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UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOLOGIA DO TRÂNSITO RAELLANY RODRIGUES DIAS A ANSIEDADE COMO FATOR DE REPROVAÇÃO PARA OBTENÇÃO DA CNH MACEIÓ AL 2014

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UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOLOGIA DO TRÂNSITO

RAELLANY RODRIGUES DIAS

A ANSIEDADE COMO FATOR DE REPROVAÇÃO PARA OBTENÇÃO

DA CNH

MACEIÓ – AL

2014

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RAELLANY RODRIGUES DIAS

A ANSIEDADE COMO FATOR DE REPROVAÇÃO PARA OBTENÇÃO DA CNH

Monografia apresentada à Universidade Paulista/UNIP, como parte dos requisitos necessários para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Psicologia do Trânsito. Orientador: Prof Ms. Alessio Sandro de Oliveira Silva

MACEIÓ – AL

2014

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RAELLANY RODRIGUES DIAS

A ANSIEDADE COMO FATOR DE REPROVAÇÃO PARA OBTENÇÃO DA CNH

Monografia apresentada à Universidade Paulista/UNIP, como parte dos requisitos necessários para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Psicologia do Trânsito.

APROVADO EM ____/____/____

________________________________________________________

PROF MS. ALESSIO SANDRO DE OLIVEIRA SILVA

ORIENTADOR

_______________________________________________________

PROF. DR. LIÉRCIO PINHEIRO DE ARAÚJO

BANCA EXAMINADORA

________________________________________________________

PROF. ESP. FRANKLIN BARBOSA BEZERRA

BANCA EXAMINADORA

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus qυе permitiu tudo isso acontecesse, e ао longo da

minha vida por ter me dar saúde, força para superar todos os obstáculos e conseguir

atingir minhas metas.

A minha mãe Roselly heroína qυе mim dar apoio, incentivo nas horas difíceis, de

desânimo е cansaço.

A esta universidade, sеυ corpo docente, direção е administração qυе oportunizaram

а janela qυе hoje vislumbro υm horizonte superior.

Agradecer a todos que fazem parte da Autoescola Delmiressse que me receberam

de braços apertos e juntos realizamos essa pesquisa.

E a todos qυе direta оυ indiretamente fizeram parte dessa minha nova fase, о mеυ

muito obrigada.

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DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho e como tudo que faço na minha vida ao meu “PAI - Raimundo

Nonato”, porque sei que onde estiver ficará feliz e por todas as minhas conquistas.

Dedico também a minha “MÃE - Roselly” que é uma grande mulher e por sempre

acreditar em mim.

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RESUMO

A ansiedade é um estado emocional com componentes psicológicos e fisiológicos, em situações ameaçadoras, quando enfrentada pode levar o indivíduo a emitir resposta de luta, funga ou um mecanismo psicológico de defesa para diminuí-la. Esse estado faz parte do espectro normal das experiências humanas, sendo propulsora do desempenho. Foi através do alto nível de reprovação que surgiu o interesse em aprofundar o conhecimento sobre a temática a ser abordada, pesquisa teve como objetivo Identificar quais os fatores além da ansiedade que influenciam a reprovação dos candidatos na prova prática da Carteira Nacional de Habilitação – CNH, a pesquisa foi realizada na cidade de Delmiro Gouveia- Al na Autoescola Delmirense. Para abordar o referido tema e alcançar os objetivos propostos foi delineada uma metodologia descritiva, visando proporcionar maior familiaridade com o objeto de estudo da pesquisa, com vistas a torná-lo mais explicito tendo caráter qualitativo e quantitativo. Participaram da pesquisa 18 candidato ambos os sexos voluntários, onde foram realizado um questionário semi-estruturado para obter o conhecimento de outros fatores que poderiam influenciar na reprovação dos candidatos a CNH. Verificou que a ansiedade tem um fator primordial mais faram encontrados vários fatores que pode influenciar na reprovação primeiro foi o tempo que os candidatos esperam para ser realizada a prova que devido o numero de vagas que são poucas, segundo há uma distância onde a prova é realizada como o também o local onde é realizada a prova; e os examinadores transmitem muita insegurança e medo pois as vezes tratam os candidatos frios e ignorantes deixando mais nervoso que estão. Palavras-chave: Reprovação, CHN, Examinadores.

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ABSTRACT

Anxiety is an emotional state with psychological and physiological components in threatening situations, that when faced can lead an individual to issue response fight, escape, or a psychological defense mechanism to decrease it. This state is part of the normal spectrum of human experience, being propulsive to performance. It was through the high level of disapproval that came the interest in furthering knowledge about the topic being addressed, the research aimed to identify the factors, beyond anxiety, that influence the reproach of the candidates in the practical proof of the National Driver's License – CNH, the research was conducted in the city of Delmiro Gouveia – AL, at the Auto School Delmirense. To approach the referred theme and achieve the proposed objectives was outlined a descriptive methodology , aiming to provide greater familiarity with the subject matter of the research, in order to make it more explicit with a qualitative and quantitative character. Eighteen candidates participated of the research, volunteers from both sexes, where a semi-structured questionnaire was conducted to obtain the knowledge of other factors that could influence the candidates’ disapproval to their driver’s license. It was found that anxiety is a major factor, but several factors that can influence the failure were found. First there was the long time that candidates wait to make the proof due the reduced number of vacancies, second there is a distance from where the proof is done as well the place where the proof is done; and also the examiners transmit a lot of insecurity and fear, because sometimes they treat the candidates coldly and being ignorant letting the candidates even more nervous than what they already are. Key-words: Disapproval, Driver’s License, Examiners

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Gráfico 01: Dificuldade nas aulas práticas ............................................................ 27

Gráfico 02: Às 20 horas de aula prática eram suficientes para aprenderem a

conduzir o carro e ser aprovado ......................................................... 28

Gráfico 03: Sintomas apresentados por os candidatos quando entram no

carro. .................................................................................................. 28

Gráfico 04: Dificuldade que candidato encontrou na prova. .................................. 29

Gráfico 05: Estratégias utilizadas para diminuir a ansiedade. ............................... 30

Gráfico 06: Formas de como examinador abordou o candidato na prova. ............ 31

Gráfico 07: Resultados da prova da baliza ............................................................ 31

Gráfico 08: Resultados da prova Final .................................................................. 32

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 10

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 13

2.1 Conceito de Ansiedade ..................................................................................... 13

2.2 Fisiologia da Ansiedade ................................................................................... 15

2.3 Diferença entre Ansiedade e Medo ................................................................. 17

2.4 Histórico da Psicologia do Trânsito ................................................................ 18

2.5 Atuação do Psicólogo de Trânsito na Atualidade .......................................... 22

3 MATÉRIAIS E MÉTODOS .................................................................................... 25

3.1 Ética .................................................................................................................... 25

3.2 Tipo de Pesquisa ............................................................................................... 25

3.3 Universo ............................................................................................................. 25

3.4 Sujeitos da Amostra .......................................................................................... 25

3.5 Instrumentos de Coleta de Dados ................................................................... 25

3.6 Planejamento para Coleta dos Dados ............................................................. 26

3.7 Planejamento para Análise dos Dados ............................................................ 26

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 27

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 34

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 35

APÊNDICE ................................................................................................................ 37

10

1 INTRODUÇÃO

A ansiedade é um estado emocional com componentes psicológicos e

fisiológicos, em situações ameaçadoras, quando enfrentada pode levar o indivíduo a

emitir resposta de luta, funga ou um mecanismo psicológico de defesa para diminuí-

la. Esse estado faz parte do espectro normal das experiências humanas, sendo

propulsora do desempenho.

Pressão, tensão, ansiedade, medo são sensações que normalmente fazem

parte de processos seletivos concorridos, isso acontece devido aos velhos

paradigmas que as pessoas carregam ao longo dos anos em relação ao processo

de admissão, o humor dos examinadores e muitos outros fatores.

As provas práticas do DETRAN para obtenção da Carteira Nacional de

Habilitação (CNH) são temidas pelos candidatos, às vezes o candidato, com

condições suficientes para conseguir passar no exame, acabam fracassando devido

ao nervosismo e a ansiedade que toma conta das pessoas no momento da prova

prática.

Fazer o carro se mover pode ser fácil, mas o difícil é dirigir como manda o

Código Brasileiro de Trânsito. Segundo o portal G1 (2012) em cada três candidatos

são reprovados nos exames para obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no

Distrito Federal. Dados da Secretaria de Segurança Pública mostram que no

primeiro semestre de 2012 o índice de reprovação foi de 34,4% nas avaliações

prática. De acordo com dados da secretaria publicados no Diário Oficial do DF, entre

janeiro e junho 2012, 53.473 pessoas fizeram o exame prático na capital e 18.397

dos candidatos foram reprovados.

Segundo Silva (2011) pelo menos 2,6 mil candidatos à Carteira Nacional de

Habilitação (CNH) são reprovados mensalmente no exame de direção veicular em

Uberlândia. A média de reprovação atinge 65% dos cerca de 4 mil candidatos que

realizam o exame a cada mês no Departamento de Trânsito de Minas Gerais

(Detran-MG). A média é a mesma registrada em Belo Horizonte. No exame de

legislação, o índice de reprovação é de 30%. Em Minas Gerais são 5 milhões de

habilitados para 7 milhões de veículos.

Foi através de pesquisas e o alto nível de reprovação na autoescola

Delmirense que surgiu o interesse em aprofundar o conhecimento sobre a temática

a ser abordada e verificar outros fatores que levam a reprovação da prova prática da

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CNH.

Para abordar o referido tema e alcançar os objetivos propostos foi delineada

uma metodologia descritiva, visando proporcionar maior familiaridade com o objeto

de estudo da pesquisa, com vistas a torná-lo mais explicito.

Para a coleta e análise dos dados, utilizou-se uma metodologia qualitativa,

com aporte quantitativo, uma vez que esta foi considerada a que melhor

possibilitaria Identificar além da ansiedade e outros fatores.

De acordo com Richardson e Colaboradores (2011), a abordagem qualitativa

de um objeto de pesquisa, além de ser uma opção do investigador, justifica-se,

sobretudo por ser uma forma adequada para entender a natureza de um fenômeno

social.

A pesquisa foi realizada na Autoescola Delmirense na cidade de Delmiro

Gouveia – AL, com os candidatos que já estavam no final das aulas práticas.

A pesquisa com o tema “A ansiedade como fator de reprovação para

obtenção da CNH. Pretendeu alcançar como objetivo geral, Identificar quais os

fatores além da ansiedade que influenciam a reprovação na prova prática da

Carteira Nacional de Habilitação – CNH e como objetivos específicos:

Verificar quantas vezes o candidatos foi submetido à prova pratica até a

obtenção da aprovação.

Identificar quais as formas que o examinador avaliou o candidato.

Descrever as dificuldades encontradas na hora da prova

Verificar se a quantidade de aula prática é suficiente para conseguir a

aprovação a primeira CNH.

Verificar se as aulas estão sendo executadas da maneira que os

examinadores avaliam.

Partindo dessa percepção e ampliando a visão da psicologia do trânsito que

não envolve só a avaliação psicológica, mas estudar os fenômenos que o trânsito

envolve. Com isso, pretendeu desenvolver a pesquisa visando Identificar quais os

fatores além da ansiedade que influenciam a reprovação na prova prática da

Carteira Nacional de Habilitação – CNH.

O trabalho a seguir, resultante da pesquisa acima descrita, está estruturado

da seguinte forma:

Primeira seção está dividida em conceito de ansiedade e a fisiologia da

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ansiedade, Histórico da Psicologia do Trânsito e Atuação do Psicólogo de Trânsito

na Atualidade.

Segunda seção consiste nos resultados e discussão dos dados da pesquisa,

precedidos pela metodologia definida e executada, com o intuito de responder à

problemática: Segundo alguns estudos realizados sobre a ansiedade no processo

para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação, pode-se perceber que aprovação

está relacionada à ansiedade, quanto maior os níveis de ansiedade maiores foram

as reprovações.

Para finalizar a conclusão da pesquisa, serão feitas considerações acerca dos

resultados obtidos.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Conceito de Ansiedade

O termo ansiedade deriva-se do grego Anshein, que denota sufocar oprimir,

Angústia ou ansiedade são termos correlatos, e associados a manifestações de

sintomas corporais que explicam a experiência subjetiva. A ansiedade é um estado

emocional com componentes psicológicos e fisiológicos, generalizada ou focada em

situações específicas, que leva o individuo a desenvolver respostas eficientes de

luta, fuga ou mecanismo psicológico de defesa para diminuí-la.

Segundo Andrade e Gerensteins [S. D] diz que:

O termo ansiedade abrange sensações de medo, sentimentos de insegurança e antecipação apreensiva, conteúdo de pensamento dominado por catástrofe ou incompetência pessoal, aumento de vigília ou alerta, um sentimento de constrição respiratória levando à hiperventilação e suas consequências, tensão muscular causando dor, tremor e inquietação e uma variedade de desconfortos somáticos consequentes da hiperatividade do sistema nervoso autonômico.

Conforme Fadiman e Frager (1982 apud BARROS, HUMEREZ, FAKIH et

2003), a ansiedade acompanha a maior parte das pessoas no processo existencial.

Ao sentirem algum sofrimento físico e/ou mental, que exija mudança na vida

cotidiana, é esperada uma elevação de seus níveis. A ansiedade é provocada por

um aumento inesperado ou previsto de tensão ou desprazer. Pode desenvolver-se

em qualquer situação, seja real ou imaginária, quando a ameaça é grande para ser

ignorada, dominada ou descarregada.

De acordo Barros, Humerez, Fakih, et (2003)

Há dois modos para diminuir o nível de ansiedade: um deles é lidar diretamente com a situação, resolvendo o problema e tentando superar os obstáculos, e o outro é fugir das ameaças e criar estratégias, como defesas reais ou imaginárias que possam minimizar seu impacto. Dessa forma, estaremos, também, lutando para proteção da personalidade, por meio do uso dos mecanismos de defesa.

Há varias formas de medir a ansiedade como as escalas de ansiedade que

medem a ansiedade normal e a patológica para isso é fundamental ter

conhecimento os estados e traços de ansiedade e os aspectos que envolve a

ansiedade e para isso de acordo com conforme Keedwell e Snaith (1996 apud

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ANDRADE e GORENSTEIN [S D]), descreve alguns aspectos da ansiedade e a

diferença entre estado e traço como:

Humor – a experiência de uma sensação de medo não associado a nenhuma situação ou circunstância específica; a apreensão em relação a alguma catástrofe possível ou não identificada; Cognição – preocupação com a possibilidade de ocorrência de algum evento adverso a si próprio ou a outros; pensamentos persistentes de inadequação ou de incapacidade de executar adequadamente suas tarefas; Comportamento – inquietação, ou seja, incapacidade de se manter quieto e relaxado mais do que alguns minutos, andando de um lado para o outro, apertando as mãos ou outros movimentos repetitivos sem finalidade; Estado de hiperalerta – aumento da vigilância, exploração do ambiente, resposta aumentada a estímulos (sustos), dificuldade de adormecer (não devida à inquietação ou à preocupação); Sintomas somáticos – sensação de constrição respiratória, hiperventilação e suas consequências, tais como espasmo muscular e dor (sem outra causa conhecida), tremor; manifestações somáticas de, p.ex., hiperatividade do sistema nervoso autônomo (taquicardia, sudorese, aumento da frequência urinária); Outros – esta categoria residual pode incluir estados como despersonalização, baixa concentração e esquecimento, bem como sintomas que se referem a um desconforto, não necessariamente específico de ansiedade.

Segundo o mesmo autor citado a cima, o estado de ansiedade é transitório ou

condição do organismo humano que é caracterizada por sentimentos desagradáveis

de tensão e apreensão, conscientemente percebidos e por aumento na atividade do

sistema nervoso autônomo e podem variar em intensidade de acordo com o perigo

percebido e flutuar no tempo. Já o traço de ansiedade refere a diferenças individuais

relativamente estáveis na propensão à ansiedade, isto é, a diferenças na tendência

de reagir a situações percebidas como ameaçadoras com intensificação do estado

de ansiedade e são menos sensíveis a mudanças decorrentes de situações

ambientais e permanecem relativamente constantes no tempo.

A ansiedade caracteriza-se por um estado psicobiológico desencadeado no ser humano ao se deparar com situações que precisam de atitudes incisivas ou imediatas, este estado, inerente ao ser humano, tem suas reações normatizadas ao término da situações. Em algumas pessoas essas reações se prolongam e, até mesmo, são desencadeadas por situações irreais, promovendo uma ansiedade incontrolável e um medo exagerado.(Viecili, 2011. p 280)

Dentre os comportamentos emocionais do individuo, a ansiedade é um fator

importante na situação do trânsito por interferir na capacidade cognitiva e

perceptual. Segundo Viecili ( 2011. p 282) a ansiedade pode ser entendida com

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sendo um processo interno do sujeito que pode ser desencadeado por estímulo

externo, frente à situação de dirigir as ações realizadas como ao se deslocar,

ultrapassar carros, parar, aumentar ao diminuir a velocidade e entre outros ações,

são esse ações comportamentos que o motorista terá que adaptar o carro para

atingir seu objetivo e colocar o carro para desenvolver bem nas vias. Essa

exigências remetem as pessoas à sua historia como outras situações semelhantes

que tenham vivenciados, nas quais interagiu com o meio e aprendeu como fazê-lo e

por isso desencadeiam maior ou menor grau de ansiedade quando tiver de decidir o

que fazer.

A resolução n° 80 do CONATRAN (Bona Portão, 1999) lista uma serie de

características psicológicas a serem avaliadas aos motoristas ao ato de dirigir. Entre

eles estão atenção; percepção; tomada de decisão; motricidade e reação; a

cognição; o nível mental, como a ansiedade, excitabilidade; ausência do quadro

patológico; controle de agressividade e da ansiedade; equilíbrio emocional;

habilidades especificas como tempo de reação; atenção concentrada, rapidez de

raciocínio, as relações espaciais. Todas essas características a serem observadas

são inter-relacionadas e a ansiedade deve ser analisada como exercendo efeitos

sobre ou como recebendo influência das demais características do comportamento.

De acordo com Viecili,( 2011. p 283), a concentração a irritabilidade, a

fatigabilidade podem influenciar negativamente a tomada de decisão que é uma

aspecto importante ao apto de dirigir. Se a percepção e a capacidade de julgamento

estiverem comprometidas pela a ansiedade, a reação desse individuo seja reflexa ou

voluntária, também ficará comprometida e numa situação na qual exija uma resposta

rápida, há uma grande possibilidade de equívocos, como também a memória

compromete-se com a ansiedade excessiva levando prejuízos ao individuo como

esquecimento, ao branco, fatores indispensáveis no trânsito.

2.2 Fisiologia da Ansiedade

Ao se pensar nos sistemas de resposta de luta-e-fuga (ansiedade) é lembrar

que todos estão voltados para deixar o organismo preparado para uma ação

imediata tendo objetivo de protegê-lo.

O sistema nervoso autônomo é a porção do sistema nervoso central que

controla a maioria das funções viscerais do organismo. Esse sistema ajuda a

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controlar a pressão arterial, a motilidade gastrointestinal, a secreção gastrointestinal,

o esvaziamento da bexiga, a sudorese, a temperatura corporal e muitas outras

atividades.

Os sinais autônomos eferentes são transmitidos aos diferentes órgãos do

corpo por meio de duas grandes subdivisões chamadas sistema nervoso simpático e

sistema nervoso parassimpático, são exatamente estas duas subsecções que estão

diretamente relacionadas no controle dos níveis de energia do corpo e de sua

preparação para a ação. Na qual o sistema nervoso simpático é o sistema da reação

de luta-e-fuga que libera energia e coloca o corpo pronto para ação; enquanto o

parassimpático é o sistema de restauração que traz o corpo a seu estado normal.

Um dos efeitos principais do sistema nervoso simpático é a liberação de duas

substâncias químicas no organismo: adrenalina e noradrenalina, fabricadas pelas

glândulas supra-renais, e são usadas como mensageiras pelo sistema nervoso.

Segundo Crake e Barlow (1994), é muito importante observar que a atividade

no sistema nervoso simpático é interrompida de duas formas.

Primeiramente, as substâncias que serviam como mensageiras — adrenalina e noradrenalina são de alguma formas destruídas por outras substâncias do corpo. Segundo, o sistema nervoso parassimpático que geralmente tem efeitos opostos ao sistema nervoso simpático fica ativado e restaura uma sensação de relaxamento. É importante perceber que, em algum momento, o corpo cansará da reação de luta-ou-fuga e ele próprio ativará o sistema nervoso parassimpático para restaurar um estado de relaxamento. O sistema nervoso parassimpático é um protetor “embutido” que impede o sistema nervoso simpático de se desgovernar. Outra observação importante é que as substâncias mensageiras, adrenalina e noradrenalina, levam algum tempo para serem destruídas. Assim, mesmo depois que o perigo tenha passado e que seu sistema nervoso simpático já tenha parado de reagir, você ainda se sentirá alerta e apreensivo por algum tempo, porque as substâncias ainda estão “flutuando” em seu sistema. Você deve sempre lembrar-se que isto é absolutamente natural e sem perigo. Aliás, isto é uma função adaptativa porque, num ambiente selvagem, o perigo geralmente tem o hábito de atacar de novo, e é útil ao organismo estar preparado para ativar o mais rápido possível a reação de luta-e-fuga.

De acordo com Crake e Barlow (1994) a reação de luta-e-fuga está associada

atividade do Sistema Nervoso Simpático onde ocorre o crescimento da velocidade e

profundidade da respiração, os tecidos precisam mais de oxigênio, as sensações

provocadas por este aumento na função respiratória podem, incluir sensações de

falta de ar, de engasgar ou sufocar e até mesmo dores e pressões no peito. Uma

redução real do fluxo de sangue para a cabeça, sendo uma quantidade

insignificante, mas produz uma série de sintomas desagradáveis e que podem incluir

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tonteiras, visão borrada, confusão, fuga da realidade e sensações de frio e calor

fortes. Um aumento na transpiração tornar a pele mais escorregadia para que, dessa

forma, fique mais difícil para um predador agarrar um corpo e também para resfriá-lo

de modo a evitar um superaquecimento.

A ativação do sistema nervoso simpático produz outros efeitos como, por

exemplo, as pupilas se dilatam para permitir a entrada de mais luminosidade, o que

pode resultar em uma visão borrada, manchas na frente dos olhos e assim por

diante. Redução na produção de saliva, procedendo em uma boca seca, redução na

atividade do sistema digestivo, o que geralmente produz náuseas, uma sensação de

peso no estômago e também constipação ou diarreia. E Por fim, músculos que se

tencionam em sintomas de tensão, muitas vezes estendendo-se a dores reais como

também a tremores.

A ansiedade é um estado emocional com componentes psicológicos e

fisiológicos, em situações ameaçadoras, quando enfrentada pode levar o indivíduo a

emitir resposta de luta, funga ou um mecanismo psicológico de defesa para diminuí-

la. Esse estado faz parte do espectro normal das experiências humanas, sendo

propulsora do desempenho. A melhor forma de pensar sobre todos os sistemas de

resposta ansiedade é lembrar que todos estão voltados para deixar o organismo

preparado para uma ação imediata e que seu objetivo primordial é protegê-lo.

2.3 Diferença entre Ansiedade e Medo

Medo e ansiedade são os termos mais utilizados, na linguagem do cotidiano

como na literatura psicológica. Vários rótulos são utilizados verbalmente para

descrever esses dois estados emocional desagradáveis de apreensão ou tensão,

seguido por sintomas de ativação fisiológica, esses estados sempre vem seguido de

sintomas como, por exemplo, palpitações, dificuldades em respirar, tonturas, suores,

sensações de calor e frio ou tremores, desencadeados por uma ameaça real ou

antecipada.

Embora de medo e ansiedade serem considerados muitas vezes sinónimos, a

presença ou ausência de estímulos desencadeadores externos e o comportamento

de evitação costumam ser e utilizados para caracterizar e diferenciar os dois

estados.

Considera-se medo quando existe um estímulo desencadeador externo óbvio que provoca comportamento de fuga ou evitação, enquanto que

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ansiedade é o estado emocional aversivo sem desencadeadores claros que, obviamente, não podem ser evitados. (Baptista, Carvalho e Lory, [S.D])

Do ponto de vista das teorias das emoções, (BARLOW, 2002; EKMAN &

DAVIDSON, 1994; LEWIS & HAVILAND JONES, 2000; PLUTCHIK, 2003) o medo é

considerado como uma emoção básica, fundamental, discreta, presente em todas as

idades, culturas, raças ou espécies, enquanto que a ansiedade é uma mistura de

emoções, na qual predomina o medo.

De acordo com Bergamasco, Rossi, Carvalho, Dalri (2004) relataram em um

estudo que as diferenças entre os diagnósticos do medo e da ansiedade conclui-se

que o medo é resultado de uma ameaça que pode ser localizada e identificada e

caracteriza-se pela apresentação de um individuo de uma resposta simpática com

aumento do estado de alerta e já com a ansiedade o indivíduo apresenta respostas

simpática e parassimpática dependem do nível de ansiedade, porém o mesmo relata

sentimentos de incerteza.

Para explicar melhor Bergamasco, Rossi, Carvalho, Dalri (2004) classifica

alguns fatores que pode ser levado em consideração para fazer o diagnósticos entre

ansiedade e medo.

Ansiedade são: conflitos inconscientes de valores e metas essenciais da vida, ameaça do autoconceito, ameaça de morte, ameaça ou mudança no estado de saúde, ameaça ou mudança na função do papel, ameaça ou mudança no ambiente, ameaça ou mudança na interação dos padrões, crise situacional ou existencial, contágio ou transmissão interpessoal, necessidades não atendidas. Já o medo pode estar relacionado a: valores culturais relacionados à morte e doença; possibilidades de mudanças fisiológicas como: taquicardia, perda da visão, perda da audição, perda de um membro, paralisia; separação de pessoas significativas, numa situação potencialmente ameaçadora como por exemplo, hospitalização, tratamento prolongado, prisão, etc., barreiras na comunicação, estímulos fóbicos

.

2.4 Histórico da Psicologia do Trânsito

Tomando como ponto de partida relacionado ao contexto histórico a

Psicologia do trânsito surgida na primeira década do século XX nos Estados Unidos.

Com o final da Guerra mundial preocuparam-se em desenvolver mecanismos para

sustentar a economia mundial, nesse contexto a Europa precisou ser reconstruída e

com isso veio aumento de ruas, rodovias mais modernas, indústrias automobilística

a partir desse momento a economia de vários países passou a ser sustentada pela

19

indústria automobilística.

Devido o aumento das indústrias automobilísticas produzirem mais veículos

evidente que aumentou numero significante de acidentes de trânsito. A psicologia do

trânsito começou nessa época a ser desenvolvida só no sentido de coletar dados

por meio da avaliação psicológica para criar condições futuras pra reduzir acidentes

de trânsito.

Segundo Hoffman e Cruz (2011) a evolução da psicologia do trânsito no Brasil

pode ser estruturada em grandes etapas:

Primeira etapa das primeiras aplicações psicológicas à regulamentação da

psicologia como profissão em (1924-1962). A psicologia cientifica no Brasil deu-se

nas décadas de 1920 e 1930 onde foram iniciadas condições desenvolvimento da

psicologia como ciência e profissão; produção cientifica no meio acadêmico das

faculdades e universidades no processo de criação no Brasil onde não demorou

para criar condições para processos de intervenções nas clínicas psiquiátrica e

psicológica e cabe situar que historicamente o trabalho do engenheiro Roberto

Mange na seleção e orientação de ferroviários, em são Paulo , que se constituiu um

marco potencial ao desenvolvimento da psicologia do Trânsito.

Criação de instituições de seleção e treinamento industrial e de trânsito que

se destacam como pela a direção de Roberto Mangue o laboratório de psicotécnica

na estrada de ferro sorocabana; o instituto de organização racional do trabalho, o

centro ferroviário de ensino e seleção profissional e o serviço nacional de

aprendizagem industrial e nesse momento também foi criado a companhia

municipal de transporte (CMTC) em São Paulo sendo instalado o serviço Psicológico

destinado à seleção de condutores de veículos.

Posteriormente o Instituto de Seleção e orientação Profissional (ISOP) criado

pela a fundação Getúlio Vagas, em abril de 1951, o ISOP começou a examinar os

candidatos para a obtenção da Carteira Nacional de habilitação por meio de

entrevistas, provas de aptidão e personalidade.

Efetivamente, Minas Gerais foi o primeiro estado pioneiro em organizar e

sistematizar um serviço de psicologia na área de avaliação de condutores. E em

1962 o CONTRAN estendeu o exame psicotécnico a todos os candidatos a Carteira

Nacional de Habilitação (CNH). E por fim destacando o marco histórico o

reconhecimento da psicologia como profissão em 27 de agosto de 1962, destacando

o Brasil como o país pioneiro latino-americano a regulamentar a profissão de

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Psicólogo, como também neste mesmo ano foram ficados o currículo mínimo e o

tempo de duração dos cursos de psicologia.

Segunda etapa, a consolidação da psicologia do Trânsito – (1963-1985). No

que se refere à psicologia como ciência e profissão o conceito de psicologia aplicada

como o passar dos anos foi perdendo seu sentido tradicional. Assim o exame das

aptidões ou dos interesses (psicotécnicos) é reconhecido como uma das

possibilidades de avaliar a personalidade. A aprovação do Código Nacional de

Trânsito em 1966, em substituição ao de 1941. O novo código viria ratificar a

obrigatoriedade a introdução dos exames psicológicos para a obtenção da carteira

de habilitação em todos os Estados brasileiros. Nesse momento histórico veio a

criação do Conselho Federal de psicologia (CFP) e dos Conselhos Regionais de

Psicologia (CRP).

No fim de 1981 o CRP para obter dados e critérios em relação ao Exame

Psicológico para condutores, oferece ao CONTRAN uma proposta de reformulação

da normativa vigente à época.

Assim com o professor Reinier Rozestranten que a Psicologia do Trânsito

começa a criar profundas raízes e a ser amplamente conhecidas no contexto

brasileiro e por publicações nacionais e internacionais, participações em congressos

e realizações de cursos para os psicólogos dos DETRANS.

Terceira etapa, o desenvolvimento e expansão da Psicologia do Trânsito em

ações Interdisciplinares - (985-1998). Neste momento foi caracterizado por a

mobilização da categoria dos psicólogos do trânsito, aqueles vinculados aos

DETRANS e também foi uma esta na qual se produz uma crítica reflexiva sobre os

rótulos psicometrista e testólogo que se construíram acerca do psicólogo dos

departamentos de Trânsito. Em 1986 o governo do Estado de Santa Catariana

introduziu concurso público para psicólogos atuares no DETRAN nas condições

regionais de Trânsito. Com a ação conjunta do CFP e CONTRAN veio à resolução

670, de 14 de setembro de 1987 que trouxe na resolução a reivindicações antigas

dos psicólogos que atuam na área.

E cabem ressaltar alguns fatos relevantes como a criação da Associação

Nacional de Psicologia do Trânsito, criação do primeiro curso interdisciplinar de

trânsito na Universidade Católica Dom Bosco e anteprojeto de lei propondo novo

código de trânsito Brasileiro, enviado em 1993 ao Congresso Nacional.

E por fim a quinta etapa com a diversidade de caminhos para ações efetivas

21

as psicologia do trânsito (1998) com início da aprovação do Código de Trânsito

Brasileiro de 1997 que entrou em vigor em janeiro de 1998, onde o mesmo

proporcionou debate nacional sobre as questões à circulação humana e se constitui

num marco importante para os psicólogos repensarem seu papel.

Nesta etapa também foram destacados o papel envolvendo as universidades

inclusão de disciplinas optativas ou de tópicos especiais na matriz curricular dos

cursos de graduação em psicologia e também no que diz respeito ao ensino

oferecendo cursos de pós-graduação (lato sensu) em Trânsito, cursos de Psicólogo

Perito Examinador de Trânsito ( condição exigida no CTB e Resolução n 80/98 para

atuar na avaliação psicológica de candidatos à obtenção da Carteira Nacional de

Habilitação, criação de núcleos de estudos e pesquisa sobre psicologia do trânsito.

A muitos anos houve varias mudança na resolução sobre a atuação do

psicólogo e em 15 de fevereiro de 2008 o CONTRAN publicou a resolução de n°

267 e n 80, que dispõe sobre o exame de aptidão física e mental, a avaliação

psicológica, e também dispondo sobre o credenciamento das entidades públicas e

privadas e na Resolução de 267 são identificados características psicológica a

serem avaliados como: tomada de informação, processamento de informação,

tomada de decisão, comportamento, auto - avaliação do comportamento e traços de

personalidade além disso a entrevista psicológica como procedimento obrigatório do

processo de avaliação psicológica.

A avaliação psicológica atualmente deve seguir as determinações da resolução n 267 do CONTRAN, sendo observado na prática que as características avaliadas são a personalidade, atenção, a inteligência e a memória (que foi acrescentada), além da realização da entrevista, ou seja, parece que a avaliação ocorre de forma muito semelhante a de 1953, e aprece que ainda não temos um perfil do motorista. (Rueda 2011, p 110).

De acordo Duarte (2011), um fato importante que é desconhecido é o do perfil

dos motoristas no Brasil. Em grande parte essa função depende de fatores

cognitivos que tornam o ato de dirigir automático, como também deve levar em conta

o perfil emocional como causa de comportamento adequado ou não dos motoristas.

Nesse sentido, os testes hoje aplicados não abrangem áreas especificas do ato de

dirigir, tais como o tempo de reação e dependência-independência do campo, que

poderiam levar a uma predicação mais precisa do comportamento do futuro

motorista.

22

2.5 Atuação do Psicólogo de Trânsito na Atualidade

A avaliação psicológica do trânsito é realizada no Brasil há vários anos, mais

precisamente desde meados do século passado. Historicamente encontramos

primeiras referências o método psicotécnico com um registro datado de 1903 e

proposto por William Stern, só em 1917 é que foi institucionalizada. Em 1925 foi

fundando em Recife o “Instituto de Seleção e Orientação Profissional de

Pernambuco” com objetivo de operacionalizar a utilização do processo avaliativos. O

primeiro registro de obrigatoriedade nos exames psicológicos foi para ingressar nas

forças armadas de oficiais alemães em 1927.

Segundo Hoffman (1995 apud, MÊA e ILBA 2011) de forma legal a

explorações psicológicas nos condutores profissionais vem sendo realizada desde

1992 por a resolução n° 353/62,de 9 de Fevereiro) para todos os condutores. O

exame psicológico constava de varias provas perceptivas, nível mental,

personalidade e coordenação bimanual, esta última, por meio dos disco de Walter.

Na atualidade, a avaliação psicológica possui caráter obrigatório para todos

os candidatos a Carteira Nacional de Habilitação e também para os condutores que

exercem atividade remunerada, ou seja, aqueles que atuam profissionalmente com o

transporte de bens ou pessoas. A eficácia da avaliação psicológica no contexto do

trânsito tem sido questionada por pesquisadores devido aos poucos estudos que

contemplam a sua relação com o comportamento dos condutores na malha viária no

Brasil.

Precisamos refletir no quanto a desvalorização dos instrumentos está associada à desvalorização do próprio profissional, haja vista que os psicólogos do trânsito são submetidos a condições limitantes, como remuneração inadequada, impossibilidade de autonomia devido à escolha de seus instrumentos pelos Departamentos Estaduais de trânsito, íntimo grau de importância atribuído à avaliação psicológica no âmbito acadêmico, inadequação da avaliação, interferência de outros setores diversos pouquíssimas pesquisas e produções cientificas na área. (ANNA e BASTOS 2011, p. 118)

Segundo Rueda (2011) o momento atual se bem aproveitado de forma séria e

ética poderá contribuir de fato para que o psicólogo desenvolva um papel importante

dentro do contexto do trânsito brasileiro. Enfim estamos em um momento que com

certeza trará mudanças no papel desempenhando pelo psicólogo do trânsito, para

que uma vez por todas possa ser chamado de Psicólogo do trânsito, podendo, por

23

escolha própria, realizar uma adequada e correta avaliação psicológica para CNH, e

também trabalhar em outros contextos da psicologia do trânsito. Talvez ao pensar

dessa forma, possamos começar a pensar no chamado perfil do motorista, que até o

momento realmente não temos.

Segundo Duarte (2011) o psicólogo do trânsito, pela sua capacidade de

compreender os aspectos comportamentais na atividade de dirigir, pode auxiliar

outros profissionais na avalição técnica dos problemas decorrentes da situação de

trânsito, especialmente na diminuição de acidentes. Apesar do embasamento legal

para o exercício dessa especialidade, os papéis funcionais pelos quais ficaram

contribuíram para certa desmobilização na construção do conhecimento cientifico

sobre o cotidiano do ambiente de Trânsito.

Podemos dizer que os psicólogos, em sua maioria, não estão sendo preparados nos cursos de graduação para realizarem avaliação psicológica em todas as áreas e, sobretudo, na área do trânsito, na qual esse procedimento não é tomado como um trabalho sério e importante. Esse despreparo decorre, em boa parte, da deficiente qualidade do corpo docente para um trabalho tão especifico como é a avaliação psicológica de motorista, o que muitas vezes se contata é um acumulo de erros e negligência muitas vezes do próprio psicólogo do trânsito não reconhecendo os testes como seu próprio instrumento de trabalho como valioso, negligenciando na identificação apropriada do seu campo de utilização e na observância de suas normais de aplicação e interpretação. (Duarte, 2011. p. 234)

De acordo com Cruz, Hoffmann e klusener (2011) a necessidade de refletir

criticamente sobre as condições em que são desenvolvidas as práticas de avaliação

psicológica no trânsito e sobre a forma com que elas têm realmente contribuído para

o aperfeiçoamento da ciência psicológica e para a qualidade dos serviços prestados

à população e uma constatação sempre contemporânea à psicologia do trânsito. A

carência de psicólogos e pesquisadores especialistas na área, a desatualização

cientifica dos instrumentos e técnicas de exames psicológicos, as dificuldades de

responder efetivamente às necessidades sociais sobre o que deve e como devem

ser avaliados fenômenos e processos comportamentais em relação à realidade do

trânsito mostram um cenário de grandes dificuldades, mas desafiador.

As competências profissionais do psicólogo que realiza a avaliação de

condutores não se limitam ao domínio dos saberes, mas mobilizam o saber-fazer e,

sobretudo, esquemas de pensamento ou de ação cuja codificação nunca é total.

De acordo com Cruz, Hoffmann e klusener (2011, p. 147) diz que:

24

A profissionalização dos psicólogos que atuam na avaliação de condutores passa por uma transformação estrutural de suas condutas profissionais, porque as competências deste ofício exigem muito mais que saberes; exigem atitudes sociais e técnicas dirigidas a objetivos cada vez mais significativos em termos de respostas 3e responsabilidades.

Anna e Bastos (2011) também faz uma reflexão critica sobre a atuação do

psicólogo do trânsito no que pode ser o ponto de partida para uma prática

consonante com a proposta da Psicologia como ciência e profissão que permitiria

ressaltar a importância do questionamento sobre o que se deseja com esta

avaliação, o que de fato está sendo avaliado, em que circunstâncias e se atende a o

propósito de uma prestação de serviço ético à sociedade, respeitando as

subjetividades e os direitos humanos. Permitiria ainda pensar o que nos falta ou o

que falta ao nosso fazer.

25

3 MATÉRIAIS E MÉTODOS

3.1 Ética

A pesquisa seguiu-o as exigências éticas e científicas fundamentada segundo

determinação do Conselho Nacional de Saúde - CNS nº 196/96 do Decreto nº 93933

de 14 de janeiro de 1987. E, todos os sujeitos foram orientados da ética, do objetivo

da pesquisa visto que, não foi necessário identificarem-se ao responder o

questionário vindo todos assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

para a segurança dos mesmos e confiança dos sujeitos a pesquisa.

3.2 Tipo de Pesquisa

Para alcançar os objetivos propostos foi esboçada uma metodologia

descritiva, visando proporcionar maior familiaridade com o objeto de estudo da

pesquisa, com vistas a torná-lo mais explicito.

Para a coleta e análise dos dados, utilizou-se uma metodologia qualitativa,

com aporte quantitativo.

3.3 Universo

Dentro do universo de 22 candidatos, 18 dos candidatos se colocaram

voluntários para a pesquisa.

3.4 Sujeitos da Amostra

Os sujeitos foram os candidatos submetido à primeira CNH de ambos os

sexos da Autoescola Delmirense situada na cidade de Delmiro Gouveia – AL.

3.5 Instrumentos de Coleta de Dados

Para análise dos dados foi aplicado um questionário1 semiestruturado aos

candidatos voluntários, com intuito de conhecer mais intenso quais os fatores que

1 Apêndice A

26

influencia na prova pratica além da ansiedade.

3.6 Planejamento para Coleta dos Dados

A coleta de dados foi realizada no dia 6 de dezembro de 2013, onde pode

acompanhar os candidatos a prova até a cidade de Arapiraca para ser aplicado o

questionário.

3.7 Planejamento para Análise dos Dados

A análise de dados foi realizada através do auxílio estático, quanto a aparte

qualitativa recorreu por meio de uma observação sistemática das respostas e das

observações realizada nos momentos da prova dos candidatos a CNH.

27

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados obtidos na pesquisa de campo realizada com aplicação do

questionário com perguntas semiestruturadas serão apresentados de forma

sequenciada. Desta forma a primeira questão relacionou-se a dificuldade do

candidato em conduzir o veículo, durante as aulas práticas, Gráfico 01.

Gráfico 01: Dificuldade nas aulas práticas

Fonte: Dados da Pesquisa. Delmiro Gouveia/AL. 2013.

Os resultados mostram que todos os candidatos aprenderam a conduzir

carro na autoescola e não tinham nenhuma dificuldade de fazer a prova.

Em seguida, questionou-se sobre o tempo em quantidade de horas, se eram

suficientes para prenderem a conduzir um veículo., gráfico 02.

0%

100%

Dificuldade de conduzir carro.

Sim

Não

28

Gráfico 02: Às 20 horas de aula prática eram suficientes para aprenderem a conduzir o carro e

ser aprovado

Fonte: Dados da Pesquisa. Delmiro Gouveia/AL. 2013

Verifica-se que a grande maioria (89%) dos candidatos confirmaram que as

20 horas de aulas práticas são suficientes para conduzirem um veículos com

segurança e serem aprovados no exame para retirada da CNH.

No gráfico 03, apresenta os resultados quanto as diferentes reações/sintomas

apresentados pelos candidatos ao entrarem no veículos para fazer o exame da

prova prática.

Gráfico 03: Sintomas apresentados por os candidatos quando entram no carro.

Fonte: Dados da Pesquisa. Delmiro Gouveia/AL. 2013.

89%

11%

Às 20 horas são suficientes para aprenderem a conduzir o carro e ser aprovado

Sim

Não

27%

8%

27%

23%

11%4%

Sintomas apresentados

Tremores nas mãos

Boca seca

Coração acelerado

Respiração rápida

Frio na barriga

Mãos suando

29

Verifica-se uma diversidade de sintomatologia apresentada pelos candidatos.

Onde o coração acelerado e os tremores nas mãos foram os mais constantes com

27% das ocorrências., seguida pela respiração rápida (23%) e frio na barriga (11%)

dos candidatos. Esses sintomas foram relativos de indivíduos para indivíduos, uns

com baixos níveis de sintomas fisiológicos, outros com altos níveis e outros com

níveis intermédio.

Neste contexto, pode-se afirmar que o sistema nervoso autônomo é a porção

do sistema nervoso central que controla a maioria das funções viscerais do

organismo. Esse sistema ajuda a controlar a pressão arterial, a motilidade

gastrointestinal, a secreção gastrointestinal, o esvaziamento da bexiga, a sudorese,

a temperatura corporal e muitas outras atividades. E, que um dos efeitos principais

do sistema nervoso simpático é a liberação de duas substâncias químicas no

organismo: adrenalina e noradrenalina, fabricadas pelas glândulas supra-renais, e

são usadas como mensageiras pelo sistema nervoso. Sendo que o sistema nervoso

autônomo divide-se em dois grandes sistemas chamadas sistema nervoso simpático

e sistema nervoso parassimpático são eles responsáveis pelo controle automático

do corpo frente às modificações do ambiente, como também a maioria das funções

viscerais do organismo.

O gráfico 04 apresenta os resultados das dificuldades encontradas pelos

candidatos para retirar a CNH, no momento da prova prática.

Gráfico 04: Dificuldade que candidato encontrou na prova.

Fonte: Dados da Pesquisa. Delmiro Gouveia/AL. 2013.

94%

6%

Qual a dificuldade que você encontrou na prova?

Não encontrou

Encontrou

30

Verifica-se que 99% dos candidatos relataram não ter nenhuma dificuldade

durante a prova, e, apenas 1% relatou um pouco de insegurança no momento que o

examinador pediu para que mudasse de macha para terceira.

Neste contexto, Barros, Humerez, Fakih et (2003 apud, FADIMAN e FRAGER

1982), explica que o sentirem algum sofrimento físico e/ou mental, que exija

mudança na vida cotidiana, é esperada uma elevação de seus níveis. A ansiedade é

provocada por um aumento inesperado ou previsto de tensão ou desprazer. Pode

desenvolver-se em qualquer situação, seja real ou imaginária, quando a ameaça é

grande para ser ignorada, dominada ou descarregada.

Por outro lado, percebeu-se que nenhum candidato utilizou estratégia para

diminuir a ansiedade presente no momento da prova, conforme demonstram os

resultados do gráfico 05.

Gráfico 05: Estratégias utilizadas para diminuir a ansiedade.

Fonte: Dados da Pesquisa. Delmiro Gouveia/AL. 2013.

Neste contexto, Barros, Humerez, Fakih, et (2003) dizem que para diminuir a

ansiedade é lidar diretamente com a situação, resolver o problema tentando superar

os obstáculos e crias estratégias como defesas reais ou imaginarias que possam

minimizar o impacto da ansiedade

Em relação ao examinador na primeira parte da prova que foi realizado na

baliza, conforme o gráfico 06, verifica-se que todos os candidatos relataram que o

examinador foi educado saudou com bom dia e a expressão fácil normal

0%

100%

Você utilizou alguma estratégia para diminuir a ansiedade? Qual?

sim

Não

31

transmitindo segurança.

Gráfico 06: Formas de como examinador abordou o candidato na prova.

Fonte: Dados da Pesquisa. Delmiro Gouveia/AL. 2013.

O gráfico 07 indica que 80% dos candidatos foram reprovados devido à falta

de atenção em pequenos erros, não dar seta ao sair da baliza ou entrar na baliza

sem dar seta, não olhar ao sair da baliza, não conseguir colocar o carro dentro da

baliza.

Gráfico 07: Resultados da prova da baliza

Fonte: Dados da Pesquisa. Delmiro Gouveia/AL. 2013.

100%

0%0%0%

Como o examinador abordou você no momento da prova?

Examinador foi educado, saudoucom bom dia; Atráveis daexpressão fácial transmitiusegurança

83%

17%

0% 0%

Resultados da prova da baliza

Reprovados devido falta deatenção, nas setas em entar esair da baliza, não olhar aosair da baliza e por não alinharo carro na balizaForam aprovados

32

Segundo Viecili (2011) a condução de veículos exige uma série de

conhecimentos prévios obtidos pela aprendizagem, tais como: sinalização funções e

forma de utilização dos equipamentos do veículo e outros que requer tempo e

prática. Considerando as funções cognitivas como a atenção é a preparação onde

uma está ligada a outra, estiverem comprometidas por um grau de ansiedade

incontrolável a possibilidade de equívoco dessa, aumenta consideravelmente

alterando prejuízos na memória levando o sujeito ao esquecimento, ao “branco”,

fazendo com que o individuo venha perder o foco da prova onde são fatores

importantes para serem aprovados.

Na segunda etapa do percurso foram vários examinadores diferentes. O

examinador que participou da etapa da baliza não poderia participar da etapa do

percurso. Segundo os dados do gráfico 08, verifica-se que 77% dos candidatos

foram reprovados relatando mal humor dos examinadores, expressão fácil que

transmitia insegurança e medo; os mesmos avaliaram não o desenvolvimento do

candidato no carro e sim a parte psicológica de alguns candidatos mesmo que o

candidato tenham desenvolvido bem na prova.

Gráfico 08: Resultados da prova Final

Fonte: Dados da Pesquisa. Delmiro Gouveia/AL. 2013.

Neste contexto, Viecili (2011) explica que durante o processo o individuo

assim com todo é acionado em todas as suas capacidades cognitivas, emotivas,

78%

22%

0% 0%

Resultados da prova no percurso

Reprovados. Mal humor dosexamindores, Expressãofacial que transmitiainsegurnaça e medo

Aprovados

33

motoras entram em ações a fim de chegar ao seu objetivo. Certo nível de ansiedade

é necessário para o mesmo permanecer atento e alerta.

34

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A realização desta pesquisa mostrou algo já esperado, os resultados mostram

que a ansiedade é o fator primordial e normal, que existe quando o sujeito está

sendo submetido a uma avaliação ou quaisquer situações nas quais se sinta

ameaçado. Diante a pesquisa teórica e prática conclui-se que a reprovação tem

fatores que influência como biológico-psicológico-ambiente todos esses aspectos

são inter-relacionadas em si na qual vai determinar um equilíbrio para que os

candidatos possam atingir objetivo da prova.

Durante todo o processo da pesquisa, convivendo com os funcionários e os

candidatos submetidos à mesma, foi observado e encontrados vários fatores

influênciam na reprovação da prova prática da CHN, parte do principio da espera,

pois os mesmo passam mais de um mês para poder marcar a prova prática. Outro

fator baseia-se na distância, cuja prova é realizada a 105 km de distância, em outra

cidade, bem como, a prova é realizada em um local que não transmite conforto aos

examinadores, ficando-os mesmos expostos ao sol, deixando-os estressados e de

mau humor, como também há um número grande de inscritos em um único dia para

realização da prova.

Recomenda-se um novo olhar para os candidatos e para os centros de

formação, as autoescolas, e os examinadores, pois os mesmos necessitam de apoio

para sentir e transmitir segurança e melhorias. Também é importante que formem

cursos de capacitação para os examinadores terem o conhecimento do que envolve

a ansiedade com também tornarem mais humanizados para que possam transmitir

segurança para os candidatos diminuírem a ansiedade. Os centros de formação não

preparam os candidatos para a realidade que é o trânsito, os mesmo saem sem

saber praticamente nada. As autoescolas não oferecem informações que serão

usadas no dia-a-dia. Elas se preocupam em ensinar somente o que é pedido na

prova, que se resume a um percurso pequeno e acertar uma baliza em três chances

e entre outros detalhes que é exigido durante a prova, entretanto o que dá a prática

a experiência é o dia-a-dia e não 20 horas aulas que é a base. Para sanar essas

deficiências seriam vistas cursos de direção defensiva e de aperfeiçoamento.

35

REFERÊNCIAS

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36

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37

APÊNDICE

QUESTIONÁRIO

I ETAPA

Nome:

Idade: Sexo Data:

Grau de Escolaridade:

Profissão:

Local de Nascimento:

Categoria Pretendida:

I ETAPA

1. Já dirigiu ou pilotou alguma vez?

Sim ( ) Não ( )

2. Tem alguma dificuldade em conduzir caro ou moto? Qual?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

3. Você acha que com 20h aula é suficiente para você consegue aprender a dirigir

para ser aprovado na prova prática?

Sim ( ) Não( )

ETAPA FINAL ANTES E DEPOIS DA PROVA

1. Como você está se sentindo no neste momento, descreva os sintomas e sinais?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

2. Qual a dificuldade que você encontrou na prova?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

38

3. Como o examinador abordou você no momento da prova?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

4. Você utilizou alguma estratégia para diminuir a ansiedade? Qual?

Sim ( ) Não ( )

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

5. Você foi aprovado?

Sim ( ) Não ( )

6. Onde foi reprovado?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

39

ANEXOS

40