Um Filho - O ESTANDARTE DE...

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Um Filho Honra o Seu Pai

. R. M. M ’Cheyne

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Traduzido do original em Inglês

A Son Honoreth His Father

By R. M. M'Cheyne

Extraído da obra original, em volume único:

The Sermons of the Rev. Robert Murray M'Cheyne

Minister of St. Peter's Church, Dundee.

Via: Books.google.com.br

Tradução por Gabriel Costa

Revisão por Camila Almeida

Capa por William Teixeira

1ª Edição: Agosto de 2016

Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida

Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, sob a licença Creative

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Um Filho Honra o Seu Pai Por R. M. M’Cheyne

“O filho honra o pai, e o servo o seu senhor; se eu sou pai, onde está a minha

honra? E, se eu sou senhor, onde está o meu temor? diz o SENHOR dos Exércitos a

vós, ó sacerdotes, que desprezais o meu nome. E vós dizeis: Em que nós temos

desprezado o teu nome?” (Malaquias 1:6)

A primeira convicção que é essencial para a conversão da alma, é a convicção do pecado;

não aquela convicção comum de que todos os homens são pecadores, mas a convicção

pessoal de que eu sou um pecador arruinado; não a convicção geral de que outros homens

devem ser perdoados ou perecer, mas a convicção pessoal de que, eu, devo ser perdoado

ou perecer. A partir daí, não há barreira maior no caminho desta verdade que está sendo

impressa na alma, como a consciência particular de que possuímos muitas virtudes. Nós

não conseguimos ser levados a crer que a imagem de Deus foi tão profundamente apagada

de nossas almas como a Bíblia nos diz, quando reparamos dentro de nós mesmos e vemos

expostas em outros, o que poderiam ser chamadas de virtudes ''quase'' Divinas. Os heróis

dos quais temos lido na história, com o seu amor por seu povo, indiferença diante da morte

e sua lealdade e fidelidade em suas amizades, parecem levantar-se diante de nós para

pleitear a causa de uma humanidade ferida. E o que é mais perturbador nisto, é achar que

a nossa prática diária benigna de hospitalidade, que as torrentes de generosidade sem

limite e a compaixão que chora porque outro chora; todas estas coisas estando em

harmonia com homens que não se importam com Cristo e sua salvação, parecem levantar

uma barreira intransponível contra a verdade de que o homem é concebido em pecado e

formado na iniquidade. Quando entramos em uma casa, e vemos todos os irmãos e irmãs

desfazendo-se em lágrimas ao ver as agonias de uma irmã ao morrer; ou quando, vemos

a ternura em afeto da mãe para com a criança doente em seu seio; a alegre obediência dos

filhos, prestada ao sábio pai; ou em uma família, onde o servo administra com tal integridade

e minunciosamente cuida dos assuntos de seu mestre terreno, ficamos prontos a

questionar: de fato será este um mundo de pecado? É possível que a ira de Deus possa

estar guardada para um mundo assim? Será admitido frequentemente, que sim, existem

alguns homens absolutamente desprezíveis e incorrigíveis, tão perdidos em seus caminhos

desesperadamente maldosos, que nada mais é esperado para eles, senão, uma eternidade

de sofrimento. Há um grupo de dissolutos, entretanto, à parte de Deus, e que zomba do

seu nome e da religião. Há ateus, que negam abertamente sua própria existência; infiéis,

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que abertamente negam que Cristo veio em carne. Há assassinos de sangue frio e piores

do que assassinos, que são vistos por todos como uma desgraça para o nome do homem.

Para estes, poucos se atrevem a fazer defesa ou dá-los isenção da vingança terrível que

aguarda os ímpios. Para que, assim, haja alguma consistência nas palavras de julgamento:

“O abominável, os homicidas, os impuros, os feiticeiros, os idólatras e todos os mentirosos,

a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre”. Contudo, dizer, que à criança

obediente, e ao servo fiel, à mãe afetuosa, ao próximo generoso e prestativo, ou ao homem

de inteligência e sentimento bom, que todos eles deveriam, eternamente, estar juntos na

porção de destruição daqueles, e lançados às mesmas chamas eternas, simplesmente

porque eles não creem em Jesus: esta é a pedra de tropeço em que milhares tropeçam e

caem, para sua perda inevitável.

Há, talvez, uma via que seja a mais usada pelo homem, para rejeitar todas as convicções

pessoais de pecado que a Palavra de Deus poderia lançar em nós. Pois, não sinto eu,

dentro de mim todas afeições naturais da humanidade, toda a honestidade e integridade de

nossa natureza? Não sinto eu prazer em ser honesto e lidar justamente com o próximo, em

ser compassivo, generoso e hospitaleiro? Como então, não posso dizer à minha alma:

“Alma, esteja bem? Essas virtudes tuas são um sinal certo de que tu nasceste para uma

eternidade feliz”. Ah! meus amigos, não é uma coisa mui abençoada que, na passagem

diante de nós, Deus arranque de nossas mãos a arma com a qual muito gostaríamos de

nos defender, e transforme-a em um eixo para perfurar a nossa consciência mundana? E,

oh! se tivéssemos mentes tão inteligentes como quando Adão quando andou com Deus no

Paraíso, nada mais seria necessário para levar aos nossos corações a esmagadora

convicção de pecado do que a repetição das palavras: “O filho honra o pai, e o servo o seu

senhor; se eu sou pai, onde está a minha honra? E, se eu sou senhor, onde está o meu

temor? diz o SENHOR dos Exércitos a vós”. Há um poder e uma paixão, assim como a de

Cristo neste argumento, que poderia muito bem quebrar a mente mais dura e insensível; é

como se Deus tivesse dito, como Ele o fez em outra passagem: “Vinde e arrazoemos”. Você

diz que você tem muitas excelentes virtudes, que você tem brandas e belas afeições; você

diz que o amor filial e paternal ocupa um lugar de domínio em seu coração, que a

integridade e honestidade sacra está em elevada posição no seu coração. Negaria eu todas

estas coisas? Devo diminuir a glória de minha própria obra, tão bela, até ruínas? Não, de

fato é verdade; o filho realmente honra seu pai, o servo é fiel ao seu mestre; tudo é belo,

quando eu olho apenas para as relações terrenas. Mas isso é exata coisa que mostra o

desarranjo total de todas as nossas relações celestes; pois, “se eu sou pai, onde está a

minha honra? E, se eu sou senhor, onde está o meu temor? diz o SENHOR dos Exércitos

a vós”. Eu vejo que você honra seus pais terrenos, e serve fielmente seus senhores

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terrenos; mas esta é a precisa coisa que me mostra que eu sou a exceção. Vejo que não

há um pai em todo o universo que é privado do amor de seus filhos, além de mim – estanho

não é? um mestre terreno que tem roubada sua honra e serviço de seus servos, como eu

sou.

Se, irmãos, você e eu fossemos afundados em brutalidade real, se não tivéssemos amor

pelos pais, não houvesse honestidade para com os mestres, então Deus poderia ter tido

motivo para dizer de nós, que nada melhor poderia ser esperado desses miseráveis, do

que o esquecimento dEle, o Pai celestial e Mestre. Oh! Entretanto, quando há tais tenros e

belos sentimentos em nossos peitos quanto às nossas relações terrenas, não é o nosso

pecado escrito como com pena de ferro, e com chumbo na rocha para sempre, quando

fazemos de Deus uma exceção, quando nos colocamos sem Deus no mundo?

Gostaria agora, com carinho e ternura profundos, suplicar à cada um de vocês que sondem

seus próprios corações, e percebam se estas coisas não são assim; percebam se aquilo

que vocês geralmente tomam como a desculpa de seus pecados, não seja a própria

essência do seu pecado. O que você não faria, o que você não sofreria, por causa de um

pai terreno? E ainda assim, você não gastará mais que um pensamento, ou a aspiração de

uma disposição, pelo seu Pai celestial. Deus não está em todos os seus pensamentos.

Você trabalharia duro noite e dia, em nome de um mestre terreno; mas você não estará

disposto ao serviço do Mestre celestial. Deus é o único Pai a quem você desonra; Deus é

o único Mestre a quem você aborrece. “Se fôsseis cegos, não teríeis pecado; mas como

agora dizeis: Vemos; por isso o vosso pecado permanece”. Se fossem impedidos de afeto

ou de fidelidade, já não teriam nenhum pecado; contudo, aqui está claro que são capazes

de ambos, por isso, o seu pecado permanece. Imagine uma família de irmãos e irmãs, todos

unidos pelos laços da amizade mais íntima e afetuosa. Oh! É uma boa e agradável visão

ver irmãos habitando em unidade. “É como óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre

a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes. É como o orvalho de Hermom,

que desce sobre os montes de Sião”. O que eles não farão um pelo outro? O que eles não

vão sofrer? Entretanto, imagine uma vez mais que toda esta unidade, que é tão similar à

disposição do Céu, fosse mantida entre eles, ao passo que, ao mesmo tempo que eles

estivessem unidade entre si desprezassem a mãe dedicadíssima que lhes deu a luz, e

desviando-se, abandonassem o pai idoso que formou cada um deles. Esta singular

peculiaridade, na imagem, não mudaria toda a sua beleza e todo o seu proveito? Isso não

faria a comunhão deles mais parecida com a dos demônios, do que com a dos anjos? Não

diria que seu afeto um pelo outro seria a exata coisa que faz seu desafeto para com os pais

odioso e ainda mais perverso? Oh! irmãos, a imagem é uma imagem de nós mesmo: “O

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filho honra o pai, e o servo o seu senhor; se eu sou pai, onde está a minha honra? E, se eu

sou senhor, onde está o meu temor? diz o SENHOR dos Exércitos a vós”.

Oh! é uma coisa terrível, quando em nossas próprias virtudes, buscamos refúgio contra a

ira de Deus, que vem mui ferozmente para nos condenar.

Qual a utilidade da sua honestidade, qual a utilidade das amizades tão devotadas, do que

que aproveita as suas virtudes próprias as quais o mundo tanto admira e louva, se, aos

olhos de Deus, elas são, simultaneamente, realçando a sua impiedade? Que ninguém me

entenda mal, como se eu dissesse que seja uma coisa ruim ser honesto, fiel, justo e

carinhoso para com os pais. Todo homem sensato sabe o valor dessas virtudes terrenas,

e o quanto elas são revigorantes e se ampliam, no recomeçar da vida, por assim dizer,

quando o homem mundano torna-se um crente. Mas, isso, eu afirmo categoricamente, se

tu não tens mais do que essas virtudes terrenas, elas, uma por uma, irão pôr-se de pé

naquele Dia, unicamente para te condenar. Eu apenas repito o que o firme reformador

Lutero disse, antes de mim, que essas tuas virtudes, em que tu pensas construir a tua torre

de Babel para o Céu não são nada além, dos pecados pavorosos da humanidade; e que

servirão, justamente, para lançar-te abaixo em condenação dez vezes mais terrível. Irmãos,

Deus, acaso, não irá culpar-lhes por desonestidade, com a desobediência aos pais. A única

acusação que Ele traz de encontro a você aqui é um longo pecado da vida do homem

natural, a impiedade. Deus não está em todos os teus pensamentos. Ele aceita que tu tens

virtudes terrenas; mas isto, justamente isto, faz mais obscuros e indeléveis teus pecados

contra o Céu.

I. Eu pressuponho a partir desta passagem, que as nossas virtudes mundanas não serão

capazes de expiar o pecado, ou tornar-nos aceitáveis aos olhos de Deus. A humanidade é

uma ruína; contudo, é bela, mesmo em ruínas. E, assim como, você pode passear por

alguns magníficos monumentos, sobre quais tempestades de inverno irromperam durante

séculos e ficar admirado com a visão de cada coluna entalhada outrora, agora, partida e

desmoronada; e deleitar-se com o imaginário do anacrônico em meio às imagens meio

desfiguradas da era gótica, como você pode fazer tudo isso sem sequer um pensamento

da perda de sua glória arquitetônica maior, as grandes curvas de toda a elevada e

majestosa construção para o Céu, com bastião e minarete; tudo agora afundado, enterrado

em seus próprios escombros. Assim pode olhar para o homem; pode vaguear de uma

afeição ou aptidão terrena para outra, cheio de admiração pela obra, curioso dAquele, que

é de fato o mais hábil dos artistas; pode deleitar-se em meio à ordem primorosa de homem

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para homem, tão agradável, a medida que mantêm a sociedade em seus trilhos suave e

facilmente, em frente; você pode fazer tudo isso, como milhares fizeram antes de você,

sem, no entanto, um pensamento da perda maior glória do homem, a relação do homem

com seu Deus e, embora, haja muitos no meio deste mundo perdido; honrados, retos e

afetuosos com os pais, não há ninguém que busque a Deus.

Imaginemos, por um momento, que essas virtudes terrenas pudessem extirpar o pecado;

e, apenas olhemos para as consequências. Onde você encontraria o homem destituído

delas? Onde a salvação deve parar? Se honestidade e benevolência são capazes de

apagar um pecado, por que não todos os pecados? Desta forma, você não poderia

determinar qualquer limite entre os salvos e os perdidos; e, portanto, todos os homens

poderiam viver como bem entendessem, pois você nunca poderia provar que um homem

está fora da barreira da salvação. Mais uma vez; se as virtudes do mundo pudessem apagar

o pecado, Cristo morreu em vão. Ele veio para salvar o Seu povo dos seus pecados. Anjos

O anunciaram ao mundo, como o Salvador dos pecadores. João ordenou que os homens

O contemplassem: eis Ele, o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo; e toda a

Bíblia testifica que “por este se vos anuncia a remissão dos pecados”. Mas se as

honestidades diárias, bondades e generosidades da vida, pudessem ser aproveitadas para

tirar o pecado, no que era necessário que Cristo padecesse? Se algo tão barato e comum

como as virtudes terrestres pudessem ser aproveitadas no riscar do pecado, por que seria

necessária tão preciosa e inestimável provisão, como o sangue do Filho de Deus? Se, com

toda a nossa integridade, e toda a nossa decência e honorabilidade no mundo, nós não

permanecemos necessitados de tudo, é por acaso que Cristo nos aconselha a comprar

dEle ouro provado no fogo, para que sejamos ricos? Nada do que é imperfeito pode nos

tornar perfeitos aos olhos de Deus.

Assim vem a direção maravilhosa do ancião Wilcox Warns; “Trabalhe em busca de

santificação ao máximo; mas não faça um Cristo disto; se assim for, cairá, de um jeito ou

de outro. Obediência e os sofrimentos de Cristo, não a sua santificação, devem ser a sua

justificação”. O assunto parece simples. Deus ainda deve julgar o mundo com justiça; isto

é, pela firme regra de Sua santa lei. Se quisermos ser justificados diante dEle naquele dia,

devemos ser perfeitos aos Seus olhos. Mas isso não pode ser por meio de nossa própria

santificação, que é imperfeita; pelo contrário, deve ser feito através da imputação de uma

justiça perfeita, assim, igualmente a perfeita obediência de Cristo, deve ser a nossa justiça.

Somos completos e perfeitos apenas em Cristo Jesus. Mas ah! irmãos, se a nossa

santificação não será contada como justiça naquele dia, muito menos o serão as nossas

virtudes mundanas. Se sua honestidade e decência mundanas são suficientes para cobrir

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sua nudez, a fazê-lo agradável aos olhos de Deus, por que seria necessário Cristo ter

cumprido toda a justiça, como um fiador em lugar dos pecadores? Por que, então, Ele Se

ofereceria para fazer de pobres pecadores, justiça de Deus? Por que Ele diz de Seus

salvos: “tua formosura, pois era perfeita, por causa da minha glória que eu pusera em ti”.

II. Deduzo desta passagem que as virtudes terrenas podem acompanhar um homem até o

Inferno. Desejo falar com toda a reverência, e com toda a ternura tão temorosa sobre o

assunto. O homem que fala do Inferno deve fazê-lo com lágrimas nos olhos. Mas, oh!

Irmãos, não está claro então que, se o amor de pais terrenos e a honestidade terrena a

mestres, fosse consistente com a impiedade absoluta sobre a terra, eles também podem

ser consistentes com a impiedade do Inferno? Qual de vocês não se lembra da história do

homem rico e Lázaro? Quando o homem rico levantou os olhos no Inferno, estando em

tormentos, e quando orou a Abraão para enviar Lázaro para que molhasse o dedo na água,

e refrescasse sua língua, o que foi o outro desejo que naquela hora temível repousou em

seu coração e motivou a oração daquele homem miserável? Não foi porventura o amor aos

seus irmãos? “Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, pois tenho cinco

irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de

tormento” (Lucas 16:27-28). Ah! meus irmãos, esta única passagem não removeria a

assustadora cortina do mundo invisível de tormento? Não revelar-te-ia algumas das dores

eternas com as quais tu nunca sonhaste. Haverá amor fraternal no Inferno. Aquelas chamas

eternas e tórridas não poderão eliminar esse fator do nosso ser. Mas, oh! Não haverá

nenhum bem estar nisso, mas sim dor. O amor pelos filhos estará lá; mas, oh! Quanto

sofrimento não deve isso causar, quando a mãe amorosa encontrar os filhos em cujas

almas ela não edificou, os filhos que ela nunca trouxe para o Salvador, os filhos não

conduzidos em oração, iletrados na oração! Quem deve descrever o encontro da amada

esposa e o marido carinhoso em um Inferno eterno? Aqueles que nunca oraram um com o

outro, e pelo outro; aqueles que mutuamente sufocaram convicções de cada um; aqueles

que promoveram e encorajaram o próximo em seus pecados? Ah! meus amigos se, estes,

os afetos mais ternos e mais amáveis da nossa natureza, deverão ser tais instrumentos

impetuosos de dor, o que há de ser a nossa depravação?

Gostaria agora de falar algo para aqueles de vocês que estão confiando serem salvos por

suas virtudes. Oh! Que sejam convencidos, hoje, pela Escritura e pela sabedoria, que por

este modo, se vocês permanecerem fora de Cristo, e, portanto, não em paz com Deus,

farão nada, senão agravar a sua impiedade, e adicionarão tormento indizível ao seu

tormento. Se, assim, nossas próprias virtudes nos condenam, o que farão os nossos

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pecados? Se o homem mal deverá com tanto terror encarar a calamidade, onde o pecador

contrito apelará? Há, contudo, uma fonte aberta em Sião, a que tanto o ímpio quanto

pecador podem ir; e, apenas, se você estiver convencido a crer que você não é nem mais

nem menos do que uma dessas criaturas perdidas e arruinadas, eu estou certo de como,

rapidamente, você correrá para banhar-se nestas águas expiatórias. Mas se ainda

continuar insistindo sobre o ponto de suas muitas qualidades excelentes, sua honestidade,

sua sinceridade, sua afeição filial e paternal, sua probidade gentileza em caridade, e não

será convencido pela palavra de Deus, que, embora o filho honre o seu pai, e o servo o seu

senhor, você faz nada, senão adicionar um mais profundo e diabólico tormento ao seu

esquecimento e desprezo de Deus.

Se ainda prosseguirem assim, então apenas podemos nos virar com tristeza, e dizer: “Os

publicanos e as meretrizes entraram no céu antes de vocês”.

Larbert, 22 de Novembro de 1835.

Ore para que o ESPÍRITO SANTO use este sermão para trazer muitos

Ao conhecimento salvífico de JESUS CRISTO para a glória de DEUS PAI.

Sola Scriptura!

Sola Gratia!

Sola Fide!

Solus Christus!

Soli Deo Gloria!

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10 Sermões — R. M. M’Cheyne

Adoração — A. W. Pink

Agonia de Cristo — J. Edwards

Batismo, O — John Gill

Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo

Neotestamentário e Batista — William R. Downing

Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon

Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse

Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

Doutrina da Eleição

Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da

Eleição — A. W. Pink

Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer

Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida

pelos Arminianos — J. Owen

Confissão de Fé Batista de 1689

Conversão — John Gill

Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs

Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel

Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon

Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards

Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins

Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink

Doutrina da Predestinação Declarada e Estabelecida à

Luz das Escrituras, A - John Gill

Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne

Eleição Particular — C. H. Spurgeon

Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —

J. Owen

Evangelismo Moderno — A. W. Pink

Excelência de Cristo, A — J. Edwards

Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon

Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink

Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink

In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah

Spurgeon

Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —

Jeremiah Burroughs

Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação

dos Pecadores, A — A. W. Pink

Jesus! – C. H. Spurgeon

Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon

Livre Graça, A — C. H. Spurgeon

Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield

Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry

Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill

OUTRAS LEITURAS QUE RECOMENDAMOS Baixe estes e outros e-books gratuitamente no site oEstandarteDeCristo.com.

— Sola Scriptura • Sola Gratia • Sola Fide • Solus Christus • Soli Deo Gloria —

Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —

John Flavel

Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston

Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.

Spurgeon

Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.

Pink

Oração — Thomas Watson

Pacto da Graça, O — Mike Renihan

Paixão de Cristo, A — Thomas Adams

Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards

Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —

Thomas Boston

Plenitude do Mediador, A — John Gill

Porção do Ímpios, A — J. Edwards

Pregação Chocante — Paul Washer

Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon

Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado

Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200

Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon

Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon

Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.

M'Cheyne

Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer

Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon

Sangue, O — C. H. Spurgeon

Semper Idem — Thomas Adams

Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,

Owen e Charnock

Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de

Deus) — C. H. Spurgeon

Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.

Edwards

Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina

é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen

Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.

Owen

Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink

Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.

Downing

Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan

Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de

Claraval

Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica

no Batismo de Crentes — Fred Malone

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2 Coríntios 4

1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;

2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem

falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,

na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está

encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os

entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória

de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo

Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,

para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,

este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.

9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;

10 Trazendo sempre

por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

se manifeste também nos nossos corpos; 11

E assim nós, que vivemos, estamos sempre

entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na

nossa carne mortal. 12

De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13

E temos

portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,

por isso também falamos. 14

Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará

também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15

Porque tudo isto é por amor de vós, para

que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de

Deus. 16

Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

Porque a nossa leve e momentânea tribulação

produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18

Não atentando nós nas coisas

que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se

não veem são eternas.