UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CASSILÂNDIA · Exibição de 10 Coisas que Eu Odeio em Você, seguida de...

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UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CASSILÂNDIA Endereço: Rodovia MS 306 - km 6,4 - CEP: 79540-000 Telefones: (67) 3596-7600, 3596-7601 e 3596-7602(fax) 1 SIMPÓSIO DE ESTUDOS EM LETRAS CADERNO DE RESUMOS DO VI SIEL: LETRAS, CULTURA E SOCIEDADE Unidade Universitária de Cassilândia De 23 a 25 de Setembro de 2015 REITOR Fábio Edir dos Santos Costa VICE-REITORA Eleuza Ferreira Lima GERENTE DA UUC Gustavo Haralampidou Costa Vieira COORDENADORA DO CURSO DE LETRAS Telma de Souza Garcia Grande COORDENADORES DO VI SIEL Telma de Souza Garcia Grande Adriano Mendes dos Santos COMISSÃO ORGANIZADORA Docentes Adriano Mendes dos Santos Ana Alice dos Passos Gargioni Ana Paula Tribesse Patrício Dargel Camila André do Nascimento da Silva Cátia Soares Madaleno Menezes Édila de Cássia Souza Santana Eloene Rosa Peres Gilson Vedoin Kelly Beatriz do Prado Maria Ozoria Roberta Pereira Telma de Souza Garcia Discentes Alexandre Dronov Alves Ana Angelica Silva Rodrigues de Oliveira Andreia Ferreira Marcondes de Souza Andreliza Cristina Silva Bruno Aguinaldo Feitosa Cassio Silva Dosso Daniela Cândida de Almeida Deilhamar Rodrigues da Silva Eloine Machado de Castro Francieli Aparecida Nunes de Souza Gabriel Henrique Pinheiro Gois Igor Nathan Camargo Santos Ingrid Oliveira Martins Jéssica Ponciano Silva Jorge Augusto Leite Kely Fernanda Nogueira Laudiene Ferreira de Freitas Lazara Narcizo de Oliveira Moura Letícia de Paula Silva Luiz Felipe dos Santos Henrique Patrícia Adriana Miranda Patricia Silva Pereira Paulo Ricardo Nunes Paulino Freitas Rayane Aparecida da Silva Roberto Soares Ferreira Stefânia Caroline Oviedo de Lima Thais Loreyne Rozza Garbelin Vitor Batista Januário

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SIMPÓSIO DE ESTUDOS EM LETRAS

CADERNO DE RESUMOS DO VI SIEL: LETRAS, CULTURA E SOCIEDADE

Unidade Universitária de Cassilândia

De 23 a 25 de Setembro de 2015

REITOR

Fábio Edir dos Santos Costa

VICE-REITORA

Eleuza Ferreira Lima

GERENTE DA UUC

Gustavo Haralampidou Costa Vieira

COORDENADORA DO CURSO DE LETRAS

Telma de Souza Garcia Grande

COORDENADORES DO VI SIEL

Telma de Souza Garcia Grande

Adriano Mendes dos Santos

COMISSÃO ORGANIZADORA

Docentes

Adriano Mendes dos Santos

Ana Alice dos Passos Gargioni

Ana Paula Tribesse Patrício Dargel

Camila André do Nascimento da Silva

Cátia Soares Madaleno Menezes

Édila de Cássia Souza Santana

Eloene Rosa Peres

Gilson Vedoin

Kelly Beatriz do Prado

Maria Ozoria Roberta Pereira

Telma de Souza Garcia

Discentes

Alexandre Dronov Alves

Ana Angelica Silva Rodrigues de

Oliveira

Andreia Ferreira Marcondes de Souza

Andreliza Cristina Silva

Bruno Aguinaldo Feitosa

Cassio Silva Dosso

Daniela Cândida de Almeida

Deilhamar Rodrigues da Silva

Eloine Machado de Castro

Francieli Aparecida Nunes de Souza

Gabriel Henrique Pinheiro Gois

Igor Nathan Camargo Santos

Ingrid Oliveira Martins

Jéssica Ponciano Silva

Jorge Augusto Leite

Kely Fernanda Nogueira

Laudiene Ferreira de Freitas

Lazara Narcizo de Oliveira Moura

Letícia de Paula Silva

Luiz Felipe dos Santos Henrique

Patrícia Adriana Miranda

Patricia Silva Pereira

Paulo Ricardo Nunes Paulino Freitas

Rayane Aparecida da Silva

Roberto Soares Ferreira

Stefânia Caroline Oviedo de Lima

Thais Loreyne Rozza Garbelin

Vitor Batista Januário

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m continuidade ao I SIEL, realizado em de 2007, o Curso de

Letras da Unidade de Cassilândia propõe a realização do VI

SIEL: LETRAS, CULTURA E SOCIEDADE, evento cujo

principal objetivo é possibilitar a apresentação de resultados de

projetos desenvolvidos tanto pelo corpo docente, quanto pelos

discentes do Curso. Além disso, com a participação de

acadêmicos e professores de outras instituições, o evento visa ao intercâmbio

de experiências que contribuam para o fortalecimento do Ensino, da

Pesquisa e da Extensão Universitária. O evento oportuniza, ainda, a

integração da universidade com a comunidade externa, posto que contou

com a participação de professores, tanto da rede pública quanto particular

de ensino, incluindo egressos da UEMS.

A Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul tem o propósito de

consolidar e divulgar suas pesquisas na área de Ensino, Pesquisa e Extensão,

a fim de que essas possam retratar o trabalho acadêmico desenvolvido por

docentes, discentes na comunidade local. Para que essas áreas de Ensino,

Pesquisa e Extensão se encontrem no sentido de compartilhar

conhecimentos é que o I, II, III, IV e V SIEL foram realizados em

Cassilândia. No intuito de dar continuidade à experiência que permitiu que

acadêmicos e docentes do curso de Letras da unidade universitária de

Cassilândia divulgassem suas pesquisas para a comunidade local, além de

permitir que discentes, docentes de outras instituições acadêmicas

contribuíssem com sugestões e experiências para nossa realidade acadêmica,

pretendemos realizar no período de 23, 24 e 25 de Setembro o VI SIEL,

que almeja ratificar os propósitos e resultados dos eventos anteriores.

Comissão Organizadora.

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Caderno de Resumos

Do

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PROGRAMAÇÃO GERAL

DIA MATUTINO UEMS/UUC

VESPERTINO UEMS/UUC

NOTURNO Câmara Municipal

23/09 (Quarta-

Feira)

8:00/09:00

Entrega de material e realização

das últimas inscrições.

09:00/12:00

Ciclo de Cinema:

Shakespeare na

Contemporaneidade

Exibição de Sonho de Uma

Noite de Verão, seguida de

debate.

Prof. Dr.ª Telma de Souza

Garcia Grande (Auditório da

UEMS)

13:00/14:30

Oficina de Língua Portuguesa

“Gêneros textuais no ensino de

língua portuguesa: da teoria à

prática”

Prof. Me. Renato Rodrigues

Pereira (PG-UNESP/CNPq)

(UEMS/UUC)

15:00/16:30

Oficina de Poesia

“Poesia e Performance”

Prof. Me. Kelly Beatriz do Prado

Delgado (UEMS/UUC-

PG/UFG/CAPES

19:00/19:30

Abertura oficial

19:30/22:00

Mesa–redonda de Linguística

“Perspectivas Atuais de Estudos Lexicais:

Geolinguística, Lexicografia E

Toponímia”

Prof. Dr.ª Ana Paula Tribesse Patrício

Dargel (UEMS/UUC/CNPq/CAPES)

Prof. Me. Camila André do Nascimento

da Silva (UEMS/UUC)

Prof. Me. Renato Rodrigues Pereira

((PG-UNESP/CNPq)

22:00

Coffee Break

24/09 (Quinta-

Feira)

09:00/12:00

Ciclo de Cinema:

Shakespeare na

Contemporaneidade

Exibição de 10 Coisas que Eu

Odeio em Você, seguida de

debate.

Prof. Me. Édila de Cassia Souza

Santana (Auditório da UEMS)

13:00/14:30

Oficina de Língua Inglesa

“Exames TOEFL”

Prof. Mestranda Ivy Gobeti

(PG/UFG/CAPES)

15:00/16:30

Oficina de Literatura

“Literatura e Cinema”

Prof. Mestranda Analice de Sousa

Gomes (PG/UFG/CAPES)

19:00/22:00

Mesa–redonda de Literatura

“Uma Visada acerca da Literatura

Contemporânea: Forma, Representação e

Reconfiguração Subjetiva”

Prof. Me. Kelly Beatriz do Prado

Delgado (UEMS/UUC-

PG/UFG/CAPES)

Prof. Mestrando Cloves da Silva Júnior

(PG/UFG/CAPES)

Prof. Me. Gilson Vedoin (UEMS/UUJ-

PG/UFG/Fapeg)

22:00

Coffee Break

25/09 (Sexta-Feira)

09:00/12:00

Ciclo de Cinema:

Shakespeare na

Contemporaneidade

Exibição de Hamlet, seguida de

debate.

Prof. Me. Gilson Vedoin e

Acadêmico Gabriel Henrique

Pinheiro Góis

(Auditório da UEMS)

13:00/16:00

Comunicações individuais

Coordenação:

Prof. Msc. Eloene Rosa Peres

(UEMS/UUC)

16:00/17:00

Banners

19:00/22:00

Mesa–redonda de Língua Inglesa

“Drama/Teatro, ensino, cultura e

sociedade”

Prof. Dr.ª Telma de Souza Garcia

Grande (UEMS/UUC)

Prof. Dr. Peter James Harris (IBILCE/

UNESP)

22:00

Coffee Break

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MESAS REDONDAS

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Mesa–redonda de Linguística ““Perspectivas Atuais de Estudos Lexicais: Geolinguística, Lexicografia E

Toponímia”

TENDÊNCIAS DA TOPONÍMIA HUMANA RURAL DO MATO GROSSO DO

SUL: ENTRELAÇAMENTOS LINGUÍSTICOS, HISTÓRICOS E SOCIAIS

Ana Paula Tribesse Patrício DARGEL (UEMS/UUC/CNPq/CAPES)

VARIANTES LEXICAIS PARA “BICHO DA GOIABA”: UM ESTUDO

GEOLINGUÍSTICO

Camila André do Nascimento da SILVA (UEMS/UUC)

O DICIONÁRIO MONOLÍNGUE E A INFERÊNCIA: UMA APLICAÇÃO NAS

LÍNGUAS ESPANHOLA E INGLESA

Renato Rodrigues PEREIRA (PG-UNESP/CNPq)

Diversas são as possibilidades de estudos do léxico em suas diferentes vertentes teórico-

metodológicas. O acervo lexical de uma língua resulta em um verdadeiro representante

da sociedade de que é pertencente. Em suas distintas funções, uma unidade léxica pode

ora imprimir as características da cosmologia circundante de um espaço geográfico,

como acontece com os topônimos, objeto de estudo da Toponímia; ora adquire e/ou

revela valores semânticos em decorrência do contexto sócio-linguístico-cultural,

assunto esse abordado em estudos dialetológicos e geolinguísticos. No âmbito da

lexicografia, os dicionários, como representantes de sincronias e diacronias vocabulares,

nos possibilitam conhecer diferentes nuances significativas de uma palavra, assim como

aprender ou evidenciar características linguísticas e extralinguísticas de um povo. Por

isso, as obras lexicográficas resultam em instrumentos de consulta que podem e devem

ser utilizados nas diferentes didáticas direcionadas ao ensino de línguas. Com essa

mesa-redonda, apresentamos resultados de três de algumas pesquisas que temos

realizado sobre léxico, como forma de demonstrar aos congressistas algumas das

múltiplas possibilidades de estudos lexicais possíveis no âmbito do ensino e da

pesquisa. Nessa perspectiva, Dargel abordará algumas tendências da Toponímia humana

rural do estado de Mato Grosso do Sul, demonstrando, assim, entrelaçamentos

linguísticos, históricos e sociais do Estado; Silva, por sua vez, apresentará um estudo

geolinguístico sobre variantes lexicais para “bicho da goiaba”; e Pereira exporá a

respeito do tratamento da inferência lexical por aprendizes de língua estrangeira que se

encontram nos níveis intermediário e avançado, e o uso do dicionário monolíngue na

realização de exercícios dirigidos que visam garantir inferências coerentes com os

contextos em questão.

Palavras-chave: Léxico. Lexicografia Pedagógica. Toponímia. Etnolinguística.

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Mesa–redonda de Literatura “UMA VISADA ACERCA DA LITERATURA CONTEMPORÂNEA: FORMA, REPRESENTAÇÃO E

RECONFIGURAÇÃO SUBJETIVA

AGRESTES: A POESIA COM COISAS E OS MEANDROS

DA RECONFIGURAÇÃO DA SUBJETIVIDADE

Kelly Beatriz do Prado DELGADO (UEMS-UUC/PG-UFG/CAPES)

Este artigo propõe a leitura de Agrestes de João Cabral de Melo Neto. Introdutoriamente

traça-se um percurso de desmistificação da retórica do emocionalizado na poesia

tradicional em favor de outra forma de subjetividade, voltada à despersonalização. Em

Cabral, observa-se não apenas uma poética que nega a tradição hegeliana, mas a

instituição de um novo parâmetro de subjetividade, que se volta à retórica do objeto de

Francis Ponge. Ao centrar-se no objeto e não na figura do sujeito lírico, Cabral encontra

métodos de decantação da subjetividade que a torna visível apenas na epiderme do

texto. Esses procedimentos que se apresentam de forma frequente em sua produção

poética desde Pedra do Sono em que foi possível observar marcas linguísticas da

presença do sujeito lírico com uma poesia ainda marcada pelo abstrato e pelo onírico e

mais tarde já se consolidando em O Engenheiro e Psicologia da Composição quando é

possível identificar a afirmação da poesia como processo de construção, encontrará

em Agrestes, terreno bastante propício às formas de reconfiguração da subjetividade, já

que o poeta depara-se com a instauração de um surto memorialista e a necessidade de

falar-se pela alteridade, numa poesia com coisas, que permite o olhar enviesado da

reflexão e da crítica.

Palavras-Chave: João Cabral de Melo Neto. Memória. Poesia com Coisas.

TRATADO SOBRE O USO DAS MULHERES: REPRESENTAÇÕES DE

PODER E VIOLÊNCIA SIMBÓLICA EM CONTOS DE RUBEM FONSECA

Cloves da SILVA JUNIOR (SEDUCE-GO/PG-UFG/CAPES)

Esta apresentação propõe a análise dos contos “A Confraria dos Espadas”, da coletânea

homônima (1998) e “Tratado do uso das mulheres”, que compõe a coletânea Pequenas

Criaturas (2002), ambos do escritor mineiro Rubem Fonseca. O foco da análise gira em

torno das representações de violência – que nestes contos se apresenta de forma

simbólica por meio da dominação masculina, mas que produzem efeitos concretos,

como poderá ser percebido – e das relações de poder que se constituem entre o

dominante (gênero masculino) e o dominado (gênero feminino), a partir da linguagem

do texto literário e das categorias “personagem” e “espaço”. Ao falar de gênero, numa

perspectiva pós-estruturalista, utiliza-se as concepções de Joan Scott (1995), a qual

percebe o gênero como organização social da diferença sexual, a partir do argumento de

que não são as diferenças biológicas que determinam, diretamente, os papeis sociais de

homens e mulheres. Com isso, defende que o gênero é uma construção social, em

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processo contínuo, que se efetiva a partir de determinadas instituições por meio da

legitimação de certas representações. Depreende-se, então, que os discursos de

dominação masculina foram forjados e continuam sendo reabastecidos ao longo do

tempo com o auxílio das instituições e dos indivíduos que captam determinadas

representações para si e reproduzem-nas. Tais discursos se inscrevem no interior das

trocas sociais e no próprio corpo dos indivíduos. Para as reflexões são utilizados os

pressupostos teóricos de Bourdieu (2012), Dalcastagnè (2005), Hall (2014), Scott

(1995), Silva (2014), dentre outros.

Palavras-chave: Dominação masculina. Relações de poder. Rubem Fonseca.

REPRESENTAÇÃO E DÉCOUPAGE DO REAL: LÓGICA CORAL E

ESTÉTICA DE ALMANAQUE NA FICÇÃO DE VALÊNCIO XAVIER

Gilson VEDOIN (UEMS-UUJ/PG-UFG/FAPEG)

Conforme atestam Mikhail Bakhtin (1988) e Marthe Robert (2007), se o gênero

romanesco nunca atinge seu limite, pode-se vislumbrar novas formas de representação

na contemporaneidade, uma época em que a cultura perdeu seu caráter elevado e

monolítico, sendo atravessada pelo pluralismo das formas massivas, populares,

inerentes ao universo do consumo, outrora relegadas pelo alto modernismo. Desse

modo, certa modalidade de narrativas contemporâneas, e aqui se insere a produção do

curitibano Valêncio Xavier – mais especificamente a narração Mulheres em Amores –

ao invés de representar a materialidade do real, acaba por absorver alguns modos

discursivos da cultura massiva, produzindo uma prosa pautada por uma “lógica coral”,

para usar uma designação de Flora Sussekind, espécie de découpage do real, ancorando-

se no que Angela Maria Dias define como “estética de almanaque”, e que coloca em

xeque os paradigmas analíticos utilizados pela modernidade no tocante a forma

romanesca e o sentido hermenêutico suscitado pela obra no receptor.

Palavras-chave: Representação. Forma romanesca. Valêncio Xavier.

Mesa–redonda de Língua Inglesa “Drama/Teatro, ensino, cultura e sociedade”

DRAMA COMO PRÁTICA PARA O ENSINO E APRENDIZAGEM DA

LÍNGUA INGLESA

Telma de Souza Garcia GRANDE (UEMS/UUC)

Segundo Via (1972), o drama quando usado como um veículo para a aprendizagem de

línguas procura ajudar os alunos a descobrir sua individualidade particular e colocá-la

em uso enquanto praticam o idioma e permite que os alunos expressem seus

sentimentos, crenças, cultura, desejos e preocupações na língua alvo, além de auxiliá-los

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na aprendizagem das quatro habilidades. Wilkins (1976) argumenta que ensinar uma

língua estrangeira somente por meio de léxicos, frases prontas e isoladas de contextos é

muito artificial e não permite que a comunicação se estabeleça de maneira real. Henry

Widdowson (1978), Almeida Filho (1993) defendem a teoria de que para dominarmos

uma língua estrangeira necessitamos de conhecimentos sobre o use e usage da língua

estudada, em que o use refere-se à estrutura da língua, léxicos e gramática, enquanto

usage refere-se às formas e contextos em que a língua alvo é utilizada, o autor também

afirma que por meio do usage é possível o aprendiz alcançar o use, porém o contrário

não ocorre. Desta maneira nesta comunicação pretendo ressaltar a importância de

práticas motivacionais no ensino de língua estrangeira, neste caso, o drama, de forma

que o aluno diante de um contexto de usage consiga dominar o use e consiga se

comunicar na língua estrangeira.

Palavras Chave: Drama. Ensino. Aprendizagem. Língua Estrangeira.

SHAKESPEARE: A MESTRIA DO TEATRO

Peter James HARRIS (UNESP/IBILCE)

Esta apresentação procura demonstrar que a importância do dramaturgo inglês William

Shakespeare (1564-1616) não se deve apenas ao seu domínio absoluto da língua inglesa,

mas também à sua compreensão das oportunidades e potencial dos avanços na

tecnologia e arquitetura do teatro que coincidiram com a sua própria vida. O primeiro

teatro público, conhecido simplesmente como “O Teatro”, foi inaugurado em Londres

em 1576, quando Shakespeare tinha apenas 12 anos. Mesmo assim, entre 1589 e 1613,

Shakespeare escreveu 38 peças de teatro, incluindo clássicos encenados até hoje no

mundo inteiro. Este relato começa com uma breve história do teatro precário que existia

na Idade Média nos 500 anos antes do nascimento de Shakespeare – incluindo peças

encenadas em igrejas e palcos improvisados em feiras e estalagens. A maioria das peças

de Shakespeare recebeu a sua estreia no “Teatro Globo”, inaugurado em 1599. Através

de trechos de diálogo de peças como Rei Lear, Henrique V, Hamlet e A Tempestade, a

palestra mostra que o gênio de Shakespeare pode ser enxergado no seu conhecimento

das possibilidades e das limitações da mais nova forma de entretenimento da sua época.

Palavras-chave: William Shakespeare. Teatro. “Teatro Globo”.

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OFICINAs

GÊNEROS TEXTUAIS NO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: DA TEORIA

À PRÁTICA

Renato Rodrigues PEREIRA (PG-UNESP/CNPq)

Os gêneros textuais (GT) têm sido objeto de estudo em diferentes âmbitos educacionais,

principalmente naqueles voltados para sua utilização como ponto de partida para

atividades de ensino-aprendizagem de língua portuguesa. No Plano Nacional do Livro

Didático e nos Parâmetros Curriculares Nacionais encontramos objetivos e incisivos

posicionamentos relacionados à introdução e à divulgação da linguagem por meio dos

GT que, por sua funcionalidade, composição e estilos variados precisam ser agentes

constantes nas aulas de língua portuguesa. Nesse contexto, os diferentes gêneros

resultam em valiosos recursos didáticos imprescindíveis às aulas de língua, pois são

textos encontrados na vida diária. Os GT são, pois, tipos e/ou formas como os

enunciados escritos e orais são utilizados. Em um contexto de produção acadêmico-

científica, por exemplo, em que devemos escrever um artigo para um periódico,

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devemos seguir algumas normas estruturais de forma e linguagem; ao escrevermos uma

carta aberta, o mesmo acontece, pois precisamos imprimir nesse gênero suas

características que foram convencionadas pela sociedade ao longo dos tempos e de

forma natural, de acordo com as necessidades comunicativas; da mesma forma, quando

proferimos uma palestra ou conferência em um evento ou mesa redonda, há todo um

protocolo que costuma ser seguido. Esta oficina visa apresentar algumas epistemologias

inerentes aos estudos dos gêneros textuais (GT) e sua importância no ensino de língua

portuguesa nas escolas, uma vez que eles estão nas diferentes esferas da atividade

humana e refletem os objetivos comunicativos do povo de que é representante. Para

tanto, orientamo-nos pelos princípios teóricos e práticos dos gêneros textuais, em

especial na teorias proposta por Bakhtin (2000) sobre gêneros discursivos na interação;

Dolz e Schneuwly (2004) e Marcuschi (2005, 2008) que acreditam numa proposta de

ensino-aprendizagem organizada a partir de gêneros textuais.

Palavras-chave: Gêneros textuais. Ensino. Língua Portuguesa.

POESIA EM PERFORMANCE

Kelly Beatriz do Prado DELGADO (UEMS/UUC-PG-UFG/CAPES)

A oficina tem como objetivo elucidar os processos performáticos do poema a fim de

evidenciar a estreita relação que existe entre o aspecto formal do texto e seu conteúdo.

O controle reflexivo da elaboração poética possibilita que o trabalho com a

materialidade sonora da palavra, pela qual a voz viva ganha corpo promova a suspensão

provisória do semântico, para garantir ao leitor por meio do efeito estético uma vivência

do que ainda será dito pela performance, já que a partir da sonoridade o poeta suspende

a decodificação e prorroga a construção do sentido. Esse processo que anuncia a

existência de uma voz latente, deixa marcas linguísticas no texto que podem ser

entrevistas por meio da métrica, do ritmo, de figuras de linguagem e do enjambement.

Esses recursos pré anunciam o conteúdo que será reforçado anteriormente a construção

do sentido pelas imagens. Assim a ideia da forma no poema torna-se um correlato do

sentido, já que da palavra à imagem o poema encaminha-se para o significado, só

aparentemente desconectado já que a função poética da linguagem garante uma

distância entre o signo, o significado e o referente, tornando aparentemente arbitrária a

escolha dos símiles com os quais o poema constrói seu sentido.

Palavras-chave: Poesia. Poema. Performance.

EXAMES TOEFL

Ivy GOBETI (PG-UFG/CAPES)

Os certificados internacionais passam a ser mais relevantes ao passo em que alunos do

ensino superior recebem mais amplas oportunidades de estudar em outros países. O

TOEFL é uma das mais comuns certificações exigidas nesse contexto, e muitos

candidatos a essas vagas acabam por desistir das possibilidade de aperfeiçoarem seus

conhecimentos em outro país por não conhecerem melhor os processos de preparação,

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realização e avaliação envolvidos na prova. É neste sentido que o objetivo desta oficina

é esclarecer os pontos mais pertinentes para que os alunos possam prestar a certificação

mais cientes de sua conjuntura. Serão abordados de forma dinâmica os seguintes

tópicos: tipos de TOEFL, período de validade, cobertura de aceitação, estrutura da

prova a partir das habilidades listening, speaking, reading, writing e estratégias para a

administração do tempo no momento da avaliação. Os alunos contarão com a

apresentação prática dos tipos de exercícios e conhecerão em que aspectos estarão

realmente sendo avaliados no momento da prova, com a oportunidade de participarem

ativamente na resolução dos exercícios para que os esclarecimentos sejam mais

eficazes.

Palavras-chave: TOEFL. Ensino. Língua inglesa.

LITERATURA E CINEMA

Analice de Sousa GOMES (PG-UFG/CAPES)

Entender o roteiro cinematográfico além das questões restritivas da produção literária é

estabelecer relações que saem do texto e são extrapoladas para a projeção de uma

leitura. Aquele processo de leitura que acontece na mente do leitor, em que as palavras,

no plano das ideias, saem do papel e tomam as formas de personagens e cenários com

cores, sensações, temperaturas e cheiros, essa experiência, que sem a atuação do leitor

não caberia, é o que acontece em um filme, a partir de seu roteiro. O filme, o produto

final do roteiro, seria a imagem de uma leitura. As contribuições de Roland Barthes

acerca da análise da narrativa podem agregar ao roteirista seu engajamento social para

exprimir e expressar realidades na transposição para a linguagem. Barthes considera que

a forma da escrita é o fator que gerará uma significação que extrapole o conteúdo

narrativo em si, o que para o cinema, seria o próprio roteiro, a forma particular com que

se escreve um filme, e é justamente o fato de que essa forma de escrita cinematográfica

é a disposição das palavras para que gerem efeitos imagéticos que faz do roteiro uma

espécie de gênero. O objetivo desta oficina é mostrar como a obra-prima da literatura e

do cinema é a mesma: a imaginação, sendo que, diversas vezes, o que imaginamos para

as telas vem exatamente da nossa experiência literária. Mais especificamente, a prática

abordará a construção de corpos monstruosos, produto cinematográfico tão intimamente

inspirado em arquétipos da literatura clássica de horror. Além de nos situar quanto o

contexto de criação e produção literária segundo Bakhtin (2011), Todorov (1980),

Staiger (1987), dentre outros autores que concebem a construção do gênero a partir dos

atos de fala, do discurso e sua necessidade comunicativa. Isto permite a evolução e a

transgressão genérica, pois a literatura contemporânea não se posiciona como rigída

temática e formalmente, expandindo as possibilidades no processo criativo e na

apreciação do leitor-receptor.

Palavras-chave: Narrativa ficcional. Cinema. Literatura.

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COMUNICAÇÕES ORAIS e BANNERS

A INTERTEXTUALIDADE: ASPECTOS ARGUMENTATIVOS PRESENTES

NO GÊNERO TEXTUAL “TIRINHA”

Adriano Mendes dos SANTOS (UEMS/UUC)

Partimos do pressuposto de que a intertextualidade é vista como um "diálogo" entre

textos, conforme Bakhtin, e esse diálogo pressupõe um universo cultural muito amplo e

complexo, pois implica na identificação e no reconhecimento de remissões a obras ou a

trechos mais ou menos conhecidos. Dependendo da situação, a intertextualidade tem

funções diferentes que dependem dos textos/ contextos em que ela é inserida.

Evidentemente, o fenômeno da intertextualidade está ligado ao "conhecimento de

mundo", que deve ser compartilhado, ou seja, comum ao produtor e ao receptor de

textos. Assim, compreendendo que esse diálogo se dá a partir de propósitos

comunicativos pré-estabelecidos, isto é, a partir de determinadas intenções como no

caso das tirinhas. A tirinha e a HQ são textos dialógicos de natureza sincrética (utiliza

mais de um recurso de expressão) que avalia o verbal e o visual em um mesmo

enunciado. Diferem-se na quantidade de quadrinhos, geralmente as Tirinhas são

compostas de três ou quatro quadros e, as Histórias em Quadrinhos, acima de cinco

quadros. Circulam em jornais e revistas em uma faixa horizontal, em geral, na seção

“Quadrinhos” do caderno de diversões e entretenimento. Assim, nossa proposta e a de a

analisar as condições de intertextualidade ou polifonia discursiva, os aspectos

argumentativos contidos nelas e o efeito de humor sugerido por esse diálogo com textos

e autores.

Palavras-chave: Intertextualidade. Polifonia. Argumentação.

VOZ LITERÁRIA, FRONTEIRA E IDENTIDADE: A CONSTRUÇÃO DO

DISCURSO ROMANESCO

Analice de Sousa GOMES (PG-UFG)

Renata Rocha RIBEIRO (UFG)

Tratar do termo “fronteiras” no discurso literário é também pensar na construção de

uma identidade social. Bakthin (2002, p. 135), ao tratar do sujeito que fala no romance,

afirma que ele “é sempre em certo grau, um ideólogo e suas palavras são sempre um

ideologema. Uma linguagem particular no romance representa sempre um ponto de

vista particular sobre o mundo, que aspira a uma significação social.” Observa-se a

partir daí, que o narrador literário é submetido a uma espécie de fronteira, não territorial

propriamente dita, mas principalmente social. Nesse sentido, a presente pesquisa se

propõe a compreender, por meio de estudo bibliográfico, se o contexto em que se situa o

discurso funciona como uma delimitação para o pensamento e para a produção

ideológica refletida na construção da identidade cultural e de suas mais variadas

expressões, em nosso estudo, a manifestação literária. Segundo James Clifford (apud

CHAUL, 2005, p. 165), é preciso considerar a literatura como uma “alegoria

etnográfica”, ou seja, ver no texto literário algo além do que ele expressa, ver a ficção

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como sequências de metáforas e imagens úteis para a compreensão da cultura. A

exemplo disto, pode-se observar, no romance Faúlhas, do autor goiano Dionísio

Machado, uma evidente manifestação da fronteira ufanista criada no pensamento da

sociedade do estado de Goiás na década de 1930, quando ocorreu o processo da

transferência da capital para Goiânia. Neste período, foi disseminada uma concepção de

modernidade e desenvolvimento para o estado, visto que a “fronteira-discurso” de seus

provedores e idealizadores, inseridos numa vertente otimista, foi apropriada por

diversos outros discursos sobre a cidade, como o da academia, o da imprensa, o da

literatura (ELIEZER, 2005, p.138). Tal concepção de modernidade, formadora direta da

identidade histórica e cultural deste período, foi desconstruída por narrativas como a

que apresentamos, formada por um discurso plurilinguístico, que apresenta um sujeito-

narrador envolto no fenômeno polifônico apropriado pelo caráter estilístico do gênero

romance.

Palavras-chaves: Fronteira. Ideologia. Identidade. Discurso. Literatura.

ENSINO DE LITERATURA: DÚVIDAS, DESAFIOS E PERSPECTIVAS

Camila Gonçalves da COSTA (PG-UEMS/UUP)

Tendo em vista a real importância da disciplina Literatura no currículo escolar, este

trabalho objetiva ressaltar os sentidos que a norteiam e que devem ser levados em

consideração dentro da sua abordagem de ensino. Uma vez que a literatura tem papel de

formar personalidades, pois possui um processo criativo, que por meio de seus sentidos,

tem a capacidade de tornar os seus leitores pessoas capazes e sensíveis. Portanto, a

literatura é um instrumento que faz o irreal se tornar real tornando algo da imaginação

uma realidade capaz de transformar vidas, habilitando-as plenamente para uma leitura

mais abrangente do mundo. Para tal propósito, optou-se em resgatar brevemente o

percurso histórico da literatura, a institucionalização de seu ensino e dos modelos de

herança cultural perpassado na literatura brasileira. Na análise foram primordiais o

estudo do papel da literatura e da leitura na sociedade, no qual se procurou esclarecer

alguns pontos que podem contribuir ou não para o modo como a disciplina tem sido

concebida pelos alunos do ensino médio e professores. Dessa maneira, propomos

trabalhar com autores, bem como pesquisadores que também se dedicaram aos estudos

de tal temática, tais como: Chartier (1988), Magnani (1989), Candido (1995), Coutinho

(2005), Zilberman e Silva (2008), Barbosa (2010), Lois (2010), Santos (2010), Silva

(2010) e Neves (2013). A metodologia deste trabalho enquadra-se como uma pesquisa

qualitativa no campo da História da Educação, por caracterizar-se de uma extração da

dissertação ainda em fase de execução da autora deste trabalho. Sendo assim, os dados a

serem apresentados serão exclusivamente teóricos, uma vez que a pesquisa dessa

dissertação ainda não foi executada.

Palavras-chave: Literatura. Ensino de Literatura. Leitura.

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TESTEMUNHOS DA CRUELDADE E DA VIOLÊNCIA EM SELVA TRÁGICA,

DE HERNÂNI DONATO

Carolini Cristina Santos ALPE (PG – UEMS/UCG)

Nos últimos anos a obra de Hernani Donato tem sido objeto de uma grande quantidade

de estudos. O romance A selva trágica, de Hernani Donato vem atraindo a atenção de

pesquisadores por diferentes motivos - estéticos-literários, linguísticos, históricos e

econômicos. Assim, interessa-nos saber quais foram as condições de produção de um

discurso literário na década 1950 que possibilitaram que uma história de exploração de

trabalhadores no Mato Grosso pudesse ocupar espaço no imaginário social brasileiro,

uma vez que o romance apresenta no nível do enunciado um testemunho de violência e

crueldade vinculado a um fato supostamente real, passado nas primeiras décadas do

século XX. O objetivo principal da referida pesquisa é refletir em que medida o

testemunho literário das condições de exploração no centro-sul do antigo estado do

Mato Grosso, contribuiu para o debate instaurado na década de 1950 envolvendo duas

frações da classe dominante. A metodologia utilizada será baseada na análise

bakhtiniana do discurso, pois a maneira pela qual o narrador instalado cita os

testemunhos da crueldade e da violência é de grande relevância para o estudo dos

elementos discursivos intrínsecos ao romance. Os resultados esperados com relação a

essa pesquisa apontam para a abertura de uma frente de estudos que tem por objetivo

fornecer subsídios instrumentais para a compreensão da cultura regional a partir do

diálogo com a cultura nacional.

Palavras-chave: Crueldade. Violência. Discurso.

UMA PROPOSTA DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA LITERATURA NO

CONTEXTO DO PROJETO DE EXTENSÃO DESAFIO EXTRACLASSE: UMA

PROPOSTA INTERDISCIPLINAR: INGLÊS, LITERATURA E LÍNGUA

PORTUGUESA

Cinthya Kera BATOLOMEI (G-UEMS/UUC)

Édila de Cássia Souza SANTANA (UEMS/UUC)

Telma de Souza Garcia GRANDE (UEMS/UUC)

Este trabalho tem como objetivo apresentar os resultados parciais obtidos no projeto de

extensão em andamento, Desafio extraclasse: Uma proposta interdisciplinar: Inglês,

literatura e língua portuguesa, com ênfase nos trabalhos desenvolvidos na disciplina de

Literatura. O projeto em sua totalidade tem por objetivo atender as necessidades da

comunidade estudantil do ensino público, Ensino Médio do município de

Cassilândia/MS, e dos futuros licenciados no curso de Letras, que atendendo às

questões de ordem educativa e acadêmica, no que diz respeito ao ensino e extensão,

propõe a monitoria, o ensino e reforço escolar nas disciplinas de Língua Portuguesa,

Língua Inglesa, Literaturas e áreas afins. Em sua abrangência, o projeto é desenvolvido

via parceria entre o curso de Letras da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul,

Unidade Universitária de Cassilândia e a Biblioteca da Indústria do Conhecimento

SESI, unidade Cassilândia. O projeto é ancorado na abordagem interdisciplinar,

partindo dos fundamentos que visa a linguagem e suas construções, em uma perspectiva

social, ideológica, subjetiva, discursiva e pragmática. O mesmo é sustentado nos

princípios dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs Ensino Fundamental e Médio)

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e aliado às Leis de Diretrizes e Bases (LDB) e os direitos da criança e do adolescente

pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Esta comunicação tem o intuito de

apresentar trabalhos desenvolvidos e resultados obtidos relacionados à disciplina de

Literatura, o foco primordial dessa proposta é apresentar/compartilhar os desafios, a

metodologia, os resultados parciais e relevantes nesse contexto, que reforça e enfatiza a

valorização do ensino e aprendizagem na construção da capacidade crítica e

democrática frente aos desafios educativos e sociais.

Palavras-chave: Projeto Interdisciplinar. Literatura. Ensino. Aprendizagem.

PODER X RESISTÊNCIA: O DRAMA SOCIAL E A LUTA PELA

SOBREVIVÊNCIA NO ROMANCE O FIEL E A PEDRA DE OSMAN LINS

Édila de Cássia Souza SANTANA (UEMS/UUC)

Este trabalho tem como objetivo fazer uma análise do romance O fiel e a pedra (1967)

de Osman Lins, analisando a tensão representada pelo drama social e a verdadeira luta

pela sobrevivência diante de situações como latifúndio, exploração de classes e

imposição de valores. O romance narra a história de Bernardo na zona rural nordestina,

tendo por núcleo, as relações conflituosas entre o despótico senhor de terras, Nestor, e

Bernardo, um forasteiro íntegro e altivo. A narrativa contempla aspectos notórios tanto

no contexto de produção da obra, como também, da nossa atual realidade. Aspectos de

um modelo de vigência social formado pelos opressores e pelos oprimidos, gerando

conflitos de ordem social, com alta carga de sondagem humana, visto que o dilema em

que o homem se encontra, vai além dos conflitos externos, contemplando o mal-estar da

modernidade. Assim, o romance em questão aborda a significante recusa da submissão,

violação de valores e honra, diante da força coerciva que o cerca e o tende a manipular.

Para analisar tais questões, utilizaremos como referencial teórico os textos de: José

Paulo Paes, sobre aspectos relevantes da obras de Osman Lins, Leyla Perrone-Moyses

(2002), no texto Modernidade em ruínas, Anatol Rosenfeld (1996), Reflexões sobre o

romance moderno, Theodor W. Adorno (1973) estudos sobre ideologia, Sandra Nitrini

(2001), Poéticas de tensões, Vladimir Ilitch Lenin (1977), estudos das luta de classes, e

Sigmund Freud (2011), O Mal-estar na civilização. Consideramos por fim, que a

narrativa em questão, por meio da luta travada entre opressores e oprimidos, traz à tona

conflitos representados por forças antagônicas que coloca em evidência a luta entre o

bem e o mal. Tal luta, permite a nós leitores um estudo do homem, no que diz respeito a

sua inserção no meio social, nesse caso coercivo, e nos seus princípios éticos e morais.

Palavras-chave: Força coerciva. Opressor. Oprimido. Osman Lins. Modernidade.

O USO DO DICIONÁRIO BILÍNGUE NA SALA DE AULA

Franciele Rodovalho FERREIRA (CAPES/PIBID/G-UEMS/UUC)

Luiz Felipe dos Santos HENRIQUE (CAPES/PIBID/G-UEMS/UUC)

Alessandra Leme VEZZALI (CAPES/PIBID/SED)

Ana Paula Tribesse Patrício DARGEL (CAPES/PIBID/UEMS/UUC)

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Este trabalho apresenta os resultados alcançados por meio das atividades desenvolvidas

durante as aulas de Língua Inglesa na Escola Estadual São José, no segundo semestre de

2015, com a turma do 8º. ano do período matutino.A intervenção teve como supervisora

a professora Alessandra Leme Vezzali e as estratégias de ensino-aprendizagem foram

elaboradas pelos bolsistas do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à

Docência/CAPES do subprojeto de Letras). Baseado nas observações do cotidiano

escolar verificou-se que o aluno tem dificuldade em manusear o dicionário escolar

bilíngue em sala de aula. Dessa forma, procuraram-se algumas soluções para superar

esse problema, a fim de elucidar a funcionalidade do dicionário para o aluno.Para tanto,

foram utilizados os subsídios teóricos e metodológicos de DARGEL (2011). Para poder

realizar essas atividades didáticas, solicitou-se que o aluno trouxesse o dicionário

bilíngue escolar. Como a professora titular da turma estava trabalhando o meio

ambiente como tema transversal, produziram-se algumas atividades que agregassem

tanto a explicação sobre a estrutura (macro e micro) do dicionário como a tentativa de

conscientizar o aluno sobre a necessidade de preservaçãodo meio ambiente e, assim,

modificar atitudes perante o mundo que o cerceia. Por fim, o aluno, ao conhecer os

diversos recursos didáticos do dicionário, teve em mãos um importante auxílio na

compreensão do sentido global do texto e, consequentemente, a ampliação do seu

conhecimento lexical.

Palavras-chave: Ensino-aprendizagem de língua. Dicionário. Meio ambiente.

Ampliação lexical.

O BEIJO NO ASFALTO E O DRAMA DAS RELAÇÕES PRECÁRIAS NO

PALCO DA VIDA CARIOCA

Gilson VEDOIN (UEMS/UUJ/PG-UFG/Fapeg)

Durante sua trajetória artística, Nelson Rodrigues ultrapassou barreiras como tragédias

familiares e preconceitos variados, enfrentando de forma crítica e direta a todas elas,

para, com sua produção artística, se tornar uma das mais expressivas vozes da

dramaturgia contra a falsa moral, a hipocrisia e as mazelas propagadas pelas instituições

de sua época. O anjo pornográfico, sua auto intitulação, transcendeu os limites da

supervalorização humana e construiu seu próprio conjunto de regras, colecionando

desafetos e arrebatando admiradores ao longo de sua carreira. Este trabalho tem como

foco, analisar a obra O beijo no asfalto, publicada nos anos 60, a partir de algumas

concepções estéticas que norteiam o drama moderno, sobretudo no que se refere ao

tratamento do diálogo e a composição das personagens. Para tanto, autores como Peter

Szondy, Iná Camargo Costa, Ângela Maria Dias, Max Horkheimer, Zygmunt Bauman,

Susan Sontag, Ruy Castro, dentre outros, servirão de relevante aporte teórico.

Palavras-chave: Drama moderno. Nelson Rodrigues. O beijo no asfalto.

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A FITOTOPONÍMIA EM MUNICIPIOS DA MICROREGIÃO DE NOVA

ANDRADINA-MS: ALGUMAS REFLEXÕES

Gleberson Pires do NASCIMENTO (G-UEMS)

Renato Rodrigues PEREIRA (PG/UNESP/CNPq)

Os nomes de lugares revelam características do universo físico e humano de que

pertencem. Por isso, ao estudar os topônimos de uma região, o pesquisador pode

descobrir diferentes motivos que levaram o designador a nomear uma localidade. Nesse

trabalho, apresentamos uma análise preliminar sobre os fitotopônimos dos acidentes

humanos da toponímia rural da microrregião de Nova Andradina/MS. Este estudo

resulta em um recorte da pesquisa que estamos realizando para a monografia de

conclusão do curso em Letras Habilitação Português/Inglês, na UEMS – Universidade

Estadual de Mato Grosso do Sul/Unidade Universitária de Cassilândia. Para tanto,

tivemos como objetivos inventariar, classificar e descrever os topônimos do universo

pesquisado, extraído de cartas topográficas do IBGE – escala 1:100.000. Ademais,

orientamo-nos pelos princípios teórico-metodológicos da Toponímia, e pela

metodologia do Projeto ATEMS – Atlas Toponímico do Estado de Mato Grosso do Sul.

Dos 346 topônimos inventariados para o trabalho de conclusão de curso, 26 – 7,50%

são de origem vegetal, ou seja, o estudo dos topônimos do universo pesquisado

evidenciou que a fitotoponímia (nomes de índole vegetal) foi a quarta categoria mais

produtiva da área investigada. Consideramos significativa tal produtividade, mesmo se

tratando de uma quarta colocação, pois, geralmente, as designações de acidentes

humanos costumam possuir mais motivações antroponímicas. Em face da análise dos

dados, a pesquisa revelou a influência de elementos de natureza vegetal na vida das

pessoas e, por consequência, seu reflexo na toponímia, ao evidenciar a relação entre o

homem e o meio em que vive.

Palavras-chave: Léxico. Fitotoponímia. Microrregião de Nova Andradina/MS.

O CINEMA AMERICANO DOS ANOS 80: A IDEOLOGIA REAGANISTA

Gleicy Silva PEREIRA (UEMS/UUC) Gilson Vedoin (UEMS/UUJ/PG-UFG/Fapeg)

O presente artigo tem por finalidade apresentar as várias ideologias existentes por detrás

do cinema e como elas modificam a maneira de pensar de uma sociedade. A

ambientação cultural da sétima arte a torna irremediavelmente associada à sua época de

produção: o cinema é sempre a expressão de sua época. Toda produção cultural é uma

estrutura produtora de discursos e exerce sua atração por meio de artifícios de

subliminaridade em questões de propaganda ideológica, o que visa estabelecer um

imaginário hegemônico de certos grupos e projetos. Nos filmes uma estrutura social

marcada por um convencionalismo moral rígido é demonstrado para os espectadores.

Nesse aspecto, o discurso conservador no final dos anos 1970 aparece no governo

Reagan e posteriormente na cinematografia produzida nessa e em outras épocas a fim de

reconstituir o patriotismo que deixará de ser vigente pela população, e também

recuperar a supremacia e o prestígio perdido pela política de direita tradicionalista. O

cinema dito action movie surge como principal veículo ideológico para difundir os

preceitos do reaganismo. Cenas de ações espetaculares, explosões mirabolantes e lutas

sangrentas se tornam mais que elementos inocentes de um entretenimento

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descompromissado, são armas letais a favor dos grupos socioeconômicos dominantes, e

uma das mais eficientes fórmulas para a propaganda política.

Palavras-chave: Era Reagan. Ideologia. Cinema. Propaganda política.

A CONFIGURAÇÃO DO ESPAÇO E DOS PERSONAGENS EM EU

RECEBERIA AS PIORES NOTÍCIAS DOS SEUS LINDOS LÁBIOS, DE

MARÇAL AQUINO: UMA LEITURA DA VIOLÊNCIA

Ingrid Oliveira MARTINS (G-UEMS/UUC)

Thais Loreyne Rozza GARBELIN (G-UEMS/UUC)

Édila de Cássia Souza SANTANA (UEMS/UUC)

Este trabalho tem como objetivo discutir como ocorre a representação do silêncio e da

violência no romance Eu Receberia as piores notícias de seus lindos lábios (2005), de

Marçal Aquino, com ênfase na configuração do espaço e na constituição dos

personagens no romance. A obra em questão, trata-se de um romance contemporâneo

que narra a história do relacionamento amoroso entre o fotógrafo Cauby e a ex-

prostituta Lavínia. Ele solteiro e ela casada, formando assim um triângulo amoroso, cuja

história se desenrola paralela a outras histórias de amor e também com o conflito

existente entre mineradores e garimpeiros. A história se desenrola com pontadas agudas

de violência, silêncio e melancolia, que interage com o espaço culminando em um

trágico desfecho. Para tal objetivo, faremos um estudo a respeito da ficção brasileira

contemporânea, bem com a forma em que o real é captado e transfigurado pelos autores

contemporâneos em suas obras, por meio dos estudos de Giorgio Agambem e Karl Erik

Schollhammer. Em relação a configuração do espaço e das personagens no romance,

subsidiaremos nossas análises nos estudos de Antônio Candido, Beth Brait sobre a

personagem, Antônio Dimas sobre o espaço. Sobre a representação da violência e do

silêncio, as contribuições de Ronaldo Lima Lins. Consideramos, por fim, o modo como

os personagens inseridos em um espaço cuja atmosfera é mórbida, são marcados pela

violência que consequentemente os silenciam e os fragilizam. A narrativa de Marçal de

Aquino expõe uma série de acontecimentos que não se limita apenas ao plano da ficção,

mas a representação do real e seus caos, portanto, revelador de tudo que é considerado

injusto e opressor.

Palavras-chave: Silêncio. Violência. Marçal Aquino. Ficção brasileira contemporânea.

FORMAÇÃO DE LEITORES ADOLESCENTES A PARTIR DO CINEMA:

VIAS ABERTAS NO IMAGINÁRIO DO ESTRANHO

Ivy GOBETI (PG-UFG/CAPES)

Ao observarmos a intensa evolução do cinema, percebemos que a arte culmina diversos

gêneros e expressões imagéticas. Tanto literatura quanto cinema espalham-se entre seus

públicos pela necessidade de contar e acompanhar histórias. Atualmente, a dinâmica

entre as duas artes passou a colocar o cinema em uma posição que já não se resume

mais em meros roteiros adaptados. Considerando que as relações entre literatura e

cinema não são restritas a teorias e discussões acerca de fidelidade, propomos expor

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uma dinâmica que revela uma constante troca de benefícios, sendo que, em alguns

casos, o cinema empresta à literatura uma atenção original de um público tomado pela

constante exposição a imagens. Os leitores adolescentes são responsáveis por grande

número das aquisições em literatura no Brasil, e em grande parte voltam-se para

expressões contemporâneas da arte que se manifestam em diversas obras

cinematográficas. Monstros, fantasmas, robôs, deuses, heróis, seres meio humanos,

meio mortos ou meio vivos presentes em quadrinhos, roteiros de filmes e afins

despertam o imaginário daqueles que buscam seu espaço entre crianças e adultos, ainda

carentes de um olhar definido sobre si. É crescente a busca deste público por obras

literárias que narrem as imagens e relações que lhes cativam a partir de distintas

expressões artísticas, especialmente do cinema. Em uma busca que chega ao imaginário

desses leitores, encontramos um sujeito em formação, que procura, em seu próprio

estranhamento, vozes para estabelecer um diálogo, consciente ou inconscientemente

associando personagens literários clássicos e desenvolvendo um gosto pela narrativa

que, ao precisar ser expandido, passará ao livro. Estabelecemos algumas obras

cinematográficas adaptadas a partir de séries literárias de sucesso, e outras que se

relacionam com o mundo dos quadrinhos e dialogam com antigos mitos, arquétipos e

narrativas presentes na literatura universal, para análise sob a ótica da teoria do

imaginário. Muito se discute a respeito do desinteresse de crianças e adolescentes pela

literatura, contudo, grande parte dessas discussões remetem ao gosto por cânones,

mesmo em uma esfera específica para as faixas etárias envolvidas. Porém, a

investigação nos mostra que esse público não apenas é leitor frequente, mas também

beneficia todo um segmento editorial que se alimenta dos seus gostos e começa a passar

por caminhos ainda restritamente explorados no Brasil.

Palavras-chave: Leitura. Leitores. Imaginário. Cinema.

UMA ANÁLISE DA MÚSICA UM MUNDO BEM MELHOR NA PERSPECTIVA

DOS DIREITOS HUMANOS

Jorge Augusto LEITE (G-UEMS/UUC/CAPES/PIBID)

Dádiva PAES (SED/CAPES/PIBID)

Telma de Souza Garcia GRANDE (UEMS/UUC/CAPES/PIBID)

Este trabalho tem por objetivo relatar o que foi desenvolvido acerca da temática

“direitos humanos”, com os alunos da escola Hermelina Barbosa Leal, na cidade de

Cassilândia, no subprojeto Letras/Inglês em uma das propostas de estudo do PIBID. A

proposta foi explorar os aspectos dos direitos humanos despertando a razão crítica do

aluno sobre o direito igualitário existencial para todos, expandir os aspectos referentes

ao conhecimento de mundo do aluno e apresentar as influências que a mídia impõe,

assim como, a contribuição da música para o afloramento da razão e do saber. Como

sabemos, os direitos humanos fundamentam-se numa construção histórica e filosófica

que busca, por intermédio da organização e da luta, os direitos e deveres igualitários na

sociedade, dentro de uma perspectiva mais social e seguindo os princípios da cidadania.

Por essa vertente, os recursos midiáticos vêm expandindo o conceito de igualdade entre

as etnias, em busca dos preceitos que regem a legislação. Por isso, um dos campos que

se destacam nesse assunto são as músicas que comportam princípios ideológicos em

suas letras, a fim de transmitir informação e conhecimento referentes às igualdades

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sociais existentes na sociedade. Apresentarei nesta comunicação os procedimentos

metodológicos realizados para apresentação da música “Um mundo bem melhor”.

Palavras-chave: Direitos humanos. Música. Análise.

ANÁLISE DA ABORDAGEM COMUNICATIVA EM LIVROS

DIDÁTICOS EM UMA ESCOLA PÚBLICA EM CASSILÂNDIA

Juliana Rodrigues GOMES (G-UEMS/UCC)

Telma de Souza Garcia GRANDE (UEMS/UCC)

Com o intuito de analisar se há traços da abordagem comunicativa no livro didático de

Língua Inglesa do terceiro ano do ensino médio de uma escola pública, este trabalho

tem como objetivo, de uma maneira geral, apresentar a proposta de uma pesquisa sobre

os livros didáticos visando a qualidade da abordagem comunicativa em uma escola

pública de Cassilândia. Considerando que há um tempo não havia exemplares de livros

didáticos em Língua Inglesa nas escolas públicas do município de Cassilândia-MS, é

importante conhecer qual o tipo de material que está sendo disponibilizado para esses

alunos e de qual maneira está sendo trabalhado em sala de aula. Tomando como

metodologia a linguística aplicada, pretendo analisar a abordagem comunicativa e

verificar se esta aparece nos livros assim como é proposta nos PCNs, principalmente

por se tratar de ensino médio, que exige uma atenção especial e mais detalhada. Assim,

ter como foco de análise o que o livro traz em termos de leitura, escrita, oralidade bem

como a audição e a gramática, inclusive a aplicabilidade desses métodos, tendo como

referência os PCNs da Língua Inglesa e a teoria sobre a abordagem comunicativa.

Palavras-chave: Abordagem comunicativa. Escola pública. Linguística aplicada.

Livros didáticos.

O TEMPO E OS DIVERSOS EUS EM A PARTIDA E ELEGÍADA, DE OSMAN

LINS

Leila Aparecida Cardoso de FREITAS (PG-UFMS)

Embasados em pressupostos da Teoria Literária, propõe-se uma visada analítica acerca

das categorias de narrador, focalização e tempo nos contos de Osman Lins “A partida” e

“Elegíada”. Objetiva-se, assim, estabelecer uma separação entre as visões de mundo do

eu narrador e do eu narrado, em face do foco autodiegético proposto pela teoria de

Gérard Genette. Devido à presença do fluxo de consciência, bem como do conflito

interior que perpassa os narradores em questão, os estudos de Sigmund Freud também

se farão relevantes como contribuição analítica. Para tanto, os textos escolhidos são: O

Mal estar na civilização (1930) e Moisés e o Monoteísmo (1969). Além disso, autores

como Aguiar e Silva (2005); Friedman (2002); Rosenfeld (1996); Benedito Nunes

(1995) e Todorov (2012) também serão convidados à discussão em momentos

oportunos. Sendo assim, os métodos empregados serão os recursos da pesquisa

bibliográfica no âmbito da Teoria e Crítica Literária aliada ao raciocínio relacional, o

que pode resultar na percepção de que o tempo transforma ideológica e

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psicologicamente, ainda que em proporções distintas, os eus narradores dos contos

analisados, distanciando-os dos comportamentos observados nos eus do passado. Por

fim, observa-se que os contos de Osman Lins, por meio da trama arquitetada, chamam o

leitor a refletir sobre sua ambivalência, justificada pelo tempo.

Palavras-Chave: Narrador. Tempo. Osman Lins.

ANÁLISE DA PRÁTICA DAS AULAS DE DUAS PROFESSORAS DE INGLÊS

NOS CONTEXTOS PARTICULAR E PÚBLICO

Lucilene Pires da SILVA (G-UEMS)

Telma de Souza Garcia GRANDE (UEMS/UUC)

Esta comunicação tem o intuito de apresentar a análise da prática de duas professoras de

inglês do ensino médio, sendo uma do contexto particular e outra do contexto público.

Em geral, temos um público diferenciado na escola pública e na escola particular, e de

acordo com esta pesquisa de campo, trabalhamos com a crença de que, na escola

pública, para muitos alunos, o segundo idioma é novidade. Grande parcela de alunos da

escola particular frequentam cursos de idiomas, chegam de certa forma mais preparados

que o aluno da escola pública, que enfrenta alguns problemas que podem ser assim

elencados: a prática da língua alvo ocorre somente dentro da escola, uma vez que

muitos não apresentam condições financeiras para frequentar um curso de idiomas; as

turmas são mais numerosas, o que faz com que o professor enfrente dificuldades de

esclarecer as dúvidas dos alunos, as aulas ocorrem num período curto e não são

suficientes, e o único método utilizado para ensino é o livro didático. Diferente da

escola particular em que os recursos das salas de aulas são adequados para ministrar as

aulas, como sala ambiente, material didático, professores com maior domínio no

idioma. O objetivo dessa comunicação é evidenciar tais problemas observados no

contexto público e particular além de discutir sobre as estratégias de ensino e

aprendizagem da língua inglesa nesses dois contextos.

Palavras-chave: Língua Inglesa. Ensino/Aprendizagem. Escola Particular. Escola

Pública.

O LIRISMO MODERNO DE ZECA BALEIRO

Luis Sander de FREITAS (UEMS/UUC)

A relação que a literatura estabelece com outras manifestações artísticas não é nova, no

entanto, é sempre um assunto interessante a ser trabalhado, considerando-se que temos

vários temas e possibilidades de diálogo, entre eles, literatura e música, nosso foco

nesse trabalho. O intuito dessa análise é de se estabelecer uma ligação entre esses dois

ramos da arte, partindo de pressupostos que evidenciam essa relação: literatura e

música, tendo em vista que o autor Zeca Baleiro lança mão de um título para sua obra –

o álbum denominado Líricas – que denota algo em comum com o gênero lírico, uma

vez que não consta nesta obra nenhuma canção com esse título. Portanto, líricas seriam

as próprias canções, que supostamente podem trazer em sua essência ou em sua forma o

lirismo? O presente trabalho, objetiva evidenciar o lirismo presente no material artístico

do álbum Líricas. Para tanto, em primeiro momento, discutiremos alguns pressupostos

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teóricos que nortearão nossa pesquisa para que possamos estabelecer o conceito de

lirismo que aqui será utilizado – sabemos, antecipadamente, que o conceito desse

gênero literário, com o tempo, sofreu alterações. Em seguida, passaremos à análise das

composições, sempre buscando a existência, ou não, de traços que permitam

evidenciarmos o quanto há de lirismo no material artístico do compositor maranhense

ou por ele selecionado para composição de sua obra.

Palavras-chave: Lirismo. Modernidade. Música. Zeca Baleiro.

ANÁLISE DOS ANGLICISMOS NO DICIONÁRIO GERAL DO PORTUGUÊS

BRASILEIRO: AURÉLIO BUARQUE DE HOLANDA 5.0

Maira de Oliveira FERREIRA (PG-UFMS)

O presente trabalho tem por objetivo principal investigar macroestrutura e a

microestrutura do Dicionário Geral do Português Brasileiro, de Aurélio Buarque de

Holanda Ferreira, em sua versão eletrônica 5.0 a fim de verificar como se organizam as

informações presentes nos verbetes, a coerência na sua estruturação de acordo com o

que foi descrito em seu respectivo prefácio, bem como a clareza das definições e

abonações das entradas. Para tanto, parte do pressuposto de que o uso do dicionário

quando feito de forma adequada é útil para interagir com outras fontes de conhecimento,

já que a compreensão de uma língua vai muito além da competência lexical do leitor; é

preciso também que outras fontes de conhecimento sejam acionadas e usadas

interativamente com o conhecimento lexical. A análise dos verbetes seguirá os seguintes

procedimentos: primeiramente, faremos a exposição dos verbetes selecionados em

forma de recorte para que, assim, seja possível observar a organização no dicionário e,

em seguida, descreveremos as unidades selecionadas. Observamos que houveram

algumas incoerências do que é descrito no prefácio com o que é apresentado nos

verbetes e que a falta de sistematicidade acaba gerando problemas no ato da consulta do

aluno/consulente. As variações apresentadas dificultam o rápido acesso à informação.

Desse modo, percebe-se a falta de um procedimento lexicográfico comum ao

dicionarista. Muitas vezes, ao propor em seu prefácio a adoção de um procedimento que

oriente e facilite a consulta da obra, tal procedimento não é observado criteriosamente,

passando para o consulente uma informação que não pode ser encontrada no interior dos

verbetes.

Palavras-chave: Lexicografia. Metalexicografia. Dicionário monolíngue.

Estrangeirismos.

AS RELAÇÕES ENTRE LITERATURA E CINEMA NO ROMANCE MIGUEL E

OS DEMÔNIOS, DE LOURENÇO MUTARELLI

Marília Corrêa Parecis de OLIVEIRA (G-UNESP/IBILCE)

Literatura e cinema sempre estiveram em constante diálogo, entre imagens e palavras. O

cinema, ao constituir-se como detentor de uma linguagem própria e ligado a um

ambiente necessariamente urbano e moderno, dado o seu contexto de criação no final do

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século XIX, serviu como fonte de inspiração para a literatura experimental do século

XX, sobretudo pelo seu caráter de linguagem descontínua e dinâmica. Este trabalho

pretende, portanto, analisar alguns procedimentos do romance Miguel e os demônios, de

Lourenço Mutarelli, publicado em 2009, que dialogam com procedimentos da

linguagem cinematográfica. Visamos, assim, identificar e investigar, em suas funções e

efeitos de sentido, de que maneira o texto literário apropria-se de recursos da linguagem

visual para constituir-se como literatura, como, por exemplo, com a utilização do foco

narrativo que Friedman (2002) denomina câmera e de procedimentos na narrativa que

remetem ao conceito de montagem cinematográfica, introduzido por Einsenstein (2002)

no início do século XX, durante o movimento que ficou conhecido como cinema de

montagem soviético. O romance de Mutarelli, por meio da utilização desses

procedimentos, produz uma narrativa objetiva, na qual o narrador funciona como uma

câmera que, subitamente, muda sua atenção de foco e registro. No entanto, o ato de

recortar e montar não é um ato sem sujeito: sabemos que o sujeito está presente na

escolha dos elementos, selecionando da paisagem os seus traços mínimos,

fragmentando-a, assim como, fragmentado, também seleciona de si o mínimo possível

para dizer.

Palavras-chave: Cinema. Literatura. Lourenço Mutarelli.

O USO DA MÚSICA NO ENSINO DA LÍNGUA INGLESA

Paulo Ricardo Nunes Paulino FREITAS (G-UEMS/UUC/CAPES/PIBID)

Claudia Alquimin GONÇALVES (SED/CAPES/PIBID)

Telma de Souza Garcia GRANDE (UEMS/CAPES/PIBID)

O projeto tem como objetivo trazer a língua inglesa para mais perto do aluno, fazendo

parte do seu dia-a-dia. Fazer os alunos se interessarem pela língua aumenta as chances

de termos futuros falantes dela. O despertar dessa vontade é o principal objetivo desse

projeto, que foi desenvolvido com os alunos do 1° ano do EM na Escola Estadual

Hermelina Barbosa Leal. A atividade tem como principal fundamentação teórica, os

trabalhos de Gfeller (1983) e Gainza (1998). Gfeller defende que “a música e o ritmo

ajudam o indivíduo a adquirir uma segunda língua, pois auxiliam na memorização” e

Gainza aponta que “a música auxilia o aluno à utilizar ativamente a linguagem verbal e

este representa modos próprios de assimilar o conteúdo das músicas”. Para que isso seja

possível, nós, envolvidos no projeto (aluno e professora supervisora), escolhemos

músicas com o vocabulário e/ou regras que foram ensinados em sala de aula e usamos a

música para colocar tudo isso em prática (com o auxílio do dicionário para sanar as

dúvidas das palavras desconhecidas). Sendo assim, o aluno pratica a habilidade de

listening ao ouvir a música e a habilidade de speaking ao, junto com a letra, cantar a

música. Espera-se que os alunos consigam cantar as músicas ou, ao menos, ouví-las e

conseguirem assimilar o que significa tal palavra, o sujeito e o verbo que é usado na

música, e, por fim, o que a música quer significar.

Palavras-chaves: Música. Língua inglesa. Inglês instrumental.

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UMA LEITURA DE THELMA E LOUISE, DE RIDLEY SCOTT, SOB A

PERSPECTIVA DOS ESTUDOS DE GÊNERO

Rayane SILVA (G-UEMS/UUC)

Gilson VEDOIN (UEMS/UUJ/PG-UFG-Fapeg)

O presente trabalho almeja evidenciar a visão social construída em torno da imagem

feminina por intermédio de um exame cinematográfico do filme “Thelma e Louise”

(1991) produzido e dirigido por Ridley Scott. Compreende-se que o filme apresenta no

seu conteúdo diegético críticas à sociedade de caráter patriarcal, tal afirmação pode ser

constatada a partir da análise das personagens e do espaço da narrativa. Nesse ponto, a

teoria de Henry James, sobre a natureza da personagem literária, bem como os estudos

de gênero balizados pelas teorias de Ruth Sabat e Margareth Rago, fornecerão um

valioso auxílio no estudo da obra cinematográfica em questão.

Palavras-chave: Personagem. Feminino. Gênero.

PROJETO: “HELP, ENGLISH FOR ALL”; BASIC I

Stefania Barbosa SALES (G-UEMS/UUC)

Telma de Souza Garcia GRANDE (UEMS/UUC)

O projeto BASIC I está inserido no projeto “HELP, ENGLISH FOR ALL” que tem por

objetivo possibilitar que alunos da comunidade cassilandense de baixa renda possam

estudar a língua inglesa gratuitamente. O projeto English Basic I tem como foco

motivar os alunos a se comunicar na língua inglesa, tanto de forma oral quanto escrita,

desenvolvendo as habilidades: falar, ouvir, ler e escrever, além de procurar atender as

funções sociais, intelectual e desejo dos alunos em aprender a língua alvo. Nas aulas são

abordadas as quatro habilidades, sendo assim, o material didático é elaborado de acordo

com os "needs" e "wants" dos alunos, ou seja, é elaborado pelo professor mediante o

conteúdo apropriado para a faixa etária "children" (9 aos 12 anos), porém com as

escolhas de práticas de ensino sugeridas pelos alunos. A abordagem de ensino utilizada

é a comunicativa, no intuito de motivar a língua alvo para a comunicação, desta forma

são apresentadas práticas motivadoras para o ensino do idioma como músicas

escolhidas pelos alunos, além da prática de diálogos em inglês por meio de

dramatizações em sala de aula. Esta comunicação, portanto, tem o intuito de apresentar

o desenvolvimento da prática pedagógica do projeto, assim como o seu resultado

positivo quanto ao ensino e aprendizagem da língua inglesa.

Palavras chave: Ensino/Aprendizagem. Língua Inglesa. Abordagem Comunicativa.

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ENSINO DA LÍNGUA ESTRANGEIRA POR MEIO DA MÚSICA COM FOCO

NA INTERDISCIPLINARIDADE

Telma de Souza Garcia GRANDE (UEMS/UUC)

Os termos escola, cultura e sociedade estão ligados, pois ambos são intermediados pelo

ser humano. Para Moran (2000) o ensino torna-se um “processo social mediado e

inserido em cada cultura, com suas normas, tradições e leis, mas também é um processo

profundamente pessoal. Segundo Oliveira (1997), a relação do aluno com o mundo é

mediada pelos instrumentos e símbolos desenvolvidos no interior da vida social escolar,

sendo assim, a escola deve estar integrada com o universo no qual o aluno está inserido,

“respeitando os saberes dos educandos” como aborda Freire (1986). Baseada nessas

crenças teóricas voltadas ao ensino de língua estrangeira, pretendo nesta comunicação,

apresentar uma experiência de integração do ensino da língua inglesa ao mundo musical

do aprendiz, respeitando a maneira como ele deseja aprender, suas crenças e apreciações

como proposta motivadora de ensino e aprendizagem da língua inglesa.

Palavras chave: Ensino. Aprendizagem. Música. Interdisciplinaridade.

A CATEGORIA TEMPORAL COMO ELEMENTO MODERNO EM

MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS, DE MACHADO DE ASSIS

Vitor Batista JANUARIO (G-UEMS)

Este trabalho tem como objetivo analisar a categoria de tempo, na obra Memórias

Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, elencando as diversas técnicas de

distorção temporal empregadas no interior da narrativa. Com isso, observa-se que,

apesar de ser possível estabelecer certa continuidade na narrativa pelo enlaçamento dos

acontecimentos narrados, não se observa o mesmo com o tempo, o qual, nesse sentido, é

relativizado, fragmentado, tratado de forma subjetiva, e, em última instância,

esfacelado. E isto se dá, entre outros recursos, justamente pelo confronto entre a ordem

de disposição dos acontecimentos narrados e a ordem da narrativa, no emprego das

chamadas anacronias (analepses e prolepses), bem como pela relação de duração

temporal entre essas instâncias – história narrada e ato narrativo – no emprego das

anisocronias (aqui especificamente o resumo e a pausa), eliminando assim a sucessão

temporal e a linearidade cronológica (muito embora várias datas sejam mencionadas),

marca estrutural indispensável nos romances tradicionais. Dessa maneira, constata-se

que tais recursos de manipulação do tempo colocam a obra em questão em diálogo

direto com concepções romanescas modernas do século XX, mesmo sendo uma obra

considerada marco inaugural do Realismo no Brasil. Recorremos, nesse intuito, aos

teóricos literários Anatol Rosenfeld e Gérard Genette como sustentação teórica para a

análise da presente obra.

Palavras-chave: Tempo; Romances tradicionais. Concepções romanescas modernas.

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