Um Livro Ilustrado de Maus Argumentos (Tradução Por Diogo Lindner)

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Um Livro Ilustrado de Maus Argumentos - Falácias

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  • Traduoparaoportuguspor

    DiogoLindner

    [email protected]

    https://bookofbadarguments.com/https://bookofbadarguments.com/ar/https://bookofbadarguments.com/es/https://bookofbadarguments.com/thebook/?from=main_pagehttps://bookofbadarguments.com/pt-br/
  • Essasletrinhasmidasnoservemanenhumpropsito,anoserodefazerestelivroparecerumlivroreal.Emlivrosimpressos,normalmentesevumgrandepargrafodeletraspequenasnaprimeiraounasegundapgina,seguidopor

    Euamoesselivroilustradodemausargumentos.Umcompndiodefalhassemumasfalha.

    Prof.AliceRoberts,anatomista,apresentadoradoprogramadaBBCTheIncredibleHumanJourney

  • impressos,normalmentesevumgrandepargrafodeletraspequenasnaprimeiraounasegundapgina,seguidoportermos como 2013. Todos os direitos reservados, etc. e tal. Impresso nos EstadosUnidos da Amrica. O editortambm pode incluir algumas palavras para desalentar potenciais piratas. Nenhuma parte desse livro pode serutilizadaoureproduzidapornenhummeiosempermissoescrita.Istotipicamenteseguidoporumalinhaouduassobreoeditor,seguidaporumasequnciadenmeros.

    Paramaioresinformaes,porfavorcontateJasperCollinsPublishers,99StMarksPlNewYork,NY94105.1213141516LP/SSRH10987654321

    Mas,falandosrio,tudooquevocnecessitasaberqueestetrabalhoestcompartilhadosobumalicenaCreativeCommonsBYNC,oquesignificaquevocpodecompartilhloeadaptlolivrementeparausonocomercial,comacorrespondenteatribuiodosautores.

    Direo criativa e artistica: Ali Almossawi, Ilustraes: Alejandro Giraldo. Traduo para o portugus:DiogoLindner.Revisodatraduo:TiagoFernandes.

    Umresumomaravilhosamentedigerveldasarmadilhasetcnicasdeargumentao.Eunoconsigo pensar em uma maneira melhor de ser ensinado ou reintroduzido a essas noes

    fundamentaisdodiscursolgico.Umpequenolivrodelicioso.

    AaronKoblin,DiretorCriativodaequipede

    DataArtsdoGoogle

    http://creativecommons.org/licenses/by-nc/3.0/
  • Este livrodirecionadoaosnovatosnocampodoraciocnio lgico,particularmentequeles

    que, tomando emprestada uma expresso de Pascal, tm como caracterstica compreender

    melhoratravsdovisual.Euselecioneiumpequenoconjuntodeerroscomunsderaciocnioe

    os elucidei utilizando ilustraes fceis de recordar, que so complementadas com vrios

    exemplos.Minhaesperanaqueoleitoraprendadessaspginasalgumasdasarmadilhasmais

    comunsdaargumentaoequesejacapazdeidentificalasedeevitalasnaprtica.

  • Aliteraturaemlgicaeemfalciaslgicaslongaeexaustiva.Anovidadenestetrabalhoest

    nousodeilustraesparadescreverumpequenoconjuntodeerroscomunsderaciocnioque

    estopresentesemgrandepartedenossodiscursoatual.

    Asilustraesso,emparte,inspiradasporalegoriastaiscomoasdeARevoluodosBichos

    deOrwell e, em parte pelo humornonsense de obras como as histrias e poemas de LewisCarroll.Mas,aocontrriodessasobras,noanarrativaqueasmantmcoesas.Elassocenas

    distintas,unidassomenteatravsdoestiloedotema,oqueofereceumamelhoradaptabilidade

    epossibilidadedereutilizao.Cadafalciaestexpostaemapenasumapginae,porisso,a

    concisodaprosaintencional.

    Lersobrecoisasquenodevefazerrealmenteumaexperinciadeaprendizagemmuitotil.

    Stephen King, em seu livroOnWriting (ainda no traduzido para o portugus), escreveu:Aprendesemais claramente o queno fazer pela leitura de prosa ruim.Ele descreve essa

    experinciadelerumanovelaparticularmenteterrvelcomo,oequivalenteliterriodavacina

    contraavarola.[King]OmatemticoGeorgePlyacitadocomotendoafirmado,emuma

    conferncia sobreoensinodadisciplinaque, almdeentendlabem,necessrio tambm

    sabercomonoentendla.[Plya]Essetrabalhofalaprimariamentesobrecoisasquenose

    devefazeremargumentao.

    ****

    1

    Paraveroinverso,vejaolivrodeT.EdwardDamersobreraciocnioincorreto.1

  • Hmuitos anos atrs, eu passei parte demeu tempo escrevendo especificaes de softwares

    usando lgica de predicados de primeira ordem. Foi uma intrigante maneira de raciocnio

    sobre invariantes, usandomatemtica discreta em vez da notao usual (ingls). Isso trouxe

    precisoondehaviaambiguidadepotencial,erigorondehaviaalgumaimpreciso.

    Durante esse mesmo tempo, eu examinei alguns livros sobre lgica proposicional, tanto

    modernosquantomedievais,umdosquais foio livroAHandbookofLogicalFallacies, de

    RobertGula.OlivrodeGulalembroumedeumalistadeheursticaqueeutinharabiscadoem

    umcaderno,aumadcadaatrs,sobrecomoargumentarelaseramoresultadodevriosanos

    argumentando com estranhos em fruns online, e tinham coisas como: tente no fazer

    generalizaessobreascoisas. Issobvioparamimagoramas,paraumcolegial, foiumadescobertaemocionante.

    Rapidamente ficou evidente que formalizar os raciocnios prprios pode levar a benefcios

    teis, tais como clareza de pensamento e de expresso, objetividade e maior confiana. A

    capacidadedeanalisarargumentostambmauxiliaafornecerumcritrioparasaberquandose

    retirardediscussesqueprovavelmenteseriaminteis.

    Questes e eventos que afetam nossas vidas e as sociedades nas quais vivemos, geralmente

    levamaspessoasadebaterpolticasecrenas.Aoobservaralgumasdessasdiscusses,temsea

    impressodequeumaquantidadeconsiderveldelassofrecomaausnciadebons

    *

    NTSemtraduoparaoportugus.*

    raciocnios. O objetivo de alguns dos escritos sobre lgica auxiliar a reconhecer as

    ferramentas e os paradigmas que permitemo bom raciocnio e, consequentemente, levam a

    debatesmaisconstrutivos.

    Umavezqueapersuasonosedemfunoapenasdalgica,mastambmdeoutrascoisas,

    tilestarcientedasmesmas.Aretricaprovavelmenteestnotopodalista,epreceitoscomoo

    princpiodaparcimniame vmmente, assim como conceitos comoo nusdaprova e

    ondeelereside.Oleitorinteressadopodeconsultaraamplaliteraturaexistentesobreotema.

    Paraconcluir,asregrasdalgicanosoleisdomundonatural,nemconstituematotalidade

    doraciocniohumano.ComoMarvinMinskyafirma,oraciocniodosensocomumordinrio

    difcildeexplicaremtermosdeprincpioslgicos,assimcomoasanalogias,acrescentando,a

    lgica explica comopensamos tantoquanto a gramtica explica como falamos. [Minsky]A

    lgicanogeranovasverdades,maspermitequeseverifiqueaconsistnciaeacoernciade

    cadeias de pensamento existentes. exatamente por essa razo que ela demonstra ser uma

    efetivaferramentaparaaanliseeacomunicaodeideiaseargumentos.

    A.A.,SoFrancisco,julhode2013

  • Oprimeiroprincpioquevocnodeveenganarasimesmo,e

    vocapessoamaisfcildeenganar.

    RichardP.Feynman

  • )CNEKCPHQTOCN 2KUVCU)CNUCU $RGNQ U&QPUGSWPEKCU

    ApelosConsequnciasOapelosconsequnciasconsisteemfalara favoroucontraaverdadedeumadeclarao

    apelandosconsequnciasdeaceitaroude rejeitla.Apenasporqueumaproposio levaa

    algumresultadodesfavorvelnosignificaqueelafalsa.Damesmaforma,osimplesfatode

    que uma proposio tem consequncias positivas no a torna automaticamente verdadeira.

    ComocolocaDavidDavidHackettFischer,nosededuzqueumaqualidadeligadaaumefeito

    sejatransfervelsuacausa.

    No caso de consequncias positivas, um argumento pode apelar s esperanas de uma

    audincia,oque,porvezes,tomaaformadepensamentopositivo.Nocasodeconsequncias

    negativas, tal argumento pode por sua vez apelar para os temores de uma audincia. Por

    exemplo,seguindoalinhadeDostoievski:SeDeusnoexiste,entotudopermitido.Pondo

    partediscussessobremoralidadeobjetiva,oapelosconsequnciassombriasdeummundo

    puramentematerialistanodiznadasobreseoantecedenteverdadeiroouno.

    Devese ter emmente que tais argumentos so falaciosos somente quando eles lidam com

    proposies comvalores objetivosde verdade, e noquando eles lidamcomasdecises ou

    polticas, [Curtis] como por exemplo, o caso de um poltico que se ope ao aumento de

    impostospormedodequeelevterumimpactoadversonasvidasdoseleitores.

  • )CNEKCPHQTOCN 2KUVCU)CNUCU (URCPVCNJQ

    EspantalhoCaricaturarintencionalmenteoargumentodeumapessoacomoobjetivodeatacaracaricatura

    aoinvsdoargumentorealoqueseentendeporcolocarumespantalho.Deturpar,citarde

    maneiraincorreta,desconstruiresimplificardemaissoosmeiospelosquaissecometeessa

    falcia.Umargumentodoespantalhogeralmentemaisabsurdoqueoargumentoreal,oqueo

    tornaumalvomaisfcildeatacare,possivelmente, levaooponenteadefenderoargumento

    maisridculoaoinvsdooriginal.

    Porexemplo,Meuoponenteesttentandoconvenclodequensevolumosdemacacosquese balanavam em rvores uma afirmao realmente ridcula. Esta claramente umadeturpaodoque afirma a biologia evolutiva, que a ideia de quehumanos e chimpanzs

    compartilharamumancestralcomumhvriosmilhesdeanosatrs.Deturparaideiamuito

    maisfcildoquerefutarasevidnciasdamesma.

  • )CNEKCPHQTOCN 2KUVCU)CNUCU )CNEKC* GPVKEC $RGNQ $WVQTKFCFGTTGNGXCPVG

    ApeloAutoridadeIrrelevanteUmapeloautoridadeumapeloaosensodemodstia[Engel],oquequerdizer,umapeloao

    sentimentodequeosoutrossomaisbeminformados.Aesmagadoramaioriadascoisasnas

    quais acreditamos, como os tomos e o sistema solar, assentam em uma autoridade fivel,

    assim como todas as afirmaes histricas, parafraseando C. S. Lewis. possvel apelar

    razoavelmente autoridade pertinente, como os cientistas e os acadmicos tipicamente ofazem. Um argumento se torna falacioso quando o apelo a uma autoridade que no

    especialista no assunto em questo. Um apelo semelhante quemerece ateno o apelo

    autoridade vaga, onde uma ideia atribuda a um coletivo vago. Por exemplo,Professores

    alemesmostraramquetaletalcoisaverdadeira.

    Umtipodeapeloautoridadeirrelevanteoapelosabedoriaantiga,ondealgoconsiderado

    verdadeirosomenteporqueseacreditavaserverdadeirohalgumtempoatrs.Porexemplo,Aastrologia era praticada por civilizaes tecnologicamente avanadas, como a ChinaAntiga,logoeladeveserverdadeira.possveltambmapelarsabedoriaantigaparaapoiarcoisasquesoidiossincrticas,ouquepodemmudarcomotempo.Porexemplo,As pessoascostumavam dormir nove horas por noite h muitos sculos, portanto ns precisamosdormiromesmotemponosdiasdehojetambm.Htodosostiposderazesquepodemterlevadoaspessoasadormirporperodosmaislongosdetemponopassado.Ofatodequeelaso

    fizeramnofornecenenhumaevidnciaaoargumento.

  • )CNEKCPHQTOCN $ODKIWKFCFG (SWXQEQ

    EquvocoO equvoco explora a ambiguidade da linguagem, alterando o significado de uma palavra

    duranteocursodeumargumentoeusandoosdiferentessignificadosparaapoiardeterminada

    concluso.Apalavracujosignificadomantidodurantetodoumargumentodescritacomo

    sendousadaunivocamente.Considereoseguinteargumento:Comovocpodesercontraafquandofazemos atosdef otempotodo,porexemplo,comosamigos,comospotenciaiscnjugesecominvestimentos?Aqui,osignificadodapalavrafdeslocadodeumacrena

    espiritualemumCriadorparaaconfianaemumempreendimentoarriscado.

    Uma invocao comum dessa falcia ocorre em discusses sobre cincia e religio, onde o

    termo porqu" pode ser utilizado de maneiras equivocadas. Em um contexto, pode ser

    utilizadocomoumtermoquebuscacausa,queoprincipalmotordacincia,eemoutroele

    podeserutilizadocomoumtermoquebuscapropsito,etratarsobretemasmoraiselacunas

    de conhecimento, para os quais a cincia pode no ter respostas. Por exemplo, podese

    argumentar:Acincianopodenosdizeroporqudeascoisasacontecerem.Oporqudens

    existirmos?Oporqudesermosseresmorais?Assim,precisamosdealgumaoutrafontepara

    nosdizerporqueascoisasacontecem.

    *

    **

    Nota do tradutor: Originalmente we take leaps of faith. Em portugus, a traduo maisadequadaseriadamosvotosdeconfianaaoinvsdefazemosatosdef.Optousepormanterumatraduomaisliteralparaquefiquemaisbemevidenciadoointentodoautor,dejogarcomossignificadosdapalavrafaith,asaber,femsentidoreligiosoenosentidodeconfiana.

    *

    Nota do tradutor: Originalmente tratase do significado de why, que traduzida comoporqu.**

  • )CNEKCPHQTOCN +KR VGUGPLWUVKHKECFC )CNUQ KNGOC

    FalsoDilemaUm falso dilema um argumento que apresenta um conjunto de duas opes possveis e

    assume que tudo no mbito daquilo que est sendo discutido deve ser um elemento desse

    conjunto.Seumadessascategoriasrejeitada,entosedevenecessariamenteaceitaraoutra.

    Porexemplo,Naguerracontrao fanatismo,nohmeio termoouvocestconoscooucomosfanticos.Narealidade,humaterceiraopo,podesemuitobemserneutroeumaquartaopo,podese ser contra ambos e atmesmoumaquintaopo,naqual possvel

    identificarsecomelementosdeambos.

    EmTheStrangestMan, mencionadoqueofsicoErnestRutherford,certavezcontouaseu

    colegaNielsBohrumaparbolasobreumhomemquecomprouumpapagaioemumalojas

    paradevolvloporqueelenofalava.Depoisdevriasvisitas,ogerentedalojafinalmentelhe

    disse:Oh,estcerto!Vocqueriaumpapagaioquefala.Porfavor,meperdoe.Eulhedeio

    papagaioquepensa.Claramente,Rutherfordestavausandoaparbolaparailustrarogniodo

    silenciosoDirac, embora se possa imaginar que algumpoderia usar tal linha de raciocnio

    parasugerirquealgumousilenciosoeumpensadoroufalanteeumimbecil.

    *

    Essa falcia pode ser referida tambm como falcia do terceiro excludo, pensamentopreto ebranco,ouafalsadicotomia.2

    Nota do Tradutor:The StrangestMan: TheHidden Life of Paul Dirac, QuantumGenius GrahamFarmelo.Semtraduoparaoportugus.*

  • )CNEKCPHQTOCN )CNEKC&CWUCN &CWUC3WGUVKQP XGN

    CausaQuestionvelEstafalciaassumeumacausaparaumeventosemquehajarealmenteevidnciasdequeesta

    exista. Dois eventos podem ocorrer um depois do outro ou, em conjunto, porque eles so

    correlacionados,poracidenteoudevidoaalgumeventodesconhecidonosepodeconcluir

    que eles esto causalmente conectados semprovas.O recente terremoto ocorreu devido spessoasdesobedeceremaoreinoumbomargumento.

    A falcia tem dois tipos especficos: Depois disto, portanto, por causa disto e com isto,

    portanto,porcausadisto.Noprimeirotipoditoqueumeventocausououtroporqueeleo

    precede.Nosegundotipo,porqueumeventoocorreaomesmotempoemqueoutro,ditoque

    eleocausou.Emvriasdisciplinas,issochamadodeconfundircorrelaocomcausa.

    Aqui est um exemplo parafraseado do comediante Stewart Lee: Eu no posso dizer que,porqueem1976eufizumdesenhodeumrobeGuerranasEstrelasfoilanado,entoelesdevemtercopiadoaideiademim.Tambmhoutroqueeuvirecentementeemumfrumonline:Oatacantederrubouositedacompanhiadetrense,quandoeuchequeiohorriodechegadade trens,vocacreditaqueelesestavamtodosatrasados!Oquequemescreveuopost no conseguiu perceber que esses trens raramente chegam no horrio, e assim, sem

    qualquertipodecontrolecientfico,ainfernciainfundada.

    3

    Como se pode ver, comer chocolate e ganhar um Prmio Nobel se mostraram altamentecorrelacionados,talvezaumentandoasesperanasdemuitoscomedoresdechocolate.3

    http://bbc.co.uk/news/magazine-20356613
  • )CNEKCPHQTOCN 2KUVCU)CNUCU $RGNQ(OQEKQPCN $RGNQCQ/ GFQ

    ApeloaoMedoEstafalciajogacomostemoresdeumaaudincia,imaginandoumfuturoassustadoraoqual

    sechegaria seumadeterminadaproposio fosseaceita.Emvezde fornecerevidnciaspara

    mostrarqueumaconclusodecorredeumconjuntodepremissas,oquepode forneceruma

    causalegtimaparaomedo,taisargumentosdependemderetrica,deameaasoudementiras.

    Por exemplo, Peo a todos os funcionrios para votar em meu candidato nas prximaseleies. Se o outro candidato vencer, ele vai aumentar os impostos emuitos de vocs iro

    perderseusempregos.

    Aquiestoutroexemplo,tiradodoromanceOProcesso": Vocdeveriamedartodososseusbensantesdeapolciachegaraqui.Elesvoacabarcolocandoosnodepsitoeascoisastendem a se perder no depsito. Aqui, embora o argumento seja mais provavelmente umaameaa,aindaquesutil,feitaumatentativaderaciocnio.Ameaasbviasouordensqueno

    tentamfornecerevidncianodevemserconfundidascomestafalcia,mesmoqueelastentem

    explorarosensodemedo.[Engel]

    *

    NotadoTradutor:OProcesso(nooriginalemalemo,DerProzess),romancedoescritorchecoFranzKafka.*

  • )CNEKCPHQTOCN $PCNQIKC)TCEC $OQUVTC0Q4GRTGUGPVCVKXC * GPGTCNK\C Q$RTGUUCFC

    GeneralizaoApressadaEssafalciacometidaquandoalgumgeneralizaapartirdeumaamostraquesejaoumuito

    pequenaoumuitoespecialparaserrepresentativadeumapopulao.Porexemplo,perguntara

    dezpessoasnaruaoqueelaspensamdoplanodopresidenteparareduzirodficitdemodo

    algumpodeserditoquesejarepresentativodosentimentodetodaanao.

    Apesar de convenientes, generalizaes apressadas podem levar a resultados caros e

    catastrficos.Porexemplo,podeseargumentarqueospressupostosdeengenhariaquelevaram

    exploso do Ariane 5, durante o seu primeiro lanamento, foram o resultado de uma

    generalizaoapressada:oconjuntodecasosdetestequeforamusadosparaocontroladordo

    Ariane4noforamsuficientementeamplosparacobriroconjuntonecessriodecasosdeuso

    nocontroladordoAriane5.Referendartaisdecisesnormalmenterecaisobreacapacidadede

    argumentao de engenheiros e de diretores, da a relevncia deste e de outros exemplos

    semelhantesnossadiscussosobrefalciaslgicas.

    AquiestoutroexemplodeAlicenoPasdasMaravilhas,ondeAliceinfereque,umavezqueela est flutuando em uma massa d'gua, deveria estar por perto uma estao de trem e,

    portanto,ajuda.Alicehaviaidopraiaumavezemsuavida,ehaviachegadoconclusogeral

    deque,paraondequerquevocvnacostaInglesa,vocencontrarumasriedecabinesde

    banhonomar,algumascrianascavandonaareiacompsdemadeira,emseguida,umafileira

    decasasdehospedagem,eatrsdelasumaestaoferroviria.[Carroll]

  • )CNEKCPHQTOCN )CNEKCFQU CFQU)CNVCPVGU $RGNQ IPQT PEKC

    ApeloIgnornciaTal argumento assume que uma proposio verdadeira simplesmente porque no h

    evidnciaprovandoqueelano.Assim,aausnciadeevidnciatomadacomoevidnciade

    ausncia.Umexemplo,citadoporCarlSagan:Nohnenhumaevidnciaconvincentedeque

    osOVNIsnoestovisitandoaTerraportantoOVNISexistem.Damesmamaneira,quando

    nsnosabamoscomoaspirmidesforamconstrudas,algunsconcluramque,amenosqueseproveocontrrio,elasdeveriam,portanto,tersidoconstrudasporumaforasobrenatural.

    Onusdaprovasemprerecaisobreapessoaquefazumaalegao.

    Almdisso,comovriosoutroscolocaram,devemosnosperguntaroquemaisprovveleo

    que menos provvel fundamentandonos na evidncia de observaes passadas. mais

    provvel que um objeto voando pelo espao seja um artefato feito pelo homem ou um

    fenmenonatural,oumaisprovvelquesejamaliengenasvisitandonosdeoutroplaneta?

    Umavezquetemosobservadofrequentementeoprimeiroenuncaoltimo,maisrazovel

    concluirquepoucoprovvelqueosOVNISsejamvisitantesdoespaoexterior.

    A forma especfica do apelo ignorncia o argumento da incredulidade pessoal, onde a

    incapacidadedeumapessoaparaimaginaralgolevaaumacrenadequeoargumentoqueest

    sendoapresentadofalso.Porexemplo,impossvelimaginarquensrealmentepousamosum homem na lua, ento isso nunca aconteceu. Respostas desse tipo so, por vezes,espirituosamentecontrapostascom,porissoquevocnoumastrofsico.

  • )CNEKCPHQTOCN $ODKIWKFCFG (SWKXQECQ 4GFGHKPKQ )CNUQ(UEQEU

    FalsoEscocss vezes uma afirmao geral pode ser feita sobre uma categoria de coisas. Quando

    confrontadoscomumaevidnciadesafiandoessaafirmao,aoinvsdeaceitarourejeitla,se

    pode contra argumentar o desafio redefinindo arbitrariamente os critrios de adeso

    nessacategoria.

    Porexemplo,podesepostularqueosprogramadoressocriaturassemhabilidadessociais.Se

    algumvemerepudiaessaafirmaodizendo:MasJohnumprogramador,eelenode

    todo socialmente desajeitado, pode provocar a resposta: Sim, mas John no um

    programadordeverdade.Aqui,noestclaroquaissoosatributosdeumprogramador,nem

    a categoria dos programadores est to claramente definida como, digamos, a categoria das

    pessoascomolhosazuis.Aambiguidadepermitequeamenteobstinada redefinaas coisas

    vontade.

    EstafalciafoicunhadaporAntonyFlewemseulivroThinkingAboutThinking.L,eledo

    seguinteexemplo:Hamishest lendoo jornalesedeparacomumahistriasobreumingls

    quecometeuumcrimehediondo,qualelereagedizendo:Nenhumescocsfariaumacoisa

    dessas.Nodiaseguinte,elesedeparacomumahistriasobreumescocsqueteriacometido

    umcrimeaindapioremvezdealterarsuaafirmaosobreosescoceses,ele reagedizendo,

    Nenhumescocsverdadeirofariaumacoisadessas.

    4

    Quandoumatacantemaliciosamenteredefineumacategoria,sabendobemque,ao fazer isso,ele ou ela est intencionalmente deturpandoa, o ataque se torna uma reminiscncia da falciadoespantalho.

    4

  • )CNEKCPHQTOCN 2KUVCU)CNUCU )CN EKC* GPVKEC

    FalciaGenticaAsorigensdeumargumentoouasorigensdapessoaqueoprofereno temqualquer efeito

    sobreasuavalidade.Afalciagenticacometidaquandoumargumentooudesvalorizado

    oudefendidoapenasporcausadesuahistria.ComoT.EdwardDamerassinala,quandoseest

    emocionalmente ligado s origens de uma ideia, nem sempre fcil separarse destas para

    avalila.

    Considereoseguinteargumento,claroqueeledefendeossindicalistasemgreveafinal,eledamesmavila.Aqui,emvezdeavaliaroargumentofundamentandoseemseusmritos,elerejeitadopelofatodequeapessoavemdamesmavilaqueosmanifestantes.Essepedaode

    informao usado ento para inferir que o seu argumento , portanto, invlido. Aqui est

    outroexemplo:ComohomensemulheresquevivemnoSculo21,nsnopodemosmanteressascrenasdaIdadedoBronze.Porqueno?algumpoderiaperguntar.DevemosrejeitartodasasideiasqueseoriginaramnaIdadedoBronze,simplesmenteporqueelassurgiramnesse

    perododahistria?

    Poroutro lado, tambmsepode invocara falciagenticaemumsentidopositivo,dizendo,

    porexemplo,queOspontosdevistadeJacksobreartenopodemsercontestadoselevemdeumalongalinhagemdeeminentesartistas.Aquiestfaltandoumaevidnciaquesustenteainferncia,talcomonosexemplosanteriores.

  • )CNEKCPHQTOCN 2KUVCU)CNUCU &WNRCRQT$UUQEKC Q

    CulpaporAssociaoCulparporassociaodesacreditarumargumentoporproporumaideiaquecompartilhada

    por umindivduo ou grupo socialmente demonizados. Por exemplo: Meu oponente estpropondo um sistema de sade que lembra o de pases socialistas. Claramente, isso seriainaceitvel.Seosistemadesadepropostoseassemelhaounoaodepasessocialistasnoteminfluenciaalgumasobreseelebomouruim.,assim,umcompletononsequitur.

    Outro tipo de argumento, que tem sido repetido ad nauseam em algumas sociedades, o

    seguinte:Nopodemosdeixarqueasmulheresdirijamcarros,porquenospasesinfiisaspessoasdeixamsuasmulheresdirigiremautomveis.Essencialmente,oqueesteexemploeosexemplos anteriores tentam argumentar que algum grupo de pessoas absolutamente e

    categoricamente ruim. Portanto, partilhar sequer um nico atributo com o grupo citado

    converteriaalgumemumdeseusmembros,oqueconfeririaaeletodososmalesassociadosa

    essegrupo.

  • )CNEKC)QTOCN )CNEKC2TQRQUKEKQPCN $HKTOCTC&QPUGSWPEKC

    AfirmaraConsequnciaUmadas vrias formas vlidas de argumento conhecida comomodus ponens (omodo deafirmar mediante afirmao) e tem a seguinte forma: Se A ento C A, portanto C.

    Maisformalmente:

    $ &$W&

    Aqui,temostrsproposies:duaspremissaseumaconcluso.AchamadodeantecedenteeC

    deconsequente.Porexemplo,seaguaestfervendoaonveldomar,entosuatemperatura

    depelomenos100C.Talargumentovlido,almdeserslido.

    Afirmaraconsequnciaumafalciaformalquetomaaseguinteforma:

    6H$HQWmR&&SRUWDQWR$

    O erro surge de presumir que, se a consequncia verdadeira, ento o antecedente deve

    tambm ser verdadeiro, o que, na realidade, no necessariamente o caso. Por exemplo,

    Pessoasquevoparaauniversidadesomaisbemsucedidasnavida.Johnbemsucedidoportanto, eledeve ter frequentadoauniversidade.Claramente, o sucessodeJohnpode serresultantedesuaeducaoacadmica,maspoderiasertambmresultantedesuacriao,oude

    seu empenho em superar dificuldades. Demodomais geral, no se pode dizer que, porque

    educao acadmica implica sucesso, que, se algum bem sucedido, ento ele deve ter

    recebidoessaeducao.

  • )CNEKCPHQTOCN 2KUVCU)CNUCU )CNEKC* GPVKEC $F+QOKPGO $RGNQ +KRQETKUKC

    ApeloHipocrisiaTambm conhecido pelo seu nome latino, tu quoque, ou seja, voc tambm, esta falciaimplicaoporumaacusaocomoutraacusao,emvezdeabordaraquestoaserlevantada,

    com a inteno de desviar a ateno do argumento original. Por exemplo: John diz: Estehomemesterradoporqueeleno tem integridadebastaperguntaraeleporqueele foidemitidodeseultimoemprego, ao que Jack responde: Que tal falarmos sobre o gordobnusquevocrecebeunoanopassado,apesardoscortesemmetadedaempresa?Oapelohipocrisiatambmpodeserinvocadoquandoumapessoaatacaoutraporqueoqueeleouela

    estdefendendoconflitacomsuasaespassadas.[Engel]

    Temos outro exemplo do filme de Jason Reitman,Obrigado por Fumar (Fox SearchlightPictures,2005),ondeumdilogocarregadodetuquoque finalizadopeloastuto lobistadotabaco Nick Naylor com: Simplesmente me diverte a ideia de que este cavalheiro deVermontmechamedehipcrita,quandoestemesmohomem,emummesmodia,organizouuma conferncia de imprensa na qual ele defendeu que os campos de tabaco americanosfossemderrubados e queimados, e ento saltou emum jato privado e voou para a FarmAid, ondeelesubiuemumtratornopalcoelamentouaquedadoagricultoramericano.*

    Notado tradutor:Concertobeneficenteanual,organizadopelaassociaodemesmonome,nointuitodeapoiarospequenosagricultoresnorteamericanos.Maisinformaesem:farmaid.org*

    http://farmaid.org/
  • )CNEKCPHQTOCN &CWUC3WGUVKQPXGN %QNCFG0GXG

    BoladeNeveAboladeneve tenta desacreditar umaproposio, argumentando que a sua aceitao, sem

    dvida levar a uma sequncia de eventos dos quais, um ou mais deles sero indesejveis.

    Emborapossaserocasodequeessasequnciaocorra,cadatransioocorrendocomalguma

    probabilidade, este tipo de argumento parte do princpio de que todas as transies so

    inevitveis,semaomesmotempooferecernenhumaevidnciaquesustenteisso.Afalciajogacomos temoresdeumaaudinciae est relacionadaaumasriedeoutras falcias, comoo

    apeloaomedo,ofalsodilemaeaargumentaovoltadasconsequncias.

    Por exemplo, Ns no devemos permitir s pessoas o acesso irrestrito internet. Daqui a

    poucoelasestarofrequentandositespornogrficose,embreve,todaanossaestruturamoral

    se desintegrar e seremos reduzidos a animais. Como fica absolutamente claro, nenhuma

    evidncia fornecida, alm de conjecturas infundadas e de certas pressuposies sobre a

    conduta,dequeoacessointernetimplicaadesintegraodotecidomoraldeumasociedade.

    5

    Afalciadaboladenevedescritaaquidotipocausal.5

  • )CNEKCPHQTOCN 2KUVCU)CNUCU $RGNQ / WNVKF Q

    ApeloMultidoTambm conhecida como apelo ao povo, tal argumento usa o fato de que um nmero

    considervel de pessoas, talvezmesmo amaioria, acredita em algo, como evidncia de que,

    portanto, esse algo deve ser verdade. Alguns dos argumentos que tem impedido a aceitao

    generalizada de ideias pioneiras so desse tipo. Galileu, por exemplo, enfrentou o ridculo

    perante seus contemporneos pelo seu apoio ao modelo de Coprnico. Mais recentemente,BarryMarshalltevequetomaramedidaextremadeinocularasimesmo,afimdeconvencera

    comunidadecientficadequeaslcerasppticaspodemsercausadaspelabactriaH. pylori,

    umateoriaquefoi,inicialmente,amplamentedescartada.

    Atrairpessoasaaceitaroquepopularummtodofrequentementeutilizadonapublicidade

    enapoltica.Porexemplo,Todososgarotos legaisusamessegeldecabelosejaumdeles.Aindaquesetornarumgarotolegalsejaumaofertatentadora,nadasuportaoimperativode

    que tenhamosquecompraroprodutoanunciado.Polticos frequentementeutilizamretrica

    similarparadarimpulsosuascampanhaseparainfluenciaroseleitores.

  • )CNEKCPHQTOCN 2KUVCU)CNUCU )CNEKC* GPVKEC $F+QOKPGO

    $G+RPLQHP

    Umargumentoadhominemaquelequeatacaocarterdeumapessoaenooqueeleouelaest dizendo, com a inteno de desviar a discusso e desacreditar o seu argumento. Por

    exemplo,VocnoumhistoriadorPorquevocnosemantmemseuprpriocampo?Aqui, o fato de a pessoa ser ou no umhistoriador no tem impacto sobre omrito de seu

    argumentoenoreforadenenhummodoaposiodoatacante.

    Este tipo de ataque pessoal referido como ad hominem ofensivo. Um segundo tipo,conhecidocomoadhominemcircunstancial,qualquerargumentoqueatacaumapessoaporrazescnicas,aofazerumjuzoacercadesuasintenes.Porexemplo,Vocnoseimportarealmentecomareduodacriminalidadenacidade,vocsquerqueaspessoasvotememvoc. No entanto, h situaes em que se pode legtimamente pr em causa o carter e aintegridadedeumapessoa,comoduranteumtestemunholegal.

    A ilustrao inspiradaporumadiscussonaUsenethvriosanos,naqualparticipavaumprogramadorteimosoeexcessivamentezeloso.6

  • )CNEKCPHQTOCN )CNEKCFC2GVKQFG2TKPERKQ 4CEKQEPKQ&KTEWNCT

    RaciocnioCircularO Raciocnio Circular um dos quatro tipos de argumento conhecidos como petio de

    princpio,[Damer]ondeseassumeaconcluso,implcitaouexplcitamente,emumaoumais

    premissas.Noraciocniocircular,aconclusodescaradamenteutilizadacomoumapremissa

    ou,maisfrequentemente,reformuladaparaparecerqueumaproposiodiferente,quando

    naverdadeno.Porexemplo,Vocesttotalmenteerrado,porquevocnoest fazendonenhumsentido.Aqui,asduasproposiessoumaeamesmacoisa,jqueestarerradoenofazer nenhum sentido, nesse contexto, significam a mesma coisa. O argumento est

    simplesmentedeclarandoque,Porcausadex,portantox,oquenotemsentido.

    Umargumentocircularsvezespodecontarcompremissasnodeclaradas,oquepodetorn

    lomaisdifcildesedetectar.AquiestumexemplodaSriedeTVaustralianaPleaseLikeMe,ondeumdospersonagenscondenaooutro,umnocrente,ao inferno,aoqueele responde:

    [Isso] no faz nenhum sentido. como um hippie ameaando dar um soco em sua aura.

    Nesteexemplo,apremissanodeclaradaadequeexisteumDeusqueenviaumsubconjunto

    de pessoas ao inferno. Assim, a premissa Existe umDeus que envia os nocrentes para o

    infernousadaparasuportaraconclusoExisteumDeusqueenviaosnocrentesparao

    inferno.

  • )CNEKCPHQTOCN +KR VGUGPLWUVKHKECFC &QORQUK QG KXKU Q

    ComposioeDiviso*

    Acomposioinferirqueumtododeveterumdeterminadoatributoporqueocorrequesuas

    partespossuemesseatributo.Secadaovelhaemumrebanhotemumame,dissonosesegue

    queorebanhotenhaumame,paraparafrasearPeterMillican.Outroexemplo:Cadamdulonessesistemadesoftwarefoisubmetidoaumconjuntodetestesdeunidadeepassouemtodoseles.Assim,quandoosmdulossointegrados,osistemadesoftwarenoviolanenhumadasinvariantes verificadas pelos testes de unidade. A realidade que a integrao de partesindividuaisintroduznovascomplexidadesemumsistemadevidoadependnciasquepodem,

    porsuavez,introduzirviasadicionaisparafalhasempotencial.

    Adiviso,aocontrrio,inferirqueumapartedeveteralgumatributoporqueotodoaqueela

    pertenceporacasopossuiesseatributo.Porexemplo,Anossaequipe imbatvel.Qualquerumdosnossosjogadoresseriacapazdebatersecomumjogadordequalqueroutraequipeeeclipslo.Emborapossaserverdadequeaequipecomoumtodoimbatvel,nosepodeusarisso como evidncia para inferir que qualquer um de seus jogadores , dessa maneira,

    imbatvel. Claramente, o sucesso de uma equipe nem sempre a soma das habilidades

    individuaisdeseusjogadores.

    NTTambmconhecidacomoTodopelapartepartepelotodo.*

  • Hmuitosanosatrs,euouviumprofessor introduzirosargumentosdedutivosusandouma

    maravilhosametfora, descrevendoos como tubos estanques onde a verdade entra por uma

    extremidadee saipelaoutra.Realmente,esta foia inspiraoparaacapadeste livro.Tendo

    chegadoaofinaldestelivro,euesperoquevocsaiacomumamelhorapreciaonosomente

    dos benefcios dos argumentos estanques na validao e ampliao do conhecimento, mas

    tambmdascomplexidadesdosargumentosindutivos,ondeasprobabilidadesentramemjogo.

    Com esses argumentos, em particular, o pensamento crtico prova ser uma ferramenta

    indispensvel. Eu espero que voc tambm saia com uma percepo dos perigos dos

    argumentosfrgeisedecomoelessocomunsemnossavidacotidiana.

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  • 3URSRVLomRAfirmaoqueouverdadeiraoufalsa,masnoambas.Porexemplo,Bostona

    maiorcidadedeMassachusetts.

    3UHP LVVD Proposio que fornece suporte para a concluso de um argumento. Um

    argumentopodeterumaoumaispremissas.

    $UJXP HQWRConjuntodeproposiesquevisampersuadirpormeiodoraciocnio.Emum

    argumento,umsubconjuntodeproposies,chamadaspremissas, fornecesuporteparaoutra

    proposiochamadadeconcluso.

    $UJXP HQWRGHGXWLYR Argumento no qual, se as premissas so verdadeiras, ento a

    concluso deve ser verdadeira. Dizse que a concluso deriva, por necessidade lgica, das

    premissas. Por exemplo: Todos os homens so mortais. Scrates um homem. Portanto,

    Scratesmortal.Umargumentodedutivoplanejadoparaservlido,masclaroquepode

    noser.

    $UJXP HQWRLQGXWLYRArgumentonoqual,seaspremissassoverdadeiras,entoprovvel

    queaconclusotambmsejaverdadeira. Aconcluso,portanto,noderivacomnecessidade

    lgica das premissas, mas com sim probabilidade. Por exemplo, cada vez que medimos a

    velocidadedaluznovcuo,estade310 m/s.Portanto,avelocidadedaluzno

    7

    8Nacincia,geralmenteseprocedeindutivamentededadosaleis,edestasateorias,portanto,ainduoabasedegrandepartedacincia.Ainduotpicamenteentendidacomotestarumaproposioemumaamostra,porqueseriaimpraticvelouimpossvelfazerdeoutramaneira.

    7

  • vcuo uma constante universal. Argumentos indutivos geralmente procedem de instncias

    especficasparaogeral.

    )DOi FLDOyJLFDErronoraciocnioqueresultaemumargumentoinvlido.Esseserrostma

    verestritamentecomoraciocniousadoparaatransiodeumaproposioparaaoutra,eno

    com os fatos. Em outras palavras, um argumento invlido para uma questo no significa,

    necessariamente,queaquestonorazovel.Falcias lgicassoviolaesdeumoumais

    dosprincpiosque fazemumbomargumento, taiscomoboaestrutura,consistncia,clareza,ordem,relevnciaecompletude.

    )DOi FLDIRUP DO Falcia lgica, cuja forma no se adequa gramtica e s regras de

    infernciadeumclculo lgico.A validadedo argumentopode serdeterminada apenaspor

    meiodaanlisedesuaestruturaabstratasemanecessidadedeavaliaroseucontedo.

    )DOi FLDLQIRUP DO Falcia lgica que se deve ao seu contedo e contexto, em vez de sua

    forma.Seoerronoraciocniocomumenteinvocado,oargumentoconsideradoumafalcia

    informal.

    9DOLGDGHUmargumentodedutivovlidoseasuaconclusosegueselogicamentedesuas

    premissas. Caso contrrio, dizse ser invlido. Os descritores vlidos e invlidos aplicamse

    apenasaosargumentosenoaproposies.

    6ROLGH]Umargumentodedutivoslidoseelevlidoesuaspremissassoverdadeiras.Se

    qualquerumadessascondiesnosesustenta,ento,oargumentonoslido.Averdade

    determinada pela verificao se as premissas e as concluses do argumento esto em

    conformidadecomosfatosdomundoreal.

    )RUoDUmargumentoindutivofortese,nocasoemquesuaspremissassejamverdadeiras,

    entoaltamenteprovvelqueasuaconclusotambmsejaverdadeira.Casocontrrio,se

    improvvel que a sua concluso seja verdadeira, ento dizse que o argumento fraco.

    Argumentosindutivosnosopreservadoresdaverdadenuncaocasodequeumaconclusoverdadeiradevaseguirseapartirdepremissasverdadeiras.

    ,UUHIXWDELOLGDGH Um argumento indutivo irrefutvel se ele forte e as premissas so

    realmenteverdadeiras,isto,deacordocomosfatos.Casocontrrio,dizsequeeleduvidoso.

    )DOVHDELOLGDGHAtributodeumaproposioouargumentoquelhepermiteserrefutadoou

    desmentidoatravsdaobservaooudaexperimentao.Porexemplo,aproposio:todasas

    folhas so verdes, pode ser refutada, apontando para uma folha que no verde. A

    falseabilidadeumsinaldaforadeumargumento,aoinvsdasuafraqueza.

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  • 0COG[QWTRTKEGFTCIUNKFGTVQEJCPIG

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    HPDLODGGUHVV

    6XEVFULEH

    http://www.abc.net.au/radionational/programs/drive/the-lost-art-of-making-sense/5919286https://twitter.com/alialmossawihttp://subtlepatterns.com/http://dangerousminds.net/comments/an_illustrated_book_of_bad_arguments_dispatching_the_dumb_one_funny_animalhttp://laughingsquid.com/an-illustrated-book-of-bad-arguments-logical-fallacies-explained-with-fun-animal-illustrations/http://stripe.com/https://twitter.com/alialmossawi/status/526110069348257795http://www.reddit.com/r/philosophy/comments/1lcqzu/an_illustrated_book_of_bad_arguments/http://www.reddit.com/r/IAmA/comments/2irsu5/hi_reddit_i_created_the_book_of_bad_arguments/http://dish.andrewsullivan.com/2013/09/09/this-little-piggy-made-a-logical-error/http://boingboing.net/2014/03/21/bad-arguments-great-illustrat.htmlhttp://www.buzzfeed.com/kevintang/charming-cartoons-that-debunk-your-bs-argumentshttp://io9.com/a-guide-to-fallacious-arguments-illustrated-with-funny-1273276162http://www.fastcocreate.com/3019063/now-more-than-ever-you-need-this-illustrated-guide-to-bad-arguments-faulty-logic-and-silly-rhttps://almossawi.com/bookofbadarguments.htmlhttp://geekdad.com/2013/09/teach-kids-logic-illustrated-book-bad-arguments/https://bookofalgorithms.com/