Unidade de Ensino 3: Princípios Gerais de Produção Florestal · 2016-09-02 · Unidade de Ensino...
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Unidade de Ensino 3:
Princípios Gerais de Produção Florestal
Disciplina: Manejo e produção florestal
Curso: Agronomia
Períodos: Matutino/Noturno – 2016.2
Docente: Prof. Dra. Marcela Midori Yada
IMPLANTAÇÃO FLORESTAL
O que é implantação florestal?
• É o estabelecimento artificial de floresta.
– Preparo do terreno, plantio e tratos culturais,
– operações de talhonamento ou preparo do terreno até o
fechamento do dossel, quando as árvores dominam a
vegetação invasora.
Preparo do terreno
• Facilita o plantio;
• Evita competição de plantas daninhas;
• Melhora as condições físicas do solo.
• Objetivo: garantir sobrevivência e o desenvolvimento das
plantas.
• Cobertura vegetal remanescente;
• Restos de vegetação ou de cultura;
• Características físicas e químicas do solo;
• Topografia local;
• Disponibilidade de mão-de-obra e máquinas;
• Custos operacionais;
• Espécie a ser plantada;
• Sustentabilidade
A escolha do sistema de preparo do solo
depende:
Preparo do terreno
• Características do solo, relevo, erosão, perfil da área e
vegetação remanescente.
• Preparo do terreno:
– construções de estradas e aceiros,
– limpeza do terreno,
– combate à formiga,
– revolvimento do solo,
– cultivo mínimo.
Estradas e Aceiros
• Conservação da água e do solo, escoamento da produção,
segurança florestal, proteção florestal, manutenção mecânica e
rendimento operacional dos equipamentos.
• Facilitar as atividades de exploração florestal.
• Talhonamento:
– homogeneizar as variáveis e delimitar as unidades de
manejo.
Limpeza do terreno
• Topografia, tipo de solo e cobertura vegetal, mananciais,
pequenos córregos, reservas florestais e parques nacionais.
• Rolo-faca:
– corta, pica e incorpora ao solo a massa vegetal,
dispensando o uso de fogo.
Controle de formigas
Controle de formigas
A) Combate inicial:
a) pré-corte, sendo realizado antes do corte das árvores
onde será feito o novo plantio;
b) após a limpeza e antes do revolvimento do solo, para
não dificultar a localização dos formigueiros;
B) Repasse: realizado após o preparo do solo e que visa
eliminar formigueiros não encontrados no combate
inicial;
C) Ronda: realizado no plantio e até três meses após o
mesmo;
D) Manutenção – três meses após o plantio até o
próximo corte (anualmente).
Controle de formigas
• As espécies mais comuns na região Sul são as dos gêneros
Atta e Acromyrmex, geralmente combatidas com iscas
granuladas distribuídas nos caminhos e olheiros.
Limpeza do terreno
Revolvimento do solo
• Objetivo:
– fornecer condições adequadas ao plantio e garantir o
estabelecimento das mudas no campo.
• Cultivo mínimo - restrito à linha de plantio, com preparadores
de solo específicos para o setor florestal.
Espaçamento de plantio
O que ele afeta?
a) Taxa de crescimento: altura x diâmetro;
b) Forma das árvores: florestal;
c) Desrama, qualidade da madeira;
d) Idade de corte;
e) Práticas de exploração e manejo.
• Escolha do espaçamento:
– Espécie;
– Sistema radicular;
– Crescimento da parte aérea;
– Fertilidade do solo;
– Capacidade de desrama natural;
– Mecanização.
Escolha de espécies
• Lenha e carvão: espécies com grande quantidade de lenha
em prazo curto (E. grandis, E. urophylla, E. torilliana)
• Papel e celulose: espécies que apresentem cerne branco e
macio (E grandis, E saligna, E urophylla)
• Postes, moirões, dormentes e estacas: espécies com cerne
duro (para resistir ao tempo), (E citriodora, E robusta, E
globulus)
• Serrarias: espécies de madeira firme, em que não ocorram
rachaduras (E dunnii, E viminalis, E grandis)
Espaçamento
• Máximo crescimento e melhor qualidade da madeira.
• Eucalyptus spp - 3 x 2 m (6 m2/planta)
• Pinus spp - 2,0 x 2,0 m, 2,5 x 1,7 m, 2,5 x 2,0 m (entre 4 e 5
m2/planta)
Fertilidade do solo
• Corretivos e fertilizantes :
– Exigências edáficas das diferentes
espécies;
– Procedências;
– Características físicas e químicas do
solo.
Plantio
Três métodos de plantio:
a) Manual
b) Semimecanizado
c) Mecanizado
Fatores:
• espécie e tipo de muda;
• época do ano;
• distribuição das chuvas na região;
• topografia do terreno;
• fatores climáticos e edáficos;
• disponibilidade de mão-de-obra,
• máquinas e implementos.
Plantio semi-mecanizado
Hidrogel
Objetivos
• Diminuição irrigações (operação cara)
• Aumento da eficiência de uso da água
• aplicação localizada
• diminuição percolação
• crescimento inicial mais rápido
Tratos culturais
• Eliminar a vegetação invasora.
• Concorrência com luz, umidade e nutrientes.
• Eucalyptus - altamente sensíveis à competição de ervas
daninhas (até aproximadamente de 1 a 1 ano e meio) e ao
ataques de formigas (normalmente não suportam 3 ataques
consecutivos).
Tratos culturais
• Limpeza
– Limpeza manual: através das capinas nas entrelinhas ou de
coroamento e por roçadas na entrelinha.
– Limpeza mecanizada: utilização de grades, enxadas
rotativas e roçadeiras.
– Limpeza química: utilização de herbicidas.
• Prevenção ao ataque das formigas cortadeiras:
– vigilância e combate
• Replantio
– 30 dias após o plantio, quando a sobrevivência deste é
inferior a 90%.
CONDUÇÃO E EXPLORAÇÃO
FLORESTAL
Idade de corte
Idade de corte
• Idade de corte – ano em que o incremento corrente se iguala
ao incremento médio, estando assim a floresta na época de
exploração.
• Talhões de eucalipto
– corte aos 7, 14, e 21 anos - 3 ciclos de corte para uma
mesma muda original.
– De acordo com a região e o tipo de solo, o ciclo de corte
poderá ser menor (a cada 5 ou 6 anos) - lenha, carvão,
celulose, mourões, poste, madeira de construção ou
serraria.
Corte
• Moto-serra
• Abatedor mecânico “Harvest”
Desdobramento e Descasque
• Desdobro, toragem, traçamento e picagem:
– Divide a árvore abatida em toletes ou toras - conforme a
dimensão e o uso da madeira.
• Descasque ou descascamento:
– retirada da casca dos fustes abatidos, em que a madeira
não é consumida juntamente com a casca, como no caso
das chapas de fibras.
Empilhamento
• A madeira é empilhada ou depositada no local de corte ou nos
carreadores dos talhões.
Carregamento e Transporte
• Carregamento dos toletes ou toras para o veículo que efetuará
o transporte da madeira
• Transporte da madeira do local de abate até o local onde a
madeira será consumida.
Estocagem
• Pátio da serraria, da indústria ou da usina de tratamento de
madeira, para ser processada ou consumida.
Beneficiamento da madeira
Compensados Crus
Painéis Reconstituídos RevestidosCompensados
Revestidos
Lojas de Material de Construção e Varejo
Especializado
Fábricas de MóveisExportação
Madeira Polida Madeira Serrada
Madeira em Tora
Extração
Florestas
Laminação
Lamina de Madeira
Picagem
Resíduos e Partículas
Painéis Reconstituídos Crus
Serra e Beneficiamento