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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE COMUNICAÇÃO UM OLHO NO LANCE REGISTROS NA BEIRA DO CAMPO EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA por Marcos Luiz Casé Góes Prof. Orientador: Oldemar Vítor Fonseca Santos Memória do trabalho de conclusão do curso de Graduação em Jornalismo – segundo semestre no ano de 2001 2002 SALVADOR - BAHIA Created with novaPDF Printer (www.novaPDF.com). Please register to remove this message.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE COMUNICAÇÃO

UM OLHO NO LANCE REGISTROS NA BEIRA DO CAMPO

EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA

por

Marcos Luiz Casé Góes

Prof. Orientador: Oldemar Vítor Fonseca Santos

Memória do trabalho de conclusão do curso de Graduação em Jornalismo – segundo semestre no ano de 2001

2002 SALVADOR - BAHIA

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Aos meus pais e irmãos

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AGRADECIMENTOS

A todos que dividiram comigo direta e indiretamente a realização desse projeto. Ao professor Vítor pela orientação.

Aos meus pais, pelo apoio total e pelos exemplos de pessoas que são. Aos meus amigos, todos, lista-los seria impossível, a lista é enorme. Eu, mas que ninguém

posso garantir que são pessoas fantásticas e que me deram apoio não só nesse trabalho, mas em situações delicadas de minha vida. Na verdade, eles não desistiram de mim.

A minha amiga e produtora Gina, sem ela seria tudo muito mais difícil. A meu irmão Lucas, sempre me aturando.

A minha irmã Manuela, que mesmo de longe, mandava força pra mim. Muito obrigado.

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RESUMO

Este trabalho é a memória descritiva do ensaio fotográfico Um Olho no Lance,

exposto na Grandes Autores Shopping Cultural, e faz parte do projeto experimental de

conclusão do curso de graduação em jornalismo. O ensaio recria o clima de uma partida de

futebol, com todos os elementos presentes em um estádio.

O enfoque dado ao assunto se prende na visão jornalística, analisando e demonstrando

como o futebol é mostrado nos periódicos baianos. Embora o principal objetivo tenha sido

o fotojornalismo no futebol, o trabalho também apresenta um enfoque artístico, brincando

com enquadramentos e imagens não usualmente utilizadas no dia a dia.

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SUMÁRIO

Agradecimentos 03

Resumo 04

O Meio 06

Fotografia: fonte de informação, idéias e questionamentos 09

Execução 15

Direcionamentos – pautas, revelação, edição e ampliação 18

Aspectos técnicos 21

Formato 23

Orçamento 25

Conclusão 26

Referências Bibliográficas 28

Anexos 30

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O MEIO

O interesse por fotografia eu herdei de meu pai. Como arquiteto, ele utilizava a

fotografia com o objetivo de registrar e guardar as formas e soluções que encontrava nos

mais diversos projetos arquitetônicos. Desde de pequeno, sempre tive meu pai como uma

referência e evidentemente, gostava de copiar tudo o que ele fazia.

Queria ser igual a ele. Agir como ele e participar de suas atividades eram as maneiras

mais fáceis de conquistar o que queria. Assim, o tinha como um espelho e o desejo de

fotografar surgiu quase que naturalmente. No começo fotografava os amigos, familiares e

tudo mais o que aparecia pela frente em ritos sociais, sejam eles aniversários, viagens ou

datas especiais. Eventos repetidos, imagens repetidas. Esse ato repetitivo, porém sempre

novo, o “trabalho sisifino” de que fala Barthes, que nos leva constantemente a olhar uma,

duas, infinitas vezes aqueles mesmas imagens dos álbuns para torná-las, a cada nova busca,

um ensaio diferente de explicação do mundo e de nós mesmos. Assim como para Sísifo, o

que parece uma condenação, essa repetição compulsiva, é uma atualização sempre

renovada e diferente daquilo que não é mais presente. As fotografias proporcionam o

acesso a direto a história, no caso, a minha história.

Meu pai, orgulhoso de minhas atitudes, incentivava todos os meus passos, me

orientando e me passando sua paixão pela fotografia. Minha primeira máquina fotográfica

foi presente dele quando completei 13 anos de idade. Era uma Casio EF-1, 35mm e que não

apresentava maiores recursos que um flash embutido. Mesmo assim, gostava dos resultados

e tentava aprimorar meus registros. Nessa mesma época, meu pai comprou novas

teleobjetivas para suas máquinas Nikon FM2 e N2020 e dividia suas atenções entre os

carros, outra paixão de meu pai herdada por mim, e suas fotos.

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Outro incentivador foi um tio, irmão de meu pai, que ao retornar de uma temporada

morando na cidade de Londres, Inglaterra, trouxe com ele uma Nikon 8008, e mais uma

série de equipamentos, que até então eu só conhecia por revistas. O ano era 1989, e meu

interesse cresceu ainda mais. Mesmo assim, as fotos eram ainda em sua maioria formas de

registros sociais.

Até chegar a faculdade não tinha vislumbrado a fotografia como um meio

profissional, tinha ela somente como lazer. Durante meu percurso acadêmico esse interesse

pela fotografia se manifestou de maneira diferente, a minha relação com a fotografia

poderia tomar uma outra dimensão e isso foi de fato o que aconteceu. As imagens passaram

de rito social a expressão da minha visão de mundo, das coisas que observo e fotografo e

que passaram a não estar apenas nos álbuns de retratos. Isso só foi despertado, quando

conheci melhor, pessoas que trabalhavam realmente com ela e não somente a curtiam. A

FACOM era repleta de pessoas assim, e por isso, logo no início do curso me envolvi

diretamente com projetos e disciplinas ligadas ao tema. Cursei todas as matérias

disponíveis, freqüentava (e ainda freqüento) bastante o laboratório da faculdade.

Ao longo da minha vida acadêmica, quase que me direcionei totalmente para esse

lado. Cursei as disciplinas: Oficina de Comunicação Audiovisual, Iniciação a Fotografia,

Temas Especiais em Fotojornalismo, Oficina de Fotografia, Teorias da Imagem. Mantive

contato com os professores Oldemar Vítor e José Mamede, além dos bolsistas do Labfoto,

Maria Helena Argolo, Márcia Cruz, Renata David, Michelle Rocha, Cláudio David e

Luciana Câmara.

No primeiro semestre de 2000, ao lado de Cláudio David (graduando em Produção

Cultural) e Eduardo Moody (formado em jornalismo pela FACOM em 2001.1), montamos

um grupo de pesquisa dentro da faculdade, sobre fotografia. O grupo não se destinava

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apenas a discussão de textos, mas também tinha propostas de realizar seminários, palestras,

fotoexpedições e praticar muito. O grupo serviu de auxílio a diversas disciplinas da unidade

que precisavam de monitoria. Também ajudamos na editoria de fotografia de alguns jornais

produzidos dentro do curso e até hoje, nos reunimos para discussões e organizações de

eventos.

Fora o grupo de pesquisa, fiz questão de ajudar monitorando turmas de foto, em

2000.1, 2000.2 e mais agora recentemente em 2001.2, ao lado da professora Carla

Schwingel.

Justificaria a escolha da fotografia como forma de trabalho de graduação pelo seu

potencial de sensibilização e por acreditar que o olhar, a imagem, enfim os sentidos

funcionam também como fonte de conhecimento. Mas entanto, prefiro justificar sua

escolha, por considerar a feitura deste trabalho não só o que de mais concreto construí

durante cinco anos de faculdade, e sim, também uma realização pessoal, pois consegui

materializar um projeto de três anos (no papel) e quase dez anos de existência.

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FOTOGRAFIA: FONTE DE INFORMAÇÃO, IDÉIAS E QUESTIONAMENTOS.

Fotografar é o modo de questionar a imagem anteriormente percebida. O assunto da

imagem registrada fotograficamente possibilita, sem dúvida alguma, uma qualidade de

análise e interpretação visual mais acurada. Ao fornecer um sem número de possibilidades

plásticas e/ou gráficas, a fotografia provoca dúvidas, gera questionamentos e sugere

soluções na busca de resultados, tanto para artistas quanto para cientistas, também como ao

homem comum, em sua contemplação desinteressada (ou não) do mundo que o cerca. A

fotografia, linguagem não-verbal, contribui decisivamente na realização de pesquisas

teóricas, manifestações artístico-culturais e como coadjuvante eficaz em inúmeras

descobertas científico-tecnológicas, como indica Spencer (1974) "A contribuição da

fotografia na ciência, é a seqüência qualificada de informação que não pode ser obtida de

nenhuma outra forma (...) A fotografia nos dota de uma espécie de olho sintético - uma

retina imparcial e infalível - capaz de converter em registros visíveis, fenômenos cuja

existência, de outra forma, não haveríamos conhecido nem suspeitado".

A fotografia é também um meio de simplificação na busca e síntese de resultados.

Além de se definir como linguagem de criatividade visual em diversas formas de expressão

artística, a fotografia e seus processamentos de imagens, são maneiras de se ver, descobrir e

questionar o passado, ou de acordo com Gomes (1996) "Fotografar é uma forma de

expressão, o "congelamento" de uma situação e seu espaço físico inserido na subjetividade

de um realismo.

A fotografia é um destes elementos, ao atuar tanto como fonte de qualidade como de

qualificação, mas paradoxalmente é vista apenas como um produto visual, um simples

apoio. Considerada apenas como suporte para o desenvolvimento de outras atividades (quer

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sejam, profissionais, acadêmicas ou de lazer), a fotografia ainda não foi devidamente

encarada como um parâmetro ímpar, que exigem leituras e compreensões próprias.

De acordo com Gomes (1996), a imagem fotográfica, ao registrar a experiência, pode,

provocar novas percepções, produzir a subjetividade inerente ao ato de olhar, e imortalizar

o fato e o espaço captados, contextualizando-os".

A fotografia impõe-se também como uma importante manifestação da poética visual

contemporânea. Ao invés de suporte, se transforma, em si mesma, numa fonte de estudos

de sociologia da comunicação, através de pesquisas experimentais. Nessa perspectiva inclui

abordagens teóricas de caráter multidisciplinar, desde a preocupação com o significado, até

com os aspectos físicos de imagens analógicas, obtidas através de processos fotoquímicos

conjugados a sofisticados conteúdos visuais, criados e processados em ambientes virtuais

pelo uso de imagens digitalizadas.

A fotografia exerce um papel tão abrangente, tão presente no nosso dia-a-dia que

foge-nos à percepção de sua real importância na atualidade. Os diversos meios de

comunicação e informação jornalística, publicitária ou cultural que nos envolve e fascina,

são essencialmente fotográficas, quer sejam na forma de imagens estáticas ou dinâmicas,

que a utilizam. Letras, desenhos, monocromias, grafismos policromáticos, entre outros que

possuem múltiplos padrões tonais, são componentes das milhares de imagens que

inquestionavelmente fazem parte do universo visual e ambiental do cidadão comum. Isso

acontece em toda e qualquer parte do mundo, de uma forma ou de outra, em maior ou

menor escala.

A fotografia, impressa, exposta ou projetada, sempre está presente. Sem dúvida, a

fotografia contemporânea integrou-se definitivamente em várias áreas das atividades

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humanas, proporcionando processos criativos na busca de novos patamares do

conhecimento, em todas suas formas e níveis.

Barthes (1977), ao referir-se sobre o significado de uma imagem fotográfica, mostra

que a conotação é histórica, decorrente e modificável de acordo com o momento social.

Referindo-se ao valor da linguagem fotográfica em jornais, onde se torna o centro da

reportagem, sugere o título e orienta a estrutura do layout, numa congruência, mas não

homogeneização com o texto As imagens fotográficas contém, potencialidades

desestabilizadoras que podem ser inseridas na processualidade de recriação permanente do

cotidiano já conhecido. Fotografar e "ler" fotografias são como atos participantes de um

jogo de espelhos, pois, são múltiplas as implicações entre quem fotografa e o assunto

fotografado e vice versa, gerando esquemas interpretativos.

Barthes descobre que a fotografia deve ser indagada como manipulação de sistemas.

E como tal, deve ser analisada neste aspecto. Funciona como montagem entre sistemas

prévios, ai aglutinado: O propriamente fotográfico, cujos constituintes imediatos são

tonalidades, linhas e superfícies e seu referido contexto. Dentro desta análise inicial

verifica-se o sistema fotográfico caracterizado, por ser uma mensagem sem código,

porquanto se pretenda a pura transcrição do real. Documento absoluto de verdade,

reprodução exata da realidade. Talvez para um olhar desatento, a fotografia tenha única e

absolutamente estes papéis. Já um olhar observador vai mais longe: questiona a própria

existência da fotografia, discute sua importância como aparelho reprodutor de ideologia.

A foto faz um registro histórico do momento, um instante que não poderá ser

reproduzido novamente, levando-se em consideração a época, os costumes e as tradições

que ficam eternizados no instante fotografado. É por isso única e de caráter documental,

segundo Roland Barthes. Machado, em sua obra “A Ilusão Especular” ressalta o mesmo

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caráter documental, “mas não através do que a fotografia pode dizer enquanto registro de

um instante, e sim através de sua materialidade”. Ou seja, para ele o que caracteriza o

caráter histórico da foto é a definição dos elementos que a compõe enquanto um processo

químico.

Sua discussão trata a fotografia enquanto técnica. Barthes ressalta ainda o caráter

conservador da foto. A imobilidade, fixação de um instante através da pose, é o que

constitui a natureza da fotografia. A pose eterniza uma ficção e não uma realidade. A ficção

decorre do fato de que a pose do fotografado é uma imagem criada, é a imagem que se quer

passar, aquilo que imaginamos ser, e não o que somos.

Conforme Neiva (1986), trata-se de uma representação e aparência, cuja configuração

pretende-se verdadeira. Partindo da imitação da realidade, envolve intenções,

representações e significados.

A fotografia é, em síntese, uma linguagem universal, sem tradução específica,

constituída por uma leitura livre, sem normas e formalismos. Ela é intrinsecamente uma

cópia virtual, constituída de lapsos de tempos fragmentados em uma realidade ocasional ou

dirigida, obtida pelo fotógrafo-autor. Poderíamos dizer que é uma verdade com autoria,

onde o autor tenta transmitir seu conceito sobre aquele momento, do instante captado, mas

depende do espectador, quanto aos seus limiares de percepção e concepção crítica visual. A

fotografia aciona tudo isso. Ela nos reporta a algo que queremos ver ou não, tudo é relativo

às intenções do autor e das concepções do espectador. A importância maior reside no fato

deste espectador poder "ler" detalhes ou pequenos momentos fracionados fotograficamente,

à sua vontade, em condições de livre interpretação, no tempo e espaço que desejar.

Pode-se dizer que a foto realmente eterniza uma imagem mesmo que esta não

corresponda à verdade absoluta, mas a uma verdade fabricada, aquela que se quer passar

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adiante. O caráter subjetivo da fotografia não pode ser desprezado. A imagem retratada, ao

mesmo tempo em que apreende o real, reflete o ponto de vista de seu autor.

Também, podemos definir a fotografia, enquanto elemento visual, como uma forma

gráfica de impressões e expressões artísticas, científicas e tecnológicas, cuja interação

desses segmentos resulta em um registro visual, dotado de múltiplas formas de relações

informativas e interpretativas.

Essas são as maneiras com que o fotojornalismo é visto, pois a fotografia, como toda

e qualquer atividade criadora, tem de responder a duas questões básicas - o que fazer e

como fazer - que definem o conteúdo e a forma de sua produção. No fotojornalismo, o

conteúdo da foto é a notícia e a forma de fotografar é a que resulta em maior eficiência na

transmissão da informação. O fotojornalismo é a preocupação com a notícia, é a

representação da realidade. No sentido lato de seu significado a palavra se refere à

produção de fotografias tanto informativas quanto documentais e até mesmo ilustrativas.

Ou seja, toda a publicação que leva uma fotografia em seu interior pode ser considerada de

conteúdo fotojornalístico.

Mas falando no sentido restrito da palavra, fotojornalismo se refere à atividade que

procura informar, oferecer conhecimento e formar pontos de vista sobre determinados

assuntos, através da imagem. O que prevalece aqui é a real importância jornalística da

imagem, inclusive no fotojornalismo direcionado ao futebol.

Nesse caso, o que muda basicamente de um fotografo para outro ou nas diversas

publicações pelo país é o tipo de enquadramento e perfil das imagens. Aqui na Bahia, a

edição ainda prefere um estilo mais tradicional, onde a informação fica restrita ao que eles

denominam “imagem completa”. Essa “imagem completa” seria na composição da foto,

onde necessariamente tem que constar um jogador de cada time disputando a bola, ou um

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lance de dividida entre eles. Basicamente as fotos publicadas por aqui caem nesse

marasmo, enquanto no sul do país e fora do Brasil o padrão seja outro. Nessas publicações,

a imagem é valorizada pela quantidade de informação que ela traz, a relevância que essas

informações tem em relação ao jogo que estava sendo fotografado e como a foto pode

trabalhar ao lado do texto, fazendo uma cobertura jornalística do assunto.

Esse é o ponto principal do meu trabalho, pois minhas fotografias estão diretamente

relacionadas aos dois tipos de enquadramentos, fazendo uma comparação entre eles

mostrando suas diferenças e semelhanças. Na exposição, as fotos estão divididas quase que

igualmente em número (ao todo 72) nos dois tipos de linguagem, assim o estudo delas pode

ser mais bem aproveitado.

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EXECUÇÃO

Para a execução do projeto entrevistei alguns fotojornalistas especializados no tema,

no intuito de me familiarizar, já que era a primeira vez que fotografava com esse objetivo.

Antes, disso, minhas fotos eram feitas em condições de muita luminosidade ou em que a

velocidade não fosse um fator importante. Muito diferente das condições encontradas nos

jogos de futebol, pois o fator velocidade predomina em relação ao diafragma, ou melhor,

profundidade de campo.

Entre os conselhos estão o de preservar a regra dos terços, fazer fotos com boa

movimentação, explorar ao máximo a plasticidade dos lances e tentar também trazer um

diferencial, como uma foto inesperada, ou um enquadramento novo, mesmo que não seja

utilizado na edição. Outro ponto é a versatilidade do fotógrafo que sempre tem que dar

opções ao editores na hora de levar a foto. “Não tem jeito, temos que pensar que o pessoal

da edição pode querer uma foto horizontal ou vertical. Não podemos atrapalhar a edição, o

trabalho é de equipe”, ensina Haroldo Abrantes, do Correio da Bahia. Entre os fotógrafos

entrevistados destaco alguns: Edson Ruiz, Welton Araújo, Edson Bonfim, Jonny Roriz e

Haroldo Abrantes.

Edson Ruiz, fotógrafo especializado em esportes. Muitos anos no ramo tendo passado

pela Agência Estado, Globo, Istoé, Placar, Agência Folha, dentre outros. Atualmente Ruiz

trabalha com um equipamento digital, podendo transmitir as imagens com muita rapidez e

agilidade. Para ele, hoje em dia o equipamento é essencial e faz a diferença, não tanto na

obtenção da foto, mas na transmissão dela. “Trabalhamos contra o tempo. Temos

necessidade de transmitir o mais rápido possível, para que a foto seja utilizada pela agência.

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Acredito que o futuro é a fotografia digital, na verdade o presente em certas ocasiões já é

digital”, afirma Ruiz.

Sobre enquadramento e pautas Ruiz explica que mudou muito em relação com o que

era feito anos atrás. “Uma boa foto em futebol não tem mais necessariamente de ter a bola

(o fator bola ainda é muito usado no jornalismo baiano). Isto está acabando. Pode-se

mostrar muito mais informação com a imagem de uma expulsão, uma contusão ou até a

alegria ou revolta de alguém. A escolha agora não fica mais somente com os editores, o

fotógrafo tem muito mais liberdade para definir seu estilo”, adianta.

Para Welton Araújo, do jornal Correio da Bahia, deveria haver um pouco mais de

integração entre a equipe que vai cobrir o jogo. Editor, repórter e repórter fotográfico

tinham que trabalhar em conjunto para que o resultado pudesse melhorar ainda mais. “O

que acontece hoje é que saímos pautados somente para o jogo, não existe uma conversa

para se decidir como agir durante o evento, como acontece em outros tipos de cobertura. O

repórter fotográfico tem que trabalhar muito com a intuição, para poder fazer uma boa

cobertura. Trabalhando em equipe, o repórter vai saber com que material contar na hora de

escrever e o repórter fotográfico vai poder explorar melhor o seu potencial”, pondera

Welton.

Em relação ao equipamento Welton concorda que ele faz diferença, lançando até uma

proporção de que hoje em dia 80% é equipamento enquanto 20% é talento. “Se o fotógrafo

tiver um bom equipamento, ele pode fazer fotos da torcida, mesmo estando dentro do

campo, por exemplo, e continuar registrando o jogo sem maiores problemas. Lógico que

um cara talentoso vai trazer seu bom material, mesmo com um equipamento não tão bom,

mas uma profissional que tenha um equipamento de primeira e não tenha tanto talento

assim, também vai acabar trazendo um material bom”, comenta.

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Embora concorde que as imagens tradicionais estão em desuso, Welton explica que

tem que seguir a linha editorial do jornal em que trabalha. “Eu acho que a foto com bola é

uma tradição e que ainda é usada num ponto de vista de edição arcaica. Hoje dia vale muito

mais a emoção, a estética do lance, o balé dos jogadores, mas tenho o foco em cima dela

por causa do tipo de edição que tenho, o que não impede que eu leve para eles uma imagem

diferenciada”, completa.

“O fotografo de futebol hoje trabalha com o papel também de ser um jornalista,

sempre estudando o desenvolvimento do jogo”. Essa é a opinião de Jonny Roriz, Jornal A

Tarde. Para ele, o repórter fotográfico que fica limitado a lances, não consegue um bom

material. “Se parar para tentar adivinhar onde é que a bola vai cair, pode-se acabar

perdendo a noção do que está acontecendo e não prestar atenção em que está sendo

destaque na partida, e que vai ser a capa do outro dia, por exemplo. Não adianta ficar

pensando só no clique se o fotógrafo não tiver a informação”, destaca.

De todos os entrevistados Edson Bonfim, da Tribuna da Bahia, é o que menos se

importa com o fator equipamento. Sua maquina é uma Pentax de 30 anos de idade. Ele

também não é pautado por editores, segue a linha da intuição e experiência para conseguir

fazer um bom material de trabalho. “Eu mesmo faço tudo, pautas, revelação dos filmes, só

não interfiro na edição, que fica a cargo dos editores mesmo. Eu gosto mesmo é de criar, as

vezes eles me pedem para fazer foto de jogador tal, mas nem sempre é possível de realizar,

nesse caso, faço uma foto semelhante, ou exploro um destaque do jogo”, revela.

Para ele, a informação continua sendo o ponto mais importante numa foto. “O leitor

quer ver a notícia do jogo, e algo que a ilustre. Se minha imagem conseguir mostrar o que

foi o jogo, ou o que de mais importante aconteceu, então eu sei que fiz um bom trabalho”,

explica.

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DIRECIONAMENTOS – PAUTAS, REVELAÇÃO, EDIÇÃO E AMPLIAÇÃO-

Para a realização dos registros (ou para os seus direcionamentos), elaborei

previamente pautas e tentei seguí-las com precisão. Isso não impediu que no andamento do

trabalho eu fosse guiado também pelas minhas observações e intuições acerca do que

encontrava, nas diversas situações. A todo o momento, eu procurava trabalhar com meu

projeto na cabeça, mas também como um fotojornalista e aproveitar as informações

adquiridas no momento dos acontecimentos. Cito um exemplo para ilustrar.

Durante o jogo entre Bahia x Sport-PE, final do Campeonato do Nordeste 2001, eu

me pautei para aproveitar a quantidade de público no estádio da Fonte Nova (Estádio

Otávio Mangabeira) e fazer registros da torcida. Entretanto, devido ao alto nível técnico do

jogo e pela grande rivalidade entre os times, tive que mudar meu foco durante o segundo

tempo, esquecendo um pouco da torcida (objetivo inicial) e clicar os lances que se

multiplicavam no decorrer da partida. Ao final, voltei minhas atenções novamente para o

público, que comemorava o resultado obtido pelo time baiano, que conquistava mais um

título regional.

O trabalho de revelação de filmes não foi feito por mim. Embora estivessem nos meus

planos fazer todos os processos do projeto sozinho, não pude contar com o laboratório da

faculdade durante esse semestre. Nos últimos dois anos a FACOM vem sendo transferida

do Canela, antiga sede, para um prédio maior no Pavilhão de Aulas da Federação (PAF),

localizado em Ondina. Acontece que a última parte a ser transferida foi à parte dos

laboratórios, inclusive o de fotografia. Assim, o Labfoto ficou desativado durante todo

semestre de 2001.2 e infelizmente para mim, e felizmente para a faculdade, que ganha no

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próximo semestre um novo Labfoto, não pude realizar as revelações e ampliações eu

mesmo.

Sabendo que a revelação dos filmes é de suma importância para o resultado final das

imagens, procurei realizar esse processo na Objetiva, loja especializada, indicada por

fotógrafos profissionais e que dispõe de mão de obra e equipamento especializados no

assunto. Cuidei, no entanto, de exigir deles, resultados com o máximo de fineza da imagem,

o mínimo de granulação que fosse possível, já que tinha fotografado com filme de alta

sensibilidade.

Explicando: grão, granulação - designam a quantidade aparente dos grãos na

superfície da fotografia, uma aparência arenosa, salpicada, que é resultado da ampliação de

um negativo com ASA elevada (800, 1600, 3200). Quanto mais sensível for um filme,

maior será a aparência do grão. Grande parte dos fotógrafos tenta evitá-los, outros, porém

procuram realçá-los, criando imagens com bastante granulação aparente, o que não foi meu

objetivo durante o projeto.

Sem sombra de dúvida, a edição foi à parte mais difícil e complicada de todas. Depois

de tantas imagens (mais de 1500 fotos), teria que escolher nesse universo uma média de 30

fotos. Essa era meta inicial, mas devido ter escolhido abranger uma variada gama temática

dentro do futebol, como torcida, lances, vestiário, técnicos, jogadores, árbitros,

policiamento, ambulantes e tudo mais que compõem uma partida, resolvemos fechar a

escolha em 72 fotos, sendo algumas agrupadas por temas em painéis.

A seleção foi iniciada por mim e pelo meu orientador Oldemar Vítor. Vítor sugeriu

que compartilhássemos o nosso trabalho com umas das turmas que ele ministrou durante o

período. Assim devo creditar a seleção também aos alunos da disciplina Temas especiais

em Fotojornalismo de 2001.2 que me ajudaram bastante, e até diria que tiveram papel

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fundamental nas escolhas das imagens pré-selecionadas, cerca de 300. A finalização ficou a

cargo de meu orientador e de mim.

Depois de escolhidas as fotos, optamos por dois tamanhos para a ampliação – 15x21cm

para as fotos dos painéis e 20x30cm para as fotos individuais. Elas foram emolduradas com

molduras de alumínio pretas e vidro anti-reflexo. O texto de apresentação foi escrito por

Juliana Protásio, aluna da graduação de jornalismo. Na apresentação das fotografias, não

me vali do uso das legendas, por acreditar meu produto estar relacionado diretamente com

o jornalismo e também por achar que elas não precisavam de legenda, pelo fato de se

explicarem sozinhas.

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ASPECTOS TÉCNICOS

O equipamento utilizado foi câmera Nikon N2020, Flash Nikon SB-26, monopé e

lentes Nikkor AF 50mm 1.8, Nikkor AF 28mm 2.8 e Vivitar 70~210mm 4-5.6. A escolha

da objetiva variou de acordo com o motivo que iria fotografar. Utilizei a teleobjetiva

70~210 nas fotos de lances no campo, ou em closes da torcida. Esse equipamento, embora

ultrapassado em relação ao utilizado hoje em dia por profissionais, foi de fundamental

importância, pois em ele não conseguiria me aproximar tanto do assunto, já que em

esportes, o fotógrafo fica limitado a uma área que não atrapalhe o desenvolvimento do

evento.

As outras lentes me proporcionaram visões mais amplas e com elas eu pude registrar

a ambientação do espaço, tal como pude também me concentrar na movimentação e

arrumação das torcidas e dos elementos mais gerais.

Utilizei três tipos de filmes. O Kodak T-Max ASA 3200, o Fuji Neopan ASA 1600 e

o Fuji Neopan ASA 400. Todos esses filmes são preto-e-branco de alta sensibilidade e

médio contraste, capazes de produzir imagens com grande definição de detalhes, menos

granulação na prova e fineza na imagem.

Escolhi o preto-e-branco primeiramente por uma questão estética. Pensei nas

tonalidades que o preto-e-branco iria me proporcionar com os contrastes de uniformes,

torcidas, campos e o céu. Acredito também que o colorido é o reflexo da realidade, e que o

preto-e-branco é uma interpretação dela. Outro motivo é a intimidade que esse tipo de filme

me proporciona, já que há quatro anos, a maioria dos meus trabalhos foram feitos com esse

tipo de filme. Também, sendo preto-e-branco, poderia eu mesmo revelar e ampliar, coisa

que não foi possível por motivos já descritos.

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Com o preto-e-branco também poderia carregar em expressividade e as nuances em

cinza poderiam acentuar o caráter dramático de algumas situações. Diferente das

fotografias em cores, que me transmitem transparência, e “se aproximam” mais da

realidade, de maneira tal como se vê naturalmente, isto é, um mundo dotado de cores. Não

é, por acaso, que a indústria da fotografia de consumo – o álbum de família – está

atualmente dedicada às imagens coloridas.

Além disso, as fotos sendo preto-e-branco eu eliminaria o problema de só fotografar

em Salvador. Explicando – meu objetivo era retratar o futebol e não Bahia e Vitória, sendo

assim, se eu escolhesse o colorido, o fator dos times ficaria, talvez mais forte que o fator

futebol. No preto-e-branco as imagens se assemelham mais, e acaba com o problema da

fixação das cores dos times baianos em primeiro plano.

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FORMATO

Poderia ter apresentado o trabalho de diversas maneiras como: livro, fotorreportagem,

site, mas para mim, a exposição fotográfica sempre foi a mais adequada. Numa galeria se

cumpre o ritual de olhar, avaliar, deter alguma atenção às imagens, que é pra mim um dado

a ser considerado. Mas isso não dependia somente do meu esforço. Numa galeria há uma

ambientação, como a iluminação, a disposição e o suporte para as imagens, enfim, a

organização do espaço físico que é própria para a apresentação desse tipo de trabalho – um

ensaio fotográfico.

Nesse item contei com o apoio da Grandes Autores Shopping Cultural que me cedeu

o espaço para expor as fotos entre os dias 2 e 10 de maio de 2002. Apoio também tive de

vários amigos que me ajudaram com pequenas coisas aqui e ali, mas sem dúvida, o mais

importante foi de minha amiga e produtora Gina Leite. Ela se dedicou a exposição como se

fosse dela e esteve ao meu lado até a montagem dos painéis. Sua experiência e talento fez a

diferença na hora de decidir o que fazer, o que colocar, de que maneira expor, aproveitando

da melhor maneira possível os poucos recursos que tínhamos.

A abertura da exposição foi elaborada para receber 300 convidados, número razoável

para uma primeira exposição e apresentação de um projeto de conclusão de curso. Na

abertura, tive o cuidado de ambientar o local com algumas peças encontradas num estádio.

Fiz um seleção de músicas ligadas de alguma forma ao assunto. As músicas também

serviram na ambientação do espaço. Outras coisas que ajudaram na composição foram: um

varal com camisas de clubes brasileiros e comidas típicas de estádios, como amendoim

cozido, amendoim coberto, rolete de cana, pipoca, entre outras, sendo servidas ao mesmo

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tempo em que o coquetel “de verdade”. Mas uma vez contei com a ajuda de Gina, na

produção do espaço.

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ORÇAMENTO

Todos os custos com filmes e revelações, igualmente como o de todo o projeto, foram

financiados exclusivamente por recursos próprios, desde as primeiras fotografias feitas de

teste, como também, as produzidas para o projeto em si. Pode-se se dizer, que ao todo,

foram revelados cerca de 45 filmes, preto e branco, entre ASA 400, 1600 e 3200. 12 deles

furtados dentro de meu veículo no dia 11 de junho de 2001. Esse fato impossibilitou a

conclusão do meu projeto no primeiro semestre de 2001.

- Ampliações fotográficas R$ 245,00

- Molduras R$ 650,00

- Coquetel para 300 convidados R$ 525,00

- Confecção do Cartaz R$ 39,00

- Convites R$ 120,00

- Stands R$ 210,00

- Filmes e revelações R$ 1203,00

- Materiais diversos R$ 96,00

Total: R$ 3088,00

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CONCLUSÃO

A realização da exposição fotográfica Um olho no lance - Registros na beira do

campo foi para mim um grande desafio, não só no âmbito profissional como também

pessoal. Trabalhei não apenas como fotógrafo, mas também como produtor do evento

viabilizando o local que iria abrigar a exposição e na confecção dos cartazes e convites, no

trabalho de divulgação, na montagem do material e a recepção de convidados na abertura

do evento. Não posso esquecer de citar que na confecção dos convites e do cartaz do

evento, eu contei com a ajuda de Paulo Couto Júnior, amigo e graduando em jornalismo na

FACOM.

Apesar de ter contado com o apoio significativo de muitas pessoas, eu acompanhei de

perto todas as etapas. Tive que me dedicar ainda mais às pesquisas sobre os assuntos, tanto

fotografia, quanto futebol e tive que arranjar forças refazer todo um projeto e um ano de

trabalhos perdidos e que me impedira de formar no primeiro semestre de 2001. Enfim,

depois de ter perdido quase todo meu material, ao ter meu carro roubado com meu trabalho

quase pronto dentro. Voltei a fotografar os mesmo assuntos antes já fotografados e tive que

manter o mesmo ânimo anterior. De uma certa maneira, esse entrave foi bom, pois me deu

maior experiência, melhor olho, melhores fotos. Também pude entrar em contato com um

número maior de fotógrafos, com quem troquei muitas informações e de quem recebi

muitas dicas sobre fotografia, comportamento no trabalho e fora dele.

É lógico que não queria ter perdido meu trabalho anterior. É lógico que não tenho

boas recordações daquele 11 de junho. É lógico também que perdi muita coisa por não ter

me formado naquela ocasião, mas tem coisas que servem de lição e que dão um novo rumo

nos planos e na vida. Essa experiência, toda ela, foi um desses momentos. Um olho no

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lance, foi apenas minha primeira exposição, há, portanto muitos caminhos para ainda serem

percorridos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MEMÓRIA

BARTHES, Roland. A câmara clara. Nota sobre a fotografia. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,1989.

GOMES, P. Da escrita a imagem: da fotografia à subjetividade. Porto Alegre: UFRGS / Instituto de Psicologia (Projeto de dissertação de mestrado), 1996.

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NEIVA, Jr., Eduardo. A imagem fotográfica. São Paulo: Ática, 1986.

SPENCER, D.A. Color Photography in Pratice. Londres: Iliffe & Sons, 1980.

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BAIRON, S. Multimídia. São Paulo: Global, 1995.

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DUBOIS, Philippe. O Ato fotográfico. Tradução de Marina Appenzeller. Campinas, SP: Papirus, 1994 (cap.: Da verossimilhança ao índice);

Entrevista com Sebastião Salgado. Revista Playboy, 1997.

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FREEMAN, Michael. Grande manual da fotografia. Lisboa, Portugal: Dinalivro. 1991.

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GURAN, Milton. Linguagem fotográfica e informação. Rio de Janeiro: Rio Fundo Editora, 1992.

HEDGECOE, J. El libro de la fotografia creativa. Madri: H.Blume Ediciones, 1981.

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LANGFORD, Michel. Fotografia básica. 4ed. Tradução de Mário B. Nogueira. Lisboa: Dinalivro, 1996 (caps.: Objetivas e Respectivos comandos / Máquinas fotográficas; / Exposição: equipamentos e métodos)

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SOWERBY, A. L. M., Dictionary of Photography. 18ª ed., Londres: Iliffe & Sons Ltd, 1956.

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ANEXOS

1- Imprensa

2- Convite

3- Cartaz

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