Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

44
Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira Armando Castelar Pinheiro IPEA - UFRJ III Seminário de Economia de BH Belo Horizonte, 14 e 15 de setembro de 2006

description

Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira. Armando Castelar Pinheiro IPEA - UFRJ III Seminário de Economia de BH Belo Horizonte , 14 e 15 de setembro de 2006. Um cenário otimista para juros e preços. Selic real. Dívida externa líquida/exportações. Exportações (US$ bilhões). - PowerPoint PPT Presentation

Transcript of Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Page 1: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Uma Agenda de Reformas para a

Economia Brasileira

Uma Agenda de Reformas para a

Economia Brasileira

Armando Castelar Pinheiro

IPEA - UFRJ

III Seminário de Economia de BHBelo Horizonte, 14 e 15 de setembro de 2006

Page 2: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

Um cenário otimista para juros e preços

0

5

10

15

20

25

3019

96

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

Selic IPCA

16% 19% 27% 16% 11% 9% 6% 13% 8% 13% 11% 8% 7% 7% 6%

Selic real

Page 3: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

Dívida externa líquida/exportações

0.0

0.5

1.0

1.5

2.02.5

3.0

3.5

4.0

4.5

5.0

4° T

rim

.197

0

4° T

rim

.197

3

4° T

rim

.197

6

4° T

rim

.197

9

4° T

rim

.198

2

4° T

rim

.198

5

4° T

rim

.198

8

4° T

rim

.199

1

4° T

rim

.199

4

4° T

rim

.199

7

4° T

rim

.200

0

3° T

rim

.200

1

2° T

rim

.200

2

1° T

rim

.200

3

4° T

rim

.200

3

3° T

rim

.200

4

2° T

rim

.200

5

1° T

rim

.200

6

Page 4: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

Exportações (US$ bilhões)

10

30

50

70

90

110

130

1996

01

1996

08

1997

03

1997

10

1998

05

1998

12

1999

07

2000

02

2000

09

2001

04

2001

11

2002

06

2003

01

2003

08

2004

03

2004

10

2005

05

2005

12

Correntes Jan-02

Page 5: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006Fonte: Lisa M Schineller, The Brazilian Elections: Not A Rerun!, S&P, setembro 2006.

Page 6: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006Fonte: Lisa M Schineller, The Brazilian Elections: Not A Rerun!, S&P, setembro 2006.

Page 7: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

EconomiaCrescimento PIB: Mediana projeções de

mercado (%)

Fonte: Banco Central.

1.3

1.9

0.5

4.9

2.3

3.23.5 3.5 3.6

3.8

0

1

2

3

4

5

6

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Em 2005:

Rússia 7%

Índia 8%

China 10%

Page 8: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

Média Móvel de Dez Anos: Crescimento do PIB e FBCF (%, preços 1980)

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

1979

1980

1981

1982

1983

1984

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

12

13,3

14,6

15,9

17,2

18,5

19,8

21,1

22,4

23,7

25

PIB FBCF

Fonte: IBGE - IPEADATA.

Page 9: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

As reformas fracassaram em recolocar o Brasil numa rota de crescimento acelerado

PIB Contribuições para o PIB

Período A=B+C+D Capital

(B) Trabalho

(C)

Produtividade Total dos

Fatores (D)

1931-45 4.3 1.7 1.0 1.7

1946-80 7.4 4.6 1.4 1.4

1981-93 1.6 1.3 1.1 -0.7

1994-04 (b) 2.7 1.0 0.6 1.1

Variação de

1946-80 para 1981-93 - 5.8 - 3.3 - 0.3 - 2.1

1981-93 para 1994-04 1.1 - 0.3 - 0.5 1.8

Fonte: Armando Castelar Pinheiro e Regis Bonelli, “Financial Development, Growth and Equity in Brazil”, Texto para Discussão 1118, Ipea, 2005.

Page 10: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

Trilema da Política Fiscal

Reduzir dívida pública/PIB

Diminuir Carga Tributária

Aumentar investimento público

Redução do gasto corrente

Page 11: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

Indicadores macro-fiscais comparados

Brasil (BB) BB* BBB*

2005 2006p 2006p 2006p

Crescimento do PIB (%) 2,3 3,5 5,3 4,7

Resultado nominal do Governo Geral (% do PIB)

-4,1 -3,1 -2,3 -0,9

Dívida líquida Governo Geral (% do PIB)

49,0 48,9 34,2 27,1

Dívida externa líquida / Receitas em conta corrente (%)

79,2 57,2 33,7 30,5 * Mediana dos países no grupo.

Fonte: Lisa M. Schineller, Challenges Facing Brazil's Next Government, Standard and Poor's, Agosto 2006.

Page 12: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

Crescimento real gasto primário, por governos (%a.a.)

Fonte: STN, apud Giambiagi (2006). Deflator: Deflator PIB

Composição 1995/98 1999/02 2003/2005

Transf. E & M 6,6 11,0 4,0

Pessoal 2,0 4,2 -1,8

INSS 7,4 5,0 7,6

Outras 12,3 0,7 5,5

Total 6,9 4,6 4,1

Total excl. transf. E & M 7,0 3,4 4,1

Sem equilíbrio: política fiscal expansionista

Page 13: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

Crescimento real gasto primário (% a.a.)

Fonte: STN e Giambiagi (2006). Deflator 2003-05, deflator do PIB; 2006, IPCA

Composição 2003 2004 2005 2006

Jan-Jul Transferências Estados e Municípios

-6,7 3,7 16,2 5,8

Pessoal -7,4 -0,9 3,1 6,3

INSS 5,8 8,5 8,6 8,8

Outras -11,3 16,3 13,9 13,7

Total -4,2 7,1 10,1 8,8

Total excl. transf. Estados e Municípios

-3,7 7,8 8,7 9,6

Page 14: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

Sem equilíbrio: política monetária sobrecarregada

Selic real (defl. expect. infl. 12 meses)

02468

101214161820

11

/7/2

00

1

1/7

/20

02

3/7

/20

02

5/7

/20

02

7/7

/20

02

9/7

/20

02

11

/7/2

00

2

1/7

/20

03

3/7

/20

03

5/7

/20

03

7/7

/20

03

9/7

/20

03

11

/7/2

00

3

1/7

/20

04

3/7

/20

04

5/7

/20

04

7/7

/20

04

9/7

/20

04

11

/7/2

00

4

1/7

/20

05

3/7

/20

05

5/7

/20

05

7/7

/20

05

9/7

/20

05

11

/7/2

00

5

1/7

/20

06

3/7

/20

06

5/7

/20

06

7/7

/20

06

1995-98 1999-02 2003-06 Selic real média (defl. IPCA)

21,7% 10,2% 11,2%

Fonte: Banco Central e IBGE.

Page 15: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

Carga tributária bruta (% do PIB)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

1968

1970

1972

1974

1976

1978

1980

1982

1984

1986

1988

1990

1992

1994

1996

1998

2000

2002

2004

Fonte: IPEA.

Page 16: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

Carga tributária do Brasil fora do padrão internacional

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

50%

0 2500 5000 7500 10000 12500 15000 17500 20000 22500 25000 27500 30000 32500 35000Per Capita GDP (US$)

Ta

x b

urd

en

% o

f G

DP Brasil Polônia

Hungria

Singapura

Japão

Venezuela

Argentina

México

Chile

Coréia do Sul

EUA

SuéciaDinamarca

Israel

África do Sul

Portugal

França

Holanda

Itália

Austria

Austrália

Espanha

Alemanha

Reino Unido

Canadá

Bolívia

Fonte: Khair (2003)

Page 17: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

Carga tributária direta e indireta por nível de renda mensal familiar (2004, em SM)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

até 2 2 a 3 3 a 5 5 a 6 6 a 8 8 a 10 10 a 15 15 a 20 20 a 30 mais de30

Tributação direta Tributação indireta

Fonte: Maria Helena Zockun, Projeto Simplificando o Brasil, apud José Roberto Afonso“ Tributação no Brasil: reforma vs Reestruturação". .

Page 18: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

Tempo para cumprir

(horas por ano)

Países da OCDE 192

América Latina e Caribe 529

Brasil 2,600

Chile 432

Coréia 290

Complexidade do sistema tributário

Fonte: Doing Business 2006.

Page 19: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

Gastos Públicos Primários da União (% PIB)

7.67.16.55.84.9

3.4

2.22.22.52.4

2.0

0.9

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

22

24

1991 1994 1998 2002 2004 2005

INSS Aposentados, inativos e pensionistasPessoal Transferências a estados e municípiosOutros

Fonte: M. Almeida, F. Giambiagi e S. Pessoa, 2006, “Expansão e Dilemas no Controle do Gasto Público Federal”, Nota Técnica, IPEA.

Page 20: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

4 6 8 10 12 14 16 18 20

% população > 65

Gas

tos

com

seg

urid

ade

soci

al (%

PIB

)

Brasil

JapãoEslováquia

México

CanadáIrlanda

Coréia

EUA/AustráliaNova Zelândia

Holanda

Austria

SuiçaPolônia

Reino Unido

Espanha

Itália

França

Fontes: OECD, MF/Brasil e Banco Mundial.

Gastos com seguridade social versus % população com mais de 65 anos

Page 21: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

4 6 8 10 12 14 16 18 20

% população > 65

Gas

tos

com

seg

urid

ade

soci

al (%

PIB

)

Brasil

JapãoEslováquia

México

CanadáIrlanda

Coréia

EUA/AustráliaNova Zelândia

Holanda

Austria

SuiçaPolônia

Reino Unido

Espanha

Itália

França

Fontes: OECD, MF/Brasil e Banco Mundial.

Gastos com seguridade social versus % população com mais de 65 anos

Page 22: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

Nova Reforma da Previdência

• Idade mínima para aposentadoria, crescente com a expectativa de sobrevida

• Eliminar / reduzir diferenças de eligibilidade para homens e mulheres

• Equalizar regras de aposentadoria dos professores às dos demais trabalhadores

• Desvincular piso previdenciário do salário mínimo

Page 23: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

Grau de abertura: M / PIB (2003, %)

0

20

40

60

80

100

120

140

160

Hon

g K

ong,

Chi

na

Erit

rea

Mol

dova

Vie

tnam

Jord

an

Bul

garia

Uni

ted

Ara

b E

mira

tes

Mac

edon

ia,

FY

R

Gam

bia,

The

Mau

ritan

ia

Cos

ta R

ica

Mal

awi

Tur

kmen

ista

n

Leba

non

Sen

egal

Zam

bia

Côt

e d'

Ivoi

re

Om

an

Ang

ola

Alb

ania

Kor

ea,

Rep

.

Can

ada

Den

mar

k

Geo

rgia

Kuw

ait

Afg

hani

stan

Spa

in

Gui

nea

Mad

agas

car

Nig

er

Alg

eria

Nor

way

Rus

sian

Fed

erat

ion

Pak

ista

n

Per

u

Ven

ezue

la,

RB

Japa

n

Brasil

Fonte: Banco Mundial.

Page 24: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

Abertura Comercial

Argumentos Macro• Elevar exportações• Reduzir risco cambial

e de juros• Fortalecer canal

cambial da política monetária

• Reduzir custo do investimento

Argumentos Micro• Aumentar competição

setores oligopolizados• Maior diversidade de

produtos• Acessa a tecnologia

moderna• Facilitar negociações

Mercosul

Page 25: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

Burocracia no comércio exterior: Importações

Número de Documentos

Número de Assinaturas

Tempo (dias)

OCDE: Renda alta 6 3 14

Leste Asiático& Pacífico 10 8 27

América Latina & Caribe 10 11 37

Brasil 14 16 43

Chile 8 8 24

Coréia 8 5 12

Fonte: Banco Mundial, WDI 2005.

Page 26: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

Spreads de juros (pontos percentuais, 2004)

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

Zimba

bwe

Geo

rgia

Lao

PDR

Gam

bia, T

he

Camer

oon

Gab

on

Moz

ambi

que

Peru

Jam

aica

Gua

tem

ala

Leso

tho

Russia

n Fede

ratio

n

Swazila

nd

Trinida

d and

Tob

ago

Bulga

ria

Egypt

, Ara

b Rep.

Nigeria

Austra

lia

Namibi

a

Slove

nia

New Z

ealand

Franc

e

Belar

us

Philip

pines

Ethiop

ia

Canada

Sweden

Irelan

d

Japa

n

Brasil (39,5%)

Fonte: Banco Mundial, WDI 2005.

Page 27: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

Agenda de reformas no setor financeiro

• Concluir ajuste macroeconômico• Reduzir tributação na intermediação financeira

(e em geral)• Estimular a competição entre instituições

financeiras (informação, garantias, SBDC etc.)• Reformar judiciário e legislação• Reduzir papel do Estado na mobilização e

alocação da poupança financeira

Page 28: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

Regulação trabalhista como importante barreira ao investimento

Note: Measures the share of senior managers interviewed in World Bank–sponsored Investment Climate Surveys who ranked labor regulations as a major or severe constraint.

0

10

20

30

40

50

60

Kaz

akhs

tan

Aze

rbaijan

Uzb

ekista

nA

rmen

iaTajik

ista

nSl

oven

iaRus

sian

Fed

erat

ion

Cze

ch R

epub

licG

eorg

iaLa

tvia

Est

onia

Kyr

gyz

Rep

ublic

Eth

iopi

aM

aced

onia, F

YR

Erit

rea

Mol

dova

Cro

atia

Ukr

aine

Cam

bodi

aN

icar

agua

Serb

ia and

Mon

tene

gro

Alb

ania

Hun

gary

Slov

ak R

epub

licBul

garia

Rom

ania

Lith

uani

aTur

key

Bos

nia an

d H

erze

govi

naBelar

usBan

glad

esh

Uga

nda

Tan

zani

aA

lger

iaE

cuad

orH

ondu

ras

Malay

sia

Paki

stan

Sene

gal

Gua

tem

ala

Indi

aZ

ambi

aChi

naK

enya

Phili

ppin

esPo

land

Indo

nesia

Bra

zil

Fonte: Banco Mundial, WDI 2005.

Page 29: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

Custos regulação trabalhista

Índice da rigidez do emprego

Custo de contratação

(% do salário)

Custos de demissão

(semanas de salário)

América Latina e Caribe

42 16 63

OCDE 36 21 33 Brasil 56 27 165 Chile 24 3 51 Coréia do Sul 45 17 90 México 51 24 75 Mediana 155 países 42 15 39 Banco Mundial (2005). O índice de rigidez do emprego mede a dificuldade de contratação, a rigidez na alocação de horas e a dificuldade de demissão. O custo de contratação mede todos os pagamentos para a seguridade social (includindo previdência, seguro para doenças, invalidez, licença maternidade, acidentes de trabalho, salário família, e outras obrigações compulsórias) e tributos incidentes sobre a folha associados à contratação de um trabalhador (p. ex., Sistema S). Este custo é expresso como uma percentagem do salário do trabalhador.

Page 30: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

Informalidade no mercado de trabalho

1992 2003

Brasil 51,9 51,7

Total 33,0 36,0

Indústria Metropolitana 24,0 33,7

Não Metropolitana 39,0 37,2 Fonte: Lauro Ramos e Valéria Ferreira, “Padrões Espacial e Setorial da Evolução da Informalidade no Brasil: 1991-2003”, Texto para Discussão do IPEA no 1099, 2005, a partir de dados das PNADs de 1992 a 2003.

Page 31: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

Reforma trabalhista

Eliminar cobrança de contribuições do SESI, SENAI e SEBRAE

Reduzir alíquota do FGTS / transformação em poupança com liberdade de aplicação

Aumentar idade e requisitos de contribuição para acesso a benefícios da assistência social

Transferir para acordos coletivos, negociados entre trabalhadores e empresas, a fixação de certos benefícios, em especial as regulações relativas a horário de trabalho e condições contratuais.

Page 32: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

Lenta expansão da infra-estrutura (% a.a.)

Ferrovias Eletricidade Rodovias Rodovias paviment.

Telecom

1931-50 0,6 4,5 4,6 5,1

1951-63 -0,3 9,8 5,4 23,9 6,8

1964-80 -1,6 9,8 5,6 16,0 11,2

1981-93 1,0 4,1 0,8 4,9 6,9

1994-02* -0,5 3,8 0,6 1,5 22,9 Fontee:Armando Castelar Pinheiro, Is the Augmented Washington Consensus the Key to Brazil’s Accelerated Development?, 2003.

(*)Para rodovias. 2000.

Page 33: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

Falta de infra-estrutura limita crescimento do PIB

Investimento total em infra-estrutura caiu quase 3% do PIB desde o início dos anos 1980.

As estimativas indicam que essa queda reduziu potencial de crescimento anual do PIB entre 0,4 e 3 pontos percentuais.

Aceleração do crescimento exigiria um aumento de 2% a 3% do PIB no investimento em infra-estrutura.

Setor público não tem como promover esse aumento sozinho

Page 34: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

Causas da falta de infra-estrutura

• Baixo nível de investimento público

Page 35: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

0

1

2

3

4

5

6

1947

1950

1953

1956

1959

1962

1965

1968

1971

1974

1977

1980

1983

1986

1989

1992

1995

1998

2001

2004

Investimento da administração pública (% do PIB)

Investimento em infra-estrutura

Fontes: IBGE, Pinheiro e Giambiagi (1997) e SPE/MinFaz.

1980-89

1990-94

1999-2002

2003 2004 Investimento Eletrobras

0,79 0,37 0,24 0,19 0,16

Page 36: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

Causas da falta de infra-estrutura

• Baixo nível de investimento público

• Regulação setorial e ambiental precária– Modelos incompletos e instáveis– Ativismo judicial (MP)– Instabilidade na política econômica

• Falta de financiamento– Alto custo do capital– Falta de mercados para segregar riscos

• As PPPs não são uma solução

Page 37: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

Parcerias Público Privadas• Adequadas para projetos em que não é factível remunerar o

investimento apenas com cobrança de tarifas

• Aspectos positivos

– Setor privado encarregado do investimento e operação

– Usuários pagam pelo serviço (eficiência alocativa)

– Gasto público limitado ao hiato entre o retorno social e privado

• Problemas

– Reduz transparência das contas públicas

– Não reduz risco regulatório: modelos incompletos e instáveis; agências reguladoras enfraquecidas e politizadas; ativismo judicial (MP); falta de comprometimento governamental; e regulação ambiental incerta e morosa

– Não resolve problema do alto custo e baixa disponibilidade de financiamento ao investidor privado

Page 38: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

Brasil tem déficit de segurança jurídica: rule of law e nível de renda per capita (PPP) em 2004 1/

-2,0

-1,5

-1,0

-0,5

0,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

6 7 8 9 10 11 12

ln(PIB per capita PPP)

Indi

cado

r de

seg

uran

ça ju

rídi

ca

Brasil

Fontes: Banco Mundial e Kaufmann, Kraay e Mastruzzi (2005). 1/ Mede o grau de respeito aos contratos; a qualidade da polícia e do judiciário, assim como a incidência de crimes e atos de violência. O valor do indicador é padronizado de forma que a média para todos os países é igual a zero e o desvio padrão igual à unidade.

Page 39: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

Insegurança jurídica e morosidade judicial

Proporção de executivos que não confia que

tribunais vão proteger direitos de propriedade (a)

Número de dias necessários para

executar judicialmente um contrato (b)

Brasil 39.6 546

Chile n.d. 305

China 17.5 241

Índia 29.4 425

México n.d. 421

Rússia 63.9 330

Turquia 28.5 330 Fonte: Bancoo Mundial, WDI 2006.

(a) Proporções de executivos que concorda com a afirmação: “I am confident that the judicial system will enforce my contractual and property rights in business disputes.”

(b) Tempo decorrido entre a abertura à decisão do processo judicial, incluindo, quando for o caso, o pagamento.

Page 40: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

Insegurança jurídica• Aumenta a incerteza e o custo de fazer e remediar

contratos.

• Faz com que se gaste mais para proteger bens da expropriação por agentes privados e públicos;

• Gera preferência por ativos líquidos e de uso genérico;

• Reduz potencial de utilização de ativos (p.ex. dificuldade de utilizar bens como colateral)

• Incentiva a migração da poupança e do investimento para países com jurisdições mais seguras;

• Desestimula o investimento e o aumento de produtividade e, portanto, o crescimento econômico

Page 41: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

Reformas para aumentar segurança jurídica

• Reduzir freqüência com que governo muda as “regras do jogo”, inclusive as tributárias.

• Melhorar a qualidade da produção legislativa.

• Desencorajar ativismo judicial

• Fortalecer agências reguladoras• Autonomia (formal) do Banco Central

• Estimular a auto-regulação• Reduzir tolerância com o desrespeito à lei, aos

contratos e aos direitos de propriedade.

Page 42: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

Atraso na Educação

Ano Brasil Argentina México Índia Coréia do Sul Chile Grécia Portugal1960 2,9 5,3 2,8 1,7 4,3 5,2 4,8 1,9

1965 3,0 5,5 2,9 1,9 5,4 5,0 5,1 2,4

1970 3,3 6,2 3,7 2,3 4,9 5,7 5,4 2,6

1975 3,0 6,3 3,9 2,7 6,6 5,6 5,9 2,8

1980 3,1 7,0 4,8 3,3 7,9 6,4 7,0 3,8

1985 3,5 7,1 5,2 3,6 8,7 6,7 7,3 3,9

1990 4,0 8,1 6,7 4,1 9,9 7,0 8,0 4,9

1995 4,5 8,5 7,0 4,5 10,6 7,3 8,3 5,5

2000 4,9 8,8 7,2 5,1 10,8 7,6 8,7 5,9

Fonte: Barro e Lee (2000), apud Ferreira e Veloso (2006).

Page 43: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

Mais ênfase e equidade na educação

Universalizar a educação básica, da pré-escola ao ensino médio (oferta e demanda)

Melhorar a qualidade do Ensino Básico: mais avaliação e competição (PPPs sociais e livre escolha)

Mais equidade e eficiência no ensino superior: a universidade pode ser pública, mas não necessita ser gratuita para quem pode pagar

Page 44: Uma Agenda de Reformas para a Economia Brasileira

Armando Castelar

BH, 14/09/2006

Em resumoMercado externo deu contribuição importante para ajuste, mas é preciso mais abertura Mau clima de investimento resulta de problemas macro, micro e institucionais O ajuste macroeconômico (fiscal) é critico Reformas estruturais e institucionais incompletas Falta ênfase, equidade e eficiência na educação Novos problemas: tributação alta e instável; e direitos de propriedade mal definidos e mal protegidos As reformas são interconectadas: complementaridades e sinergias são importantes A política é um elo fundamental