abertas” ou open door, ou como a Rede
Accor Brasil, que completou 25 anos de um trabalho de valorização de pessoal, em que
os funcionários são porta-vozes dos negócios. Os resultados da Rede Accor Brasil são
alentadores: mais de 1400 contratos comerciais foram assinados por sugestão de
colaboradores e mais de 350 propostas de melhoria dos processos internos foram
acatadas. O parque hoteleiro da empresa foi ampliado em duas vezes em cinco anos e a
Carlson Wagonlit Travel, do mesmo grupo, dobrou em 10 vezes o volume de negócios.
O comentário é do presidente da Accor Brasil, Firmin Antonio:
Eu diria que o caminho [trilhado pela Accor para obter excelência em Comunicação] é da ousadia. Dão temos medo de errar. Sabemos que se aprende também com os erros. Só não dá para insistir neles. A Comunicação é nossa bandeira do dia-a-dia e, com ela, vencemos desafios, atravessamos fronteiras, reinventamos processos, inovamos e procuramos, acima de tudo, unir nossas forças e nossos talentos. (2000)
O Citibank, que durante anos teve a imagem de algoz, por ser o maior credor da
dívida externa brasileira, conseguiu reverter essa situação negativa por meio da política
de Comunicação. Ao completar 85 anos no país, em 1996, ostentava o título de parceiro
de instituições, colaboradores e imprensa. Foi o resultado de um plano estratégico que
tornou a Comunicação um pilar importante nos negócios do banco. De acordo com o
presidente da instituição, Alcides de Souza Amaral:
...a Comunicação é uma área estratégica de resultados. Procuramos nos utilizar de todas as ferramentas disponíveis, de forma integrada, sejam elas voltadas ao público interno ou externo. Fazemos um grande esforço para que nossa imagem institucional seja a melhor possível perante todos os nossos públicos, pois temos consciência de que ela é o verdadeiro sustentáculo de nossos negócios. Desta forma, não tenho dúvida em afirmar que a boa Comunicação que fazemos tem sido fundamental para que alcancemos bons resultados. Do último ano eles foram os melhores de nossa história. E é claro que a
31
boa Comunicação foi importante. Mas ela é decorrência da qualidade dos nossos profissionais, esses sim, os verdadeiros responsáveis pelo sucesso da organização.
A Alcan, líder mundial em alumínio e embalagens, publica em seu website os
compromissos que mantém com a comunidade, clientela, corpo funcional, meio
ambiente e qualidade, que norteiam também a sua política de Comunicação:
Condutas éticas que valorizam o ser humano, a sociedade e o meio ambiente são essenciais para assegurar sustentabilidade a longo prazo nos negócios. São estes os preceitos que definem a responsabilidade social adotada pela Alcan. Por isso, a empresa investe, cada vez mais, em qualidade. Através de um aprendizado dinâmico que se volta para os produtos, evolui para abordagem dos processos e ao tratamento das relações da atividade empresarial, com os funcionários, os fornecedores, os consumidores, a comunidade, a sociedade e o meio ambiente, a empresa busca construir uma sociedade mais justa, que tenha como objetivos a qualidade nas relações e a sustentabilidade econômica, social e ambiental. Relações de qualidade implicam em valores que possam satisfazer às necessidades e interesses do maior número possível de parceiros, pois, dessa maneira, gera uma sinergia com o público, fortalecendo o desempenho global da empresa.(Website Alcan)
Está posta para as corporações uma nova exigência. Mais importante do que
apresentar os tradicionais balanços financeiros anuais é a divulgação de um balanço
social consistente, que seja o resultado de um trabalho ético e integrado de
Comunicação com responsabilidade social. Prova desse novo cenário é a edição 2001
do prêmio “Destaques de Marketing” da Associação Brasileira de Marketing &
Negócios (ABMN). A maior parte dos projetos premiados pela entidade tem relevância
social.
2.2.3 O Planejamento de Comunicação
Comunicação é a palavra-chave em empresas modernas. Mas não a velha
comunicação, composta por um determinado veículo ou apenas pelo relacionamento
com a imprensa. Esta foi substituída pela comunicação integrada, que revela uma
importante mudança na filosofia empresarial. A dependência de poucas e desvinculadas
32
ferramentas de comunicação cede lugar à combinação de várias ações e meios que
venham proporcionar a emissão da mensagem pretendida para cada público-alvo.
Um processo de planejamento deve se apoiar nas seguintes fases:
Identificação da realidade situacional, levantamento de informações, análise dos dados e construção de um diagnóstico, identificação dos públicos envolvidos, determinação de objetivos e metas, adoção de estratégias, previsão de formas alternativas de ação, estabelecimento de ações necessárias, definição de recursos a serem alocados, fixação de técnicas de controle, implantação do planejamento e avaliação dos resultados. (KUDSCH, 2003 p. 218 e 219)
O trabalho se inicia pela elaboração de um planejamento de comunicação, que
tem a função de nortear as ações e estratégias a fim de se alcançar os objetivos
pretendidos. O planejamento de comunicação tem início com a fase de conhecimento da
organização, o ambiente em que atua e seus públicos. Neste momento é a hora da
realização de pesquisas comportamentais e de clima, além de entrevista com todos os
principais executivos das diversas áreas.
Apesar de poucas vezes produzir resultados de grande porte, (a pesquisa em Relações Públicas) é muito útil como função de apoio, de muitos modos análogos ao uso de controle de qualidade, após a fase de produção em uma empresa. Um segundo papel das pesquisas é o clarificar questões as quais há poucas informações ou quando se encontram dados contraditórios... Finalmente, às vezes, as pesquisas reorientam nossos pensamentos ou conceitos a respeito de um problema de relações públicas... (LESLY, 1999 p. 80)
Após a realização da pesquisa é hora de traçar quais são os públicos-alvos e o
cenário o qual a organização está inserida, incluindo o “onde estamos” e o “onde
gostaríamos de estar”. Essas perguntas são fundamentais para pensar o caminho da
comunicação e escolher estrategicamente quais ações deverão ser designadas e para
quais públicos. A partir dos objetivos e das pesquisas é hora de partir para o
diagnóstico, evidenciando quais ações deverão ser realizados para cumprir as metas e
atingir os objetivos pretendidos.
33
Hoje, temos de pensar na comunicação específica para cada um dos públicos da
cadeia de relacionamento da organização. Com o público interno, deve-se investir numa
comunicação que vise a aproximação, capacitação e a motivação, a fim de torná-lo um
aliado da empresa desde a fase de sua admissão, durante seu trabalho até seu
afastamento dos quadros funcionais.
As atividades desenvolvidas pela área de comunicação devem ainda ajudar a
manter efetivamente um ambiente de harmonia e integração. Ferramentas como jornais
internos, intranet, ações de incentivo, de valorização familiar (eventos e festas) até
específicos para aproximação da alta cúpula como os “cafés com presidentes”, devem
ser prioridade na organização.
O apoio à comunidade através de campanhas fortalece consideravelmente a
imagem da companhia perante a opinião pública. No entanto, as ações de
responsabilidade social devem ser muito bem planejadas e bem intencionadas. Caso a
organização não tenha um montante muito relevante para investimento, deve-se fugir da
armadilha de evidenciar grandes feitos para uma enorme parcela da população. De
ocupar um lugar destacado nas pequenas localidades, de preferência próximas à
companhia. Esse espírito deve presidir o relacionamento com estudantes, entidades e
projetos locais, manifestações comerciais, cívicas e culturais da região. A grande
preocupação deve ser o de colaborar para a melhoria da qualidade de vida da
comunidade na qual está inserida.
Os fornecedores, até pouco tempo, estavam fora da lista de relacionamentos. No
entanto, percebeu-se que devem ser tratados com toda a atenção já que são fontes de
fornecimento e representam um fator de primordial importância para a consecução dos
objetivos da empresa. Algumas ferramentas que beneficiem a gestão do conhecimento
hoje são bastante utilizadas.
A imprensa é primordial para manter a imagem e a reputação da empresa, expor
os fatos positivos e se defender em caso de possíveis crises. A área de relações públicas
deve orientar os porta-vozes sobre a conduta a ser adotada diante de jornalistas, que
devem ser informados sobre os negócios relevantes da empresa.
A relação entre a organização e a imprensa pode ser apresentada por meio de dois tipos de abordagem: informação e relacionamento. Por informação podem ser considerados os dados estruturados ou não, colocados à disposição do jornalista
34
por meio de bancos de dados, releases, fotos, internet ou mesmo em uma entrevista. Essas informações auxiliam o jornalista a fazer seu trabalho... Mais do que dispor de dados ou idéias, que pretende estar presente de maneira positiva nos noticiários precisa entender que nem todas as informações são de interesse de um jornalista. Oferecidas na hora ou no ângulo inadequados, após a criação de muitas dificuldades ou simplesmente incompletas, inexatas ou desinteressantes, essas informações podem comprometer a credibilidade e o esforço de quem as oferece. Por isso, a fonte também conquista o jornalista pelo relacionamento, pelo atendimento às suas necessidades. (DUARTE, 2003 p. 331)
Relacionamento junto aos órgãos governamentais, em seus diversos níveis,
devem ser desenvolvidos pelos executivos da companhia. Isso porque a empresa tem a
necessidade de expor seus pontos de vista sobre normas e leis que venham afetar
positiva ou negativamente o negócio. Algumas ferramentas também são utilizadas para
mapear projetos de leis que venham influenciar o setor em que a organização está
inserida.
Os grandes formadores de opinião do produto ou serviço elaborado pela empresa
sem dúvida são os clientes. Por isso, deve-se tratá-los com toda a atenção e uma
comunicação bastante focada. Através da publicidade, apoiada em pesquisas de opinião
deve-se destacar os pontos fortes do produto/serviço destinados ao consumidor.
Consultas, sugestões e reclamações apresentadas à empresa devem ser atendidas com
presteza e de maneira ágil, clara e verdadeira.
O atendimento ao cliente é considerado um dos mais importantes canais de
relacionamento da empresa. É importante que esse consumidor sempre seja bem
atendido através dos vários canais de comunicação, como ouvidoria, site ou call center.
Além disso, é importante que eles sempre obtenham um retorno satisfatório e em curto
espaço de tempo. Neste sentido é importante também aproveitar a oportunidade para
avaliar a opinião dos clientes sobre a empresa, com a finalidade de promover a
harmonização dos interesses envolvidos nesse relacionamento.
As empresas devem procurar equilibrar suas inúmeras formas de comunicação, em que falar com os funcionários é tão importante quanto com os consumidores. A comunicação para dentro e para fora da empresa é um sistema único, do mesmo
35
corpo, que gera percepções para os diferentes públicos estratégicos da organização. (DASSAR, 2003 p. 79)
Ao analisarmos as ações para cada um dos públicos não podemos deixar de
pensar em todas as ferramentas de comunicação que estão disponíveis, principalmente
os meios digitais os quais vêm trazer mais agilidade para a comunicação (portal,
intranet, blog, releases eletrônicos, e-mail marketing, MSM...).
Uma tendência que já está sendo utilizada por muitas empresas e tem dado um
retorno positivo, principalmente junto a imprensa é a gestão do conhecimento. Isso
significa ser um “produtor” de pesquisas, estudos e iniciativas que venham a colaborar
para o fortalecimento do setor em que a companhia atua e destacar a sua posição face às
análises realizadas.
Hoje a Assessoria de imprensa está implícita no relacionamento com a mídia. Há
também as ferramentas mais tradicionais como as publicações, seminários, fóruns,
geração de fatos e assuntos que podem gerar o interesse dos públicos-alvo.
Outro ponto que não pode ficar de fora de um planejamento, e isso dependerá
essencialmente do cenário e ameaças em que a empresa está inserida, é um plano de
contingência e gerenciamento de crise. É necessário construir para os porta-vozes da
corporação os pontos de fala e perguntas e respostas que venham padronizar o discurso
e se antecipar a possíveis questionamentos da imprensa sobre assuntos polêmicos. Além
disso, ações que possam minimizar possíveis perdas de imagem devem ser
evidenciadas.
O fazer organizacional, no seu conjunto, transforma os recursos em produtos, serviços ou resultados. E para isso é fundamental e imprescindível valer-se da comunicação, que permeia todo esse processo, viabilizando as ações pertinentes, por meio de um contínuo processo de informações. É a comunicação administrativa que faz convergir todas essas instâncias. (KUDSCH, 2003 p. 153)
O próximo passo é definir quanto em recursos deverão ser investidos para que o
plano seja posto em prática. Deve-se ainda fixar técnicas de controle para a avaliação
futura dos resultados.
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CAPÍTULO 3 O CASO FACILITY
3.1. A História
A Facility é uma central de soluções empresariais que atuam no mercado há 13
anos, oferecendo serviços de limpeza, conservação, manutenção, alimentação, entregas,
segurança, coleta de lixo e gestão de logística de documentos. A sede da Facility está
localizada no Rio de Janeiro, mas a qualidade dos serviços da empresa já atravessou
fronteiras: hoje, o grupo tem filias em São Paulo, Brasília, Curitiba, Florianópolis e
Macaé, além de atuar em outras cidades do Brasil.
Há mais de uma década, a Facility atua com excelência no mercado de prestação
de serviços, oferecendo melhor suporte, maior especialização e menor custo operacional
para seus clientes. Contando com profissionais capacitados e cuidadosamente
selecionados, treinados periodicamente dentro dos melhores padrões de qualidade, a
Facility atende às necessidades e expectativas de seus clientes, que precisam se adaptar
as freqüentes mudanças do mercado.
Figura 1 – Mapa com a localização das filiais da empresa Facility.
3.2. A Estrutura da Organização Facility
Situada no município do Rio de Janeiro, a Facility conta com uma infra-estrutura
eficiente, ágil e organizada, oferecendo serviços de:
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Limpeza e conservação: Limpeza empresarial; Limpeza de caixas d’água; Limpeza de
fachadas; Limpeza pós-obras;
Alimentação: Alimentação transportada; Administração de cozinhas;
Entregas: Entregas expressas; Entregas programadas;
Gestão e logística de documentos: Impressão digital de documentos com dados
variáveis; Envelopamento; Arquivamento; Rastreio de documentos; Gestão de
documentos; Sistema completo de cobrança;
Segurança: Segurança pessoal; Segurança patrimonial; Segurança eletrônica; Escolta;
Coleta seletiva de lixo: Coleta extraordinária, Coleta hospitalar; Coleta seletiva; Coleta
de lixo infectante; Coleta de lixo residual; Coleta de lixo limpo; Coleta de lixo orgânico;
Manutenção predial: Jardinagem; Paisagismo; Conservação ambiental;
Desinsetização;
Serviços especializados: Recepcionistas; Copeiras; Telefonistas; Porteiros; Vigias;
Através de um modelo estratégico de gestão, que prioriza a valorização do ser
humano, o Grupo Facility investe na formação e no treinamento periódico de seus
colaboradores. A Facility prima pelo desenvolvimento de pessoas através de um
processo contínuo de educação corporativa. Os treinamentos vão da teoria à pratica; da
identificação da necessidade à solução do problema.
A metodologia de treinamento da FACILITY contempla:
1. Diagnóstico: levantamento das necessidades do cliente; 2. Desenho: elaboração do programa de treinamento para atender às necessidades
diagnosticadas; 3. Implementação: aplicação e condução do programa de treinamento; 4. Avaliação: verificação dos resultados.
Dentro da Facility a comunicação não é vista como uma área estratégica. A
comunicação interna da empresa está localizada na área Comercial situada na sede no
Rio de Janeiro e distribuída para todas as filiais, localizadas em municípios do Rio de
Janeiro, na capital paulista, Brasília, Curitiba, Florianópolis e Macaé, além de atuar em
outras cidades do Brasil. Esta área atua junto aos funcionários utilizando ferramentas de
comunicação como murais, eventos, jornais internos e website.
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A falta de integração existente nas áreas da organização, prejudica a
comunicação interna faltando informações entre os setores fazendo com que o cliente
seja prejudicado, por exemplo, ocorre todo mês o atraso nas entregas de materiais de
limpeza utilizados em alguns clientes, como: Casas Bahia.
A Facility é uma empresa com um perfil totalmente diferente dentro do mercado
de prestação de serviços. Por definição, a Facility é uma central de soluções
empresariais. Dentro do ambiente empresarial, as necessidades e desafios que o cliente
enfrenta são os mais diversos. Por isso, necessita de uma empresa de terceirização com
uma proposta de trabalho muito bem definida e uma infra-estrutura ágil e organizada.
Resumindo, a Facility atua como um catalisador dos processos da sua empresa,
deixando-a mais enxuta e com melhor produtividade. Assim, o cliente ganha tempo para
se dedicar aos seus negócios. A empresa ao longo desses anos vem cativando clientes
em mercados altamente competitivos. Podemos citar alguns dos clientes que o grupo
atende atualmente tanto contratos públicos como contratos privados. Algum deles:
Banco do Brasil, Banco Itaú, Casas Bahia, Ceasa, GD Burti LTDA, Global Village
Telecon – GVT, Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro, Inmetro, Instituto de
Cardiologia de Laranjeiras, Ipiranga, Light, Lojas Leader Magazine, Mane Brasil
Indústria e Comércio LTDA, Marinha do Brasil, Ministério Público do Estado do RJ,
Museu de Belas Artes, Paraná Banco, Perdigão, Petrobras, Plooma Indústria e Comércio
LTDA, Prop's 5 Produções e Assessoria de Comunicação LTDA, Rede Record, SESI/
SENAI, Shopping da Gávea, Siemens do Brasil, Sist Global e Computadores LTDA,
Universidade Federal do Paraná, Tribunal de Contas do Estado do RJ, Tribunal de
Justiça do Estado do RJ.
A Facility acredita possuir valores corporativos que irão fazer do grupo um
sucesso no mercado como, o foco total no cliente, o aperfeiçoamento e estreitamento na
relação com o cliente e o comprometimento com o cliente e os colaboradores. Embora a
organização não utilize umas das mais importantes estratégias a ser incorporada como
interação com o mercado: a comunicação.
Como sabemos, não existe processo de planejamento estratégico sem acesso as
informações do ambiente externo e interno da organização, o Grupo Facility tem
buscado o máximo de informações e conhecimento do presente e passado, procurando
pela inteligência organizacional minimizando as incertezas e os riscos nas decisões
tomadas nas elaborações de estratégias. A estratégia organizacional lida com aspectos
39
intangíveis, tendo como critérios definidos a avaliação e obtenção de atingí-la, dentre
eles o Grupo Facility busca:
– Estratégia com objetivo claro e decisivo.
– Incentivo a iniciativa das pessoas.
– Privilégios a concentração de esforços.
– Oferecimento de flexibilidade.
– Prevêem uma liderança coordenada e comprometida.
– O Fator surpresa sempre envolve a segurança na empresa.
Enfim, tem se constituído em uma entidade complexa e intricada dotada de
indivíduos e grupos que desempenham tarefas e são auxiliados por vários esquemas
organizacionais. A eficácia é afetada em última instância pelos padrões de
comportamento que se desenvolvem e emergem com o tempo, portanto a maneira como
as pessoas e grupos se comportam tem impacto significativo e profundo sobre o quanto
o Grupo Facility consegue atingir seus objetivos e ser uma organização bem-sucedida.
3.3. As Empresas da Organização Facility
Primeira empresa do grupo Facility, com mais de 22 bases de operação, a Vigo
Central de Serviços Ltda é uma empresa de limpeza com larga experiência de mercado,
atuando exclusivamente na área pública. A extensa história de trabalho no setor confere
à Vigo um know-how que pouquíssimas empresas têm, qualificando-a acima das
demais, sendo esta o diferencial primordial.
Especializada em serviços de manutenção predial, jardinagem, paisagismo,
conservação ambiental, desinsetização, limpeza hospitalar e de caixas d'água. Pelo
reconhecimento na qualidade oferecida foi premiada com a certificação ISO 9001.
Dentro de sua divisão de manutenção predial, a Vigo também realiza montagem e
desmontagem de estações de trabalho, mudança de divisórias, manutenção e limpeza de
rebaixo de teto e movimentação de mobiliário, tudo supervisionado por um gestor
predial.
40
No setor hospitalar, todos os procedimentos adotados pela Vigo seguem as
Normas Técnicas de Limpeza Hospitalar impetradas pela CCIH (Comissão de Controle
de Infecção Hospitalar) da Secretaria de Saúde, ou seja, o trabalho realizado pela Vigo é
de primeira qualidade e segue normas rígidas de operação.
A Service Clean Ltda, especializada em limpeza de fachadas e pós-obras, lojas
de departamento, bancos, condomínios, shoppings e escritórios. Ocupa posição de
destaque entre as prestadoras de serviço da área de limpeza. A Service Clean destacou-
se no mercado de limpeza por ter um objetivo muito claro: atingir o máximo de
qualidade no serviço prestado. Afinal, a Service Clean entende que quanto melhor for o
trabalho realizado, mais tempo e tranqüilidade o cliente terá para cuidar de sua empresa.
Combinando a mais alta tecnologia com preços competitivos, a Service Clean
está preparada para atender clientes com os mais diversos perfis, como condomínios,
construção civil, indústrias, shoppings, lojas de departamento e bancos.
A Hambre, empresa que atua na área de alimentação transportada e
administração de cozinha. Atua em Indústrias, Hospitais e Empresas. Seu diferencial é a
satisfação garantida do cliente. Para se alcançar esta posição, é necessário que uma
empresa seja norteada pela excelência da qualidade do serviço que presta e ter a
satisfação de seus clientes como meta principal. Esta é a filosofia da Hambre.
Para atender a comodidade do cliente, a Hambre pode oferecer tanto a
Alimentação Institucional, onde as refeições são preparadas na cozinha do próprio
cliente, como as Refeições Transportadas, onde as refeições são preparadas na Cozinha
Central da Hambre e levadas para serem servidas no refeitório do cliente. A Hambre
também trabalha com lanches, coffee-breaks, coquetéis, almoços, jantares e afins.
A Hambre dispõe de uma equipe de nutricionistas que vai até a empresa e faz
uma avaliação das reais necessidades da organização, montando assim menus precisos e
balanceados. Desta forma, todas as refeições preparadas pela Hambre têm o valor
nutricional adequado para cada caso e estão de acordo com as exigências do Conselho
Regional de Nutrição. A Hambre também mantém uma linha direta com seus clientes,
onde pode-se tirar dúvidas com as nutricionistas sobre as refeições preparadas e fazer
perguntas sobre o assunto.
A Tiger Vigilância e Segurança Ltda, empresa especializada em segurança
patrimonial, eletrônica e escolta, visa garantir a seus clientes um alto nível de segurança.
A TIGER voltou a prestar serviços de vigilância para a Imprensa Oficial do Rio de
41
Janeiro. O contrato prevê o atendimento a quatro postos: Agência Niterói, Parque
Gráfico, Sede (ambos em Niterói) e Agência Rio.
A Imprensa Oficial é responsável por publicar, entre outros periódicos, o “Diário
Oficial”, onde são informados decretos, decisões, resoluções, nomeações etc. feitos pelo
Governo do Estado do Rio de Janeiro. A redação das matérias cabe a jornalistas
próprios, que também utilizam artigos publicados pelos diversos órgãos públicos. Nos
quatro postos da Imprensa Oficial, a TIGER atua na vigilância patrimonial, controlando
a entrada e saída de pessoas, cargas e veículos. A empresa também faz a proteção dos
equipamentos utilizados.
A Vex Logística em Transportes, oferece serviços de entregas expressas, sistema
de gestão, impressão digital com dados variáveis e sistema completo de cobrança.
Trabalhando sempre com total eficiência. A Vex é uma empresa singular no mercado.
Focada em gestão e logística de documentos, ela oferece uma rede de serviços pensada
do início ao fim para facilitar a vida do cliente.
Cada etapa do processo que a Vex realiza é um serviço independente, que pode
ser contratado à parte. Porém, todos estes serviços juntos formam um sistema de
gerenciamento de documentos inédito no mercado. Com 21 bases de operação
estrategicamente posicionadas pelo Estado do Rio de Janeiro, a Vex atende 53
municípios fluminenses, através de seus mais de 140 motociclistas.
Basicamente, a rede de gestão e logística da Vex pode ser resumida da seguinte
forma: em um primeiro momento, a Vex imprime, envelopa e entrega documentos
através de seu efetivo de motociclistas. Na etapa seguinte, cada documento tem sua
história relatada, através do Sistema de Rastreio, de forma a saber se ele foi entregue, se
o destinatário o recusou, se o destinatário mudou-se, entre outros.
Por fim, estes relatórios, bem como o documento em si, são digitalizados e
armazenados em um Sistema de Gestão de Documentos Ativos e Inativos desenvolvido
pela própria empresa e considerado um dos mais avançados do mercado. Assim, se
precisar consultar algum documento, mesmo antigo, a Vex o disponibiliza
imediatamente. De qualquer forma, a flexibilidade administrativa da Vex e sua
agilidade operacional permitem que muitas etapas deste processo sejam oferecidas
como um serviço avulso. Em outras palavras: “você leva apenas o que você precisa”.
Em resumo, estes são os serviços da Vex que podem ser utilizados: impressão de
documentos, envelopamento, entregas expressas, digitalização, locação de veículos,
gestão de documentos e desenvolvimento de Sistemas de Gestão de Documentos. O
42
Sistema de Gestão de Documentos Ativos e Inativos da Vex é comparável aos melhores
do mundo. Implementado através de uma rígida logística de documentação, este sistema
pode organizar e armazenar arquivos, tanto virtuais como fisicamente.
A Seletiva, empresa especializada em coleta extraordinária, hospitalar, seletiva,
de lixo infectante, residual, limpo ou orgânico. Para isso, a Seletiva possui uma frota de
caminhões compactadores, poliguindastes e veículos leves, com rota em todo o Estado
do Rio de Janeiro. Tem como objetivos: oferecer excelência de serviços no ramo de
coleta de lixo; conduzir projetos-piloto que proporcionem um novo leque de
possibilidades de crescimento, como a recente implantação da Coleta Seletiva;
conseguir uma clientela de peso e influência, visando não apenas o lucro, como também
a divulgação; promover auxílio ao meio-ambiente, através de treinamento adequado aos
colaboradores e ministério de palestras educativas às empresas contratantes de nossos
serviços.
3.4. Diferencial do Grupo Facility
Através de um modelo estratégico de gestão, que prioriza a valorização do ser
humano, o Grupo FACILITY investe na formação e no treinamento periódico de seus
colaboradores. A FACILITY prima pelo desenvolvimento de pessoas através de um
processo contínuo de educação corporativa. Nossos treinamentos vão da teoria à prática:
da identificação da necessidade à solução do problema.
O Recursos Humanos da FACILITY destaca-se por propor soluções, agregando
valor e estabelecendo parcerias, como uma forma de aumentar produtividade, reduzir
custos e oferecer agilidade. Como uma extensão dos departamentos de Recursos
Humanos de seus clientes, a FACILITY identifica necessidades específicas e apresenta
soluções alinhadas ao plano de crescimento de cada organização.
3.4.1 Aplicação de cargos e avaliação de desempenho
A integração das pessoas fica na responsabilidade do Recursos Humanos e do
Gestor do setor, geralmente o período para adaptação/treinamento ocorre num prazo de
até três meses. A criação de cargos está subordinada ás necessidades da organização,
43
compete à presidência junto com a diretoria da área e o gerente geral do Recursos
Humanos aprovar a criação de cargos e organograma da organização.
A empresa possui um formulário de descrição de cargos que consta:
Objetivo do cargo:
Principais atribuições/Funções:
Requisitos básicos do cargo: Escolaridade: Experiência: Responsabilidades: Habilidades: Competências:
Figura 2 – Material retirado do setor de Recursos Humanos da empresa Facility.
Nem sempre o colaborador executa o que está na descrição do cargo, sendo
totalmente errado. De que adianta ter uma descrição de cargos se ela não é utilizada na
prática, isso até trás problemas para organização. Muitos ex-colaboradores processam a
empresa alegando desvio de função, não há uma preocupação da empresa em adaptar-se
de forma a acompanhar as mudanças na organização ou em seu ambiente de atuação.
A Facility ainda não possui um sistema de avaliação de desempenho, a empresa
está estudando um projeto para iniciá-la. Em nosso ponto de vista, inicialmente a
Facility poderia fazer sua avaliação de desempenho no estilo liberal. O instrumento de
avaliação poderia ser o método da escala gráfica utilizando pontos, a avaliação do
colaborador seria feita por seu gestor direto, porém o colaborador teria acesso a tudo o
que foi respondido, inclusive o mesmo assinaria a avaliação, se ele não concordasse
poderia questionar com o seu gestor sem problema algum. No formulário também
Título do cargo: Data: CBO:
Setor:
44
poderia constar um campo no qual o colaborador pudesse dar a sua opinião sobre o que
foi respondido pelo gestor, o colaborador ainda teria a possibilidade de fazer a sua auto–
avaliação e entregar diretamente ao gestor/ou Recursos Humanos.
A avaliação poderia ser semestral, de acordo com as competências exigidas por
funções/cargos através de um formulário que vise medir a atuação do colaborador em
alguns aspectos como: Produtividade, Senso de Responsabilidade e Comprometimento,
Qualidade de Vida no Trabalho, Criatividade e Realização e mais alguns aspectos
necessários. Isso tudo sem contar com o feedback, se ele acontecesse naturalmente no
dia a dia os avaliados seriam beneficiados com uma orientação mais segura de seu
superior imediato em relação ao seu desenvolvimento profissional.
3.4.2. Recrutamento O processo de recrutamento e seleção obedece a critérios rigorosos, como:
• Definição cuidadosa do perfil do candidato; • Identificação do profissional mais adequado ao cargo, através do nosso banco de
dados; • Entrevista com psicólogos qualificados; • Aplicação de testes de conhecimento técnico, provas situacionais, cases,
dinâmicas de grupo e testes psicológicos; • Entrevistas por habilidades e competências; • Apresentação de laudos psicológicos e avaliações; • Processo pré-admissional, que consiste no Atestado de Saúde Ocupacional
(ASO), documentação pertinente e abertura de conta corrente.
Os treinamentos são realizados de acordo com as necessidades dos planos da
organização, geralmente os treinamentos são de sistemas (software), de qualidade (o
caso da certificação da ISO 9002), de práticas de Departamento Pessoal para os
supervisores, operacional e todas as pessoas envolvidas no processo. Visando o
estabelecimento das competências esperadas em cada cargo, desenvolvimento do
profissional e consequentemente o desenvolvimento da organização. A Facility investe
muito no treinamento para os clientes externos e quando tem algum treinamento
diferenciado sempre compete só à gerência participar. Geralmente quem convoca as
pessoas para o treinamento é o Recursos Humanos de acordo com a necessidade do
colaborador de receber o treinamento. O levantamento de necessidades de treinamento é
45
realizado anualmente, ou quando necessário acompanhado pelo Analista de
Treinamento e Desenvolvimento de Pessoal da empresa.
No último trimestre de cada ano, a Gerência de Desenvolvimento de Pessoal,
encaminha eletronicamente, o formulário de Levantamento de Necessidades de
Treinamento – LNT para ser preenchido pelo Gestor da área e pelo responsável técnico
do contrato. O Gestor da área e o responsável técnico do contrato ou responsável da
unidade, devem preencher o formulário de LNT e enviá-lo à Gerência de
Desenvolvimento de Pessoal, em no máximo 10 (dez) dias úteis. Esse levantamento
deve ser feito considerando:
• Temas definidos no contrato;
• Previsão de implantação de novos processos;
• Resultados de auditorias internas e externas;
• Complementação da formação para exercer uma função;
• Necessidade de implantação de melhorias;
• Solicitação do Cliente;
• Requisitos mínimos para exercer o cargo.
O formulário de Levantamento de Necessidade de Treinamento deve informar:
• Treinamento Necessário: Temática e/ou conteúdo do treinamento
pretendido, incluindo, quando for treinamento externo, nome da
entidade;
• Público Alvo: Nome e cargos dos colaboradores que participarão do
treinamento;
• Justificativa e Objetivo: Qual o objetivo do treinamento e o motivo que
justifica a solicitação do mesmo. Independente do levantamento de
necessidades realizado, a qualquer momento pode-se utilizar o
formulário do LNT para formalizar uma solicitação de um novo
treinamento, sendo este externo ou interno. Eventuais LNT’s julgadas
improcedentes, pela área de Desenvolvimento de Pessoal, devem ser
divulgadas ao Responsável Técnico ou responsáveis da unidade;
• Planejamento Anual de Treinamento – PAT: A área de Desenvolvimento
de Pessoal de posse dos LNT’s preenchidos efetua uma análise inicial da
real necessidade de cada treinamento e elabora o Plano Anual de
46
Treinamento – PAT e, em acordo com responsável técnico pelo contrato
ou responsáveis pela unidade o valida. Uma vez aprovado o PAT, a área
de Desenvolvimento de Pessoal deve alocar recursos para os
treinamentos previstos, sendo o Analista de T & D, responsável pela
negociação e adequação das datas, instrutoria, horário, local e recursos
necessários com o Responsável Técnico ou responsáveis das unidades. O
PAT deve ser atualizado a qualquer tempo, de acordo, com as demandas
que ocorrerem no contrato;
• Realização dos Treinamentos: A Gerência de Desenvolvimento de
Pessoal e o Responsável Técnico ou responsáveis pela unidade devem
trabalhar em conjunto, afim de providenciar a realização dos
treinamentos previstos no PAT. Para tanto, a Gerência de
Desenvolvimento de Pessoal deve designar instrutor (es) capacitado (os)
para o treinamento; A Gerência de Desenvolvimento de Pessoal define as
datas dos treinamentos e em conjunto com o responsável Técnico ou o
responsável pela unidade, verifica a viabilidade das datas, horários e
local para realização dos treinamentos. O responsável Técnico e os
responsáveis pela unidade ficam designados por convocar oficialmente
os colaboradores, informando as datas, horários e locais dos treinamentos
internos ou externos; O Analista de T&D elabora e providencia o
material didático, solicita recursos necessários para a realização dos
treinamentos, ficando responsável pela reserva de sala, o responsável
Técnico ou responsável das unidades; Em caso de treinamento externo, o
responsável Técnico do Contrato ou responsáveis pela unidade, devem
identificar e comunicar a necessidade do treinamento ao Gerente de
Desenvolvimento de Pessoal a fim de validar a necessidade, para que o
Analista de T&D providencie a inscrição do mesmo em cursos, palestras,
programas de capacitação, seminários, etc;
• Registros de Treinamentos Internos: Formados por palestras,
treinamentos comportamentais, técnicos e outros. São registrados em
lista de presença de treinamento – LPT. As listas de presença dos
treinamentos deverão ser controladas conforme Lista Mestra de
Registros;
47
• Registros de Treinamentos Externos: São os treinamentos ministrados
por instituições, universidades, entidades externas a empresa e as cópias
dos certificados, diplomas (registros) devem ser encaminhados pelo
responsável técnico ou responsáveis da unidade para que a cópia seja
arquivada no dossiê funcional do colaborador. O Analista de T&D
deverá atualizar no histórico individual de treinamento – HIT – o registro
do treinamento externo.
As avaliações dos treinamentos são compiladas em formulário específico, a fim
de evidenciar o aproveitamento e qualidade dos treinamentos aplicados. São avaliados
os seguintes fatores:
Atuação do Instrutor: Domínio do assunto, objetividade, comunicação e incentivo à
participação; Material didático: Qualidade da apostila; Tempo de treinamento: Carga
horária; Auto-avaliação; Pontos positivos do treinamento; Consideração sobre o
programa.
O formulário de aplicabilidade do treinamento, é a informação coletada nos compilados
das Avaliações de Reação dos treinamentos, no item de Auto avaliação, onde se estima
que 70% do público consideram que o treinamento o ajudará a solucionar problemas do
seu dia-a-dia. Este dado é coletado através de uma amostragem equivalente a no mínino
30% dos treinados. Os formulários de avaliação da eficácia de treinamento são
entregues pela Gerência de Desenvolvimento de Pessoal ao responsável técnico do
contrato ou responsáveis pela unidade.
A avaliação da eficácia de treinamento – AET – é preenchida pelo responsável
técnico do contrato, supervisores ou auxiliares de supervisão em no mínimo 60 dias e
até 120 dias após a realização dos treinamentos internos. As avaliações que não
estiverem em conformidade são levadas para o responsável técnico ou responsável pela
unidade, através da Gerência de Desenvolvimento de Pessoal para que avalie, em
comum acordo, a necessidade de emissão de relatório de não-conformidade e
providencie um novo treinamento.
3.5. A Atuação da Facility na Prestação de serviços
Até o início da década, o mercado de prestação de serviços terceirizados era
pouco conhecido e divulgado, pois a maioria das empresas preferia estes serviços
agregados a sua estrutura, com administração própria e integral. Algumas até com
48
empresas constituídas por obrigação legal. Nestes últimos anos, por força da
globalização e de outra visão mercadológica, estamos vivenciando uma transformação
radical deste processo, com a maioria das empresas partindo decisivamente para sua
atividade-fim, deixando os serviços secundários ou de meio para as empresas
especializadas, a exemplo do que já ocorreu há muito, nos países desenvolvidos.
Tais mudanças continuam em ritmo acelerado, sendo este considerado hoje o
setor mais emergente da nossa economia, representando, segundo especialistas, 60% da
força de trabalho. Este cenário mostra claramente o crescimento do setor, e as empresas
que tiverem suas bases consolidadas seguramente estarão à frente da concorrência, e
evidentemente prestando melhores serviços aos seus parceiros.
A estabilização econômica verificada pós-Plano Real trouxe mudanças
significativas à nossa economia, afetando diretamente todos os segmentos. Saímos de
uma inflação desordenada para números extremamente baixos. Esta inversão de valores
determinou mudanças imediatas a todas as empresas, com ajustes significativos, de
forma a absorver o novo conceito de inflação e economia estável.
Embora já tenham percorrido 10 anos pós-plano, ainda presenciam estigmas do
passado, principalmente por parte do sindicato dos empregados, que por ocasião dos
dissídios coletivos das diversas categorias, busca ganhos acima da inflação registrada, e
muitas vezes números inaceitáveis, obtendo sucesso em diversas ocasiões, o que obriga
as empresas de prestação de serviços a renegociar com seus clientes, ao mesmo tempo
em que exige ações internas tais como: informatização das diversas áreas da empresa;
compartilhamento de atividades afins com visível ganho de escala; novo sistema de
pagamento de folha; melhoria no processo de recrutamento/seleção, evitando o turn
over e o aumento do passivo trabalhista; investimento em tecnologia, aliando homem e
máquina para aperfeiçoamento dos serviços e diminuição dos custos fixos; e diluição
dos custos fixos pelas várias empresas do Grupo.
A Facility opera gerenciando diversas empresas especializadas. São empresas de
limpeza, alimentação, serviços gerais, segurança, entregas expressas e gestão de
documentos. Assim a organização deixa à disposição, um especialista para qualquer
setor da empresa do cliente que esteja precisando, com o suporte e o planejamento
oferecidos pela Facility. Ela entende que cada empresa é diferente e possui
características, operações e particularidades, por isso ela se oferece para analisar todos
estes pontos e montar uma carteira de serviços personalizada. Ou seja, o cliente também
pode utilizar os serviços combinados de várias empresas para atingir o máximo de
49
aproveitamento para o seu negócio. O Grupo FACILITY não pára de buscar novos
mercados. Nos dias 7 e 8 de novembro de 2006, quatro empresas do Grupo – SERVICE
CLEAN, HAMBRE, TIGER E VEX – estiveram presentes com um estande na 7a
edição do Encontro de Síndicos da Zona Sul, realizado no Rio Othon Palace, em
Copacabana. A integração entre as empresas do Grupo foi fundamental para a
participação da FACILITY neste evento. A idéia partiu de um comitê formado pelos
Gerentes do Grupo. “Duas vezes por mês nos reunimos para discutir sobre o que pode
ser feito para o nosso crescimento. Segmentamos ações e depois avaliamos resultados.
Fazer parte deste evento foi mais uma das idéias que pudemos colocar em prática”,
explica Marcello Brandão, Gerente Administrativo, que atuou no Encontro como
Responsável Técnico do estande da FACILITY.
O estande contou com datashow e banners informando a finalidade de cada
empresa participante, brindes e câmera instalada para ressaltar a questão da necessidade
de segurança patrimonial nos condomínios. De acordo com Ricardo Trajano,
Representante de Vendas, que também participou do Encontro, o estande ficou sempre
lotado e os profissionais da FACILITY receberam elogios até mesmo da Associação
Brasileira das Administradoras de Imóveis (ABADI), responsável pela organização do
evento.
Os resultados não poderiam ter sido melhores. Segundo Ricardo Trajano, foram
enviadas propostas e já estão pré-agendadas vistorias em condomínios que fizeram parte
do Encontro. Além disso, o comitê está trabalhando no planejamento de workshops e
palestras para divulgar o Grupo neste segmento de mercado. “Eu venho estudando o
mercado de condomínios há dois anos. Ele ainda está ‘engatinhando’ para a
terceirização e por isso traz grandes possibilidades para o Grupo”, ressalta Marcello.
A grande maioria dos nossos clientes mora em condomínios e poucos sabem desse potencial da FACILITY. Já atuamos em 16 condomínios, tanto na Zona Sul quanto nas Zonas Dorte e Oeste. É muito importante o nosso cliente perceber que, com a mesma qualidade que fazemos nosso serviço em sua indústria ou comércio, também podemos fazer em sua residência.
3.5.1. A importância da Segurança Patrimonial
Quando falamos em segurança patrimonial, a idéia que vem à cabeça é de
proteção diante do cenário de violência. Entretanto, é necessário entender dois fatos que
levam um indivíduo a cometer um ato de violência: vontade e oportunidade.
50
A maioria das invasões a condomínios, furtos de veículos em garagem e estupros
ocorre devido à falta de profissionalismo e de consciência das portarias e dos
encarregados de limpeza. Há duas maneiras de despertar nos condôminos essa
necessidade de profissionalização: esperar um caso de violência acontecer ou chamar
um especialista para ministrar uma palestra sobre os casos mais freqüentes. A
FACILITY possui profissionais treinados periodicamente para adaptar técnicas de
segurança patrimonial nas mais simples ações. E está se preparando há dois anos para
tornar-se a marca líder em condomínios no Estado do Rio de Janeiro.
O trabalho de planejamento de segurança feito pela FACILITY demonstra em
relatórios ilustrados todos os pontos falhos do condomínio, além de propor reduções nas
cotas, utilizando o que há de mais moderno em escalas de horários e respeito ao bolso
dos condôminos.
3.6. Missão e Visão Facility
A Facility tem como missão atender às necessidades e expectativas dos clientes,
oferecendo serviços de alta qualidade através de profissionais capacitados e em
constante desenvolvimento. Buscando um crescimento integrado à comunidade,
promovendo benefícios com responsabilidade social.
Sua visão é ser reconhecida pelo mercado como uma organização diferenciada
pelas soluções corporativas que oferece aos seus clientes através da terceirização,
proporcionando agilidade, qualidade e redução de custos, e a constante busca para
agregar valor ao negócio do cliente.
51
CO�CLUSÃO
No caso Facility a comunicação não é uma área estratégica e isto é demonstrado
quando mencionamos o organograma, onde não há uma área específica de comunicação
e sim profissionais destinados a exercer tarefas semelhantes. A imagem e reputação da
empresa seria mais valorizada se houvesse uma “exposição” por parte da mídia. Talvez
se houvesse um departamento de comunicação ou a contratação de uma agência, o
público-alvo reconheceria a organização e haveria uma preocupação maior por parte dos
colaboradores em manter o padrão em que seria conquistado.
A Comunicação Organizacional no Brasil ainda sofre com a falta de cultura dos
gestores empresariais no sentido de tê-la como uma área estratégica e de grande
importância para a continuidade, crescimento, estabilidade e credibilidade da empresa.
Como foi possível verificar nos capítulos, a comunicação deve ser inserida em
praticamente todos os departamentos da empresa, já que, de alguma forma ela pode
colaborar para a conquista de um resultado ainda mais relevante, seja de produção,
venda, negociação, governança, fusões e aquisições, crises, outras tantas circunstâncias
que requerem um relacionamento eficaz com os públicos-alvos específicos.
Atualmente têm se verificado uma preocupação por parte dos gestores das
grandes empresas, que vêem na imagem e reputação um dos principais e mais difíceis
riscos passíveis de gerenciamentos. Para se ter uma comunicação eficaz, no entanto, é
necessário elaborar um planejamento de comunicação – em todas as suas fases –
totalmente lincado ao planejamento global da organização. Desta maneira os resultados
serão muito mais consistentes e abundantes, uma vez que a comunicação será pensada
para colaborar com as metas de cada área.
No entanto, caberá ao próprio profissional o trabalho de sensibilizar a alta cúpula
da empresa quanto a importância dessa comunicação integrada e a utilização de
ferramentas que venham relacionar-se com todos os públicos-alvo da organização.
Dependerá única e exclusivamente dos profissionais a função de alterar o cenário que
encontramos atualmente no Brasil, referente a falta de cultura das pequenas, médias e
até grandes empresas que não tratam a comunicação como prioridade.
Esse movimento deve ser realizado rapidamente, uma vez que nos países
desenvolvidos isso já está inserido no dia-a-dia das organizações. Acredito que,
primeiramente, deverá ser realizada a imersão desses gestores nos conceitos e práticas
52
de comunicação, iniciando a fase do conhecimento. Palestras de profissionais da área ou
ainda cases de trabalhos feitos em comunicação poderão sensibilizar os administradores.
Cabe ainda às agências de comunicação essa difícil e viável tarefa, já que muitas
são contratadas diretamente pelo principal executivo. Entidades como as universidades
também devem se valer de propostas que evidenciem a importância da comunicação
estratégica.
A comunicação empresarial só será eficaz e se desenvolverá de acordo com sua
relevância no cenário estratégico da empresa. E isso é fato que pode ser comprovado
através do case mencionado. Depende dessa postura o fortalecimento da imagem, o
desenvolvimento dos negócios, a transparência tão requisitada por investidores e a
referência positiva da opinião pública, resultados tão desejados nesses tempos onde a
alta concorrência nos setores e a eterna busca pela qualidade ideal por parte do
consumidor, são fatores fundamentais para o bom desenvolvimento da organização.
53
BIBLIOGRAFIA
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56
I�DICE
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMENTO 03
DEDICATÓRIA 04
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMÁRIO 07
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
O MARKETING E A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 10
1.1 - O Conceito de Marketing e sua Evolução 10
1.1.1 O Mercado 13
CAPÍTULO II
A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 15
2.1 - Estratégia Organizacional e a Comunicação 15
2.2 - O Planejamento de Comunicação Organizacional 19
2.2.1 O Avanço da Comunicação Organizacional 19
2.2.2 A Comunicação como Estratégia 28
2.2.3 O Planejamento de Comunicação 31
CAPITULO III
O CASO FACILITY 36
3.1 A História 36
3.2 A Estrutura da Organização Facility 36
3.3 As Empresas da Organização Facility 39
3.4 Diferencial do Grupo Facility 42
3.4.1 Aplicação de cargos e avaliação de desempenho 42
57
3.4.2 Recrutamento 44
3.5 A Atuação da Facility na Prestação de Serviços 47
3.5.1 A importância da Segurança Patrimonial 49
3.6 Missão e Visão Facility 50
CONCLUSÃO 51
BIBLIOGRAFIA 53
ARTIGOS PERIÓDICOS 54
REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS 55
INDICE 56
FOLHA DE AVALIAÇÃO 58
58
FOLHA DE AVALIAÇÃO
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