ÚLCERA PÉPTICA
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ÚLCERA PÉPTICA
• Século XX:
Aforismas de Schwartzman:
“ Uma vez ulceroso, sempre ulceroso”
“ Sem ácido, sem úlcera”
ÚLCERA PÉPTICA
ÚLCERA PÉPTICA • HELICOBACTER PYLORI – 1982
Barry J. Marshall e Robin Warren
ÚLCERA PÉPTICA Definição
• Perda circunscrita de tecido em regiões do trato digestivo capazes de entrar em contato com a secreção cloridropéptica do estômago
• Lesão escavada profunda que atinge a submucosa,
ÚLCERA PÉPTICA
ÚLCERA DUODENALÚLCERA GÁSTRICA
Úlcera Duodenal
• Quatro x mais comum que a gástrica.• Mais comum entre 30 e 50 anos de idade.• Relação Masc/Fem 4:1 • Genética: 3x mais comum em parentes de primeiro
grau.• Mais comum em pacientes com grupo sanguíneo O.• Mais comum H. pylori que na gástrica.
– Acima de 95%
• Tabagismo é duas vezes mais comum.
Úlcera Gástrica
• Mais comum em indivíduos mais velhos– incidência aumenta com a idade.
• Relação Masc/Fem—2:1 • Mais comum em pacientes com grupo sanguineo A.• Uso de AINES - associado com 3 a 4 x mais risco
de UG• Menos relacionado com H pylori– 80%.
ÚLCERAS Etiologia
CAUSAS COMUNS
Infecção por Helicobacter pylori Uso de AINEs
CAUSAS RARAS
Síndrome de Zollinger-Ellison (gastrinoma)
Hiperpatiroidismo
Doenças granulomatosas (doença de Crohn, sarcoidose)
Neoplasias (carcinoma, linfoma, leiomioma, leiomiosarcoma)
Infecções (tuberculose, sífilis, herpes simples, citomegalovírus)
Tecido pancreático ectópico
ÚLCERA PÉPTICA Etiologia
O H.pylori é a causa mais comum de úlcera péptica.
95%- casos de úlcera duodenal 70-80%- casos de úlcera gástrica.
Na ausência de H.pylori, o uso de AINH, é a causa mais comum de úlcera péptica.
Peptic ulcers and their complications. Surgery, nov 2008
ÚLCERA PÉPTICA Controle da Secreção Ácida Gástrica
ÚLCERA PÉPTICA Defesas da Mucosa Gástrica
MUCO
BICARBONATO
RENOVAÇÃO CELULAR
FLUXO SANGUÍNEO DA MUCOSA
PROSTAGLANDINAS
ÚLCERA PÉPTICA Fisiopatologia
DEFESAAGRESSÃO
MUCOSA GASTRODUODENAL
DE INDIVÍDUO SUSCETÍVEL
ENDÓGENOS:HCl / pepsina
EXÓGENOS: Hp, AINE, esteróides,tabagismo.
MUCOBICARBONATOEPITÉLIOFLUXO SANGUINEOPROSTAGLANDINAS
ÚLCERA PÉPTICAO Papel do H. pylori
• Bacilo espiralado gram negativo, móvel, flagelado
• Coloniza apenas a mucosa gástrica
• Transmissão: fecal-oral
• Enzima ureaseUréia Amônia – regulando a acidez gástrica ao seu redor (sobrevivência)
• É a infecção mais comum em todo o mundo
HISTÓRIA NATURAL DA INFECÇÃO PELO Helicobacter pylori
ph
ÚLCERA DUODENALGastrinaliberada
Produção de ácido
Massa de céls parietais
Metaplasia gástricae colonização (duodeno)
Duodenite
Inibição da Somatostatina
FATORES GENÉTICOS E AMBIENTAIS
MECANISMO DA ÚLCERA DUODENAL Hp +
INIBIÇÃO DA CICLO-OXIGENASE AINH
↓ SÍNTESE DE PROSTAGLANDINAS
↓ MUCO E BICARBONATO (PROTEÇÃO - BARREIRA
MUCOSA)
↓ FLUXO SANGUINEO (REPARAÇÃO)
MECANISMO DA ÚLCERA PÉPTICA- AINH
ÚLCERAPÉPTICA
SANGRAMENTO – 20%
PERFURAÇÃO- 6%
OBSTRUÇÃO – 4%
COMPLICAÇÕES DA ÚLCERA PÉPTICA
Úlcera Péptica é a principal causa de HDA.
HDA é a 1ª manifestação em 10% dos casos.
•MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
• Dor epigástrica, tipo queimação
• Relação da dor com alimentação
• PERIODICIDADE - períodos de acalmia intercalados com períodos de atividade.
• Dor Noturna (duodenal)
CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA: EDA
ÚLCERA PÉPTICADiagnóstico
MÉTODOS INVASIVOS:
• Teste da Urease
• Cultura
• Histologia
• PCR
ÚLCERA PÉPTICADiagnóstico – Pesquisa de Hp
MÉTODOS NÃO-INVASIVOS
• Sorologia
• Teste imunoenzimático para detecção de Ag de Hp nas fezes
• Teste respiratório com uréia marcada
(C13 ou C14)
ÚLCERA PÉPTICADiagnóstico – Pesquisa de Hp
TESTE RESPIRATÓRIO
ÚLCERA PÉPTICADiagnóstico – Pesquisa de Hp
ÚLCERA PÉPTICA NÃO COMPLICADA
Erradicar Hp7 dias
IBP - 4 a 8 sem
Hp + Hp -
ÚLCERA PÉPTICATratamento
ÚLCERA PÉPTICATratamento
• Hemorragia - tto endoscópico, cirúrgico.
• Perfuração e estenose – tto cirúrgico.
ÚLCERA PÉPTICA COMPLICADA
Erradicação do Hp
INDICAÇÕES
• Úlcera gastroduodenal ativa ou cicatrizada
• Linfoma MALT de baixo grau
• Pós- cirurgia para câncer gástrico avançado, em pacientes submetidos a gastrectomia parcial
• Pós- ressecção de câncer gástrico precoce (endoscópica ou cirúrgica)
• Gastrite histológica intensa
II Consenso Brasileiro sobre Helicobacter pylori, 2004
OUTRAS SITUAÇÕES:
• Pacientes de risco para úlcera que utilizarão AINEs.
• Pacientes com história prévia de úlcera ou HDA que deverão usar AINEs inibidores específicos ou não da COX 2.
• Indivíduos de risco para Ca gástrico
• Pacientes de risco para úlcera que deverão usar cronicamente derivados do AAS, mesmo em doses baixas.
II Consenso Brasileiro sobre Helicobacter pylori, 2004
Erradicação do Hp
Controle de Erradicação do Hp
II Consenso Brasileiro sobre Helicobacter pylori, 2004
• Úlcera duodenal
• Úlcera gástrica
• Linfoma MALT de baixo grau.
• 8 semanas , no mínimo, após tto
•Teste respiratório- se não houver indicação para EDA
• EDA: urease/ histologia
• Suspender anti-secretores 7 a 10dias antes do exame de controle
Erradicação do Hp Esquemas de Tratamento
II Consenso Brasileiro sobre Helicobacter pylori, 2004
Erradicação do Hp Retratamento
II Consenso Brasileiro sobre Helicobacter pylori, 2004
Após a falência de um dos tratamentos iniciais, recomenda-se mais duas tentativas de tratamento, com duração de 10 a 14 dias, não se repetindo ou estendendo o esquema inicial.
Os esquemas a serem utilizados dependem do tratamento inicial.
II Consenso Brasileiro sobre Helicobacter pylori, 2004
Erradicação do Hp Retratamento
Se foi utilizado IBP + Amox + Claritro ou IBP + Fura + Claritro
Primeira opção:
IBP (dose plena), 2x/diaSal de bismuto 240mg, 2x/diaFurazolidona 200mg, 2x/diaAmoxicilina 1g, 2x/dia (podendo ser substituída pela Tetraciclina)
Segunda opção:
IBP (dose plena), 2x/diaLevofloxacina 500mg, 1x/diaAmoxicilina1g, 2x/dia (podendo ser substituída por Furazolidona 400mg, 1x/dia)
II Consenso Brasileiro sobre Helicobacter pylori, 2004
Erradicação do Hp Retratamento
Se foi utilizado IBP + Fura + Tetra
Primeira opção:
IBP (dose plena), 2x/diaAmoxicilina 1g, 2x/diaClaritromicina 500mg, 2x/dia
Segunda opção:
IBP (dose plena), 2x/diaFurazolidona 200mg, 2x/diaSal de bismuto 240mg, 2x/diaAmoxicilina1g, 2x/dia (podendo ser substituída por Tetraciclina)