Um convite à interatividade e à complexidade 1

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UM CONVITE À INTERATIVIDADE E À COMPLEXIDADE Marcos silva Camila Castro

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UM CONVITE À INTERATIVIDADE E À COMPLEXIDADE

Marcos silva

Camila Castro

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As reações sobre a interatividade

A primeira reação vê a interatividade como modismo para significar o diálogo e a comunicação.

A segunda reação, a interatividade tem a ver com ideologia , publicidade e estratégia de marketing.

A terceira reação não acredita na interatividade homem computador pois existe uma rivalidade e dominação da técnica que promove a regressão do homem à condição da máquina.

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Impressões, conceitos e aplicações da interatividade

Interatividade como nova modalidade comunicacional.

A significativa modificação na esfera das comunicações: a transição da modalidade comunicacional massiva para a modalidade interativa.

O paradigma da comunicação que separa a emissão da recepção.

A interatividade é um fenômeno da “sociedade de informação” que se manifesta nas esferas tecnológica, mercadológica e social.

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Emissor e Receptor mudança estrutural na pragmática comunicacional

Na modalidade comunicacional interativa permitida pelas novas tecnologias informáticas a mensagem torna-se modificável.

Emissor constrói uma rede e define um conjunto de territórios a explorar, abertos a navegação e dispostos a modificações.

Receptor um utilizador, usuário que manipula a mensagem como coautor, cocriador.

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Marie Merchand – “Sociedade da informação” em que a sociedade transita da “lógica da distribuição” para a “lógica da comunicação”.

Rushkoff – o novo receptor, tende a não mais submeter-se à programação da televisão e à sua tela estática e tornaram-se “incapazes de acompanhar argumentos lineares” e “não toleram programação manipulativa”.

A nova recepção permite participação, a intervenção, a bidirecionalidade e a multiplicidade de conexões. Rompendo com a linearidade e com a separação emissão/recepção.

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Hipertexto

A ideia de hipertexto surgiu em 1945 por Vannevar Bush, um matemático que imaginou um sistema de organização de informações que se assemelha ao raciocínio humano: associativo, não linear, intuitivo e imediato.

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Em 1960 Theodore Nelson criou o termo “hipertexto” para expressar o funcionamento da memória do computador.

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Hipertexto é como uma teia de conexões de um texto com inúmeros textos e permite o processamento da informação e da comunicação.

- Democratiza a relação do indivíduo com a informação ;

- Permite que ultrapasse a condição de consumidor e de espectador passivo;

- O indivíduo torna-se sujeito operativo, participativo e criativo.

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O novo espectador

- -Vem aprendendo a não seguir de modo unitário e contínuo uma transmissão de TV;

- -Aprende com a não linearidade , com a complexidade do hipertexto;

- - Vem aprendendo com a “estética da saturação” com a “máxima concentração de informações num mínimo espaço-tempo’”.

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Epistemologia da complexidade e interatividade

Conceito do Pensamento complexo de Edgar Morin

Três princípios que ajuda a pensar a complexidade

- Dialógica – Permite associar “dois termos ao mesmo tempo complementar e antagônico”

- Hologramática- “Não apenas a parte está no todo, mas o todo está na parte”

- Recursividade -“os produtos e os efeitos são ao mesmo tempo causa e produtores daquilo que produziu”

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Princípios como ponto de partida para interatividade

- Primeiro princípio remete à condição de do novo espectador num ambiente polifônico e polissêmico. “Fundamentar-se na ausência de fundamentos” , que ocasiona abertura para mais interações e para o mais comunicacional.

- Segundo princípio remete ao conceito de pensamento complexo: atentando as interações em sua dialógica, multiplicidade e recursividade.

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Conceito de interatividade

“Interatividade é a disponibilização consciente de um mais comunicacional de modo expressivamente complexo, ao mesmo tempo atentando para as interações existentes e promovendo mais e melhores interações – seja entre usuários e tecnologias digitais ou analógicas, seja nas relações presenciais ou virtuais entre os seres humanos”

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Perspectivas para educação

Para os educadores o desafio de repensar as práticas comunicacionais em sala de aula.

Tendência do falar/ditar. A prática comunicacional que separa a emissão

da recepção. A sala de aula é centrada na transmissão de

informações com ritmo monótono e repetitivo. Banalização da interatividade, das tecnologias

hipertextuais e da escola e da educação.

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Três fundamentos distintos mas recursivos que viabilizam o mais comunicacional.

- O primeiro sugere a disponibilização de múltiplas aberturas à participação intervenção dos alunos nas ações cotidianas relativa ao ensino e à aprendizagem.

- O segundo sugere a disponibilização de múltiplas aberturas à bidirecionalidade nas relações horizontais, significando rompimento como espaço de transmissão unidirecional autoritária e viabilização da coautoria, da comunicação conjunta da emissão e da recepção.

- Terceiro sugere a disponibilização da multiplicidade de redes de conexões no tratamento dos conteúdos curriculares, significando não linearidade, roteiros de exploração originais, combinações livres e criação de narrativas possíveis.

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Paulo Freire: “A educação autêntica, repitamos, não se faz de” ‘A’ para ‘B’ ou de ‘A’ sobre ‘B’, mas de ‘A’ com ‘B’, mediatizados pelo mundo”.

P. Lévy: “A escola é uma instituição que há cinco mil anos se baseia no falar ditar do mestre”.

E. Morin: “Hoje, é preciso inventar um novo modelo de educação, já que estamos numa época que favorece a oportunidade de disseminar um outro modo de pensamento”.

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