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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES - INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO "LATO SENSU" EM COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL SANDRA WONG TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO DA MÃO DE OBRA DE MIGRANTES NORDESTINOS RESIDENTES NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO NA ÁREA ALIMENTÍCIA RIO DE JANEIRO 2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES - INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO "LATO SENSU" EM COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

SANDRA WONG

TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO DA MÃO DE OBRA DE MIGRANTES NORDESTINOS RESIDENTES NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

NA ÁREA ALIMENTÍCIA

RIO DE JANEIRO

2009

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SANDRA WONG

TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO DA MÃO DE OBRA DE MIGRANTES NORDESTINOS RESIDENTES NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

NA ÁREA ALIMENTÍCIA

OBJETIVO: Esta publicação atende a complementação didático- pedagógica de metodologia da pesquisa e a produção e desenvolvimento de monografia , para o curso de pós- graduação em Comunicação Empresarial. Sob orientação da Professora Maria Esther

RIO DE JANEIRO

2009

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AGRADECIMENTOS

Ao meu pai Daniel, que sempre me incentivou nos estudos; ao corpo docente do Instituto A Vez do Mestre e aos meus amigos de turma.

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DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia a minha família e aos nossos colaboradores que me trouxeram inspiração para a realização desse trabalho.

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“Uma pessoa que se esforça em crescer é bela. O ponto final da viagem chamada vida acontece no momento em que se interrompe o crescimento. Enquanto se está vivo, o fator essencial é crescer buscando sempre algo mais elevado, mais profundo e mais amplo.” Daisaku Ikeda

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RESUMO

Esta monografia tem como objetivo destacar a Responsabilidade Social em que consiste em educar a mão de obra de migrantes nordestinos residentes na cidade do Rio de Janeiro na área alimentícia. No Capítulo 1, há a familiarização do leitor com as terminologias de Comunicação Empresarial. Abordamos os conceitos do que são a Cultura Organizacional, a Comunicação Interna, a Capacitação Profissional, o Capitalismo e a Responsabilidade Social. Descrevemos também um histórico sobre a migração nordestina. No Capítulo 2, citamos os benefícios em qualificar a mão-de-obra migrante nordestina, como deve ser a comunicação como uma ferramenta estratégica para estreitar o relacionamento do gestor com os colaboradores. Apontamos também, os benefícios sociais e trabalhistas, direito dos migrantes nordestinos e a responsabilidade social do empregador. Por fim, fizemos uma simulação de parceria com o programa "Educa Mais" do sistema FIRJAN / SESI / SENAI.

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METODOLOGIA

A metodologia utilizada foi escrever cada assunto em capítulos subdivididos por tópicos

e itens baseado em pesquisas bibliográficas e pela internet, entrevista e vivência pessoal.

Foram percorridas várias bibliotecas na cidade do Rio de Janeiro, entre elas a UCAM,

UFRJ, SENAC e Fundação Getúlio Vargas. As bibliotecas nas quais encontrei mais materiais

foram a do SENAC em primeiro lugar e a FGV em segundo lugar.

Os autores consultados foram: Márcio Ivanor Zarpelon, Fleury e Fischer, Luiz Paschoal,

Luiz Cesar Barçante e Guilherme Caldas de Castro, Fábio França e Gutemberg Leite, Juarez

Bahia e Maria Alzira Pimenta.

Devido à carência de livros de pesquisa encontrados nas bibliotecas, tive a sorte de

encontrá-los na editora Qualitymark, onde foram comprados para dar melhor embasamento

para a realização desse trabalho monográfico.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.........................................................................................................................9

1 TRADUZINDO AS TERMINOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL.10

1.1 CULTURA ORGANIZACIONAL…………………………. .....................................10

1.2 COMUNICAÇÃO INTERNA ....................................................................................10

1.3 CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL ...........................................................................11

1.4 CAPITALISMO ..........................................................................................................11

1.4.1 CAPITALISMO ATUAL............................................................................................13

1.4.2 CAPITALISMO NATURAL.......................................................................................13

1.5 RESPONSABILIDADE SOCIAL ..............................................................................14

1.5.1 HISTÓRICO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL..................................................14

1.5.2 CLASSIFICAÇÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL........................................16

1.6 MIGRAÇÃO NORDESTINA – HISTÓRICO ...........................................................17

1.6.1 MIGRAÇÃO NORDESTINA PARA O SUDESTE....................................................17

2 MIGRANTES NORDESTINOS .................................................................................19

2.1 BENEFÍCIOS EM QUALIFICAR A MÃO-DE-OBRA MIGRANTE.......................19

2.2 A COMUNICAÇÃO ...................................................................................................20

2.3 OS BENEFÍCIOS SOCIAIS E TRABALHISTAS, DIREITO DOS MIGRANTES

NORDESTINOS .....................................................................................................................21

2.4 A RESPONSABILIDADE SOCIAL DO EMPREGADOR.........................................22

3 ANÁLISE .....................................................................................................................24

3.1 UMA SIMULAÇÃO DE PARCERIA COM O PROGRAMA “EDUCA MAIS” DO

SISTEMA FIRJAN/SESI/SENAI ...........................................................................................24

CONCLUSÃO..........................................................................................................................27

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................................28

ANEXOS……………………………………………………………………………………..29

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INTRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho, é destacar a Responsabilidade Social aplicada dentro da

empresa com os seus respectivos colaboradores através da educação voltada para a mão de

obra nordestina residentes na cidade do Rio de Janeiro, na área alimentícia. O sistema de

educação aplicado é moderno e inovador baseado em disciplinas como a alfabetização, ensino

básico de português e matemática, higiene pessoal e na empresa, arte terapia, reciclagem,

atendimento ao cliente e inclusão digital.

Nos tempos atuais, conhecido como a era do conhecimento onde quem tem informação

é quem possui poder, mas se esse poder não for compartilhado com os outros, de nada vale a

informação obtida. Foi daí então, que surgiu a idéia de qualificar a mão de obra migrante, esta

geralmente oriunda da região Nordeste do Brasil e que trabalham na área alimentícia.

A pesquisa tem o intuito de ressaltar a importância em capacitar os colaboradores e

mostrar-lhes os benefícios que eles podem obter por meio desse Programa de Treinamento e

Capacitação.

Os benefícios são inúmeros, como o aprimoramento de sua visão de vida, já que depois

de alfabetizados poderão se comunicar com os seus familiares e amigos especialmente os de

sua terra natal, através de cartas via correio ou e-mail – como proposta de Inclusão Digital que

proporcionaremos. Além disso, aprenderão a planejar as suas finanças, ir ao banco, passar um

cheque através do aprendizado da “Matemática Inteligente” . Saberão cuidar com consciência

do seu bem-estar, cuidando da sua aparência e saúde com as dicas de higiene pessoal e na

empresa, aprenderão a viver o verde através de ações para a reciclagem e com informativos

sobre as várias dicas de variados tipos de desperdícios. Aprenderão a lidar com pessoas de

todos os tipos com formação que proporcione noções de atendimento ao cliente além de

conteúdo de arte terapia com visitas aos museus e atrativos turísticos na cidade do Rio de

Janeiro.

Com a aplicação dessa proposta, espera-se uma aproximação do colaborador com a

empresa através da comunicação direta e transparente, que o colaborador se sinta satisfeito

com seu trabalho, que exercite a sua mente para o mundo contemporâneo e faça uma

revolução humana dentro de si depois de tudo o que vivenciou e aprendeu.

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1. TRADUZINDO AS TERMINOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

1.1 CULTURA ORGANIZACIONAL

Segundo Taylor (2006, pág. 62), “a cultura organizacional é o conjunto complexo que

inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, lei, costumes e quaisquer outras capacidades e

hábitos adquiridos pelos homens como membros da sociedade”. Outra definição bastante

funcional de Janice Beyer e Harrison Trice:

Partindo de um conceito bastante usual de cultura na literatura administrativa: rede de

concepções, normas e valores, que são tão tomadas por certas que permanecem

submersas a vida organizacional, os autores afirmam que para criar e manter a cultura,

estas concepções, normas e valores devem ser afirmados e comunicados aos membros

da organização de uma forma tangível. Esta parte tangível e as formas culturais,

constituem os ritos, rituais, mitos, estórias, gestos, artefatos. (BEYER, JANICE;

TRICE, HARRISON, 2007, pág. 19).

Em conformidade com Taylor, a cultura organizacional é um Raio X de um povo que

ali trabalha mostrando as suas crenças, arte, moral, lei, costumes, etc., mas misturando com a

bagagem cultural do empresário. No caso de minha empresa, há uma mistura de modo de

administrar oriental com o modo de trabalhar, a mão de obra nordestina. O oriental por sua

natureza, é rígido em seu modo de viver. Já o ocidental (nordestinos), são mais flexíveis. Um

ponto em comum nas duas culturas é que ambos são humildes e trabalhadores.

1.2 COMUNICAÇÃO INTERNA

Segundo Juarez Bahia (1995), “a Comunicação Interna é um modo de difundir entre os

empregados a realidade da empresa, da ampliação dos laços de identidade funcional, de

prestação de informações e de estímulo ao debate da realidade social, sem intermediários”. É

por este caminho que poderá fortalecer os vínculos sociais da sua organização.

A objetividade na Comunicação Empresarial atua para reduzir ou eliminar a suspeição

latente de uso da informação como instrumento de manipulação ou de pressão do poder

econômico. Como fazer então para aprofundar relações humanas e profissionais? O

empresário pode locá-lo por meio de estritas relações de trabalho, tendo por maior valor a

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informação. Sendo assim, a Comunicação Interna é fundamental ter todos os finais do

encerramento do expediente de trabalho para evitar crises futuramente e assim “quebrar o

gelo” na relação patrão versus empregados. Tanto o empresário como o colaborador, devem

ter iniciativas de comunicar entre si os fatos ocorridos ao longo do dia, sejam estes bons ou

ruins para que no dia seguinte ajam com ações debatidas do dia anterior. Há aqueles que

pensam que reuniões são chatas, mas no final da semana, mês ou ano, todos saem ganhando.

1.3 CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL

Em publicação da Fundação Getúlio Vargas, “entende-se por capacitação o ato ou

efeito de habilitar, de tornar uma pessoa capaz, possuidora de faculdades, potencial e

habilidades para estar em estado de compreender e desenvolver uma determinada habilidade”.

Capacitar visa a promoção do desenvolvimento permanente de competências dos

empregados, e a manutenção dos processos contínuos de aprendizagem. Os programas de

capacitação e desenvolvimento das pessoas compreendem o processo da aprendizagem com o

basilar para o sucesso dos empreendimentos das organizações.

A capacitação não se confunde com o treinamento. Nesse, o processo de aprendizagem

é tomado na perspectiva de instruir, de transmitir conhecimentos e informações , de acostumar

o trabalhador as tarefas que deverá assumir no seu trabalho, ou seja, de habituar, disciplinar e

até adestramento.

Capacitar e Treinar incentivando o colaborador a desenvolver o potencial que ele tinha

mas que estava adormecido dentro de si e cumprir parte da sua Responsabilidade Social. Um

exemplo por hipótese pode ser aquele funcionário que gostava de ler, mas parou por falta de

tempo para estudar, assim capacitar para a leitura e treinar para melhor se comunicar com os

fregueses.

1.4 CAPITALISMO

Segundo publicação do Wikipedia (2009), o Capitalismo é um sistema sócio-

econômico, político e social, adotado pela grande maioria dos países e das sociedades

humanas, onde possuem propriedades privadas dos meios de produção, no qual os agentes

econômicos (empresários), proprietários dos meios de produção permitem que esta produção

seja comercializada num mercado onde as transações são de natureza monetária.

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O sistema capitalista é um sistema que separa capital de trabalho e cujas relações são

de dominação e exploração. Para que haja dominação e exploração, é necessário que o

trabalho e o capital estejam separados. No momento em que a pessoa trabalha no que é dela,

não existe mais capitalismo. Comumente definido como um sistema de organização de

sociedade, baseado na propriedade privada dos meios de produção e propriedade intelectual, e

na liberdade de contrato sobre estes bens (livre-mercado). As pessoas quando sujeitas a estas

condições, com o intuito de satisfazer seus desejos e necessidades, tendem espontaneamente a

dirigir seus esforços no sentido de acumular capital, o qual é então usado como moeda de

troca a fim de adquirir os serviços e produtos desejados.

Como se percebe, o nome veio a calhar, pois informa diretamente uma das principais

características imanentes, que é o acúmulo de capital (embora nenhum indivíduo seja

obrigado legalmente a �alcançá-lo). O capital, por sua vez, pode ser adquirido, expandindo

basicamente pelo trabalho produtivo e o comércio, mas como o primeiro também pode se

enquadrar na classificação de comércio, a rigor e em última instância, o acúmulo se dá pelo

comércio voluntário.

O capitalismo, segundo seus defensores, é o meio mais eficiente e eficaz de

prosperidade, desenvolvimento e eliminação de pobreza nas sociedades, devido ao seguinte

argumento central: cada indivíduo, por depender basicamente do seu próprio esforço, por ter

direito a acumular e desfrutar dos produtos gerados por este esforço, por ter de assumir e

colocar em risco seu próprio patrimônio é altamente motivado a utilizar seus recursos,

materiais e intelectuais, da melhor forma, ou seja, mais eficiente possível, e a melhor forma

possível é a que gera maior riqueza para a sociedade, já que os indivíduos dependem de

transações voluntárias.

As cinco fases do Capitalismo, segundo publicação do Wikipedia (2009) são:

� Pré-Capitalismo – (Não é uma fase) Período da economia mercantil, em que a

produção se destina a trocas e não apenas a uso imediato. Não se generalizou o

trabalho assalariado; trabalhadores independentes que vendiam o produto de seu

trabalho, mas não seu trabalho. Os artesãos eram donos de suas oficinas, ferramentas e

matéria-prima.

� Capitalismo Comercial – Apesar de predominar o produtor independente (artesão),

generaliza-se o trabalho assalariado. A maior parte do lucro concentrava-se na mão

dos comerciantes, intermediários, não nas mãos dos produtores. Lucrava mais quem

comprava e vendia a mercadoria, não quem produzia.

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� Capitalismo Industrial – O trabalho assalariado se instala, em prejuízo dos artesãos,

separando claramente os possuidores de meios de produção e o exército de

trabalhadores.

� Capitalismo Financeiro – O sistema bancário e grandes corporações financeiras

tornam-se dominantes e possam a controlar as demais atividades.

� Capitalismo Informacional- Fase atual. O capitalismo continua industrial e financeiro,

mas sua característica principal, é a importância do conhecimento.

1.4.1 CAPITALISMO ATUAL

Grandes empresas do mundo passaram a oferecer fortes benefícios a seus empregados,

antecipando a ação de sindicatos e governos. Benefícios tais como: redução de jornada de

trabalho, participação nos lucros, ganhos por produtividade, salários acima da média do

mercado, promoção à inovação, jornada de trabalho flexível, flexibilização de jornada para

mulheres com filhos, participação societária para produtos inovadores desenvolvidos com

sucesso, entre outros.

Ao contrário do princípio do capitalismo, quando se acreditava que a redução de custos

com recursos humanos e sua conseqüente exploração, traria o maior lucro possível, passou a

vigorar a tese de que seria desejável atrair os melhores profissionais do mercado e mantê-los

tão motivados quanto possível e isto tornaria a empresa mais lucrativa. No entanto, o número

de funcionários que se enquadram neste modelo é insignificante diante de toda a massa

trabalhista mundial, que em sua maioria ainda trabalha em condições muito precárias.

1.4.2 CAPITALISMO NATURAL

Também chamado capitalismo verde, é a teoria de que preservar o ambiente, ser

socialmente responsável, interagir na comunidade em que se está inserido traz satisfação aos

clientes, diferencia a empresa em relação a concorrência e por conseqüência amplia os lucros

para os acionistas.

Há uma tendência para adoção deste modelo em grandes empresas ocidentais, desde

que tais medidas não prejudiquem a economia global, independentemente do mal que a

degradação ambiental possa causar ao planeta. Capitalismo, significa ganhar dinheiro, não

importando os meios para �alcançá-lo. Como diz a letra da música do Titãs “...homem

primata, capitalismo selvagem...” porém estamos no ano de 2009, e já não dá para viver mais

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assim, onde só o mais forte é quem ganha, enquanto os outros viram seus eternos “escravos”

ou trabalham escravos de seus salários.

Por isso, é a Responsabilidade Social o qual o empreendedor não só se preocupa com a

produção de sua empresa, mas também, cada vez mais com o bem–estar de seus

colaboradores. Assim, no final, todos saem ganhando – funcionário, freguês e patrão.

1.5 RESPONSABILIDADE SOCIAL

Segundo definição de Márcio Ivanor Zarpelon:

Responsabilidade Social, é a responsabilidade assumida diante da sociedade em relação

à geração de empregos, a pagamento de salários dignos, à arrecadação correta da carga

tributária, ao aumento da qualidade de vida, à assimilação e transferência de

tecnologia, ou a qualquer outro fator que possa agregar benefício para a gestão e para a

sociedade. (ZARPELON, MÁRCIO IVANOR, 2006, pág. 15).

A Responsabilidade Social não pode ser confundida com a Responsabilidade

Ambiental. A diferença é que o foco da Responsabilidade Social são as pessoa, o meio na

qual estas pessoas estão inseridas; enquanto o foco da Responsabilidade Ambiental é o meio

ambiente, entendendo-se que este meio está relacionado com fatores biótipos (seres que

possuem vida) e abiótipos (seres que não possuem vida), exemplos: animais, vegetais e

atmosfera.

Contudo, Responsabilidade Social vai desde uma parceria com o governo, a sociedade

e as empresas, transformando tanto o empresariado quanto os seus funcionários num “novo

modelo” de sociedade. Uma sociedade mais justa, onde o colaborador não é só provedor de

trabalho e serviços, ou seja, cumpridor de ordens e sim parceiro da classe empresarial

indispensável ao bom funcionamento do negócio. Cabe a classe empresarial olhar o cliente

interno como um parceiro porque ele traz resultados altamente compensadores para a

empresa.

1.5.1 HISTÓRICO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL

Os conceitos preliminares que permanecem evolutivos relacionados aos aspectos

sociais corporativos iniciaram-se quando surgiu a necessidade de adequação das empresas aos

interesses da sociedade, o qual é outorgado mediante contrato realizado entre empresa,

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sociedade e esfera pública ou governamental. Este conceito de interesse social migrou para a

chamada Responsabilidade Social, a qual ganhou espaço nas organizações e nos dias atuais é

divulgada com amplitude.

No âmbito social macro, em conseqüência da escolha demasiada por determinada

localidade para residir, além da contribuição do seu próprio crescimento populacional, as

grandes cidades começam a enfrentar problemas sociais, os quais no passado, em muitos

casos, eram inexistentes. Em virtude disso, gerou-se interesse para que muitas pessoas

migrassem. Este processo latente e perene de migração consiste na busca por melhores

condições e qualidade de vida. Porém, fadadas aos vínculos, torna-se difícil para que as

pessoas abandonem estas cidades e escolham outro local para residir, quando cônscias dos

problemas.

Na esfera de contexto, o governo e as empresas estão inseridos, influenciados pelas

políticas internas e externas, pela economia, pela administração, e por tantos outros fatores, na

tentativa de minimizar os problemas causados pelo crescimento demográfico vertiginoso, nas

cidades e metrópoles. Quando se torna praticamente inviável o gerenciamento público deste

processo vertiginoso, surge a necessidade de parcerias, as quais são realizadas com a

sociedade e com as empresas, transferindo uma parte da responsabilidade pública ao setor

privado.

Com o passar do tempo, as organizações vêm adquirindo uma mentalidade de

adequação em relação ao meio em que estão inseridas, seja social, seja ambiental. Essa

adequação pode ser influenciada por inúmeros fatores, tais como: pressão dos clientes,

fornecedores, sociedade, legislação em vigor, entre outros.

Surgem, neste contexto, a Responsabilidade Ambiental e a Responsabilidade Social,

que são confundidas entre si, pois partilham da mesma filosofia, apesar de distintas em seu

foco de atuação e conceitos.

A nova visão de adequação das organizações, pressupõe que estas devem se preocupar

também com o futuro das gerações, e assim consequentemente sejam reconhecidas como

“Organizações Inteligentes “e eficazes. Diz-se que uma organização é inteligente, a medida

que consegue aplicar com efetividade e benefício os seus conhecimentos, sejam estes

benefícios refletidos interna ou externamente a ela.

Essa filosofia pode ser observada através de ações pro ativas nas organizações que

visam a aumentar a qualidade de vida da sociedade na qual estão inseridas; agregar

desenvolvimento e garantir a existência do homem em gerações futuras, entre outros fatores.

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É de responsabilidade das organizações contemporâneas, participarem das mudanças

de paradigmas ativamente ao invés de passivamente, deixando este legado e transferindo

tecnologia para as gerações futuras.

Em conformidade com Márcio Ivanor Zarpelon, todos nós estamos incumbidos de

cuidar da Responsabilidade Social no mundo que nos cerca principalmente a classe

empresarial que em conjunto com o governo resolvem também as questões sociais e

colaboram para a consciência que devemos ter com o meio ambiente em que vivemos pois

cuidar da terra e do meio ambiente, é cuidar para um futuro mais humanizado para nossos

entes queridos

1.5.2 CLASSIFICAÇÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL

� Quanto ao Ambiente Organizacional

Interno: Caracteriza-se pelo pagamento de salários dignos que promovam o acesso à

saúde, à alimentação , ao transporte, à moradia, à educação, ao vestuário e lazer, ao zelo pelo

bem-estar dos funcionários; a não aprovação do trabalho forçado, escravo ou qualquer outra

forma de coerção; e à promoção de um ambiente saudável e agradável de trabalho,

internamente a uma organização.

Externo: É observada através do desenvolvimento da sociedade, do incremento de

empregos e do poder aquisitivo, das políticas favoráveis, da melhoria da qualidade de vida e

bem-estar da sociedade, externamente a uma organização. São comuns, neste contexto, os

projetos sociais.

� Quanto a Formalidade

Formal: Caracteriza-se pela formalização documentada de ações tomadas para que se

atinja a Gestão e a Responsabilidade Social, como por exemplo, a certificação de um sistema

de gestão padronizado, projetos sociais, implementação de leis, além da educação ministrada

em Gestão e Responsabilidade Social.

Informal: Caracteriza-se pelo ganho da sociedade, através de debates, círculo de

informações, entre outras formas que possibilitam a disseminação de informações e de

conhecimentos, normalmente não planejados estrategicamente nem documentados

formalmente.

� Quanto a Natureza

Pessoa Física: Pessoas em geral, que compõem a sociedade, normalmente atuando na

informalidade.

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Pessoa Jurídica (Corporativa ou Empresarial). A Responsabilidade Social Corporativa

caracteriza-se por empresas ou organizações que esteja imbuídas do comprometimento social

em seus valores, sejam estas institutos, universidades, cooperativas, associações, OSCIP's

(Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), ONG's (Organizações Não-

Governamentais), com ou sem finalidade lucrativa, fomentando e transferindo

desenvolvimento para a sociedade.

Pública ou Governamental: É caracterizada pela intervenção do Estado através de

órgãos e repartições , com a responsabilidade de elaboração, execução e fiscalização de leis,

além de fomentar e implementar projetos sociais.

� Quanto à Tangibilidade

Tangível: Caracteriza-se pelos fatores mensuráveis a fim de verificar-se a evolução da

Gestão e da Responsabilidade Social. Todos os fatores tangíveis podem originar Indicadores

de Desempenho, como por exemplo, incremento de empregos, elevação do poder aquisitivo,

grau de escolaridade, expectativa, entre outros fatores mensuráveis em relação a uma

sociedade.

Intangível: Caracteriza-se pelos fatores não-mensuráveis, intangíveis e subjetivos, que

podem evidenciar a evolução da Responsabilidade Social, no meio em que está inserida como

por exemplo, a mudança de mentalidade da sociedade.

1.6 MIGRAÇÃO NORDESTINA (HISTÓRICO)

Segundo Wikipedia (2009), a migração nordestina, para outras regiões do país teve

grande relevância na história da migração no Brasil desde a época do Império de D.Pedro II.

Com o início do Primeiro Ciclo da Borracha em 1879, os nordestinos migraram para a

Amazônia, fato que se repete com o Segundo Ciclo da Borracha durante a Segunda Guerra

Mundial.

Com o auge da industrialização no Brasil, entre as décadas de 1960 e 1980, a migração

nordestina para a região Sudeste, em especial aos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, foi

intensa. As capitais destes estados tornaram-se "terras de oportunidades".

1.6.1 MIGRAÇÃO NORDESTINA PARA O SUDESTE

Devido principalmente ao problema da exploração social e do trabalho na economia

rural nordestina, relacionada e justificada pela seca, somadas com a grande oferta de

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empregos de outras regiões principalmente nas décadas de 60 , 70 e 80, em especial na região

Sudeste, verificou-se um pronunciado fluxo migratório de parte da população nordestina para

outras regiões do país.

Na última década porém, devido às alterações estruturais na economia impulsionadas

por medidas social-democratas e com a crise do Estado, surgiu um problema generalizado de

aumento do desemprego, de queda da qualidade da educação, e redução gradativa da renda

(aliada a sua histórica de distribuição desigual). Isto fez com que parte da população de

origem nordestina e de seus descendentes, os quais antes haviam migrado pela falta de

recursos, mantivessem uma baixa qualidade de vida.

Por causa da visão espelhada nas décadas anteriores, o falso ideal imaginário que se

formou em relação à região Sudeste, é de promessa de uma qualidade de vida melhor, de fácil

oportunidade de emprego, salários mais altos, entre outros; iludidos por esse sonho, quando

um nordestino migra para o Sudeste em busca de uma melhoria na qualidade de vida, acaba

encontrando o contrário, além de sofrer preconceito social no dia-a-dia.

Considerando que um nordestino que more em uma casa, onde não existe água

encanada, ou seja, tem que andar quilômetros para obter água de balde, não tem saneamento

básico, a sua única opção é sair dessa miséria e ir a luta por sobrevivência nas cidades

grandes, metrópoles, como Rio de Janeiro e São Paulo. Mas chegando na terra tão sonhada,

têm a chance de por sorte até conseguir um trabalho sendo este mal pago o que impossibilita

de os migrantes nordestinos a darem continuidade aos seus estudos.

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2. MIGRANTES NORDESTINOS

Uma pesquisa por amostragem feita no próprio estabelecimento, detectou que o

público-alvo são oriundos de cidades como Souza na Paraíba, Milinzal no Maranhão e

Carnaúbal no Ceará. Os níveis de escolaridade variam desde o analfabeto funcional passando

pelo ensino médio e atingindo o ápice, chegando ao ensino Técnico de Informática. As idades

dos colaboradores variam de 22 a 60 anos.

O motivo que levou os colaboradores a imigrar para a região sudeste, foi por falta de

oportunidades de trabalho em sua terra natal, pois lá trabalhavam na roça com a agricultura e

a chance que encontraram era de imigrar para o Rio de Janeiro para ganhar mais dinheiro.

A maioria dos colaboradores já tinham contato de parentes que moravam na região

sudeste, por isso a facilidade para mudar de estado. Há desde o aprendiz, até o colaborador

sênior, em termos de tempo de trabalho na nossa empresa no Rio de Janeiro.

2.1 BENEFÍCIOS EM QUALIFICAR A MÃO DE OBRA MIGRANTE

O diferencial em qualificar a mão de obra migrante, é que esta acompanhará todo o

processo desde o início da capacitação até o fim desta. Teremos como resultado uma mão de

obra mais consciente e preparada para enfrentar o mundo contemporâneo e os efeitos da

globalização.

Os benefícios são triplicados, ou seja, utilizamos a política do “Ganha-Ganha”, onde o

público interno é o primeiro a ganhar benefícios, sejam pessoais, e também através de

premiações e promoções na empresa; depois vem o freguês, e por último o empresário.

Alguns benefícios são intangíveis, pois não há como mensurar a satisfação do

colaborador. Com o Programa de Capacitação e Treinamento de migrantes nordestinos

residentes na cidade do Rio de Janeiro na área alimentícia, erradicamos uma parcela do

analfabetismo de jovens e adultos, aplicando ações na nossa empresa.

Os benefícios como assistência médica, medicina em grupo, assistência odontológica,

participação nos lucros, previdência privada, restaurante na empresa, tíquete alimentação e

vale-transporte, resultam em um funcionário motivado a cada dia a desafiar novas metas

aumentando a produtividade mas também a qualidade do serviço prestado. Para acrescentar,

os benefícios tangíveis podem ser: ganhar livros clássicos da literatura brasileira, ganhar um

convite para uma peça de teatro ou ganhar um city tour pela cidade do Rio de Janeiro.

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Digamos que sem os benefícios, teríamos um funcionário qualificado mas sem o "gás"

para obter seus benefícios ao longo de sua jornada de trabalho. Concluímos que além da

qualificação precisamos que os colaboradores tenham a auto-estima elevada por isso o

essencial é que eles recebam os benefícios aos quais têm direito.

Os benefícios estimulam os colaboradores a se interessarem pela leitura, a conhecer a

sua cultura e os pontos turísticos de sua cidade, pois uma cidade turística só é boa se for boa

para quem nela vive. Com novas visões, os colaboradores já estimulados, voltam ao setor de

trabalho mais criativos, produzindo e atendendo ao cliente com mais satisfação. Estes

benefícios, podem ser obtidos no decorrer do seu contrato de trabalho.

2.2 A COMUNICAÇÃO

Segundo Maria Tereza Leme Fleury (2007 pág.24), a comunicação constitui um dos

elementos essenciais no processo de criação, transmissão e cristalização do universo

simbólico de uma organização. O mapeamento do sistema de comunicações, sistema este

pensado tanto como meios, instrumentos, veículos, como a relação entre quem se comunica é

fundamental para apreensão deste universo simbólico.

Entre os meios de comunicação, é preciso identificar tanto os meios formais orais

(contactos diretos, reuniões, telefonemas) e escritos (jornais, circulares, memos) como os

meios informais, como por exemplo a chamada "rádio peão". O mapeamento dos meios

possibilita o desvendar das relações entre categorias, grupos e áreas da organização.

Os modelos mais modernos de gestão da força de trabalho pressupõem a introdução de

novos canais de comunicação entre empresa e empregado, como os comitês de representantes

de empregados, os esquemas "portas abertas" ou "fale francamente", que substituíram as

tradicionais caixinhas de sugestões. São tentativas de melhorar os sistemas de comunicação

nas duas mãos: levando mais informações aos empregados e recebendo suas opiniões,

sugestões e reivindicações, reforçando ou em certos casos procurando modificar padrões

culturais.

Já para Fábio França e Gutemberg Leite (2007, pág. 20), as análises feitas, demonstram

que a comunicação ganhou importância significativa nas organizações. Nessa perspectiva,

ficou evidente que tem uma missão própria a cumprir para manter os funcionários informados

e motivados quanto ao seu trabalho, de modo a contribuir para o desenvolvimento da

organização.

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Os modernos recursos da tecnologia, como a Internet e a Intranet, vieram facilitar a

interação organização versus colaboradores, pela possibilidade de se fazer uma comunicação

on-line, e dessa forma, aumentar sua eficácia, evitando-se os inconvenientes da comunicação

informal.

Sendo assim, concordo com Fleury, que a comunicação entra como uma das formas de

Responsabilidade Social, e que ambas andam em conjunto auxiliando no desdobramento de

clima organizacional entre patrão e colaboradores, minimizando os atritos do dia-a-dia. O

cliente interno é o outro lado do espelho da empresa, por isso a importância de ouvir a sua voz

e assim fazer uma troca recíproca de idéias e críticas.

2.3 OS BENEFÍCIOS SOCIAIS E TRABALHISTAS, DIREITO DOS MIGRANTES

NORDESTINOS

Refere-se a manutenção dos recursos humanos entendidos como o patrimônio maior da

empresa e determinantes para o seu sucesso. Segundo Chiavenato, Idalberto (apud. Pimenta,

Maria Alzira, Gestão de Pessoas em Turismo, Sustentabilidade, Qualidade e Comunicação,

pág. 17, 1998), a manutenção dos recursos humanos envolve quatro categorias: os planos de

compensação monetária, de benefícios sociais, de higiene e segurança do trabalho e de

relações trabalhistas.

A compensação monetária inclui salário, gratificações, gorjetas, comissões adicionais

como a periculosidade, insalubridade e participação nos lucros e os prêmios. Dentre os

benefícios sociais, destacam-se a assistência médico-hospitalar, seguro de vida, programa de

alimentação e auxílio-transporte. A terceira envolve os programas de higiene e segurança no

trabalho; estes são articulados entre si e procuram garantir a saúde física e mental dos

trabalhadores. Já o cuidado com as relações trabalhistas envolve as negociações com

entidades representativas dos funcionários, os sindicatos, em questões que escapam o âmbito

interno, ou que seriam mais bem tratadas num fórum neutro.

Segundo o informativo da Sigabam de março/abril de 2009 (Sindicato dos Garçons,

Barmen e Maitre do Estado do Rio de Janeiro), os direitos sociais são: seguro-desemprego,

em caso de desemprego involuntário, fundo de garantia por tempo de serviço, décimo terceiro

salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria - duração do trabalho

normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a

compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de

trabalho remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento

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a do normal gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o

salário normal.

É necessário que se aplique os dois benefícios, tanto sociais como trabalhistas

paralelamente, para que haja equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional do

colaborador. Os benefícios podem ser utilizados, quando o colaborador precisar de um

médico, na hora de realizar as suas refeições como almoço e lanches e em seu trajeto ao

trabalho/casa.

Aplicando-se a matemática inteligente, o colaborador deve usufruir dos benefícios

sociais e benefícios trabalhistas de forma planejada. O colaborador deve utilizar os benefícios

até o fim do contrato de trabalho ou a sua renovação.

2.4 A RESPONSABILIDADE SOCIAL DO EMPREGADOR

Segundo Márcio Ivanor Zarpelon (2006), a Responsabilidade Social Corporativa diz

respeito à atitude da empresa perante a sociedade, o meio-ambiente e os acionistas. Portanto a

Responsabilidade Social Corporativa não existe por si só. Ela não apenas pressupõe a

existência do outro, mas também regula as relações entre a empresa e os seus públicos.

Entre a empresa e os seus acionistas, é necessário haver uma atitude de diálogo, de

interlocução e portanto, de comunicação. Por isso é valida a máxima, de que não basta à

empresa ser socialmente responsável. Ela precisa transparecer isso. Não existe

responsabilidade social sem percepção de responsabilidade social, assim como não existe

percepção sem comunicação, conclui-se que, sem comunicação, a responsabilidade social não

se realiza de modo efetivo.

Já para Silva, Reinaldo O. da (2001), "a Responsabilidade Social Corporativa é a

obrigação que uma organização possui de agir de maneira que sirva tanto aos interesses

próprios, como aos interesses da sociedade”.

Um paradigma a ser quebrado pelas organizações do futuro, tange no que diz respeito

em se considerar o lucro menos importante do que a função social que esta possa

desempenhar. São princípios e valores a serem inseridos na Cultura Organizacional, um novo

horizonte, no qual professores e educadores, enquanto que na condição de formadores de

opinião, devem disseminar na cultura dos futuros administradores e gestores, para que estes

sejam também um instrumento catalisador nas organizações.

Algumas empresas já estão imbuídas dessa nova mentalidade, e aplicam a

responsabilidade social. Uma das maneiras das organizações tornarem público este

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compromisso para com a sociedade é através da abertura e da divulgação de seu Balanço

Social, além do fomento ou da implementação de Projetos Sociais.

Segundo Duarte (1986), "a empresa imperfeita como as outras obras do homem, nem

sempre desempenhou a contento sua função social. As organizações podem assumir diferentes

identidades e posturas, dependendo da sociedade e do momento na qual estão inseridas".

No intuito de agregar desenvolvimento e benefício para a sociedade local na qual estão

inseridas, ou de maneira globalizada, algumas organizações são constituídas. Neste universo,

podem existir as organizações com ou sem viabilidades lucrativas. Porém, considerem-se

como genuinamente sociais aquelas sem finalidades lucrativas, não se descartando a

importância daquelas cuja natureza da atividade provê apoio ao desenvolvimento social,

mesmo sem desarticulação da finalidade lucrativa.

Entre as formas de constituição genuinamente sociais, em relação a natureza jurídica e

estatutária, podem-se citar organizações sem finalidades lucrativas e interesses comerciais

como ONG's, OSCIP's, associações, cooperativas, fundações e institutos.

Entre as formas de constituição corporativa, que agregam benefício social em virtude

de suas atividades comerciais ou até mesmo em virtude da assimilação dos conceitos

relacionados à Gestão Social podem se citar as SA's e LTDA's . No entanto, deve-se

evidenciar que estas não possuem seu foco na Gestão Social em relação à natureza jurídica e

estatutária, a qual normalmente possui finalidade lucrativa. As organizações de natureza

jurídica e estatutária com finalidade lucrativa não possuem ainda uma postura única e definida

sobre a Responsabilidade Social.

Em conformidade com Duarte, as empresas limitadas não exercem a função de Gestão

Social, mas para haver um equilíbrio, a minha empresa decidiu humanizar mais a relação

patrão e empregados e aderir ao conceito de Silva, Reinaldo O. da, que considera o lucro

menos importante que a função social, pois no mundo competitivo contemporâneo, estamos

lado a lado com o colaborador que hoje é reconhecido como parceiro, capital humano, fonte

de criação e não mais o empregado que está ali para cumprir o seu horário de trabalho e ir

embora. Por isso, a Responsabilidade Social foi criada para olhar com mais cuidado o nosso

capital humano.

Dando oportunidade de qualificar o colaborador, já é uma forma de responsabilidade

social. Além disso, passamos aos nossos colaboradores a consciência da responsabilidade

ambiental. Os exemplos são inúmeros como: juntar vários copos para lavar de uma só vez,

separar as bebidas em lata para a reciclagem, jogar lixo na lata de lixo e economizar água ao

lavar o chão.

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3. ANÁLISE

3.1 UMA SIMULAÇÃO DE PARCERIA COM O PROGRAMA "EDUCA MAIS" DO

SISTEMA FIRJAN / SESI / SENAI

O Projeto Educa Mais, elaborado pelo sistema FIRJAN/ SESI/ SENAI dentre os

diversos aspectos, pretende minimizar as altas taxas de analfabetismo no Brasil, que tem mais

é crescer. Para isso propõem, segundo dados do folder da FIRJAN/SESI/SENAI, um

programa para ajudar a melhorar a qualidade de vida dos seus trabalhadores e a produtividade

da indústria com Atualização em Língua Portuguesa e Inclusão Digital.

O Projeto Educa Mais é gratuito para empresas com até pelo menos dez funcionários e

espaço físico já garantido pela empresa contratante. São ministradas aulas de alfabetização em

português, que segundo o Programa Educa Mais é um curso de atualização, pautado no

acordo ortográfico, que entrou em vigor em janeiro de 2009. Ele se destina a trabalhadores e

seus dependentes e/ou comunidade, indicados pelas indústrias, desde que atendam ao pré-

requisito de escolaridade do ensino fundamental completo e que sejam de baixa renda,

condição que deve ser atestada pelo candidato.

O programa visa construir o conhecimento dos conceitos básicos que fundamentam a

comunicação verbal e não verbal de forma clara e objetiva, respeitando as regras da língua

portuguesa e o acordo ortográfico que entrou em vigor em janeiro de 2009. Do

funcionamento, as indústrias indicam seus trabalhadores, dependentes e comunidade para o

projeto. O curso tem duração de 30 horas (24horas à distância e 6 horas presenciais na própria

empresa). Vale ressaltar, que os horários devem ser previamente combinados com a indústria

para que não prejudiquem as atividades do trabalhador.

Já o programa de Inclusão Digital consiste em conhecimento da informática básica. O

público-alvo são trabalhadores indicados pelas indústrias do estado do Rio de Janeiro e grupos

da terceira idade da rede de unidades do SESI, desde que atendam ao pré-requisito de

escolaridade (1a. etapa do Ensino Fundamental) e sejam, de baixa renda, condição atestada

pelo candidato. São 3.510 vagas abertas. Do programa, o aluno reconhece a aplicabilidade dos

conteúdos em situações do dia a dia profissional e pessoal, o que garante seu interesse e

aprendizagem eficiente, ampliando o desenvolvimento das competências requeridas do

trabalhador. Do funcionamento, as indústrias indicam seus trabalhadores. O curso, com 30

horas de duração, será realizado nos laboratórios de informática das unidades SESI no Rio de

Janeiro ou na própria empresa. Dos horários, estes são previamente combinados com a

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indústria para não prejudicar as atividades do trabalhador.

Contudo, a imagem que a mídia faz do Projeto Educa Mais, é sem dúvida estupendo,

mas já não me soa mais tão legal pela falta de organização que fui percebendo ao longo do

processo que passei para tentar ver se poderia ser atendida. A sensação que eu tive é que eu

estaria fazendo um favor a eles. O que pensar, das futuras empresas que precisarem de uma

consultoria deles?

Em relação ao cumprimento da responsabilidade social, empresa e trabalhador

beneficiam-se, já que o projeto prevê capacitar e treinar incentivando o colaborador a

desenvolver o potencial que ele tem, mas que está adormecido dentro de si. Um exemplo por

hipótese pode ser aquele funcionário que gosta de ler, mas parou por falta de tempo para

estudar, assim capacitar-se para a leitura e treinar para melhor se comunicar com os fregueses.

Outros objetivos seriam a aplicação de um sistema de educação moderno e inovador

baseado em disciplinas como a alfabetização, ensino básico de português, ou seja, aprendendo

a se comunicar com clareza e matemática, ou seja, lidando de forma planejada e consciente

com o dinheiro ao passar um cheque, fazendo compras no mercado,etc., higiene pessoal

(cuidando da sua aparência física: cortando cabelo,unhas) e na empresa(cuidando da limpeza

em geral, varrendo, limpando o balcão) arte terapia( ida a museus e teatros, visita pelo Rio a

pé); reciclagem(juntar vários copos para lavar de uma só vez, separar as bebidas em lata para

a reciclagem, jogar lixo na lata do lixo, economizar água ao lavar o chão); atendimento ao

cliente (saber lidar com diversos tipos de pessoas e inclusão digital(entrar na internet, enviar e

receber e-mails).

No que diz respeito ao ramo alimentício, especificamente estabelecimentos como

pastelaria, acredita-se que os objetivos é empregar 90% dos nordestinos que geralmente

chegam recomendados por quem já está trabalhando na loja, e oferecemos treinamento e a

chance de aprender todas as funções dentro de uma lanchonete, trazendo como benefícios um

colaborador multifuncional aplicada a política do Ganha-Ganha, onde o público interno é o

primeiro a ganhar benefícios, sejam pessoais e também através de premiações e promoções na

empresa. Depois vem os fregueses, e por último o empresário. Os benefícios tangíveis seriam

ganhar livros clássicos da literatura brasileira, ganhar um convite para uma peça de teatro ou

ganhar um city tour pela cidade do Rio de Janeiro, possibilitando uma melhor prestação de

serviço e melhoria de qualidade de vida do trabalhador.

Caso a empresa utilizasse os cursos de capacitação profissional do sistema

FIRJAN/SESI/SENAI, aproveitaríamos para oferecer aos nossos colaboradores a versão mais

moderna do curso de atualização em Língua Portuguesa para que os colaboradores saíssem

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com uma visão sobre a importância de comunicar-se de modo fluente e claro, ler e escrever

corretamente e também já se familiarizarem com o computador, ferramenta útil na vida

moderna, envio e recebimento de e-mails para os familiares e amigos principalmente os de

sua terra natal.

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CONCLUSÃO

É extremamente necessário, capacitar e treinar e quanto mais rápido melhor, pois além

de estarmos no mundo globalizado, precisamos estar atentos à concorrência que nos cerca e as

mudanças de comportamento seja do consumidor ou do colaborador .

Com a qualificação, diminuímos aquele estereótipo do funcionário robô, que só faz o

que for solicitado. O colaborador sairá com outra visão de trabalho e de mundo. Espera-se que

ele seja mais pró-ativo, exercendo as suas tarefas com maestria e alegria.

Apesar de ter feito uma simulação com o sistema FIRJAN/SESI/SENAI do seu projeto

EDUCA MAIS, conclui que no presente momento não é válido estar fazendo uma parceria

devido a falta de organização, planejamento e mal atendimento dessa instituição.

A idéia já foi estabelecida, que é Capacitar os colaboradores e mantê-los atualizados.

Buscar outras parceiras, e obter o maior número de fornecedores parceiros na área de

educação é a proposta ao qual nos comprometemos.

Assim sendo, chegamos a mais uma nova etapa de trabalho de capacitação e

treinamento com nossos colaboradores inserindo a nossa Responsabilidade Social na

sociedade, com o diferencial voltado para a massa de população nordestina que ocupa a maior

parte da mão de obra de nossa cidade.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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BARÇANTE, LUIZ CESAR; DE CASTRO, CALDAS GUILHERME. Ouvindo a voz do

cliente interno. Editora Qualitymark, 1999.

ENTREVISTA - WANIA WONG

FRANÇA, FÁBIO; LEITE, GUTEMBERG. A Comunicação como estratégia de Recursos

Humanos. Editora Qualitymark, 2007.

FLEURY, MARIA TEREZA LEME; FISCHER, ROSA MARIA. Cultura e poder nas

organizações. Editora Atlas, 2007.

FGV - FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS

ILUSTRAÇÃO - SATSUMI MURAKAMI ROCHA

PASCHOAL, LUIZ. Gestão de Pessoas nas Micro , Pequenas e Médias empresas. Editora

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PIMENTA, MARIA ALZIRA. Gestão de pessoas em turismo, sustentabilidade, qualidade e

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SIGABAM, SINDICATO DOS GARÇONS, BARMEN E MAITRÊ DO ESTADO DO RIO

DE JANEIRO. InformativoMarço/ Abril de 2009.

ZARPELON, MÁRCIO IVANOR. Gestão e Responsabilidade Social.Editora Qualitymark,

2006.

www.wikipedia.com Data de acesso: 07/07/2009

Capitalismo

Migrantes Nordestinos

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ANEXOS

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ENTREVISTA

1- Quais são os valores fundamentais do seu empreendimento?

Os valores fundamentais são trabalhar com dedicação, respeitar as pessoas, tanto cliente quanto funcionário e oferecer muita qualidade nos nossos produtos.

2- Quais os objetivos da empresa?

Em principio, continuar tocando o comercio pois é uma herança de família. Além de ser o sustento da família, é um negocio que visa o bem estar dos clientes, pois oferecemos o alimento de pelo menos duas refeições por dia/pessoa. Empregamos praticamente 90% de nordestinos na loja. Geralmente eles chegam recomendados por quem já está trabalhando na loja. Oferecemos treinamento e a chance de aprender todas as funções dentro de uma lanchonete. 3- Como é formada a hierarquia do grupo? O nosso grupo é familiar. É formado pelo dono – filho (que trabalha gerenciando) encarregado- cozinheiro chefe ou pasteleiro- lancheiro (faz salgados)- suqueiro - balconistas.

3- Quais as celebrações e rituais que acontecem na casa?

Na Páscoa presenteamos os filhos dos funcionários com chocolate, no Natal e Ano Novo realizamos um almoço de confraternização e presenteamos os funcionários com algum tipo de presente. 11- Como é feita a comunicação interna? É feita verbalmente, já que temos apenas um encarregado. Ocasionalmente utilizamos circulares, cartazes, bilhetes ou um livro de ocorrência. 12- Quais as normas a serem cumpridas na casa? a) não chegar atrasado b) respeitar o colega de trabalho c) trabalhar uniformizado, de barba e cabelo cortados e unhas limpas d) não mexer em nada indevido e) consumir apenas os alimentos permitidos pela gerência

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Pós Graduação “Lato Sensu”

Título: Treinamento e Capacitação da Mão de Obra de Migrantes Nordestinos

Residentes na Cidade do Rio de Janeiro na Área Alimentícia

Autora: Sandra Wong

Data da Entrega:

Avaliado por:______________________________ Conceito:_________________________