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AdolescênciaAdolescênciaUma Visão EspíritaUma Visão Espírita

Murilo Machado – Set/2003Murilo Machado – Set/2003

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Carta à sexólogaFolha de São Paulo – caderno “Folhateen” (dirigida à sexóloga Roseli Sayão)

“Tenho dezoito anos e há seis meses conheci um rapaz por quem me interessei bastante.Começamos a sair e ele, dizendo-se apaixonado, insistia para que tivéssemos relações sexuais.No começo eu resisti porque era virgem, mas como estava apaixonada e ele insistia muito, acabei cedendo.Nos primeiros dias tudo pareceu normal, mas após algumas semanas notei que ele começou a se desinteressar por mim, diminuindo a freqüência dos encontros, dos telefonemas, não respondendo a meus recados, até que desapareceu de vez.Fiquei atordoada, não sabia o que fazer e acabei contando para minha mãe.Ela ficou chocada, brigou comigo e desde então não nos falamos mais.Estou lhe escrevendo porque não tenho a quem recorrer. Preciso de sua ajuda, pois estou a ponto de fazer uma loucura.”

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AdolescênciaAdolescência

• Aproximadamente entre 14 e 20 anos para os rapazes e dos 12 aos 18 para as moças nos países frios, e com uma variação para mais cedo nos trópicos.

• Alterações físicas (a voz nos rapazes, o desenvolvimento dos ossos da bacia e dos seios nas moças).

• Surgimento do interesse sexual .

• Surgimento de conflitos como insegurança, ansiedade, timidez, instabilidade, angustia.

• A infância e a juventude do ser humano são os mais longos existentes entre os animais. Porque? Tem como meta preparar o ser para toda a existência.

• O espírito traz as matrizes das existências passadas. A educação deve corrigir erros e aprimorar acertos.

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Que jovens estão sujeitos a estas pressões?

Evidentemente estamos falando dos filhos dos outros...

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Senhores pais, perdoem-Senhores pais, perdoem-me a dureza da revelação, me a dureza da revelação,

mas ela é necessária:mas ela é necessária:

Seu filho(a) tem sexo!Seu filho(a) tem sexo!

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Sexo não é pecado !Sexo não é pecado !

• Diferente das drogas, do fumo, do álcool, que são criações humanas. O sexo é criação de Deus. Portanto divino, puro e bom.

• Não nos cabe mais a visão medieval do sexo-pecado.

• Ou a moral farisaica, hipócrita, que vem vigorando até hoje.

• Sexo é a única forma de preservação da raça humana e de todas as outras.

• Além da preservação da espécie, é fator de união entre um homem e uma mulher, fonte de prazer e um dos suportes da união entre casais.

• E aí começa a controvérsia... De que casais falamos?

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Sexo não é pecado !Sexo não é pecado !

• Só para os casados? Solteiros não podem? Namorados também não? Quando é a hora certa para a iniciação sexual?

• Casamento é convenção humana (LE - 695)• Não há idade estabelecida para a iniciação sexual. • Mas há fatores a analisar sob pena de dissabores futuros... • Potencialmente, toda relação sexual pode resultar em gravidez. Não

há método 100% eficaz. • Muitos não imaginam a força dos vínculos criados na comunhão

sexual.

A iniciação sexual ocorre em “média” aos 14 anos entre os meninos e aos 15 anos entre as meninas. Mães solteiras com idade de 15 a 19 anos dão à luz a 1 milhão de bebes por ano. (Pesquisa da Unesco, para o ministério da Saúde)

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O código do “ficar”O código do “ficar”O “ficar” tem suas próprias regras. (Enquête realizada pela revista Capricho)

• A maioria acha normal ficar com mais de uma pessoa numa noite. Mas há limites. Três “ficantes” por balada já está de bom tamanho.

• Nem pense em ficadas em festa de família. Isto não é coisa para ser presenciada pelo pai e pela mãe.

• Uma em cada duas meninas diz que a ousadia é o beijo. Uma em cada três não vê problemas se houver carícias. A expectativa de quatro em cada dez meninos é que a ficada acabe em transa.

• A maioria dos jovens não vê problemas se encontrar o “ficante” da balada com outro par no dia seguinte.

• A “ficada” só vira namoro se houver conversa formalizando a situação. Ficar com a mesma pessoa várias vezes não é sinal de compromisso.

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NamoroNamoro

• Nós conhecemos uma série de pessoas interessantes. Paqueramos... Escolhemos uma que faz o coração bater mais forte. Passamos a conviver com ela mais intimamente. Vamos a um monte de lugares. Fazemos um monte de coisas juntos e aí...aí?

• E aí nada. É assim mesmo. Namoro é bom, sadio e necessário.

• Qual a idade correta?

• Não existe regra. Cada um amadurece de forma diferente. A idade não precisa ser fator para determinar o inicio do namoro, mas para a adoção de regras para ele.

• E quanto ao sexo? É permitida a comunhão sexual entre namorados?

• Respondamos de forma diferente: Ela não é obrigatória. Você não é obrigado a “transar”, só porque todo mundo transa.

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Namoro e SexoNamoro e Sexo

• Encarar o assunto de frente com os filhos. Responder as dúvidas com a maior transparência possível, na medida que surjam.

• O que importa é que a resposta venha de casa, senão a rua será a professora...

• Devolva a responsabilidade: Você está preparado para assumir as responsabilidades de ordem física e emocional?

• Os filhos não precisam de informação, mas de formação. Este deve ser o tom das conversas a respeito.

• A lei de causa e efeito, devidamente colocada, funciona como busca ao equilíbrio.

“Sexo sem amor é agressão brutal na busca do prazer de efêmera duração e de resultado desastroso, por não satisfazer nem acalmar.”

– Joana de Ângelis, “Adolescência e Vida”, pág 22.

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Namoro e SexoNamoro e Sexo

“Não proibição, mas educação. Não abstinência imposta, mas emprego digno, com o devido respeito aos outros e a si mesmo. Não indisciplina, mas controle. Não impulso livre, mas responsabilidade. Fora disto, é teorizar simplesmente, para depois aprender ou reaprender com a experiência.” – Emmanuel, “Vida e Sexo”, introdução.

“Em nenhum caso, ser-nos-á lícito subestimar a importância da energia sexual... criatura alguma, no plano da razão, se utilizará dela, nas relações com outra criatura, sem conseqüências felizes ou infelizes, construtivas ou destrutivas, conforme a orientação que se lhe dê”. – Emmanuel, Vida e Sexo, pág 27.

________________________________________________________A abstinência é resolvida a qualquer momento, mas a precipitação não tem volta. Edson de Jesus Sardanho, “Adolescer, verbo transitório”

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As vezes as coisas não saem As vezes as coisas não saem como planejadas...como planejadas...

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AbortoAborto• Crime capitulado no artigo 124 do Código Penal Brasileiro. • Se isto fosse suficiente ninguém faria.• Chegam anualmente a rede pública de saúde 300.000 casos de

atendimento em conseqüência do aborto (Folha de São Paulo, 29/09/1996).

• Salvo raras exceções, ninguém aborta porque quer (há pessoas que se dizem “donas do corpo”...)

• Alternativa desesperada, conseqüência máxima do preconceito e da solidão.

• Pais que fecham as portas aos filhos diante de uma gravidez indesejada, são mais frios e inconseqüentes do que as mãos que empunham a cureta.

• Não que a gravidez precipitada seja momento de comemoração, mas é com certeza hora de profunda reflexão.

Espiritismo: Esclarece causas e conseqüências, ampara, conforta.

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As vezes as As vezes as coisas não coisas não

andam andam bem...bem...

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DrogasDrogas• Definição: Segundo o dicionário Aurélio, droga é qualquer

substância alucinógena, entorpecente ou excitante, utilizada com a finalidade de alterar transitoriamente a personalidade.

• As proibidas por lei, e desaprovadas pela moral social: Maconha, crack, cocaína...

• As que a lei protege, a farisaica moral social incentiva, ou faz que não vê: Anfetaminas, calmantes, fumo, álcool.

• Quantas famílias de seu relacionamento foram destruídas e abaladas pela cocaína ou maconha?

• E quantas pelo álcool?

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Drogas - ÁlcoolDrogas - Álcool• Alcoólatra: É todo sujeito que bebe freqüentemente qualquer espécie

de bebida alcoólica, e que com a mesma freqüência, afirma que pára quando quiser.

• 38% dos jovens universitários brasileiros já usaram drogas ao menos uma vez.

• Incluído o álcool o número sobre para 90,1% (Fonte: Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas - Hospital das Clinicas – SP)

• Pais que bebem, tem boas chances de serem seguidos por seus filhos, restando apenas torcer para que eles saibam o momento de parar.

• “A vinculação alcoólica escraviza a mente desarmonizando-a e envenena o corpo deteriorando-o”. Joana de Ângelis, “S.O.S. Família”

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Qual a idade do primeiro Qual a idade do primeiro contato com as drogas?contato com as drogas?

Fonte: Dissertação de mestrado do pediatra Gilson Maestrini Musa, na

Universidade de São Paulo – público alvo: Jovens em Ribeirão Preto.

Substância < 11 anos

De 11 a13 anos

De 14 a16 anos

De 17 a20 anos

Tabaco 17.3 29.5 48.8 4.4

Álcool 34.7 30.6 31.6 3.2

Solventes 9.4 25.2 60.7 4.7

Medicamentos 10.2 8.3 63.0 18.5

Maconha 1.6 6.4 66.1 25.8

Cocaína -x- 7.4 51.8 40.7

Alucinógenos -x- 6.3 62.5 18.8

Opiáceos 12.5 -x- 66.6 33.3

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Drogas X Drogas X Educação e AmorEducação e Amor• Na origem de toda viciação estará algum desequilíbrio,

tentando ingenuamente ser esquecido, superado, ou até mesmo castigado, envolvendo na maioria das vezes, os membros da família.

• Pais que se amam, se respeitam, dão exemplos de conduta digna, dão a devida atenção aos filhos, dificilmente incorrerão em problemas desta ordem.

• Pais que buscam a fuga da realidade...

• Estabelecer limites aos jovens é imprescindível para uma formação sadia.

Sugestão de como abordar o assunto:

Procure um drogado feliz para ver se você acha...

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DrogasDrogas• Cuidado com o Ecstasy.

• Não se deixe iludir: Não existe felicidade química.

• Você é feliz ou não conforme sua maneira de encarar a vida.

“A juventude é quadra primaveril dos sonhos e das ambições, das sensações e paixões desordenadas, que devem ser canalizadas pela educação objetivando a felicidade. Quando isto não ocorre, se transforma em verão de desespero ou inverno de angústias perturbadoras”. Joana de Ângelis, “Adolescer”, introdução.

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As vezes o erro é As vezes o erro é fatal.fatal.

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AIDSAIDS• 20% dos atendidos pela Casa da AIDS, mantida

pelo Hospital das Clinicas da Universidade de São Paulo, foram infectados entre 15 e 18 anos.

• Principais formas de contágio: Sexo promíscuo e uso compartilhado de drogas injetáveis.

• A AIDS nasceu do desrespeito do ser humano por si próprio e pelo semelhante.

• O HIV pode até atravessar o látex da camisinha !

“A ignorância responde por males incontáveis que afligem a criatura humana e confundem a sociedade. Igualmente perversa é a informação equivocada, destituída de fundamentos éticos e carente de estrutura lógica.” – Joana de Ângelis, “Adolescência e Vida”, pág 18.

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Informação X EmoçãoInformação X Emoção• O jovem atual tem a disposição muita informação: TV,

cinema, revistas, internet, etc. Há muito esclarecimento sobre drogas e sexo. Mas nem sempre usa esta informação. Por que?

• As respostas se voltam ao mundo pantanoso das emoções.

• Sexo: Medo de falhar; Angustia de não saber fazer; Vergonha; Timidez; Sensação de que a paixão “imuniza” contra tudo e todos; Tentativa de um pacto de fidelidade.

• Droga: Pressão dos amigos; Desejo de experimentar sensações diferentes; O desafio; A transgressão das regras; O alívio de uma angústia; O prazer; A falta de opção para o lazer; O vácuo emocional nas famílias.

“Inseguro, quanto aos rumos do futuro, o jovem enfrenta o mundo que lhe parece hostil, refugiando-se na timidez ou expandindo o temperamento” – Joana de Ângelis, “Adolescência e vida”, pág 14.

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O jovem e o EspiritismoO jovem e o Espiritismo• Matemática: Qual o melhor dia da vida?

• Espiritismo é racional. Nada de “é porque é”, “goela abaixo” (ação tão criticada pelo jovem).

• Lei de causa e efeito (legal e fisiológico, mas também espiritual).

• Diz que é válido se divertir, ambicionar uma posição social e econômica, realizar-se sexualmente, etc.

• Mas diz que nada poderá ser conseguido às custas de lágrimas alheias, ou do desrespeito à sua própria estrutura física e moral.

• Para fortalecer, some à importância dos exemplos uma elevada carga de informações através da evangelização, dos grupos de jovens.

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O jovem e o espiritismoO jovem e o espiritismo• Muitos pais sentem-se como que

“traídos” ao descobrirem envolvimento de seus filhos com problemas relacionados com drogas, sexo ou violências.

• Eu “dei” de tudo para a boa educação dele... Escola, roupas, clube, viagens...

• O psiquiatra Robert Coles, da faculdade de Medicina de Harvard, sugere desenvolvermos “a inteligência moral das crianças” .

• Há quanto tempo os espíritos amigos vêm falando exatamente a mesma coisa?

• “Meu filho, você nasceu para contemplar as estrelas; saia do charco. Por que trocar as estrelas do céu pelo brilho ilusório do chão?” – Divaldo Pereira Franco, “Elucidações Espíritas”

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Carta à sexólogaFolha de São Paulo – caderno “Folhateen” (dirigida à sexóloga Roseli Sayão)

“Tenho dezoito anos e há seis meses conheci um rapaz por quem me interessei bastante.Começamos a sair e ele, dizendo-se apaixonado, insistia para que tivéssemos relações sexuais.No começo eu resisti porque era virgem, mas como estava apaixonada e ele insistia muito, acabei cedendo.Nos primeiros dias tudo pareceu normal, mas após algumas semanas notei que ele começou a se desinteressar por mim, diminuindo a freqüência dos encontros, dos telefonemas, não respondendo a meus recados, até que desapareceu de vez.Fiquei atordoada, não sabia o que fazer e acabei contando para minha mãe.Ela ficou chocada, brigou comigo e desde então não nos falamos mais.Estou lhe escrevendo porque não tenho a quem recorrer. Preciso de sua ajuda, pois estou a ponto de fazer uma loucura.”

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Os pais espíritasOs pais espíritas• O que fez de errado a menina da carta?

• Nada certamente! Faltaram-lhe segurança, maturidade e orientação para distinguir um aproveitador de um rapaz responsável.

• Poderá até caber-lhe algum sofrimento (em função da precipitação). Mas nada se igualará à dor da mãe, quando ela acordar e conscientizar-se da gravidade de seu gesto.

• O exemplo das portas das casas de detenção!

“Os preconceitos que nos foram transmitidos em séculos de distorções, fazem com que toleremos quase todas as “mancadas” dos filhos, menos as de ordem sexual” Edson Jesus Sardano – “Adolescer”, pág. 42.

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Os pais espíritasOs pais espíritas

“Quando alguém convive com um adolescente encontra-se sob a alça da mira da sua acurada observação. Ele compara as atitudes com as palavras, o comportamento cotidiano com os conteúdos filosóficos, não acreditando senão naquilo que é demonstrado, jamais no que é proposto pelo verbo” Joana de Ângelis, “Adolescência e vida”, pág 35.

Material disponível em: www.jovemespirita.org.br