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Meyre Maya

Sobre Amizade e Amor

2ª Edição

CuritibaEdição do Autor

2015

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Copyright © by Meyre Maya

Todos os direitos reservados.

– É PROIBIDA A REPRODUÇÃO –

Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida, copiada, transcrita ou mesmo transmitida por meios eletrônicos ou

gravações, assim como traduzida, sem a permissão, por escrito, da autora. Os infratores serão punidos pela Lei nº 9.610/98.

Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e acontecimentos descritos são produtos da imaginação do autor.

Qualquer semelhança com nomes, datas e acontecimentos reais é mera coincidência.

2ª Impressão/ 2015

Projeto Gráfico e diagramação: Giselle VieiraFoto: Bev Lloyd-Roberts LRPS | (BeverlyLR ) FreeImages

Capa: Giselle VieiraPreparação e revisão de texto: Giselle Vieira

[Maya, Meyre]

Sobre Amizade e Amor/ Meyre Maya – Curitiba /2015

Registro na Biblioteca Nacional: Nº 459374, em 27/05/2009.

1. Literatura Brasileira. I. Título2. Romance.

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Dedicatória

Este livro é dedicado a duas grandes amigasque me apoiaram e me incentivaram a publicá-lo!

Obrigada Taty e Marissol.

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Sumário

Dedicatória...............................................5Capítulo 01...............................................9Capítulo 02.............................................19Capítulo 03.............................................27Capítulo 04.............................................37Capítulo 05.............................................47Capítulo 06.............................................61Capítulo 07.............................................69Capítulo 08.............................................79Capítulo 09.............................................87Capítulo 10.............................................95Capítulo 11...........................................105Capítulo 12...........................................113Capítulo 13...........................................125

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Nada na vida de Maysa Cortez era fácil, muito menos sua entrada para a Faculdade, principalmente por ter optado por uma área tão requisitada quanto

a de Psicologia, no entanto, havia pessoas que pensavam o contrário, como a irritante Carla Linhares. Boatos começaram a ser espalhados pelo Campus e se resumiam em seu estranho relacionamento com Alan Gutherres que, na verdade, tratava-se de seu melhor amigo.

As provocações de Carla se tornaram cada vez mais frequentes e Maysa sabia exatamente o motivo. A jovem tinha um grande interesse em Alan e este nem sequer lhe dava atenção! Ela o conhecia bem o suficiente para dizer qual o tipo de garota o atraía... Quais as coisas que mais gostava ou detestava, bem como seus desejos e anseios. Pensando bem, sabia mais sobre Alan do que de si mesma!

Se uma mulher se interessasse por ele, certamente teria de gostar de basquete, porque Alan amava esse esporte ao ponto de se esquecer de qualquer compromisso para participar de uma partida com seus amigos. Maysa ainda se lembrava com perfeição da primeira namorada de Alan,

Capítulo 01

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que por não aguentar tal situação o encostou “na parede” e mandou que escolhesse entre ela ou o esporte... E ouviu na mesma hora que ele preferia continuar jogando.

Uma vez Maysa chegou a perguntar ao amigo o motivo pelo qual gostava tanto de basquete e ele lhe disse que somente naqueles momentos em que estava correndo, driblando e fazendo cestas é que se sentia livre, então entendeu perfeitamente a importância do jogo para Alan. Desde então, tornou-se uma tradição vê-lo jogar, mesmo que fossem apenas as finais de campeonatos escolares e receber como agradecimento cestas de três pontos por parte dele.

— Como foram suas aulas? – O jovem de olhos castanho-esverdeados e cabelos lisos cor de amêndoa perguntou.

— Poderia ter sido melhor! – Veio à resposta por parte de Maysa. Seus olhos castanhos escuros se encontraram com os dele. — Carla tem me atormentado o tempo inteiro. – Resmungou enquanto amarrava os cabelos cacheados em um rabo de cavalo.

— Ainda não entendo por que ela deu para pegar no seu pé. – Alan se fez de inocente.

— Com certeza não sabe! – Bateu com a palma de sua mão direita levemente no braço do rapaz. — Por que não dá uma chance pra ela?

— Qual é May! Você sabe que odeio patricinhas. – Disse ofendido.

— Pelo menos aliviaria meu lado. – Ela sussurrou dando um risinho. — Vai ter jogo hoje?

— Como você é egoísta... – Fingiu-se de indignado e então sorriu, segurando a mão de Maysa e a puxando até o carro. — Foi adiado para amanhã, às 16 horas.

— E pelo que estou percebendo tem alguém que vai direto para minha casa filar boia. – Maysa disse antes de entrar no veículo.

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— Mas é claro! Acha mesmo que iria perder a oportunidade? – Alan questionou como se não fosse óbvio e deu a partida. — Você tem mãos de anjo para cozinhar, é uma delícia seu tempero!

— Aconteceu alguma coisa? Quando você procura ir direto para minha casa depois das aulas, é porque tem algo no ar. Quer falar a respeito, Alan?

— Tive outra discussão feia com meu pai! – Não foi necessário dizer mais nada.

— Eu já te disse tantas vezes... – Maysa olhou seriamente o outro. — Minha casa pode ser pequena, mas te abrigaria numa boa!

Alan não disse nada em resposta.Passaram o restante da viajem em silêncio. Maysa

tentava entender o motivo pelo qual o amigo aguentava aquela situação, já que tinha um lugar para ir caso necessário, mas Alan procurava esconder seus mais íntimos desejos e isso a intrigava. Por que ele nunca respondia sobre sua oferta?

❦❦❦

A manhã seguinte passou como um borrão para ambos devido aos estudos e ao se encontrarem foram direto para o ginásio de esportes de São José, para a partida que estava para começar.

Foi um jogo maravilhoso na opinião de Maysa, porque não somente seu melhor amigo, mas toda a equipe estava no clima para ganhar! Os dribles e estratégias para conter os adversários funcionaram perfeitamente e cada cesta de três pontos realizada por Alan era ofertada para Maysa com um apontar de dedo em sua direção. O final do jogo foi de 160 a 130, sendo o time de Alan vencedor, o que deixou muitos fãs do time adversário insatisfeitos.

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Aos poucos o ginásio se esvaziou, deixando apenas uma Maysa a espera do cestinha da equipe. Estava tão entretida em seus pensamentos que nem mesmo percebeu a aproximação de um de seus amigos.

— Sabe que ainda não consegui entender como consegue se sentir bem ficando sozinha pelos cantos. – Foi o comentário vindo do loiro sentado ao seu lado.

— Fui acostumada assim! – Respondeu simples e gentil. — E por que você está andando por aí feito uma raposa prestes a pegar sua presa, Léo?

— Ei! A culpa não é minha se fica aí sonhando! – O rapaz de olhos azuis claros cruzou os braços sobre o peito, na defensiva. — Eu já estava de saída quando te vi aqui sentada. Todo mundo já saiu, só ficou o Alan no vestiário. Por que não vai lá?

— Prefiro esperar aqui mesmo! – Maysa disse.— Ele me pediu para te fazer companhia, mas a

Pâmela está me esperando pra gente ir ao cinema, então... – Fez uma pausa enquanto se levantava. — É para ir até lá.

— Se é assim... – Maysa se levantou e se despediu de Leonardo.

Sua maior preocupação era invadir a privacidade de Alan, pois não queria pegar o outro quase sem roupas... Na verdade não entendia porque estava se preocupando com isto quando já o havia visto apenas de cueca. Ao entrar no recinto, pode visualizar um rapaz moreno claro com seus 1,85 metros de altura e cabelos lisos completamente molhados e pingando sobre os ombros nus, vestindo uma regata branca e calça jeans azul.

— Desculpe te fazer esperar por tanto tempo. – Alan disse concentrado em amarrar o tênis.

— Sem problemas! Não acho uma boa ideia ficar entrando aqui, Alan. – Era um lugar apenas para homens afinal de contas.

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— Lá vem à conduta toda certinha de Maysa Cortez. – O outro comentou rindo. —Só estou eu aqui, May.

— Mesmo assim! É errado. – Ela olhou para o chão por um momento antes de voltar sua atenção novamente ao amigo. — Se minha mãe estivesse viva, falaria que é falta de respeito...

— Um homem e uma mulher dividirem o mesmo espaço, ainda mais quando estão sozinhos? – Ele completou. — Qual é May... Não sou um bicho papão!

— Há! Há! Engraçadinho. – Resmungou, sentando-se finalmente ao lado do outro. — A Carla me mandou ficar longe de você.

— E por que, se somos amigos? – Levantou a cabeça, demonstrando seriedade em sua face. — Essa garota está me deixando realmente com raiva.

— Eu disse isso para ela, mas não acreditou... Veio com um papo idiota de que você se faz de bonzinho para pegar mulheres ingênuas. – Balançou a cabeça de um lado para o outro, falando em seguida com voz sofredora. — Coitada de mim... Estou do lado de um garanhão.

Os dois se entreolharam e riram.— E você não tem medo do garanhão aqui? – Alan

perguntou, apertando as bochechas de Maysa.— Claro... Que não! – Deu um tapa na mão do outro,

massageando as bochechas. — Eu odeio quando faz isto.— Acho que é por este motivo que ainda faço. – Sorriu

ainda mais. – Te irritar a certo ponto é divertido. – Fez uma careta. — Mas não o suficiente para te ver realmente furiosa.

— Oh! Ainda bem que você sabe quais são as consequências se me deixar irritada demais. – Mostrou-lhe a língua. — Pare de se enrolar, Alan... Nós temos que ir.

— Mas que merda! Esqueci que ainda faltava colocar o outro par. – Alan bateu a palma da mão na cabeça.

— Tem uma coisa que queria entender... – Maysa

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hesitou e pensou um pouco antes de falar a respeito. — Por que a Carla quer tanto ficar com você, mesmo sendo inúmeras vezes rejeitada?

— Provavelmente por ser um bom status para ela. – Veio à resposta rápida e precisa por parte de Alan.

— Será que uma profissão não é melhor que ficar correndo atrás de homem? – Maysa não estava conseguindo entender o raciocínio de Alan.

— No caso dela e de muitas outras não! – Ao terminar de se arrumar, ele faz um aceno com a cabeça em direção à porta. — Atualmente é difícil encontrar pessoas que pensem como você, May. Muitas mulheres preferem achar um cara rico e se casar para viver na mordomia e sem precisar trabalhar.

— É ridículo viver à custa de outra pessoa... Pensar que nada do que adquiriu saiu de seu próprio trabalho. – Falou pensativa, enquanto saíam do ginásio.

— O pior que tem muitos homens que pensam da mesma maneira. – Um suspiro alto saiu dos lábios de Alan. — Sabemos que meu pai e irmão são assim.

Maysa odiava quando a conversa acabava tendo como exemplo a família dele, não somente por detestá-los, mas por ver como este assunto o deixava. Conheceu Alan no dia em que sua mãe aceitou trabalhar na casa dos Gutherres e desde o momento em que eles se viram pela primeira, a empatia foi imediata e por fim uma amizade se formou.

Maysa viveu na mansão dos quatro até os 14 anos de idade. Só não continuou naquele lugar porque a mãe de Alan faleceu e com isso o pai dele decidiu mandar a família Cortez embora para impedir que o filho e Maysa continuassem amigos, no entanto, isso apenas serviu para que ficassem ainda mais perto um do outro!

Aos 16 anos Maysa perdeu sua mãe e teve de assumir a responsabilidade de educar seu irmão e sustentar a casa.

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E novamente Alan, que na época tinha 17 anos estava por perto para ajudá-la.

Os pensamentos de Maysa tomaram um rumo diferente quando chegaram a sua casa, um ambiente aconchegante e acolhedor. Sua vontade era de um dia comprar aquele imóvel para não precisar pagar mais o aluguel.

O almoço transcorreu tranquilamente, em especial porque Alan havia esquecido, no decorrer da conversa, a própria família e agora se divertia falando a respeito de seu mais novo apelido. Após a refeição os dois se dirigiram para a sala e se sentaram no enorme sofá para que Alan pudesse, como de costume, deitar encostando a cabeça em seu colo.

— May! O que você acha de eu ser o seu primeiro paciente?

— Você não precisa de uma psicóloga enquanto tiver uma amiga.

— Em parte é verdade, mas te ajudaria em algumas matérias e a adquirir experiência na área também. – Disse fechando os olhos, sonolento devido à carícia em seus cabelos e sussurrou. — Eu tive um sonho esta noite.

— Que tipo de sonho, Alan? – Quis saber.— Bem... Eu estava em uma casa muito bonita, toda

decorada no estilo indiano e de repente apareceu uma mulher... Ela estava com um traje daqueles de dança do ventre.

— Estranho! Porque a dança do ventre é árabe e não indiana. – Maysa franziu a testa ante aquela informação.

— Eu sei... Mas vai que ela é daquelas que gosta das duas coisas assim como você? – Questionou.

— Desculpe por te interromper! – Sorriu. — Continue.— Eu a vi se dirigir até o som e colocar um CD. Não

lembro direito como era a música, mas... Ela começou a dançar na minha frente como se quisesse me seduzir e bem...

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Eu não consegui resistir. — Me poupe dos detalhes sórdidos, Alan. – Disse

ficando envergonhada.— Acha mesmo que eu te daria detalhes? – Abriu os

olhos para prestar atenção a reação de sua amiga. — Este tipo de detalhes eu deixo para o Léo. – Deu uma piscadinha, voltando em seguida a fechar os olhos. — Precisava ver como eram lindos os olhos dela, pareciam duas joias brilhando!

— Ela dançava sensualmente e você prestou atenção nos olhos? – Sua voz demonstrou toda a incredulidade.

— É claro que eu prestei atenção em tudo, mas os olhos... Eles me hipnotizaram.

— E como era essa mulher com poder de te deixar abalado? – Perguntou voltando a massagear os cabelos de Alan.

— Morena clara de cabelos castanhos escuros e cacheados que iam até a metade de suas costas, devia ter pelo menos 1,60 metros de altura. Um chamado ao pecado!

— Ouvindo você falando assim até parece que ela é real.

— Dá essa impressão? – Sua voz saiu levemente preocupada.

— Bem... Eu diria que a conhece devido à forma como foi descrita. – Foi sincera.

— Na verdade... É a mulher mais atraente e envolvente que eu vi em toda minha vida. – Suspirou.

— Não quer me dizer quem é? – Maysa achou estranho aquele comportamento, pois Alan nunca havia lhe escondido nada até aquele momento.

— Ela é a min...! – Ele ficou calado por uns minutos. — Não vai adiantar eu te dizer... – Levantou-se rapidamente. — Não é uma conhecida sua.

— Está me escondendo alguma coisa, Alan. – Ela estreitou os olhos, não gostando nada da repentina mudança

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de assunto.— Eu preciso ir! Sabe como meu pai é... Deve estar

revoltado comigo. – Passou os dedos pelos os cabelos, nervoso.

— Esta situação tem que mudar Alan. – Maysa colocou as mãos na cintura. — Não gosto da maneira que ele te trata. Odeio te ver triste e deprimido!

— Eu sei! Sabe que estou procurando um lugar. – Volta a passear os dedos nos cabelos. — Ele me odeia porque ao olhar para mim se lembra dela...

— E o seu irmão? – Queria saber se Igor também o estava maltratando.

— Por que você sempre tem que perguntar dele? – Sua irritação se tornou evidente neste momento.

— Porque eu me preocupo com tudo que se refere a você. – Maysa se aproximou para abraçá-lo, mas foi repelida de imediato.

— Não precisa mentir para mim. – Rangeu os dentes.— Lá vem você com a ideia idiota que eu sou

apaixonada por ele. – Já estava ficando indignada com isso. Não tinha feito nada de errado para ele agir dessa maneira com ela.

— Alguma vez você beijou o Igor? – Ele perguntou ríspido.

— Alan... Eu nunca beijei seu irmão e nem pretendo. – Falou em tom macio.

— Desculpe! – Pediu e deixou seu corpo cair pesadamente no sofá, escondendo o rosto nas mãos. — É que eu fico com raiva só de ouvir o nome dele.

— Calma! – Pediu, aproximando-se com jeitinho, seus dedos agora acariciando os cabelos de Alan. Adorava tocar neles!

— Preciso ir mesmo, May. – Mencionou depois de um bom tempo sentindo aquele cafuné.

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— Eu sei. – Foi tudo que conseguiu dizer.— Vai ficar bem aqui sozinha?— Sempre fiquei bem, não é? – Sorriu. — Não precisa

se preocupar.— Como não vou gatinha? – Deu uma piscadinha.— Eu já mandei tomar cuidado comigo garanhão. –

Brincou, despedindo-se dele com um sorriso.