ULTRA SOM Disciplina : Metodos e Técnicas aplicadas à Estética corporal I Professoras:...
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ULTRA SOM
Disciplina : Metodos e Técnicas aplicadas à Estética corporal I
Professoras: Ms.Lucineide Santos
CUIABÁ/2013
Grupo Educacional - KrotonUniversidade de Cuiabá – UNIC
CONTÍNUO E PULSÁTILCONTÍNUO E PULSÁTIL INTENSIDADE (W/CM²)INTENSIDADE (W/CM²)
TRANSDUTOR
CABEÇOTECABEÇOTE
ULTRA SOM
Histórico:Histórico:
No início da década de 30, começou a ser utilizado o
US em medicina física, reumatologia e ortopedia
A partir da década de 50 passou a ser aplicado em
fisioterapia e na década de 70, este equipamento
começou a ser utilizado para tratamentos da FEG por
profissionais da área de estética
ULTRA SOM
Conceito:Conceito:
Som= onda mecânica perceptível ao ouvido
humano (freqüências de 20hz a 20.000hz)
Ultrassom= inaudíveis ao ouvido humano
(freqüência superior a 20.000hz, sendo que as
freqüências terapêuticas podem oscilar entre 1 e
3 mhz)
DEFINIÇÃO
Recurso terapêutico que se caracteriza pela
produção de vibrações mecânicas acústicas de
alta freqüência que se propagam através dos
tecidos biológicos(Fábio Borges)
ULTRA SOM As ondas sonoras, utilizadas para fins terapêuticos, são
geradas através de instrumentos chamados transdutores
O aparelho possui um circuito apropriado para receber a corrente elétrica da rede comercial e transformá-la em oscilações elétricas de alta frequência
Essas oscilações são conduzidas ao transdutor (cabeçote), construído com um cristal piezelétrico
Ao receber essas oscilações esse cristal muda a sua espessura na mesma frequência das oscilações recebidas, emitindo assim as ondas ultrassônicas
TRANSDUTOR O transdutor ultra-sônico é um dispositivo que O transdutor ultra-sônico é um dispositivo que
converte a converte a energia eletrica em energia mecânicaenergia eletrica em energia mecânica Os Os transdutores transdutores são constituídos na sua na sua base de
um cristalO tamanho do transdutor é conhecido por ERA
→TRANSDUTOR
→ CRISTAL
ULTRA SOM
QUANTO A FREQUÊNCIA
Quanto maior a frequência, menor será a
profundidade atingida, por isso na estética utilizamos
US de 3MHz porque o nosso objetivo é atingir tecido
superficial (epiderme, derme e hipoderme)
1 MHz: ultra som profundo - 5 à 10 cm de profundidade
3 MHz: Ultra som mais superficial - 1,5 á 3 cm de profundidade
ULTRA SOM
EFEITO PIEZELÉTRICO
Consiste da geração de corrente elétrica através
da deformação mecânica de um cristal
Este fenômeno ocorre de forma contrária, ou
seja, a corrente elétrica de alta freqüência, em
contato com o cristal, faz com que este vibre na
faixa de som acima do espectro audível ao
ouvido humano
PROPAGAÇÃO DA ONDA PROPAGAÇÃO DA ONDA ATRAVÉS DA OSCILAÇÃO ATRAVÉS DA OSCILAÇÃO DO CRISTAL ( PRODUZ DO CRISTAL ( PRODUZ ONDAS DE TRAÇÃO E ONDAS DE TRAÇÃO E COMPRESSÃO)COMPRESSÃO)
PRINCIPAIS GERADORES- Cristais antigos: Quartzo
- Cristais modernos: PZT cerâmico (tetánio de piomozirconato, chumbo, zircônio e tetánio)
CARACTERÍSTICAS
IMPEDÂNCIA ACÚSTICA:IMPEDÂNCIA ACÚSTICA:
• Facilidade ou dificuldade que o meio oferece à
passagem da onda
• Cada tecido tem uma impedância acústica
diferente
• Geralmente utilizamos o GEL para aumentar a
facilidade da onda no tecido
EFEITOS BIOFÍSICOS
a) a) Propagação:Propagação: As ondas necessitam de um meio para se
propagarem, pois não se propagam no vácuo
Velocidade de propagação: Sólido>Líquido>Gasoso
No meio sólido, as moléculas estão mais próximas,
isso faz com que uma pequena agitação em uma
afete as outras moléculas circunvizinhas,
favorecendo o deslocamento da onda sonora
EFEITOS BIOFÍSICOS
b) REFLEXÃO:b) REFLEXÃO:
• Ocorre quando uma onda sonora emitida volta ao
meio de origem, conservando sua frequência e
velocidade
• Na prática, Na prática, utilizar uma substância de
acoplamento; do contrário, haverá a presença de
ar entre o cabeçote e a pele, formando uma
interface refletora do feixe ultrassônico
REFLEXÃO
Ex: Ar e pele (gel – impedância próxima à da pele).Ex: Ar e pele (gel – impedância próxima à da pele).
SOM EM MHZ x AR x SUBSTÂNCIA DE ACOPLAMENTOSOM EM MHZ x AR x SUBSTÂNCIA DE ACOPLAMENTO
ULTRA SOM
EFEITOS BIOFÍSICOS
C) REFRAÇÃOC) REFRAÇÃO
Ocorre quando uma onda emitida passa para outro meio
(interface diferente) e desvia a sua direção, sofrendo
mudanças na sua velocidade, mas conservando sua
frequência
EFEITOS BIOFÍSICOS
Para evitar a refração faz-se necessário manter o Para evitar a refração faz-se necessário manter o
transdutor sempre perpendicular a região a ser transdutor sempre perpendicular a região a ser
tratadatratada
EFEITOS BIOFÍSICOS
D) ABSORÇÃO
É caracterizada pela capacidade de retenção da
energia acústica do meio exposto às ondas
ultrassônicas
Essas ondas são absorvidas pelo tecido e
transformadas em calor
O Ultrassom aumenta o movimento molecular,
provocando maior vibração e colisão entre as
moléculas e gerando efeito térmico
Quanto maior a frequência do US, maior a absorção de energia
ABSORÇÃOABSORÇÃO
1 Mhz 3 Mhz
Pele 0,62 1,86
Vaso sanguíneo 0,4 1,2
Gordura 0,14 0,42
Osso 3,22 ...............
Coeficiente de Absorção (Fonte: Hoogland, 1986)
EFEITOS BIOFÍSICOS
Ocorre em toda aplicação pois os pulsos liberados pelo US fazem que as células situadas no caminho do feixe oscilem
Essas oscilações estimulam a formação de bolhas de gás
A partir disto:
CAVITAÇÃO ESTÁVEL E INSTÁVEL
CAVITAÇÃO ESTÁVELCAVITAÇÃO ESTÁVEL
Bolhas oscilam
Aumentam e diminuem de volume
Efeito Considerado normal e desejável
Provê efeito terapêuticoProvê efeito terapêutico
Permanecem intactasPermanecem intactas
Compressão (pressão -) Expansão (pressão + )
CAVITAÇÃO INSTÁVEL
O volume da bolha se altera rápida e violentamente
Bolha colapsa
Mudanças na temperatura
Dano tecidual
CAVITAÇÃO INSTÁVEL
É provocada pela elevada É provocada pela elevada intensidade/excesso de de tempo de aplicação sobre uma mesma regiãotempo de aplicação sobre uma mesma região
Sintoma: dor aguda em “pontada”Sintoma: dor aguda em “pontada”
→ Evitar a cavitação instável:É necessário movimentar o cabeçote É necessário movimentar o cabeçote
continuamente e utilizar baixa intensidade para continuamente e utilizar baixa intensidade para não causar danos no tecido não causar danos no tecido
A Cavitação estável pode ser visualizadaA Cavitação estável pode ser visualizada
Isso é chamado de Isso é chamado de teste de cavitaçãoteste de cavitação e nos mostra que o aparelho e nos mostra que o aparelho está emitindo ondas sonorasestá emitindo ondas sonoras
EFEITOS BIOLÓGICOS DO US
Efeitos térmicos Hiperemia e ↑ Fluxo sanguíneoEfeitos térmicos Hiperemia e ↑ Fluxo sanguíneo
O ↑ da permeabilidade celular e a micro massagem = O ↑ da permeabilidade celular e a micro massagem = auxilia no retorno venoso e linfático auxilia no retorno venoso e linfático reabsorção de edemas reabsorção de edemas
Incremento do metabolismo local estimulação Incremento do metabolismo local estimulação
das funções celulares e da capacidade de regeneração das funções celulares e da capacidade de regeneração
celularcelular
FONOFORESE
US incrementa a permeabilidade da pele e promove a penetração de ativos
Gel medicamentoso
Epiderme
Tecido adiposo
Derme
FONOFORESE
• Existem várias vantagens na Fonoforese Existem várias vantagens na Fonoforese - Ação localizada da droga (ausência de
efeitos colaterais decorrente de ações sistêmicas)
- Somatória dos efeitos inerentes ao ultra som associados aos efeitos da droga
- O medicamento a ser introduzido não necessita ter carga elétrica, isto é, ser polarizado
FONOFORESE
• A quantidade de princípios ativos que
penetram na pele é proporcional, em
geral, ao tempo e intensidade da
aplicação do US
• US Contínuo a intensidade vai de 0,5 – 0,5 –
1,2 W/cm1,2 W/cm22
TAMANHO DA ÁREA / TEMPO DE APLICAÇÃO
Deve-se dividir a área a ser Deve-se dividir a área a ser trabalhada em quadrantes trabalhada em quadrantes de 10 cm por 10 cm e usar de 10 cm por 10 cm e usar o US de 2 à 5 minutos por o US de 2 à 5 minutos por cada um destes quadrantescada um destes quadrantes
1’ por área do cabeçote
Só é permitida leve sensação de calor no cabeçote
10cm10cm
10cm10cm
MODULAÇÃO
• Quanto ao tipo de onda:• Contínuo: Contínuo: emissão constante de ondas
durante o tempo programado, com maior deposição de energia
• Pulsado: Pulsado: emissão de ondas interrompidas por um intervalo de tempo, com maior efeito mecânico e menor deposição de energia
INDICAÇÃO
US CONTÍNUO:US CONTÍNUO:
O US contínuo é utilizado para todas os O US contínuo é utilizado para todas os
tratamentos onde tratamentos onde se requer a produção de calorse requer a produção de calor
No tratamento de celulite (grau I, II, III e IV)No tratamento de celulite (grau I, II, III e IV)
Em regiões com gordura localizadaEm regiões com gordura localizada
INDICAÇÃO
US PULSÁTIL:US PULSÁTIL:
É utilizado em tratamentos de pós-operatórioÉ utilizado em tratamentos de pós-operatório
Na fase proliferativa da cicatrização, tem função Na fase proliferativa da cicatrização, tem função de estimular os fibroblastosde estimular os fibroblastos
Em locais com cicatrizes hipertróficasEm locais com cicatrizes hipertróficas
Ação mecânica do aparelhoAção mecânica do aparelho
INTENSIDADE DO US
• A unidade de medida do US é em W/cm²A unidade de medida do US é em W/cm²
• Na maioria dos aparelhos a intensidade varia Na maioria dos aparelhos a intensidade varia de 0,1 à 3 ,0 w/cm²de 0,1 à 3 ,0 w/cm²
• Na Na prática da UNICprática da UNIC, a intensidade varia de , a intensidade varia de 0,8 à 1,2 w/cm² 0,8 à 1,2 w/cm²
TÉCNICAS DE APLICAÇÃO
Limpar a pele do cliente antes da aplicaçãoLimpar a pele do cliente antes da aplicação
Usar gelUsar gel
Ligar e desligar o aparelho, mantendo o cabeçote Ligar e desligar o aparelho, mantendo o cabeçote
em contato com a áreaem contato com a área
Deslizar o cabeçote em movimentos circularesDeslizar o cabeçote em movimentos circulares
ee lentoslentos
PRECAUÇÃO
Cabeçote sempre acoplado ao Cabeçote sempre acoplado ao ser ligado o ultra somser ligado o ultra som
CONTRA-INDICAÇÕES
Processos inflamatórios agudos
Traumatismos recentes
Áreas com alterações de sensibilidade
Trombose venosa
Gestante (não pode receber a terapia porém
pode manusear o aparelho)
BIBLIOGRAFIA
• AGNE, J. E. Eu sei ELETROTERAPIA: teórica e
prática. Santa Maria RS: Pallotti, 2009.
• GUIRRO, E; GUIRRO, R. Fisioterapia Dermato-
funcional. São Paulo: Ed. Manole, 2004.
• BORGES, F. S. Dermato Funcional:
Modalidades terapêuticas nas disfunções
estéticas. Rio de Janeiro, 2ª Ed. 2001
Quando um amigo tem um problema, não o deixe inibido perguntando
se tem algo que você possa fazer. Pense em algo apropriado e faça."
(Edgard Watson Howe)