uma publicação mensal da FEAUSP • Professores na blogosfera · Boa parte dessa audiência...

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FEA X FEA uma publicação mensal da FEAUSP ano 10 _edição 89_março_2014 Project Discovery pág. 2 www.fea.usp.br/jornal Em parceria com Illinois, Departamento de Contabi- lidade e Atuária adota projeto inovador de ensino Professores na blogosfera Cont. na página 6 Muitos professores ainda são refratários a essa ideia. Mas os que já adotaram consideram uma ferramenta importan- te de informação, propagação de ideias e integração com os alunos, sociedade e profissionais da área. O blog é um espaço privilegiado para promover o debate em torno dos mais variados temas e, por vezes, torna-se fonte de consul- ta para a opinião pública. No meio universitário, ele ainda é utilizado como extensão do ensino em sala de aula. Na FEA, alguns professores já se tornaram blogueiros de cartei- rinha e chegam a postar mais de uma vez ao dia. Mas a grande maioria ainda não tem essa cultura. Um dos blogs criados por professo- res da FEA é o “Economista-X”. O nome foi inspirado em um perso- nagem fictício: um professor de Economia com carreira con- solidada, que dá aulas no ex- terior, só escreve em inglês e tem um perfil agressivo. Sua verdadeira identidade é mantida em segredo. O blog reúne, por en- quanto, 8 professores de Economia – Fábio Kan- czuk, Márcio Nakane, Carlos Eduardo Soares Gonçalves, Sérgio Al- meida, Bruno Giovannetti, Rodrigo De Losso, Mauro Rodri- gues e Fábio Miessi. Os autores têm um jeito bem despojado de abordar o “economês”, mas sem deixar a seriedade de lado. Talvez isso explique porque em apenas seis meses (entrou no ar em setembro de 2013) já atingiu 35 mil acessos/mês. Boa parte dessa audiência migrou do blog “AC3L”, onde o personagem escrevia. O “AC3L” ou “A Consciência de 3 Liberais” foi criado em 2012 pelos professores Carlos Eduardo Soares Gonçalves e Fábio Kanczuk, junto com outro economista, o Celso Toledo, e tratava mais de conjuntura. Mas com o passar do tempo, os autores resolveram convidar outros economistas da FEA para engrossar a lista e decidiram montar outro blog, o “Economista-X”, cujo escopo foi ampliado e o personagem principal ganhou mais serieda- de. “Com a mudança, o personagem ficou mais sério”, comenta o Prof. Mauro Rodrigues, um dos primeiros a aceitar o convite para escre- ver no blog. pág.05 pág.08 pág.10 pág.12 FEA FUNCIONÁRIOS PAINEL FEA SUSTENTABILIDADE FEA ALUMNI

Transcript of uma publicação mensal da FEAUSP • Professores na blogosfera · Boa parte dessa audiência...

FEA X FEA

uma publicação mensal da FEAUSP • ano 10 _edição 89_março_2014 •

Project Discovery

pág. 2

www.fea.usp.br/jornal

Em parceria com Illinois, Departamento de Contabi-lidade e Atuária adota projeto inovador de ensino

Professores na blogosfera

Cont. na página 6 Cont. na página 6

Muitos professores ainda são refratários a essa ideia. Mas os que já adotaram consideram uma ferramenta importan-te de informação, propagação de ideias e integração com os alunos, sociedade e profi ssionais da área. O blog é um espaço privilegiado para promover o debate em torno dos mais variados temas e, por vezes, torna-se fonte de consul-ta para a opinião pública. No meio universitário, ele ainda é utilizado como extensão do ensino em sala de aula. Na FEA, alguns professores já se tornaram blogueiros de cartei-rinha e chegam a postar mais de uma vez ao dia. Mas a grande maioria ainda não tem essa cultura.

Um dos blogs criados por professo-res da FEA é o “Economista-X”. O nome foi inspirado em um perso-nagem fi ctício: um professor de Economia com carreira con-solidada, que dá aulas no ex-terior, só escreve em inglês e tem um perfi l agressivo. Sua verdadeira identidade é mantida em segredo. O blog reúne, por en-quanto, 8 professores de Economia – Fábio Kan-czuk, Márcio Nakane, Carlos Eduardo Soares Gonçalves, Sérgio Al-

meida, Bruno Giovannetti, Rodrigo De Losso, Mauro Rodri-gues e Fábio Miessi. Os autores têm um jeito bem despojado de abordar o “economês”, mas sem deixar a seriedade de lado. Talvez isso explique porque em apenas seis meses (entrou no ar em setembro de 2013) já atingiu 35 mil acessos/mês.

Boa parte dessa audiência migrou do blog “AC3L”, onde o personagem escrevia. O “AC3L” ou “A Consciência de 3 Liberais” foi criado em 2012 pelos professores Carlos Eduardo Soares Gonçalves e Fábio Kanczuk, junto com

outro economista, o Celso Toledo, e tratava mais de conjuntura. Mas com o passar

do tempo, os autores resolveram convidar outros economistas

da FEA para engrossar a lista e decidiram montar outro

blog, o “Economista-X”, cujo escopo foi ampliado e o personagem principal ganhou mais serieda-de. “Com a mudança, o personagem fi cou mais sério”, comenta o Prof. Mauro Rodrigues, um dos primeiros a aceitar o convite para escre-ver no blog.

pág.05pág.08pág.10pág.12

FEA FUNCIONÁRIOSPAINELFEA SUSTENTABILIDADEFEA ALUMNI

Project DiscoveryEm parceria com Illinois, Departamento de Contabi-lidade e Atuária adota

FEA x FEA

Seu método busca que o aluno desenvolva a capacidade de autoaprendizado, fundamental para uma formação de longo prazo.

2 Project Discovery

Nicolas Gunkel O DepartamentO De COntabiliDaDe e autária Da

Fea está implementanDO O prOjeCt DisCOvery

em 2014, prOjetO COmplementar De ensinO Cria-

DO pela universiDaDe De illinOis, reFerênCia na

área De COntabiliDaDe. Com novas disciplinas eletivas de contabilidade financeira e gerencial e uma dinâmica calcada em estudos de caso, workshops e trabalhos em grupo, o Project Dis-covery busca o aprimoramento não apenas da estrutura curricular do curso, mas também de suas estratégias de ensino e aprendizagem.

Ambicioso, o projeto se apresenta como um elemento importante associado à missão do EAC na formação de líderes inovadores de atuação regional e mundial, que desenvolvam competências profissionais como análise, dis-cernimento, tomada de decisão, pensamento crítico e comunicação.

Como principais características, o Project Discovery prega a ênfase no papel da infor-mação nos negócios, uma estrutura conceitual

transversal às áreas funcionais, o desenvolvimento de habilidades de comunicação e relacionamento interpessoais, a integração entre ensino e pesquisa e a parceria entre academia e prática. Seu mé-todo busca que o aluno desenvolva a capacidade de autoaprendi-zado, fundamental para uma formação de longo prazo. Para reter sua atenção, os professores devem lançar mão de aulas mais parti-cipativas. “Temos a expectativa de mais envolvimento do aluno no aprendizado, com estudos de caso. Mais tempo de aula discutida e menos expositiva”, explica o professor Andson Braga, um dos coor-denadores do projeto.

Para que o Project Discovery siga a linha pedagógica idealizada por Illinois, a FEA tem promovido o intercâmbio de professores. Em fevereiro de 2014, quatro professores do Departamento de Contabilidade visitaram a Universidade de Illinois em um perío-do de imersão total ao Project Discovery. Welington Rocha, Bru-no Salotti, Márcio Borinelli e Fernando Múrcia acompanharam o funcionamento do programa em sala de aula, tanto na graduação quanto na pós-graduação, para entender seu ciclo completo. Do outro lado do intercâmbio, o professor Jon Davis, chefe do depar-tamento de Contabilidade de Illinois, esteve em visita à FEA nos dias 10 e 11 de fevereiro.

Com vista ao processo de internaciona-lização pelo qual passa a USP, os docentes brasileiros estão se preparando para minis-trar todas as aulas em inglês. As disciplinas do Project Discovery serão oferecidas no primeiro semestre de 2014 às segundas e terças-feiras, das 13h30 às 15h10. Foram definidas 30 vagas para cada uma delas, abertas para todos os alunos, incluindo os intercambistas. Mais informações podem ser obtidas na Coordenação de Graduação do EAC.Profs. Márcio Borinelli , Fernando Múrcia,

Welington Rocha e Bruno Salotti

3AMEFEA investe em alunos de baixa renda - e boas notas

FEA x FEA

“Pensei ser um jeito de integrarmos mais a família e a universidade e ainda ajudarmos os alunos do departa-mento”

alguns anOs atrás, uma aluna Da Fea reCebeu uma bOlsa-auxíliO Da Fa-CulDaDe para que nãO preCisasse abanDOná-la. apesar Da gratuiDaDe DOs CursOs Da usp, a es-tuDante enCOntrava DiFi-CulDaDes para se DeDiCar integralmente aOs estu-DOs. No início deste ano, a já formada e bem sucedida feana retornou à faculdade para devolver, voluntariamente, cada centavo do que lhe foi cedido àquela época. E não parou por aí. Hoje, ela pretende fazer a sua contribuição.

A história é apenas mais um exemplo de gratidão à AME-FEA (Associação de Amigos da FEA) que, desde 2006, apoia estudantes da faculdade de família de baixa renda. Sua criação foi idealizada pelo professor Joaquim Guilhoto, que encontrou no projeto a possibilidade de unir duas demandas do curso de Economia. “Pensei ser um jeito de integrarmos mais a família e a universidade e ainda ajudarmos os alunos do departamen-to”, lembra.

A associação ganhou corpo e, em 2011, se expandiu para os outros cursos. “Percebi que os pais gostavam dos eventos promovidos por nós e, se dava tão certo, por que não esten-der?”. Hoje, além do professor Guilhoto, outros dois docentes se articulam na gestão da AMEFEA: a professora Rosana Ta-vares, da Administração, e o professor José Roberto Kassai, da Contabilidade.

Assim, desde que seus filhos ingressam na FEA, os pais são informados da possibilidade de ajudar seus colegas e, quando necessário, de seus filhos receberem um auxílio. Além de fazer o bem ao próximo, os amigos da FEA participam de eventos realizados pela associação. Como colaboradores ilustres, figu-ram o presidente Emérito Antônio Delfim Netto e a Associada Honorária Diva Benevides Pinho.

ContrapartidaO bolsista da AMEFEA recebe uma bolsa

mensal de R$ 622 para gastos com alimen-tação, transporte e despesas acadêmicas. Assim, ele pode se dedicar integralmen-te à graduação pelos primeiros dois anos, enquanto não consegue, por exemplo, um estágio. Em contrapartida, o aluno benefi-ciado precisa apresentar bom desempenho acadêmico. “É a única coisa que exigimos dos alunos. Afinal, é o objetivo da ajuda que damos a eles”, explica a professora Ro-sana Tavares.

Segundo o estudante bolsista Daniel Carbolante, o auxílio é um grande incentivo para o bom rendimento no “puxado” curso de Economia. “A necessidade da bolsa me faz buscar boas notas e, também, o apoio dos professores”, conta. “É ótimo, porque eu recebo a ajuda e ainda me formo bem”.

No dia 26 de abril, ocorre uma recepção aos pais dos alunos ingressantes de 2014, na sala do auditório do FEA 5, das 8h30 às 12h. Mais informações sobre o VIII Encon-tro da AMEFEA e outros eventos podem ser encontradas no www.amefea.org.

Gestores da AMEFEA Profs. José Roberto Kassai, Rosana Tavares e Joaquim José Martins Guilhoto

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FEA x FEA

Tiago Cesquim

granDe parte Das pessOas que transitam pela usp aO lOngO DO anO aprOveitam as Férias DO Fim De anO para passear pOr OutrOs lugares. Nessa época, a FEA se transforma num “can-teiro de obras” para que no início do ano letivo as melhorias na infraestrutura estejam prontas para as turmas que retornarão e para os calou-ros que chegam à Faculdade. Olga Miranda, Assistente Administrativa da FEA, explica que “a ideia é utilizar prioritariamente esse perío-do para realizar obras que possam interferir na rotina da Faculdade, causando desconforto ou mesmo inviabilizando as atividades normais”.

No ano passado, por exemplo, as salas de aula da graduação nos corredores A, E e G foram totalmente reformadas para re-ceber os alunos. Neste ano, as ações empreendidas incluem a troca de pisos da Sala da Congregação e do Auditório do FEA-5, e a construção do Laboratório de Ensino de Decisão em Ne-gócios e do Estúdio da Seção Técnica de Informática (STI) da FEA.

No Auditório do FEA-5 a mudança foi apenas para conser-vação do espaço, já que o carpete novo é praticamente idêntico ao anterior. Na Sala da Congregação, no entanto, o antigo piso foi substituído por um vinílico, mais resistente, fácil de limpar e silencioso, pois se trata de uma sala que recebe eventos inten-samente ao longo do ano, contou Olga Miranda.

O Estúdio STI, localizado no prédio FEA-5, terá estrutura para realizar gravações e edições de material audiovisual, desde a captação até a fina-lização. Os programas poderão ser gravados no próprio estúdio ou na sala de informática, para composição de videoaulas. As paredes do estúdio foram projetadas para aplicação de cromaquis, isto é, a inserção de imagens e vídeos de fundo nas fil-magens.

Projeto da FEA aprovado no Programa Pró--Inovação no Ensino Prático de Graduação (Pró--Inovalab), o Laboratório de Ensino de Decisão em Negócios permitirá que alunos tenham vi-vência dos processos envolvidos para a tomada de decisões em negócios. Haverá monitores com transmissão em tempo real de dados econômicos e financeiros, acesso às bases de dados Economática, Reuters, Capital IQ e Bloomberg e um quadro in-terativo Smart Board.

Além das melhorias na estrutura para as ativi-dades acadêmicas, está sendo concluída a reesti-lização da Praça da Biblioteca, com o objetivo de proporcionar um espaço maior de convivência, in-tegrando os diversos prédios da Faculdade e dando mais conforto a quem frequenta o local. O que era um espaço de ocupação informal agora está com diversos assentos novos, caminhos e iluminação para que o ambiente seja mais e melhor utilizado pelas pessoas.

Melhorias na infraestrutura

Praça da Biblioteca

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FEA FUNCIONÁRIOS

Cacilda Luna

Mudança na direção da Biblioteca após 20 anos

uma nOtíCia que pegOu Os FunCiOnáriOs Da Fea De sur-presa. DepOis De 20 anOs, a CheFe téCniCa Da bibliOteCa DulCineia jaCOmini DeCiDiu partir para um nOvO DesaFiO prOFissiOnal: atuar COmO assistente eDitOrial Da revis-ta COntabiliDaDe & Finanças. Em seu lugar, assumiu a bibliotecária Margarida Maria de Sousa, 47 anos, subs-tituta de Dulcineia havia 5 anos.

“Foi uma oportunidade que surgiu. O professor Fa-bio Frezatti precisava de uma bibliotecária para ajudar na edição da Revista e eu não pretendia me eternizar naquela função. A Bi-blioteca precisava ser oxigenada. Veio a ca-lhar”, conta Dulcineia.

Enquanto para a comunidade da FEA foi uma surpresa, para Margarida a decisão de sua antecessora já era esperada, pois ela anunciara algumas vezes que pretendia passar o bastão. “Eu já estava prepa-rada, sabia que esse momento iria chegar”.

As duas trabalharam juntas por 12 anos. Quando chegou à Biblioteca da FEA, ten-do trabalhado por 7 anos como bibliotecária da FFLCH, Margarida começou na Seção de Atendimento aos Usuários e depois foi trans-ferida para a Seção de Aquisição.

Graduada há 18 anos em Biblioteconomia pela Fundação Escola de Sociologia Política de São Pau-lo (Fesp-SP), a nova chefe da Biblioteca é mestre em Ciências da Informação pela ECA-USP e atualmente está cursando o doutorado. “O maior desafio é manter a qualidade do trabalho da Dulcineia”, afirma Margarida ao comentar sobre a nova função.

Ela prosseguirá com os projetos iniciados por Dul-cineia, como a finalização das obras e a implantação da tecnologia RFID para gestão do acervo. Ainda falta fi-nalizar a construção dos dois auditórios e a conversão

do banco de dados do acervo do profes-sor emérito Delfim Netto, que possui 250 mil itens.

Videoconferência: um marco na USP Dulcineia Jacomini foi testemunha e

protagonista das principais mudanças ocorridas na Biblioteca da FEA. “Duran-te esses 20 anos, estivemos sempre aten-tas ao que acontecia nas bibliotecas mais inovadoras do mundo, buscando recur-sos para tornar o acervo bem atualizado, disponibilizar equipamentos e base de dados que pudessem atender as deman-das dos pesquisadores, além de estabele-cer parcerias com outras instituições de renome”.

Ela cita como uma das mais impor-tantes inovações a instalação em 1997 da

sala de videocon-ferência, a primei-ra em toda a USP, fato que deu ori-gem ao mestrado à distância, criado pelo Departamen-to de Contabilida-de. “Houve uma repercussão muito grande. Fomos a segunda universi-dade a implantar

a videoconferência no país para atender uma demanda que havia de pós-gradua-ção no Brasil inteiro”, lembra Dulcineia.

Dulcineia Jacomini sempre batalhou por apoio financeiro para colocar em prá-tica as mudanças ocorridas na Biblioteca. Segundo ela, a maior parte dos projetos tiveram apoio das agências de fomento, especialmente da Fapesp.

Margarida Maria de SouzaAtual Chefe da Biblioteca

Dulcineia Dilva JacominiChefe da Biblioteca - 1994-2014

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FEA PROFESSORES

Professores na blogosfera

Cacilda Luna

Prof. Roy Martelanc

na página DO “eCOnOmista-x”, Os internau-

tas, que sãO prinCipalmente universitáriOs,

Deparam-se COm váriOs temas, que sãO DiviDi-

DOs pOr quatrO seções: COnjuntura eCOnômi-

Ca, eCOnOmia DO COtiDianO, teOria eCOnômiCa

e tema livre. Em geral, os textos são voltados para quem já tem certa carga de conhecimentos na área. São elaborados com “ u m olhar um pouco mais refinado sobre es-sas coisas que es-tão acontecendo na economia e na política, e que os jornais tratam com superficialidade”, explica o Prof. Sérgio Almeida.

Além do Economista-X, o blog criado pelo grupo de professores de Economia tem outro personagem fictício: o Antoninho de Botuca-tu. O Prof. Mauro Rodri-gues descreve o perfil dele: um profissio-nal do mercado, que mora em Nova York, é crítico e anda sem-pre cansado. Sua i d e n -tidade também é guardada a sete chaves. O blog traz textos, ainda, do cientista político Ricardo Ribeiro e dos economistas Celso Toledo, José Guilherme, Irineu de Carvalho Filho e Pedro Cavalcanti Ferreira.

O “Economista-X” está passando por uma reformulação. A ideia é aumentar o nú-

mero de colaboradores, melhorar a navegação e mudar o layout, que agora está aos cuidados de um webdesig-ner. Para implantar as mudanças, os autores encomenda-ram um site e registraram o domínio. “Estamos tentando profissionalizá-lo”, afirma o Prof. Sérgio Almeida ao tentar definir qual será o novo perfil do blog. “Eu diria que a gente pretende trazer as coisas de um mundo acadêmico e comunicar isso de um jeito inteligente, para uma plateia mais ampla”. Em tempo: o blog está sendo sondado por veículos de comu ni- cação interessados em hospedar a página.

Jabutica...o quê? No finalzi-

nho de janeiro, Kanczuk e Carlos Eduardo colocaram

no ar mais um blog: o “Jabuti-cabonomics – Brazilian Economy

for Gringos and World Economy for Brazucas”. Exclusivamente em inglês,

é escrito ainda pelos economistas Fernando Genta e Celso Toledo.

Ah...sem esquecer de outro colaborador, o Antoninho

de Bo- tucatu (lembra dele?). Segundo o Prof. Carlos Eduar-do, o blog tem foco em mercado financeiro e con- juntura, enquanto o “Economista-X” é mais destinado a alunos e discute te- mas mais amplos. Por que esse nome? “Porque o Brasil é uma jabuticaba, no sentido de ser único em várias bizarrices econômicas”, res-ponde o economista.

Fronteiras da GestãoO economista e advogado Celso Grisi, professor da Ad-

ministração, é um dos blogueiros mais dinâmicos da FEA.

Quem será o Economista X?

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“Acho que é um canal importante que a gente tem que manter com o aluno e com a sociedade em geral”

Seu blog “Fronteiras da Gestão” estreou em setembro de 2009. Ele publica três postagens por dia, em média, abor-dando assuntos como inflação, exportação e importação, câmbio, financiamentos para capital de giro, consumo, cres-cimento do varejo, causas da queda da atividade industrial, comportamento das ações, preços agrícolas, estoques e pre-visão de safra. “Acho que é um canal importante que a gente tem que manter com o aluno e com a sociedade em geral“, afirma o professor, que é especialista em sistemas de infor-mação em marketing e pesquisas de mercado.

O interesse pelo blog, segundo Grisi, está relacionado a cada um de seus públicos. Os alunos consultam a página com o intuito de “adquirir raciocínio para analisar e cons-truir cenários, saber identificar ameaças e oportunidades, e descobrir os comportamentos empresariais mais presen-tes naquela realidade”. Já os analistas de mercado preferem acompanhar as tendências econômicas. Para os jornalis-tas, o blog serve muitas vezes como sugestão de pauta. “Os jornalistas têm a necessidade de produzir matérias e nem sempre estão inspirados ou têm o embasamento teórico su-ficiente para encarar determinados temas”.

Uma das curiosidades citadas por Celso Grisi é o fato de o blog ter uma frequência muito grande do público externo. Tanto é que os EUA ficam à frente do Brasil na quantida-de de acessos. “Eu acho que boa parte é formada por bra-silianistas ou populações brasileiras que residem lá”. Entre os assuntos mais procurados, Grisi cita a inflação, um tema sempre recorrente em suas análises.

Blog, meio ambiente e sociedadeO Prof. Ricardo Abramovay, da Economia, é outro adep-

to da blogosfera. Seu blog explora temas relacionados ao desenvolvimento sustentável, divulgando basicamente seus trabalhos científicos, artigos para a imprensa e conferências. “É importante para os alunos porque dá ideia da interven-ção pública do professor, aquilo que ele ensina teoricamente em aula, como é que isso se traduz em tomadas de posições

e formulação de propostas em relação a temas da atualidade”. Além disso, ele acredita que o blog é uma fer-ramenta impor-tante, sobretudo, para o público externo, pois fa-cilita o acesso da sociedade e das organizações aos resultados da pesquisa aca-dêmica relacionada a temas contemporâneos.

Abramovay, no entanto, acha que nas uni-versidades públicas brasileiras não existe uma cultura que estimule a interação professor e aluno por meio eletrônico. Pelo contrário. “A universidade se comunica pouco com a so-ciedade. Acho que nosso sistema sobrevive com os professores enclausurados numa torre de marfim”, critica. Segundo ele, o sistema de incentivo dos professores não valoriza a rela-ção entre a pro-dução de co-nhecimentos e a sociedade, v a l o r i z a n d o apenas os arti-gos científicos. Muito diferente do que aconte-ce nos Estados Unidos, com-para.

Prof. Celso Claudio de H. Grisi

Prof. Ricardo Abramovay

PAINEL

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Copa do Mundo 2014:um fardo ou uma oportunidade?

e a COn-

tagem re-

g r e s s i v a

COntinua.

A pouco mais de 150 dias do início da Copa do Mun-do de 2014, as questõ es

seguem se multiplicando, e as respostas, dividindo. Se acertar o resultado de uma eventual final entre Brasil e Argentina já parece difícil, fora dos gramados as coi-sas são ainda mais complicadas. Ou não? A única certeza é a de que, para o bem ou para o mal, a realização de um dos maio-res eventos esportivos do planeta no tão aclamado país do futebol está longe de ser consenso.

As previsões são tantas que, em ques-tionamentos objetivos, especialistas têm respostas completamente opostas. Para o professor Ariovaldo dos Santos, do de-partamento de Contabilidade, sediar a Copa é, “do ponto de vista do evento em si, uma grande oportunidade”. “Depende apenas de sabermos usar tudo isso. Fui para Barcelona há alguns anos e visitei as instalações dos Jogos Olímpicos. Na No-ruega, visitei a cidade onde ocorreram os jogos de inverno. Em São Paulo, temos obras dos jogos olímpicos da década de 60 que são ainda um importante legado”,

argumenta. “Agora, com o Itaquerão, não tenho dúvida de que a cidade de São Paulo irá ganhar mais um novo estádio. Por sorte, será para o Corinthians”, brinca o do-cente.

Já para o professor Marcos Cortez Campomar, do de-partamento de Administração, a Copa é, sem sombra de dúvidas, um custo, um fardo para o país. “É um entrete-nimento que vale a pena quando está sobrando dinhei-ro, ou quando se tem recursos. Serve apenas para o país mostrar para os outros que ele está bem”. Segundo ele, ao contrário do que vendem entusiastas do evento, não haverá ganhos relevantes para o país que transcendam a esfera esportiva. “Pode até melhorar a locomoção com uma li-nha ou outra que vai para o estádio. Mas isso não tem nada a ver com a Copa. Era obrigação do governo investir em infraestrutura. Ou eu faço por causa da Copa e, então, só vale para a Copa. Ou eu faço por-que, além da copa, vai ajudar pesso-as daqui. Então não precisava da Copa para fazer!”, equaciona.

Para Ariovaldo, a situação está longe de ser tão dramática. “A Copa deve estimu-lar o turismo, a indústria da construção civil, o setor de prestação de serviços, de construção de equipamentos”, exemplifica. “Não podemos ignorar o emprego gerado para 5 mil pessoas que trabalham diretamente neste evento”. Questionado sobre o impacto do fim do evento para os setores aqueci-dos pela Copa, Ariovaldo é categórico. “Quando acaba de construir um viaduto, uma casa, ou um prédio, você simplesmente parte para outro”. E vai além. “Tenho certeza de que existe muito ganho na Copa que ainda não podemos mensurar. Até eu,

Nicolas Gunkel

nimento que vale a pena quando está sobrando dinhei-ro, ou quando se tem recursos. Serve apenas para o país mostrar para os outros que ele está bem”. Segundo ele, ao contrário do que vendem entusiastas do evento, não haverá ganhos relevantes para o país que transcendam a esfera esportiva. “Pode até melhorar a locomoção com uma li-nha ou outra que vai para o estádio. Mas isso não tem nada a ver com a Copa. Era obrigação do governo investir em infraestrutura. Ou eu faço por causa da Copa e, então, só vale para a Copa. Ou eu faço por-que, além da copa, vai ajudar pesso-as daqui. Então não precisava da Copa para fazer!”, equaciona.

Para Ariovaldo, a situação está longe de ser tão dramática. “A Copa deve estimu-lar o turismo, a indústria da construção civil, o setor de prestação de serviços, de construção de equipamentos”, exemplifica. “Não podemos ignorar o emprego gerado para 5 mil pessoas que trabalham diretamente neste evento”. Questionado sobre o impacto do fim do evento para os setores aqueci-dos pela Copa, Ariovaldo é categórico. “Quando acaba de construir um viaduto, uma casa, ou um prédio, você simplesmente parte para outro”. E vai além. “Tenho certeza de que existe muito ganho na Copa que ainda não podemos mensurar. Até eu,

Prof. Ariovaldo dos Santos

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A única certeza é a de que, para o bem ou para o mal, a realização de um dos maiores eventos esportivos do planeta no tão aclamado país do futebol está longe de ser consenso.

como contador, tenho dificuldade em analisar quantas famílias serão beneficiadas, a longo prazo, por uma nova estrada, por exemplo”.

Os atrasos e gastos adicionais das obras configuram outro ponto de discordância entre os docentes. Para Ariovaldo, este problema não é exclusividade da Copa, mas de qualquer obra pública. “Você já viu uma obra ter-minar antes do planejado, ou custar mais barato do que estava no orçamento? Se nem em nossa casa isso acon-

tece, como vai acontecer em obras desta dimensão?”, questiona. “Não há um metrô em São Paulo que

fique pronto antes do prazo e nem por isso a estação deixa de ser concluída.

Não vai estar tudo pronto, mas não tem problema. Depois termina”.

Segundo Campomar, basta comparar a organização brasileira com a de outros países que sedia-ram a Copa para mostrar que o atraso não é natural. “Em outros países estava tudo pronto seis me-ses antes. Aqui está tudo inaca-

bado. É lógico que este cenário vai prejudicar a imagem do país. Não se

sabe quando vai ficar pronto, se é que vai ficar”, afirma. “Mas tem que ficar pron-

to de verdade. Se você chega e pisa na lama e não tem acesso a lugar algum, a oportunidade

foi para o espaço. A Copa é uma oportunidade de mostrar que estamos em paz, e temos mos-trado que não estamos”.

O professor Campomar duvida ainda do discurso de que a Copa tem o poder

de atrair investimentos estrangeiros. “Quem vai investir no Brasil por causa da Copa? Investidor não está

interessado em saber se o país tem

minar antes do planejado, ou custar mais barato do que estava no orçamento? Se nem em nossa casa isso acon-

tece, como vai acontecer em obras desta dimensão?”, questiona. “Não há um metrô em São Paulo que

fique pronto antes do prazo e nem por isso a estação deixa de ser concluída.

Não vai estar tudo pronto, mas não tem problema. Depois termina”.

Segundo Campomar, basta comparar a organização brasileira com a de outros países que sedia-ram a Copa para mostrar que o atraso não é natural. “Em outros países estava tudo pronto seis me-ses antes. Aqui está tudo inaca-

bado. É lógico que este cenário vai prejudicar a imagem do país. Não se

sabe quando vai ficar pronto, se é que vai ficar”, afirma. “Mas tem que ficar pron-

to de verdade. Se você chega e pisa na lama e não tem acesso a lugar algum, a oportunidade

foi para o espaço. A Copa é uma oportunidade de mostrar que estamos em paz, e temos mos-trado que não estamos”.

O professor Campomar duvida ainda do discurso de que a Copa tem o poder

de atrair investimentos estrangeiros. “Quem vai investir no Brasil por causa da Copa? Investidor não está

interessado em saber se o país tem

estádio, quer saber qual é a situação da bolsa. Estádio não leva soja até o porto”. Quanto à atração de estrangeiros para o turismo nacional, Campomar também é cético. “O torcedor vem para o Brasil, acompanha o seu time e vai embora. Ele não está aqui para visitar as praias”, defen-de. “Quando fui ao Japão assistir ao Mun-dial do Corinthians, eu só via corintianos no estádio e nas estações próximas a ele.”

O único consenso entre os professores é de que é preciso separar o evento Copa do Mundo do contexto político-social do país em que ele acontece. “O governo se candidatou para ser sede de um evento or-ganizado pela Fifa. Os pré-requisitos eram ter estádios, aeroportos e acessibilidade. É assim que se faz uma Copa. Se não há es-colas e hospitais para a população, a culpa não é da Fifa”, afirma o professor Campo-mar. Apesar de confiante quanto ao su-cesso do evento, Ariovaldo também faz sua ressalva. “Se construímos um estádio e milhões são desviados, isso é um pro-blema do país, e não da Copa em si. Se deixarmos de fazê-la por cau-sa disso, é melhor não fazer-mos mais nada”. Prof. Marcos Cortez

Campomar

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Consumo consciente: prática ou discurso?

Cacilda Luna

em breve, a prOFa. Kavita miaDaira hamZa (eaD) e a mestranDa Denise De abreu sO-Fiatti DalmarCO iniCiarãO uma pesquisa De CampO. Elas vão visitar 100 famílias de cada região brasileira, entrar em suas casas e vasculhar os mantimentos da des-pensa. Depois vão perguntar por que es-colheram tal produto e marca, e quais os atributos que levaram a essa escolha. O objetivo da pesquisa é descobrir se o bra-sileiro é um consumidor consciente na prática ou apenas no discurso.

O braço ambiental das Nações Unidas, a Unep, já fez esse levantamento e cons-tatou que apesar de 40% da população mundial se declarar consciente no que diz respeito à aquisição de produtos ver-des, apenas 4% têm realmente uma ati-tude consciente. No Brasil, a referência para o assunto é o Instituto Akatu, que realiza anualmente pesquisas na área. Em 2012, a ONG divulgou os resultados do último levantamento, segundo o qual apenas 5% dos consumidores do país po-dem ser declarados como conscientes.

Mas o que tem de inédito, então, no projeto de expe-rimentação da Profa. Kavita Hamza? É a primeira vez que pesquisadores vão verificar in loco se os produtos consumidos pelo brasileiro realmente foram seleciona-dos a partir de uma preocupação sustentável, já que uma coisa é a pessoa declarar que é sustentável e outra é co-locar isso em prática, no dia a dia, durante as compras.

“Vamos pegar uma ou duas dezenas de itens padro-nizados, para termos uma base de comparação entre as famílias. Por exemplo: feijão, atum e detergente. Depois, vamos perguntar quais atributos levaram a escolher tal produto e pedir para eles ranquearem os atributos numa escala de importância. Nossa expectativa é de que haja uma discrepância grande entre o que a pessoa diz que faz e o que ela realmente faz”, prevê a Profa. Kavita Ha-mza.

O título do projeto é “Consumo consciente em compras no varejo: discurso versus prática”. Além da divisão por re-gião brasileira, o estudo será dividido por classes sociais. A pesquisa completa será entregue até junho de 2015.

Movimento surge em 68O movimento do consumo consciente surgiu com

mais força no Brasil somente após a conferência Rio 92. Na Europa, começou em 1968, quando um grupo de es-

FEA SUSTENTABILIDADE

Profa. Kavita Miadaira Hamza (EAD) e a mestranda Denise de Abreu Sofiatti Dalmarco

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“A era da abundância acabou faz tempo! Não dá mais para des-perdiçar alimento, água, energia...”

tudiosos, intitulado Clube de Roma, iniciou o debate em torno das consequências do consumo excessivo para o planeta. Em 1972, eles lançaram o relatório “Os limites do crescimento”, alertando sobre os riscos de escassez dos recursos naturais.

Na década de 80, a ONU continuou o debate e indi-cou a primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Brun-dtland, para chefiar a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento. Em 1987, ela lançou o re-latório “Nosso Futuro Comum”, onde consta a definição de sustentabilidade mais aceita hoje em todo o mundo: “Garantir as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de gerações futuras também o fazerem”.

Mas esse conceito não é o único. Na década de 90, John Elkington, cofundador da ONG international Sus-tainAbility criou o “Tripé da Sustentabilidade” ou “triple bottom line”, termo que significa basicamente “ser eco-nomicamente viável, socialmente justo e ambientalmente correto”.

A mestranda Denise acredita que o conceito de consu-mo consciente significa mais do que parar de comprar ou comprar apenas produtos sustentáveis. “É você comprar de um jeito diferente, priorizar produtos que sejam in natura, que não tenham tantas embalagens, que possuam um selo de certificação garantindo que ele é ecologica-mente correto”.

O desperdício de alimentos é outro ponto importante na conscientização do consumidor. “A era da abundân-cia acabou faz tempo! Não dá mais para desperdiçar alimento, água, energia. Tem um estudo da Unep que fala que 30% dos alimentos nos Estados Unidos são jo-gados fora. Como é que você vive num mundo desses, enquanto na África tem gente passando fome?”, ques-tiona Denise.

ConhecimentoEm 2011, Kavita e Denise apresentaram no Semead

(Seminários em Administração) um estudo sobre o co-nhecimento do brasileiro em relação ao consumo cons-ciente. Foram 950 entrevistados, divididos por classe social. O resultado mostrou que 93% já tinham ouvido falar no assunto, sendo que quanto maior a escolari-

dade, maior era o conhecimento sobre o tema.

O estudo também listava algumas ações relacionadas com o consumo cons-ciente, tais como analisar se as empresas possuem projetos sociais, a procedência dos produtos, comprar produtos orgâni-cos, reutilizar materiais, reduzir o con-sumo, usar sacolas reutilizáveis e coleta seletiva. “É interessante notar que 48% já tinham ouvido falar das ações men-cionadas. Mas ao aprofundar a análise, notamos que o conhecimento das ações vai decrescendo conforme a classe social e a escolaridade diminuem”, afirma Ka-vita.

A professora acredita que o consumo consciente depende muito da proativi-dade do consumidor. Além de procurar o selo de certificação, ele pode conse-guir informações no ponto de venda e buscar sites que são referência no as-sunto. “O consumo consciente depende de uma atitude, de um comportamento do próprio consumidor. Tem gente que quer mudar de estilo de vida, mas não está disposto a gastar seu tempo procu-rando informações sobre as marcas”.

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FEA ALUMNI

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Após meses de expectativa,vivência é inaugurada com festa

Tiago Cesquim

E a espera valeu a pena. Sete meses após o iní-cio das obras de construção da nova vivência, o espaço foi inaugurado pelos estudantes no dia 14 de fevereiro. Batizada com festa, a vi-vência teve sua primeira prova de resistência com muita chuva, após uma longa sequência de dias quentes e secos. A água, no entanto, não abalou os estudantes, que festejaram a vol-ta de seu espaço de confraternização. Convida-dos pelo CAVC (Centro Acadêmico Visconde de Cairu), os funcionários também tiveram a oportunidade de conhecer o ambiente.Em novo endereço, o prédio foi construído atrás do restaurante Sweden, na área conhe-cida como FEA Arena. O antigo edifício, na área dos barracões, dará lugar ao Centro de Difusão Internacional da universidade.Segundo a assistente técnica administrativa Olga Miranda, a escolha do novo local não foi aleatória. “A FEA tem um espaço limitado

por outras faculdades, como a Poli e a ECA. Tínha-mos que aproveitar um espaço que já fosse nosso, e os alunos já estavam habituados a usar o FEA Arena para suas festas”. Olga conta que os estudantes fi zeram questão de participar das conversas e foram bastan-te compreensivos frente a difi culdades. “Conforme fomos discutindo, o CA aceitou enxugar algumas de suas expectativas”, lembra a assistente.Após reuniões entre alunos, direção e SEF (Superin-tendência do Espaço Físico), foi projetada uma vi-vência com 170 m2 de área construída e 1700 m2 de

entorno. O espaço, que tem seis banheiros – dois deles para pessoas com defi ciência - foi equipado pelo CAVC com mesa de bilhar, pingue pongue, pebolim e videogame. Apesar da inauguração, a vivência ainda não segue em pleno uso. “Nossa intenção é ocupá-la aos poucos e perceber gra-dualmente o que ainda deve ser feito”, explica o aluno Lucas dal Fabbro, presidente do CA. Algumas adaptações já estão em estudo, e outras, em andamento. “Precisamos terminar a parte de lógica, como o cabeamento de internet, por exemplo”, afi rma. “Temos também um projeto de revitalização externa e queremos fazer uma área coberta com churrasqueira, redes e cadeiras”.Para Fabbro, frequentador da antiga vivência, o espaço de con-fraternização é de suma importância para a graduação. “É um grande diferencial. Muda completamente a vida dos estudan-tes ter esse local não só de lazer, mas também de eventos cul-turais e festas”. O estudante acredita que a vivência é um passo importante para que o feano passe mais tempo na faculdade e se integre mais. “Também é um lugar onde podemos receber os estudantes de outras unidades”, ressalta.