Uma Nova Experiência de Participação - Manifesto Eleitoral

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Uma nova experiência de participação Os Candidatos 1. João Ferreira Coimbra (Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto) n. 1988, Fafe 060801039 ''O conceito de Universidade é o que move este projeto. A promoção da transversalidade e da partilha como base da sustentação da Universidade. A Universidade não pode ser apenas o local de “diplomação”, mas sim o derealização social e profissional, de inovação, ciência, tecnologia e deabertura. Este é o seu verdadeiro espírito. A latitude, amplitude e diversidade dos saberes da Universidade do Porto são o seu maior trunfo. Os estudantes não podem deixar decontribuir para a sedimentação do sentimento de integralidade e unicidade dainstituição que deve ser o local de fundação do conhecimento, da participaçãocívica e de promoção do desenvolvimento da personalidade na sua plenitude. Desejamos contribuir para uma universidade democrática, deenvolvimento e de desenvolvimento. A Universidade é um alicerce da democracia edo progresso social. Cabe-nos, enquanto estudantes, fomentar este princípio econtribuir para os destinos desta instituição.'' 2. Bruno Macedo (Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas, Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto) n. 1987, Amares 060601217 "A U.P. necessita de um movimento que desafie o conceito de Universidade, que congregue e potencie a participação estudantil no maior centro de agregação de saberes. Cabe-nos a nós, estudantes da U.P., assumir a responsabilidade de participar na construção desta identidade e, baseados nesta Universalidade, ter algo a dizer sobre a iminente redução da componente financeira no apoio directo à Investigação que se assume como elementar na criação de conhecimento e resoluções preponderantes para o crescimento do País, numa contribuição participada e orientadora da sociedade. As restrições financeiras não se esgotam na componente directa do conhecimento, mas cada vez mais na limitação entre a potencialidade do indivíduo construir o futuro e o receio de garantir o presente. A partilha deve ser alargada e aquilo que foi a Universidade do Porto deve participar naquilo que necessitamos que seja, a contribuição de alumni para um sistema autónomo de complementaridade directa à progressão académica pode suprimir o receio, reconciliando o progresso para a nossa Universidade e consequentemente para a Sociedade." 3. Pedro Bragança (Mestrado Integrado em Arquitectura, Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto) n. 1989, Gondomar 070201084 ''Cidade e democracia são conceitos relevantes para a ponderação e equilíbrio de uma sociedade tendencialmente justa. No sentido de um ambiente cosmopolita e progressista a Universidade desenvolve um papel inegável nas áreas da inovação e desenvolvimento. Se a um estabelecimento social que se pretende democrático não se lhe pode retirar a Universidade, à própria Universidade não se lhe pode retirar a democracia. Os estudantes são intervenientes indispensáveis e qualificadores de um debate constante e participado que se pretende profícuo. À Universidade de hoje exige-se um pensamento humanista e uma energia que conduza ao progresso. A relação com a cidade e a região, que começa imediatamente na forma como a U.P. fisicamente se organiza, é um assunto relevante e indispensável para um pensamento crítico de uma Universidade de excelência.'' 4. Sofia R. de Valdoleiros (Mestrado Integrado em Medicina, Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar) n. 1990, Aveiro 081001150 ''Se há conceito óbvio que não podemos dissociar de Universidade é a integração – ou vida – social do estudante. É claro que em primeira instância haverá sempre a preocupação com necessidades a que chamarei, aqui, de básicas – como a criação e aquisição de conhecimento, a acção social directa, etc. –, nas quais é essencial uma visão estudantil, objectiva e informada, de quem corre no terreno. Mas a verdade é que o sucesso e o bem-estar de um estudante universitário não passam apenas pelo assegurar destas primeiras. Ainda que no contexto económico-financeiro actual se pudesse pensar que essas outras necessidades – digamos, não básicas – teriam, por força maior, de ser negligenciadas, insisto no contrário: se, por exemplo, o desporto a longo prazo e os programas de voluntariado podem melhorar a qualidade de vida do estudante, reduzindo os custos do sistema de saúde, então não só é possível como é também sensato exigir mais e melhor dessas áreas. Se adicionarmos os conceitos de sustentabilidade e rentabilidade ao plano de acção, então aqui, afinal, há ainda muito que fazer.''

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1. Diogo Guerra (Suplente) (Licenciatura em Economia, Faculdade de Economia do Porto) n. 1991, Porto 090401184 ''Hoje, mais do que nunca, o sentido de união tem de estar presente em cada um de nós. Não podemos continuar a pensar em unidades orgânicas individuais, mas sim como pertencendo a uma instituição transversal e transcendente, sem nunca perder a identidade que nos caracteriza. Torna-se por isso importante que surja um projecto que conjugue as várias perspectivas e trabalhe para um futuro comum. E num futuro que se afigura como sendo extremamente competitivo, a Universidade do Porto tem necessidade de se apresentar como factor de diferenciação na formação dos seus estudantes, fomentando o empreendedorismo entre os seus membros, fornecendo-lhes os utensílios necessários para a sua valorização pessoal e ampliando as suas hipóteses de empregabilidade. É nosso dever, como elementos activos e participativos, apoiar a Universidade na prossecução da realização de todo o seu potencial.'' 2. Ana Carvalho (Suplente) (Licenciatura em Ciências da Comunicação, Faculdade de Letras da Universidade do Porto) n. 1992, Porto 100719081 ''Há um século que se pisam as pegadas dos antepassados desta família que tem crescido exponencialmente. A nossa identidade , o nosso valor enquanto Unidade de formação não só profissional como pessoal está nas nossas mãos. Recebemos o legado centenário, devemos com todo o orgulho e dedicação lutar pelo seu desenvolvimento. É portanto necessário que todos nós, estudantes, nos unamos de uma forma organizada e consciente, para conseguirmos transmitir o nosso verdadeiro valor em tempos como estes, em que as nossas capacidades são constantemente postas à prova. A globalização trouxe a ampliação de horizontes. O estudante de hoje é obrigado a pensar a uma escala internacional sendo que a competição se torna automaticamente maior . Não basta o reconhecimento particular, é essencial que haja uma união que permita a associação do nome UP a uma Universidade de referência. Todos nós enfrentamos uma fase crítica e é por isso mais que urgente sermos pró-activos perante todos os obstáculos que se impõe no nosso percurso universitário.'' 3. Carlos Resende (Suplente) (Doutoramento em Ciências do Desporto, Faculdade de Desporto da Universidade do Porto) n. 1971, Porto 111114018 ''As Universidades devem ser geradoras de conhecimento científico e que o mesmo possa ser aplicado na nossa vida quotidiana. Não pretendo com isto afirmar que devem apenas seguir tendências quotidianas, mas sim “apontar” caminhos de desenvolvimento sustentado para a sociedade. As universidades devem, também, praticar e ilustrar um conjunto elevado de valores morais e éticos na relação com o próximo. “Ensinar” que ninguém vive sozinho e que só faz sentido trabalhar em grupo, obtendo melhores resultados do que aqueles que obteríamos se tivéssemos de funcionar isoladamente. Estabelecer metas ou previsões a longo prazo resulta num exercício perfeitamente demagógico, uma vez que o mundo está em permanente mudança e a uma velocidade cada vez superior. Contudo, poderemos e deveremos estabelecer metas para horizontes mais reduzidos, e, no caso da Universidade do Porto se puder estabelecer “amanhã ser um pouco melhor do que é hoje” já constituiria um bom princípio.'' 4. Joana Machado (Suplente) (Licenciatura em Ciências da Nutrição, Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto) n. 1990, Porto 080101054 ''É também nos tempos mais conturbados que vemos a maior importância da intervenção de órgãos como este e, acima de tudo, o contributo que nós, enquanto representantes dos estudantes da instituição e membros integrantes destes órgãos, podemos dar. A boa formação do estudante e a experiência da vida universitária na sua plenitude dependem da preservação de tudo o que de melhor se faz na Universidade enquanto instituição formadora de profissionais competentes e responsável também pela sua formação psicológica e social. São exemplos indiscutíveis o estabelecimento de protocolos de cooperação com universidades por todo o Mundo, a integração em redes e grupos de cooperação interuniversitária internacional e a participação activa em programas comunitários de ensino, formação e investigação contribuindo não só para uma maior visibilidade da Universidade do Porto, mas sobretudo uma mais valia para o estudante a nível de experiência e enriquecimento do seu curriculum vitae.''

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Uma nova experiência de participação

Visão de Universidade

Não há dúvidas de que o actual paradigma internacional apresenta um desafio extraordinário às civilizações que se encontram num evidente impasse, e que isso constitui um mote para o progresso. Não haja dúvidas, também, de que cabe às Universidades, na sua missão de produção e universalização do conhecimento – salvaguarda exclusiva do futuro – estabelecer e pautar o ritmo desse progresso. A morfologia social, económica e cultural do Portugal de hoje possui potencial para desencadear um repto civilizacional, provavelmente, sem paralelo histórico. A desmotivação e regressão no sentimento optimista da sociedade civil, comummente considerada, só pode ser motivo de alarme e deve ser considerada um sério atentado ao desempenho colectivo.

A Universidade do Porto é, indubitavelmente, uma das instituições de maior prestígio e relevância em Portugal, possuindo igualmente um elevado reconhecimento externo, reflectido em rankings internacionais, e no número de estudantes estrangeiros que todos os anos a procuram. Os números falam por si, sendo a maior instituição de Ensino Superior no país, no número de alunos inscritos, no número de professores e investigadores, ou na diversidade de cursos dos três ciclos, e de áreas do saber representadas. É, também, a instituição a que mais jovens pretendem aceder todos os anos, no concurso nacional de acesso ao ensino superior, e aquela com médias de acesso mais elevadas em quase todos os cursos.

Dada a provada dimensão e importância, a sua responsabilidade é avolumada.

Partindo da sua própria definição, devemos trabalhar por uma Universidade universal, pública e justa. Universal, no sentido de inclusiva: que não aceite a exclusão de estudantes pela sua capacidade financeira, que respeite as diferenças de género, identidade sexual, etnia, religião ou filiação política, que acolha as pessoas com capacidades físicas ou cognitivas reduzidas, e que as considere como merecem, no respeito pelo princípio inviolável da dignidade da pessoa humana. Pública, para que seja, não no sentido técnico mas no significado simbólico da palavra, propriedade de todos: dos que a utilizam, dos que nela leccionam, e para que a responsabilidade na condução dos seus trabalhos seja colectiva e partilhada. E justa, para que se paute por um sentido de equilíbrio, equidade, e justiça igualitária, na vertente de atribuir a cada um o que é seu por direito.

No que diz respeito à garantia da qualidade, defendemos uma universidade de excelência e de ciência, para que lhe caiba a continuação da exclusividade no ensino e investigação científica como actividades paralelas e correlacionáveis; porque é esse o mote no conteúdo de uma Universidade.

Procuramos, também, uma Universidade séria, pautada por valores de ética e rigor, e organizada na sua estrutura, com regras claras no acesso aos cargos de gestão e direcção, e com transparência e publicidade no tratamento das carreiras profissionais. É fundamental que a estrutura da Universidade do Porto se revele ainda mais transparente, para que sobre as instituições de ensino superior não sejam levantadas as suspeições que habitualmente incidem sobre quase todos os organismos públicos, ou sobre entidades privadas que prosseguem interesses públicos por conta do Estado. Não deixa igualmente de ser importante a defesa de uma Universidade autónoma, que tenha ela própria capacidade de decisão e organização suficientes para definir as suas próprias regras de funcionamento, mas, simultaneamente, que tenha a responsabilidade - e a possibilidade

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legal - de encontrar alternativas de auto-financiamento, naquilo que é a plena garantia de uma autonomia não só pedagógica e científica, mas financeira e gestionária.

Por fim - e aqui se encontra o paradigma desta candidatura - à Universidade do Porto, dentro dos moldes definidos pelos seus Estatutos, cabe encontrar um paradigma novo de participação. No seu modelo de governo, a U.Porto tem que ser democrática (qualidade que não se extingue nos actos eleitorais), tem que promover o conhecimento universal das decisões e deliberações, e tem que aceitar o contraditório e a crítica como um muito desejado contributo para a manutenção da qualidade e a promoção de novas ideias no seu modelo educativo ou que contribuam, em geral, para a melhoria de condições da comunidade académica.

Comprometemo-nos a oferecer publicidade e transparência ao funcionamento da Universidade e às decisões tomadas nos órgãos de governo; e de igual forma, propomo-nos a criar uma enorme estrutura de participação directa, em que cada estudante terá a oportunidade, por si, de contribuir para a tomada de decisões dos seus representantes nos órgãos de gestão – à escala da Universidade e à escala de cada Unidade Orgânica.

O desafio que lançamos não merece desconsideração, nem pretende criar uma expectativa falsa que se cessa na retórica eleitoral. A responsabilidade é tão grande como a Universidade; no entanto, o grupo que constitui a Lista A considera-se profundamente conhecedor dos problemas de cada Unidade Orgânica e da Universidade em geral, considera-se coerente e sólido – na sua amizade e experiência -, e com energia e motivação para promover um novo paradigma democrático na U.Porto.

Não obstante as dificuldades que se nos colocam, estamos em crer que a Universidade do Porto está preparada para uma nova experiência de participação.

Modelo Organizativo do Ensino Superior e Estatutos da U.Porto

O modelo organizativo do Ensino Superior Português constante no Regime Jurídico do Ensino Superior (2007) tem, naturalmente, inúmeros aspectos criticáveis, nomeadamente no que diz respeito à capacidade de participação dos estudantes na tomada de decisões em cada instituição. No entanto, ao mesmo tempo, foi prevista uma autonomia de cada Instituição em relação ao Estado que, no caso da Universidade do Porto, culminou na passagem ao regime fundacional, em 2009. Esta autonomia, para além da científica e pedagógica, é também financeira e administrativa e liberta a instituição de obrigações terceiras. É também paralela a isso a capacitação da Universidade do Porto encontrar soluções de financiamento do próprio, em coincidência com a prestação de serviços à comunidade.

Em seguimento do RJIES e fortemente condicionados por esse documento, os Estatutos da UP são limitativos no que diz respeito à participação dos estudantes nas decisões ao nível da Universidade e de cada Unidade Orgânica e por isso era conveniente que fosse francamente fortalecidas nos estatutos as competências dos Conselhos Pedagógicos e das Comissões de Acompanhamentos dos Cursos. Não temos, apesar de tudo, planeada nenhuma proposta de alteração estatutária à partida e compreendemos a necessidade de se sedimentar a informação do novo modelo que entrou em vigor em 2009. No entanto, estamos abertos à discussão sobre qualquer proposta que surja e consideramos inevitável que uma revisão dos actuais estatutos inclua um claro fortalecimento dos poderes dos estudantes nos órgãos de gestão e que defina claramente os poderes de cada órgãos paritário.

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Orgânica Interna da U.Porto A disposição do artigo 16º - "Agrupamento de unidades orgânicas" - deve ser considerada única e exclusivamente na defesa de um interesse de base científica, e nunca com qualquer outro fundamento, particularmente a questão financeira.

A definição, programação e execução da investigação devem ter reunidas as condições para um sinergismo superior à soma das suas partes. Um ponto favorável prende-se com a interdisciplinaridade no âmbito da formação. Previamente à fusão de unidades orgânicas, a concertação dos seus departamentos científicos prevê sinergismos interessantes, nomeadamente na partilha de docentes entre as mesmas áreas, flexibilizando um processo que actualmente se assume como burocratizado e que não é de livre circulação de conhecimento dentro da U.Porto. Sem interferência com definições estatutárias e atropelos na especificidade de cada departamento constituído, a informalidade desta relação beneficiaria de reuniões periódicas e de um planeamento para o período lectivo.

Da partilha de serviços à permuta de corpo docente, estaríamos perante uma mobilidade interna de docentes que permitiria o enriquecimento do alcance e conteúdo dos cursos que oferecem. Isto permite também aos estudantes que não participam em programas de mobilidade de poderem vivenciar diferentes técnicas pedagógicas.

Comunicação do Conselho Geral da U.Porto

Na linha das recomendações do relatório de avaliação da Universidade do Porto, elaborado pela European Universities Association em 2010, o plano de acção e as reuniões do Conselho Geral devem ser activamente difundidas para a comunidade académica da U.Porto. A divulgação das ordens do dia, transmissão das reuniões em canal aberto mediante aprovação do plenário, bem como o envio das conclusões das mesmas devem ser norma e uma forma de dar a conhecer o funcionamento real do órgão de maior soberania da U.Porto, e consequentemente das suas deliberações.

Financiamento e Propinas

Situando-se perto dos 20% do Orçamento Geral das universidade portuguesas, o valor arrecadado pelas propinas constitui-se hoje como uma inscrição no âmbito das receitas indispensável para a sustentabilidade financeira das instituições.

A legislação em vigor define a propina como um investimento suplementar na melhoria da qualidade de ensino, exclusivamente. As Universidades estão, portanto, impedidas de conduzir para despesas correntes o valor arrecadado nesta inscrição. Entendemos, por isso e por princípio, que a extinção da propina não colocaria em causa o funcionamento orgânico da instituição, mas seria um enorme revés na excelência.

Não nos esquecemos, no entanto, que a situação económica e financeira extraordinária que Portugal atravessa é particularmente geradora de situações injustas e não contribui para a democratização e universalização do sistema público de Ensino Superior – algo que, como sabemos, nem o sistema de Acção Social é capaz de compensar. Por isso, parece-nos fundamental que nos anos lectivos de 2012/2013 e 2013/2014 a Universidade deixe de optar por colocar a propina dos primeiros ciclos e mestrados integrados na máxima definida pelo cálculo legalmente determinado, mas sim que a mantenha inalterada nos 999,70 euros.

Assim, prevemos que o impacto orçamental do congelamento do aumento das propinas de todos os ciclos de estudos não seria danoso para a gestão da universidade e ao mesmo

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tempo aliviaria uma das sobrecargas reais sobre a vida dos estudantes. A Universidade do Porto tem capacidade para fazer um esforço de contenção e racionalização extraordinário, mantendo intocáveis as condições de qualidade excelência – e, assim, colocar-se ao lado dos mais penalizados.

Evidentemente que uma medida deste carácter necessitaria de uma monitorização e acompanhamento contínuo durante a sua aplicação para que, findos os dois anos lectivos de abrangência, se tomasse uma nova decisão.

Assim – e como fica demonstrado na simulação que se segue, produzida com base no número de estudantes e orçamento de 2010 – entendemos que uma redução de, aproximadamente, 0,35% no Orçamento de U.Porto em 2011 e de aproximadamente 0,53% em 2012 não resultaria numa redução da qualidade e excelência da instituição e poderia ser conseguida, exclusivamente, através de uma racionalização de recursos.

2012#

Proveitos da U.Porto (Orçamento 2010) Receita em propinas 2012* Diferencial entre propina máxima prevista para 2012 e a proposta 197 162 000, 00 € 37 999 006, 00 € 686 670, 94 €

1oo,00% 19,27% 0,35%

2013#

Proveitos da U.Porto (Orçamento 2010) Receita em propinas 2013* Diferencial entre propina máxima prevista para 2013 e a proposta 197 162 000, 00 € 37 999 006, 00 € 686 670, 94 €

1oo,00% 19,27% 0,53% --- # - Projecções do impacto orçamental do congelamento do aumento de propinas para o biénio 2012-2013 na U.Porto (As percentagens de 0,35% e 0,53% não representam valores reais, apenas projeções de acordo com os dados disponíveis. A relevância percentual das propinas no Orçamento da U.Porto tem-se mostrado constante nos últimos anos, tendo estas projeções como objectivo realçar um impacto percentual que não colocaria em causa o funcionamento nem a excelência da U.Porto. A projecção tem por base o Orçamento da U.Porto e o nº de estudantes inscritos em 2010 com base nos dados disponíveis no sítio oficial da Reitoria da U.Porto. A previsão da taxa de inflação tem por base dados da União Europeia.)

* - De acordo com a proposta, considerando o mesmo número de estudantes que em 2010, de acordo com os dados disponibilizados no portal da U. Porto.

100%

19.27%

0.35% Simulação da estrutura de receita (2012)

Proveitos U.Porto (Orçamento 2010) - 100%

Receita total de propinas de acordo com a proposta, 2012 - 19,27% Diferencial entre propina máxima prevista para 2012 e a actual - 0,35%

100%

19.27%

0.53% Simulação da estrutura de receita (2013)

Proveitos U.Porto (Orçamento 2010) - 100%

Receita total de propinas de acordo com a proposta, 2013 - 19,27%

Diferencial entre propina máxima prevista para 2013 e a actual - 0,53%

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Por fim, do ponto de vista do Orçamento de Estado, a Universidade deve ser entendida como uma solução e não um problema. É no investimento no Ensino Superior que, em alturas de crise, reside praticamente a única esperança de desenvolvimento e progresso para o Pais, o que o converte indispensável. O Estado deve participar mais no orçamento da Universidade do Porto através de uma dotação orçamental maior, de modo a diminuir a dependência das propinas para despesas correntes ou em recursos humanos. Ao mesmo tempo devemos, uma vez mais, sublinhar a defesa da racionalização da Rede de Ensino Superior, para que as Instituições de Excelência, como a U.Porto saiam valorizadas e tenham oportunidade de crescimento.

 

 

Enquadramento. Parcerias, Avaliação e Qualidade  

“Investing today in talent tomorrow”. Este é o actual conceito estratégico que conduz as Universidades Europeias, que por definição se pretendem como um local de excelência na produção de conhecimento às quais acresce cada vez mais a necessidade de reconhecimento internacional. A autonomia é vista com bons olhos, mas há diferenças entre a autonomia formal e a autonomia prática. No caso da Fundação U.Porto as reformas que advém da sua reformulação são constantemente ensombradas pelo definição de autonomia pelo Ministério da Educação e Ciência.  

Existem questões que nos devem preocupar: poderemos caminhar para uma definição de autonomia no ingresso na U. Porto, à semelhança de muitas Instituições de reconhecido mérito mundial? Poderá a autonomia evoluir para a definição do tecto relativo à propina? Estas matérias exigirão uma análise cuidada e preventiva.  

No agrupamento de saberes também as questões de ordem pedagógica podem convergir, e sendo as que mais directamente nos dizem respeito enquanto estudantes, a representação que temos nos órgãos de gestão necessita de uma plataforma de comunicação, da partilha das boas práticas e dos maus exemplos com vista - não a uma uniformização pedagógica na avaliação, mas sim - à preservação da autonomia e particularidade de cada área do conhecimento, aplicando bons exemplos e boas práticas de carácter transversal. O diálogo deve existir e o acesso à informação deve estar facilmente disponível para todos os estudantes.  

A avaliação na Universidade do Porto assume apenas o contexto interno, da Agência (A3ES) pouco ou nada devemos esperar no que respeita à U.Porto. Um sistema interno de avaliação poderá permitir actualizar a avaliação docente e discente no âmbito das necessidades da U.Porto e a avaliação das Instituições - espaço físico e capacidade formativa -, bem como da sua gestão, permitiria nivelar qualidade e potenciar o crescimento de todas as Unidades Orgânicas num - verdadeiro - conceito de Universidade.  

As parcerias, fruto da autonomia da U. Porto, devem ser vistas como o alargamento do contributo da Universidade para a Sociedade e integração do estudante no mercado de trabalho. São estas exigências que não nos podem passar ao lado, e o contributo dos estudantes é fulcral.  

Vamos investir hoje, e deixar uma U.Porto ainda melhor do que aquela que conhecemos.

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Ciência, Investigação e Inovação  

Universidade é, por essência, o local de geração do conhecimento. A frequência universitária deve desligar-se da simples obtenção de um grau académico. Além das competências mais funcionais, a Universidade deve centrar-se em produzir ciência e em dotar os seus intervenientes de capacidades e meios que lhes permitam desenvolver, neste âmbito, actividades cabais e de relevo. Sem, no entanto, promover a endogamia científica, uma instituição como a U.Porto deve fomentar, em todos os graus de ensino, o desenvolvimento e aperfeiçoamento de tais capacidades e competências, incluindo a autonomia, o espírito crítico e todas as metodologias necessárias - tudo isto, naturalmente, envolvendo uma essencial proximidade à investigação.

O envolvimento dos estudantes do primeiro ciclo nas Unidades de Investigação e Desenvolvimento, com uma participação directa nos processos científicos, pode conferir grandes avanços à U.Porto, se este sistema se tornar generalizado e de mais fácil acesso. Nesse sentido, seria uma grande mais valia o surgimento de um Estatuto de Estudante-Investigador que promova a investigação e vise a criação de um regime que evite que estudantes do primeiro ciclo saiam prejudicados no seu percurso pelo envolvimento em actividades de investigação científica. Da Universidade do Porto, enquanto instituição multidisciplinar, espera-se que potencie esta mesma característica. As redes de partilha do conhecimento, formadas por investigadores provenientes das diversas áreas científicas, devem tornar-se uma marca da U.Porto.  

A ciência é global, pelo que a vida da investigação da Universidade também o deve ser. A U.Porto deve fomentar o intercâmbio dos seus investigadores, não obstante de facilitar e promover a recepção de investigadores provenientes de instituições internacionais. Ainda no âmbito da internacionalização da ciência, a U.Porto deverá ter uma atitude mais pró-activa no que concerne à interacção com instituições científicas estrangeiras, criando mesmo sinergismos que possam levar ao surgimento de ciclos de estudos avançados partilhados pela U.Porto e instituições estrangeiras e obedecendo a elevados critérios de qualidade.  

Ciência e inovação são aliados de peso, como tal a U.Porto tem-se posicionado de forma correcta no incentivo à criação de valor competitivo e incentivo de participação em programas de financiamento - 7º Programa Quadro para I&ID - que promovam o

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surgimento e sustentabilidade das indústrias criativas. É neste campo que se geram empregos, nestes projectos que os estudantes podem ser inseridos numa colaboração directa da Ciência e consequente prosseguimento da carreira académica para o emprego.  

A ciência, inovação e tecnologia devem ser marcas desta Universidade. É indubitavelmente a forma de tornar o ensino, de facto, superior.  

 

 

 

Empregabilidade, Empreendedorismo e Ligação às Empresas  

A Universidade, dadas as suas características intrínsecas, apresenta-se não só como um local dedicado à obtenção de um grau académico, mas essencialmente como o lugar onde se constrói o futuro de muitos estudantes. Actualmente, não basta possuir brilhantes competências técnicas para singrar no mercado de trabalho, é exigido que se demonstre elevadas competências pessoais. É portanto fundamental alimentar uma instituição que apoie os seus membros na prossecução dos seus objectivos, capaz de fornecer-lhes as ferramentas necessárias para desenvolverem essas mesmas competências.

A Universidade do Porto conta já com vários notáveis exemplos de empreendedorismo (CEDUP – Clube de Empreendedorismo da Universidade do Porto –, UPIN – Universidade do Porto Inovação –, várias Júnior Empresas, entre outros), sendo agora necessário apostar nas sinergias entre as várias unidades orgânicas e potenciando as capacidades de cada uma. Estas organizações podem desenvolver-se isoladamente, mas atingirão novos limites se cooperarem, trabalharem em conjunto e promoverem a comunicação entre elas.

A constante aproximação entre o meio académico e o meio empresarial deve também ser um objectivo da UP, facilitando a integração dos seus estudantes no mercado de trabalho e elevando a sua empregabilidade. Para tal, é necessário realizar actividades conjuntas com empresas do tecido empresarial português e estrangeiro, promovendo o investimento destas na Universidade por um lado, e a investigação da Universidade nas empresas por outro.

Vamos provar que a melhor Universidade portuguesa não o é apenas pelas competências técnicas que incute nos seus membros, mas sim por todas as vertentes que a compõem.

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Desporto   No que concerne ao desporto universitário, podemos generalizar a sua importância e benefícios em duas áreas contíguas: na primeira, temos que é um dos métodos com melhor custo-efectividade na promoção de saúde de uma população, reduzindo os custos do sistema de saúde; na segunda, que é um dos mais fortes meios de prevenção de doenças e de ampliação do bem-estar do estudante. Logo aqui, a conclusão é fácil: é preciso partir para uma prática desportiva financeiramente rentável, contínua e frequente o suficiente para conceder benefícios para a saúde, e abranger um número de estudantes maioritário.

Para além da criação de programas desportivos mais sólidos e mais abrangentes, uma das medidas de incentivo à prática desportiva poderá passar pela sua valorização: o reconhecimento curricular do desporto como parte integrante da componente formativa poderá ser uma solução. O suplemento ao diploma prevê a inclusão de matérias que contribuam para o reconhecimento académico, tanto curricular como extra-curricular, e a prática continuada de desporto - competitivo ou não - enquadra-se neste âmbito.

É ainda urgente a aprovação de um plano de reconstrução das instalações desportivas da U.Porto, considerando a dispersão geográfica, na definição de um Parque Desportivo Universitário. Está mais do que na altura de pensar o Desporto na Universidade com base em estudos sobre as suas necessidades, que permitam uma estratégia independente e integrada para a Universidade.  

Voluntariado A formação de um estudante universitário não pode passar apenas pela pura aquisição de conhecimentos científicos – ou, se passar, torna-se insuficiente. Mais do que um treino académico, o estudante universitário, ao longo dos anos de curso, passa – ou deveria passar – por uma fase de marcado crescimento pessoal e de reconhecimento da sua responsabilidade colectiva, em que o voluntariado pode assumir um papel importante. Embora o voluntariado se diga desinteressado, se assim for, ele não existe: a verdade é que cada um de nós tira os seus próprios benefícios pessoais – quanto mais não seja, o prazer de ter ajudado alguém. Então num estudante em formação constante e contínua, o que ele tira do voluntariado não é, de todo, irrisório. Numa perspectiva de formação académica, o voluntariado permite ao estudante o contacto com diferentes realidades, muitas das quais compatíveis com a sua área de estudo e de actuação do seu ramo

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profissional. Numa perspectiva de enriquecimento pessoal, as acções de voluntariado são constantemente um desafio à open mind e à capacidade de gestão de situações problemáticas, conflituosas – internas ou externas. Pode, portanto, ser mesmo um treino de competências básicas e gerais, mas não é só – é um treino pessoal e individual.  

E assim se justifica o interesse acertado da U.Porto em criar projectos de voluntariado. No entanto, dado o crescimento alargado deste tipo de programas nos últimos anos, a carência já não se encontra tanto no seu número, mas sim na sua definição. Criar projectos, mobilizar, formar e integrar voluntários, embora constitua a base de qualquer programa de voluntariado, não preenche o essencial: o conceito nuclear de voluntariado e os fins para os quais é utilizado. Com tantos programas de voluntariado dispersos e desarrumados pela U.Porto, é urgente a definição e uniformização de ideais, de percepção das carências da cidade e das áreas em que actuar, criando assim um conceito de voluntariado mais uniforme, mais pensado, mais direccionado – cada vez mais ético, cada vez mais forte.  

Cultura

A Universidade constitui-se, muitas vezes, como a última oportunidade de contacto formal com o sistema de ensino. Deve, como tal, contribuir para a formação de determinadas sensibilidades e consciências. A sensibilidade cultural, ao nível das artes - quer plásticas, decorativas, do espectáculo ou literárias -, deve ser uma prioridade na formação de cidadãos íntegros e completos. A Universidade não se deve demitir da formação humanista e diversa de seres sociais, nem tão pouco de lhes auferir capacidades sensitivas e predisposição para a inserção na sociedade através da cultura.

Pelo contrário, uma Universidade ao nível da U.Porto deve possuir um sistema produtor, polarizador, atractor e de divulgação da oferta cultural de que dispõe, bem como de contribuição para a formação dos seus estudantes - e restante comunidade académica -, nas áreas artísticas, em termos curriculares ou extra-curriculares. Uma Comissão Cultural UP poderia assegurar este serviço, tornando-se, assim, num grande veículo de potenciação desta área junto da comunidade académica.  

Seria fundamental que aos estudantes fosse oferecido um programa intenso de aproximação às artes e à cultura, não só do ponto de vista da observação e usufruto, mas também através de workshops públicas, extra-curriculares, creditados. Estamos convictos de que isso fomentaria a diversidade formativa que se pretende e que é distinta no subsistema universitário.  

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Organização Física da U.Porto

O facto da Universidade do Porto se ter organizado, estrategicamente, sob três pólos e não através de um sistema de campus, ou através da implantação no centro da cidade, como acontecera originalmente, não invalidade de acompanharmos atentamente essa opção e de auscultarmos as suas consequências. Da mesma forma, qualquer alteração física da U.Porto deve ser profundamente ponderada, tanto quanto das suas consequências.  

A relação com a cidade do Porto, nomeadamente com o seu centro (Zona Histórica, Baixa e Área Central), assumindo que aí se encontra o núcleo intenso de super-actividade de todos os pontos de vista, e com a Grande Área Metropolitana, não devem ser descorados. Por outro lado, e ainda relativamente à organização por pólos, devemos considerar com extrema preocupação os ineficientes espaços públicos e equipamentos da Universidade do Porto nas áreas envolventes. Assim, sendo a Universidade a mais relevante ‘’Nova Centralidade’’ da área da Asprela, cabe-lhe gerar, e gerir as influências nesse sentido, o espaço público e equipamentos que qualifiquem a área e que ao mesmo tempo contribuam para o conforto dos estudantes.  

Não menos relevante é a resolução jurídica eminente do impasse em relação à gestão do Estádio Universitário da U.Porto, que deve ser considerado um equipamento de excelência à escala de toda a Universidade e que deve ser colocado à disposição universal e gratuita de todos os estudantes - considerando-se, assim, o desporto, como uma prática essencial para o bem estar dos comuns.  

A concentração da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP) e do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) no novo Edifício, junto ao Palácio de Cristal, deve ser acompanhada de uma restituição da actividade nos edifícios que ficam então devolutos. É fundamental que se avance com o Museu da U.Porto e que se considere a sua actividade como fundamental para uma zona da cidade que fica, evidentemente, descompensada. Também associado à rentabilização destes espaços, devemos assumir a importância da atenção aos estudantes deslocados. As Residências Universitárias, propriedade da U.Porto e sob gestão dos Serviços de Acção Social da Universidade do Porto (SASUP) devem merecer atenção, devem ser cuidadosamente mantidas e o parque deve ser alargado de forma a ser mais abrangente, e a utilização do edifício anexo à actual Faculdade de Farmácia pode ser estudado nesse sentido. Por outro lado, a continuação da edificação de e-learning caffes deve ser uma prioridade. É indubitável que a construção do e-learning do Polo 3 (do Campo Alegre) é urgente e fundamental para os estudantes das três Unidades Orgânicas de ensino desta zona da cidade.  

 

 

 

 

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Internacionalização: rankings, posicionamento e integração  

 

“Universidade do Porto entre as 400 melhores do mundo (...) considerada a 106ª melhor da Europa” - in Público  

Uma Universidade Global integra a avaliação internacional partindo do seu desempenho académico. A nível dos rankings devem ser vistos com muito cuidado, não só pelos critérios de valorização como pela leitura que pode ser feita. Não obstante a prevenção na leitura, factos são evidentes e devemos participar nesta evolução.  

A U.Porto está a crescer na realização de programas de pós-doutoramento, contando já com um regulamento próprio para os estudantes estrangeiros que pretendem fazer parte da U.Porto. No entanto, ainda somos uma Instituição em que isso não constituí uma tradição. A estimulação do conhecimento adquirido e integração dos jovens investigadores deverá passar pela inclusão em post-docs, criando programas próprios em maior escala.  

Mobilidade de docentes deve ser estimulada, não só na ida temporária de docentes - maioritariamente jovens - mas também na recepção de docentes prestigiados a nível Mundial. Enquanto estudantes devemos exigir mais da formação, o que contribuí para a notoriedade da própria U.Porto.  

Um elemento essencial na internacionalização consiste na oferta de formação numa 2ª língua, que deve partir do incentivo à participação em cursos de línguas em mobilidade interna.  

A necessidade de um conceito Universitário na sua plenitude exige uma complementaridade dos saberes que compõem a Universidade do Porto. O carácter de ensino da U.Porto deve ser preservado, no entanto faz parte desta definição a mobilidade interna entre Unidades Orgânicas. Neste momento, temos à disposição o regulamento de Unidades Curriculares Singulares, que no entanto ainda não representa o contexto de aquisição de conhecimentos diferenciados. Actualmente, apenas com a contratualização entre o estudante e as Unidades orgânicas de origem e de realização da unidade curricular é possível esta mobilidade, ou pelas Unidades Curriculares Singulares que não constituem um mobilidade na sua essência. Os ciclos de estudos devem prever uma pequena percentagem de ECTS harmonizados entre as UOs para a livre circulação de conhecimento e integração dos estudantes no verdadeiro conceito de Universidade, seja esta inclusão integrada ou complementar.

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