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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÂO “LATO SENSU” O QUE É DISLEXIA E SUAS CAUSAS Por: Jéssica Domingues Vicente Moreira Cruz Orientadora: Maria Poppe RIO DE JANEIRO 2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PÓS-GRADUAÇÂO “LATO SENSU”

O QUE É DISLEXIA E SUAS CAUSAS

Por: Jéssica Domingues Vicente Moreira Cruz

Orientadora: Maria Poppe

RIO DE JANEIRO

2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

O QUE É DISLEXIA E SUAS CAUSAS

Apresentação de monografia ao Instituto A

Vez do Mestre – Universidade Candido Mendes

como requisito parcial para obtenção do grau de Pós

Graduação em Psicopedagogia

Por: Jéssica Domingues Vicente Moreira

Cruz

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Agradecimentos

Em primeiro lugar agradeço a Deus que me deu

resistência para ultrapassar as barreiras impostas em

meu caminhar, sabedoria e coragem.

Agradeço à minha família e as amigas da

faculdade, por todo apoio e compreensão.

Muito obrigada a todos.

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Dedicatória

Dedico este trabalho especialmente a DEUS e aos

meus pais que tanto me apoiaram. E a todos que

estiveram comigo nessa longa caminhada.

Amo vocês!!!

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Resumo

O presente estudo volta-se para as definições da dislexia e suas causas

durante a infância, onde durante o período inicial da alfabetização se

desenvolve de forma silenciosa e pode passar despercebida pelo professor

dentro de sala de aula, porém não deve escapar dos olhos do psicopedagogo,

que deve estar apto a perceber o distúrbio ao primeiro sinal do professor, que

provavelmente irá rotular o aluno como uma criança desatenta, bagunceira e

inquieta.

Definindo a dislexia como um distúrbio de aprendizagem, caracterizado

pela dificuldade na leitura e seus fonemas, e também comportamento do aluno

disléxico, que são principalmente a falta de organização tanto de si próprio

quanto do seu material escolar, perda de memória, lentidão ao realizar os

deveres propostos, falta de concentração, é uma criança que vive no “mundo

da lua” entre outras características tão marcantes. O aluno com dislexia na

deve ser tratado de forma diferenciada perante os outros alunos, e sim deve

ser ressaltado que o modo de aplicação de suas atividades serão modificadas,

garantido assim o aprendizado, levando-o não a cura e sim a melhora de seu

distúrbio

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Metodologia

O presente estudo foi realizado através de pesquisa bibliográfica, onde

será realizado um levantamento condizente ao assunto estudado

Sendo focalizado a Dislexia e seus transtornos durante a fase da

alfabetização, porém durante a pesquisa houve um impasse sobre a cura da

mesma ou se pode ser amenizada ao ponto de quase não ser percebida e

também seus transtornos durante a vida escolar. Ou seja, em vários momentos

foram mudados o rumo do presente trabalho para que pudesse melhor se

adaptar há um bom resultado no final ou a melhor conclusão plausível.

Durante esse período ficou claro a necessidade de estimulação da auto-

estima da criança, que por ser tão rotulado se torna tão baixa, que a mesma

passa a acreditar não é capaz de fazer nada direito ou mesmo que não

consegue fazer nada. Infelizmente a criança é martirizada pelos pais que não

teem paciência e não compreendem o que se passa com seu filho nesse

momento, os professores que o estigmatizam de “burro” ou “encrenqueiro sem

capricho” ou passam a implicar e os próprios alunos que o acham chato e que

atrapalha muito.

Momento em que na verdade deveria ser encarado como um novo

desafio não só para a criança mais também para todos os envolvidos no seu

processo de aprendizagem, onde deve ser encarado de forma séria como um

distúrbio e garantido por lei, como um problema que pode e deve ser tratado.

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Sumário

Introdução 10

Capítulo I - O que é Dislexia? 12

1.1- Quais as suas causas? 15

1.2- A Dislexia tem cura? 16

1.3- Suas influências durante a infância 17

Capítulo II – Dislexia x Alfabetização 18

2.1 – A dificuldade do disléxico na escola 18

2.2 – Como a escola pode diagnosticar a Dislexia 20

Capítulo III – A atuação psicopedagógica no âmbito escolar diante a Dislexia 22

Conclusão 25

Referências Bibliográficas 26

Anexos 27

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Introdução

Esta monografia tem por objetivo entender a dislexia, suas causas e o

que afeta na vida de uma criança, principalmente no âmbito escolar. Ou seja, a

dislexia vem sendo estudada ao longo do tempo como um distúrbio específico

da aprendizagem escrita, sendo primeiramente, tratada como uma “cegueira

verbal congênita” ocasionada por uma lesão cortial em adultos que sofreram de

transtornos na escrita após sofrer tal lesão. Russmal (1978), foi o primeiro

médico a relatar problemas cerebrais relacionados à linguagem escrita em

adultos, descrevendo-a como perda afásica – lesão no sistema nervoso central

devido a alterações do processo lingüístico. Porém nas ultimas décadas a

dislexia vem se tornando também um problema infantil, em crianças na fase da

alfabetização, que possuem como característica a troca de letras, escrita

espalhada, segmento de vocábulos, omissão de sílabas e entre outros. A

dislexia ocorre independente dos aspectos sociais, econômicos e/ou culturais e

sim, acontece nas escolas podendo tornar-se um grande desafio não só para a

criança, mas também a todos que a cerca.

Segundo a Associação Brasileira de Dislexia (ABD) 1994 e a

International Dyslexy Association a definição para o distúrbio é:

Dislexia é um dos muitos distúrbios de

aprendizagem. É um distúrbio específico da linguagem,

de origem constitucional, caracterizada pela dificuldade

em decodificar palavras simples. Mostra uma insuficiência

no processo fonológico. Essas dificuldades de decodificar

palavras simples não são esperadas em relação à idade.

Apesar de submeter a instrução convencional, adequada

inteligência, oportunidade sociocultural e não possuir

distúrbios cognitivos e sensoriais fundamentais, a criança

falha no processo de aquisição da linguagem. A dislexia é

apresentada em várias formas de linguagem,

frequentemente incluídos problemas de leitura, em

aquisição e capacidade de escrever e soletrar. (p.44 e 45)

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Tendo por justificativa definir a dificuldade de aprendizagem enfrentada

pelo portador de dislexia. Levando em conta não somente sua dificuldade em

língua portuguesa como também em outras áreas do conhecimento, tornando –

o na infância uma criança diferenciada, muitas vezes repetentes ( pois não

conseguem alcançar seu objetivo ao longo do ano) e rotulada por professores e

pais primeiramente como uma criança preguiçosa e que não quer aprender,

que simplesmente está na escola por estar. Geralmente seu problema não é

percebido rapidamente, somente n o segundo semestre da alfabetização ( se

tiver responsáveis/ professores que possam perceber o seu problema e que

possa encaminhá-lo para ajuda especializada), ou caso não ocorra seu

problema poderá se desenvolver até o extremo que seria a evasão escolar por

estar com uma idade avançada e ainda não ter aprendido a ler. Para que esse

problema será resolvido é necessário o comprometimento da família e da

escola com essa criança.

E como hipótese entender melhor a dislexia, seus problemas não só em

crianças mais também suas consequências na vida adulta. além de tentar

apoiar os profissionais da educação que muitas vezes não sabem lidar com

essa situação.

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Capitulo I – O que é dislexia?

Este capítulo tende a definir o que é dislexia segundo especialistas no

assunto, como: médicos, pedagogos, psicólogos, psicopedagogos, entre

outros, quais são suas causas – se são de origem neurológica, orgânica e/ou

ambos os casos e sua influência durante a infância. A dislexia pode afetar não

somente a leitura e a escrita, mais também a ortografia e a matemática.

1.1 - O que é dislexia?

Dys- dificuldade lexia- palavra

A dislexia é um transtorno da leitura, segundo o DSM IV – Manual

Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, estando classificada sob o

código 315.00, na seção sobre transtornos de aprendizagem na categoria

Transtornos geralmente diagnosticados pela primeira vez na infância ou

adolescência e também formulada pelo CID 10 – Código Internacional de

Doenças- sob o código F81.0, como transtorno específico de leitura. Esse

distúrbio pode ser de fundo neurológico, de caráter hereditário, transmitido por

uma pequena ramificação do cromossomo 06, além disso, a criança disléxica

possui uma área específica mais desenvolvida em seu hemisfério cerebral

lateral- direito. Note-se também que a criança disléxica possui dificuldade na

discriminação fonológica das palavras, pronunciando-as de forma errada, pois

mesma ainda não construiu os sons básicos que as compõem.

Seus principais sintomas são: distorção, substituição ou omissão de

letras, sílabas e palavras, compreensão reduzida, lentidão da leitura e

dificuldade na escrita.

A criança com dislexia possui um alto nível de criatividade, porém sua

capacidade de aprender não é igual ao processo educacional aplicado em

muitas escolas, levando a frustração e muitas vezes ao fracasso, pois muitos

pais e até professores veem o distúrbio como falta de interesse, ou desculpa

para não realizar as atividades escritas e causar muitos problemas na sala de

aula e com sérios problemas diante a sociedade.

Todavia, serão apresentados os sintomas que podem caracterizar a

dislexia a partir dos sete anos de idade, segundo ABD.

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1 - pode ser extremamente lento ao fazer seus deveres:

2 - ao contrário, seus deveres podem ser feitos rapidamente e com muitos

erros;

3 - cópia com letra bonita, mas tem pobre compreensão do texto ou não lê o

que escreve;

4 - a fluência em leitura é inadequada para a idade;

5 - inventa, acrescenta ou omite palavras ao ler e ao escrever;

6 - só faz leitura silenciosa;

7 - ao contrário, só entende o que lê, quando lê em voz alta para poder ouvir o

som da palavra;

8 - sua letra pode ser mal grafada e, até, ininteligível; pode borrar ou ligar as

palavras entre si;

9 - pode omitir, acrescentar, trocar ou inverter a ordem e direção de letras e

sílabas;

10 - esquece aquilo que aprendera muito bem, em poucas horas, dias ou

semanas;

11 - é mais fácil, ou só é capaz de bem transmitir o que sabe através de

exames orais;

12 - ao contrário, pode ser mais fácil escrever o que sabe do que falar aquilo

que sabe;

13 - tem grande imaginação e criatividade;

14 - desliga-se facilmente, entrando "no mundo da lua";

15 - tem dor de barriga na hora de ir para a escola e pode ter febre alta em dias

de prova;

16 - porque se liga em tudo, não consegue concentrar a atenção em um só

estímulo;

17 - baixa auto-imagem e auto-estima; não gosta de ir para a escola;

18 - esquiva-se de ler, especialmente em voz alta;

19 - perde-se facilmente no espaço e no tempo; sempre perde e esquece seus

pertences;

20 - tem mudanças bruscas de humor;

21 - é impulsivo e interrompe os demais para falar;

22 - não consegue falar se outra pessoa estiver falando ao mesmo tempo em

que ele fala;

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23 - é muito tímido e desligado; sob pressão, pode falar o oposto do que

desejaria;

24 - tem dificuldades visuais, embora um exame não revele problemas com

seus olhos;

25 - embora alguns sejam atletas, outros mal conseguem chutar, jogar ou

apanhar uma bola;

26 - confunde direita- esquerda, em cima- em baixo; na frente-atrás;

27 - é comum apresentar lateralidade cruzada; muitos são canhestros e outros

ambidestros;

28 - dificuldade para ler as horas, para seqüências como dia, mês e estação do

ano;

29 - dificuldade em aritmética básica e/ou em matemática mais avançada;

30 - depende do uso dos dedos para contar, de truques e objetos para calcular;

31 - sabe contar, mas tem dificuldades em contar objetos e lidar com dinheiro;

32 - é capaz de cálculos aritméticos, mas não resolve problemas matemáticos

ou algébricos;

33 - embora resolva cálculo algébrico mentalmente, não elabora cálculo

aritmético;

34 - tem excelente memória de longo prazo, lembrando experiências, filmes,

lugares e faces;

35 - boa memória longa, mas pobre memória imediata, curta e de médio prazo;

36 - pode ter pobre memória visual, mas excelente memória e acuidade

auditivas;

37 - pensa através de imagem e sentimento, não com o som de palavras;

38 - é extremamente desordenado, seus cadernos e livros são borrados e

amassados;

39 - não tem atraso e dificuldades suficientes para que seja percebido e

ajudado na escola;

40 - pode estar sempre brincando, tentando ser aceito nem que seja como

"palhaço" ;

41 - frustra-se facilmente com a escola, com a leitura, com a matemática, com

a escrita;

42 - tem pré-disposição à alergias e à doenças infecciosas;

43 - tolerância muito alta ou muito baixa à dor;

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44 - forte senso de justiça;

45 - muito sensível e emocional, busca sempre a perfeição que lhe é difícil

atingir;

46 - dificuldades para andar de bicicleta, para abotoar, para amarrar o cordão

dos sapatos;

47 - manter o equilíbrio e exercícios físicos são extremamente difíceis para

muitos disléxicos;

48 - com muito barulho, o disléxico se sente confuso, desliga e age como se

estivesse distraído;

49 - sua escrita pode ser extremamente lenta, laboriosa, ilegível, sem domínio

do espaço na página;

50 - cerca de 80% dos disléxicos têm dificuldades em soletração e em leitura.

Muitos poderão apresentar uma combinação desses sintomas e em

níveis variados, porém é necessário estar atento ao desenvolvimento da

criança. Porém, existem habilidades básicas que todos os disléxicos possuem

como, serem mais curiosos que a média, são mais intuitivos, podem criar

imagens reais – vivenciando seus pensamentos como realidade-, utilizam

todos os sentidos para pensar e para a percepção, podem alterar ou criar

novas percepções facilmente e são mais conscientes sobre si e o meio

ambiente.

1.2 -A dislexia tem cura?

Por se tratar de um distúrbio da aprendizagem, pode-se obter uma cura

parcial, porém deverá ser primeiramente diagnosticada por um especialista no

assunto e condicionada a aprender da melhor forma possível, através de

exercícios de memorização, organização, repetição de palavras – desde que

não sejam aplicadas de forma exaustiva-, fixação das palavras gatilho,

estimulação de seu processo fonológico, desenvolvendo atividades que

envolvam a percepção, sendo essencial elucidar as três funções para aprender

a ler, escrever e processar as informações, que são a percepção, cognição e

emoção. Segundo a Associação Brasileira de Dislexia “existem estudos que

revelaram a melhora dos sintomas nas crianças que receberam suplementos,

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incluindo óleo de peixes (ômega 6), óleo de prímula, óleo de tomilho e vitamina

E.

Ou seja, até o presente momento a dislexia não tem cura e sim

tratamento para que a criança possa ser bem sucedida e integrada

normalmente à sala de aula.

1.3 - Suas influências durante a infância

A criança já nasce com dislexia e começa a desenvolvê-la entre os três

e seis meses de idade, através de suas percepções primárias, podendo

reconhecer a mãe antes mesmo de ver seu rosto, utilizando sua intuição que é

mais aguçada, durante esse período até mais ou menos os dois anos de idade

poderá se desenvolver mais rapidamente em alguns aspectos, principalmente

quanto à intuição do que as crianças normais. A partir do dois anos de idade

sua curiosidade será primordial, pois estará experimentando mais sensações

do que os outros, irá identificar e traduzir da melhor maneira tudo que já

descobriu.

Entre os três e cinco anos de idade, se tornará mais inteligente do que a

média nesta mesma idade, porém também, estará desenvolvendo o transtorno

de aprendizagem, deixando de desenvolver o raciocínio analítico e a lógica (já

desenvolvendo possível dificuldade também em matemática), desenvolvendo

cada vez mais a imagem como fala, podendo se atrapalhar com seus

pensamentos que não consegue expressar ou acompanhar.

Já na idade da alfabetização o distúrbio vem à tona, pois não mais

consegue entender somente através de imagens, é necessário ler o que está

escrito, é nesta fase que as palavras se tornam símbolos inelegíveis, como por

exemplo: L-Á-P-I-S, ao olhar a palavra irá vê-la como um símbolo

incompreensível, porém se lhe for mostrado mesmo parte do objeto, logo

saberá de que se trata de um simples lápis. É nessa idade em que começa sua

angustia, frustração e problemas com os outros alunos que o rotulam como

“burro” ou “idiota”, com a professora que não consegue lidar com sua

agressividade e sua facilidade em arrumar confusão, com a escola que “diz”

possuir um aluno que não consegue aprender e com os pais que não sabem

lidar ou o que fazer com uma criança problemática. Muitas vezes a criança

sente-se desestimulada e abandona a escola ou é colocada em uma classe

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para alunos especiais, dificultando ainda mais o seu processo de

aprendizagem.

1.4 - A conexão da criatividade como recurso de tratamento do disléxico

“A dislexia está amiúde, associada ao uso da mão esquerda, que por

sua vez está ligada a criatividade visual” (Associação Brasileira de Dislexia). O

cérebro humano é dividido em dois hemisférios – o esquerdo é o dominante

para a linguagem, enquanto o direito processa, principalmente, informações

visuais e emocionais. Nos destros essa divisão essa divisão é verdadeira,

porém, nos sinistros (canhotos), existe uma tendência para processar todo o

tipo de informação mais igualmente nos dois hemisférios. Acredita-se que a

capacidade de fazer com que os dois hemisférios trabalhem dessa forma seja

a chave da criatividade, sobre tudo nas artes visuais.

Dessa forma uma maneira excelente de testar a criatividade, auxiliando

o tratamento da dislexia, seria aplicar testes psicológicos em crianças no

primeiro ciclo escolar, para que dessa forma sejam apontados as dificuldades

logo no início do período educacional.

Todo disléxico possui uma dificuldade, como por exemplo: má pronuncia

dos sons, não reconhecimento das letras, números e símbolos, porém muitos

não conseguem se concentrar em algo por muito tempo. Quando os testes

apontam essas dificuldades, as informação diagnosticadas podem ser

aplicadas de forma mais simples, que podem ser tratadas com jogos

específicos do problemas ou em casos mais graves pode ser necessário o uso

de medicação.

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CAPITULO II – Dislexia x Alfabetização

É importante que a dislexia seja detectada o quanto antes, porém seus

sintomas somente são percebidos por muitos pais somente na fase da

alfabetização. Do nascimento até mais ou menos os seis anos de idade a

criança já internalizou seus problemas e também os evoluiu, ou seja, uma

criança que aos dois anos de idade não consegue se lembrar onde deixou seu

carrinho preferido, aos seis anos pode não saber que deveria fazer os deveres

de casa como os outros alunos, simplesmente porque em seu cérebro não

houve o comando de fixação e memorização de algo. Por isso é importante que

pais e responsáveis estejam atentos a pequenos detalhes na vida de seus

filhos.

2.1– A dificuldade do disléxico na escola

É necessário que o professor compreenda o problema do aluno,

tentando ajudá-lo o máximo quanto aos conteúdos e exercícios dados,

aplicando algo diferenciado como: prova oral, trabalhos em grupo, tempo para

se organizar, ler os trabalhos ou provas em voz alta, está sempre

acompanhando seu desenvolvimento na leitura e escrita. É necessário

entender que a criança disléxica se esforça demasiadamente na realização de

seus trabalhos, porém o resultado não reflete em seu esforço, pois o professor

costuma fazer péssimas observações como: “Você pode fazer melhor do que

isso” ou “ Trabalho descuidado”. Contudo sua nota deveria ser dada de acordo

com seu conhecimento e não devido as suas dificuldades e erros de ortografia.

É necessário entender que aumentar a carga escolar da criança com

dislexia, pode ajudar a piorar seu problema, o ideal é que em casa sejam

aplicados jogos educativos, sendo importante conferir sempre se houve

aprendizado de fato, caso não o método aplicado deverá ser revisto.

Sendo assim é provável que havendo ajuda em casa, existirá uma

possibilidade de melhora nas atividades escolares, caso contrário, tudo fica

mais confuso para a criança em seu cotidiano escolar, que poderão ocasionar

sérias conseqüências, como até mesmo seu afastamento da escola, por falta

de conhecimento tanto do professor como da própria direção escolar, que

tende a entender que a criança é “muito bagunceira e impossível de ser

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controlada” e que por isso é melhor afastar o problema do que ajudar. Por essa

razão foram pesquisadas diversas técnicas que podem ajudar como:

• Ter um acompanhamento multiprofissional (com

fonoaudiólogos, neurologistas, psicopedagogo, pedagogo,

psicólogo entre outros profissionais);

• Ressaltar seus pontos fortes;

• Trabalhar os pontos fracos com jogos lúdicos;

• Estimular atividades físicas do gosto infantil;

• Auxiliar na reconquista de sua auto-estima,

apontando principalmente suas qualidades e insinuando seus

defeitos/dificuldades, mostrando que todos possuem problemas

também.

Além desse estímulos é importante frisar que a Lei de Diretrizes e Bases

(LDB 9.349/96) garante ao aluno disléxico ajuda na leitura e na escrita e que

no período de provas ou teste possa fazê-lo por escrito, descritos nos:

Art. 23º. A educação básica poderá organizar -se em séries anuais,

períodos semestrais,

ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não-seriados,

com base na idade,

na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de

organização, sempre que o

interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar. Art. 24º. A

educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo

com as seguintes regras comuns:

Parágrafo V - a verificação do rendimento escolar observará os

seguintes critérios:

a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com

prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados

ao longo do período sobre os de eventuais provas finais;

b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso

escolar;

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c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação

do aprendizado;

d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;

e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos

ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem

disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos;

Com esses direitos garantidos por lei, a criança com dislexia deve

freqüentar normalmente as aulas cabendo ao professor respeitar seus limites e

encontrar o método mais adequado. Os métodos fonéticos são os mais

adequados à alfabetização e leitura, pois enfatizam a aquisição e

desenvolvimento da consciência fonológica, para que venha a perceber a

importância do discurso espontâneo e que também perceba a sequências das

sentenças (palavras), outro método bastante utilizado é o multidimensional, em

que consiste no reforço da memorização de respostas automáticas e

duradouras (sons, nomes,...) e depois ajudá-lo a desenvolver suas próprias

sequências de palavras e frases.

2.2 Como a escola pode diagnosticar a dislexia

São apontados alguns sintomas na idade escolar que podem

servir como base para diagnóstico, como:

• Lentidão na aprendizagem;

• Troca de ortografia;

• Fonemas repetidos em frases orais;

• Desatenção e dispersão;

• Rendimento baixo em atividades escritas;

• Coordenação motora fina imperfeita e a grossa

descoordenada;

• Problema de lateralidade;

• Dificuldade em interpretar livros, mapas ou qualquer tipo de

material bibliográfico;

• Facilidade em provas e exercícios orais;

• Leitura monossilábica;

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• Desnível no que ouve e o que vê;

• Esquecimento constante do que lê e

• Entre outros problemas.

Quando detectados alguns desses sintomas, juntos ou separados

cabe ao professor comunicar a direção e coordenação pedagógica para

que sejam tomadas devidas providências para sua solução, que devem

ser tomadas de comum acordo com os pais do aluno, devendo ser

encaminhado e acompanhado pro profissionais da educação e saúde

especializados. Porém, decisões, metas, técnicas e métodos podem ser

aplicados tanto na escola quanto em casa.

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CAPÍTULO III

A atuação psicopedagógica no âmbito escolar diante a dislexia

Para entender a dislexia no âmbito da educação inclusiva é

necessário rever alguns conceitos, incluindo sua própria definição e o

contexto educacional em que está inserida. A dislexia é um transtorno

específico de leitura que prejudica a precisão e a fluência de leitura,

podendo prejudicar a compreensão do material lido, o que repercute em

todas as áreas do conhecimento. A escrita fica igualmente prejudicada

provocando falhas freqüentes no nível da ortografia e da redação

(Mousinho, 2003).

É importante que a dislexia seja detectada o quanto antes, porém

seus sintomas somente serão percebidos por muitos pais já na fase da

alfabetização. Do seu nascimento até mais ou menos os seus seis anos

de idade a criança já internalizou seus problemas e também os evoluiu,

ou seja, uma criança que aos dois anos de idade, não conseguia se

lembrar de onde colocou seu carrinho preferido, aos seis anos pode não

saber que deveria fazer o dever de casa como os outros alunos,

simplesmente por que em seu cérebro não houve o comando de fixação

e memorização de algo. Por isso, é importante que os pais estejam

atentos a esses pequenos detalhes na vida de seu filho que podem

mudar sua vida.

E o que o psicopedagogo tem haver com isso?

O psicopedagogo deve estar preparado para enfrentar o desafio

de ajudar uma criança com dislexia, pois sua dificuldade de leitura e falta

de memorização faz com que cada encontro seja um desafio constante,

tornando cada encontro em uma nova primeira vez até que sejam

internalizados seus problemas.

Para estar apto a diagnosticar a dislexia dentro da escola o

psicopedagogo deve fazer primeiramente uma observação geral do

aluno, como seu comportamento dentro de sala de aula, como é a turma

com e sem sua presença, seu rendimento escolar, seu comportamento

em atividades fora da sala de aula, bom, até este momento somente a

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própria professora, a direção e o psicopedagogo devem estar ciente

sobre a observação que deverá ser feita por um longo período, tendo

certeza de que a suposta reclamação do professor tem algum

fundamento e para onde a criança deve ser encaminhada, num segundo

momento os pais devem ser chamados a escola, para que a criança seja

observada e avaliada sozinha, através de conversas informais e jogos

memorização (jogo da memória), fixação e concentração (batalha naval),

onde possam ser recolhidas pistas sobre suas dificuldades, é importante

frisar que o educando para que não haja um retrocesso. Dado fim a esse

contato inicial a professora, a direção, o psicopedagogo e os pais ou

responsáveis devem se reunir para que sejam apontados todos os fatos

ocorridos, aprofundando-se em sua suspeita e encaminhando o aluno

para o início de seu tratamento.

A criança deve ser encaminhada para o pediatra para que sejam

descartadas qualquer causa orgânica, depois ao neurologista,

fonoaudiologista, psicólogo e também deverá ser acompanhado pelo

próprio psicopedagogo da escola de forma lúdica e também irá preparar

os professores para que possam se adaptar a nova realidade

apresentando-lhes uma nova metodologia de ensino, avaliação e o

modo como o aluno deve ser tratado socialmente – o mesmo deve ser

tratado de forma normal pelos outros alunos e professores, sem nenhum

tipo de discriminação ou apontamento de suas dificuldades.

Quanto ao professor e a metodologia, o psicopedagogo exigirá

que os trabalhos a serem apresentados pelo aluno sejam feitos por

parte, paulatinamente, ajudando-o a se organizar e ter mais motivação

para terminá-lo, oferecendo textos curtos, de fácil interpretação, com

letras maiores do que o restante da turma, sempre evitando textos ou

atividades em folha frente e verso, dando-lhe sempre as folhas já na

ordem ou grampeadas, o professor também deverá aumentar a

quantidade de recursos visuais, para que o disléxico possa visualizar

melhor e entender o que lhe foi proposto e explicar que as aulas podem

ser gravadas, para que o aluno repita-a sempre que necessário.

Para avaliação o psicopedagogo deve explicar ao professor que o

aluno necessita fazer sua avaliações separadamente, com a presença

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do próprio psicopedagogo ou de um segundo professor e que devem ser

aplicadas com um limite de tempo maior do que dos outros, oralmente

em substituição as avaliações escritas, onde o aluno possa ler seus

textos em voz alta para que possa ser entendido o que lhe foi proposto.

Quanto ao aluno o psicopedagogo deve lhe mostrar seus direitos

e deveres dentro da escola, onde podem ser permitidas saídas

constante para que possa observar melhor o funcionamento das aulas

das aulas que mais lhe interessam, ou exploração da leitura em outras

áreas dentro da escola, como a sala de leitura, explicar-lhe sobre sua

dificuldade e estar sempre inseridos em grupos, onde lhe possa ser

escolhido um tutor que irá ajudá-lo, deixando claro que o disléxico

possui outras habilidades que podem favorecer o grupo num todo.

Quanto ao restante da turma talvez seja necessário explicar sobre as

mudanças feitas e que o aluno não seja apontado como um grande

causador de problemas, a turma deve perceber que as mudanças foram

feitas para a melhora de seu problema e que todos deverão ajudá-lo da

melhor maneira possível.

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Conclusão

O presente trabalho concluiu que a escola ainda não está

preparada para lidar com a criança com dislexia devido as sérias

modificação que deverão ser feitas em seu cotidiano, dentro e fora da

sala de aula. Onde toda sua metodologia deverá ser revista e aplicada

na prática. Infelizmente poucos professores e escolas estão aptas a

descobrir esse transtorno e necessitam da ajuda permanente de um

psicopedagogo, para a solução desses problemas, o que não acontece

muito, pois poucas escolas possuem um profissional especializado para

esse caso e a criança precisa passar por todo um processo penoso até

que seja milagrosamente descoberto seu problema, antes de chegar a

uma fase crítica em que a mesma já está com a auto-estima totalmente

deteriorada.

Segundo Marta Relvas (p.86), o professor ainda mal preparado,

precisa estar atento ao seu comportamento perante o aluno, ou seja,

• aceitá-lo como é;

• ser paciente;

• apresentar soluções positivas;

• dar-lhe segurança, deixando-o perceber por palavras

e ações que pode estar confiante;

• procurar descobrir suas aptidões, pois as

deficiências já são de seu conhecimento;

• ele tem mais semelhanças que diferenças com seus

companheiros que aprendem depressa;

É nesse momento em que o psicopedagogo deve interferir,

juntamente os profissionais já mencionados, tanto da área da saúde,

quanto da área pedagógica e psicológica, para que possa haver uma

maior integração d conhecimento e aprendizagem envolvida e todos os

aspectos. Intervindo da melhor forma para que possa ajudar o aluno

nesse longo processo e às vezes cansativo de ensino e aprendizagem.

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Anexos:

Integração:

História: Conhecer como se comemora a Páscoa em outros países, sua

história, seus símbolos...

Matemática: Trabalhando com as medidas de capacidade, dezena,

dúzia, preços etc.

Música: Pode-se associar uma determinada música à receita.

Ciências: Noções básicas de higiene, os riscos que corremos se não

lavarmos as mãos para o preparo de uma receita.

O perigo de utilizarmos produtos fora da validade.

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Para trabalhar organização própria e regras dentro da sala de

aula. Onde o professor deverá pedir sempre que o aluno disléxico se

organize e possa ajudar os outros e vice e versa.

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Jogo Batalha Naval para trabalhar a memorização, o modo como

a criança copia do quadro ou o modo como também se organiza.

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Teste de Memória recente, onde a criança deverá memorizar a

ordem dos objetos e depois tentar lembrar sem que veja a folha, no final

o psicopedagogo deve pedir a criança que conte seus erros e acertos.

Obs: o psicopedagogo não só pode como deve jogar juntamente com a

criança.