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Linha Direta LD EDIÇÃO 205 . ANO 18 . ABRIL 2015 MODELO Educação no Extremo Oriente PMIES O panorama perante as mudanças no Fies PROJETO PAULO FREIRE / / PROYECTO PAULO FREIRE Mobilidade acadêmica na Ibero-América // Movilidad académica en Iberoamérica RESPONSABILIDADE SOCIAL Educação inclusiva Lucieudo Ferreira EXAME DA OAB Preparação como palavra de ordem Flávio Corrêa Maciel GESTÃO Cinco forças do líder César Souza EDUCAÇÃO POR ESCRITO UM BRASILEIRO NO COMANDO DA OEI / / UN BRASILEÑO AL COMANDO DE LA OEI Novo secretário-geral da Organização, Paulo Speller, fala sobre os principais desafios da educação ibero-americana nos próximos anos / / Nuevo secretario general de la Organización, Paulo Speller, habla sobre los principales desafíos de la educación iberoamericana en los próximos años

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Linha DiretaLD

EDIÇÃO 205 . ANO 18 . ABRIL 2015

MODELOEducação no Extremo Oriente

PMIES O panorama perante as mudanças no Fies

PROJETO PAULO FREIRE // PROYECTO PAULO FREIREMobilidade acadêmica na Ibero-América // Movilidad académica en Iberoamérica

RESPONSABILIDADE SOCIALEducação inclusivaLucieudo Ferreira

EXAME DA OABPreparação comopalavra de ordemFlávio Corrêa Maciel

GESTÃOCinco forçasdo líderCésar Souza

EDUCAÇÃO POR ESCRITO

UM BRASILEIRO NO COMANDO DA OEI // UN BRASILEÑO AL COMANDO DE LA OEINovo secretário-geral da Organização, Paulo Speller, fala sobre os principais desafios da educação ibero-americana nos próximos anos // Nuevo secretario general de la Organización, Paulo Speller, habla sobre los principales desafíos de la educación iberoamericana en los próximos años

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Conselho ConsultivoAirton de Almeida Oliveira, Amábile Pacios, Anna Lydia Collares dos Reis Favieri Ferreira, Antônio Lúcio dos Santos, Átila Rodrigues, Benjamin Ribeiro da Silva, Bruno Eizerik, Dalton Luís de Moraes Leal, Emiro Barbini, Fátima de Mello Franco, Fátima Turano, Gabriel Mario Rodrigues, Gelson Menegatti Filho, Hermes Ferreira Figueiredo, Ignez Vieira Cabral, Ivana de Siqueira, Ivo Calado, Jacir J. Venturi, Jorge de Jesus Bernardo, José Carlos Barbieri, José Carlos Rassier, José Janguiê Bezerra Diniz, Krishnaaor Ávila Stréglio, Manoel Alves, Marco Antônio de Souza, Marcos Antônio Simi, Maria Augusta Oliveira Senna, Maria da Gloria Paim Barcellos, Maria Nilene Badeca da Costa, Miguel Luiz Detsi Neto, Odésio de Souza Medeiros, Paulo Antonio Gomes Cardim, Paulo Sérgio Machado Ribeiro, Pe. João Batista Lima, Suely Melo de Castro Menezes, Victor Maurício Nótrica

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EDIÇÃO 205 | ANO 18 | ABRIL | 2015Linha Direta

EDUCAÇÃO POR ESCRITO

LD

PELA INTEGRAÇÃO DA IBERO-AMÉRICAA Organização dos Estados Ibero-ame-ricanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) tem, pela primeira vez, um brasileiro como secretário-geral. Com longa experiência no setor edu-cacional, Paulo Speller chega para seu mandato de quatro anos prometendo prosseguir com o cumprimento das Metas Educativas 2021: a Educação Que Queremos para a Geração dos Bicente-nários. A matéria de capa da Linha Direta deste mês traz uma entrevista exclusiva com Speller, que, entre outros temas, falou também sobre a importância de se desenvolverem estratégias voltadas para a união das nações ibero-ameri-canas, bem como para a valorização da cultura de seus povos. A entrevista com o secretário-geral traça também um panorama do cenário educacional na região e aborda o Projeto Paulo Freire de Mobilidade Acadêmica para Estu-dantes de Programas Universitários de Formação de Professores, que visa a desenvolver o intercâmbio de profis-sionais da educação entre os países da Ibero-América. Essa edição traz ainda outras informações sobre esse Projeto no pilar Espaço Ibero-americano. Vale a pena conferir!

POR LA INTEGRACIÓN DE IBEROAMÉRICALa Organización de los Estados Iberoame-ricanos para la Educación, la Ciencia y la Cultura (OEI) tiene, por primera vez, un brasileño como secretario general. Con larga experiencia en el sector educacio-nal, Paulo Speller llega para su mandato de cuatro años prometiendo proseguir con el cumplimiento de las Metas Educa-tivas 2021: la Educación Que Queremos para la Generación de los Bicentenarios. La materia de tapa de Linha Direta de este mes trae una entrevista exclusiva con Speller, que, entre otros temas, habló también sobre la importancia de desa-rrollarse estrategias direccionadas para la unión de las naciones iberoamerica-nas, así como para la valorización de la cultura de sus pueblos. La entrevista con el secretario general establece también un panorama del escenario educacional en la región y aborda el Proyecto Paulo Freire de Movilidad Académica para Estudiantes de Programas Universitarios de Formación de Profesores, que busca desarrollar el intercambio de profesio-nales de la educación entre los países de Iberoamérica. Esta edición trae incluso otras informaciones sobre este Proyecto en el pilar Espacio Iberoamericano. ¡Vale la pena ver!

Marcelo Chucre,presidente da

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Equipe //EquipoLinha Direta

UM BRASILEIRO NO COMANDO

DA OEI

UN BRASILEÑO AL COMANDO

DE LA OEI

Novo secretário-geral da Organização, Paulo Speller, fala sobre os principais

desafios da educação ibero-americana nos próximos anos

Nuevo secretario general de la Organización, Paulo Speller, habla sobre

los principales desafíos para la educación iberoamericana en los próximos años

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Por primera vez, la Orga-nización de los Estados Iberoamericanos para la Educación, la Ciencia y la

Cultura (OEI) tiene como secretario general un brasileño. Minero de la ciudad de João Monlevade, Paulo Speller llega al cargo respaldado por una larga carrera dedicada a la edu-cación. Ex rector de la Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), co-laboró también para la implantación de la Universidade da Integração In-ternacional da Lusofonía Afro-Brasi-leira (Unilab), en el estado de Ceará. En 2013, Speller fue invitado por el entonces ministro de Educación de Brasil, Aloizio Mercadante, para asu-mir la función de secretario de Edu-cación Superior.

Pela primeira vez, a Organi-zação dos Estados Ibero--americanos para a Educa-ção, a Ciência e a Cultura

(OEI) tem como secretário-geral um brasileiro. Mineiro da cidade de João Monlevade, Paulo Speller chega ao cargo chancelado por uma lon-ga carreira dedicada à educação. Ex-reitor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), colabo-rou também para a implantação da Universidade da Integração Interna-cional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), no Ceará. Em 2013, Speller foi convidado pelo então ministro da Educação do Brasil, Aloizio Mer-cadante, a assumir a função de se-cretário de Educação Superior.

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¿Qué es lo que la OEI representa en el mundo de hoy?

La OEI es un organismo internacional de carácter gubernamental que, actualmente, posee diecinueve países como miembros en América Latina, además de dos países ibéri-cos, Portugal y España, y uno africano (Guiné Equatorial). Su sede está localizada en Madrid, en España, y posee diecisiete oficinas en paí-ses de América Latina, lo que permite una relación muy cercana con los ministerios de la educación, de la cultura y de la ciencia, tecnología e innovación de estas naciones. La Organización tiene una actuación muy fuerte en el campo de la educación, y la base del trabajo de la OEI son las Metas Educati-vas 2021: la Educación Que Queremos para la Generación de los Bicentenarios. Se trata de once Metas que fueron definidas en 2010 y que abarcan prácticamente todo el espec-tro educacional de estos países, yendo desde la educación infantil hasta el posgrado. Por medio de esta acción, la entidad se torna cada vez más conocida y presente en Iberoamé-rica, siendo también muy bien conceptuada.

O que a OEI representa no mundo hoje?

A OEI é um organismo internacional de caráter governamental que, atualmente, possui dezenove países como membros na América Latina, além de dois países ibé-ricos, Portugal e Espanha, e um africano (Guiné Equatorial). Sua sede fica em Madri, na Espanha, e possui dezessete escritórios em países da América Latina, o que permite uma relação muito próxima com os minis-térios da educação, da cultura e da ciência, tecnologia e inovação dessas nações. A Organização tem uma atuação muito forte no campo da educação, e a base do traba-lho da OEI são as Metas Educativas 2021: a Educação Que Queremos para a Geração dos Bicentenários. Trata-se de onze Metas que foram definidas em 2010 e que abar-cam praticamente todo o espectro educa-cional desses países, indo desde a educa-ção infantil até a pós-graduação. Por meio dessa ação, a entidade torna-se cada vez mais conhecida e presente na Ibero-Amé-rica, sendo também muito bem avaliada.

Agora, como secretário-geral da OEI, man-dato válido para os anos de 2015 a 2018, Paulo Speller tem como desafios principais dar prosseguimento ao projeto Metas Edu-cativas 2021: a Educação Que Queremos para a Geração dos Bicentenários, além de viabilizar políticas que incentivem a mobi-lidade acadêmica de estudantes, cientistas e profissionais da educação entre os países da Ibero-América. Em entrevista exclusiva à Linha Direta, Speller fala sobre a impor-tância do cumprimento das Metas para a melhora nos índices educacionais na região e traça um panorama do atual cená-rio educacional ibero-americano. Confira!

Ahora, como secretario general de la OEI, mandato válido para los años de 2015 a 2018, Paulo Speller tiene como desafíos principa-les dar proseguimiento al proyecto Metas Educativas 2021: la Educación Que Quere-mos para la Generación de los Bicentenarios, además de viabilizar políticas que incenti-ven la movilidad académica de estudiantes, científicos y profesionales de la educación entre los países de Iberoamérica. En entre-vista exclusiva a Linha Direta, Speller habla sobre la importancia del cumplimiento de las Metas para la mejoría en los índices edu-cacionales en la región y traza un panorama del actual escenario educacional iberoame-ricano. ¡Vea!

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Dar continuidade ao cumprimento das Metas Educativas 2021 será o maior desafio a ser enfrentado?

Entre todos os programas que a OEI realiza neste momento, um dos de maior envergadura é o projeto Metas Educativas 2021. É impor-tante ressaltar que os governos atuais na Ibero--América não deixaram de investir em educa-ção, que é uma verdadeira prioridade. Este é o resultado mais palpável das Metas: o empenho e o apoio dos governos ao projeto, alcançando assim avanços significativos. Quando assumi o cargo de secretário-geral da OEI, estabeleci como ação prioritária a aceleração da implan-tação desse projeto, que vem sendo construído e implementado progressivamente. O objetivo é finalizá-lo com êxito em 2021, ano em que se encerram as comemorações dos bicentenários de independência dos países latino-america-nos, ou seja, ano em que, na média, os países latino-americanos chegam aos 200 anos de sua independência. Também em 2010, foi instituído o Instituto de Avaliação e Acompanhamento das Metas Educativas 2021 (Iesme, na sigla em espanhol) e, observando os dados coletados pelos países, constata-se que evoluções estão acontecendo na educação ibero-americana.

¿Dar continuidad al cumplimiento de las Metas Educativas 2021 será el mayor desafío a ser enfrentado?

Entre todos los programas que a OEI realiza en este momento, uno de los de mayor enverga-dura es el proyecto Metas Educativas 2021. Es importante resaltar que los gobiernos actua-les en Iberoamérica no dejarán de invertir en educación, que es una verdadera prioridad. Este es el resultado más palpable de las Metas: el empeño y el apoyo de los gobiernos al proyecto, alcanzando así avances significativos. Cuando asumí el cargo de secretario general de la OEI, establecí como acción prioritaria la aceleración de la implantación de este proyecto, que viene siendo construido e implementado progresi-vamente. El objetivo es finalizarlo con éxito en 2021, año en que culminarán las conmemora-ciones de los bicentenarios de independencia de los países latinoamericanos, o sea, año en que, en promedio, los países latinoamericanos llegan a los 200 años de su independencia. También en el año de 2010, fue instituido el Instituto de Eva-luación y Seguimiento de las Metas Educativas 2021 (Iesme) y, observando los datos colectados por los países, se constata que evoluciones están aconteciendo en la educación iberoamericana.

Ex-reitor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Paulo Speller colaborou também para a implantação da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira. Em 2013, foi convidado a assumir a função de secretário de Educação Superior do Brasil. // Ex rector de la Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Paulo Speller colaboró también para la implantación de la Universidade da Integração Internacional da Lusofonía Afro-Brasileira. En 2013, fue invitado para asumir la función de secretario de Educación Superior de Brasil.

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Qual a importância da busca pela melhoria da educação básica e de melhores condições de trabalho para os docentes para o cumprimento das Metas?

Entre os desafios propostos pelas Metas 2021 há um que vai além das atividades de rotina. Trata-se da busca por programas e projetos que permitam caminhar até a concretização dos objetivos, abordando problemas como o analfabetismo, abandono escolar precoce, trabalho infantil, baixo desempenho dos alu-nos e baixa qualidade da oferta educacional pública. Em relação à melhoria nas condições de trabalho dos professores nos países latino--americanos, a oitava meta geral trata do tema do fortalecimento da profissão docente, apon-tando objetivos específicos, como “melhorar a formação inicial dos professores dos ensinos fundamental e médio” e “promover a forma-ção contínua e o desenvolvimento da carreira profissional docente”.

¿Cuál es la importancia de la búsqueda por la mejoría de la educación básica y de mejores condiciones de trabajo para los docentes para el cumplimiento de las Metas?

Entre los desafíos propuestos por las Metas 2021 hay uno que va más allá de las actividades de rutina. Se trata de la búsqueda por progra-mas y proyectos que permitan caminar hasta la concretización de los objetivos, abordando problemas como el analfabetismo, abandono escolar precoz, trabajo infantil, bajo desem-peño de los alumnos y baja calidad de la oferta educacional pública. En relación a la mejoría en las condiciones de trabajo de los profesores en los países latinoamericanos, la octava meta general trata del tema del fortalecimiento de la profesión docente, apuntando objetivos espe-cíficos como “mejorar la formación inicial de los profesores de la educación fundamental y media” y “promover la formación continua y el desarrollo de la carrera profesional docente”.

Situando cada país em seu contexto, em absolutamente todos são observados avanços significativos, fato este que gera grande otimismo em relação ao cumprimento dos objetivos marcados para o ano de 2021. // Situando cada país en su contexto, en absolutamente todos son observados avances significativos, hecho éste que genera gran optimismo en relación al cumplimiento de los objetivos marcados para el año de 2021.

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¿Brasil está acompañando este progreso?

Situando cada país en su contexto, en abso-lutamente todos son observados avances sig-nificativos, hecho éste que genera gran opti-mismo en relación al cumplimiento de los objetivos marcados para el año de 2021. Pero, a pesar de las grandes realizaciones en este campo en las últimas décadas, América Latina necesita de la construcción de políticas que respondan a las necesidades reales de la socie-dad y permitan que la educación avance aún más en calidad en los próximos años. Como todos los países, Brasil tiene un largo camino a recorrer; pero, debemos recordar que fue uno de los países que más progresó en los indica-dores desde el año 2000 y consiguió impor-tantes avances, siendo el principal el Plano Nacional de Educação (PNE).

O Brasil vem acompanhando esse progresso?

Situando cada país em seu contexto, em abso-lutamente todos são observados avanços sig-nificativos, fato este que gera grande otimismo em relação ao cumprimento dos objetivos marcados para o ano de 2021. Contudo, ape-sar das grandes realizações neste campo nas últimas décadas, a América Latina necessita da construção de políticas que respondam às necessidades reais da sociedade e permi-tam que a educação avance ainda mais em qualidade nos próximos anos. Como todos os países, o Brasil tem um longo caminho a per-correr; contudo, devemos lembrar que foi um dos países que mais progrediu nos indicado-res desde o ano 2000 e conseguiu importantes avanços, sendo o principal o Plano Nacional de Educação (PNE).

Em quais aspectos os países ibero--americanos têm apresentado melhoras no setor educacional nos últimos anos?

Em todos. Tanto no que se refere à cobertura, quanto no que tange à qualidade ou ao finan-ciamento da educação, que são os três fatores fundamentais a esse processo de melhoria. Nós evoluímos em ritmo lento em compara-ção com países mais desenvolvidos; porém, dentro das nossas possibilidades, vejo que esse avanço ocorre em um ritmo interessante, e o estabelecimento das Metas Educativas contri-buiu significativamente para isso.

¿En qué aspectos los países iberoamericanos han presentado mejoras en el sector educacional en los últimos años?

En todos. Tanto en lo que se refiere a la cober-tura, como en lo que atinge a la calidad o al financiamiento de la educación, que son los tres factores fundamentales a este proceso de mejoría. Nosotros evolucionamos a ritmo lento en comparación con países más desarro-llados; pero, dentro de nuestras posibilidades, veo que este avance ocurre a un ritmo intere-sante, y el establecimiento de las Metas Educa-tivas contribuyó significativamente para esto.

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E quanto a nós, brasileiros?

Nossa história foi um pouco diferente. Os por-tugueses nunca criaram uma universidade no Brasil, pois a estratégia era outra. Aqui, os filhos da elite é que iam estudar em Coimbra, Portugal. O Brasil sequer possui universidades centenárias. A USP, por exemplo, tem 80 anos. É uma diferença grande em relação aos outros países da América Latina.

¿Y en referencia a nosotros, brasileños?

Nuestra historia fue un poco diferente. Los por-tugueses nunca crearon una universidad en Brasil, pues la estrategia era otra. Aquí, los hijos de la elite es que iban a estudiar en Coímbra, Portugal. Brasil ni siquiera posee universidades centenarias. La USP, por ejemplo, tiene 80 años. É una diferencia grande en relación a los otros países de América Latina.

¿Usted piensa que todavía les falta una percepción de pertenencia a los pueblos iberoamericanos para que las políticas desarrolladas sean aún más exitosas?

Supongo que esta percepción falta más a los brasileños que a otros pueblos de Iberoamé-rica. De la Patagonia hasta México, esta con-ciencia existe, pues son pueblos que hablan el mismo idioma y que tienen una raíz cul-tural semejante. Ellos siempre tuvieron una relación muy fuerte de intercambio y, en Brasil, esto fue poco estimulado.

Hasta por las diferencias en las formas de colonización...

Sí. ¿Usted sabía que una de las primeras medi-das adoptadas por los españoles en la época de la colonización fue implantar, en 1538, universidades en la América española? Esto creó raíces y proporcionó, desde entonces, la construcción de nuevos conocimientos, lo que no aconteció en Brasil.

Você acredita que ainda falta um senso de pertencimento aos povos ibero-americanos para que as políticas desenvolvidas sejam ainda mais exitosas?

Acredito que esse senso falta mais ao brasileiro do que a outros povos da Ibero-América. Da Patagônia ao México, essa consciência existe, pois são povos que falam o mesmo idioma e que têm uma raiz cultural semelhante. Eles sempre tiveram uma relação muito forte de intercâmbio e, no Brasil, isso foi pouco estimulado.

Até pelas diferenças nas formas de colonização...

Sim. Você sabia que uma das primeiras medi-das adotadas pelos espanhóis na época da colonização foi implantar, em 1538, universi-dades na América espanhola? Isso criou raízes e proporcionou, desde então, a construção de novos conhecimentos, o que não aconteceu no Brasil.

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Para as aspirações da OEI, qual a importância de tanto a língua portuguesa quanto a espanhola se popularizarem nos países em que esses idiomas não são habitualmente falados?

Fato é que a língua portuguesa precisa se afir-mar. Hoje, ela é a quarta mais falada no mundo e, se unida ao espanhol, atinge uma parcela significativa da população mundial, seja nas nações que adotam oficialmente esses idio-mas, seja nas comunidades espalhadas ao redor do mundo. Inclusive, estuda-se a possi-bilidade de se adotar o termo iberofonia, para que seja gerado um senso de pertencimento mútuo nos países que compõem a Ibero-Amé-rica, e a OEI tem um papel importante nesse trabalho. Precisamos divulgar mais esses idio-mas e vamos, inclusive, lançar um programa ainda este ano para o aprendizado das duas línguas, seja do espanhol por parte daqueles que falam português, seja do português para aquelas comunidades que têm o espanhol como língua oficial.

Para las aspiraciones de la OEI, ¿cuál es la importancia de que tanto la lengua portuguesa como la española se popularicen en los países en que estos idiomas no son habitualmente hablados?

Un hecho evidente es que la lengua portu-guesa precisa afirmarse. Hoy, ella es la cuarta más hablada en el mundo y, si unida al español, alcanza una cuota significativa de la población mundial, sea en las naciones que adoptan ofi-cialmente estos idiomas, sea en las comuni-dades repartidas al rededor del mundo. Inclu-sive, se estudia la posibilidad de adoptarse el término iberofonía, para que sea generado un referencial de pertenencia mutua en los países que componen Iberoamérica, y la OEI tiene un papel importante en este trabajo. Precisamos divulgar más estos idiomas y vamos, inclusive, a lanzar un programa todavía este año para el aprendizaje de las dos lenguas, sea del español por parte de aquellos que hablan portugués, sea del portugués para aquellas comunidades que tienen el español como lengua oficial.

... estuda-se a possibilidade de se adotar o termo iberofonia, para que seja gerado um senso de pertencimento mútuo nos países que compõem a Ibero-América, e a OEI tem um papel importante nesse trabalho. // … se estudia la posibilidad de adoptarse el término iberofonía, para que sea generado un referencial de pertenencia mutua en los países que componen Iberoamérica, y la OEI tiene un papel importante en este trabajo.

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Ter sido reitor da Universidade Federal de Mato Grosso e secretário de Educação Superior do MEC faz com que traçar estratégias para o desenvolvimento desse setor nos países ibero--americanos seja uma meta pessoal?

Encontro-me diante de uma agenda já esta-belecida. A OEI possui uma multiplicidade de demandas e, atualmente, em cada escri-tório, temos uma equipe coordenando ações em contínuo diálogo com os ministérios da Educação e com a sociedade civil. Alguns dos meus objetivos específicos à frente da OEI são abrir um novo debate sobre o desenvol-vimento e a atualização do projeto das Metas Educativas 2021. Essa estratégia possui a fina-lidade de renovar o compromisso dos gover-nos e da sociedade ibero-americana com os objetivos traçados, para que os países possam estabelecer suas principais demandas edu-cacionais. Além disso, uma prioridade será o fortalecimento de dois eixos de cooperação: a União Europeia e os países africanos e asiáti-cos de fala lusófona.

¿Haber sido rector de la Universidade Federal de Mato Grosso y secretario de Educación Superior del MEC hace con que trazar estrategias para el desarrollo de este sector en los países iberoamericanos sea una meta personal?

Me encuentro frente a una agenda ya esta-blecida. La OEI posee una multiplicidad de demandas y, actualmente, en cada oficina, tenemos un equipo coordinando acciones en continuo diálogo con los ministerios de la Educación y con la sociedad civil. Algunos de mis objetivos específicos a frente de la OEI son abrir un nuevo debate sobre el desarrollo y la actualización del proyecto de las Metas Educa-tivas 2021. Esta estrategia posee la finalidad de renovar el compromiso de los gobiernos y de la sociedad iberoamericana con los objetivos trazados, para que los países puedan estable-cer sus principales demandas educacionales. Además de esto, una prioridad será el fortale-cimiento de dos ejes de cooperación: la Unión Europea y los países africanos y asiáticos de habla portuguesa.

Estamos em um momento--chave, no qual a presença africana e asiática coloca a OEI em um novo patamar... // Estamos en un momento clave, en el cual la presencia africana y asiática coloca a la OEI en un nuevo nivel…

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Qual o ganho contido na aproximação com os países lusófonos da África e Ásia para o desenvolvimento das políticas educacionais nos países componentes da OEI?

Esses países são, agora, membros associados. São observadores ativos das ações desenvolvi-das pela OEI. Estamos preparando um projeto que será lançado em junho, em Madri, com a presença da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em que será assinado um convênio com essas nações. O acordo abarca seis países africanos, além do Timor Leste. O desafio é grande, pois esses países são inde-pendentes há menos de 40 anos e, atualmente, necessitam do desenvolvimento das políti-cas que nos competem de uma forma mais intensa do que o que se verifica hoje na Amé-rica Latina. Por isso, o esforço também deve ser maior. Estamos em um momento-chave, no qual a presença africana e asiática coloca a OEI em um novo patamar: a OEI, sendo uma instituição ibero-americana desde a sua fun-dação, está se tornando neste momento uma organização global. Assim, a iberofonia pode se expandir e se tornar afroiberofonia. A OEI está crescendo, porque os países querem se conhecer e intercambiar ideias.

¿Cuál es la ventaja contenida en la aproximación con los países de habla portuguesa de África y Asia para el desarrollo de las políticas educacionales en los países componentes de la OEI?

Estos países son, ahora, miembros asociados. Son observadores activos de las acciones desa-rrolladas por la OEI. Estamos preparando un proyecto que será lanzado en junio, en Madrid, con la presencia de la Comunidad de los Paí-ses de Lengua Portuguesa (CPLP), en que será firmado un convenio con estas naciones. El acuerdo abarca seis países africanos, además de Timor Leste. El desafío es grande, pues estos países son independientes hace menos de 40 años y, actualmente, necesitan del desarrollo de las políticas que nos competen de una forma más intensa de lo que se verifica hoy en Amé-rica Latina. Por esto, el esfuerzo también debe ser mayor. Estamos en un momento clave, en el cual la presencia africana y asiática coloca a la OEI en un nuevo nivel: la OEI, siendo una institución iberoamericana desde a su fun-dación, está tornándose en este momento en una organización global. Así, la iberofonía puede expandirse y tornarse afroiberofonía. La OEI está crescendo, porque los países quieren conocerse e intercambiar ideas.

A mobilidade de estudantes, cientistas e profissionais da educação entre os países da Ibero-América precisa ser mais estimulada?

O fluxo de pessoas, tecnologia e conheci-mentos, bem como a integração econômica e cultural requerem a instrumentação de mecanismos de cooperação universitária para potencializar a qualidade da educação supe-rior. A mobilidade estudantil permite melhorar substancialmente a formação integral dos alu-nos, ao incorporar uma visão cultural e técnica em seus estudos e enriquecer o processo de ensino-aprendizagem. Nesse sentido, um dos grandes programas da OEI no momento é o Projeto Paulo Freire de Mobilidade Acadêmica para Estudantes de Programas Universitários de Formação de Professores [ver mais sobre o Projeto nas páginas 34 a 39 dessa edição]. A iniciativa pretende tornar-se um dos princi-pais instrumentos da cooperação ibero-ame-ricana para consolidar um sistema estável de mobilidade acadêmica na região. Sua ativi-dade principal, para os próximos anos, estará centrada nos estudantes de graduação e pós--graduação que cursem programas voltados à profissão docente.

¿La movilidad de estudiantes, científicos y profesionales de la educación entre los países de Iberoamérica precisa ser más estimulada?

El flujo de personas, tecnología y conocimien-tos, así como la integración económica y cul-tural requieren la instrumentación de meca-nismos de cooperación universitaria para potencializar la calidad de la educación supe-rior. La movilidad estudiantil permite mejorar substancialmente la formación integral de los alumnos, al incorporar una visión cultural y técnica en sus estudios y enriquecer el pro-ceso de enseñanza/aprendizaje. En este sen-tido, uno de los grandes programas de la OEI en este momento es el Proyecto Paulo Freire de Movilidad Académica para Estudiantes de Programas Universitarios de Formación de Profesores [ver más sobre el Proyecto en las páginas 34 a 39 de esta edición]. La iniciativa pretende tornarse en uno de los principales instrumentos de la cooperación iberoame-ricana para consolidar un sistema estable de movilidad académica en la región. Su activi-dad principal, para los próximos años, estará centrada en los estudiantes de graduación y posgrado que cursen programas dirigidos a la profesión docente.

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Os professores são os profis-sionais responsáveis por for-mar pessoas capacitadas para exercer todos os outros ofí-

cios. Cientes da importância do papel do docente no processo da melhoria da qualidade educacional, durante a XXIV Conferência Ibero-americana de Ministros de Educação, que ocorreu no México, em agosto de 2014, foi aprovado o Projeto Paulo Freire de Mobilidade Aca-dêmica para Estudantes de Programas Universitários de Formação de Professo-res. O objetivo da iniciativa é empoderar estudantes de graduação e pós-gradua-ção focados na profissão docente.

O documento oficial do Projeto, divulgado pela Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), afirma que investir no processo de

formação “é um fator importante de desenvolvimento pessoal e social. Isso é mais evidente quando a for-mação recai sobre os futuros docen-tes, toda vez que se beneficia dire-tamente a dezenas de gerações de crianças que passarão por suas salas de aula”.

Para viabilizar a concretização de seus objetivos, o Projeto Paulo Freire se inspira em experiências de outros programas e iniciativas de mobili-dade acadêmica já realizadas, como o Programa Pablo Neruda e o Pro-grama de Intercâmbio e Mobilidade Acadêmica (Pima). Será buscada uma articulação permanente dessas ações com o Projeto Paulo Freire. Após um período de implementação estável, no qual serão compartilhados inclu-sive os órgãos de tomada de decisão

PROJETO PAULO FREIRE

PROYECTO PAULO FREIRE

Iniciativa visa a estimular a mobilidade acadêmica de estudantes de graduação e pós-graduação que futuramente se dedicarão à carreira docente

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os profesores son los profesionales responsables por formar personas capacitadas para ejercer todos los otros oficios. Conscientes de la

importancia del papel del docente en el proceso de la mejoría de la calidad edu-cacional, durante la XXIV Conferencia Iberoamericana de Ministros de Educa-ción, que ocurrió en México, en agosto de 2014, fue aprobado el Proyecto Paulo Freire de Movilidad Académica para Estudiantes de Programas Universitarios de Formación de Profesores. El objetivo de la iniciativa es empoderar estudiantes de graduación y posgrado objetivados en la profesión docente.

El documento oficial del Proyecto, divul-gado por la Organización de los Estados Iberoamericanos para la Educación, la Ciencia y la Cultura (OEI), afirma que invertir en el proceso de formación “es un

PROYECTO PAULO FREIRE

La iniciativa busca estimular la movilidad académica de estudiantes de graduación y de posgrado que futuramente se dedicarán a la carrera docente

factor importante de desarrollo personal y social. Esto es más evidente cuando la for-mación recae sobre los futuros docentes, toda vez que se beneficia directamente a decenas de generaciones de niños que pasarán por sus salas de estudio”.

Para viabilizar la concretización de sus objetivos, el Proyecto Paulo Freire se ins-pira en experiencias de otros programas e iniciativas de movilidad académica ya realizadas, como el Programa Pablo Neruda y el Programa de Intercambio y Movilidad Académica (Pima). Será buscada una articulación permanente de estas acciones con el Proyeto Paulo Freire. Después de un período de imple-mentación estable, en donde serán com-partidos inclusive los órganos de tomada de decisión en los respectivos ministe-rios, durante 2016-2017 será estudiada la fusión de todas estas iniciativas e de

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nos respectivos ministérios, durante 2016-2017 será estudada a fusão de todas essas iniciativas e de outras de âmbito bilateral ou sub-regional, na esfera do Sistema Ibero-americano de Mobilidade de Estudantes e Professo-res (Projeto Paulo Freire +). Também serviram de inspiração o Programa Erasmus (European Action Scheme for the Mobility of University Students) da União Europeia e experiências e práti-cas realizadas no Mercosul.

Em sintonia com a necessidade de se estimular a formação de novos conhecimentos e habilidades nos futuros docentes, o documento ofi-cial do Projeto Paulo Freire informa que “a mobilidade acadêmica de gra-duação e pós-graduação é uma das ações mais efetivas e visíveis que, em termos de cooperação técnica e educativa, pode se realizar no âmbito ibero-americano”.

O PROJETO

Trata-se de uma ação de mobilidade acadêmica de estudantes de gradua-ção e pós-graduação em escolas, faculdades, centros e programas de formação de professores. Por-tanto, tem como foco alunos que futuramente se dedicarão à carreira docente, seja na educação infantil, seja na fundamental, média, especial ou técnico-profissional. A fase-pi-loto do Projeto será implantada ainda este ano, e cerca de mil estudantes deverão ser contemplados pela ini-ciativa. Os idiomas de trabalho são o espanhol e o português. Todos os documentos oficiais do Projeto Paulo Freire serão apresentados em ambas as línguas.

Segundo o documento oficial do Projeto, o Ministério da Educação do Brasil e a Secretaria de Educa-ção Pública do México, proponen-tes da iniciativa, contribuirão com aportes financeiros junto à agên-cia espanhola Aecid, voltada para a cooperação internacional para o desenvolvimento. Outras fontes de

financiamento são os ministérios dos países participantes e o Fundo de Apoio Solidário da OEI. Ademais, a gestão dos recursos econômicos e a aproximação entre as diversas ins-tituições públicas e privadas permi-tirão ampliar a abrangência da ação. Os países participantes deverão defi-nir também os programas formativos e curriculares para alunos de gradu-ação ou pós-graduação em educação infantil, ensino fundamental, médio, especial ou técnico-profissional, em torno dos quais serão organizadas as mobilidades dos alunos.

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otras de ámbito bilateral o subregional, en la esfera del Sistema Iberoamericano de Movilidad de Estudiantes y Profeso-res (Proyecto Paulo Freire +). También sirvieron de inspiración el Programa Erasmus (European Action Scheme for the Mobility of University Students) de la Unión Europea y experiencias y prácti-cas realizadas en el Mercosur.

En sintonía con la necesidad de estimu-lar la formación de nuevos conocimien-tos y habilidades en los futuros docentes, el documento oficial del Proyecto Paulo Freire informa que “la movilidad acadé-mica de graduación y posgrado es una de las acciones más solventes y visibles que, en términos de cooperación téc-nica y educativa, puede realizarse en el ámbito iberoamericano”.

EL PROYECTO

Se trata de una acción de movilidad aca-démica de estudiantes de graduación y posgrado en escuelas, facultades, cen-tros y programas de formación de profe-sores. Por lo tanto, tiene como objetivo a alumnos que futuramente se dedicarán a la carrera docente, sea en la educación infantil, sea en la fundamental, media, especial o técnica-profesional. La fase piloto del Proyecto será implantada aún este año, y cerca de mil estudiantes debe-rán ser contemplados por la iniciativa. Los idiomas de trabajo son el español y el portugués. Todos los documentos oficiales del Proyecto Paulo Freire serán presentados en ambas lenguas.

Según el documento oficial del Proyecto, el Ministerio de la Educación de Brasil y la Secretaría de Educación Pública de México, proponentes de la iniciativa, contribuirán con aportes financieros junto a la agencia española Aecid, enfo-cada para la cooperación internacio-nal para el desarrollo. Otras fuentes de financiamiento son los ministerios de los países participantes y el Fondo de Apoyo Solidario de la OEI. Además, la gestión de los recursos económicos y la aproximación entre las diversas institu-ciones públicas y privadas permitirán ampliar el campo de la acción. Los países

participantes deberán definir también los programas formativos y curriculares para alumnos de graduación o posgrado en educación infantil, enseñanza funda-mental, media, especial o técnico-profe-sional, en torno de los cuales serán orga-nizadas las movilidades de los alumnos.

El documento destaca inclusive que, para alcanzar las expectativas, será necesario “promover el entendimiento entre los gobiernos iberoamericanos, institucio-nes de educación superior y sistemas de formación de profesores en la región, y desarrollar acuerdos que faciliten la certificación académica y garanticen el reconocimiento de materias, créditos o unidades de aprendizaje cursadas por los alumnos como consecuencia de las bolsas de movilidad”. A pesar de que la movilidad patrón corresponda a un cua-trimestre (semestre académico), el docu-mento oficial establece que esta duración deberá ser flexible en función del tipo concreto de estudios a ser realizados. Está prevista, aun, la posibilidad de habilitar la denominada “movilidad cero”, que per-mite a un estudiante seleccionado por su universidad a realizar una movilidad con sus propios recursos o con recursos de su universidad de origen, quedando exento de efectuar pagamentos de cualquier cantidad a título de tasas, testes u otros en el centro de destino.

“... a mobilidade acadêmica de graduação e pós-graduação é uma das ações mais efetivas e visíveis que (...) pode se realizar

no âmbito ibero-americano”. // “… la movilidad académica

de graduación y posgrado es una de las acciones más solventes y visibles que (…)

puede realizarse en el ámbito iberoamericano”.

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O documento destaca ainda que, para atingir as expectativas, será necessá-rio “promover o entendimento entre os governos ibero-americanos, institui-ções de educação superior e sistemas de formação de professores na região, e desenvolver acordos que facilitem a certificação acadêmica e garantam o reconhecimento de disciplinas, créditos ou unidades de aprendizagem cursadas pelos alunos como resultantes das bol-sas de mobilidade”. Embora a mobilidade padrão corresponda a um quadrimestre (semestre acadêmico), o documento ofi-cial dá conta de que essa duração deverá ser flexível em função do tipo concreto de estudos a serem realizados. Está pre-vista, ainda, a possibilidade de habilitar a denominada “mobilidade zero”, que per-mite a um estudante selecionado por sua universidade realizar uma mobilidade com seus próprios recursos ou de sua universidade de origem, ficando isento de efetuar pagamento de qualquer quan-tia a título de taxas, testes ou outros no centro de destino.

ETAPAS

O Projeto Paulo Freire é constituído por ações desenvolvidas em etapas distin-tas. A primeira delas tem como foco a mobilidade acadêmica de estudantes de cursos de formação de professores. Já em sua segunda, terceira e quarta fases, o Projeto buscará favorecer, res-pectivamente, intercâmbios curtos de professores e responsáveis por for-mação entre os países-membros da OEI; a articulação permanente com outras redes acadêmicas que operam no espaço ibero-americano; e a mobi-lidade de diretores e gestores de insti-tuições de formação de professores. A quinta etapa de desenvolvimento do Projeto consiste no estabelecimento de linhas de colaboração com as institui-ções de formação de professores para o fortalecimento das capacidades institu-cionais e profissionais desses centros e para a promoção de projetos concretos de melhoria acadêmica e institucional. Por fim, a sexta etapa do Projeto prevê a constituição de alianças estratégicas no âmbito da formação docente.

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Os países que aderirem ao Projeto Paulo Freire deverão nomear um ponto focal nacional do programa que ficará respon-sável por comunicar que universidades participarão do Projeto e que tipos de estudos elas ofertarão para a mobilidade dos estudantes de outros países. Os pon-tos focais irão compor, junto a eventuais organismos ou instituições colaborado-ras, o Comitê Intergovernamental, órgão máximo de governo e gestão política do Projeto Paulo Freire, que irá se reunir uma vez por ano e será coordenado por uma unidade técnica da OEI. Essa unidade será a instância que irá acompanhar e avaliar todos os processos e etapas do Projeto para garantir a efetividade da ação. A ini-ciativa contará ainda com a criação de um Conselho Assessor, que, segundo o documento oficial do Projeto, será “inte-grado por personalidades do mundo aca-dêmico, científico e cultural”. Esse Con-selho estará incumbido das orientações acadêmicas necessárias, da promoção da visibilidade do projeto em âmbitos nacio-nal e internacional e do incentivo à sua divulgação e desenvolvimento.

*Síntese do Projeto Paulo Freire de Mobili-dade Acadêmica para Estudantes de Pro-gramas Universitários de Formação de Professores

A fase-piloto do Projeto será implantada ainda este ano, e cerca de mil estudantes

deverão ser contemplados… // La fase piloto del Proyecto

será implantada aún este año, y cerca de mil estudiantes

deberán ser contemplados…

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ETAPAS

El Proyecto Paulo Freire es constituido por acciones desarrolladas en eta-pas distintas. La primera de ellas tiene como objetivo la movilidad académica de estudiantes de cursos de formación de profesores. Ya en su segunda, tercera y cuarta fases, el Proyecto buscará favo-recer, respectivamente, intercambios cortos de profesores y responsables por formación entre los países-miembros de la OEI; la articulación permanente con otras redes académicas que ope-ran en el espacio iberoamericano; y la movilidad de directores y gestores de instituciones de formación de profe-sores. La quinta etapa de desarrollo del Proyecto consiste en el establecimiento de líneas de colaboración con las ins-tituciones de formación de profesores para el fortalecimiento de las capaci-dades institucionales y profesionales de estos centros y para la promoción de proyectos concretos de mejoría aca-démica e institucional. Finalmente, la sexta etapa del Proyecto prevé la cons-titución de alianzas estratégicas en el ámbito de la formación docente.

ESTRUCTURA ORGANIZACIONAL

Los países que se adhieran al Pro-yecto Paulo Freire deberán nominar un punto focal nacional del programa que quedará responsable por comu-nicar que universidades participarán del Proyecto y qué tipos de estudios ellas ofertarán para la movilidad de los estudiantes de otros países. Los puntos focales irán a componer, junto a even-tuales organismos o instituciones cola-boradoras, el Comité Interguberna-mental, órgano supremo de gobierno y gestión política del Proyecto Paulo Freire, que irá a reunirse una vez por año y será coordinado por una unidad técnica de la OEI. Esta unidad será la instancia que irá acompañar y evaluar a todos los procesos y etapas del Pro-yecto para garantizar la efectividad de la acción. La iniciativa contará incluso con la creación de un Consejo Asesor, que, según el documento oficial del

Proyecto, será “integrado por perso-nalidades del mundo académico, cien-tífico y cultural”. Este Consejo estará incumbido de las orientaciones acadé-micas necesarias, de la promoción de la visibilidad del proyecto en los ámbitos nacional e internacional y del incen-tivo para su divulgación y desarrollo.

*Síntesis del Proyecto Paulo Freire de Movilidad Académica para Estudiantes de Programas Universitarios de Formación de Profesores

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César SouzaPresidente do Grupo Empreenda, consultor, palestrante e escritor. Ministrará a palestra O papel das lideranças para o êxito das instituições de ensino superior no VIII CBESP

Vivemos um verdadeiro apa-gão da liderança em empre-sas, escolas, famílias, comu-nidades, mundo político... Por

toda parte, percebemos a escassez de líderes. Basta olhar ao redor ou ler os jornais para nos surpreendermos com exemplos de peripécias de líde-res oportunistas, tanto no Brasil como em vários outros países. Nas empre-sas, sabemos que ainda predominam mais chefes do que líderes. Ficamos surpresos ao tomar conhecimento de verdadeiras fortunas que são gastas para formar gerentes mais eficientes, mas que não conseguem formar líde-res eficazes. Muitos empreendimen-tos potencialmente vitoriosos sucum-bem ante a constatação de que “a ideia é boa, mas infelizmente não temos quem possa liderar esse projeto”.

A maioria dos profissionais queixa-se de que não consegue o tão sonhado equilíbrio entre as diversas dimensões das suas vidas – profissional, fami-

liar, pessoal, espiritual, financeira, de saúde e cidadania. E, assim, o nível de angústia crescente e o grau de des-preparo dos líderes ficam ainda mais nítidos, mas tanto as oportunidades quanto as dificuldades devem ser sem-pre enfrentadas com soluções inova-doras, com uma nova forma de olhar e perceber a realidade.

Não se trata apenas de melhorar o que existe, e sim de reinventar o pen-samento e a ação. O conceito de lide-rança, tal qual conhecemos hoje, está com os dias contados. Os velhos e surrados atributos do que era conside-rado um líder eficaz foram concebidos para uma realidade que já não existe mais. É dentro dessa nova moldura que ouso propor que, se desejamos construir empresas mais saudáveis, famílias mais felizes, relacionamentos mais duradouros e comunidades mais solidárias, precisamos mudar a nossa forma de pensar sobre a liderança e sobre a nossa forma de exercê-la.

As cinco forças do LÍDER

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Inspirado pela convivência com alguns líderes excepcionais e com base na minha própria prática de quase três décadas como executivo e consultor, concebo e coordeno programas de desenvolvimento de líderes, em que busco desenvolver líderes com cinco características, que costumo chamar de as cinco forças do líder. São elas:

• Oferece uma causa – O verdadeiro líder oferece às pessoas aquilo que mais desejam: uma bandeira, uma razão para suas vidas. Acredita que as pessoas estão dispostas a ofere-cer o melhor de si e até mesmo a fazer sacrifícios, desde que conhe-çam a causa, o porquê, a razão de ser do seu cotidiano. Cria um ambiente de motivação profunda ao deixar claro o significado que transcende a tarefa, o trabalho dos que o cer-cam. Estimula as pessoas a sentir que fazem parte de algo nobre, que extrapola a simples troca do traba-lho por remuneração.

• Forma outros líderes – O líder não é mais aquele que tem atrás de si um grupo de pessoas que seguem fielmente o rumo traçado, mas sim aquele que tem em torno de si pes-soas capazes de exercer a liderança. Ele cria mecanismos, atitudes e posturas que estimulam o desen-volvimento do líder que existe den-tro de cada um com quem convive.

• Lidera 360 graus – O líder não influencia somente quem está do “lado de dentro” da empresa. Exerce

a liderança também fora, para cima e para os lados. Sabe que precisa exercer a liderança perante clientes, parceiros e comunidades. Cuida de perto dos canais de distribuição de seus produtos e serviços. Significa também influenciar seus próprios líderes ou os acionistas.

• Surpreende pelos resultados – O verdadeiro líder é aquele que faz mais do que o combinado, surpre-endendo pelos resultados incomuns que obtém de pessoas comuns. Em vez de simplesmente dar ordens e cobrar rendimento, incentiva cada um a fazer o seu melhor, porque dá o melhor de si. Não espera aconte-cer. Cria as oportunidades. Garante o presente enquanto constrói o futuro.

• Inspira pelos valores – Inspirar pelos valores é a “cola” que une as outras forças do líder. Constrói um mapa de atitudes em torno de valo-res que são explicitados, dissemina-dos e praticados. Cria um clima de ética, integridade, confiança, res-peito, transparência, aprendizado contínuo, inovação, paixão, humil-dade. Educa pelo exemplo. Fala aos olhos, não apenas aos ouvidos. E o mais importante: lidera a si mesmo, antes de pretender liderar os outros.

E você? Quais desses pontos você já pratica? Quais os que você precisa pra-ticar mais?

www.grupoempreenda.com.br

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Sólon Hormidas CaldasDiretor executivo da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES)

PMIES – o que pesa mais no fiel da balança?

O ensino superior brasileiro passou por grandes mudan-ças nas últimas décadas com a abertura de novas institui-

ções, a oferta de cursos em diferentes modalidades e o ingresso de um con-tingente da população que até então estava excluído das universidades e faculdades. A expansão provocada majoritariamente pelo setor privado foi marcada, sobretudo, pela presença de Pequenas e Médias Instituições de Ensino Superior (PMIES), com até 3 mil alunos matriculados nos cursos de gra-duação presenciais. Segundo o Censo da Educação Superior, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesqui-sas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), as PMIES representam 63% do total de instituições no Brasil e 67% do total das instituições privadas.

Pesquisas comprovam que a contri-buição das PMIES se faz expressiva na formação de pessoal de nível superior – especialmente para o contingente de alunos que não pode frequentar as escolas dos grandes centros –, no emprego de professores e auxiliares de administração escolar e na qualifi-cação da mão de obra para atender às demandas locais e regionais, especial-mente nas regiões interioranas do País.

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de vagas, desligamento de programas de apoio financeiro ao aluno, arqui-vamento de processos de cursos em tramitação, fechamento de cursos. No segundo, são atingidas em cheio pela concorrência dos cursos presenciais e a distância que são oferecidos pelas grandes instituições. Em decorrên-cia desses fatores, houve entre 2008 e 2014 grande queda na taxa de matrícu-las; deterioração da saúde financeira; aumento da inadimplência e da eva-são; dificuldades na captação de alu-nos, entre outros fatores.

Identificados os principais problemas, e com base na tendência de consoli-dação do sistema federal de ensino, é chegada a hora de traçar e propor estra-tégias para que essas instituições con-sigam agregar maior competitividade a seus processos, visando a garantir a sua permanência no sistema.

Para ter sucesso nessa empreitada, é essencial a união de todos os seto-res envolvidos no processo, entre os quais o governo federal, o Ministério da Educação, as entidades representa-tivas do setor e os governos estaduais e municipais.

www.abmes.org.br

Os estudos também demonstram o importante impacto gerado pela pre-sença das PMIES na economia local e regional, tendo como base quatro variáveis que indicam desenvolvi-mento econômico e social: Produto Interno Bruto (PIB), Índice de Desen-volvimento Humano (IDH), renda per capita e percentual de ocupados com ensino superior completo (na faixa de 18 anos ou mais), independentemente do número de habitantes.

Mesmo considerando os benefícios tra-zidos pelas PMIES para as regiões onde se situam, pesam de forma significativa no “fiel da balança” os inúmeros pro-blemas enfrentados pelas instituições que, pela sua natureza e complexidade, estão a exigir um olhar atento tanto do setor privado quanto dos órgãos gover-namentais. Esse é um grande desafio.

QUAL É A NATUREZA DESSES PROBLEMAS?

As PMIES estão emparedadas entre dois obstáculos difíceis de enfren-tar: o rigor das normas de avaliação do Ministério da Educação (MEC) e a concorrência com instituições de maior porte. No primeiro caso, as ins-tituições são penalizadas com corte

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Princípios civilizatórios

na educação do Extremo

Oriente

Os estudantes seguem em fila da sala de aula para o pátio. São crianças de 5 ou 6 anos, em uniformes que, no Brasil, consideraríamos antiqua-

dos. Uma cena típica de países do Extremo Oriente, que, além de oferecer representa-ções do que seria uma escola “ideal”, também têm grande sucesso nos índices educacionais internacionais.

O Japão e a Coreia do Sul ocupam respecti-vamente a segunda e a quarta colocações na edição de 2014 do Panorama da Educação da Organização para a Cooperação e Desen-volvimento Econômico (OCDE). E, no mais recente ranking do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), que traz o desempenho dos alunos em leitura, matemá-tica e ciências, as seis primeiras posições são ocupadas por países ou cidades da Ásia: Cin-gapura, Coreia do Sul, Japão, China (Macau, Hong Kong e Xangai) e Taiwan/Taipé. No Panorama da Educação da OCDE, o Brasil ocupa a 35ª posição entre 36 países avaliados; no Pisa, chegamos à posição 38, entre 44 paí-ses avaliados.

As políticas educacionais adotadas por esses países no pós-guerra (exceção feita à China, que assumiu esse padrão recentemente) explicam o sucesso. Investimentos em infra-

Rodrigo Wolff Apolloni Doutor em Sociologia e assessor daEditora Opet

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estrutura e insumos, valorização dos professores e rigor nas avaliações trou-xeram excelentes resultados e geraram um ambiente sustentável.

É possível, porém, buscar fatores mais profundos, civilizatórios, que influen-ciam o olhar das potências educacio-nais asiáticas sobre suas escolas. Em relação ao dado “civilizatório”, adota-mos a perspectiva do sociólogo Nor-bert Elias, para quem o processo da civilização se dá a partir da internali-zação de sanções dadas pelo grupo.

Na Ásia, o motor civilizatório dos últi-mos 25 séculos atende pelo nome de confucionismo, doutrina associada à vivência comunitária e ao respeito à hierarquia. O confucionismo parte de princípios-chave. O primeiro é o das chamadas cinco relações, que estabelece um sistema de sociabili-dade pautado no compromisso entre pais e filhos, governantes e governa-dos, maridos e esposas, irmãos mais velhos e mais novos e entre amigos. O professor seria identificado com o “pai” e o “governante”. Nesse sistema, idealmente, as partes possuem poder equivalente: cabe ao professor lide-rar, e essa liderança tem como base o respeito aos estudantes. Estes, por sua vez, oferecem seu melhor, demons-trando seu respeito ao docente, aos pais e à sociedade.

As cinco relações são possíveis a partir de outros três princípios: o primeiro é o do Jen, ou Ren. O termo, traduzível como benevolência, ou como huma-nidade, parte de um desejo inter-nalizado de fazer o bem – o que, em termos ideais, produz senso de alteri-dade, paciência e retidão. O segundo é Li, que expressa a necessidade de se agir corretamente em termos rituais e de cortesia. É a vivência de Li, em princípio, que garante a harmonia percebida nas escolas do Extremo Oriente – nelas, cada indivíduo ocupa um lugar preciso e age de acordo com sua posição. É Li, também, que favo-rece os laços dos estudantes com o ambiente escolar.

O terceiro princípio é Yi, “correção” ou “senso de justiça”. Ele garante a equi-dade no tratamento dos alunos pelos professores e o bom relacionamento entre estudantes mais velhos e mais novos. Um processo facilitado por prá-ticas como a apresentação das salas de aula, pelas crianças mais velhas, às que estão chegando à educação infan-til. Esse sistema não é isento de tensão. Ele implica alto grau de pressão em relação a resultados e de bullying em relação aos indivíduos “desviantes”. Um exemplo dessa pressão é perce-bido em um ditado chinês que diz que “o prego com a cabeça mais alta é mar-telado primeiro”. Excesso de virtude, enfim, compromete a própria virtude.

Feitas essas considerações, podemos questionar nosso próprio processo civilizatório. Valores cristãos, indivi-dualistas, entrópicos, cordiais e irreve-rentes podem participar da construção de uma boa escola? Sem dúvida: não podemos, aliás, negar quem somos. A melhoria, porém, poderia passar por uma fusão desses valores com valo-res que vêm de fora. Poderíamos ter escolas mais formais, mais comuni-tárias, sem perder os valores positi-vos de nossa civilização. Da mesma forma, aliás, as escolas do outro lado do mundo poderiam incorporar valo-res que reduzissem a pressão sobre os indivíduos – um pouco, enfim, de nossa própria despreocupação. Em tempos de intensa conectividade, tais trocas são possíveis.

www.opet.com.br

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Lucieudo FerreiraMembro da diretoriado Sinepe/CE. Graduado em Pedagogia com especialização em Administraçãoda Educação

Educação inclusiva

Quando falamos em educação inclusiva, automa-ticamente surge a ideia de que, com o novo pool de leis sobre inclusão, as instituições regulares de ensino, públicas e privadas, são obrigadas a rece-

ber os estudantes, quaisquer que sejam suas necessidades, transtornos e deficiências. A sociedade convive com pes-soas portadoras das mais diferentes e complexas deficiên-cias neurológicas, psicológicas, psiquiátricas, físicas e fisio-lógicas, e encontrou um caminho único para a solução de todas elas: a escola.

Pedagogicamente falando, trata-se de um ledo engano. A escola é uma instituição parceira, resiliente, acolhedora e aberta à transferência e produção de conhecimentos com muita qualidade e responsabilidade social. Porém, existem casos que vão além da educação escolar regular e que exi-gem uma educação clínica especializada.

A aprendizagem de novos conhecimentos, segundo o pes-quisador americano Michael Apple, “provoca um efeito de eliminação de conflitos”. A escola, ambiente de aprendiza-gem de novos conhecimentos por excelência, caracteriza-se por ser um espaço agregador, inovador e estimulador dessa aprendizagem.

Talvez essa seja a justificativa para que o indivíduo e a socie-dade em geral apontem para a escola como a única insti-tuição social capaz de processar a eliminação de todas as necessidades, transtornos e deficiências. É nesse ponto que localizamos o “conflito”. A escola é tão responsável que se tornaria irresponsável ao assumir compromissos de natu-reza clínica, pois esse tipo de educação não encontraria nela nenhum respaldo técnico.

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Mas o nosso objetivo neste artigo é tratar da educação inclusiva como um tema além dos muros da escola. Tratá-lo como um assunto mais amplo e abordá-lo por uma ótica geral, universal, de corresponsabilidades, de interação e de integração. Uma aborda-gem que vai além das fronteiras das leis sobre inclusão. A educação inclusiva deve ser entendida como uma responsabilidade coletiva, um dever de cada pessoa e uma obrigação de todos os entes sociais.

Ao libertar os hebreus (1250 a.C. a 1210 a.C.) do catastrófico regime de escravidão imposto pelos faraós do antigo Egito, o líder religioso Moisés, profeta mais importante do judaísmo, exerceu a educação inclusiva e inaugurou uma nova fase de liberdade e dignidade. Esses dois princípios foram amplamente encontrados nos ensina-mentos de Jesus Cristo, o maior protagonista de todos os tempos da educação inclusiva.

No Brasil, a Lei Áurea (1888) foi um grande salto para que a huma-nidade entendesse que um novo cenário de inclusão estava se impondo nas consciências preconceituosas. Nelson Mandela (1918-2013) notabilizou-se no cenário mundial como o grande ator racial, social e político da inclusão ao lutar bravamente pela extin-ção do apartheid, regime segregacionista sul-africano, substituin-do-o pela Nação Arco-Íris.

Durante a última Copa do Mundo de futebol, os times entravam em campo, cantavam o hino do seu país e cada capitão discursava condenando o racismo, a discriminação ou qualquer forma de pre-conceito. Em seguida, exibiam uma faixa da Fifa com a frase “Say no to racism” (Diga não ao racismo, em tradução livre). A inclusão, que nasceu no ventre da exclusão, se fortalece a cada dia e deverá se impor no amplo agregado social como um modelo de perma-nente aperfeiçoamento da felicidade de cada pessoa.

Um exemplo notável de consciência de educação inclusiva pode ser encontrado na atitude do romeno-judeu Reuven Feuerstein, que disse: “Podem me dar os parabéns. Tenho o orgulho de anunciar que acabei de me tornar avô. Meu neto tem Síndrome de Down”. Se dermos as mãos no atendimento às necessidades de cada pessoa e na construção de uma nova consciência em favor da educação inclusiva, transformaremos a convivência humana numa grande comunhão da humanidade.

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Curso se apresenta como alternativa para alunos e instituições na busca por melhores resultados no Exame da OAB

Avaliação responsável por tirar o sono dos estudan-tes do curso de Direito que estão às vésperas de se formar, o Exame da Ordem dos Advogados do Bra-sil (OAB) tem demonstrado, através de seus baixos

índices de aprovação verificados nos últimos anos, o por-quê de ser tão temido pelos concluintes do curso. Dados do segundo volume do estudo Exame de ordem em números – realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), publicado no final de 2014 e que analisou o desempenho dos estu-dantes até a 13ª edição do Exame – mostram que a média nacional de aprovados não chega a 18%. Cenário ruim para alunos que não conseguem exercer a profissão que esco-lheram e para as instituições de ensino, que passam a ter contestada a qualidade da educação que oferecem, o que interfere diretamente em sua imagem e, consequente-mente, em seu processo de captação de novos alunos.

Essa é a opinião de Flávio Corrêa Maciel, coordenador pedagógico do PreOAB, curso preparatório para o Exame da Ordem que funciona como extensão da grade curricu-lar oferecida ao estudante. Em entrevista à Linha Direta, Maciel fala um pouco mais sobre os motivos desses baixos índices de aprovação, além de apresentar o PreOAB como uma alternativa oferecida às instituições para melho-rar os índices de aprovação de seus alunos no Exame da Ordem. Confira!

EquipeLinha Direta

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Os baixos índices de aprovação no Exame da OAB nos últimos anos se devem à má qualidade dos cursos de Direito ou englobam também um ensino de má qualidade oferecido aos estudantes ao longo de sua vida escolar?

Devemos analisar a situação sob dois enfoques. Houve um aumento signi-ficativo da oferta de cursos de Direito e, consequentemente, alunos que não tinham acesso ao curso passaram a tê-lo. Obviamente, quanto mais cur-sos oferecidos e alunos matricula-dos, maior a dificuldade em manter o nível desejado. Por outro lado, mas relacionado a esse fato, o Exame vem se tornando cada vez mais difícil, pois a ideia é justamente dar a chancela da OAB apenas àqueles que estive-rem realmente hábeis para o exercício da advocacia, proporcionando uma garantia à sociedade de que aquele profissional tem a capacidade que dele se espera.

Que tipo de implicações negativas esses índices podem trazer para alunos, instituições e, de forma mais abrangente, para o País?

Para os alunos, o prejuízo é enorme, pois a grande maioria se esforça muito para conseguir entrar na facul-dade e nela permanecer, mas, quando se formam, esbarram no Exame da Ordem, que os impossibilita de exer-cer a tão sonhada profissão. Para as instituições, a baixa aprovação acaba gerando dúvidas sobre a qualidade do ensino oferecido, inclusive a novos estudantes, que ainda não decidi-ram qual faculdade cursar. Ademais, encontram óbice no conceito obtido do Ministério da Educação (MEC), normalmente conceitos bem abaixo do potencial das instituições. Já para o País, o prejuízo reside no fato de desperdiçar parte da sua força produ-tiva, que poderia estar contribuindo para uma melhor distribuição da jus-tiça à nossa sociedade.

Flávio Corrêa Maciel, coordenadorpedagógicodo PreOAB

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Diante disso, a contratação de cursos como o PreOAB pode vir a se tornar uma tendência por parte das instituições de ensino?

O PreOAB foi desenvolvido especifica-mente para ser um parceiro das institui-ções na busca da excelência, oferecendo um sistema de ensino totalmente perso-nalizado, objetivando o enfrentamento da grave questão relativa ao sucesso na aprovação de seus alunos e do futuro profissional que ali se forma. Como extensão da grade curricular já oferecida ao aluno, o projeto PreOAB proporciona, com baixo custo, mais um relevante canal de aprendizagem. O PreOAB veio para preencher uma lacuna existente no mercado, visando ao atendimento às reais necessidades das instituições de ensino no que tange ao Exame da OAB. Isso porque, ao contrário das institui-ções de ensino, o propósito do curso é voltado exclusivamente para a aprova-ção no Exame.

Na prática, como funciona o curso?

O curso é composto por 260 aulas online, com tratamento objetivo daquilo que é realmente importante para a prova. As aulas foram desenvolvidas em uma pla-taforma moderna e interativa, podendo o aluno acompanhar a fala e os ensina-mentos dos professores através de slides correlatos, o que permite uma maior fixa-ção do conteúdo. Além do mais, o aluno acompanha o percentual de aulas assisti-das, interage com os professores, faz pro-vas simuladas, dentre outros benefícios. No caso de parcerias com as instituições, o material didático é personalizado com a logomarca destas. Elas adquirem ape-nas o material didático, o acesso às aulas online é uma cortesia do PreOAB. O obje-tivo primeiro do curso é firmar parcerias com as instituições de ensino interessa-das, a fim de preparar o aluno especifica-mente para a referida prova, aumentando o índice de aprovação dos discentes e, consequentemente, a visibilidade e o conceito das instituições parceiras. Não obstante, oferecemos aos alunos a possi-bilidade de adquirirem individualmente o curso, seja ele completo, sejam apenas as aulas online ou as apostilas.

Como o PreOAB buscou mapear as principais deficiências por parte dos alunos no Exame para montar o material didático que o curso oferece?

O curso nasceu da reunião de profissio-nais qualificados e com experiência em concursos e provas da OAB. Nosso corpo docente é formado por juízes federais, estaduais, promotores de justiça e advo-gados, mestres e/ou doutores. Através de uma análise minuciosa do edital e de provas anteriores, conseguimos mapear os temas mais frequentes, bem como aqueles de maior importância. O material didático é composto por quinze apostilas completas, em formato livro, com aprofundamento dos temas mais relevantes e diversas questões de pro-vas anteriores comentadas por nossos professores das mais variadas matérias. Isso permite ao aluno, além do acesso ao conhecimento teórico, praticar a resolu-ção de questões, importante ferramenta para o momento de prestar o Exame. O curso oferece, inclusive, uma apostila de amostra para as instituições que quei-ram conhecer o material, bastando aces-sar nosso site www.preoab.com.br.

Que tipos de benefícios a plataforma online PreOAB oferece ao aluno que se prepara para o Exame da Ordem?

O PreOAB oferece uma preparação espe-cífica voltada para o sucesso no Exame da Ordem, sendo que nossas aulas online podem ser acessadas a qualquer momento e de qualquer lugar, possibili-tando ao aluno um aprendizado de forma leve, flexível e eficiente. Ademais, demos grande enfoque no desenvolvimento de apostilas completas e que possuíssem um alto grau de diferenciação e quali-dade em relação às demais existentes no mercado. Viemos para ser diferentes.