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EMILLE FERNANDA COSTA SILVA ANÁLISE PARASITOLÓGICA DA AREIA DAS QUADRAS ESPORTIVAS DE PARQUE PÚBLICO LOCALIZADO EM PALMAS - TOCANTINS

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EMILLE FERNANDA COSTA SILVA

ANÁLISE PARASITOLÓGICA DA AREIA DAS QUADRAS ESPORTIVAS DE

PARQUE PÚBLICO LOCALIZADO EM PALMAS - TOCANTINS

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Palmas – TO

2019

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Emille Fernanda Costa Silva

ANÁLISE PARASITOLÓGICA DA AREIA DAS QUADRAS ESPORTIVAS DE PARQUE

PÚBLICO LOCALIZADO EM PALMAS - TOCANTINS

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) elaborado e apresentado como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Biomedicina pelo Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA).

Orientador: Prof. M.Sc. Luís Fernando Albarello Gellen.

Palmas – TO

2019

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Emille Fernanda Costa Silva

ANÁLISE PARASITOLÓGICA DA AREIA DAS QUADRAS ESPORTIVAS DE PARQUE

PÚBLICO LOCALIZADO EM PALMAS - TOCANTINS

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) elaborado e apresentado como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Biomedicina pelo Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA).

Orientador: Prof. M.Sc. Luís Fernando Albarello Gellen.

Aprovado em: _____/_____/_______

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________________

Prof. M.Sc. Luís Fernando Albarello Gellen Orientador

Centro Universitário Luterano de Palmas – CEULP

____________________________________________________________

Prof.ª M.Sc. Marta Cristina de Menezes PavlakCentro Universitário Luterano de Palmas – CEULP

____________________________________________________________

Prof. M.Sc Luís Fernando Castagnino SestiCentro Universitário Luterano de Palmas – CEULP

Palmas – TO

2019

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Dedico este trabalho especialmente a Deus que me levantou mais forte de todas as

quedas e não me deixou desistir, dedico também a minha querida mãe Sonia Maria da Costa e

a toda minha família que não mediram esforços para me ver concluir mais essa etapa da

minha vida.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço sempre a Deus por estar me ajudando a cada etapa da minha vida e por eu

ter conseguido chegar ao final desse curso sem ter perdido minha fé Nele.

Quero agradecer também a minha mãe Sonia Maria, pelo amor, apoio moral e

financeiro durante algumas etapas dessa caminhada, aos meus irmãos que fizeram parte da

formação do meu caráter e me ajudaram em amor. Sou grata a vida da minha família, pois

sem eles eu não estaria aqui, no final da minha graduação.

Agradecer também aos amigos que fiz durante essa jornada, que foram vários. Cito

aqui a Iara Cristina, minha companheira desde o início do curso, a Letícia Ramos, que a

encontrei no meu penúltimo ano de faculdade, mas que me ajudou a acreditar que eu poderia

ser uma melhor profissional e a Katielly Soares, brinco que ela é um anjo, que está sempre

comigo e em oração nos meus momentos de dificuldade e felicidade. Sou eternamente grata a

Deus por ter colocado amigos como eles em minha vida.

Aos professores tão cheios de amor pela profissão e por nós alunos que eu tive durante

a minha graduação, pois através do conhecimento repassado por eles e da convivência dia a

dia, eu me tornei um ser humano mais sábio e habita para lidar com as dificuldades e

problemas que terei pela frente tanto na área profissional, como pessoal. Por que eles

ensinaram muito além da matéria de aula. Aos professores Divino José Otaviano, Marcos

Rodrigues Cintra, Margareth, Luís Fernando Sesti, meu orientador Luís Fernando Albarello, e

todos aqueles professores que fizeram e contribuíram para o meu aprendizado, a eles os meus

sinceros agradecimentos.

E por fim, quero agradecer ao Centro Universitário Luterano de Palmas – CEULP, que

me proporcionou a minha formação acadêmica.

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“Não fui eu que ordenei a você? Seja forte e corajoso! Não se apavore nem

desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar."

- Josué 1:9

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LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS

CEULP Centro Universitário Luterano de Palmas

FUNAI Fundação Nacional do Índio

HPJ Hoffman, Pons e Janer

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

LMC Larva Migrans Cutânea

LMV Larva Migrans Visceral

LMO Larva Migrans Ocular

OMS Organização Mundial de Saúde

ULBRA Universidade Luterana do Brasil

TO Tocantins

% Porcentagem

ºC Grau Celsius

km² Quilômetro quadrado

cm Centímetro

g Grama

ml Mililitro

mm Milímetro

Kg Quilograma

Rpm Rotações por minuto

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Pontos de realização da coleta e divisão das quadras esportivas para a coleta.......13

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Frequência geral dos parasitas nas amostras de areia do Parque dos Povos

Indígenas em Palmas-TO..........................................................................................................14

Tabela 2. Contaminação por quadra esportiva de Parque dos Povos Indígenas em Palmas –

TO ............................................................................................................................................15

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................11

2 MATERIAIS E MÉTODOS...............................................................................................12

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO.........................................................................................14

3.1 COMPARATIVO ENTRE ESTUDOS JÁ REALIZADOS EM PALMAS...................15

3.2 COMPARATIVO ENTRE ESTUDOS REALIZADOS EM PRAÇAS, PARQUES E

ÁREAS RECREACIONAIS NO BRASIL...........................................................................17

3.3 COMPARATIVO ENTRE PRAIAS..............................................................................18

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................20

REFERÊNCIAS......................................................................................................................20

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Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)

ANÁLISE PARASITOLÓGICA DA AREIA DAS QUADRAS ESPORTIVAS DE

PARQUE PÚBLICO LOCALIZADO EM PALMAS - TOCANTINS

PARASITOLOGICAL ANALYSIS OF THE SAND OF THE SPORTS COURTS OF

PUBLIC PARK LOCATED IN PALMAS - TOCANTINS

Emille Fernanda Costa Silvaa; Luís Fernando Albarellob

aGraduando em Biomedicina, Centro Universitário Luterano de Palmas - CEULP, Av. Teotônio Segurado, 1501 Sul, Palmas - TO, CEP: 77.054-970,

[email protected]édico, Professor, Centro Universitário Luterano de Palmas -CEULP, Av. Teotônio Segurado, 1501 Sul, Palmas - TO, CEP: 77.054-970, [email protected].

Resumo

O presente trabalho teve como objetivo avaliar, sob o ponto de vista parasitológico, a

qualidade da areia das quadras esportivas do Parque dos Povos Indígenas em Palmas - TO. As

amostras foram coletadas durante 8 (oito) dias em quatro quadras de areia, em pontos

distribuídos por toda a quadra para realização de uma varredura parasitológica homogênea.

Após isto, as amostras foram submetidas ao método adaptado de sedimentação espontânea e

em seguida foram analisadas em triplicata. Foi coletado um total de 480 amostras, sendo que

destas 18,3% foram positivas: não patogênicas 12,1% (n=58) para Endolimax nana; 2,3%

(n=11) para Entamoeba coli; paratogênicas 1,9% (n=9) para Ascaris lumbricoides; 1,7%

(n=8) para Tricuris trichiura; e também positivas para Toxocara spp e Giardia lamblia,

representando 0,2% (n=1) para ambas. A partir da análise pôde-se perceber a gama de

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variedades patogênicas presentes, possivelmente causadas pelo contato com animais errantes,

pessoas contaminadas e a proximidade com animais silvestres. Estes resultados revelam que

existe risco de contaminação pelos parasitas citados aos frequentadores das quadras de areia

do Parque dos Povos Indígenas e, por esse motivo, melhores medidas profiláticas devem ser

adotadas para reduzir o risco de contaminação desses lugares compartilhados.

Palavras-chaves: Contaminação. Qualidade da areia. Parasitas.

Abstract

The objective of this study was to evaluate, from the parasitological point of view, the sand

quality of the sports grounds of the Parque dos Povos Indígenas em Palmas - TO. Samples

were collected during 8 (eight) days and during distinct climatic events (sunny and rainy day)

and in points distributed throughout the court for a homogeneous parasitological sweep. After

that, the samples were submitted to the adapted method of spontaneous sedimentation and

then analyzed. A total of 480 samples were collected, of which 18.3% were positive: 12,1%

(n=58) for Endolimax nana; 2,3% (n=11) for Entamoeba coli; 1,9% (n=9) for Ascaris

lumbricoides; 1,7% (n=8) for Tricuris trichiura; and also positive for Toxocara spp and

Giardia lamblia, representing 0.2% (n=1) individually. From the analysis we could see the

range of pathogenic varieties present, possibly caused by contact with stray animals,

contaminated people and proximity to wild animals. There was absence of larva migrans since

chalking was applied as a prophylactic measure. These results reveal that there is a risk of

contamination by the parasites mentioned to the sand blockers of the Parque dos Povos

Indígenas, and therefore best prophylactic measures should be adopted to further reduce the

risk of contamination of these shared sites.

Key-words: Contamination. Sand quality. Parasites.

1 INTRODUÇÃO

O Parque dos Povos Indígenas é o primeiro Parque linear do Tocantins, que apresenta

um corredor ecológico da região norte; primeira etapa de implantação da maior floresta

municipal do mundo e um legado dos Jogos Mundiais Indígenas, realizado em outubro de

2015 no estado de Tocantins (CONEXÃO TOCANTINS, 2017; FUNAI, 2017). Compreende

também uma reestruturação da até então denominada Praça da Árvore, localizada Avenida

LO-04, na quadra ARNE 11, em Palmas - TO.

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A obra do Parque dos Povos Indígenas está dividida em oito etapas, sendo que cada

uma delas homenageia as etnias indígenas do Tocantins; a primeira etapa, no entanto,

homenageia todos os povos do mundo. O parque tem uma extensão 17 quilômetros, cobrindo

as áreas verdes dos córregos Sussuapara e Brejo Comprido até o lago, permitindo a formação

de um corredor ecológico para tráfego de animais e implantação de diversos equipamentos

esportivos e culturais (FUNAI, 2017).

É sabido que, as areias de parques são contaminadas com lixo produzido e abandonado

pelos indivíduos que frequentam o local, fazendo deste lugar propício para diversos

microrganismos (ROSA et al., 2018). Dessa forma, doenças podem ser transmitidas através

do solo como, zoonoses parasitárias, especialmente, quando o lugar é frequentado, tanto por

animais como pessoas, como acontece em parques e praças públicas (MORO et al., 2008).

Parasitas enterocomensais, como a Entamoeba coli, podem servir como bons

indicadores das condições sociossanitárias e da contaminação fecal a que os indivíduos estão

expostos (ROCHA et al., 2000; SATURNINO et al., 2003, PRITSCH; FRIGHETTO, 2016).

Não existe legislação específica no Brasil que aponte um limite para contaminação de areias,

porém o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) em sua Resolução nº 274/2000

no Art. 8 sugere que os órgãos ambientais analisem as condições parasitológicas e

microbiológicas da areia, e que disponha de padronizações futuras (ROSA et al., 2018).

Por ainda não haver estudos relacionados a esse parque, o presente trabalho tem como

objetivo determinar a presença de parasitas na areia das quadras esportivas do Parque dos

Povos Indígenas em Palmas, Tocantins, que podem comprometer a saúde dos seus

frequentadores.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

O estudo é de natureza exploratória e caráter quali-quantitativo, determinado como

experimental, teve como objetivo analisar a existência de estruturas infectantes de parasitos

encontrados na areia de quadras esportivas. Caracteriza-se também como uma pesquisa de

campo e laboratorial, visto que incluiu pesquisa in loco, coleta de amostras, dados,

investigação e a análise.

A pesquisa foi realizada nas quadras esportivas do Parque dos Povos Indígenas,

localizado no Plano Diretor Norte, área verde 204 Norte, Q. 301 Norte Avenida LO, 4 - Plano

Diretor Norte, Palmas - TO. As amostras de areia foram coletadas no mês de abril/2019 e

maio/2019 em período ainda de chuvas na região.

As quadras foram denominadas em quadras A, B, C e D (Figura 1) a título de

organização. As quadras A e B são as mais utilizadas para recreação como vôlei e futevôlei e

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onde se encontram mais estruturadas para competições, com arquibancadas e por isso, são os

pontos mais frequentados.

Figura 1 - Pontos de realização da coleta e divisão das quadras esportivas para coleta do material.

Fonte: Google Earth (2019).

Já as quadras C e D são mais afastadas, com pouca estrutura para competições, mais

utilizados para recreação e treinamento funcional em equipe. Em todas as quadras a acesso a

animais domésticos e errantes é livre uma vez que não há cercamento. Cada quadra foi

dividida em 15 pontos de coleta, distando 1 metro de um ponto a outro e com a profundidade

da extração de aproximadamente 7 cm. O total de coletas foi de 480 amostras de areia, sendo

120 amostras de cada quadra. Por dia de coleta foram colhidas 15 amostras de cada quadra,

totalizando 60 amostras por dia com 50g cada uma. As coletas ocorreram em dias ensolarados

e chuvosos durante oito dias.

Para melhor eficácia dessas coletas, foram descartados os resíduos de sujeira (folhas,

galhos, lixo deixado pelos frequentadores) da parte superficial da areia através da raspagem,

com o auxílio de uma pá de jardinagem. O material coletado foi armazenado em sacos

plásticos estéreis; em seguida, foram identificados, guardados em caixa térmica e, logo

depois, levados para o laboratório de parasitologia do Complexo Laboratorial do

CEULP/ULBRA para preparo e análise.

Para execução da análise parasitológica a metodologia empregada foi a de

sedimentação espontânea adaptada para areias (CUNHA NETO, 2011) que se constitui em:

filtrar aproximadamente 50g de areia com auxílio de uma peneira, em 150 mL de água em um

copo cônico de sedimentação (cálice de Hoffmann) e deixar sedimentar por 12 horas.

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Após a execução do método citado, com uma pipeta de pasteur, adicionou-se uma gota

do sedimento em uma lâmina de vidro e uma gota de lugol, cobriu-o com lâminula e

observou-se o sedimento em microscópio óptico utilizando objetivas de 10X e 40X. Foram

confeccionadas 2 lâminas por amostra analisada.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Das 480 amostras 18,3% (n=88) apresentaram positivadas para helmintos ou

protozoários. Os cistos de Endolimax nana (n=12,1%) e os cistos de Entamoeba coli

(n=2,3%) apresentam a maior prevalência, seguidos de Ascaris lumbricoides (n=1,9%) e

Tricuris trichiura (n=1,7%). Na Tabela 1, logo abaixo, estão apresentados todos os parasitas

isolados nas amostras.

Na Tabela 1 descreveram-se todos os parasitas encontrados, demonstrando suas

respectivas porcentagens gerais nas amostras das quatro quadras esportivas do Parque dos

Povos Indígenas.

Tabela 1. Contaminação das amostras de areia do Parque dos Povos Indígenas em Palmas, de acordo com a divesidade de parasitas através da análise pelo método de sedimentação espontânea.

Parasitas N %

Endolimax nana

Entamoeba coli

Ascaris lumbricóides

Tricuris trichiura

Toxocara spp

Giardia lamblia

58

11

9

8

1

1

12,1%

2,3%

1,9%

1,7%

0,2%

0,2%

TOTAL 88 18,3%(N) numéro de amostras; (%) porcentagemFonte: elaborado pelo (a) autor (a).

Analisando cada quadra isoladamente, pode-se determinar os possíveis interferentes.

Na Tabela 2 estão dispostas a porcentagem de parasitas de diferentes espécies de cada uma

das quadras totalizando 7,26% na quadra A; 5,81% na quadra B; 2,68% na quadra C e 2,49%

na quadra D.

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Tabela 2. Contaminação por quadra esportiva do Parque dos Povos Indígenas em Palmas –TO.

Pontos/

coletaPARASITAS N (%)

QUADRA A

Cisto de Endolimax nana.

Ovo de Ascaris Lumbricoides

Ovo de Tricuris trichiura.

Cisto de Entamoeba coli

Cisto de Giardia lamblia

Toxocara spp.

16

7

5

5

1

1

3,3%

1,4%

1,0%

1,0%

0,2%

0,2%

QUADRA B

Cisto de Endolimax nana.

Cisto de Entamoeba coli.

Ovo de Tricuris trichiura

24

2

2

4,5%

0,4%

0,4%

QUADRA C

Cisto Endolimax nana

Cisto de Entamoeba coli

Ovo de Tricuris trichiura.

Ovo de Ascaris lumbricoides

7

3

1

2

1,4%

0,6%

0,2%

0,4%

QUADRA DCisto de Endolimax nana

Cisto de Entamoeba coli

11

1

2,3%

0,2%

Total 88 18,3%

(N) número de amostras; (%) porcentagem. Fonte: elaborado pelo (a) autor (a).

De acordo com a Tabela 2 e fazendo um comparativo entre os quantitativos

encontrados em cada quadra, pode-se constatar que a quadra esportiva A encontra-se

parasitada por maior diversidade de parasitas, sendo cisto de Endolimax nana, cisto de

Entamoeba coli, ovo de Tricuris trichiura, cisto de Giardia lamblia, ovo de Ascaris

Lumbricoides e Toxocara spp. A menor diversidade encontrada foi a da quadra D, onde se

pôde apreciar apenas o cisto de Endolimax nana e cisto de Entamoeba coli, com esses

resultados conclui-se que a contaminação das areias das quadras vem dos animais domésticos

errantes, e pessoas que ali frequentam e não dos animais silvestres, caso fosse todas estariam

contaminadas a mesmo grau e também pelo fato das quadras C e D estarem mais afastadas e

por isso menos visitadas.

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3.1 COMPARATIVO ENTRE ESTUDOS JÁ REALIZADOS EM PALMAS

Em posse destes resultados, pôde-se elaborar um comparativo com os estudos da

qualidade das areias a nível de contaminação parasitológica já realizados na cidade de Palmas:

os resultados indicaram que a porcentagem de contaminação em outras areias de uso comum

ao público são maiores que as encontradas no Parque dos Povos Indígenas. Apesar de o

número amostral das pesquisas indicadas nos estudos anteriores serem menores, a

porcentagem de contaminação continuou sendo mais alta. Ressalta-se que o número amostral

dessa pesquisa foi de 480 amostras e, consequentemente, apresentou uma varredura maior

sensibilidade do local alvo.

Um importante trabalho utilizado como referência neste estudo comparativo foi o de

Brandão (2018), que analisou a contaminação parasitológica da Praia da Graciosa localizada

em Palmas. Seu numero amostral foi de 50, tendo como positivas cerca de 46% (n=23) das

suas amostras. Brandão ainda encontrou formas parasitarias semelhantes às encontradas nesta

pesquisa como ovos de Ascaris lumbricoides com 8% (04) e cistos de Entamoeba coli com

4% (02), número maior se comparado ao deste estudo, onde foram encontrados 1,87 % (09)

para Ascaris lumbricoides e 2,29% (11) para Entamoeba coli. Isso se deve ao maior indice de

umidade da região da Praia da Graciosa que está em contato com o lago, propício para eclosão

de ovos.

Já no estudo de Almeida (2017), realizado em parques infatis de nove praças públicas

da região Norte de Palmas – TO, foram analisadas 18 amostras e, dentre elas, o pesquisador

pode observar a contaminação de Ascaris lumbricoides 22,2% das praças, assim como

Trichuris trichiura em 11,1% das praças e Entamoeba sp. 44,4% das praças estudadas, sendo

(4/9) do total, sendo que esses parasitas também foram encontrados no presente estudo.

Esta incidência elevada é atribuída, pelo autor, à falta de cercados de proteção da areia

ou existência destas, mas com buracos que são de fácil acesso para cães errantes e felinos que

ali defecam.

O Parque dos Povos Indígenas ainda que apresente uma porcentagem de parasitas

reduzida em comparação ás áreas analisadas no trabalho de Almeida (2017), apresenta quase

as mesmas fragilidades que as caixas de recreação, visto que são quadras abertas com grande

numero de animais circulantes, tanto errantes quanto domésticos e ainda há o agravante de

estar localizado em área de preservação, facilitando assim, o contato com dejetos de animais

silvestres.

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Reforça-se então a informação de que a contaminação da areia da praia objeto do

estudo e a dos parques infantis de Palmas tem uma maior contaminação das areias comparado

ao da areia das quadras esportivas do Parque dos Povos Indígenas.

3.2 COMPARATIVO ENTRE ESTUDOS REALIZADOS EM PRAÇAS, PARQUES E

ÁREAS RECREACIONAIS NO BRASIL

Resultados como o da pesquisa realizada por Preussler et al. (2016), que apresentaram

valores menores quando comparados ao quantitativo do resultado encontrado na pesquisa feita

no Parque dos Povos Indígenas. Das 52 amostras de areia analisadas no estudo de Preussler et

al., de duas quadras esportivas localizadas no Bairro União do município de Palotina - PR,

todas negativas, ressaltando que utilizou-se um método diferente do empregado neste estudo,

o Baermann modificado por Roberts e O’Sullivan (1950) para pesquisa de larvas, e o Método

de Willis (1921). Não se mencionou na pesquisa se foi tomada alguma medida de controle

dessas areias que fundamentasse esse resultado, mas sabe-se que os métodos mais utilizados

para pesquisa parasitológica são Rugai e Hoffman Pons e Janer, pois das pesquisas usadas

como referência as que obtiveram mais sensibilidade para encontrar parasitas foram estes.

Já outros estudo como o de Elias et al. (2018), observou-se que das amostras das areias

das quadras do município de Gaspar-SC, onde das 50 amostras analisadas, 100% delas

apresentaram resultado positivo. Nesta pesquisa utilizou a mesma metodologia usada neste

trabalho e também foram encontrados ovos de Ascaris lumbricoides e Tricuris trichiura.

Demostrando assim que o método Hoffman Pons e Janer, mesmo que com variações é o mais

indicado para avaliação parasitológica de areias.

Outro estudo realizado por Fellipin et al. (2011), nas praças públicas e áreas de lazer

na cidade de Cruz Alta – RS, tem-se que das 100 amostras coletadas nas 10 praças da cidade e

analisadas, 34% (n=34) foram positivas com 6 % (n=6) para ovos de Ascaris sp. e 3% (n=3)

para ovos de Toxocara sp,. Os ovos de Ascaris sp. não foram encontrados com os métodos

Willis-Mollay (1921) ou método de Faust (1939), sendo encontrado apenas com o método de

Hoffmann (1934), confirmando assim que esse método tem maior especificidade e

sensibilidade para encontrar esse helminto. Todos estes parasitas também foram encontrados

no presente estudo. Fellipin et al. (2011) ressaltou que esses parasitas são os principais

causadores de zoonoses em locais de lazer como em praças públicas.

Na cidade de Patos-PB, em um estudo realizado por Martins et al. (2016), das 36

amostras de areia coletadas do solo das áreas de recreação, 25 (69,4%) delas mostraram-se

positivas para alguma espécie de parasita de homem ou de animais, sendo 52%(19) para

Ascaris lumbricoides, 42%(15) para Toxocara spp., 33,3 %(12) para Entamoeba coli e

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22%(8) para Giardia spp. O índice de contaminação encontrado mostrou-se elevado podendo

estar relacionado à ausência de manejo adequado com o solo como a utilização de água

proveniente de poço artesiano, contaminada por dejetos humanos e de animais, para regar

plantas e solo nos parques de recreação das creches. Valores maiores que o das areias das

quadras esportivas do parque dos Povos Indígenas, dado que no estudo, foram apenas 2,29%

(11) para Entamoeba coli, 1,87%(9) para Ascaris lumbricoides e 0,20%(1) para Toxocara sp.

e Giardia lamblia, sendo que nesta areia existe tratamento profilático trimestral.

Verificando os estudos dessas quadras esportivas, parques e áreas de recreações das

cidades citadas nos artigos utilizados como referência, destaca-se que, as que foram positivas

sempre estão presentes os ovos de Ascaris ssp e ovos de Tricuris Triciura sp, cisto de

Entamoeba ssp e Toxocara canis, parasitas estes que também foram encontrados na areia das

quadras esportivas do Parque dos Povos Indígenas, que são um dos principais causadores de

zoonoses em áreas de uso comum a população.

Também podemos observar que não foi mencionado nesses estudos comparativos um

cuidado preventivo eficaz como o tomado nas quadras esportivas do parque publico objeto

deste estudo, que é a caleagem feita trimestralmente pela FundEsportes - Secretaria Municipal

de Esporte, observando nas pesquisas utilizadas como referência, um maior índice de

contaminação das areias.

3.3 COMPARATIVO ENTRE PRAIAS

Realizou-se também um comparativo da qualidade das areias a nível de contaminação

parasitológica de estudos realizados em areias de praias com a areia das quadras esportivas do

Parque dos Povos Indígenas.

Em geral a presença de ovos de Endolimax nana foi observado em 12,08% (n=58)

das amostras, indicando positividade superior à apresentada por Neto et al. (2017), no qual o

mesmo mostrou uma porcentagem de 8,70% para a presença de Endolimax nana, detectadas

dentre as 80 amostras coletadas nas praias da orla marítima de Maceió - AL. Embora que esse

protozoário não seja considerado patogênico, é importante ressaltar o grau de contaminação

fecal a que o ambiente está exposto que os mesmos evidenciam.

Também foi observada a presença de ovos de Toxocara spp em uma amostra analisada

no presente estudo, inferior a pesquisa feita por Silva et al (2013) realizada nas praias de

Vitória – ES, no qual das 192 amostras de areia foram analisadas, em 24 (18,75%)

observaram-se larvas de Toxocara spp. Trata-se de um ascarídeo comum em cães, sendo o

agente mais relacionado com a Larva Migrans Visceral que é uma patologia grave resultante

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da migração de larvas, principalmente da espécie Toxocara canis (QUEIROZ; CHIEFFI,

2005).

A toxocaríase ou “larva migrans visceral” (LMV) se caracteriza pela migração do

estágio larval de Toxocara canis ou T. cati pelas vísceras humanas causando processos

patológicos hipereosinofílicos crônicos, que podem ser acompanhados por leucocitose e

lesões granulomatosas. A “larva migrans cutânea” (LMC) é uma dermatite provocada pela

migração de larvas de nematódeos, no estrato epitelial da pele humana, sendo que no Brasil,

Ancylostoma braziliense e A. caninum, constituem os principais nematódeos envolvidos

(GUIMARÃES et al., 2004).

Esta redução no aparecimento de helmintos em comparação com outras pesquisas

como as citadas acima se da pela medida profilática que é adotada pela FundEsportes-

Secretaria Municipal do Esporte, caracterizado como um processo de caleagem nas areias das

quadras do Parque dos Povos Indígenas.

Yamane (2007) discorre em sua pesquisa sobre os resultados obtidos nas análises de

ovos de helmintos durante uma semana de tratamento nas amostras de areia higienizadas com

cal hidratada, e, observou-se que em todas as proporções analisadas não foi detectado nenhum

ovo resultado do aumento de pH alterado pela caleagem, pois o efeito do pH alcalino reflete

no crescimento desses helmintos.

O estudo feito em outras praias foi o de Neto et al. (2017) em que pode-se constatar a

contaminação de areia por parasitas detectados nas praias da orla marítima de Maceió-AL. O

nível de contaminação foi de 83,75% entre 80 amostras analisadas para formas parasitárias,

sendo da espécie Strongyloides sp. da família Ancylostomatidae e cistos de protozoários.

Em relação a essas praias estudadas, existe um outro comparativo com estudo de Lira

et al. (2014) em que foram analisadas 175 amostras de areia obtidas em 10 pontos de coleta ao

longo dos 16 km das praias urbanas da cidade de João Pessoa/PB. Dessas 75,4% foram

positivas, encontraram também larvas de Strongyloides spp.

Observa-se que a contaminação é elevada em comparação com a areia das quadras

esportivas do Parque dos Povos Indígenas. Em ambos os estudos de areia de praias

apresentados anteriormente, foram encontradas formas parasitarias da espécie Strongyloides

sp., conhecido popularmente como estrogiloidíase. Este verme é mais prevalente em locais

mais úmidos e não foi encontrada na areia das quadras esportivas do parque estudado, por ter

umidade dessas areias regulada pelo período de chuva e também a possibilidade da

inexistência por conta do tratamento.

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As areias das quadras esportivas do parque dos Povos Indígenas de Palmas - TO, com

relação aos parasitas, se comportam como um hospedeiro intermediário. Contaminam-se

através de fezes de animais, água suja e lixo deixado pela população, propiciando que

parasitas em estágios não-infectantes tenham condições necessárias para o seu

desenvolvimento. Este processo de contaminação cria também um ambiente que protege os

parasitas em estágios infectantes durante certo tempo para, posteriormente, contaminam o

homem.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com as análises de dados e resultados obtidos, conclui-se que as areias das

quadras esportivas do Parque dos Povos Indígenas localizado no município de Palmas -

Tocantins apresentam contaminação por cistos de Endolimax nana, sendo este o mais

prevalente com 12,1% (n=58), seguido de Entamoeba coli 2,3% (n=11). Foram ainda

encontrados, Ascaris lumbricoides 1,9% (n=9), Tricuris trichiura 1,7% (n=8), Toxocara spp

0,2% (n=1), Giardia lamblia 0,2% (n=1).

Neste parque operam uma forma preventiva que diminui a incidência de contaminação

parasitária. Os resultados da presente pesquisa comprova a qualidade do método aplicado pela

FundEsportes - Secretaria Municipal de Esporte: a aplicação de 6 sacos de 5 kg cada um de cal

hidratada nas areias de cada quadra com a periodicidade de 3 em 3 meses. Esta forma simples de

prevenção foi suficiente para que o índice de resultados positivos dessa pesquisa fosse de 18,33%,

diminuindo então o risco de contaminação da população que ali frequentam.

Porém há necessidade de mais medidas profiláticas, visto que os parasitas encontrados são de

importância médica. Essa medida poderia ser o aumento da proporção da cal hidratada nas areias e

maior frequência de aplicação do mesmo, como ficou comprovado no estudo de Yamane (2007) que a

proporção mais eficaz é a de 35% de cal nas areias.

Por fim, o trabalho presente de pesquisa contribui para poder proporcionar o bem-estar

da população que frequenta as quadras esportivas deste parque, pois poderá apresentar os

dados informativos e sugerir que adotem formas preventiva e eficazes em outras praças e

praias de Palmas - TO.

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