UMA PERSPECTIVA POSITIVA DO ERRO EM SALA DE AULA

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UMA PERSPECTIVA POSITIVA DO ERRO EM SALA DE AULA AWDREY SANTOS 1 RESUMO: O presente trabalho aborda a questão do erro na aprendizagem e como ele pode ser visto de uma maneira positiva dentro de uma sala de aula, já que antes quem errava, além de se sentir constrangido, não era visto com bons olhos pelo professor, tampouco pelos companheiros de sala, uma situação que dava um enfoque muito negativo ao erro. Atualmente se busca um novo enfoque para o erro, uma visão construtiva, que facilite a aprendizagem. O objetivo deste estudo é ajudar alunos e professores a verem o erro como algo normal, aceitá- lo como uma etapa, pois é algo intrínseco a quem está aprendendo, faz parte do processo de aquisição de novos conhecimentos. Os erros envolvem processos de pensamento, processos cognitivos, que precisam ser analisados seriamente e não apenas serem vistos como respostas incorretas, algo equivocado que necessita de ser corrigido. Como instrumentos metodológicos foram analisados pesquisas bibliográficas e estudos já realizados para levantamentos de dados e seleção de informações que permitem explorar as maneiras de aplicar uma correção. Conclui-se que atualmente são muitos os estudos 1 Professora de Espanhol

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UMA PERSPECTIVA POSITIVA DO ERRO EM SALA DE AULA

AWDREY SANTOS1

RESUMO: O presente trabalho aborda a questão do erro na aprendizagem e como

ele pode ser visto de uma maneira positiva dentro de uma sala de aula, já que antes quem

errava, além de se sentir constrangido, não era visto com bons olhos pelo professor, tampouco

pelos companheiros de sala, uma situação que dava um enfoque muito negativo ao erro.

Atualmente se busca um novo enfoque para o erro, uma visão construtiva, que facilite a

aprendizagem. O objetivo deste estudo é ajudar alunos e professores a verem o erro como

algo normal, aceitá-lo como uma etapa, pois é algo intrínseco a quem está aprendendo, faz

parte do processo de aquisição de novos conhecimentos. Os erros envolvem processos de

pensamento, processos cognitivos, que precisam ser analisados seriamente e não apenas serem

vistos como respostas incorretas, algo equivocado que necessita de ser corrigido. Como

instrumentos metodológicos foram analisados pesquisas bibliográficas e estudos já realizados

para levantamentos de dados e seleção de informações que permitem explorar as maneiras de

aplicar uma correção. Conclui-se que atualmente são muitos os estudos sobre esse tema e já

têm bastantes adeptos a essa nova perspectiva.

Palavras-chave: Aprendizagem. Compreender o erro. Visão positiva.

INTRODUÇÃO

Há muito tempo a visão que se tinha da aprendizagem adquirida estava relacionada a

não cometer erros.

Um erro cometido era visto como algo ruim, um “[...] vírus que precisa ser

eliminado” (TORRE, 2007, p. 84), como se o aluno não fosse capaz, principalmente se isso se

repetia com frequência e da mesma forma. Ainda hoje muitos têm pavor de se equivocar e ser

corrigido pelo professor ou outros companheiros de sala. 1Professora de Espanhol

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Alguns professores também acreditam que se os alunos erram é porque não estão

ensinando bem, fazendo-os duvidar de se são bons profissionais realmente.

A partir desse panorama foram realizados muitos estudos sobre o erro no processo de

aprendizagem para poder tratar a questão com uma visão mais positiva, como algo natural.

Segundo Demo (2001, p.50) “o erro não é um corpo estranho, uma falha na aprendizagem.

Ele é essencial, faz parte do processo”.

Errar é um processo natural quando se está aprendendo algo. E os erros que os

alunos cometem em sala de aula podem ser uma fonte de aprendizagem não só para os

mesmos, mas para os professores também, pois poderão usá-los como estratégias didáticas

para o aperfeiçoamento das técnicas de ensino. De acordo com Pinto (2009, p.37), “os erros

contêm um potencial educativo que precisa ser mais bem explorado, não só pelos próprios

professores como também pelos próprios alunos. O estudo dos erros é um fato antigo e, ao

mesmo tempo, recente. Aprender com os erros é tão antigo quanto o homem”.

Sabe-se que o erro não deve ser fonte de castigo, pois é um caminho para a

aprendizagem. Mas, muitos alunos de idiomas ao serem abordados pelo professor para

colocarem em prática o que estão aprendendo, se inibem, seja por medo de não saberem se

expressar corretamente ou, caso cometam um erro, serem expostos pelo professor diante do

grupo.

Do ponto de vista do construtivismo, a visão do erro enquanto fracasso vai aos

poucos dando lugar a uma concepção que admite o erro como uma peça que pode favorecer a

construção do conhecimento.

Esse trabalho foi realizado com base em contribuições de pesquisas bibliográficas e

estudos já realizados para levantamentos de dados e seleção de informações que permitem

explorar as maneiras de aplicar uma correção. Os objetos de análise foram textos, artigos,

livros, revistas e Internet. Ambos entendem o erro como algo natural no processo de

construção da aprendizagem.

Este estudo tem como objetivo principal analisar abordagens positivas que um

educador pode utilizar para lidar com o erro dos alunos em sala de aula e poder ajudar o

educando a alcançar o que procura sem sentir-se exposto aos demais companheiros de sala e

sem ter medo de errar, atenuando o receio que os alunos têm de serem corregidos. Seus

objetivos específicos são elucidar o conceito de erro, compreender o erro no processo de

construção da aprendizagem e esclarecer como a afetividade favorece a aprendizagem e

aceitação dos erros.

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1. A HISTÓRIA DO ERRO

A humanidade sempre buscou um padrão, um modelo exato para que as coisas

fossem feitas, um caminho exato que fosse seguido, uma norma que deveria ser cumprida, e

se alguém ou alguma coisa não estivesse de acordo com esse padrão, era desconsiderado por

todos, era visto como algo anormal, imoral, incorreto. Era um erro que alguém cometia.

A trajetória do erro passa por diversas áreas: religião, filosofia, etc. Sempre com um

cunho negativo e pecaminoso que merecia castigo.

Se analisarmos a questão do ensino-aprendizagem ao longo do tempo perceberemos

como o erro também era considerado algo gravíssimo, que era cometido por alunos que,

segundo se considerava, não estudavam, não prestavam atenção, não se empenhavam em

aprender o que os professores ensinavam.

Os professores eram severos, rígidos, tinham uma autoridade indiscutível dentro da

sala de aula. Não havia discussões sobre o ensino, não havia questionamento por parte dos

alunos. O docente, além de humilhar alguns alunos também os castigava fisicamente. Essas

“formas de educar” eram conhecidas pela sociedade. De acordo com Luckesi (1999, p.133),

No Sul do País, era comum um professor utilizar-se da régua escolar para bater num aluno que não respondesse com adequação às suas perguntas sobre uma lição qualquer. No Nordeste brasileiro, esta mesma prática era efetivada por meio da palmatória, instrumento de castigo com o qual o professor batia na palma da mão dos alunos.

Atualmente não vemos mais essa punição física, mas muitos ainda se utilizam de

formas morais de impor um castigo a um aluno que se distrai, que conversa muito ou que

apresenta dificuldade de aprender e como consequência comete muitos erros

a gozação com um aluno que não foi bem; a ridicularização de um erro; a ameaça de reprovação; o teste "relâmpago", como tem sido denominado o que é realizado para "pegar os alunos de surpresa". Um teste relâmpago, como bem diz o nome, deve ser algo que assusta e, se possível, mata. (LUCKESI, 1999, p.134)

 A incumbência de avaliar o erro do educando requer reflexão, paciência e uma dose

de amabilidade, pois, se o professor tiver uma atitude impensada e descortês poderá obstruir o

processo de aprendizagem do mesmo e que fará com que o erro não seja aproveitado como

um instrumento que conduz a uma aprendizagem significativa.

A maneira de ensinar precisa ser reformulada, tratada com seriedade, mas com

menos formalidade, sem a rigidez e austeridade do passado e sem as punições morais do

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presente. É preciso investir em uma metodologia positiva de aprender, onde o estudante seja

valorizado pelos pequenos esforços e acertos rumo ao aprendizado, e não dar tanto valor aos

erros que ele comete, pois os erros fazem parte desse processo.

Nos dias de hoje, embora em menor número, ainda há professores, inclusive corpo

diretivo escolar, que veem o erro como inaceitável, dando muita importância ao cometimento

do mesmo, seja em atividades, seja em provas, mais que à aprendizagem que deve ser o que

realmente importa. Com essa visão o erro se torna um instrumento classificatório, através da

aplicação de avaliações e suas respectivas notas. Segundo Pinto (2009, p.9),

Concebido como sinal do fracasso do aluno, o erro parece estar inscrito na “cultura avaliativa” da escola, quando esta tem como foco de preocupação a “nota” para a aprovação e não a aprendizagem do aluno, reforçando, assim, a função classificatória e seletiva da avaliação.

A avaliação tem sua importância dentro do cenário escolar, porém ela precisa ser um

instrumento direcional para o professor, indicando, através do resultado obtido, o caminho

que o docente deve percorrer para aprimorar sua didática e trabalhar melhor os erros

avaliados, pois um estudo dos erros pode levar o professor a encontrar a solução para que os

alunos passem a acertar mais.

De volta ao início da história dos erros, ao longo do tempo foram desenvolvidos

alguns métodos para tentar minimizar ou até eliminar a possibilidade de que algum aluno

cometesse um erro. Este artigo se centrará nas metodologias relacionadas ao ensino de

idiomas: a Análise Contrastiva (AC), Análise de erros (AE) e Interlíngua (IL)

1.1 ANÁLISE CONTRASTIVA (AC)

O surgimento da Análise Contrastiva ocorreu por volta da década de 1950 e seu

objetivo era estabelecer uma metodologia que pudesse prever os erros que os estudantes

produziriam na língua estrangeira (LE). Acreditava-se que os aprendizes erravam devido à

interferência de sua própria língua, por isso decidiram listar as diferenças e semelhanças entre

língua materna (LM) e língua estrangeira (LE), assim não haveria erros, era o que se pensava.

Esse modelo propunha a repetição de vários exercícios, frases feitas, assim se instituíam os

hábitos, com isso acreditava-se que se aprenderia uma LE da mesma forma que a LM.

Quando as duas línguas tivessem uma estrutura semelhante, a aprendizagem se daria mais

facilmente, e pelo contrário, se ambas apresentassem uma estrutura diferente, seria um

processo de aprendizagem mais dificultoso. Fernández (1995, p.206) argumenta:

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É possível deduzir que a metodologia dessas propostas considera o erro como algo intolerável, pois pode desenvolver hábitos incorretos, e propõe uma aprendizagem sem erros através da repetição de baterias de frases [...] (minha tradução)2

Já nos anos 1970 a Análise Contrastiva foi perdendo espaço para novas teorias dado

que alguns estudos indicavam que os erros não eram produzidos somente devido à

interferência da LM.

1.2 ANÁLISE DE ERROS (AE)

A Análise de Erros (AE) surge no final dos anos 1970 e S.P. Corder foi o impulsor

desse modelo. Ao contrário da Análise Contrastiva (AC) a Análise de Erros (AE) não tem

como base a comparação entre as línguas materna e estrangeira, o foco está nas produções

reais dos aprendizes. Esta metodologia mostra uma nova concepção do erro, na qual ele é

visto e entendido como um processo normal à aquisição de um idioma. Além disso, os erros

produzidos pelos discentes eram objetos de estudo para entender os diversos estágios pelos

quais um estudante passa para atingir a língua meta e para obter uma explicação para os erros

cometidos durante o processo de aquisição de um idioma. Ao analisar os erros o professor

poderia reformular suas técnicas didáticas e elaborar materiais que pudessem ajudar a diluir os

erros. Para corroborar a ideia DE ALBA (2009) informa que “o erro passa a ser considerado

como parte do processo de aprendizagem e surge a ideia de que o mesmo pode ser utilizado

para fins didáticos. Em decorrência dessa mudança de perspectiva, o erro se tornou objeto de

estudo” (minha tradução)3.

Uma das críticas a esse modelo foi o fato de que ele, exclusivamente, se focava em

um aspecto de tudo o que um aprendiz realizava: o erro, sem ponderar sobre os acertos.

Atualmente a Análise de Erros vem passando por uma reformulação devido aos avanços da

linguística.

1.3 INTERLENGUA

2 La metodología que se deduce de estos planteamientos considera el error como algo intolerable, pues puede generar hábitos incorrectos, y propone un aprendizaje sin errores a través de la repetición de baterías de frases [...]

3 Revista Nebrija: el error pasa a ser considerado como parte del proceso de aprendizaje y surge la idea de que puede utilizarse con fines didácticos Como consecuencia de este cambio de perspectiva, el error se erigió en objeto de estudio.

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Através da Análise de Erros surgiu o conceito de Interlíngua que é um mecanismo

linguístico que o próprio estudante desenvolve durante seu processo de aquisição de uma

língua, se assemelha a uma mistura entre seu próprio idioma e a língua meta, buscando uma

simplificação ou generalização da língua em estudo. De acordo com Santos Gargallo (1990,

p.172), “a Interlíngua é o sistema que o aluno de L2 utiliza para se comunicar e que contém

regras da L2, regras de sua língua nativa e outras que não pertencem nem a primeira, nem a

segunda e que são propriamente idiossincráticas”4.

A Interlíngua é instável, pois também se transforma à medida que o aluno vai

avançando em seus estudos e reestruturando seus novos conhecimentos, estes últimos são os

estágios pelos quais ela transita, reforçando a ideia de que ela é um sistema próprio do

aprendiz. S.P. Corder5 o definiu como “dialeto idiossincrático”. O termo Interlíngua, com a

ideia do que foi citado anteriormente, foi criado por Selinker.

Um conceito importante dentro da Análise de Interlíngua é a fossilização.

Na fossilização o aprendiz de um idioma apresenta estruturas linguísticas de sua língua

materna, ou seja, se refere aos erros que já estão internalizados e que, devido à dificuldade

que representam ao aprendiz, exigem um árduo trabalho de sua parte para serem eliminados.

2. O QUE SIGNIFICA A PALAVRA ERRO?

Segundo o dicionário digital Aulete, a palavra erro significa ação ou resultado de

errar; falta de correção, de exatidão, de perfeição, etc.; falha; defeito; imperfeição. Outros

dicionários dizem algo semelhante: Ato de errar; Inexatidão; Apartamento, desvio do bom

caminho; Engano.

De acordo com Luckesi (1999, p.138),

No caso da aprendizagem escolar, pode ocorrer o erro na manifestação da condutaaprendida, desde que já se tenha o padrão do conhecimento, das habilidades ou dassoluções a serem aprendidas. Quando um aluno, em uma prova ou em uma prática,manifesta não ter adquirido determinado conhecimento ou habilidade, através de uma conduta que não condiz com o padrão existente, então podemos dizer que ele errou. Cometeu um erro em relação ao padrão.

4 Santos Gargallo: La interlengua, es el sistema que utiliza el alumno de L2 para comunicarse y contiene reglas de la L2, reglas de su lengua nativa y otras que no pertenecen ni a la primera ni a la segunda y que son propiamente idiosincrásicas.

5 S. P. Corder era um professor de linguística aplicada que publicou “The signifiance of Learners‟ Errors”. Neste artigo ele informa que o erro é parte integrante do processo de aprendizagem onde a própria pessoa cria os seus meios para atingir a língua meta.

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Esse estudo analisa o erro dentro da aprendizagem de um idioma. Nesse contexto o

erro é visto como o uso não adequado da estrutura de um idioma, seja ele escrito ou oral. São

produções que um aprendiz realiza que saem do padrão linguístico da língua meta. O

Diccionario de términos clave de ELE diz:

Erro – com este termo faz-se referência às características da produção oral ou escrita dos aprendizes que se desviam das que são próprias da língua meta. Como consequência da multiplicidade que podem apresentar-se, foram propostas diversas classificações que variam em função do objetivo que se persegue (investigação, ensino, correção, etc.). As mais comuns são as seguintes:1. Critério linguístico: erros léxicos, morfossintáticos, discursivos, de

pronunciação...2. Critério de estratégias superficiais: omissão, adição, justaposição, escolha

errônea e colocação errônea.

3. Critério pedagógico: erros induzidos, transitórios, fossilizados, etc.

4. Critério etiológico (segundo sua causa ou origem): erros interlinguais, intralinguais, de simplificação, etc.

5. Critério comunicativo: erros de ambiguidade, irritantes, entre outros. (minha tradução)6

Para Blanco Picado “o erro sempre é uma transgressão, um desvio ou uso incorreto

de uma norma, a qual neste caso pode ser linguística, mas também cultural, pragmática, e de

uma grande variedade de outros tipos”. (minha tradução)7

Em um contexto geral a palavra erro significa o uso inadequado de uma norma.

No que diz respeito ao erro antes havia uma grande inquietação visto que, como já

foi explicado anteriormente, muitos professores o viam como algo inaceitável e através dessa

6 Con este término se hace referencia a aquellos rasgos de la producción oral o escrita de los aprendientes que se desvían de los que son propios de la lengua meta. Como consecuencia de la multiplicidad de errores que se pueden presentar, se han propuesto diversas clasificaciones, que varían en función del objetivo que se persigue (investigación, enseñanza, corrección, etc.). Las más comunes son las siguientes:

1. Criterio lingüístico: errores léxicos, morfosintácticos, discursivos, de pronunciación...2. Criterio de estrategias superficiales: omisión, adición, yuxtaposición, elección errónea y colocación

errónea.3. Criterio pedagógico: errores inducidos, transitorios, fosilizados, etc.4. Criterio etiológico (según su causa u origen): errores interlinguales, intralinguales, de simplificación,

etc.5. Criterio comunicativo: errores de ambigüedad, irritantes, entre otros.

7 El error siempre es una transgresión, desviación o uso incorrecto de una norma, que en el caso que

nos ocupa puede ser lingüística, pero también cultural, pragmática, y de una gran variedad de tipos más. 

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problemática foram realizados diversos estudos e aplicadas novas técnicas para tentar

extingui-lo. Essa inquietação ainda existe. Ao avaliar o discente nos centramos somente nos

dois polos, erros e acertos, esperando obter estes últimos, pois os acertos sempre foram

sinônimos de solidificação da aprendizagem. A valorização do processo de aquisição de uma

língua é secundária, o que se espera é maneira correta de se expressar. Os alunos demonstram

sua felicidade ao verificar muitos acertos em uma prova, na explanação de um tema e,

consequentemente, os professores sentem que fizeram um bom trabalho. Porém, ao constatar

muitos erros ambos se frustram já que “o erro circula no ambiente de aprendizagem escolar e

acadêmico como expressão de pecado, devendo, então, sofrer sanções quem cometê-lo”.

(Souza; Lima; Kindermann, 2013, p.147).

Mas, em relação à aprendizagem seria possível manter um conceito tão enérgico

atualmente?

Atualmente se discute sobre uma educação libertadora onde professores e alunos

trabalham juntos, sem criticismo, sem rótulos ao ritmo de aprendizagem, abrindo as portas à

novas maneiras de ensinar/aprender e trabalhar de forma menos conflituosa com o que não se

considera correto. Através desse e de outros pontos de vista na área da aprendizagem o erro

obteve novos conceitos, atualmente ele é interpretado de uma maneira mais natural, como

algo intrínseco ao aprendiz, pois errar faz parte da construção do conhecimento que se da

gradualmente e de modo específico em cada pessoa, ou seja, o que para uma determinada

pessoa pode ser facilmente aprendido, para outra, a solidificação do conhecimento se dará,

muitas vezes, depois de constantes erros. Tentar impedir o aluno de cometê-los seria bloquear

o seu raciocínio de aquisição de um novo saber. Segundo Fernández (1995, p.211), “[…] já

estamos convencidos de que os erros são necessários e inevitáveis para aprender e de que nos

informa sobre o processo de aprendizagem de nossos alunos […]” (minha tradução)8.

3. O ERRO CONSTRUTIVO

Como já dissemos anteriormente o erro ainda é visto por muitos alunos e professores

como algo inadmissível. Os alunos se sentem inferiores ao errarem e os professores estão

constantemente duvidando de sua maneira de ensinar devido aos erros constantes de seus

estudantes. É óbvio que a formação de um professor deve ser contínua, mas os docentes

podem analisar o processo de aquisição do idioma deles próprios e vão perceber que também

8 [ …] estamos ya convencidos de que los errores son necesarios e ineludibles para aprender y de que nos ilustran sobre el proceso de aprendizaje de nuestros alumnos […]

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superaram etapas de frequentes erros. Isso os tornará mais maleáveis com eles mesmos,

aliviando a autocobrança, e com os alunos. Eis aí uma forma mais positiva de ver os erros. De

acordo com Luckesi (1999, p.140),

Ocorrendo o insucesso ou o erro, aprendamos a retirar deles os melhores e os mais significativos benefícios, mas não façamos deles uma trilha necessária de nossas vidas. Eles devem ser considerados percalços de travessia, com os quais podemos positivamente aprender e evoluir, mas nunca alvos a serem buscados.

Nossas habilidades são desenvolvidas através de constante prática, erramos muitas

vezes antes de conquistá-las, da mesma maneira podemos conseguir aprender um idioma, ou

seja, os erros podem ser vistos como degraus que subimos para alcançar a língua meta.

O ato de errar faz parte da constituição humana ainda que, em nossa cultura, o erro seja sinônimo de fracasso. Na cadeia comunicativa, nos atos de fala, ele se faz presente em diversas modalidades, seja no nível semântico, sintático ou contextual, o erro, além de fazer parte do percurso da utilização e aprendizagem desses recursos linguísticos, faz-se necessário para que se chegue ao esclarecimento acerca do acerto e de sua efetivação no uso da língua. (Souza; Lima; Kindermann, 2013, p.154).

O ato de errar ao utilizar um idioma é muito comum, principalmente se esse idioma é

muito semelhante a língua que se pretende obter uma competência comunicativa, como

exemplo podemos citar o português e o espanhol. O aluno, muitas vezes, se utiliza de um

sistema próprio, generalizando ou simplificando as regras de um idioma, ou seja, passa pelo

processo de interlíngua para chegar a língua pretendida. Por isso faz-se extremamente

necessária uma reformulação positiva sobre o erro e ela pode começar pelo professor, cuja a

função é fazer com que a interlíngua do aluno se aproxime cada vez mais da língua almejada.

Para percorrer o caminho da visão positiva do erro, em primeiro lugar é fundamental

romper as barreiras dentro da sala de aula, o professor não precisa mais ser a autoridade, o

único que sabe o que é certo, ele pode percorrer o caminho do ensino junto aos alunos,

mantendo um diálogo, criando vínculos de respeito e amizade que facilitam a aprendizagem e

incentivam maior participação e comprometimento com o ensino/aprendizagem do idioma.

Isso torna o ambiente mais agradável para que os alunos não se inibam diante de qualquer

erro que possam cometer.

Na qualidade de educador o importante não é somente corrigir o que está mal

elaborado, é preciso refletir, compreender e agir sobre o erro. O professor deve tirar proveito

dos erros cometidos em sala de aula para reformular sua didática, realizar intervenções

compatíveis ao grau de conhecimento dos alunos e elaborar novas atividades, também é de

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grande importância que ao aplicar uma atividade ao grupo o professor consiga estar mais

próximo dos alunos, circulando pela sala de aula, analisando o que está sendo feito,

verificando os erros durante a produção e tentando descobrir o que pode dar origem aos

mesmos para poder reorientar os seus aprendizes. A ideia principal de toda essa reformatação

do trabalho de um docente visa diminuir os erros cometidos no processo de aquisição do

idioma. É importante que o professor invista em uma visão construtiva do erro dado que para

atingir a língua meta é comum dentro do processo de ensino/aprendizagem atravessar uma

série de obstáculos (fases) que surgem constantemente. Por isso é preciso paciência e

disposição para descobrir a origem dos erros, entender como o aluno pensa e realizar as

mudanças necessárias. “Entender o funcionamento mental significa compreender o

significado dos erros” (Aquino, 1997, p.65).

O que se comenta anteriormente não tem a intenção de fazer com que os docentes

corrijam todos os desacertos que os alunos cometerem devido à que muitas vezes o erro se

deve à uma dificuldade de interpretação, desconhecimento de léxico, níveis iniciais de estudo

de uma língua, distração, ao cansaço, nervosismo diante de uma prova ou apresentação em

público. Fatores esses que podem existir independente da ação do professor ou, até mesmo, do

próprio aluno. Isso pode acontecer, inclusive, com nativos, desse modo alguns desses erros

podem ser relevados.

Tampouco é possível fingir que não há erros somente pelo fato de saber que é algo

comum de um aprendiz. Como já mencionado acima, o professor analisa o erro através da

razão e procura transformar essa experiência em algo positivo, sem traumas para o aluno.

3.1 COMO TRANSFORMAR O ERRO EM ALGO POSITIVO?

É importante que o professor construa a sua própria visão positiva do erro, pois

servirá de modelo aos alunos. Ao dar aula a um novo grupo é necessário, na primeira ou

segunda aula, deixar claro o conceito de erros e pedir aos alunos que se permitam errar, que

não tenham medo ou vergonha de se expressar em sala de aula. Também é necessário que o

professor converse com os alunos sobre a questão de discriminação em sala de aula em

relação aos aprendizes que erram com mais frequência, visto que muitas vezes são os próprios

alunos que, com piadas, risadas, apelidos pejorativos, palavras depreciativas, prejudicam o

desenvolvimento dos demais alunos.

Os alunos também podem escolher como querem que se faça a correção: por escrito

ou oralmente, diante do grupo ou em particular. Nesse caso, independentemente do modo

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escolhido, o docente deve evitar ao máximo situações que exponham o aluno a humilhações.

Antes se usavam diversos castigos para humilhar os alunos que não acertavam as perguntas

que os professores faziam: não só físicos, mas também os de ordem moral, o que podia

afetar o bom desempenho do aluno. Por mais que o erro possa ter novos conceitos

atualmente, ele ainda, dentro do aspecto cultural ainda mantém associações que havia

antigamente, está associado a vergonha, constrangimento, medo, etc. Para suavizar a carga

que essa palavra possui, é importante que o docente use um tom de voz firme, mas dócil,

que saiba dizer as palavras adequadas para não ferir a suscetibilidade do aluno. Na visão de

Luckesi (1999, p.139), O erro, especialmente no caso da aprendizagem, não deve ser fonte de castigo, pois

é um suporte para a autocompreensão, seja pela busca individual (na medida em que me pergunto como e por que errei), seja pela busca participativa (na medida em que um outro - no caso da escola, o professor - discute com o aluno, apontando-lhe os desvios cometidos em relação ao padrão estabelecido). Assim sendo, o erro não é fonte para castigo, mas suporte para o crescimento.

Ao observar o grupo o professor pode anotar os erros mais cometidos durante a aula

e fazer uma breve explicação sobre os mesmos antes de terminá-la, sem a necessidade de

dizer o nome de quem cometeu tal erro, mesmo que o próprio aluno ou o grupo saiba quem o

cometeu. O professor pode, inclusive, se tiver um cronograma de aulas flexível, preparar aulas

sobre o material de erros coletados e/ou adaptá-los com exemplos semelhantes para que

nenhum aluno se sinta identificado na hora da correção. O professor pode utilizar os exemplos

que ele criou e pedir aos alunos que identifiquem o que há de errado. Essas simples ações

pedagógicas podem se tornar, além de uma atividade prática em grupo, um modo menos

impactante de mostrar os desacertos ocorridos durante a aula e conseguimos tornar o erro um

observável, “ao ser olhado em sua multidimensionalidade, o erro apresenta-se como uma

estratégia didática valiosa para o docente praticar uma avaliação formativa” (André, 2008,

p.49), assim podemos conhecer melhor as capacidades cognitivas dos discentes e buscar

ferramentas didáticas que os ajudem a ter consciência dos seus erros e transpô-los

voluntariamente.

Com uma visão mais amena sobre os erros podemos encontrar o construtivismo que

vê o aluno com um sujeito ativo, colaborador e autônomo em sua própria aprendizagem, ou

seja, um construtor de seus próprios conhecimentos. Também concebe o erro como um

elemento importante para a ascensão do aprendiz. Pinto (2009, p.39) se refere ao

construtivismo alegando que “o erro é um elemento possível e até necessário: ele é um

elemento intrínseco no processo de construção do conhecimento”.

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O construtivismo visa uma aprendizagem mais flexível, onde não há uma rigidez,

onde não há um ritmo único de aprendizagem e uma avaliação para a obtenção de resultados,

pelo contrário, trabalha com uma avaliação e formação contínua do aprendiz e do professor,

onde os dois trabalham juntos e superam cada etapa do conhecimento.

No que tange ao construtivismo podemos mencionar Piaget9 que considera os erros e

os acertos no processo de aprendizagem, diz que a construção do construtivismo está

relacionada a um conjunto de teorias que sustentam a ideia de que a evolução da inteligência

se dá pela interação do sujeito com seu meio através da ação e da reflexão, o professor é um

facilitador do processo de aprendizagem de um aluno. “Segundo Piaget, a construção de

conceitos e de ideias é um processo de autorregulação. Na busca de sintonia, alguns aspectos

do processo são mantidos ou corregidos” (Pinto, 2009, p.39). Piaget nos mostra o caminho da

aprendizagem através da assimilação, a acomodação, a equilibração e a regulação. Abaixo

podemos ver uma sucinta explicação de cada item:

Assimilação: uma coleta de informações que são interpretadas e adquirem sentido e

significado de acordo com os processos cognitivos e o nível de inteligência de cada aprendiz.

Acomodação: é uma mudança da estrutura cognitiva de assimilação, é criar uma

nova estrutura ou trocar uma estrutura existente por uma mais desenvolvida,

consequentemente aumentando o processo de assimilação.

Equilibração: para atingir um novo estágio do saber muitas vezes surgem os

desequilíbrios (conflitos entre as estruturas cognitivas) para que ocorram novos processos de

assimilação e acomodação, ou seja, uma evolução do nosso grau de inteligência, então a

equilibração surge para reconstruir as estruturas cognitivas e aumentar/desenvolver o nosso

conhecimento.

Regulação: a equilibração tem como base a regulação, essa ocorre quando nos damos

conta que realizamos não obteve êxito, então buscamos novas tentativas de reformular uma

estrutura que diminua o erro. Um exemplo para esclarecê-la melhor é quando preparamos um

prato e não conseguimos um sabor idealizado, então colocamos um pouco mais de orégano, e

continua sem o sabor ideal, colocamos cebola e continua igual, então colocamos um pouco

mais de sal e conseguimos atingir o sabor desejado. Assim funciona a regulação, vamos

buscando novas alternativas para melhorar nossa aprendizagem.

9 Jean Piaget foi um psicólogo suíço que estudou o mecanismo da evolução da inteligência e aquisição

do saber. Piaget demonstrou que a inteligência das crianças evolui à medida que atingem uma faixa etária

determinada. Escreveu muitos livros e artigos sobre o desenvolvimento da inteligência.

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Todas essas fases, essa estruturação do saber, levam o aprendiz a cometer muitos

erros para chegar a um novo conhecimento, por isso para Piaget, o erro pode ter um valor

positivo, e é imprescindível reconhecê-lo como inevitável na prática e utilizá-lo como uma

fonte de observação, de discussão, de correção, de aperfeiçoamento e construção do

conhecimento que nos leva a refletir sobre a sua aparição e a tomar as medidas necessárias

para ultrapassá-lo.

Piaget se baseou na aprendizagem e evolução da inteligência das crianças, mas os

erros cometidos na aprendizagem de uma língua também servem de elementos instrutivos ao

educando e ao educador e é possível tirar proveito dos estudos de Piaget e aplicá-los aos

idiomas.

Ao estudar uma língua os alunos também vão errar constantemente até que se

consolide uma estrutura. É fundamental o professor, que é o facilitador da aprendizagem,

identificar como se dão esses erros, identificar o que o aluno já aprendeu e o que ele precisa

aprender. Estas informações o guiarão a desenvolver novas metodologias de ensino tornando

o seu trabalho mais eficaz, pois não só os alunos desestruturam e estruturam seus

conhecimentos, o professor construtivista também os reconstrói.

4. CONCLUSÃO

Através dessa leitura podemos perceber que a história do erro é muito longa. Ele foi

visto como pecado, falta, mal caminho, motivo de vergonha para quem o cometia perante a

sociedade.

No âmbito da aprendizagem ele causou muita dor com atitudes agressivas que os

professores tinham, atitudes essas que deixaram suas sequelas como traumas devido aos

castigos físicos e psicológicos infligidos, como gritar com os alunos, insultá-los, uso de

violência e humilhações. Todo esse lado negativo de ver o erro perdurou ao longo do tempo e

se enraizou em nossa cultura.

Mas, com o passar do tempo, na área da aprendizagem, se percebeu que o erro

necessitava ser estudado para que fosse possível extingui-lo. Com esse foco em mente, dentro

da área de estudos de idiomas, foram desenvolvidos os seguintes métodos: Análise

Contrastiva (AC), Análise de Erros (AE), Interlíngua (IL). Cada um desses métodos

contribuiu significativamente para aprendizagem, sendo o último o que mais conseguiu se

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aproximar de uma suposta aceitação do erro já que era visto como uma etapa transitória para

atingir a língua meta.

Nesse contexto o erro é visto como o uso não adequado da estrutura de um idioma,

seja ele escrito ou oral. São produções que um aprendiz realiza que saem do padrão

linguístico da língua meta.

Apesar dos estudos citados acima a visão negativa do erro persistia.

Mais tarde surge o construtivismo que analisa o erro desde uma nova perspectiva,

mostrando que o conhecimento se dá através de constantes erros (que podem ser interpretados

como um ensaio antes da apresentação), é preciso praticar bastante antes de adquirir uma

habilidade e certamente errar faz parte dessa aquisição. O construtivismo também vê o aluno

como o condutor de sua aprendizagem tornando o professor um facilitador que mostra o

caminho e o conduz até ele.

Pela visão construtivista podemos conhecer Piaget que estudou o processo da

inteligência e sua evolução. Ele via o erro como um instrumento que se fosse observado podia

mostrar o caminho do acerto.

Atualmente há muitos professores adeptos da visão construtivista. Esses professores

necessitam estar abertos e flexíveis a observar como erro pode levar os seus alunos à uma

aprendizagem sólida. Para isso é necessário que eles reconfigurem o próprio saber, que

construam um trabalho novo através da reelaboração de sua metodologia de ensino, através da

análise do funcionamento do processo cognitivo dos alunos, tirando proveito disso para poder

reorientá-los.

Interpretar o erro através de um novo ângulo facilita o processo de aprendizagem. O

conceito de erro enquanto fracasso aos poucos cede lugar a uma visão mais complacente, um

componente essencial que pode colaborar na configuração do saber.

Com um novo paradigma dado erro os alunos podem se sentir mais livres para

aprender, o que torna o estudo um momento agradável, por essa razão é importante que o

professor valorize todo e qualquer esforço que o aprendiz faça para minimizar os seus erros e

maximizar a sua aprendizagem.

RESUMEN: El presente trabajo plantea el error en el aprendizaje y cómo se puede

verlo de un modo positivo dentro del aula de clase, puesto que antes, además de sentirse

avergonzado, estaba mal visto por el profesor y también por los compañeros del aula.

Una situación que le ponía un enfoque muy negativo al error. Actualmente se le busca un

nuevo enfoque para el error, una visión constructiva, que facilite el aprendizaje.

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El objetivo de este estudio es ayudarles a alumnos y profesores para que vean el error

como algo normal, que lo acepten como un estadio, pues es algo al que está aprendiendo, está

involucrado en el proceso de adquisición de nuevos conocimientos. Los errores se relacionan

con procesos de pensamientos, procesos cognitivos que necesitan ser analizados en serio, no

solo como respuestas incorrectas, una equivocación que tiene que ser corregida. Como

instrumentos metodológicos fueron analizados pesquisas bibliográficas y estudios hechos para

obtención de datos y selección de informaciones que permitan explorar las maneras de aplicar

una corrección. Se concluye que actualmente hay muchos estudios sobre este tema y también

hay muchos adeptos a esta nueva perspectiva.

Palabras clave: Aprendizaje. Comprender el error. Visión positiva.

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