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UMA METODOLOGIA PARA INTERPRETAÇÃO E RESOLUÇÃO DE
PROBLEMAS MATEMÁTICOS
Autor: Zelir Ines Saugo Ribeiro
Orientadora: Profª MS. Solange Aparecida de Oliveira Collares
RESUMO
Resolver problemas matemáticos é sempre um desafio, o preconceito de que a matemática é uma matéria difícil e que nem todos entendem cria barreiras no aprendizado das operações e de todo o contexto da matemática. Para a solução de situações problemas é necessário além da interpretação a habilidade com operações. Este trabalho de pesquisa teve como objetivos: fornecer aos alunos recursos metodológicos que os ajude na compreensão e resolução de situações problemas do seu cotidiano, criar uma maneira lógica de interpretar e resolver os problemas relacionando idéias, descobrir regularidades e padrões por meio da utilização de situações reais de ensino-aprendizagem com material do cotidiano do aluno. Estudiosos relevantes que fundamentam essa pesquisa, tais como, Polya (2006), Krulik e Reis (2005), Dante (2005), Pozo (1998), propõem a melhoria das metodologias em sala envolvendo o cotidiano onde o aluno possa interpretar e fazer uso do seu conhecimento. O aprendizado proposto envolveu os alunos em grupos que foram desafiados em criar atividades envolvendo a interpretação com exercícios de falso ou verdadeiro e complete a aplicação das quatro operações básicas, fazer tabelas de relação e funções. Os grupos alcançaram os objetivos propostos e pode-se perceber interesse e entusiasmo durante o cumprimento das tarefas onde o ensino-aprendizagem foi alcançado pelos próprios alunos tendo a mediação do professor.
Palavras-chave: problemas matemáticos; interpretação; aprendizado;
cotidiano; operações básicas.
1. Introdução
A aplicação do projeto de intervenção intitulado “O estudo da resolução
de problemas matemáticos” teve como metodologia elaborar atividades
matemáticas que levaram os alunos interpretar partindo de material do seu
cotidiano.
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Esse projeto teve a duração de um bimestre aplicado em forma de
atividade enriquecedora paralela aos conteúdos normais da disciplina
envolvendo uma aula semanal com o aprendizado mais elaborado. O material
utilizado foi os panfletos promocionais de farmácias e ou supermercados, com
os quais eles criaram cenários e em grupos fizeram montagem de situações
problemas fazendo a aplicação das operações básicas, realizando relações e
funções representadas em tabelas.
As Diretrizes Curriculares citam a necessidade de “ ... criar estratégias
que possibilitam ao aluno atribuir sentido construir significado às idéias
matemáticas de modo a tornar-se capaz de estabelecer relações, justificar,
analisar, discutir e criar”. (PARANÁ, 2008, p.45).
Portanto os problemas matemáticos em que possibilitamos autonomia
ao aluno na hora de criar, debater e resolver serão de interesse geral, pois
envolve sua vivência fora da escola. Recriar situações problemas é redescobrir
conceitos do estudo da matemática aplicados no seu dia a dia.
Segundo, Dante (2005, p. 48) “é preciso fazer com que a linguagem
seja apropriada a cada série e o vocabulário o mais próximo possível da
vivência da criança”.
As ferramentas tecnológicas estão voltadas para a comunicação e o
nosso aluno está com seu interesse totalmente voltado para isso, faz-se então
necessário que os professores de matemática busquem inovar e envolver o
aluno usando novos métodos para ensinar.
O desafio de inovar buscando uma maneira de melhorar a prática de
resolver problemas matemáticos sempre me desafiou por perceber que o aluno
se quer tenta buscar uma solução, diante disso me dispus a oportunizar que os
alunos tragam seu cotidiano e o recrie para então entendê-lo. Dando a
oportunidade de ser critico e no trabalho em grupo unir o aprendizado da
escola ao de sua vivência.
2. O pensar do aluno para resolução do problema matemático
A postura do aluno diante da matemática é de que se trata de uma matéria
difícil, quando o assunto é resolver problemas a dificuldade é maior ainda. É
costumeiro ouvir por parte do aluno: qual é a conta professora?
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O grande desafio está em que o professor deve ser o mediador para
que o aluno não se sinta tão impotente frente às situações de aprendizagem.
Nesse momento questiona-se; quais estratégias favorecem a interpretação?
Que materiais do cotidiano é possível trazer para a sala de aula? Que
condições criam no aluno confiança e persistência?
É preciso priorizar a aquisição do conhecimento por meio do fazer
pensar, criando situações problemas e auxiliar o aluno na compreensão dos
conceitos matemáticos. Na concepção de Dante (2005, p.9) problema “é
qualquer situação que exija o pensar do individuo para solucioná-la.”
Muito já foi dito, estudado e feito sobre o assunto resolução de
problemas matemáticos, os livros e artigos que relatam experiências vividas e
trabalhadas nos níveis de primeiro e segundo grau além de servirem como
fonte de pesquisa também serve de guia para nosso trabalho em sala de aula e
ainda na montagem de metodologias que melhorem nossa prática.
Em minha experiência de muitos anos em sala de aula, sempre se
fizeram necessárias alternativas e essa troca cada vez evidenciou mais a
necessidade de não trabalhar a simples aplicação de operações, mas dar
ênfase a interpretação a fim de alcançar o entendimento e desenvolver a
lógica.
A matemática deve ter como objetivo maior a resolução de situações
problemas, e ao relacioná-los com o cotidiano o aluno sentir-se-á envolvido e
desafiado a resolvê-los.
“a oportunidade de usar os conceitos matemáticos no seu dia-a-dia favorece o desenvolvimento de uma atitude positiva do aluno em relação à matemática. Não basta saber fazer mecanicamente as operações de adição, subtração, multiplicação e divisão. É preciso saber como e quando usá-las convenientemente na resolução de situações-problemas.” (DANTE, 2005, p.13)
Quando um problema do cotidiano é solucionado nem sempre é possível
contar com uma metodologia aprendida na escola, nesse momento a análise
lógica é que se apresenta.
Visando que o aluno tenha ação e faça uso do conhecimento adquirido
na escola é que nos propusemos a trabalhar com material didático prático, o
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que requer muita atenção do professor durante o trabalhado para que ao criar
situações de aprendizagem se alcance os objetivos propostos e assim
proporcione ao aluno condições de aprendizagem.
Segundo, Pozo (2008, p. 98), a resolução de problemas escolares deve
ter como objetivo uma mudança progressiva na função dos mesmos e no que
se entende por solução, uma nova mudança de prioridades na mente dos
alunos.
É preciso proporcionar ao aluno que interprete, identifique relações, faça
proposições, apure os detalhes, anote e colete dados relacionando-os com o
cotidiano e também com conceitos já adquiridos. E que na sua vivencia possa
relacionar o conhecimento empírico com o conhecimento científico e isto lhe
proporcione autonomia ao solucionar problemas matemáticos onde não pode
contar com a ajuda do professor ou do livro didático.
...que seja proposto um problema significativo na visão dos alunos; isso envolve diversas coisas: que o problema lhes seja apresentado como uma informação com coerência lógica, que desperte o seu interesse em encontrar uma resposta e que ative os seus conhecimentos prévios, entrando em conexão com eles. (POZO, 2008, p. 133)
As situações problemas devem despertar a curiosidade e interesse que
os levem a procurar caminhos para as soluções, a lógica se apresenta na
interação entre o conhecimento elaborado da escola e o conhecimento
empírico do cotidiano, este é o elo entre as idéias de solucionar que o aluno
tem e os conceitos aprendidos na escola.
...distinguiremos quatro fases de trabalho. Primeiro, temos de compreender o problema, temos de perceber claramente o que é necessário. Segundo, temos de ver como os diversos itens estão inter-relacionados, como a incógnita está ligada aos dados, para termos a ideia da resolução, para estabelecermos um plano. Terceiro, executamos o nosso plano. Quarto fazemos um retrospecto da resolução completa, revendo-a e discutindo-a. (POLYA, 2006, p. 4-5)
Portanto, os conceitos que faça conhecer o problema, escolher uma
maneira de resolvê-lo, chegar ao resultado e ainda comprovando-o é comum a
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qualquer ambiente ou e em qualquer situação, então isso é possível treinar na
escola por meio de modelos matemáticos.
É fato incontestável que os educadores devem e necessitam conhecer
as peculiaridades, as aplicações e implicações pedagógicas para desenvolver
o raciocínio lógico e progressivo de forma a desenvolver e, finalmente chegar
aonde se quer: Clarear e tornar prazeroso o ato de interpretar e resolver
problemas. “Faça com que as crianças usem material concreto, gravuras,
diagramas, mapas, gráficos e assim por diante” (KRULIK e REYS, 2005, p. 60).
Neste trabalho o professor atua como mediador e instigador estando
sempre atento aos grupos de alunos no momento em que estes estão criando
situações problemas levantará questionamentos aos grupos levando-os a
entender se o caminho o proposto para resolver está claro e se aluno ele
próprio consegue solucionar.
3. Metodologia
As atividades desenvolvidas aqui foram por meio de trabalhos em grupo
onde os alunos de posse de panfletos promocionais escolheram um produto
para analisar e interpretar com exercícios de falso ou verdadeiro ou complete,
envolvendo as quatro operações básicas e tabelas de relações e funções.
O problema quando envolve situações do cotidiano desperta mais
interesse no aluno, porque não induz a um único modelo de solução. Permite
que escolham uma forma própria de resolvê-lo e propicia a percepção dos
diversos caminhos possíveis para se chegar à solução.
Nesse processo, a intervenção do educador é essencial. O professor
mediador/instigador auxilia e incentiva a criatividade e a inovação do aluno,
para que este desenvolva o pensamento com o auxílio dos instrumentos
conceituais próprios da disciplina estudada.
No âmbito da matemática, a interferência do professor exerce
significativa influência na formação intelectual dos estudantes, pois, além de
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todo o referencial teórico, a Matemática auxilia a atuar na realidade de forma
prática e objetiva.
Num primeiro momento buscou-se saber através de um pré-teste o que
os alunos tinham conhecimento da história do surgimento de medidas de
massa e volume. E da necessidade de padronizá-las, ainda se sabiam
completar e montar tabelas de dados bem como a história das palavras
cruzadas.
Nesta atividade eles revelaram conhecer parcialmente esses assuntos.
É primordial diagnosticar o conhecimento dos alunos sobre o que se vai
trabalhar, isso dá segurança e embasamento ao trabalho a ser realizado.
No campo da própria vida diária, a matemática está tão presente que é
impossível imaginar a vida atual desvinculada de um mínimo de conhecimentos
desta disciplina como: compras de supermercado, transações bancárias,
cuidados com o orçamento doméstico.
Num segundo momento os alunos fizeram palavras cruzadas
envolvendo termos matemáticos, atividade criada exclusivamente para este
projeto que além de agradável considero altamente pedagógica.
Os exercícios que levam à descontração ajudam a construir e fixar
conceitos, pois estes são momentos de entrosamento e de troca de
informações. Uma atividade lúdica, uma pegadinha, mostra ao aluno que é
possível divertir-se com a matemática.
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Figura 1: Cruzadinha
Fonte: autoria do próprio autor - Professora Zelir Ines Saugo Ribeiro
Estas atividades possibilitam uma visão dinâmica, e os alunos buscam
ativamente as respostas, pensando e analisando. Toda atividade pedagógica
deve ter o momento adequado para ser usada.
As palavras cruzadas tornam as aulas mais dinâmicas, e desenvolvem a
habilidade intelectual e é uma atividade simples com o objetivo claro de ensinar
e fixar conteúdos já estudados. Ainda atividades lúdicas como passatempos e
jogos que contenham termos e questões matemáticas despertam curiosidade
ao mesmo tempo fixam conteúdos.
A sequência das atividades foi feita de modo que os alunos tivessem
participação ativa realizando as medidas padrão de volume, com um litro de
água encher o decímetro cúbico e comprovar a correspondência de 1l = 1 dm³
e medidas de massa em uma balança comprovar 1 kg = 1000g.
Para completar o entendimento cada grupo separou material de sucata
em caixas identificadas em: medida de massa e na outra caixa medida de
volume. Com esse reconhecimento os alunos já se situaram e também ficaram
estimulados, pois nesse momento tem na sala de aula um material prático e de
uso comum.
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Nas semanas seguintes foram coletados os panfletos promocionais de
farmácias e supermercados que serão fonte de observação para interpretação.
A ideia de interpretar criando situações problemas com panfletos promocionais
remete a levar o aluno a ser observador, estudar os conteúdos que perpassam
naquela situação sentir a importância de observar data de validade dos
produtos, quantidade informada no rótulo e ainda outras informações e o preço
levando a citar o valor do salário mínimo como base de despesas domésticas.
Inicialmente a interpretação envolvendo medidas de massa e volume
onde foi destacando as mais utilizadas, ou seja, o quilograma e o grama e o
litro e mililitro foi realizado perguntas orais como também comprovações, isto
para fixar e direcionar a interpretação.
Os alunos tiveram exercícios referentes a medidas de massa e volume
visualizados no retroprojetor e em folhas impressas. Realizaram as atividades
de: completar, marcar falso ou verdadeiro, tabelas de dados contendo relação
do produto com a cor e utilidade, cálculo de funções e o cálculo de
porcentagem. A correção foi realizada e nenhuma dúvida ficou sem resposta.
Na continuidade das aulas os alunos agrupados receberam os panfletos
de supermercado ou de farmácia, e então fizeram a contagem dos produtos
promocional do seu grupo, separando-os como medida de massa e volume e
calculando a devida porcentagem.
Então cada grupo elegeu um dos produtos para interpretar, recortaram e
colaram em seus cadernos e começaram fazer os devidos exercícios, seguindo
o seguinte esquema: 1º Nome do produto e fonte. 2º Interpretar por meio de
complete ou então falso e verdadeiro. 3º Fazer uma tabela que indique
relações observando, fruta X cor, fragrância X flor, faixa etária e outras. 4º
Função indicando número de frascos adquiridos com o preço total ou total
líquido do produto. 5º Criar situações problemas envolvendo as operações
básicas. 6º Fazer um problema de porcentagem.
Exemplifica-se a proposta de Dante (2005) por meio de exercícios que
podem levar o professor a compreensão de atitudes de interpretação,
elaboração de um plano de execução e depois a verificação dos resultados.
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Figura 2
Fonte: Panfleto Farmácia Farmais, Pato Branco, maio, 2011.
Diante dessas atividades ficou evidenciado que o assunto que envolve
medidas de massa e volume tão corriqueiro e presente em nossas vidas os
alunos tiveram certa dificuldade em transformar, reconhecer e classificar. Esta
situação mostra a necessidade do professor deixar de ter um olhar homogêneo
quanto ao conhecimento e levar os estudantes a analise e interpretação dos
dados presentes nos produtos adquiridos. No que se refere ao estudo da
matemática, é preciso entender a necessidade de ordenação do próprio objeto
de estudo: isto é, deve-se ir do "mais fácil" para o “mais difícil”. É preciso partir
do concreto para o conceito abstrato.
Muitas vezes por si só o estudante não se situa, porém no
acompanhamento direto por parte do professor e sua intervenção nos
momentos de interpretar e analisar todos tem chance de compreender e então
estabelecer a relação entre o conteúdo propriamente dito e o seu cotidiano. O
estudante nem sempre apresenta um aproveitamento a contento mesmo com o
professor fazendo uso das melhores metodologias.
Lidar com a indisciplina da sala de aula acontece todos os dias e por
vezes desestrutura o professor e leva à perda de muitas coisas a primeira
delas é muitas vezes à vontade e o empenho de buscar alternativas para
ensinar. O professor quando assume suas aulas está academicamente
preparado, porém o amadurecimento que envolve lidar com faixas etárias e
relacionamento humano é a prática do cotidiano que vai lhe dar.
O trabalho em grupo é uma alternativa que almeja despertar o espírito
de cooperação e faz com que os alunos trabalhem com maior responsabilidade
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para com o grupo e então ajuda a disciplinar, sendo de fundamental
importância que eles discutam, observem e concluam questões problemas
juntos e depois de solucionar saibam argumentar e comprovar.
Com o trabalho transcorrendo em sala de aula e as atividades sendo
cumprido na sequência colocada pelo professor o aluno vai descobrindo a cada
momento sua capacidade de interpretação, envolvendo o cotidiano e sentindo-
se capaz de criar e resolver situações problemas.
O professor supervisiona o andamento dos exercícios opinando sobre as
tarefas a serem cumpridas, como mediador acompanha os debates de cada
grupo durante a montagem dos problemas, observando que as questões sejam
sempre bem compreendidas, sem deixar de respeitar o consenso de cada
grupo.
O material aqui proposto é adequado à idade e ao interesse dos alunos,
as situações problemas criadas por eles leva-os a analisar também como é
possível montar as questões, onde além de pensar na situação problema é
necessário saber qual será o caminho para resolvê-la.
Esta atividade pode ser repetida envolvendo os conteúdos bimestrais
fazendo um trabalho paralelo de interpretação e compreensão dos conteúdos
trabalhados em sala de aula.
Ao apresentarmos uma situação problema pretendemos que o aluno
utilize suas habilidades e conhecimentos matemáticos e desenvolvam
estratégias de interpretação e aplicação das operações básicas da matemática.
Nesse sentido, o professor, como mediador do conhecimento, deve
estimular o aluno a utilizar conhecimentos do dia a dia e relacioná-los com os
conteúdos escolares.
Além do conhecimento teórico, como os passos para a resolução e a
aplicação correta dos algoritmos, a associação de fatos reais e materiais
concretos é fundamental para que o hábito e as atitudes frente a uma situação
problema sejam desenvolvidos de forma progressiva.
Para tanto é conveniente que o professor como bom mediador incentive
a análise de modelos em que o aluno possa interpretar os dados envolvidos e
que crie um caminho por meio destas situações para interpretar, seja de
maneira oral ou escrita que leve o aluno a ter prazer em realizar as atividades.
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É necessário que o aluno saiba organizar conceitos, ter criatividade,
evocar conteúdos ou situações já vivenciadas e sempre se utilize de
procedimentos já conhecidos. Assim o aluno disporá de um raciocínio lógico
mais preparado, contará com intuição e terá condições de refletir e ainda
saberá escolher o melhor caminho para buscar soluções adequadas.
É fato incontestável que os educadores devem e necessitam conhecer
as peculiaridades, as aplicações e implicações pedagógicas para desenvolver
o raciocínio lógico e progressivo de forma a desenvolver e, finalmente chegar
aonde se quer: Clarear e tornar prazeroso o ato de interpretar e resolver
problemas. O fato de reconhecerem as operações aplicadas nas situações
problemas é um indicativo de uma analise bem feita do material manuseado.
Pode-se descrever um problema matemático como toda e qualquer
ocorrência na qual é solicitada uma descoberta de informações matemáticas,
fazer tentativas e então chegar à solução. A focalização na obtenção de
respostas certas no menor tempo possível a fim de cumprir o programa e os
artifícios para que os alunos compreendam rapidamente e razoavelmente o
que se vai passando dentro de um tempo já previsto para essa aprendizagem
vai sem intenção, reprimindo a fantasia, a iniciativa e a espontaneidade do
aluno, que se refugia em uma rotina segura, mas na qual é desafiado para a
curiosidade e para a investigação na hora de solucionar um problema. O
trabalho construtivo garante a compreensão e tomada de consciência das
operações utilizadas, evitando assim que haja indução ao tipo de operação
utilizada por serem sempre relacionados diretamente ao conteúdo que está
sendo estudado.
O que os alunos conseguem produzir merece destaque. Essa produção
visa alcançar a aprendizagem conseguindo relacionar os problemas do
cotidiano com o aprendizado mais elaborado, onde as situações problemas
apresentem dificuldades de ordem crescente e ao nível do aluno. Pretende-se
que o aluno adquira atitudes de questionamento e reflexão sobre o que
observa.
Em paralelo a isso foi feito um cartaz para expor na sala de aula com os
principais dados dos problemas criados por cada grupo. Esse cartaz foi
elaborado para que na sequência das atividades os problemas fossem feitos
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em classe e em semanas alternadas onde cada grupo ditou o seu exercício a
todos da turma que resolveram e depois feito a devida correção.
Grupo Nome do
Produto
Unidade
de
medida
Preço
individual
Número de
Frascos.
Preço
total
Quantidade
líquida de
produto.
Figura 3: Cartaz confeccionado pelos alunos e exposto em sala com as atividades para serem
feitas no decorrer do bimestre.
A interpretação matemática, que é indispensável para resolver
problemas, necessita que o aluno tenha possibilidade de ele aprender como
criar situações problemas. Depois de participar desse tipo de atividade estará
preparado para interessar-se pela resolução de situações problemas. O
desafio está em buscar meios de sanar essa dificuldade e isso pode ser
resolvido pela insistência e continuidade de atividades que permitam ao aluno
criar e interpretar dados como esse demonstrado aqui.
Neste momento foi feita a correção das atividades nos cadernos de cada
grupo e observado o cumprimento das tarefas de maneira total, parcial ou com
atraso. Com seus cadernos corrigidos os grupos foram sabatinados sobre suas
interpretações e então realizados as correções observando a coerência entre
questões propostas e resultados encontrados e então avaliados.
Essa atividade de correção e observação dos grupos durante as
atividades propostas gerou os dados que foram tabulados.
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Comportamento dos membros dos grupos durante as
atividades.
57%29%
14%Cumpriram todas as
atividades
Cumpriram parcialmente as
atividades
Cumpriram as atividades
com atraso
Gráfico 1: Resultados obtido nas atividades referentes a resoluções de problemas
matemáticos no Colégio Estadual da pesquisa, em setembro de 2011.
Fonte: pesquisa do autor
O gráfico acima fornece o resultado do comportamento dos alunos
durante a realização do trabalho e desenvolvimento do projeto de intervenção
“o estudo da resolução dos problemas matemáticos”.
Finalmente foi aplicado o pós-teste onde os alunos já tendo passado
pelo conhecimento proposto responderam e constataram o seu crescimento
matemático.
As atividades diferenciadas é que predispõem a uma boa interpretação,
uma das opções são aulas em que os alunos usem sua criatividade em que
tragam material de sua vivência, figuras geométricas, materiais de sucata para
observar e coletar dados e termos matemáticos. A aprendizagem com
materiais possíveis de manusear e passando a ser rotineiros, trazem
conhecimento sólido e de maneira natural.
Conclusão.
Por meio de atividades diferenciadas com manuseio de materiais concretos é
que é possível despertar no estudante um entusiasmo diferenciado e com isso
possibilita chegar a discussões em grupo, captam e organizam dados, fazem
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anotações melhorando a interpretação e assim ganha autonomia. A elaboração
de uma estratégia que envolva operações matemáticas orienta as soluções.
Podemos concluir que a estratégia pedagógica de criar e resolver
situações problemas precisam ser frequentes a fim de formarmos um
pensamento que leve a uma sequência lógica. Esta sendo necessária a busca
e a pesquisa freqüentes de atividades metodologias para o ensino da
matemática, pois o momento em que vivemos é voltado para a comunicação e
esta se apóia no uso de tecnologias e o nosso aluno está com todo o seu
interesse voltado a explorar essas ferramentas. A linguagem matemática
precisa ser usada em nossas aulas para que o aluno melhore sua
interpretação. A familiaridade com os termos partindo da nossa insistência em
repetir termos é que força o aluno a dar significado aos termos usuais e é
assim que se torna compreendido e aplicável um método de aprendizagem.
Assim o ensino será funcional, observando ainda que o uso de material
concreto forma e orienta o pensamento lógico.
Oportunizar que o aluno exponha como chegou a determinado resultado
reforça o aprendizado e o aluno começa a ficar independente em seus estudos
e conclusões. Envolver os alunos na criação de situações problemas no
desenvolvimento dos conteúdos curriculares traz o cotidiano do aluno para a
escola e é um percurso pelo qual a matemática por si só fica compreensível.
Todas as propostas de troca e analise de material que realizarmos potencializa
nosso trabalho e possibilita a compreensão.
Na finalização deste trabalho notou-se que os alunos fizeram uso correto
na utilização de exercícios de interpretação de falso e verdadeiro assim como o
de completar, as operações básicas foram aplicadas de maneira correta bem
como a organização das tabelas onde envolveu relação e função. Criar e
resolver problemas matemáticos oportuniza ao aluno ser criativo e critico ao
mesmo tempo. O fato de manusear o material o torna mais observador
passando a valorizar o trabalho em grupo e a aplicação da matemática. Esse
tipo de trabalho tem muito a ser explorado, pois é aplicável a qualquer
conteúdo matemático.
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Referências
DANTE, R. L.; A DIDÁTICA DA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE
MATEMÁTICA. São Paulo – SP. Editora ática. 2005
DORNELES, V. B.; DIFICULDADES EM MATEMÁTICA. Revista Pátio
ANO XII Nº 48 NOV 2008/ JAN 2009, p.44 a 46
KRULIK, S. REYS, R. E; A resolução de problemas na matemática
escolar. Ed. Atual. SP, 2005.
MANGABEIRA, A. HORTA, P. T.; UMA PARCERIA ENTRE ALUNOS
E PROFESSORES PARA A CRIAÇÃO E RESOLUÇÃO DE
PROBLEMAS. Revista Pátio FEV/ABR 2006, p. 24-25.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares
da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná/ Ensino
de Matemática. Curitiba/PR, 2006.
POLYA, G.; A arte de resolver problemas. Rio de Janeiro, RJ. Editora
Interciência, 1975
POZO, J. I; A SOLUÇÃO DE PROBLEMAS Aprender a resolver,
resolver para aprender. São Paulo – SP. Editora artmed. 1998