UNIDADE DIDÁTICA VCAE UNIDADE Um estudo da história do...

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UNIDADE DIDÁTICA - VCAE Um estudo da história do cinema através dos vídeos musicais Unidade de caráter transversal e interdisciplinar nas Artes Visuais, com base na História da Arte PÚBLICO-ALVO Alunos do ensino secundário. Faixa etária dos 14 aos 18 anos. Curso Científico-Humanístico de Artes Visuais (História da Cultura e das Artes / - 11º ano) Módulo 9 A Cultura do Cinema Cursos Tecnológicos e Cursos de Ensino Artístico Especializado (História das Artes12º ano) Bloco 1 A Arte, do Impressionismo ao Expressionismo Abstrato / Módulo 3 O Modernismo CONCEITOS-CHAVE Cinema Triunfo do sonho e do mito, Diferentes linguagens visuais, Imagem na Comunicação INTRODUÇÃO As visualidades do mundo contemporâneo, como o cinema, televisão, internet, videoarte, videoclipes, jogos de computador ou instalações artísticas têm absorvido as imagens da história do cinema, nomeadamente no cinema mudo que marcou o final do séc. XIX e as primeiras décadas do séc. XX, inspirando-se nelas ou utilizando a sua imagética ou linguagem artística. Nessas visualidades, os videoclipes musicais ocupam um lugar importante como produto próprio das culturas juvenis contemporâneas, devido à velocidade das imagens e diversidade das referências imagéticas presentes, a que se juntam a sua curta duração, facilidade de acesso através da internet e televisão e o facto de ilustrar uma das manifestações artísticas mais incorporadas na cultura juvenil, a música. As referências imagéticas presentes nos videoclipes são indissociáveis do cinema: foi através dele que o conceito nasceu, e ainda na atualidade permanecem como formas de expressão que se influenciam e se complementam. Esta Unidade pretende que os alunos identifiquem em videoclipes (de vários estilos musicais) referências sobre a história do cinema, nomeadamente no cinema mudo já referenciado. Num processo inverso, partindo-se da contemporaneidade para o passado. UNIDADE DIDÁTICA VCAE Visual Culture Arts Education Um estudo da história do cinema através dos vídeos musicais

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UNIDADE DIDÁTICA - VCAE

Um estudo da história do cinema através dos vídeos musicais

Unidade de caráter transversal e interdisciplinar nas Artes Visuais, com base na História da Arte

PÚBLICO-ALVO

Alunos do ensino secundário. Faixa etária dos 14 aos 18 anos.

Curso Científico-Humanístico de Artes Visuais (História da Cultura e das Artes / - 11º ano)

Módulo 9 – A Cultura do Cinema

Cursos Tecnológicos e Cursos de Ensino Artístico Especializado (História das Artes– 12º ano)

Bloco 1 – A Arte, do Impressionismo ao Expressionismo Abstrato / Módulo 3 – O Modernismo

CONCEITOS-CHAVE

Cinema – Triunfo do sonho e do mito, Diferentes linguagens visuais, Imagem na Comunicação

INTRODUÇÃO

As visualidades do mundo contemporâneo, como o cinema, televisão, internet, videoarte, videoclipes, jogos de computador ou instalações artísticas têm absorvido as imagens da história do cinema, nomeadamente no cinema mudo que marcou o final do séc. XIX e as primeiras décadas do séc. XX, inspirando-se nelas ou utilizando a sua imagética ou linguagem artística. Nessas visualidades, os videoclipes musicais ocupam um lugar importante como produto próprio das culturas juvenis contemporâneas, devido à velocidade das imagens e diversidade das referências imagéticas presentes, a que se juntam a sua curta duração, facilidade de acesso através da internet e televisão e o facto de ilustrar uma das manifestações artísticas mais incorporadas na cultura juvenil, a música. As referências imagéticas presentes nos videoclipes são indissociáveis do cinema: foi através dele que o conceito nasceu, e ainda na atualidade permanecem como formas de expressão que se influenciam e se complementam.

Esta Unidade pretende que os alunos identifiquem em videoclipes (de vários estilos musicais) referências sobre a história do cinema, nomeadamente no cinema mudo já referenciado. Num processo inverso, partindo-se da contemporaneidade para o passado.

UNIDADE DIDÁTICA VCAE – Visual Culture Arts Education Um estudo da história do cinema através dos vídeos musicais

Pretende-se uma abordagem sobre o nascimento do cinema como inovação do novo século XX, num claro triunfo do sonho e do mito no imaginário das grandes massas. Nesse sentido, proceder-se-á a uma abordagem da história do cinema, desde as primeiras tentativas de ilusão de imagem em movimento até aos pioneiros que contribuíram para a construção de uma linguagem artística. A abordagem procurará contextualizar-se na cultura visual contemporânea, nomeadamente nos videoclipes, contextualizando a importância que o primeiro cinema adquire para a sua construção e identidade. Pretende-se que os alunos compreendam a importância do objeto artístico (neste caso o vídeoclipe) para o conhecimento do passado.

DESENVOLVIMENTO DA UNIDADE – ESTRATÉGIAS - OBJETIVOS

1ª Fase Introdução às referências visuais nos videoclipes / A linguagem técnica e visual do videoclipe / Cinema-Videoclipe: Que relações?

ATIVIDADE ESTRATÉGIAS OBJETIVOS

Identificações de referências ao cinema em videoclipes de música, analisando a forma como são exploradas

- Questionar os alunos acerca da presença de referências ao cinema em videoclips (de qualquer época ou estilo musical) - Visionamento dos videoclipes na sala de aula e identificação dos filmes (época, género, nome dos filmes) - Questionar os alunos sobre o tipo de linguagem estética /técnica que foi utilizada nos videoclipes

- Identificar referências cinematográficas em videoclips, fundamentando a sua opinião através da indicação do nome do nome do filme /personagem, imagética, género ou época - Reconhecer a importância do objeto artístico para o conhecimento do passado /contemporaneidade - Reconhecer as características da linguagem visual de um videoclipe

O videoclipe (ou teledisco) é um vídeo curto em suporte digital. A sua história é indissociável do cinema; os primeiros antecedentes situam-se no cinema de vanguarda dos anos 20 através das experiências de Dziga Vertov, que articulou a montagem, música e efeitos para criar uma determinada narrativa liberta dos cânones da época. Mias tarde, na década de 50, as sequências musicais dos filmes “Serenata à Chuva”, de 1952 ou “Jailhouse Rock”, de 1957, foram considerados videoclipes, pois ilustraram uma música e uma narrativa ou ação. Foi a partir da década de 60, com os The Beatles, que o videoclipe começou a ganhar expressão. Além da montagem, a iconografia é um dos aspetos mais importantes na sua linguagem. A profusão do canal MTV nos EUA, a partir de 1981, foi responsável por uma nova estética a nível de montagem dos videoclips, ligada à indústria cultural da música (que foi influenciar o cinema e a televisão), caracterizada por uma montagem fragmentada e acelerada, com planos de curta duração, justapostos e misturados, uma narrativa não linear, multiplicidade visual, riqueza de referências culturais e forte carga emocional. Na contemporaneidade, os videoclipes exploram também outras linguagens e estéticas.

2ª Fase As referências dos primórdios do cinema no videoclipes / O nascimento do cinema

ATIVIDADE ESTRATÉGIAS OBJETIVOS Visionamento de 6 videoclipes e identificação das referências ao cinema, explorando cronologicamente a sua história.

- Identificação de referências ligadas ao cinema nos videoclipes selecionados. - Sensibilização junto dos alunos de que é possível conhecer a história do cinema a partir das imagens visionadas - Dialogar sobre diferentes formas de apreensão do objeto artístico na produção de arte na contemporaneidade - Recolher outros exemplos de vídeos apontados pelos alunos e enquadrá-los na história dos primórdios do cinema

- Reconhecer a importância dos conhecimentos da história da arte e da cultura na contemporaneidade - Identificar e conhecer as fases da história do cinema até ao final da década de 30 - Compreender o cinema como um documento/testemunho do seu tempo - Reconhecer a importância do cinema no desenvolvimento das mentalidades no século XX

Videoclipes visionados nas aulas

VIDEOCLIPE 1 CONTEÚDOS A EXPLORAR

“I’ll Forget You”, Lior (feat Sia) 2008 3’ 16’’

- As sombras chinesas como tentativa pioneira de projetar imagens em movimento - O cinema de Lotte Reiniger - Cinema de animação com sombras chinesas

O teatro de sombras pode ser considerado

uma das primeiras tentativas de projetar imagens

numa superfície. É uma arte muito antiga originária

da China, que consiste na projeção, sobre uma

superfície luminosa, de figuras que se articulam

manualmente. A sua origem está ligada a uma lenda

muito remota: Um Imperador, desesperado com a

morte da sua amada, ordenou a um mago que a

trouxesse de volta do reino das sombras. Este

construiu a sua silhueta e projetou-a numa cortina,

encantando o Imperador. A partir daí, o teatro de

sombras desenvolveu-se como uma expressão

artística.

Lotte Reiniger (1899-1981) foi uma cineasta

alemã que se notabilizou pela utilização de sombras

chinesas nos seus filmes, com uma expressividade e

domínio da técnica ímpar. Foi responsável pela

famosa sequência do sonho com um falcão, no filme

“Os Nibelungos”, de Fritz Lang, de 1924. Foi autora

da primeira longa-metragem em animação, “The

Adventures of Prince Achmed”. O seu último filme,

“The Rose and the Ring”, data de 1979.

VIDEOCLIPE 2 CONTEÚDOS A EXPLORAR

“Wanderlust”, Björk 2008 7’ 39’’

- As Lanternas Mágicas (estrutura e finalidade) - Utilização das lanternas para fins recreativos, pedagógicos e científicos - As tentativas de projetar imagens em movimento - Fantasmagoria através das lanternas

VIDEOCLIPE 3 CONTEÚDOS A EXPLORAR

“Tonight, Tonight”, Smashing Pumpkins 1996 4’ 19’’

- Dos engenhos de ilusão de movimento ao cinematógrafo dos Lumière - A Magia de George Méliès em oposição ao cinema dos Lumière. - A descoberta e exploração dos efeitos especiais. - As referências da cultura popular e imaginário infanto-juvenil. O género de ficção científica. (Filme “La Voyage dans la lune”, de 1902) – O cinema como espetáculo de massas (a posição de Méliès)

A lanterna mágica é um dispositivo de projeção desenvolvido no século XVII que projetava imagens através de um sistema ótico. Foram utilizadas para fins recreativos, pedagógicos e científicos, tornando-se um instrumento muito popular até ao séc. XIX. As lanternas eram também essenciais nos espetáculos de Fantasmagoria, numa época romântica marcada pelos sonhos, pelo bizarro e pelo sobrenatural.

Georges Méliès (1861-1938) é considerado o percursor do cinema-fantasia, transformando-o num espetáculo de massas. Com um passado ligado ao ilusionismo e sendo um visionário, Méliès não podia ficar indiferente à nova maravilha tecnológica. Prevendo as suas potencialidades artísticas, adquiriu uma máquina e iniciou a produção dos seus próprios filmes. Conta-se que um acaso fê-lo descobrir os efeitos especiais; a sua exploração foi uma característica que sempre o acompanhou. Construiu um estúdio em vidro para filmar e adaptou histórias do imaginário popular e literatura infanto-juvenil. A fantasia e o sonho chegava deste modo ao cinema, longe do cinematógrafo iniciado pelos Lumière.

VIDEOCLIPE 4 CONTEÚDOS A EXPLORAR

“We No Speak Americano” Yolanda B Cool, vrs DCup 2010 2’ 14’’

- O cinema mudo cómico (características) - Os casos de Charles Chaplin e Buster Keaton - O humor como forma de expressão coletiva e do poder da comunidade social sobre os sistemas através de Charlot, elevada ao estatuto de personalidade

VIDEOCLIPES 5 e 6 CONTEÚDOS A EXPLORAR

“Radio Ga Ga”, Queen 1984 5’ 44’’

“Express Yourself”, Madonna 1989 5’ 02’’

- O cinema expressionista alemão. - O expressionismo como movimento de vanguarda e sua presença nas outras artes. - As referências a “Metrópolis”, de Fritz Lang, nos videoclipes (O poder da mensagem do filme e a sua ligação à contemporaneidade) NOTA: Sugestão de visionamento (caso os alunos não o tenham já sugerido) do videoclipe dos NIN, “We’re

In This Together”, de 1999. Exploração das referências a “Metropólis” e a “Les 400 Coups”, de François Truffaut, 195Definid“Nouvellevagunoinema francês. “WInThTogether”NIN1999

Buster Keaton (1895-1966) foi um ator e realizador conhecido como o “cómico que não ri”. Considerava que, sendo inexpressivo, o público projetava em si as suas aspirações e sensações. A sua origem está ligada ao vaudeville onde participava em espetáculos com os seus pais. Em 1920 dirige os primeiros filmes, utilizando o humor através de gags. Charles Chaplin (1889-1977) criou Charlot, que permanece hoje como uma das mais carismáticas personagens do cinema mudo. A utilização do humor como arma sociais, para criticar e refletir sobre os problemas da sociedade, foi uma das principais características de Chaplin. O realizador assistiu á passagem do cinema mudo para sonoro. Recebeu uma das mais longas ovações, durante a cerimónia de entrega de um óscar.

Metrópolis é um filme alemão de ficção científica, realizado por Fritz Lang em 1927, e considerado hoje como um dos expoentes máximos do expressionismo alemão. De contornos futuristas, a história é ambientada no século XXI, onde um poderoso tirano governa sore tudo e todos. Maria, uma jovem operária, lidera a revolta dos trabalhadores, tratados como escravos e condenados a viver em galerias no subsolo.

Esta planificação tem um caráter interdisciplinar. Os conhecimentos adquiridos sobre a história do cinema e a sua problematização a vários níveis no contexto do início do séc. XX, faze parte do programa de História da Cultura e das Artes e História das Artes. Estas aprendizagens podem ser operacionalizadas noutras disciplinas do grupo de Artes Visuais, integrando outras áreas do saber e desenvolvendo outro tipo de competências. As estratégias e objetivos abaixo indicados são gerais; não se aplicam especificamente a uma atividade definida para outra disciplina. As atividades sugeridas devem ser integradas em Unidades Didáticas.

3ª Fase Aplicação dos conhecimentos adquiridos

ATIVIDADE ESTRATÉGIAS OBJETIVOS

Utilização dos conhecimentos adquiridos na realização/produção de um trabalho integrado nas disciplinas de artes visuais.

- Aplicação dos conhecimentos adquiridos na realização de trabalhos a nível teórico ou prático nas diferentes disciplinas - História da Cultura e das Artes - História das Artes - Desenho A - Geometria Descritiva - Oficina Multimédia - Definição de metodologias de trabalho e estratégias no trabalho a desenvolver em cada disciplina

- Problematizar e aplicar os conhecimentos adquiridos nos domínios das diferentes disciplinas - Pesquisar, selecionar e organizar informação de forma autónoma e criativa, aplicada ao trabalho a desenvolver - Utilizar diversos recursos na pesquisa e investigação, comunicando corretamente opiniões e resultados obtidos. -Utilizar, em cada disciplina, a terminologia específica

POSSÍVEIS CONTEÚDOS / ATIVIDADES…

DESENHO A - Exploração da estética visual do expressionismo

alemão: claro/ escuro

- Comunicação visual: os cartazes de cinema

GEOMETRIA DESCRITIVA - Sistemas de representação

- A ilusão da tridimensionalidade no cinema

- A representação expressionista da perspetiva nos

filmes do expressionismo alemão

OFICINA MULTIMÉDIA - Análise semiótica dos vídeos

- Produção de um videoclipe

- Conceção de novas narrativas visuais a partir das

imagens originais dos filmes

REFERÊNCIAS

“I’ll Forget You”, Lior (feat Sia), 2008 3’ 16’’

http://www.youtube.com/watch?v=H4Ufb1D-vyY&feature=player_embedded Música do album “Corner of an Endless Road”, 2008 Design e produção de Stephen Mushin.

Vídeo construído através de sombras chinesas, com marionetas articuladas num fundo sépia e introdução de elementos naturais. Um personagem caminha pelos campos e segue uma ave que o leva ao encontro de uma fada. Um ambiente misterioso e de fantasia.

COMPARAR / RELACIONAR COM …

Sombras chinesas --- Cinema de Lotte Reiniger

“Wanderlust”, Björk, 2008 7’ 39’’

http://www.youtube.com/watch?v=KJRiBDMfrTU Música do álbum “Volta”, de 2007 Vídeo dirigido por Chris Elem.

Vídeo filmado em 3D estereoscópico,

envolve várias técnicas tradicionais e digitais. Foi

premiado como Melhor Direção de Arte, Melhor

Vídeo Alternativo / Indie e Vídeo do Ano em 2008 na

MTV. Uma figura feminina (a cantora) aproxima-se e

realiza um ritual antigo das tribos mongóis: cria um

rio a partir do solo. Inicia uma viagem montada no

bisonte através do curso do rio, lutando no percurso

com um ser que nasce da sua mochila. Um ser

criador desvia as águas do rio, levando-a na direção

certa…

Comparar / Relacionar com…

Lanternas Mágicas --- As Imagens das Lanternas

“Tonight, Tonight”, Smashing Pumpkins, 1996 4’19’’

http://www.youtube.com/watch?v=NOG3eus4ZSo Música do album “Mellon Collie and the Infinitive Sadness” Vídeo dirigido por Jonathan Dayton e Valerie Faris.

Vídeo Inspirado no cinema de Georges Méliès, mais especificamente “Viagem à Lua”. Descreve a viagem de um grupo de pessoas num zeppelin, mas durante o percurso, um casal resolve aventurar-se e saltar até à lua, onde vivem uma aventura com seres extraterrestres. O vídeo ganhou vários prémios nos MTV Awards em 1996: Vídeo do Ano, Melhor Direção, Melhor Efeitos Especiais, Melhor Direção de Arte, Melhor Fotografia, e Vídeo Revelação.

COMPARAR / RELACIONAR COM …

O cinema de Méliès --- “La Voyage dans la Lune”

“We No Speak Americano”, Yolanda B Cool vrs DCup, 2010 2’ 14’’

http://www.youtube.com/watch?v=CR8logunPzQ Vídeo dirigido por Andy Hylton.

O vídeo assume inspiração nas comédias

clássicas do cinema mudo e apresenta um

protagonista que alude à figura de Buster Keaton ou

Charlot. O protagonista aparece e conhece uma

jovem a transportar sacos para uma carroça,

imaginando-se um possível casamento.. Num registo

cómico, vemos as tentativas frustradas em roubar um

piano para conquistar a jovem, que termina com um

final feliz.

COMPARAR / RELACIONAR COM …

Cinema mudo de comédia -– Buster Keaton –

Personagem Charlot – Humor/arte como arma social

“Radio GaGa”, Queen, 1984 5’ 44’’

http://www.youtube.com/watch?v=t63_HRwdAgk Música do álbum The Works. Vídeo dirigido por David Mallet.

Vídeo com imagens originais de “Metrópolis”, de Fritz Lang. No interior de uma sala, um casal e dois filhos com máscaras de gaz estão reunidos numa mesa. Um dos filhos liga um antigo rádio, iniciando assim a música. O grupo Queen viaja num transporte através da cidade futurista de Metrópolis. O vídeo é intercalado com sequências originais do filme, e o cantor num cenário aludindo á fábrica onde se dá a revolta dos trabalhadores. O rosto do robot transforma-se no rosto de Freddy.

COMPARAR / RELACIONAR COM…

Expressionismo alemão – Metrópolis, de Fritz Lang

“Express Yourself”, Madonna, 1989 5’ 02’’

http://www.youtube.com/watch?v=r-GBzVyUUl0 Música do álbum Like a Prayer. Vídeo dirigido por David Fincher.

Vídeo inspirado no filme “Metrópolis”, de

Fritz Lang Tem uma epígrafe no final do vídeo do

filme: "Sem o coração, não pode haver entendimento

entre a mão e a mente ", que alude à história do filme.

O vídeo abre com a visão de uma cidade futurista.

Madonna aparece na parte de trás da estátua de um

cisne, e observa os trabalhadores escravizados sob

a chuva. A sedução começa.

COMPARAR / RELACIONAR COM …

Expressionismo alemão – “Metrópolis”, de Fritz Lang

OUTRAS REFERÊNCIAS

“We’re In This Together”, NIN, 1999 6’ 19’’ http://www.youtube.com/watch?v=P9BfvPjsXXw Música do álbum The Fragile, 1999 Vídeo dirigido por Mark Pellington.

“Dr. Mabuse”, propaganda, 1985 5’ 36

http://www.youtube.com/watch?v=2e03_64xpF4

Música do álbum, A Secret Wish, 1985.

Estes vídeos apresentam-se como

alternativas, podendo no entanto ser explorados

como os vídeos anteriores. O vídeo é uma

homenagem ao filme de 1927, “Metropolis” de Fritz

Lang, usando conjuntos semelhantes ao do filme e

cantor ostentando o mesmo traje e corte de cabelo

como os trabalhadores do filme. Outra influência

parece ser o filme 1959, “Os 400 Golpes”, dirigido

por François Truffaut.

Este vídeo recupera a personagem do Dr.

Mabuse, presente no filme de 1933, “O Testamento

do Dr. Mabuse”, de Fritz Lang. Embora não utilize imagens originais do filme, este recupera a estética do expressionismo alemão através da caracterização exagerada das personagens, os ambientes soturnos e os contrastes entre o claro e o escuro. Além disso, o vídeo conta uma narrativa, sendo uma espécie de versão pessoal da história do Dr. Mabuse.

VÍDEOS NÃO OFICIAIS

“The Calling (Mk II)”, Death in June, 1985 5’ 36’’. Música do album “Nada!”. http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=UqtyVWUguKk

“Intervention”, Arcada Fire, 2006 4’ 31’’. Música do album “Béon Bible”. http://www.youtube.com/watch?v=ZO7ZWfvCjBE&feature=player_embedded

“Bela Lugosi’s Dead”, Nouvelle Vague 4’ 14’’ http://www.youtube.com/watch?v=qv5QLr_TQ3g

Estes vídeos são também alternativas possíveis, no desenvolvimento da Unidade de Trabalho. Não são os vídeos oficiais das bandas, mas ganharam um estatuto junto do público através da televisão, internet e redes sociais. Num projeto onde a cultura visual é valorizada, não podemos ignorar este tipo de vídeos, muitas vezes de autores anónimos, mas que são facilmente reconhecíveis pelos alunos.

Utilização integral de

imagens de “Nosferatu”

(1922), de F. W. Murnau.

Utilização integral de

imagens de “Couraçado

Potemkim”” (1925), de

Sergei Eiseinstein Murnau.

Utilização de imagens de

filmes norte-americanos

com vampiros, com especial

destaque para “Drácula”

(1931), de Tod Browning.

CALENDARIZAÇÃO

1ª fase Introdução às referências visuais nos videoclipes / A linguagem técnica e visual do videoclipe / Cinema-Videoclipe: Que relações?

1 aula de 90’ ou 180’

2ª fase As referências dos primórdios do cinema no videoclipes / O nascimento do cinema

3 aulas de 90’ ou 2 aulas de 180’

3ª fase Aplicação dos conhecimentos adquiridos Depende da disciplina onde o projeto vai ser desenvolvido, e da atividade a realizar

RECURSOS / MATERIAIS

- Projetor vídeo - Computador com ligação à internet - Manual história da Cultura e das Artes

BIBLIOGRAFIA AUMONT, Jacques; [et al.](1995) – A Estética do Filme. Campinas, SP: Papirus Editora. BANDA, Daniel; MOURE, José (2008) – Le cinema: naissance d’un art: 1895-1920. Paris: Flammarion. CESARINO COSTA, Flávia (2005) – O primeiro cinema: espetáculo, narração, domesticação. 2ª ed. Rio de Janeiro: Azougue Editorial. CLAREMBEAUX, Michel (2010): Educación en cine: memoria y património In Comunicar, 35; XVIII Revista Científica Iberoamericana de Comunicación y Educación, nº35; vol. XVIII; época II. Andalucía. GUNNING, Tom (1996) - Cinema e História In XAVIER, Ismail (org.) (1996) - O Cinema no Século. Rio de Janeiro: Imago. MACHADO, Arlindo (1993) - Máquina e Imaginário: o Desafio das Poéticas Tecnológicas. São Paulo: Editora da Univ. de São Paulo. MACHADO, Arlindo (1997) - Pré-Cinemas e Pós-Cinemas. Campinas: Papirus. MALTHÊTE, Jacques; MANNONI, Laurent (2008) - L’ Oeuvre de Georges Méliès. Paris: Éditions de La Martinière, La Cinémathéque Française.

RECURSOS ONLINE Videoclipes: http://www.youtube.com/watch?v=H4Ufb1D-vyY&feature=player_embedded http://www.youtube.com/watch?v=KJRiBDMfrTU http://www.youtube.com/watch?v=NOG3eus4ZSo http://www.youtube.com/watch?v=CR8logunPzQ http://www.youtube.com/watch?v=t63_HRwdAgk http://www.youtube.com/watch?v=r-GBzVyUUl0 Páginas web dos filmes/realizadores referidos: http://www.imdb.com/name/nm0718201/ http://www.imdb.com/name/nm0617588/ http://www.imdb.com/title/tt0000417/ http://www.imdb.com/name/nm0000122/ http://www.imdb.com/name/nm0000036/ http://www.imdb.com/title/tt0017136/

RECURSOS DIGITAIS:FILMOGRAFIA FRAZER, John (2008) - Notes on the work of Georges Méliès In Georges Méliès: First Wizard of Cinema (1896-1913) [DVD]. Flicker Alley, Inc.

McLAREN, Norman (2008) - Homage to Georges Méliès In Georges Méliès: First Wizard of Cinema (1896-1913) [DVD]. Flicker Alley, Inc.

MÉLIÈS, El mago del cine: una sésion Méliès / La Magia de Méliès. (1997) [DVD] Sodaperaga – La sept7Arte – Mikros Image, Société Méliès.

Mestrado em Ensino de Artes Visuais para o 3º Ciclo e Secundário Departamento de Pedagogia e Educação

Didática das Artes Visuais 2011 – 2013

Francisco André Estrela Mantas

Nº 9848