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1 Wi UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” TRANSPORTES URBANOS: PROBLEMAS E SOLUÇÕES Eliane Cavalcanti Villegas Salas ORIENTADOR: Prof. Carlos Cereja de Barros Rio de Janeiro 2009

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Wi

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo

TRANSPORTES URBANOS

PROBLEMAS E SOLUCcedilOtildeES

Eliane Cavalcanti Villegas Salas

ORIENTADOR Prof Carlos Cereja de Barros

Rio de Janeiro 2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo

Apresentaccedilatildeo de monografia ao Conjunto Universitaacuterio Candido Mendes como condiccedilatildeo preacutevia para a conclusatildeo do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo Lato Sensu em Logiacutestica Empresarial

Rio de Janeiro 2009

TRANSPORTES URBANOS

PROBLEMAS E SOLUCcedilOtildeES

Eliane Cavalcanti Villegas Salas

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AGRADECIMENTOS

A Deus por permitir o cumprimento de mais uma etapa de minha vida e ao meu amigo Carlos Alberto Alfredo pelo incentivo e apoio

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DEDICATOacuteRIA

Dedico a conclusatildeo deste curso ao meu esposo Victor Raul e ao meu filho Alejandro que tanto colaborou com sua compreensatildeo e carinho

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RESUMO

Esta monografia tem como objetivo descrever os problemas

relacionados aos Transportes Urbanos em algumas cidades brasileiras

procurando relatar os problemas existentes e sugerindo algumas soluccedilotildees para

o equacionamento dos problemas existentes Os Transportes satildeo a espinha

dorsal da mobilidade humana nos grandes centros e precisam de sistemas

modernos e eficientes para que os mesmos atendam as necessidades da

populaccedilatildeo urbana que em aumentando a cada dia Em funccedilatildeo do crescimento

dos principais centros urbanos brasileiros os sistemas de transportes vecircm

sendo aprimorados de modo a atender as demandas existentes no setor O

governo federal atraveacutes da ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DE

TRANSPORTES URBANOS subordinada ao Ministeacuterio dos Transportes vem

implantando uma poliacutetica que procura combinar as demandas do setor com as

necessidades a curto meacutedio e longo prazo O crescimento da demanda a ser

atendida tambeacutem requer um suporte legal capaz de atender todos os

aspectos relacionados com a execuccedilatildeo dos diversos modais de transportes de

acordo com a normatizaccedilatildeo das diversas agecircncias reguladoras existentes no

setor

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METODOLOGIA

O conteuacutedo apresentado foi coletado com base em observaccedilotildees de

campo nas ruas da cidade do Rio de Janeiro por onde circulam os meios de

transporte da cidade de forma presencial por ser um eficiente campo de coleta

de dados a respeito aleacutem de pesquisas realizadas na bibliografia na

bibliografia citada

Tambeacutem foram coletadas observaccedilotildees feitas no Sistema

Metropolitano do Rio de Janeiro e no Sistema de Trens urbanos

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SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I

O histoacuterico dos transportes no Brasil 12

CAPIacuteTULO II

O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a

implantaccedilatildeo das montadoras 15

CAPIacuteTULO III

A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18

CAPIacuteTULO IV

Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia

Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22

CAPIacuteTULO V

Legislaccedilatildeo de transportes 51

CONCLUSAtildeO 58

BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 IacuteNDICE 66 ANEXOS 67

8

INTRODUCcedilAtildeO

Podemos dizer que em siacutentese transporte eacute o movimento de

pessoas ou coisas de um lugar para outro Os transportes podem se distinguir

pela possessatildeo onde o transporte puacuteblico eacute destinado a qualquer pessoa e o

privado eacute restringido somente a quem os adquiriu

Atualmente o Brasil conta com uma moderna induacutestria de

transportes com um grande e soacutelido parque industrial nesse setor formado por

grandes montadoras como por exemplo FORD VOKSWAGEN GENERAL

MOTORS MERCEDES-BENZ SCANIA VABIS AGRALE e a RANDON

Mais recentemente instalaram-se no Brasil outras montadoras

destacando-se a VOLVO FIAT IVECO e VOLKSWAGEN que implantou uma

unidade fabril em Resende no Estado do Rio de Janeiro onde produz chassis

para caminhotildees e ocircnibus

Devido a carecircncia de veiacuteculos de transportes no Brasil os primeiros

veiacuteculos fabricados no paiacutes foram caminhotildees cujas plataformas foram

utilizadas para produzir os primeiros ocircnibus encarroccedilados no paiacutes

Para implantar a poliacutetica de transportes no Brasil foi criado em 1965

o GEIPOT ndash Grupo Executivo de Integraccedilatildeo da Poliacutetica de Transportes

vinculado ao Ministeacuterio de Viaccedilatildeo e Obras Puacuteblicas (atual Ministeacuterio dos

Transportes) na gestatildeo do Ministro Luacutecio Meira

Os objetivos do GEIPOT estabelecidos por lei foram o de prestar

apoio teacutecnico e administrativo aos oacutergatildeos do Poder Executivo com o objetivo

de formular orientar coordenar e executar a Poliacutetica Nacional de Transportes

nos seus diversos modais bem como promover executar e coordenar

atividades de estudos e pesquisas necessaacuterios ao planejamento dos

Transportes no paiacutes transformando-se em um centro de referecircncia

internacional para os estudos de Transportes no Brasil

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Essa poliacutetica proporcionou a implantaccedilatildeo de induacutestrias

complementares que hoje produzem desde autopeccedilas ateacute sofisticados

modelos de carrocerias para ocircnibus que ganharam o mercado externo

contribuindo tambeacutem para a instalaccedilatildeo do moderno sistema de Transportes de

Massas atraveacutes do sistema (BRT) BUS RAPID TRANSIT ndash Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido implantado na cidade de Curitiba em 1974 na gestatildeo do Prefeito Jaime

Lerner dando ao Brasil o privileacutegio de ser o primeiro paiacutes do mundo a implantar

um sistema desse tipo conquistando diversos precircmios internacionais e

exportando Know-How para diversos paiacuteses

O GEIPOT existiu durante 36 anos poreacutem com a reestruturaccedilatildeo do

Setor de Transportes no ano de 2001 esse oacutergatildeo colaborou no

acompanhamento e na realizaccedilatildeo de anaacutelises teacutecnicas do projeto de Lei nordm

161599 consolidado na Lei nordm 10233 de 05062001 que criou o Conselho

Nacional de Integraccedilatildeo de Poliacutetica de Transportes Terrestres (CONIT) a

Agecircncia Nacional de Transportes Aquaviaacuterios (ANTAQ) a Agecircncia Nacional de

Transportes Terrestres (ANTT) e o Departamento Nacional de Infra-Estrutura

de Transportes (DNIT) Com a criaccedilatildeo dessas Agecircncias reguladoras o

GEIPOT foi extinto pela Medida Provisoacuteria nordm 427 de 09052008 convertida na

Lei nordm 117722008

Os sistemas de transportes de massas nas grandes cidades

brasileiras estatildeo saturados atingindo ateacute mesmo a rede dos serviccedilos de Metrocirc

No entanto esses problemas podem ser resolvidos a curto e meacutedio

prazo com estudos teacutecnicos e recomendaccedilotildees teacutecnicas para a implantaccedilatildeo de

novos serviccedilos de transporte de massas que atendam as necessidades da

populaccedilatildeo dos grandes centros

Fato semelhante ocorreu em um passado relativamente recente em

1975 na cidade de Curitiba e que foi equacionado na gestatildeo do Prefeito Jaime

Lerner com a implantaccedilatildeo do Sistema BRT ndash BUS RAPID TRANSIT (Ocircnibus de

10

tracircnsito raacutepido) que consiste na utilizaccedilatildeo de ocircnibus articulados e biarticulados

com grande capacidade de transporte de passageiros

Conforme ressaltado o Brasil foi pioneiro nesse sistema Atualmente

outros paiacuteses implantaram esse modelo com destaque para o SISTEMA

TRANSMILEcircNIO implantado na Colocircmbia

Jaacute existem estudos teacutecnicos relativos a implantaccedilatildeo desse sistema

na cidade do Rio de Janeiro com a criaccedilatildeo e a implantaccedilatildeo de corredores

rodoviaacuterios usando o sistema BRT para racionalizar e equacionar o problema

existente

Dentro deste escopo este texto foi elaborado em cinco capiacutetulos

partindo do histoacuterico dos transportes no Brasil destacando os seguintes

pontos

O capiacutetulo 1 refere-se agrave histoacuteria e o desenvolvimento inicial dos

transportes em terras brasileira estaacute diretamente relacionada com a cidade do

Rio de Janeiro por ter sido esta a capital do impeacuterio e posteriormente da

repuacuteblica

Descrevo no capiacutetulo 2 o grande salto na aacuterea de transportes que

ocorreu no Brasil a partir da deacutecada de 50 com o advento do governo JK

atraveacutes da instalaccedilatildeo de diversas montadoras estrangeiras

No capiacutetulo 3 abordo a implantaccedilatildeo ocorrida em 1975 na cidade de

Curitiba na gestatildeo do Prefeito Jaime Lerner que criou e implantou um sistema

de transporte de massas chamado ldquoBRTrdquo (Ocircnibus de tracircnsito raacutepido) com

grande capacidade de transporte de passageiros

O capiacutetulo 4 cita a expansatildeo do sistema BRT em Curitiba foi

tambeacutem implantada nas cidades de Uberlacircndia Goiacircnia e Satildeo Paulo

implantaram sistemas semelhantes

11

No capiacutetulo 5 comento que a legislaccedilatildeo relativa a operacionalidade

de transportes estaacute a cargo das Agecircncias reguladoras do Governo

12

CAPIacuteTULO I

O HISTOacuteRICO DOS TRANSPORTES NO BRASIL

Por ter sido a capital do impeacuterio e posteriormente da repuacuteblica a

cidade do Rio de Janeiro sempre esteve na vanguarda das inovaccedilotildees em

serviccedilos para a populaccedilatildeo (NERU 1987a)

O Rio de Janeiro foi a primeira cidade brasileira a ter iluminaccedilatildeo

eleacutetrica telefone e tambeacutem ocircnibus motorizado

O primeiro meio de transporte coletivo na cidade do Rio de Janeiro

foi a serpentina que era um meio de transporte utilizado pelas famiacutelias

abastadas do princiacutepio do seacuteculo XIX (anexo 1)

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos (anexo 2)

A Companhia de Ocircnibus concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por

iniciativa de Aureliano de Sousa e Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva

Joseacute Ribeiro da Silva Manoel Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este

uacuteltimo foi constituiacutedo agente da companhia e fez contato com capitalistas que

se interessassem em investir

As linhas da companhia partiam do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

Posteriormente foi inaugurado o primeiro serviccedilo de bondes

eleacutetricos do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul (anexo 3)

13

Foi o carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que

teve sua apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892

Levando diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade

e terminou a viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do

Machado

Em 1917 a Prefeitura aprovou a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

passando pela Avenida Rio Branco indo da Praccedila Mauaacute ateacute o Palaacutecio Monroe

(antigo Senado) com os carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos O serviccedilo foi inaugurado em 1918 durando ateacute 1928

Em 1926 foi inaugurada a Viaccedilatildeo Excelsior concessionaacuteria de

serviccedilos de transportes pertencente a Light amp Power do Rio de Janeiro

conhecida ateacute hoje como ldquoLIGHTrdquo que detinha o monopoacutelio das linhas de

bonde para a Zona Sul (anexo 04)

ldquoA partir daiacute a LIGHT decidiu explorar o serviccedilo de ocircnibus na cidade tendo iniciado as suas atividades em 22 de novembro de 1927 adotando uma seacuterie de melhoramentos em seus ocircnibus utilizando motores diesel Esses veiacuteculos tinham dois andares e capacidade para 28 passageiros embaixo e 34 no andar de cimardquo (BARAT)

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroccedilaria de ocircnibus mais moderno montada sobre um chassis de mecacircnica

Volvo (anexo 05)

Em 1944 no periacuteodo da segunda guerra mundial devido as

dificuldades de obtenccedilatildeo de combustiacuteveis foram introduzidos os veiacuteculos

movidos a gasogecircnio (anexo 06) O serviccedilo cobria o percurso Urca-Ipanema

Em 1955 Juscelino Kubitschek foi eleito presidente da Repuacuteblica

tendo assumido o governo em 31 de janeiro de 1956

14

JK apresentou ao povo brasileiro um Plano de Metas consistindo

em investimentos em aacutereas prioritaacuterias para o desenvolvimento econocircmico

principalmente em infra-estrutura (rodovias hidreleacutetricas aeroportos e

induacutestrias)

Durante o seu periacuteodo de governo se instalaram no paiacutes grandes

montadoras de automoacuteveis como por exemplo FORD VOLKSWAGEN

WILLYS OVERLAND E GENERAL MOTORS na regiatildeo Sudeste nas cidades

de Santo Andreacute Satildeo Bernardo e Satildeo Caetano (regiatildeo do ABC) aumentando

muito as oportunidades de emprego atraindo trabalhadores de todo Brasil

Paralelamente comeccedilou o encarroccedilamento de ocircnibus no Brasil

utilizando os chassis de caminhotildees A pioneira na fabricaccedilatildeo de carrocerias no

Brasil foi a CIFERAL utilizando chassis Mercedes-Benz (anexo 07)

15

CAPIacuteTULO II

O ADVENTO DA INDUSTRIALIZACcedilAtildeO BRASILEIRA

NOS ANOS DO GOVERNO JK E A IMPLANTACcedilAtildeO DAS

MONTADORAS

Ateacute a deacutecada de 50 com o governo JK a economia brasileira se

fundava na exportaccedilatildeo de produtos primaacuterios e com isso o sistema de

transportes limitou-se aos transportes fluvial e ferroviaacuterio

Com a aceleraccedilatildeo do processo industrial na segunda metade do

seacuteculo XX a poliacutetica para o setor concentrou os recursos no setor rodoviaacuterio

As primeiras medidas concretas para a formaccedilatildeo de um sistema de

transportes no Brasil foram estabelecidas em 1934

Desde a criaccedilatildeo da primeira estrada de ferro ateacute 1946 os esquemas

viaacuterios de transporte nacional foram montados tendo por base as ferrovias

complementados pelas vias fluviais e a malha rodoviaacuteria

Esses conceitos comeccedilaram a ser modificados a partir de entatildeo

especialmente pela profunda mudanccedila que se operou na economia brasileira

quando o setor rodoviaacuterio comeccedilou a ser desenvolvido

ldquoAs primeiras rodovias brasileiras datam do seacuteculo XIX mas a ampliaccedilatildeo da malha rodoviaacuteria ocorreu no governo Vargas com a criaccedilatildeo do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) em 1937 e mais tarde com a implantaccedilatildeo da induacutestria automobiliacutestica na segunda metade da deacutecada de 1950 com a aceleraccedilatildeo do processo de industrializaccedilatildeo e mudanccedila da capital federal para Brasiacuteliardquo (SANTOS)

A partir da deacutecada 50 rede rodoviaacuteria se ampliou de forma notaacutevel

tornando-se a principal via de escoamento de carga e passageiros

16

Na deacutecada 80 o crescimento acelerado deu lugar a estagnaccedilatildeo

A perda de receitas com a extinccedilatildeo em 1988 do imposto sobre

lubrificantes e combustiacuteveis e do imposto sobre serviccedilos impediu a ampliaccedilatildeo

da rede e sua manutenccedilatildeo

Como resultado em fins do seacuteculo XX a rede rodoviaacuteria passou a

responder por 65 dos transportes de cargas e 92 do de passageiros

O crescimento do setor rodoviaacuterio ensejou a instalaccedilatildeo de novas

montadoras no pais atraveacutes da instalaccedilatildeo de outras montadoras como por

exemplo SCANIA FIAT IVECO VOLKSWAGEN CAMINHOtildeES VOLVO e

mais recentemente algumas montadoras asiaacuteticas

Em decorrecircncia da ampliaccedilatildeo do setor rodoviaacuterio deu-se a

ampliaccedilatildeo de faacutebricas em Santa Catarina e do Rio Grande do Sul

Atualmente esse setor ganhou grande desenvolvimento e condiccedilotildees

competitivas a niacutevel internacional com um alto volume de exportaccedilotildees

principalmente para os paiacuteses da Ameacuterica Latina

As principais encarroccediladoras de ocircnibus brasileiras satildeo

MARCOPOLO CAIO COMIL BUSSCAR NEOBUS e IRIZAR A induacutestria

brasileira de carrocerias eacute uma das maiores do mundo

Em 2007 o Brasil foi o terceiro maior fabricante de ocircnibus do

mundo perdendo apenas para a China (IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico 2007)

A induacutestria encarroccediladora de ocircnibus brasileira difere da dos demais

paiacuteses na qual o encarroccedilamento constitui uma etapa separada da produccedilatildeo

dos chassis de ocircnibus

Prevecirc-se para 2010 um crescimento da ordem de 19 O

faturamento do setor deveraacute crescer mais do que em 2007 perfazendo cerca

17

de R$ 72 bilhotildees com uma boa parte oriunda do setor interno desse modo

espera-se um crescimento favoraacutevel apesar da tendecircncia de desaceleraccedilatildeo da

economia internacional

O cenaacuterio conta com a estabilidade da moeda nacional (o real) e

com os financiamentos do BNDES

Devido ao poder competitivo do setor as encarroccediladoras brasileiras

estatildeo lanccedilando modelos cada vez mais modernos que nada devem aos

produtores internacionais

Diversas encarroccediladoras brasileiras jaacute contam com unidades fabris

em diversos continentes a MARCOPOLO tem faacutebricas no Meacutexico e Colocircmbia

e mais recentemente formou Joint Ventures para a instalaccedilatildeo e transferecircncia

de Know-How para a China e Iacutendia

18

CAPIacuteTULO III

A EVOLUCcedilAtildeO E A SITUACcedilAtildeO ATUAL DOS

TRANSPORTES NO BRASIL

ldquoO Brasil ao longo de sua histoacuteria permaneceu voltado para a costa do Atlacircntico com cerca de 80 da populaccedilatildeo vivendo em cidades a menos de mil quilocircmetros da costa e 82 do PIB eacute gerado nas regiotildees Sul Sudeste e Nordesterdquo (IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico 2008)

A origem desse fato deve-se principalmente as caracteriacutesticas do

relevo e da topografia do Brasil pois olhando-se o mapa do paiacutes constata-se

que a faixa mais com melhores condiccedilotildees de vida encontra-se no leste do

paiacutes

Essa situaccedilatildeo perdurou ateacute a chegada do governo JK na deacutecada de

50 quando a capital do paiacutes foi Brasiacutelia na regiatildeo Centro Oeste aacuterea em sua

maior parte formada por Estados dominados por florestas que fazem limites

com os paiacuteses andinos sem saiacuteda para o Oceano Paciacutefico

Em 1975 Jaime Lerner entatildeo Prefeito de Curitiba tendo em vista o

crescimento populacional criou um sistema de transporte baseado no conceito

BRT (Bus Rapid Transit) ndash ocircnibus articulados e biarticulados de grande

capacidade de passageiros que atualmente estaacute em operaccedilatildeo em diversas

cidades brasileiras

A mudanccedila da capital para Brasiacutelia ocasionou um grande

desenvolvimento dessa regiatildeo contribuindo tambeacutem para melhorar o sistema

de transportes rodoviaacuterios do paiacutes que hoje eacute inteiramente interligado do Sul

ateacute o Norte do paiacutes

Devido a esse fato o sistema de transporte organizou-se

predominantemente com base nas rodovias que entre todos eacute o mais oneroso

19

e poluente enquanto as hidrovias e as ferrovias tecircm custos unitaacuterios mais

baixos no entanto o modal rodoviaacuterio eacute mais adequado em relaccedilatildeo a maiores

declividades principalmente para grandes volumes de carga a grandes

distacircncias e para cargas de menor volume e distacircncias menores

Os custos ferroviaacuterios em relaccedilatildeo agraves rodovias satildeo menores nos

trajetos de extensatildeo superiores a 500 km pois os altos custos de implantaccedilatildeo

da rede feacuterrea e o tempo consumido com cargas e descargas satildeo

compensados pela economia geral do meio de transporte

Em pequenas distacircncias as vantagens satildeo do transporte rodoviaacuterio

que desloca mercadorias dos pontos de distribuiccedilatildeo ateacute os pontos de consumo

A implantaccedilatildeo de redes intermodais tende a reduzir os custos de transporte

Mesmo assim o Brasil possui um dos mais amplos sistemas de transporte com

54 portos com capacidade para mais de 500 milhotildees de toneladas por ano 31

mil quilocircmetros de ferrovias e 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovia

A partir da deacutecada de 1970 o modal rodoviaacuterio sofreu uma queda

com uma participaccedilatildeo de 70 em 1970 com uma reduccedilatildeo para 536 em

1985 mas voltando a crescer chegando a 606 em 2004

Entre 1997 e 2004 o volume de cargas transportadas pelas rodovias

cresceu apenas 141 contra 4554 pelas ferrovias que transportam a

maioria dos produtos de baixo valor agregado como por exemplo mineacuterio de

ferro o qual seria inviaacutevel se transportado por caminhotildees

Entre 2003 e 2005 a frota de locomotivas aumentou de 1895 para

2515 e a de vagotildees de 67795 para 90119 devido agrave privatizaccedilatildeo da malha

ferroviaacuteria mas mesmo assim o transporte rodoviaacuterio continua ainda sendo o

mais utilizado no Brasil embora seja o de custo operacional mais elevado em

torno de US$ 320 por 100 tkm contra US$ 074 da ferrovia e US$ 023 da

hidrovia

20

O Brasil possui 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovias e apenas

29798 quilocircmetros de ferrovias e cerca 42000 km de rios navegaacuteveis As

ferrovias transportam 24 da carga no Brasil e nos EUA cerca de 47

Levantamento feito pelo Centro de Estudos em Logiacutestica da

Universidade Federal do Rio de Janeiro concluiu que As companhias

brasileiras voltadas para o comeacutercio exterior perdem cerca de US$ 10 bilhotildees

por ano em consequumlecircncia dos problemas enfrentados na hora de transportar

mercadorias das aacutereas de produccedilatildeo ateacute os portos

ldquoOutro estudo feito pela Comissatildeo Econocircmica para a Ameacuterica Latina e o Caribe ligada agraves Naccedilotildees Unidas conclui que 35 do preccedilo final das mercadorias exportadas do Brasil e de outros paiacuteses latino-americanos se deve aos custos de transporte Nos Estados Unidos este iacutendice natildeo chega a 10rdquo (Veja Especial outubro de 2004 p 61)

Segundo levantamento da CNI Confederaccedilatildeo Nacional da Induacutestria

os custos com transporte equivalem a 1275 do PIB brasileiro enquanto nos

EUA correspondem a 820

Por deficiecircncias logiacutesticas exportar uma tonelada de soja do Brasil

para a China ndash do norte de Mato Grosso via Porto de Paranaguaacute ndash custa hoje

US$ 18 a mais do que fazer o mesmo do Estado norte-americano de Iowa Em

2007 a situaccedilatildeo se complicou com a falta generalizada de caminhotildees para o

mercado interno e de navios para o mercado externo

Poreacutem como as exportaccedilotildees estatildeo superando as importaccedilotildees

faltam contecircineres para o embarque de produtos brasileiros

Das cerca de 22 milhotildees de toneladas de produtos exportados

anualmente cerca de 95 saem pelos portos O problema comeccedila com o fato

de que a maioria das mercadorias a ser exportada chega aos portos por meio

de rodovias

21

Segundo a ANUT ndash Associaccedilatildeo Nacional dos Usuaacuterios de

Transportes de Carga em 2004 as empresas brasileiras desembolsaram US$

12 bilhatildeo em pagamentos por atrasos no embarque e desembarque de

mercadorias nos portos brasileiros

Na margem esquerda do porto de Santos haacute um problema de

lentidatildeo de escoamento pois existem mais de 6000 moradias irregulares

margeiam os trilhos obrigando os trens a reduzir a velocidade de 80 para 10

quilocircmetros por hora causando um acreacutescimo de custo na ordem de 34

quando nos Estados Unidos essa margem natildeo ultrapassa os 20

ldquoOs Estados da regiatildeo Centro Sul produzem 13 milhotildees de toneladas anuais de gratildeos cerca de 9 milhotildees saem do Estado por rodovias 80 delas sem pavimentaccedilatildeo portanto estaacute dependendo da conclusatildeo da Ferronorte e das Hidrovias Paranaacute Paraguai e Araguaia Tocantins para baixar seus custos de transporterdquo (Veja 17102001 p 146-147)

22

CAPIacuteTULO IV

ESTUDO DE CASOS SISTEMA DE TRANSPORTES DE

CURITIBA UBERLAcircNDIA GOIAcircNIA SAtildeO PAULO E

RIO DE JANEIRO

41 Curitiba

A cidade de Curitiba eacute conhecida internacionalmente pelo eficiente e

inovador sistema de transporte coletivo Como todas as ideacuteias novas o sistema

que possibilitou a integraccedilatildeo urbana de Curitiba foi cercado de duacutevidas Mas ao

longo dos anos foi comprovado que a criatividade foi mais eficaz que o

ceticismo

411 Bonde a cavalos

Em 1887 a Empreza Curitybana dirigida por Boaventura Capp

disponibilizou o primeiro bonde puxado por animais ligando a Boulevard 2 de

Julho (atual iniacutecio da Avenida Joatildeo Gualberto) ao bairro do Batel Esta foi a

pedra fundamental de parte da identidade mais latente da cidade de Curitiba o

transporte coletivo Naquele periacuteodo o passeio pela pacata Curitiba tinha

caracteriacutestica mais poeacutetica e os bondes davam o toque de charme (anexo 09)

A viagem inaugural dos primeiros bondes foi um dos maiores

acontecimentos da eacutepoca

Os jornais locais divulgaram com orgulho a partida dos quatro

vagotildees que contavam com ilustres passageiros como o presidente da proviacutencia

Faria Sobrinho

23

412 Bondes eleacutetricos

Apesar de o bondinho ter o objetivo de atender agraves massas ele era

dividido em duas categorias Na primeira classe era obrigatoacuterio que os

passageiros estivessem calccedilados Jaacute no bond mixto como era conhecida a

pessoa podiam viajar sem sapatos

O panorama do transporte coletivo da cidade mudou com a

introduccedilatildeo dos bondes eleacutetricos a partir 1912 Os primeiros bondes puxados

por mulas foram vendidos e amontoados no depoacutesito de ferro-velho em

Paranaguaacute

A mudanccedila foi necessaacuteria jaacute que o nuacutemero de passageiros

aumentou de 680 mil em 1903 para 19 milhatildeo por ano em 1913 a cidade

crescia rapidamente poreacutem de maneira desordenada

413 Os primeiros ocircnibus

Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia

Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo Dois anos

mais tarde comeccedilaram a aparecer as linhas particulares de ocircnibus apesar dos

bondes ainda serem a preferecircncia da populaccedilatildeo

Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto

da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bondes perderam

espaccedilo mas apesar das passagens mais caras o novo veiacuteculo era mais

confiaacutevel e seguro

Em 1951 saiacuteram de circulaccedilatildeo os uacuteltimos bondes dando lugar agraves

auto-lotaccedilotildees

Uma das grandes revoluccedilotildees no setor ocorreu em 1955 quando o

municiacutepio estabeleceu contratos de concessatildeo com 13 empresas

24

Naquela eacutepoca a cidade era atendida por 50 ocircnibus e 80 lotaccedilotildees

Em 1965 foi editado o Plano Diretor de Transportes de Curitiba estabelecendo

as vias estruturais que serviram como eixos base para movimentaccedilatildeo urbana

O plano foi considerado um dos mais perfeitos do mundo

Devido ao bom planejamento mesmo 15 anos depois os 673 ocircnibus

da capital paranaense transportavam 515 mil pessoas diariamente

A frota do transporte coletivo representava apenas 2 dos veiacuteculos

que trafegavam em Curitiba e era responsaacutevel pelo transporte de 75 das

pessoas que se locomoviam

Como a cidade crescia rapidamente em pouco tempo o sistema

tradicional estaria obsoleto e ineficaz para atender tanta gente Era necessaacuterio

algo de novo A soluccedilatildeo foi a implantaccedilatildeo dos ocircnibus expressos esse sistema

foi um dos grandes responsaacuteveis pelo avanccedilo no atendimento do transporte

coletivo

Natildeo se tratava somente de uma nova categoria de veiacuteculo mas

acima de tudo um sistema de transporte para meacutedias distacircncias que possuiacutea

via exclusiva

A primeira etapa foi agrave implantaccedilatildeo das canaletas exclusivas onde

circulavam os ocircnibus convencionais

O Departamento de Pesquisa de Veiacuteculos da Faculdade de

Engenharia Industrial de Satildeo Bernardo dos Campos (SP) apresentou ao

IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba) o primeiro

modelo de ocircnibus para atender as novas necessidades de transporte urbano

Batizado de Uiraquitan em homenagem ao nome indiacutegena dado ao primeiro

carro fabricado no Brasil foi projetado especialmente para o sistema viaacuterio de

Curitiba

25

414 Os primeiros ocircnibus expressos

Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo

nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimental os 20

primeiros expressos A frota partiu da Praccedila Generoso Marques para atender

passageiros do Eixo NorteSul Em um dos ocircnibus de inconfundiacutevel cor

vermelha o prefeito Jaime Lerner idealizador do projeto desde o tempo em que

era presidente do IPPUC ndash INSTITUTO DE PESQUISAS E PLANEJAMENTO

URBANO DE CURITIBA noticiava agrave imprensa a satisfaccedilatildeo de ver sua grande

obra em funcionamento

Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde

foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e caixas de correio

aleacutem da pista proacutepria o expresso foi comparado a um metrocirc na superfiacutecie Em

meacutedia todos os meses 19 milhatildeo de pessoas utilizavam o novo sistema de

transporte

As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi

crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento populacional e de

infra-estrutura da cidade Em 1980 Curitiba foi a primeira capital a adotar a

tarifa social O preccedilo da passagem era uacutenico independente do trecho da

viagem Com esta vantagem tambeacutem foi colocada em praacutetica a campanha Eacute

com esse que eu vou incentivando a populaccedilatildeo a deixar os carros em casa e

utilizar o veiacuteculo coletivo O preccedilo do petroacuteleo aumentava cada vez mais por

conta da crise mundial de combustiacuteveis

Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a

utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar a passagem

uacutenica Os usuaacuterios podiam trocar de linha dentro dos terminais sem pagar nova

passagem Com isto se consolidou a RIT (Rede Integrada de Transporte) Em

1980 os ocircnibus articulados com capacidade 80 maior comeccedilaram a

substituir gradativamente os antigos expressos Isto significou economia de

combustiacutevel em 46 e reduccedilatildeo de custo de 21 por passageiro transportado

26

Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS

(Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistema e passou a

ser a concessionaacuteria e as empresas operadoras as permissionaacuterias

Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia

incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas

alimentadoras para os usuaacuterios se deslocarem nos cinco eixos atendidos pelos

expressos 239 linhas em todo o sistema A RIT atendia em 1990 54 do total

de usuaacuterios do sistema iacutendice que chegou a 84 em 1995

Em outubro de 1991 sob encomenda da URBS a Volvo comeccedilou a

desenvolver o primeiro ocircnibus bi-articulado brasileiro batizado de Metrobuacutes

com 25 metros de comprimento e capacidade para transportar ateacute 270

passageiros

Neste periacuteodo foi implantada uma das maiores novidades do

transporte coletivo naquela deacutecada Foram criadas as Linhas Diretas servidas

por veiacuteculos de cor cinza popularmente chamados de Ligeirinhos (anexo 15)

Atraveacutes das rampas de acesso no lugar das escadas eles

permitiram o embarque e desembarque de passageiros atraveacutes das estaccedilotildees-

tubo que serviam como pequenos terminais possibilitando ao usuaacuterio a troca

de linhas sem pagar nova passagem

Os Bi-articulados comeccedilaram a substituir tambeacutem os ocircnibus

utilizados nas linhas do Express

As melhorias foram sendo colocadas em praacutetica como o sistema de

aviso de paradas

A cada saiacuteda de uma estaccedilatildeo-tubo o sistema eacute automaticamente

acionado para informar aos passageiros qual eacute o ponto seguinte e quais portas

27

deveratildeo ser utilizadas para o desembarque Sistema parecido com o usado por

alguns metrocircs em diversos lugares do mundo

Em 1996 a RIT ultrapassou as fronteiras e passou a atender a

Regiatildeo Metropolitana Em 1999 o Sistema Expresso comemorou 25 anos com

a inauguraccedilatildeo da linha Bi-articulada Circular Sul

Para relembrar o comeccedilo de tudo uma reacuteplica do primeiro ocircnibus

expresso de 1974 circulou do Terminal Capatildeo Raso ateacute a Praccedila Generoso

Marques transportando o entatildeo governador Jaime Lerner e o prefeito Caacutessio

Taniguchi

Foi como uma viagem no tempo para Lerner e para muitos

curitibanos que acompanharam o desenvolvimento do transporte coletivo da

cidade repleto de inovaccedilotildees e empreendedorismo para acompanhar o

crescimento urbano

Em 2000 a substituiccedilatildeo de 87 veiacuteculos articulados por 57 de maior

porte no eixo lesteoeste demonstrou que no sistema adotado por Curitiba

novidades satildeo sempre implantadas sem a necessidade de investimentos

incompatiacuteveis com a realidade da cidade

Os avanccedilos sociais marcam a histoacuteria recente do transporte coletivo

curitibano

Em 2005 o prefeito Beto Richa determinou o enxugamento de

despesas do sistema e o corte de dez centavos na tarifa reduzida para R$

180

Hoje 2 milhotildees de passageiros utilizam diariamente o Sistema

Integrado de Transporte Coletivo composto por 1980 ocircnibus que atendem 395

linhas O sistema eacute responsaacutevel pelo emprego direto de 15 mil pessoas entre

motoristas cobradores fiscais mecacircnicos entre outros profissionais

28

Com a construccedilatildeo da Linha Verde o Sistema de Transportes de

Curitiba estaacute em expansatildeo essa via uniraacute a cidade no trecho urbano na antiga

BR-116 melhorando o tracircnsito e os transportes em Curitiba

42 Uberlacircndia

A cidade de Uberlacircndia no Estado de Minas Gerais conta um

Sistema Integrado de Transporte Urbano (SIT) que racionalizou o uso dos

transportes urbanos com a unificaccedilatildeo do preccedilo das passagens aleacutem disso o

usuaacuterio natildeo paga mais duas passagens para chegar no local desejado

contando com um transporte coletivo 100 integrado e monitorado (GPRS)

administrado pela prefeitura

O sistema eacute dotado de bilhetagem eletrocircnica A maioria dos

veiacuteculos tecircm elevador para facilitar o acesso de deficientes fiacutesicos

O sistema eacute composto por seis terminais

bull Central

bull Santa Luzia

bull Planalto

bull Umuarama

bull Terminal Industrial (distrito industrial de Uberlacircndia)

O sistema conta com treze estaccedilotildees de embarque e desembarque

de passageiros interligando a regiatildeo central (Terminal Central) de Uberlacircndia

ao Anel Rodoviaacuterio (Terminal Santa Luzia) proporcionando um raacutepido acesso

agraves principais rodovias em torno do municiacutepio

43 Goiacircnia

A Prefeitura de Goiacircnia tem buscado soluccedilotildees inovadoras no que diz

respeito aos problemas que envolvem os transportes urbanos da cidade A

primeira grande mudanccedila no sistema de transportes coletivos da regiatildeo

29

metropolitana de Goiacircnia ocorreu em 1976 quando da implantaccedilatildeo do sistema

tronco-alimentador que se baseava em linhas troncais e alimentadoras atraveacutes

de terminais de integraccedilatildeo com a exploraccedilatildeo e operaccedilatildeo das linhas por

empresas concessionaacuterias privadas

No ano seguinte agrave sua implantaccedilatildeo o sistema possibilitou o

transporte de 35 milhotildees de passageiros nuacutemero que cresceu a uma taxa de

5 ao ano ateacute 1984 atingindo a meacutedia anual de 100 milhotildees de passageiros

No periacuteodo entre 1985 e 1991 a quantidade de passageiros

transportados continuou aumentando ateacute atingir o patamar de 250 milhotildees de

passageirosano em funccedilatildeo do aumento da demanda por transporte coletivo

urbano ocorrido em todo o paiacutes

Os problemas inflacionaacuterios de 1992 a 1994 e a diminuiccedilatildeo do poder

aquisitivo provocaram a queda da demanda para 200 milhotildees de

passageirosano

O sistema de transportes urbanos de Goiacircnia estaacute em expansatildeo

com a previsatildeo de entrada em operaccedilatildeo do Metrocirc de Superfiacutecie que contaraacute

com ocircnibus articulados e biarticulados de grande capacidade de passageiros

Visando a implantaccedilatildeo dessa via de superfiacutecie estaacute sendo testado o

modelo de ocircnibus biarticulado VOLVO B9 SALF (anexo 20) com grande

capacidade para transportar 270 passageiros Esse mesmo modelo estaacute em

operaccedilatildeo no Sistema Transantiago na capital chilena

44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro

441 Satildeo Paulo

A histoacuteria da cidade de Satildeo Paulo eacute marcada pela implantaccedilatildeo da

ferrovia mas a histoacuteria dos transportes puacuteblicos iniciada agrave mesma eacutepoca tem

30

nos tiacutelburis carros de duas rodas puxados por um cavalo sua primeira

apariccedilatildeo com a inauguraccedilatildeo em 1872 pela Companhia Carris de Ferro de Satildeo

Paulo da primeira linha de bondes puxados a burro

A primeira linha de bonde eleacutetrico foi inaugurada no iniacutecio do seacuteculo

XX em 7 de maio de 1900 ligando o largo de Satildeo Bento agrave Barra Funda Foi um

empreendimento da Satildeo Paulo Railway Light and Power Company LTd que

recebeu por transferecircncia a concessatildeo para organizar construir e operar

linhas de bonde por traccedilatildeo eleacutetrica para diversos pontos da cidade e seus

subuacuterbios durante 40 anos

Os primeiros auto-ocircnibus surgiram na cidade na deacutecada de 20

complementando a alternativa ao bonde que sofria as limitaccedilotildees de rede

energia e investimentos

Nos anos 30 a capital de Satildeo Paulo jaacute era considerada um grande

centro urbano e convivia com um tracircnsito agitado O Plano de Avenidas do

Prefeito Prestes Maia indicava a expressiva influecircncia do automoacutevel na vida e

na estrutura da cidade

A Comissatildeo de Estudos de Transportes Coletivos instituiacuteda em

1939 pocircs em discussatildeo a organizaccedilatildeo do transporte como serviccedilo puacuteblico e as

vantagens do monopoacutelio governamental lanccedilando as bases para a constituiccedilatildeo

de uma empresa municipal responsaacutevel pelo transporte coletivo

O nuacutemero de ocircnibus em Satildeo Paulo em 1941 superou os mil

enquanto o de bondes manteve-se em 500 Assim eram os ocircnibus que

transportavam a maior parte dos passageiros Trinta e sete empresas

particulares exploravam 90 linhas que circulavam pelo municiacutepio

Em 1946 atraveacutes do Decreto-Lei no 365 de 10 de outubro de 1946

o Prefeito Abrahatildeo Ribeiro autorizou a constituiccedilatildeo de uma empresa

31

responsaacutevel pelo transporte puacuteblico criando-se entatildeo a Companhia Municipal

de Transportes Coletivos ndash CMTC (anexo 10)

Em 1947 a Prefeitura determinou a transferecircncia do patrimocircnio da

Light relativo ao serviccedilo para a nova companhia e decidiu que as empresas

privadas passariam a operar somente as linhas de ocircnibus fora do periacutemetro

urbano

Em 1975 a COMPANHIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES

COLETIVOS - CMTC operava apenas 14 da frota de ocircnibus da cidade

Um novo contrato de concessatildeo foi firmado entre Prefeitura e CMTC

permitindo a contrataccedilatildeo os serviccedilos de transporte coletivo de passageiros em

23 aacutereas de operaccedilatildeo Assim uma mudanccedila efetiva ocorreu no sistema e no

mercado de transporte coletivo da cidade restituindo em parte agrave CMTC o seu

outro papel o de gestora do sistema

Nos anos 80 aleacutem de inovaccedilotildees operacionais e tecnoloacutegicas

promovidas pela CMTC - o Programa Troleibus a implantaccedilatildeo dos corredores

de ocircnibus em faixa exclusiva e a utilizaccedilatildeo de ocircnibus movidos a gaacutes metano e

natural- a gestatildeo do serviccedilo de transporte puacuteblico voltou a ser alvo da atenccedilatildeo

da administraccedilatildeo municipal tendo resultado inclusive em intervenccedilotildees

administrativas e gerenciais em algumas empresas operadoras

A relaccedilatildeo entre as empresas operadoras e a municipalidade passou

por nova e importante alteraccedilatildeo a partir do processo de municipalizaccedilatildeo

quando atraveacutes da Lei no 11037 1991 o sistema de remuneraccedilatildeo do

serviccedilo passou a ser feito pelo custo dos serviccedilos passando a operadora a ser

remunerada diretamente pela apropriaccedilatildeo da tarifa paga pelo passageiro

O serviccedilo contratado pela Prefeitura e operado pelas empresas eacute

remunerado conforme a afericcedilatildeo dos custos incorridos na prestaccedilatildeo do serviccedilo

A tarifa definida conforme paracircmetros econocircmicos e poliacuteticos passou a

32

pertencer a administraccedilatildeo municipal constituindo-se na principal fonte de

recursos para o pagamento do serviccedilo agraves empresas contratadas pela

operaccedilatildeo

No iniacutecio de 1993 a CMTC desempenhava ao mesmo tempo as

funccedilotildees de gestora do sistema de transporte coletivo e de operadora detendo

cerca de 27 de participaccedilatildeo no setor

A administraccedilatildeo tinha por objetivo a racionalizaccedilatildeo da operaccedilatildeo e

reduccedilatildeo do deacuteficit previsto pela manutenccedilatildeo da administraccedilatildeo da CMTC como

empresa operadora

A alteraccedilatildeo do perfil da frota da quantidade de ocircnibus e de

funcionaacuterios eram medidas indicadas que exigiriam altos investimentos e natildeo

gerariam necessariamente reduccedilatildeo de custos Optou-se entatildeo por encerrar

as atividades operacionais da antiga CMTC atraveacutes da privatizaccedilatildeo de toda a

operaccedilatildeo dos 2700 ocircnibus e das respectivas garagens reduzindo o quadro de

pessoal de 27 mil para cerca de 1200 empregados Esse processo se valeu da

flexibilidade do mesmo modelo de gestatildeo estabelecido pela Lei No 11037

91

A forma de remuneraccedilatildeo dos serviccedilos prestados pelas empresas

contratadas foi inovada alterando-se o criteacuterio anterior de pagamento

calculado pelo custo do quilocircmetro rodado por um valor limite por passageiro

transportado

A antiga CMTC foi entatildeo transformada na Satildeo Paulo Transporte

SA- SPTRANS nova denominaccedilatildeo adotada em 8 de marccedilo de 1995 para a

empresa que ficou voltada somente agrave gestatildeo do sistema de transporte da

cidade

Atualmente com o crescimento das aacutereas urbanas da cidade

tornou-se necessaacuterio ampliar a aacuterea viaacuteria do municiacutepio atualmente estaacute em

33

fase de conclusatildeo o anel rodoviaacuterio da grande Satildeo Paulo e do rodoanel vias

que depois de prontas desafogaratildeo o traacutefego de veiacuteculos na cidade

O sistema Metropolitano operado pela Companhia do Metropolitano

de Satildeo Paulo tambeacutem estaacute em expansatildeo e contribuiraacute para atender o aumento

da demanda de transportes urbanos na maior cidade do Brasil

442 Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro capital do estado homocircnimo eacute a segunda maior

metroacutepole do Brasil situada na regiatildeo Sudeste

Eacute a cidade brasileira mais conhecida no exterior e a maior rota de

turismo internacional no Brasil

A parte urbana do Municiacutepio do Rio de Janeiro recebeu a

denominaccedilatildeo de GRANDE RIO pela Lei complementar nordm 20 pela Lei

Complementar nordm 20 de 01 de julho de 1974 apoacutes a fusatildeo dos antigos estados

do Rio de Janeiro e Guanabara

Aleacutem da parte urbana da cidade existe tambeacutem a REGIAtildeO

METROPOLITANA II DO RIO DE JANEIRO que abrange os municiacutepios de

Niteroacutei Satildeo Gonccedilalo Itaboraiacute Rio Bonito e Tanguaacute

A cidade foi capital do Brasil Colocircnia a partir de 1763 capital do

Impeacuterio Portuguecircs na eacutepoca das invasotildees de Napoleatildeo capital do Impeacuterio do

Brasil e capital da Repuacuteblica ateacute a inauguraccedilatildeo de Brasiacutelia na deacutecada de 60

As primeiras vias na regiatildeo onde hoje estaacute situada a Cidade do Rio

de Janeiro foram abertas pelos Tamoios com objetivos estrateacutegicos e de

defesa Eram veredas no interior da floresta e dirigiam-se ao interior em direccedilatildeo

agrave Serra do Mar (Santos 1934) Os rios e a Baiacutea de Guanabara eram as outras

vias naturais utilizadas por eles

34

Ateacute os primeiros anos do seacuteculo XIX o espaccedilo urbano da Cidade do

Rio de Janeiro limitava-se ao quadrilaacutetero formado pelos Morros do Castelo

Satildeo Bento Santo Antocircnio e da Conceiccedilatildeo De acordo com Abreu (1987) este

chatildeo fora duramente conquistado agrave natureza aterrando-se brejos e mangues

nos trecircs primeiros seacuteculos de existecircncia da cidade Considerando-se os limites

da cidade de entatildeo como sendo ao norte o Campo de Santana ao sul o Largo

do Machado e a regiatildeo de Mata Cavalos (hoje Rua do Riachuelo) e que natildeo

existiam ateacute entatildeo meios de transporte coletivo pode-se afirmar que a maioria

dos deslocamentos eram realizados a peacute em carro de bois eou no lombo de

animais Soacute posteriormente foram introduzidos as andas as redes e os

palanguins

Segundo Dunlop (1973) estes meios de transportes eram como

uma cama suspensa em longo varal conduzida nos ombros por escravos um

agrave frente outro agrave retaguarda

Para as viagens de longa distacircncia neste periacuteodo aqueles que

desejavam ir agraves Minas Gerais Satildeo Paulo ou ao interior do paiacutes tinham que

realizar por exemplo viagens que envolviam animais barcos e comeccedilavam

realizando um percurso pela Baiacutea de Guanabara

Com a chegada da famiacutelia real portuguesa por volta de 1808 foram

trazidas pela corte os coches carruagens seges e o cabriolet

Considerando-se os limites urbanos da cidade bem como as

caracteriacutesticas daquela sociedade colonial portuguesa nos troacutepicos pode-se

afirmar que somente as pessoas de posse ou que possuiacuteam seus proacuteprios

meios de transportes tinham condiccedilatildeo e direito de deslocar-se agraves localidades

mais afastadas do centro histoacuterico da cidade ou empreenderem viagens mais

longas

O transporte puacuteblico soacute foi introduzido na cidade por volta de 1817

com a adoccedilatildeo das Gocircndolas e Diligecircncias veiacuteculos de transporte coletivo

35

puxado agrave burros eou cavalos muito utilizados por todos que necessitavam

deslocar-se dentro do periacutemetro urbano Estes veiacuteculos operavam o transporte

de passageiros entre o centro da cidade e o Palaacutecio da Boa Vista em Satildeo

Cristoacutevatildeo e de Santa Cruz na Fazenda Real por concessatildeo

Dunlop (1973) esclarece que os primeiros ocircnibus tambeacutem puxados

por quatro animais comeccedilaram a trafegar no Rio em 1837 ou 1838 por

iniciativa do francecircs Jean Lecoqrdquo

Eram carros compridos () com dois bancos longitudinais

semelhantes aos bondes fechados da Botanical Garden que aqui surgiram

trinta anos mais tarde Transportavam de vinte a vinte e quatro passageiros

A denominada Companhia de Ocircnibus ainda segundo Dunlop

oferecia serviccedilos para os bairros de Botafogo Laranjeiras Satildeo Cristoacutevatildeo

Andaraiacute Pequeno - hoje Tijuca - Rio Comprido e Engenho Velho Estes

serviccedilos contribuiacuteram muito para o desenvolvimento e crescimento destes

bairros oferecendo uma opccedilatildeo de moradia agravequeles que desejavam sair do

centro histoacuterico aacuterea jaacute conturbada entatildeo

Destaca-se o papel exercido pelos trens agrave partir de 1858 com a

construccedilatildeo da Estrada de Ferro D Pedro II posteriormente denominada E F

Central do Brasil Este novo meio de transporte ofereceu pela primeira vez

uma maneira veloz e confiaacutevel que alcanccedilava longas distacircncias e circulava em

horaacuterios preacute-estabelecidos e regulares Inicialmente usado somente para o

transporte de cargas - para escoar a produccedilatildeo de cafeacute do Vale do Paraiacuteba em

direccedilatildeo ao Porto do Rio de Janeiro - e para o transporte de passageiros de

longa distacircncia

Outras ferrovias seguiram-se a esta primeira tais como a The

Leopoldina Railway Company (depois E F Leopoldina) E F Rio DOuro (hoje

Linha 2 do Metrocirc) E F Melhoramentos do Brasil (depois Linha Auxiliar da

36

Central do Brasil) Todas foram unificadas na Rede Ferroviaacuteria Federal SA

(1957)

ldquoO trem favoreceu o surgimento dos bairros mais afastados do centro na periferia no que posteriormente veio a ser conhecido como os subuacuterbios ferroviaacuterios da Central do Brasil Contribuiu muito tambeacutem para o desenvolvimento dos municiacutepios da Baixada Fluminense e da periferia distante do centro da Cidade do Rio de Janeirordquo (ABREU 1987)

O bonde inicialmente em traccedilatildeo animal e posteriormente

eletrificado foi o meio de transporte que juntamente com os ocircnibus tambeacutem

em traccedilatildeo animal favoreceu o crescimento e desenvolvimento da cidade O

trem chegava ateacute as estaccedilotildees mas era o bonde que circulava no interior do

bairro

Em 1859 circulou o primeiro bonde puxado a burro na cidade do

Rio de Janeiro ligando o Largo do Rocio ao Alto da Boa Vista Esta linha era

controlada pela Cia Carris de Ferro cuja exploraccedilatildeo fora concedida ao

empresaacuterio inglecircs Thomas Cochrane em 1856

Outras empresas vieram em seguida como a Botanical Garden

Railroad Company posteriormente Cia Ferro Carril do Jardim Botacircnico ou a

Rio de Janeiro Street Railroad Company posteriormente Cia Satildeo Cristoacutevatildeo

O Baratildeo de Drumond por sua vez obteve uma concessatildeo para

explorar a Companhia Ferro Carril de Vila Isabel para atender aos bairros do

Andarahy Grande (Andaraiacute Vila Isabel Grajauacute e Maracanatilde) Satildeo Francisco

Xavier e Engenho Novo

ldquoA criaccedilatildeo desta empresa estava fortemente ligada a abertura do bairro de Vila Isabel nas terras da entatildeo Fazenda do Macaco de propriedade da famiacutelia imperial caracterizando um empreendimento conjugado (transporteloteamento)rdquo (Abreu 1987)

37

Os bondes foram substituiacutedos na deacutecada de 1960 pelos ocircnibus

eleacutetricos denominados de troleibus ou chifrudos pela populaccedilatildeo por causa

da forma de captaccedilatildeo de energia eleacutetrica da rede aeacuterea

Apoacutes breve periacuteodo em operaccedilatildeo pela CTC os troleibus foram

substituiacutedos pelos ocircnibus agrave diesel da mesma companhia estadual

O uso das barcas como meio de transporte e passageiros no

contexto da Regiatildeo Metropolitana destacando-se pela existecircncia de uma via

natural a Baiacutea de Guanabara e a costa oceacircnica firmando-se como transporte

regular agrave partir do ano de 1853 com a implantaccedilatildeo da Cia de Navegaccedilatildeo de

Niteroacutei

Ao longo dos anos foram transportadas cargas veiacuteculos e

passageiros sendo reconhecido como um meio eficiente na ligaccedilatildeo entre as

cidades do Rio de Janeiro e Niteroacutei

Apoacutes a construccedilatildeo da Ponte Rio - Niteroacutei sua importacircncia foi

diminuindo ano a ano apesar de toda sua potencialidade instalada

Outras ligaccedilotildees natildeo soacute para a aacuterea central de Niteroacutei podem ser

melhor exploradas com impactos favoraacuteveis no sistema de transporte como

um todo e para o meio ambiente

Afinal todas as localidades das cidades eou bairros situadas agraves

margens da baiacutea ou na costa do estado satildeo potencialmente habilitadas a

serem servidas por barcas

Falar em transportes urbanos significa tambeacutem falar em problemas

de tracircnsito e engarrafamentos que eacute um dos maiores vilotildees da agitada do

Seacuteculo XXI

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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agosto de 2009

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httpwwwflickrcomphotosclaudiolara2233169354 - acessado em 26 de

agosto de 2009

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httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 2: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

POacuteS-GRADUACcedilAtildeO ldquoLATO SENSUrdquo

Apresentaccedilatildeo de monografia ao Conjunto Universitaacuterio Candido Mendes como condiccedilatildeo preacutevia para a conclusatildeo do Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo Lato Sensu em Logiacutestica Empresarial

Rio de Janeiro 2009

TRANSPORTES URBANOS

PROBLEMAS E SOLUCcedilOtildeES

Eliane Cavalcanti Villegas Salas

3

AGRADECIMENTOS

A Deus por permitir o cumprimento de mais uma etapa de minha vida e ao meu amigo Carlos Alberto Alfredo pelo incentivo e apoio

4

DEDICATOacuteRIA

Dedico a conclusatildeo deste curso ao meu esposo Victor Raul e ao meu filho Alejandro que tanto colaborou com sua compreensatildeo e carinho

5

RESUMO

Esta monografia tem como objetivo descrever os problemas

relacionados aos Transportes Urbanos em algumas cidades brasileiras

procurando relatar os problemas existentes e sugerindo algumas soluccedilotildees para

o equacionamento dos problemas existentes Os Transportes satildeo a espinha

dorsal da mobilidade humana nos grandes centros e precisam de sistemas

modernos e eficientes para que os mesmos atendam as necessidades da

populaccedilatildeo urbana que em aumentando a cada dia Em funccedilatildeo do crescimento

dos principais centros urbanos brasileiros os sistemas de transportes vecircm

sendo aprimorados de modo a atender as demandas existentes no setor O

governo federal atraveacutes da ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DE

TRANSPORTES URBANOS subordinada ao Ministeacuterio dos Transportes vem

implantando uma poliacutetica que procura combinar as demandas do setor com as

necessidades a curto meacutedio e longo prazo O crescimento da demanda a ser

atendida tambeacutem requer um suporte legal capaz de atender todos os

aspectos relacionados com a execuccedilatildeo dos diversos modais de transportes de

acordo com a normatizaccedilatildeo das diversas agecircncias reguladoras existentes no

setor

6

METODOLOGIA

O conteuacutedo apresentado foi coletado com base em observaccedilotildees de

campo nas ruas da cidade do Rio de Janeiro por onde circulam os meios de

transporte da cidade de forma presencial por ser um eficiente campo de coleta

de dados a respeito aleacutem de pesquisas realizadas na bibliografia na

bibliografia citada

Tambeacutem foram coletadas observaccedilotildees feitas no Sistema

Metropolitano do Rio de Janeiro e no Sistema de Trens urbanos

7

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I

O histoacuterico dos transportes no Brasil 12

CAPIacuteTULO II

O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a

implantaccedilatildeo das montadoras 15

CAPIacuteTULO III

A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18

CAPIacuteTULO IV

Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia

Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22

CAPIacuteTULO V

Legislaccedilatildeo de transportes 51

CONCLUSAtildeO 58

BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 IacuteNDICE 66 ANEXOS 67

8

INTRODUCcedilAtildeO

Podemos dizer que em siacutentese transporte eacute o movimento de

pessoas ou coisas de um lugar para outro Os transportes podem se distinguir

pela possessatildeo onde o transporte puacuteblico eacute destinado a qualquer pessoa e o

privado eacute restringido somente a quem os adquiriu

Atualmente o Brasil conta com uma moderna induacutestria de

transportes com um grande e soacutelido parque industrial nesse setor formado por

grandes montadoras como por exemplo FORD VOKSWAGEN GENERAL

MOTORS MERCEDES-BENZ SCANIA VABIS AGRALE e a RANDON

Mais recentemente instalaram-se no Brasil outras montadoras

destacando-se a VOLVO FIAT IVECO e VOLKSWAGEN que implantou uma

unidade fabril em Resende no Estado do Rio de Janeiro onde produz chassis

para caminhotildees e ocircnibus

Devido a carecircncia de veiacuteculos de transportes no Brasil os primeiros

veiacuteculos fabricados no paiacutes foram caminhotildees cujas plataformas foram

utilizadas para produzir os primeiros ocircnibus encarroccedilados no paiacutes

Para implantar a poliacutetica de transportes no Brasil foi criado em 1965

o GEIPOT ndash Grupo Executivo de Integraccedilatildeo da Poliacutetica de Transportes

vinculado ao Ministeacuterio de Viaccedilatildeo e Obras Puacuteblicas (atual Ministeacuterio dos

Transportes) na gestatildeo do Ministro Luacutecio Meira

Os objetivos do GEIPOT estabelecidos por lei foram o de prestar

apoio teacutecnico e administrativo aos oacutergatildeos do Poder Executivo com o objetivo

de formular orientar coordenar e executar a Poliacutetica Nacional de Transportes

nos seus diversos modais bem como promover executar e coordenar

atividades de estudos e pesquisas necessaacuterios ao planejamento dos

Transportes no paiacutes transformando-se em um centro de referecircncia

internacional para os estudos de Transportes no Brasil

9

Essa poliacutetica proporcionou a implantaccedilatildeo de induacutestrias

complementares que hoje produzem desde autopeccedilas ateacute sofisticados

modelos de carrocerias para ocircnibus que ganharam o mercado externo

contribuindo tambeacutem para a instalaccedilatildeo do moderno sistema de Transportes de

Massas atraveacutes do sistema (BRT) BUS RAPID TRANSIT ndash Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido implantado na cidade de Curitiba em 1974 na gestatildeo do Prefeito Jaime

Lerner dando ao Brasil o privileacutegio de ser o primeiro paiacutes do mundo a implantar

um sistema desse tipo conquistando diversos precircmios internacionais e

exportando Know-How para diversos paiacuteses

O GEIPOT existiu durante 36 anos poreacutem com a reestruturaccedilatildeo do

Setor de Transportes no ano de 2001 esse oacutergatildeo colaborou no

acompanhamento e na realizaccedilatildeo de anaacutelises teacutecnicas do projeto de Lei nordm

161599 consolidado na Lei nordm 10233 de 05062001 que criou o Conselho

Nacional de Integraccedilatildeo de Poliacutetica de Transportes Terrestres (CONIT) a

Agecircncia Nacional de Transportes Aquaviaacuterios (ANTAQ) a Agecircncia Nacional de

Transportes Terrestres (ANTT) e o Departamento Nacional de Infra-Estrutura

de Transportes (DNIT) Com a criaccedilatildeo dessas Agecircncias reguladoras o

GEIPOT foi extinto pela Medida Provisoacuteria nordm 427 de 09052008 convertida na

Lei nordm 117722008

Os sistemas de transportes de massas nas grandes cidades

brasileiras estatildeo saturados atingindo ateacute mesmo a rede dos serviccedilos de Metrocirc

No entanto esses problemas podem ser resolvidos a curto e meacutedio

prazo com estudos teacutecnicos e recomendaccedilotildees teacutecnicas para a implantaccedilatildeo de

novos serviccedilos de transporte de massas que atendam as necessidades da

populaccedilatildeo dos grandes centros

Fato semelhante ocorreu em um passado relativamente recente em

1975 na cidade de Curitiba e que foi equacionado na gestatildeo do Prefeito Jaime

Lerner com a implantaccedilatildeo do Sistema BRT ndash BUS RAPID TRANSIT (Ocircnibus de

10

tracircnsito raacutepido) que consiste na utilizaccedilatildeo de ocircnibus articulados e biarticulados

com grande capacidade de transporte de passageiros

Conforme ressaltado o Brasil foi pioneiro nesse sistema Atualmente

outros paiacuteses implantaram esse modelo com destaque para o SISTEMA

TRANSMILEcircNIO implantado na Colocircmbia

Jaacute existem estudos teacutecnicos relativos a implantaccedilatildeo desse sistema

na cidade do Rio de Janeiro com a criaccedilatildeo e a implantaccedilatildeo de corredores

rodoviaacuterios usando o sistema BRT para racionalizar e equacionar o problema

existente

Dentro deste escopo este texto foi elaborado em cinco capiacutetulos

partindo do histoacuterico dos transportes no Brasil destacando os seguintes

pontos

O capiacutetulo 1 refere-se agrave histoacuteria e o desenvolvimento inicial dos

transportes em terras brasileira estaacute diretamente relacionada com a cidade do

Rio de Janeiro por ter sido esta a capital do impeacuterio e posteriormente da

repuacuteblica

Descrevo no capiacutetulo 2 o grande salto na aacuterea de transportes que

ocorreu no Brasil a partir da deacutecada de 50 com o advento do governo JK

atraveacutes da instalaccedilatildeo de diversas montadoras estrangeiras

No capiacutetulo 3 abordo a implantaccedilatildeo ocorrida em 1975 na cidade de

Curitiba na gestatildeo do Prefeito Jaime Lerner que criou e implantou um sistema

de transporte de massas chamado ldquoBRTrdquo (Ocircnibus de tracircnsito raacutepido) com

grande capacidade de transporte de passageiros

O capiacutetulo 4 cita a expansatildeo do sistema BRT em Curitiba foi

tambeacutem implantada nas cidades de Uberlacircndia Goiacircnia e Satildeo Paulo

implantaram sistemas semelhantes

11

No capiacutetulo 5 comento que a legislaccedilatildeo relativa a operacionalidade

de transportes estaacute a cargo das Agecircncias reguladoras do Governo

12

CAPIacuteTULO I

O HISTOacuteRICO DOS TRANSPORTES NO BRASIL

Por ter sido a capital do impeacuterio e posteriormente da repuacuteblica a

cidade do Rio de Janeiro sempre esteve na vanguarda das inovaccedilotildees em

serviccedilos para a populaccedilatildeo (NERU 1987a)

O Rio de Janeiro foi a primeira cidade brasileira a ter iluminaccedilatildeo

eleacutetrica telefone e tambeacutem ocircnibus motorizado

O primeiro meio de transporte coletivo na cidade do Rio de Janeiro

foi a serpentina que era um meio de transporte utilizado pelas famiacutelias

abastadas do princiacutepio do seacuteculo XIX (anexo 1)

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos (anexo 2)

A Companhia de Ocircnibus concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por

iniciativa de Aureliano de Sousa e Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva

Joseacute Ribeiro da Silva Manoel Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este

uacuteltimo foi constituiacutedo agente da companhia e fez contato com capitalistas que

se interessassem em investir

As linhas da companhia partiam do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

Posteriormente foi inaugurado o primeiro serviccedilo de bondes

eleacutetricos do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul (anexo 3)

13

Foi o carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que

teve sua apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892

Levando diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade

e terminou a viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do

Machado

Em 1917 a Prefeitura aprovou a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

passando pela Avenida Rio Branco indo da Praccedila Mauaacute ateacute o Palaacutecio Monroe

(antigo Senado) com os carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos O serviccedilo foi inaugurado em 1918 durando ateacute 1928

Em 1926 foi inaugurada a Viaccedilatildeo Excelsior concessionaacuteria de

serviccedilos de transportes pertencente a Light amp Power do Rio de Janeiro

conhecida ateacute hoje como ldquoLIGHTrdquo que detinha o monopoacutelio das linhas de

bonde para a Zona Sul (anexo 04)

ldquoA partir daiacute a LIGHT decidiu explorar o serviccedilo de ocircnibus na cidade tendo iniciado as suas atividades em 22 de novembro de 1927 adotando uma seacuterie de melhoramentos em seus ocircnibus utilizando motores diesel Esses veiacuteculos tinham dois andares e capacidade para 28 passageiros embaixo e 34 no andar de cimardquo (BARAT)

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroccedilaria de ocircnibus mais moderno montada sobre um chassis de mecacircnica

Volvo (anexo 05)

Em 1944 no periacuteodo da segunda guerra mundial devido as

dificuldades de obtenccedilatildeo de combustiacuteveis foram introduzidos os veiacuteculos

movidos a gasogecircnio (anexo 06) O serviccedilo cobria o percurso Urca-Ipanema

Em 1955 Juscelino Kubitschek foi eleito presidente da Repuacuteblica

tendo assumido o governo em 31 de janeiro de 1956

14

JK apresentou ao povo brasileiro um Plano de Metas consistindo

em investimentos em aacutereas prioritaacuterias para o desenvolvimento econocircmico

principalmente em infra-estrutura (rodovias hidreleacutetricas aeroportos e

induacutestrias)

Durante o seu periacuteodo de governo se instalaram no paiacutes grandes

montadoras de automoacuteveis como por exemplo FORD VOLKSWAGEN

WILLYS OVERLAND E GENERAL MOTORS na regiatildeo Sudeste nas cidades

de Santo Andreacute Satildeo Bernardo e Satildeo Caetano (regiatildeo do ABC) aumentando

muito as oportunidades de emprego atraindo trabalhadores de todo Brasil

Paralelamente comeccedilou o encarroccedilamento de ocircnibus no Brasil

utilizando os chassis de caminhotildees A pioneira na fabricaccedilatildeo de carrocerias no

Brasil foi a CIFERAL utilizando chassis Mercedes-Benz (anexo 07)

15

CAPIacuteTULO II

O ADVENTO DA INDUSTRIALIZACcedilAtildeO BRASILEIRA

NOS ANOS DO GOVERNO JK E A IMPLANTACcedilAtildeO DAS

MONTADORAS

Ateacute a deacutecada de 50 com o governo JK a economia brasileira se

fundava na exportaccedilatildeo de produtos primaacuterios e com isso o sistema de

transportes limitou-se aos transportes fluvial e ferroviaacuterio

Com a aceleraccedilatildeo do processo industrial na segunda metade do

seacuteculo XX a poliacutetica para o setor concentrou os recursos no setor rodoviaacuterio

As primeiras medidas concretas para a formaccedilatildeo de um sistema de

transportes no Brasil foram estabelecidas em 1934

Desde a criaccedilatildeo da primeira estrada de ferro ateacute 1946 os esquemas

viaacuterios de transporte nacional foram montados tendo por base as ferrovias

complementados pelas vias fluviais e a malha rodoviaacuteria

Esses conceitos comeccedilaram a ser modificados a partir de entatildeo

especialmente pela profunda mudanccedila que se operou na economia brasileira

quando o setor rodoviaacuterio comeccedilou a ser desenvolvido

ldquoAs primeiras rodovias brasileiras datam do seacuteculo XIX mas a ampliaccedilatildeo da malha rodoviaacuteria ocorreu no governo Vargas com a criaccedilatildeo do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) em 1937 e mais tarde com a implantaccedilatildeo da induacutestria automobiliacutestica na segunda metade da deacutecada de 1950 com a aceleraccedilatildeo do processo de industrializaccedilatildeo e mudanccedila da capital federal para Brasiacuteliardquo (SANTOS)

A partir da deacutecada 50 rede rodoviaacuteria se ampliou de forma notaacutevel

tornando-se a principal via de escoamento de carga e passageiros

16

Na deacutecada 80 o crescimento acelerado deu lugar a estagnaccedilatildeo

A perda de receitas com a extinccedilatildeo em 1988 do imposto sobre

lubrificantes e combustiacuteveis e do imposto sobre serviccedilos impediu a ampliaccedilatildeo

da rede e sua manutenccedilatildeo

Como resultado em fins do seacuteculo XX a rede rodoviaacuteria passou a

responder por 65 dos transportes de cargas e 92 do de passageiros

O crescimento do setor rodoviaacuterio ensejou a instalaccedilatildeo de novas

montadoras no pais atraveacutes da instalaccedilatildeo de outras montadoras como por

exemplo SCANIA FIAT IVECO VOLKSWAGEN CAMINHOtildeES VOLVO e

mais recentemente algumas montadoras asiaacuteticas

Em decorrecircncia da ampliaccedilatildeo do setor rodoviaacuterio deu-se a

ampliaccedilatildeo de faacutebricas em Santa Catarina e do Rio Grande do Sul

Atualmente esse setor ganhou grande desenvolvimento e condiccedilotildees

competitivas a niacutevel internacional com um alto volume de exportaccedilotildees

principalmente para os paiacuteses da Ameacuterica Latina

As principais encarroccediladoras de ocircnibus brasileiras satildeo

MARCOPOLO CAIO COMIL BUSSCAR NEOBUS e IRIZAR A induacutestria

brasileira de carrocerias eacute uma das maiores do mundo

Em 2007 o Brasil foi o terceiro maior fabricante de ocircnibus do

mundo perdendo apenas para a China (IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico 2007)

A induacutestria encarroccediladora de ocircnibus brasileira difere da dos demais

paiacuteses na qual o encarroccedilamento constitui uma etapa separada da produccedilatildeo

dos chassis de ocircnibus

Prevecirc-se para 2010 um crescimento da ordem de 19 O

faturamento do setor deveraacute crescer mais do que em 2007 perfazendo cerca

17

de R$ 72 bilhotildees com uma boa parte oriunda do setor interno desse modo

espera-se um crescimento favoraacutevel apesar da tendecircncia de desaceleraccedilatildeo da

economia internacional

O cenaacuterio conta com a estabilidade da moeda nacional (o real) e

com os financiamentos do BNDES

Devido ao poder competitivo do setor as encarroccediladoras brasileiras

estatildeo lanccedilando modelos cada vez mais modernos que nada devem aos

produtores internacionais

Diversas encarroccediladoras brasileiras jaacute contam com unidades fabris

em diversos continentes a MARCOPOLO tem faacutebricas no Meacutexico e Colocircmbia

e mais recentemente formou Joint Ventures para a instalaccedilatildeo e transferecircncia

de Know-How para a China e Iacutendia

18

CAPIacuteTULO III

A EVOLUCcedilAtildeO E A SITUACcedilAtildeO ATUAL DOS

TRANSPORTES NO BRASIL

ldquoO Brasil ao longo de sua histoacuteria permaneceu voltado para a costa do Atlacircntico com cerca de 80 da populaccedilatildeo vivendo em cidades a menos de mil quilocircmetros da costa e 82 do PIB eacute gerado nas regiotildees Sul Sudeste e Nordesterdquo (IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico 2008)

A origem desse fato deve-se principalmente as caracteriacutesticas do

relevo e da topografia do Brasil pois olhando-se o mapa do paiacutes constata-se

que a faixa mais com melhores condiccedilotildees de vida encontra-se no leste do

paiacutes

Essa situaccedilatildeo perdurou ateacute a chegada do governo JK na deacutecada de

50 quando a capital do paiacutes foi Brasiacutelia na regiatildeo Centro Oeste aacuterea em sua

maior parte formada por Estados dominados por florestas que fazem limites

com os paiacuteses andinos sem saiacuteda para o Oceano Paciacutefico

Em 1975 Jaime Lerner entatildeo Prefeito de Curitiba tendo em vista o

crescimento populacional criou um sistema de transporte baseado no conceito

BRT (Bus Rapid Transit) ndash ocircnibus articulados e biarticulados de grande

capacidade de passageiros que atualmente estaacute em operaccedilatildeo em diversas

cidades brasileiras

A mudanccedila da capital para Brasiacutelia ocasionou um grande

desenvolvimento dessa regiatildeo contribuindo tambeacutem para melhorar o sistema

de transportes rodoviaacuterios do paiacutes que hoje eacute inteiramente interligado do Sul

ateacute o Norte do paiacutes

Devido a esse fato o sistema de transporte organizou-se

predominantemente com base nas rodovias que entre todos eacute o mais oneroso

19

e poluente enquanto as hidrovias e as ferrovias tecircm custos unitaacuterios mais

baixos no entanto o modal rodoviaacuterio eacute mais adequado em relaccedilatildeo a maiores

declividades principalmente para grandes volumes de carga a grandes

distacircncias e para cargas de menor volume e distacircncias menores

Os custos ferroviaacuterios em relaccedilatildeo agraves rodovias satildeo menores nos

trajetos de extensatildeo superiores a 500 km pois os altos custos de implantaccedilatildeo

da rede feacuterrea e o tempo consumido com cargas e descargas satildeo

compensados pela economia geral do meio de transporte

Em pequenas distacircncias as vantagens satildeo do transporte rodoviaacuterio

que desloca mercadorias dos pontos de distribuiccedilatildeo ateacute os pontos de consumo

A implantaccedilatildeo de redes intermodais tende a reduzir os custos de transporte

Mesmo assim o Brasil possui um dos mais amplos sistemas de transporte com

54 portos com capacidade para mais de 500 milhotildees de toneladas por ano 31

mil quilocircmetros de ferrovias e 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovia

A partir da deacutecada de 1970 o modal rodoviaacuterio sofreu uma queda

com uma participaccedilatildeo de 70 em 1970 com uma reduccedilatildeo para 536 em

1985 mas voltando a crescer chegando a 606 em 2004

Entre 1997 e 2004 o volume de cargas transportadas pelas rodovias

cresceu apenas 141 contra 4554 pelas ferrovias que transportam a

maioria dos produtos de baixo valor agregado como por exemplo mineacuterio de

ferro o qual seria inviaacutevel se transportado por caminhotildees

Entre 2003 e 2005 a frota de locomotivas aumentou de 1895 para

2515 e a de vagotildees de 67795 para 90119 devido agrave privatizaccedilatildeo da malha

ferroviaacuteria mas mesmo assim o transporte rodoviaacuterio continua ainda sendo o

mais utilizado no Brasil embora seja o de custo operacional mais elevado em

torno de US$ 320 por 100 tkm contra US$ 074 da ferrovia e US$ 023 da

hidrovia

20

O Brasil possui 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovias e apenas

29798 quilocircmetros de ferrovias e cerca 42000 km de rios navegaacuteveis As

ferrovias transportam 24 da carga no Brasil e nos EUA cerca de 47

Levantamento feito pelo Centro de Estudos em Logiacutestica da

Universidade Federal do Rio de Janeiro concluiu que As companhias

brasileiras voltadas para o comeacutercio exterior perdem cerca de US$ 10 bilhotildees

por ano em consequumlecircncia dos problemas enfrentados na hora de transportar

mercadorias das aacutereas de produccedilatildeo ateacute os portos

ldquoOutro estudo feito pela Comissatildeo Econocircmica para a Ameacuterica Latina e o Caribe ligada agraves Naccedilotildees Unidas conclui que 35 do preccedilo final das mercadorias exportadas do Brasil e de outros paiacuteses latino-americanos se deve aos custos de transporte Nos Estados Unidos este iacutendice natildeo chega a 10rdquo (Veja Especial outubro de 2004 p 61)

Segundo levantamento da CNI Confederaccedilatildeo Nacional da Induacutestria

os custos com transporte equivalem a 1275 do PIB brasileiro enquanto nos

EUA correspondem a 820

Por deficiecircncias logiacutesticas exportar uma tonelada de soja do Brasil

para a China ndash do norte de Mato Grosso via Porto de Paranaguaacute ndash custa hoje

US$ 18 a mais do que fazer o mesmo do Estado norte-americano de Iowa Em

2007 a situaccedilatildeo se complicou com a falta generalizada de caminhotildees para o

mercado interno e de navios para o mercado externo

Poreacutem como as exportaccedilotildees estatildeo superando as importaccedilotildees

faltam contecircineres para o embarque de produtos brasileiros

Das cerca de 22 milhotildees de toneladas de produtos exportados

anualmente cerca de 95 saem pelos portos O problema comeccedila com o fato

de que a maioria das mercadorias a ser exportada chega aos portos por meio

de rodovias

21

Segundo a ANUT ndash Associaccedilatildeo Nacional dos Usuaacuterios de

Transportes de Carga em 2004 as empresas brasileiras desembolsaram US$

12 bilhatildeo em pagamentos por atrasos no embarque e desembarque de

mercadorias nos portos brasileiros

Na margem esquerda do porto de Santos haacute um problema de

lentidatildeo de escoamento pois existem mais de 6000 moradias irregulares

margeiam os trilhos obrigando os trens a reduzir a velocidade de 80 para 10

quilocircmetros por hora causando um acreacutescimo de custo na ordem de 34

quando nos Estados Unidos essa margem natildeo ultrapassa os 20

ldquoOs Estados da regiatildeo Centro Sul produzem 13 milhotildees de toneladas anuais de gratildeos cerca de 9 milhotildees saem do Estado por rodovias 80 delas sem pavimentaccedilatildeo portanto estaacute dependendo da conclusatildeo da Ferronorte e das Hidrovias Paranaacute Paraguai e Araguaia Tocantins para baixar seus custos de transporterdquo (Veja 17102001 p 146-147)

22

CAPIacuteTULO IV

ESTUDO DE CASOS SISTEMA DE TRANSPORTES DE

CURITIBA UBERLAcircNDIA GOIAcircNIA SAtildeO PAULO E

RIO DE JANEIRO

41 Curitiba

A cidade de Curitiba eacute conhecida internacionalmente pelo eficiente e

inovador sistema de transporte coletivo Como todas as ideacuteias novas o sistema

que possibilitou a integraccedilatildeo urbana de Curitiba foi cercado de duacutevidas Mas ao

longo dos anos foi comprovado que a criatividade foi mais eficaz que o

ceticismo

411 Bonde a cavalos

Em 1887 a Empreza Curitybana dirigida por Boaventura Capp

disponibilizou o primeiro bonde puxado por animais ligando a Boulevard 2 de

Julho (atual iniacutecio da Avenida Joatildeo Gualberto) ao bairro do Batel Esta foi a

pedra fundamental de parte da identidade mais latente da cidade de Curitiba o

transporte coletivo Naquele periacuteodo o passeio pela pacata Curitiba tinha

caracteriacutestica mais poeacutetica e os bondes davam o toque de charme (anexo 09)

A viagem inaugural dos primeiros bondes foi um dos maiores

acontecimentos da eacutepoca

Os jornais locais divulgaram com orgulho a partida dos quatro

vagotildees que contavam com ilustres passageiros como o presidente da proviacutencia

Faria Sobrinho

23

412 Bondes eleacutetricos

Apesar de o bondinho ter o objetivo de atender agraves massas ele era

dividido em duas categorias Na primeira classe era obrigatoacuterio que os

passageiros estivessem calccedilados Jaacute no bond mixto como era conhecida a

pessoa podiam viajar sem sapatos

O panorama do transporte coletivo da cidade mudou com a

introduccedilatildeo dos bondes eleacutetricos a partir 1912 Os primeiros bondes puxados

por mulas foram vendidos e amontoados no depoacutesito de ferro-velho em

Paranaguaacute

A mudanccedila foi necessaacuteria jaacute que o nuacutemero de passageiros

aumentou de 680 mil em 1903 para 19 milhatildeo por ano em 1913 a cidade

crescia rapidamente poreacutem de maneira desordenada

413 Os primeiros ocircnibus

Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia

Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo Dois anos

mais tarde comeccedilaram a aparecer as linhas particulares de ocircnibus apesar dos

bondes ainda serem a preferecircncia da populaccedilatildeo

Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto

da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bondes perderam

espaccedilo mas apesar das passagens mais caras o novo veiacuteculo era mais

confiaacutevel e seguro

Em 1951 saiacuteram de circulaccedilatildeo os uacuteltimos bondes dando lugar agraves

auto-lotaccedilotildees

Uma das grandes revoluccedilotildees no setor ocorreu em 1955 quando o

municiacutepio estabeleceu contratos de concessatildeo com 13 empresas

24

Naquela eacutepoca a cidade era atendida por 50 ocircnibus e 80 lotaccedilotildees

Em 1965 foi editado o Plano Diretor de Transportes de Curitiba estabelecendo

as vias estruturais que serviram como eixos base para movimentaccedilatildeo urbana

O plano foi considerado um dos mais perfeitos do mundo

Devido ao bom planejamento mesmo 15 anos depois os 673 ocircnibus

da capital paranaense transportavam 515 mil pessoas diariamente

A frota do transporte coletivo representava apenas 2 dos veiacuteculos

que trafegavam em Curitiba e era responsaacutevel pelo transporte de 75 das

pessoas que se locomoviam

Como a cidade crescia rapidamente em pouco tempo o sistema

tradicional estaria obsoleto e ineficaz para atender tanta gente Era necessaacuterio

algo de novo A soluccedilatildeo foi a implantaccedilatildeo dos ocircnibus expressos esse sistema

foi um dos grandes responsaacuteveis pelo avanccedilo no atendimento do transporte

coletivo

Natildeo se tratava somente de uma nova categoria de veiacuteculo mas

acima de tudo um sistema de transporte para meacutedias distacircncias que possuiacutea

via exclusiva

A primeira etapa foi agrave implantaccedilatildeo das canaletas exclusivas onde

circulavam os ocircnibus convencionais

O Departamento de Pesquisa de Veiacuteculos da Faculdade de

Engenharia Industrial de Satildeo Bernardo dos Campos (SP) apresentou ao

IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba) o primeiro

modelo de ocircnibus para atender as novas necessidades de transporte urbano

Batizado de Uiraquitan em homenagem ao nome indiacutegena dado ao primeiro

carro fabricado no Brasil foi projetado especialmente para o sistema viaacuterio de

Curitiba

25

414 Os primeiros ocircnibus expressos

Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo

nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimental os 20

primeiros expressos A frota partiu da Praccedila Generoso Marques para atender

passageiros do Eixo NorteSul Em um dos ocircnibus de inconfundiacutevel cor

vermelha o prefeito Jaime Lerner idealizador do projeto desde o tempo em que

era presidente do IPPUC ndash INSTITUTO DE PESQUISAS E PLANEJAMENTO

URBANO DE CURITIBA noticiava agrave imprensa a satisfaccedilatildeo de ver sua grande

obra em funcionamento

Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde

foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e caixas de correio

aleacutem da pista proacutepria o expresso foi comparado a um metrocirc na superfiacutecie Em

meacutedia todos os meses 19 milhatildeo de pessoas utilizavam o novo sistema de

transporte

As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi

crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento populacional e de

infra-estrutura da cidade Em 1980 Curitiba foi a primeira capital a adotar a

tarifa social O preccedilo da passagem era uacutenico independente do trecho da

viagem Com esta vantagem tambeacutem foi colocada em praacutetica a campanha Eacute

com esse que eu vou incentivando a populaccedilatildeo a deixar os carros em casa e

utilizar o veiacuteculo coletivo O preccedilo do petroacuteleo aumentava cada vez mais por

conta da crise mundial de combustiacuteveis

Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a

utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar a passagem

uacutenica Os usuaacuterios podiam trocar de linha dentro dos terminais sem pagar nova

passagem Com isto se consolidou a RIT (Rede Integrada de Transporte) Em

1980 os ocircnibus articulados com capacidade 80 maior comeccedilaram a

substituir gradativamente os antigos expressos Isto significou economia de

combustiacutevel em 46 e reduccedilatildeo de custo de 21 por passageiro transportado

26

Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS

(Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistema e passou a

ser a concessionaacuteria e as empresas operadoras as permissionaacuterias

Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia

incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas

alimentadoras para os usuaacuterios se deslocarem nos cinco eixos atendidos pelos

expressos 239 linhas em todo o sistema A RIT atendia em 1990 54 do total

de usuaacuterios do sistema iacutendice que chegou a 84 em 1995

Em outubro de 1991 sob encomenda da URBS a Volvo comeccedilou a

desenvolver o primeiro ocircnibus bi-articulado brasileiro batizado de Metrobuacutes

com 25 metros de comprimento e capacidade para transportar ateacute 270

passageiros

Neste periacuteodo foi implantada uma das maiores novidades do

transporte coletivo naquela deacutecada Foram criadas as Linhas Diretas servidas

por veiacuteculos de cor cinza popularmente chamados de Ligeirinhos (anexo 15)

Atraveacutes das rampas de acesso no lugar das escadas eles

permitiram o embarque e desembarque de passageiros atraveacutes das estaccedilotildees-

tubo que serviam como pequenos terminais possibilitando ao usuaacuterio a troca

de linhas sem pagar nova passagem

Os Bi-articulados comeccedilaram a substituir tambeacutem os ocircnibus

utilizados nas linhas do Express

As melhorias foram sendo colocadas em praacutetica como o sistema de

aviso de paradas

A cada saiacuteda de uma estaccedilatildeo-tubo o sistema eacute automaticamente

acionado para informar aos passageiros qual eacute o ponto seguinte e quais portas

27

deveratildeo ser utilizadas para o desembarque Sistema parecido com o usado por

alguns metrocircs em diversos lugares do mundo

Em 1996 a RIT ultrapassou as fronteiras e passou a atender a

Regiatildeo Metropolitana Em 1999 o Sistema Expresso comemorou 25 anos com

a inauguraccedilatildeo da linha Bi-articulada Circular Sul

Para relembrar o comeccedilo de tudo uma reacuteplica do primeiro ocircnibus

expresso de 1974 circulou do Terminal Capatildeo Raso ateacute a Praccedila Generoso

Marques transportando o entatildeo governador Jaime Lerner e o prefeito Caacutessio

Taniguchi

Foi como uma viagem no tempo para Lerner e para muitos

curitibanos que acompanharam o desenvolvimento do transporte coletivo da

cidade repleto de inovaccedilotildees e empreendedorismo para acompanhar o

crescimento urbano

Em 2000 a substituiccedilatildeo de 87 veiacuteculos articulados por 57 de maior

porte no eixo lesteoeste demonstrou que no sistema adotado por Curitiba

novidades satildeo sempre implantadas sem a necessidade de investimentos

incompatiacuteveis com a realidade da cidade

Os avanccedilos sociais marcam a histoacuteria recente do transporte coletivo

curitibano

Em 2005 o prefeito Beto Richa determinou o enxugamento de

despesas do sistema e o corte de dez centavos na tarifa reduzida para R$

180

Hoje 2 milhotildees de passageiros utilizam diariamente o Sistema

Integrado de Transporte Coletivo composto por 1980 ocircnibus que atendem 395

linhas O sistema eacute responsaacutevel pelo emprego direto de 15 mil pessoas entre

motoristas cobradores fiscais mecacircnicos entre outros profissionais

28

Com a construccedilatildeo da Linha Verde o Sistema de Transportes de

Curitiba estaacute em expansatildeo essa via uniraacute a cidade no trecho urbano na antiga

BR-116 melhorando o tracircnsito e os transportes em Curitiba

42 Uberlacircndia

A cidade de Uberlacircndia no Estado de Minas Gerais conta um

Sistema Integrado de Transporte Urbano (SIT) que racionalizou o uso dos

transportes urbanos com a unificaccedilatildeo do preccedilo das passagens aleacutem disso o

usuaacuterio natildeo paga mais duas passagens para chegar no local desejado

contando com um transporte coletivo 100 integrado e monitorado (GPRS)

administrado pela prefeitura

O sistema eacute dotado de bilhetagem eletrocircnica A maioria dos

veiacuteculos tecircm elevador para facilitar o acesso de deficientes fiacutesicos

O sistema eacute composto por seis terminais

bull Central

bull Santa Luzia

bull Planalto

bull Umuarama

bull Terminal Industrial (distrito industrial de Uberlacircndia)

O sistema conta com treze estaccedilotildees de embarque e desembarque

de passageiros interligando a regiatildeo central (Terminal Central) de Uberlacircndia

ao Anel Rodoviaacuterio (Terminal Santa Luzia) proporcionando um raacutepido acesso

agraves principais rodovias em torno do municiacutepio

43 Goiacircnia

A Prefeitura de Goiacircnia tem buscado soluccedilotildees inovadoras no que diz

respeito aos problemas que envolvem os transportes urbanos da cidade A

primeira grande mudanccedila no sistema de transportes coletivos da regiatildeo

29

metropolitana de Goiacircnia ocorreu em 1976 quando da implantaccedilatildeo do sistema

tronco-alimentador que se baseava em linhas troncais e alimentadoras atraveacutes

de terminais de integraccedilatildeo com a exploraccedilatildeo e operaccedilatildeo das linhas por

empresas concessionaacuterias privadas

No ano seguinte agrave sua implantaccedilatildeo o sistema possibilitou o

transporte de 35 milhotildees de passageiros nuacutemero que cresceu a uma taxa de

5 ao ano ateacute 1984 atingindo a meacutedia anual de 100 milhotildees de passageiros

No periacuteodo entre 1985 e 1991 a quantidade de passageiros

transportados continuou aumentando ateacute atingir o patamar de 250 milhotildees de

passageirosano em funccedilatildeo do aumento da demanda por transporte coletivo

urbano ocorrido em todo o paiacutes

Os problemas inflacionaacuterios de 1992 a 1994 e a diminuiccedilatildeo do poder

aquisitivo provocaram a queda da demanda para 200 milhotildees de

passageirosano

O sistema de transportes urbanos de Goiacircnia estaacute em expansatildeo

com a previsatildeo de entrada em operaccedilatildeo do Metrocirc de Superfiacutecie que contaraacute

com ocircnibus articulados e biarticulados de grande capacidade de passageiros

Visando a implantaccedilatildeo dessa via de superfiacutecie estaacute sendo testado o

modelo de ocircnibus biarticulado VOLVO B9 SALF (anexo 20) com grande

capacidade para transportar 270 passageiros Esse mesmo modelo estaacute em

operaccedilatildeo no Sistema Transantiago na capital chilena

44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro

441 Satildeo Paulo

A histoacuteria da cidade de Satildeo Paulo eacute marcada pela implantaccedilatildeo da

ferrovia mas a histoacuteria dos transportes puacuteblicos iniciada agrave mesma eacutepoca tem

30

nos tiacutelburis carros de duas rodas puxados por um cavalo sua primeira

apariccedilatildeo com a inauguraccedilatildeo em 1872 pela Companhia Carris de Ferro de Satildeo

Paulo da primeira linha de bondes puxados a burro

A primeira linha de bonde eleacutetrico foi inaugurada no iniacutecio do seacuteculo

XX em 7 de maio de 1900 ligando o largo de Satildeo Bento agrave Barra Funda Foi um

empreendimento da Satildeo Paulo Railway Light and Power Company LTd que

recebeu por transferecircncia a concessatildeo para organizar construir e operar

linhas de bonde por traccedilatildeo eleacutetrica para diversos pontos da cidade e seus

subuacuterbios durante 40 anos

Os primeiros auto-ocircnibus surgiram na cidade na deacutecada de 20

complementando a alternativa ao bonde que sofria as limitaccedilotildees de rede

energia e investimentos

Nos anos 30 a capital de Satildeo Paulo jaacute era considerada um grande

centro urbano e convivia com um tracircnsito agitado O Plano de Avenidas do

Prefeito Prestes Maia indicava a expressiva influecircncia do automoacutevel na vida e

na estrutura da cidade

A Comissatildeo de Estudos de Transportes Coletivos instituiacuteda em

1939 pocircs em discussatildeo a organizaccedilatildeo do transporte como serviccedilo puacuteblico e as

vantagens do monopoacutelio governamental lanccedilando as bases para a constituiccedilatildeo

de uma empresa municipal responsaacutevel pelo transporte coletivo

O nuacutemero de ocircnibus em Satildeo Paulo em 1941 superou os mil

enquanto o de bondes manteve-se em 500 Assim eram os ocircnibus que

transportavam a maior parte dos passageiros Trinta e sete empresas

particulares exploravam 90 linhas que circulavam pelo municiacutepio

Em 1946 atraveacutes do Decreto-Lei no 365 de 10 de outubro de 1946

o Prefeito Abrahatildeo Ribeiro autorizou a constituiccedilatildeo de uma empresa

31

responsaacutevel pelo transporte puacuteblico criando-se entatildeo a Companhia Municipal

de Transportes Coletivos ndash CMTC (anexo 10)

Em 1947 a Prefeitura determinou a transferecircncia do patrimocircnio da

Light relativo ao serviccedilo para a nova companhia e decidiu que as empresas

privadas passariam a operar somente as linhas de ocircnibus fora do periacutemetro

urbano

Em 1975 a COMPANHIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES

COLETIVOS - CMTC operava apenas 14 da frota de ocircnibus da cidade

Um novo contrato de concessatildeo foi firmado entre Prefeitura e CMTC

permitindo a contrataccedilatildeo os serviccedilos de transporte coletivo de passageiros em

23 aacutereas de operaccedilatildeo Assim uma mudanccedila efetiva ocorreu no sistema e no

mercado de transporte coletivo da cidade restituindo em parte agrave CMTC o seu

outro papel o de gestora do sistema

Nos anos 80 aleacutem de inovaccedilotildees operacionais e tecnoloacutegicas

promovidas pela CMTC - o Programa Troleibus a implantaccedilatildeo dos corredores

de ocircnibus em faixa exclusiva e a utilizaccedilatildeo de ocircnibus movidos a gaacutes metano e

natural- a gestatildeo do serviccedilo de transporte puacuteblico voltou a ser alvo da atenccedilatildeo

da administraccedilatildeo municipal tendo resultado inclusive em intervenccedilotildees

administrativas e gerenciais em algumas empresas operadoras

A relaccedilatildeo entre as empresas operadoras e a municipalidade passou

por nova e importante alteraccedilatildeo a partir do processo de municipalizaccedilatildeo

quando atraveacutes da Lei no 11037 1991 o sistema de remuneraccedilatildeo do

serviccedilo passou a ser feito pelo custo dos serviccedilos passando a operadora a ser

remunerada diretamente pela apropriaccedilatildeo da tarifa paga pelo passageiro

O serviccedilo contratado pela Prefeitura e operado pelas empresas eacute

remunerado conforme a afericcedilatildeo dos custos incorridos na prestaccedilatildeo do serviccedilo

A tarifa definida conforme paracircmetros econocircmicos e poliacuteticos passou a

32

pertencer a administraccedilatildeo municipal constituindo-se na principal fonte de

recursos para o pagamento do serviccedilo agraves empresas contratadas pela

operaccedilatildeo

No iniacutecio de 1993 a CMTC desempenhava ao mesmo tempo as

funccedilotildees de gestora do sistema de transporte coletivo e de operadora detendo

cerca de 27 de participaccedilatildeo no setor

A administraccedilatildeo tinha por objetivo a racionalizaccedilatildeo da operaccedilatildeo e

reduccedilatildeo do deacuteficit previsto pela manutenccedilatildeo da administraccedilatildeo da CMTC como

empresa operadora

A alteraccedilatildeo do perfil da frota da quantidade de ocircnibus e de

funcionaacuterios eram medidas indicadas que exigiriam altos investimentos e natildeo

gerariam necessariamente reduccedilatildeo de custos Optou-se entatildeo por encerrar

as atividades operacionais da antiga CMTC atraveacutes da privatizaccedilatildeo de toda a

operaccedilatildeo dos 2700 ocircnibus e das respectivas garagens reduzindo o quadro de

pessoal de 27 mil para cerca de 1200 empregados Esse processo se valeu da

flexibilidade do mesmo modelo de gestatildeo estabelecido pela Lei No 11037

91

A forma de remuneraccedilatildeo dos serviccedilos prestados pelas empresas

contratadas foi inovada alterando-se o criteacuterio anterior de pagamento

calculado pelo custo do quilocircmetro rodado por um valor limite por passageiro

transportado

A antiga CMTC foi entatildeo transformada na Satildeo Paulo Transporte

SA- SPTRANS nova denominaccedilatildeo adotada em 8 de marccedilo de 1995 para a

empresa que ficou voltada somente agrave gestatildeo do sistema de transporte da

cidade

Atualmente com o crescimento das aacutereas urbanas da cidade

tornou-se necessaacuterio ampliar a aacuterea viaacuteria do municiacutepio atualmente estaacute em

33

fase de conclusatildeo o anel rodoviaacuterio da grande Satildeo Paulo e do rodoanel vias

que depois de prontas desafogaratildeo o traacutefego de veiacuteculos na cidade

O sistema Metropolitano operado pela Companhia do Metropolitano

de Satildeo Paulo tambeacutem estaacute em expansatildeo e contribuiraacute para atender o aumento

da demanda de transportes urbanos na maior cidade do Brasil

442 Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro capital do estado homocircnimo eacute a segunda maior

metroacutepole do Brasil situada na regiatildeo Sudeste

Eacute a cidade brasileira mais conhecida no exterior e a maior rota de

turismo internacional no Brasil

A parte urbana do Municiacutepio do Rio de Janeiro recebeu a

denominaccedilatildeo de GRANDE RIO pela Lei complementar nordm 20 pela Lei

Complementar nordm 20 de 01 de julho de 1974 apoacutes a fusatildeo dos antigos estados

do Rio de Janeiro e Guanabara

Aleacutem da parte urbana da cidade existe tambeacutem a REGIAtildeO

METROPOLITANA II DO RIO DE JANEIRO que abrange os municiacutepios de

Niteroacutei Satildeo Gonccedilalo Itaboraiacute Rio Bonito e Tanguaacute

A cidade foi capital do Brasil Colocircnia a partir de 1763 capital do

Impeacuterio Portuguecircs na eacutepoca das invasotildees de Napoleatildeo capital do Impeacuterio do

Brasil e capital da Repuacuteblica ateacute a inauguraccedilatildeo de Brasiacutelia na deacutecada de 60

As primeiras vias na regiatildeo onde hoje estaacute situada a Cidade do Rio

de Janeiro foram abertas pelos Tamoios com objetivos estrateacutegicos e de

defesa Eram veredas no interior da floresta e dirigiam-se ao interior em direccedilatildeo

agrave Serra do Mar (Santos 1934) Os rios e a Baiacutea de Guanabara eram as outras

vias naturais utilizadas por eles

34

Ateacute os primeiros anos do seacuteculo XIX o espaccedilo urbano da Cidade do

Rio de Janeiro limitava-se ao quadrilaacutetero formado pelos Morros do Castelo

Satildeo Bento Santo Antocircnio e da Conceiccedilatildeo De acordo com Abreu (1987) este

chatildeo fora duramente conquistado agrave natureza aterrando-se brejos e mangues

nos trecircs primeiros seacuteculos de existecircncia da cidade Considerando-se os limites

da cidade de entatildeo como sendo ao norte o Campo de Santana ao sul o Largo

do Machado e a regiatildeo de Mata Cavalos (hoje Rua do Riachuelo) e que natildeo

existiam ateacute entatildeo meios de transporte coletivo pode-se afirmar que a maioria

dos deslocamentos eram realizados a peacute em carro de bois eou no lombo de

animais Soacute posteriormente foram introduzidos as andas as redes e os

palanguins

Segundo Dunlop (1973) estes meios de transportes eram como

uma cama suspensa em longo varal conduzida nos ombros por escravos um

agrave frente outro agrave retaguarda

Para as viagens de longa distacircncia neste periacuteodo aqueles que

desejavam ir agraves Minas Gerais Satildeo Paulo ou ao interior do paiacutes tinham que

realizar por exemplo viagens que envolviam animais barcos e comeccedilavam

realizando um percurso pela Baiacutea de Guanabara

Com a chegada da famiacutelia real portuguesa por volta de 1808 foram

trazidas pela corte os coches carruagens seges e o cabriolet

Considerando-se os limites urbanos da cidade bem como as

caracteriacutesticas daquela sociedade colonial portuguesa nos troacutepicos pode-se

afirmar que somente as pessoas de posse ou que possuiacuteam seus proacuteprios

meios de transportes tinham condiccedilatildeo e direito de deslocar-se agraves localidades

mais afastadas do centro histoacuterico da cidade ou empreenderem viagens mais

longas

O transporte puacuteblico soacute foi introduzido na cidade por volta de 1817

com a adoccedilatildeo das Gocircndolas e Diligecircncias veiacuteculos de transporte coletivo

35

puxado agrave burros eou cavalos muito utilizados por todos que necessitavam

deslocar-se dentro do periacutemetro urbano Estes veiacuteculos operavam o transporte

de passageiros entre o centro da cidade e o Palaacutecio da Boa Vista em Satildeo

Cristoacutevatildeo e de Santa Cruz na Fazenda Real por concessatildeo

Dunlop (1973) esclarece que os primeiros ocircnibus tambeacutem puxados

por quatro animais comeccedilaram a trafegar no Rio em 1837 ou 1838 por

iniciativa do francecircs Jean Lecoqrdquo

Eram carros compridos () com dois bancos longitudinais

semelhantes aos bondes fechados da Botanical Garden que aqui surgiram

trinta anos mais tarde Transportavam de vinte a vinte e quatro passageiros

A denominada Companhia de Ocircnibus ainda segundo Dunlop

oferecia serviccedilos para os bairros de Botafogo Laranjeiras Satildeo Cristoacutevatildeo

Andaraiacute Pequeno - hoje Tijuca - Rio Comprido e Engenho Velho Estes

serviccedilos contribuiacuteram muito para o desenvolvimento e crescimento destes

bairros oferecendo uma opccedilatildeo de moradia agravequeles que desejavam sair do

centro histoacuterico aacuterea jaacute conturbada entatildeo

Destaca-se o papel exercido pelos trens agrave partir de 1858 com a

construccedilatildeo da Estrada de Ferro D Pedro II posteriormente denominada E F

Central do Brasil Este novo meio de transporte ofereceu pela primeira vez

uma maneira veloz e confiaacutevel que alcanccedilava longas distacircncias e circulava em

horaacuterios preacute-estabelecidos e regulares Inicialmente usado somente para o

transporte de cargas - para escoar a produccedilatildeo de cafeacute do Vale do Paraiacuteba em

direccedilatildeo ao Porto do Rio de Janeiro - e para o transporte de passageiros de

longa distacircncia

Outras ferrovias seguiram-se a esta primeira tais como a The

Leopoldina Railway Company (depois E F Leopoldina) E F Rio DOuro (hoje

Linha 2 do Metrocirc) E F Melhoramentos do Brasil (depois Linha Auxiliar da

36

Central do Brasil) Todas foram unificadas na Rede Ferroviaacuteria Federal SA

(1957)

ldquoO trem favoreceu o surgimento dos bairros mais afastados do centro na periferia no que posteriormente veio a ser conhecido como os subuacuterbios ferroviaacuterios da Central do Brasil Contribuiu muito tambeacutem para o desenvolvimento dos municiacutepios da Baixada Fluminense e da periferia distante do centro da Cidade do Rio de Janeirordquo (ABREU 1987)

O bonde inicialmente em traccedilatildeo animal e posteriormente

eletrificado foi o meio de transporte que juntamente com os ocircnibus tambeacutem

em traccedilatildeo animal favoreceu o crescimento e desenvolvimento da cidade O

trem chegava ateacute as estaccedilotildees mas era o bonde que circulava no interior do

bairro

Em 1859 circulou o primeiro bonde puxado a burro na cidade do

Rio de Janeiro ligando o Largo do Rocio ao Alto da Boa Vista Esta linha era

controlada pela Cia Carris de Ferro cuja exploraccedilatildeo fora concedida ao

empresaacuterio inglecircs Thomas Cochrane em 1856

Outras empresas vieram em seguida como a Botanical Garden

Railroad Company posteriormente Cia Ferro Carril do Jardim Botacircnico ou a

Rio de Janeiro Street Railroad Company posteriormente Cia Satildeo Cristoacutevatildeo

O Baratildeo de Drumond por sua vez obteve uma concessatildeo para

explorar a Companhia Ferro Carril de Vila Isabel para atender aos bairros do

Andarahy Grande (Andaraiacute Vila Isabel Grajauacute e Maracanatilde) Satildeo Francisco

Xavier e Engenho Novo

ldquoA criaccedilatildeo desta empresa estava fortemente ligada a abertura do bairro de Vila Isabel nas terras da entatildeo Fazenda do Macaco de propriedade da famiacutelia imperial caracterizando um empreendimento conjugado (transporteloteamento)rdquo (Abreu 1987)

37

Os bondes foram substituiacutedos na deacutecada de 1960 pelos ocircnibus

eleacutetricos denominados de troleibus ou chifrudos pela populaccedilatildeo por causa

da forma de captaccedilatildeo de energia eleacutetrica da rede aeacuterea

Apoacutes breve periacuteodo em operaccedilatildeo pela CTC os troleibus foram

substituiacutedos pelos ocircnibus agrave diesel da mesma companhia estadual

O uso das barcas como meio de transporte e passageiros no

contexto da Regiatildeo Metropolitana destacando-se pela existecircncia de uma via

natural a Baiacutea de Guanabara e a costa oceacircnica firmando-se como transporte

regular agrave partir do ano de 1853 com a implantaccedilatildeo da Cia de Navegaccedilatildeo de

Niteroacutei

Ao longo dos anos foram transportadas cargas veiacuteculos e

passageiros sendo reconhecido como um meio eficiente na ligaccedilatildeo entre as

cidades do Rio de Janeiro e Niteroacutei

Apoacutes a construccedilatildeo da Ponte Rio - Niteroacutei sua importacircncia foi

diminuindo ano a ano apesar de toda sua potencialidade instalada

Outras ligaccedilotildees natildeo soacute para a aacuterea central de Niteroacutei podem ser

melhor exploradas com impactos favoraacuteveis no sistema de transporte como

um todo e para o meio ambiente

Afinal todas as localidades das cidades eou bairros situadas agraves

margens da baiacutea ou na costa do estado satildeo potencialmente habilitadas a

serem servidas por barcas

Falar em transportes urbanos significa tambeacutem falar em problemas

de tracircnsito e engarrafamentos que eacute um dos maiores vilotildees da agitada do

Seacuteculo XXI

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 3: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

3

AGRADECIMENTOS

A Deus por permitir o cumprimento de mais uma etapa de minha vida e ao meu amigo Carlos Alberto Alfredo pelo incentivo e apoio

4

DEDICATOacuteRIA

Dedico a conclusatildeo deste curso ao meu esposo Victor Raul e ao meu filho Alejandro que tanto colaborou com sua compreensatildeo e carinho

5

RESUMO

Esta monografia tem como objetivo descrever os problemas

relacionados aos Transportes Urbanos em algumas cidades brasileiras

procurando relatar os problemas existentes e sugerindo algumas soluccedilotildees para

o equacionamento dos problemas existentes Os Transportes satildeo a espinha

dorsal da mobilidade humana nos grandes centros e precisam de sistemas

modernos e eficientes para que os mesmos atendam as necessidades da

populaccedilatildeo urbana que em aumentando a cada dia Em funccedilatildeo do crescimento

dos principais centros urbanos brasileiros os sistemas de transportes vecircm

sendo aprimorados de modo a atender as demandas existentes no setor O

governo federal atraveacutes da ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DE

TRANSPORTES URBANOS subordinada ao Ministeacuterio dos Transportes vem

implantando uma poliacutetica que procura combinar as demandas do setor com as

necessidades a curto meacutedio e longo prazo O crescimento da demanda a ser

atendida tambeacutem requer um suporte legal capaz de atender todos os

aspectos relacionados com a execuccedilatildeo dos diversos modais de transportes de

acordo com a normatizaccedilatildeo das diversas agecircncias reguladoras existentes no

setor

6

METODOLOGIA

O conteuacutedo apresentado foi coletado com base em observaccedilotildees de

campo nas ruas da cidade do Rio de Janeiro por onde circulam os meios de

transporte da cidade de forma presencial por ser um eficiente campo de coleta

de dados a respeito aleacutem de pesquisas realizadas na bibliografia na

bibliografia citada

Tambeacutem foram coletadas observaccedilotildees feitas no Sistema

Metropolitano do Rio de Janeiro e no Sistema de Trens urbanos

7

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I

O histoacuterico dos transportes no Brasil 12

CAPIacuteTULO II

O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a

implantaccedilatildeo das montadoras 15

CAPIacuteTULO III

A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18

CAPIacuteTULO IV

Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia

Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22

CAPIacuteTULO V

Legislaccedilatildeo de transportes 51

CONCLUSAtildeO 58

BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 IacuteNDICE 66 ANEXOS 67

8

INTRODUCcedilAtildeO

Podemos dizer que em siacutentese transporte eacute o movimento de

pessoas ou coisas de um lugar para outro Os transportes podem se distinguir

pela possessatildeo onde o transporte puacuteblico eacute destinado a qualquer pessoa e o

privado eacute restringido somente a quem os adquiriu

Atualmente o Brasil conta com uma moderna induacutestria de

transportes com um grande e soacutelido parque industrial nesse setor formado por

grandes montadoras como por exemplo FORD VOKSWAGEN GENERAL

MOTORS MERCEDES-BENZ SCANIA VABIS AGRALE e a RANDON

Mais recentemente instalaram-se no Brasil outras montadoras

destacando-se a VOLVO FIAT IVECO e VOLKSWAGEN que implantou uma

unidade fabril em Resende no Estado do Rio de Janeiro onde produz chassis

para caminhotildees e ocircnibus

Devido a carecircncia de veiacuteculos de transportes no Brasil os primeiros

veiacuteculos fabricados no paiacutes foram caminhotildees cujas plataformas foram

utilizadas para produzir os primeiros ocircnibus encarroccedilados no paiacutes

Para implantar a poliacutetica de transportes no Brasil foi criado em 1965

o GEIPOT ndash Grupo Executivo de Integraccedilatildeo da Poliacutetica de Transportes

vinculado ao Ministeacuterio de Viaccedilatildeo e Obras Puacuteblicas (atual Ministeacuterio dos

Transportes) na gestatildeo do Ministro Luacutecio Meira

Os objetivos do GEIPOT estabelecidos por lei foram o de prestar

apoio teacutecnico e administrativo aos oacutergatildeos do Poder Executivo com o objetivo

de formular orientar coordenar e executar a Poliacutetica Nacional de Transportes

nos seus diversos modais bem como promover executar e coordenar

atividades de estudos e pesquisas necessaacuterios ao planejamento dos

Transportes no paiacutes transformando-se em um centro de referecircncia

internacional para os estudos de Transportes no Brasil

9

Essa poliacutetica proporcionou a implantaccedilatildeo de induacutestrias

complementares que hoje produzem desde autopeccedilas ateacute sofisticados

modelos de carrocerias para ocircnibus que ganharam o mercado externo

contribuindo tambeacutem para a instalaccedilatildeo do moderno sistema de Transportes de

Massas atraveacutes do sistema (BRT) BUS RAPID TRANSIT ndash Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido implantado na cidade de Curitiba em 1974 na gestatildeo do Prefeito Jaime

Lerner dando ao Brasil o privileacutegio de ser o primeiro paiacutes do mundo a implantar

um sistema desse tipo conquistando diversos precircmios internacionais e

exportando Know-How para diversos paiacuteses

O GEIPOT existiu durante 36 anos poreacutem com a reestruturaccedilatildeo do

Setor de Transportes no ano de 2001 esse oacutergatildeo colaborou no

acompanhamento e na realizaccedilatildeo de anaacutelises teacutecnicas do projeto de Lei nordm

161599 consolidado na Lei nordm 10233 de 05062001 que criou o Conselho

Nacional de Integraccedilatildeo de Poliacutetica de Transportes Terrestres (CONIT) a

Agecircncia Nacional de Transportes Aquaviaacuterios (ANTAQ) a Agecircncia Nacional de

Transportes Terrestres (ANTT) e o Departamento Nacional de Infra-Estrutura

de Transportes (DNIT) Com a criaccedilatildeo dessas Agecircncias reguladoras o

GEIPOT foi extinto pela Medida Provisoacuteria nordm 427 de 09052008 convertida na

Lei nordm 117722008

Os sistemas de transportes de massas nas grandes cidades

brasileiras estatildeo saturados atingindo ateacute mesmo a rede dos serviccedilos de Metrocirc

No entanto esses problemas podem ser resolvidos a curto e meacutedio

prazo com estudos teacutecnicos e recomendaccedilotildees teacutecnicas para a implantaccedilatildeo de

novos serviccedilos de transporte de massas que atendam as necessidades da

populaccedilatildeo dos grandes centros

Fato semelhante ocorreu em um passado relativamente recente em

1975 na cidade de Curitiba e que foi equacionado na gestatildeo do Prefeito Jaime

Lerner com a implantaccedilatildeo do Sistema BRT ndash BUS RAPID TRANSIT (Ocircnibus de

10

tracircnsito raacutepido) que consiste na utilizaccedilatildeo de ocircnibus articulados e biarticulados

com grande capacidade de transporte de passageiros

Conforme ressaltado o Brasil foi pioneiro nesse sistema Atualmente

outros paiacuteses implantaram esse modelo com destaque para o SISTEMA

TRANSMILEcircNIO implantado na Colocircmbia

Jaacute existem estudos teacutecnicos relativos a implantaccedilatildeo desse sistema

na cidade do Rio de Janeiro com a criaccedilatildeo e a implantaccedilatildeo de corredores

rodoviaacuterios usando o sistema BRT para racionalizar e equacionar o problema

existente

Dentro deste escopo este texto foi elaborado em cinco capiacutetulos

partindo do histoacuterico dos transportes no Brasil destacando os seguintes

pontos

O capiacutetulo 1 refere-se agrave histoacuteria e o desenvolvimento inicial dos

transportes em terras brasileira estaacute diretamente relacionada com a cidade do

Rio de Janeiro por ter sido esta a capital do impeacuterio e posteriormente da

repuacuteblica

Descrevo no capiacutetulo 2 o grande salto na aacuterea de transportes que

ocorreu no Brasil a partir da deacutecada de 50 com o advento do governo JK

atraveacutes da instalaccedilatildeo de diversas montadoras estrangeiras

No capiacutetulo 3 abordo a implantaccedilatildeo ocorrida em 1975 na cidade de

Curitiba na gestatildeo do Prefeito Jaime Lerner que criou e implantou um sistema

de transporte de massas chamado ldquoBRTrdquo (Ocircnibus de tracircnsito raacutepido) com

grande capacidade de transporte de passageiros

O capiacutetulo 4 cita a expansatildeo do sistema BRT em Curitiba foi

tambeacutem implantada nas cidades de Uberlacircndia Goiacircnia e Satildeo Paulo

implantaram sistemas semelhantes

11

No capiacutetulo 5 comento que a legislaccedilatildeo relativa a operacionalidade

de transportes estaacute a cargo das Agecircncias reguladoras do Governo

12

CAPIacuteTULO I

O HISTOacuteRICO DOS TRANSPORTES NO BRASIL

Por ter sido a capital do impeacuterio e posteriormente da repuacuteblica a

cidade do Rio de Janeiro sempre esteve na vanguarda das inovaccedilotildees em

serviccedilos para a populaccedilatildeo (NERU 1987a)

O Rio de Janeiro foi a primeira cidade brasileira a ter iluminaccedilatildeo

eleacutetrica telefone e tambeacutem ocircnibus motorizado

O primeiro meio de transporte coletivo na cidade do Rio de Janeiro

foi a serpentina que era um meio de transporte utilizado pelas famiacutelias

abastadas do princiacutepio do seacuteculo XIX (anexo 1)

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos (anexo 2)

A Companhia de Ocircnibus concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por

iniciativa de Aureliano de Sousa e Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva

Joseacute Ribeiro da Silva Manoel Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este

uacuteltimo foi constituiacutedo agente da companhia e fez contato com capitalistas que

se interessassem em investir

As linhas da companhia partiam do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

Posteriormente foi inaugurado o primeiro serviccedilo de bondes

eleacutetricos do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul (anexo 3)

13

Foi o carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que

teve sua apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892

Levando diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade

e terminou a viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do

Machado

Em 1917 a Prefeitura aprovou a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

passando pela Avenida Rio Branco indo da Praccedila Mauaacute ateacute o Palaacutecio Monroe

(antigo Senado) com os carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos O serviccedilo foi inaugurado em 1918 durando ateacute 1928

Em 1926 foi inaugurada a Viaccedilatildeo Excelsior concessionaacuteria de

serviccedilos de transportes pertencente a Light amp Power do Rio de Janeiro

conhecida ateacute hoje como ldquoLIGHTrdquo que detinha o monopoacutelio das linhas de

bonde para a Zona Sul (anexo 04)

ldquoA partir daiacute a LIGHT decidiu explorar o serviccedilo de ocircnibus na cidade tendo iniciado as suas atividades em 22 de novembro de 1927 adotando uma seacuterie de melhoramentos em seus ocircnibus utilizando motores diesel Esses veiacuteculos tinham dois andares e capacidade para 28 passageiros embaixo e 34 no andar de cimardquo (BARAT)

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroccedilaria de ocircnibus mais moderno montada sobre um chassis de mecacircnica

Volvo (anexo 05)

Em 1944 no periacuteodo da segunda guerra mundial devido as

dificuldades de obtenccedilatildeo de combustiacuteveis foram introduzidos os veiacuteculos

movidos a gasogecircnio (anexo 06) O serviccedilo cobria o percurso Urca-Ipanema

Em 1955 Juscelino Kubitschek foi eleito presidente da Repuacuteblica

tendo assumido o governo em 31 de janeiro de 1956

14

JK apresentou ao povo brasileiro um Plano de Metas consistindo

em investimentos em aacutereas prioritaacuterias para o desenvolvimento econocircmico

principalmente em infra-estrutura (rodovias hidreleacutetricas aeroportos e

induacutestrias)

Durante o seu periacuteodo de governo se instalaram no paiacutes grandes

montadoras de automoacuteveis como por exemplo FORD VOLKSWAGEN

WILLYS OVERLAND E GENERAL MOTORS na regiatildeo Sudeste nas cidades

de Santo Andreacute Satildeo Bernardo e Satildeo Caetano (regiatildeo do ABC) aumentando

muito as oportunidades de emprego atraindo trabalhadores de todo Brasil

Paralelamente comeccedilou o encarroccedilamento de ocircnibus no Brasil

utilizando os chassis de caminhotildees A pioneira na fabricaccedilatildeo de carrocerias no

Brasil foi a CIFERAL utilizando chassis Mercedes-Benz (anexo 07)

15

CAPIacuteTULO II

O ADVENTO DA INDUSTRIALIZACcedilAtildeO BRASILEIRA

NOS ANOS DO GOVERNO JK E A IMPLANTACcedilAtildeO DAS

MONTADORAS

Ateacute a deacutecada de 50 com o governo JK a economia brasileira se

fundava na exportaccedilatildeo de produtos primaacuterios e com isso o sistema de

transportes limitou-se aos transportes fluvial e ferroviaacuterio

Com a aceleraccedilatildeo do processo industrial na segunda metade do

seacuteculo XX a poliacutetica para o setor concentrou os recursos no setor rodoviaacuterio

As primeiras medidas concretas para a formaccedilatildeo de um sistema de

transportes no Brasil foram estabelecidas em 1934

Desde a criaccedilatildeo da primeira estrada de ferro ateacute 1946 os esquemas

viaacuterios de transporte nacional foram montados tendo por base as ferrovias

complementados pelas vias fluviais e a malha rodoviaacuteria

Esses conceitos comeccedilaram a ser modificados a partir de entatildeo

especialmente pela profunda mudanccedila que se operou na economia brasileira

quando o setor rodoviaacuterio comeccedilou a ser desenvolvido

ldquoAs primeiras rodovias brasileiras datam do seacuteculo XIX mas a ampliaccedilatildeo da malha rodoviaacuteria ocorreu no governo Vargas com a criaccedilatildeo do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) em 1937 e mais tarde com a implantaccedilatildeo da induacutestria automobiliacutestica na segunda metade da deacutecada de 1950 com a aceleraccedilatildeo do processo de industrializaccedilatildeo e mudanccedila da capital federal para Brasiacuteliardquo (SANTOS)

A partir da deacutecada 50 rede rodoviaacuteria se ampliou de forma notaacutevel

tornando-se a principal via de escoamento de carga e passageiros

16

Na deacutecada 80 o crescimento acelerado deu lugar a estagnaccedilatildeo

A perda de receitas com a extinccedilatildeo em 1988 do imposto sobre

lubrificantes e combustiacuteveis e do imposto sobre serviccedilos impediu a ampliaccedilatildeo

da rede e sua manutenccedilatildeo

Como resultado em fins do seacuteculo XX a rede rodoviaacuteria passou a

responder por 65 dos transportes de cargas e 92 do de passageiros

O crescimento do setor rodoviaacuterio ensejou a instalaccedilatildeo de novas

montadoras no pais atraveacutes da instalaccedilatildeo de outras montadoras como por

exemplo SCANIA FIAT IVECO VOLKSWAGEN CAMINHOtildeES VOLVO e

mais recentemente algumas montadoras asiaacuteticas

Em decorrecircncia da ampliaccedilatildeo do setor rodoviaacuterio deu-se a

ampliaccedilatildeo de faacutebricas em Santa Catarina e do Rio Grande do Sul

Atualmente esse setor ganhou grande desenvolvimento e condiccedilotildees

competitivas a niacutevel internacional com um alto volume de exportaccedilotildees

principalmente para os paiacuteses da Ameacuterica Latina

As principais encarroccediladoras de ocircnibus brasileiras satildeo

MARCOPOLO CAIO COMIL BUSSCAR NEOBUS e IRIZAR A induacutestria

brasileira de carrocerias eacute uma das maiores do mundo

Em 2007 o Brasil foi o terceiro maior fabricante de ocircnibus do

mundo perdendo apenas para a China (IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico 2007)

A induacutestria encarroccediladora de ocircnibus brasileira difere da dos demais

paiacuteses na qual o encarroccedilamento constitui uma etapa separada da produccedilatildeo

dos chassis de ocircnibus

Prevecirc-se para 2010 um crescimento da ordem de 19 O

faturamento do setor deveraacute crescer mais do que em 2007 perfazendo cerca

17

de R$ 72 bilhotildees com uma boa parte oriunda do setor interno desse modo

espera-se um crescimento favoraacutevel apesar da tendecircncia de desaceleraccedilatildeo da

economia internacional

O cenaacuterio conta com a estabilidade da moeda nacional (o real) e

com os financiamentos do BNDES

Devido ao poder competitivo do setor as encarroccediladoras brasileiras

estatildeo lanccedilando modelos cada vez mais modernos que nada devem aos

produtores internacionais

Diversas encarroccediladoras brasileiras jaacute contam com unidades fabris

em diversos continentes a MARCOPOLO tem faacutebricas no Meacutexico e Colocircmbia

e mais recentemente formou Joint Ventures para a instalaccedilatildeo e transferecircncia

de Know-How para a China e Iacutendia

18

CAPIacuteTULO III

A EVOLUCcedilAtildeO E A SITUACcedilAtildeO ATUAL DOS

TRANSPORTES NO BRASIL

ldquoO Brasil ao longo de sua histoacuteria permaneceu voltado para a costa do Atlacircntico com cerca de 80 da populaccedilatildeo vivendo em cidades a menos de mil quilocircmetros da costa e 82 do PIB eacute gerado nas regiotildees Sul Sudeste e Nordesterdquo (IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico 2008)

A origem desse fato deve-se principalmente as caracteriacutesticas do

relevo e da topografia do Brasil pois olhando-se o mapa do paiacutes constata-se

que a faixa mais com melhores condiccedilotildees de vida encontra-se no leste do

paiacutes

Essa situaccedilatildeo perdurou ateacute a chegada do governo JK na deacutecada de

50 quando a capital do paiacutes foi Brasiacutelia na regiatildeo Centro Oeste aacuterea em sua

maior parte formada por Estados dominados por florestas que fazem limites

com os paiacuteses andinos sem saiacuteda para o Oceano Paciacutefico

Em 1975 Jaime Lerner entatildeo Prefeito de Curitiba tendo em vista o

crescimento populacional criou um sistema de transporte baseado no conceito

BRT (Bus Rapid Transit) ndash ocircnibus articulados e biarticulados de grande

capacidade de passageiros que atualmente estaacute em operaccedilatildeo em diversas

cidades brasileiras

A mudanccedila da capital para Brasiacutelia ocasionou um grande

desenvolvimento dessa regiatildeo contribuindo tambeacutem para melhorar o sistema

de transportes rodoviaacuterios do paiacutes que hoje eacute inteiramente interligado do Sul

ateacute o Norte do paiacutes

Devido a esse fato o sistema de transporte organizou-se

predominantemente com base nas rodovias que entre todos eacute o mais oneroso

19

e poluente enquanto as hidrovias e as ferrovias tecircm custos unitaacuterios mais

baixos no entanto o modal rodoviaacuterio eacute mais adequado em relaccedilatildeo a maiores

declividades principalmente para grandes volumes de carga a grandes

distacircncias e para cargas de menor volume e distacircncias menores

Os custos ferroviaacuterios em relaccedilatildeo agraves rodovias satildeo menores nos

trajetos de extensatildeo superiores a 500 km pois os altos custos de implantaccedilatildeo

da rede feacuterrea e o tempo consumido com cargas e descargas satildeo

compensados pela economia geral do meio de transporte

Em pequenas distacircncias as vantagens satildeo do transporte rodoviaacuterio

que desloca mercadorias dos pontos de distribuiccedilatildeo ateacute os pontos de consumo

A implantaccedilatildeo de redes intermodais tende a reduzir os custos de transporte

Mesmo assim o Brasil possui um dos mais amplos sistemas de transporte com

54 portos com capacidade para mais de 500 milhotildees de toneladas por ano 31

mil quilocircmetros de ferrovias e 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovia

A partir da deacutecada de 1970 o modal rodoviaacuterio sofreu uma queda

com uma participaccedilatildeo de 70 em 1970 com uma reduccedilatildeo para 536 em

1985 mas voltando a crescer chegando a 606 em 2004

Entre 1997 e 2004 o volume de cargas transportadas pelas rodovias

cresceu apenas 141 contra 4554 pelas ferrovias que transportam a

maioria dos produtos de baixo valor agregado como por exemplo mineacuterio de

ferro o qual seria inviaacutevel se transportado por caminhotildees

Entre 2003 e 2005 a frota de locomotivas aumentou de 1895 para

2515 e a de vagotildees de 67795 para 90119 devido agrave privatizaccedilatildeo da malha

ferroviaacuteria mas mesmo assim o transporte rodoviaacuterio continua ainda sendo o

mais utilizado no Brasil embora seja o de custo operacional mais elevado em

torno de US$ 320 por 100 tkm contra US$ 074 da ferrovia e US$ 023 da

hidrovia

20

O Brasil possui 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovias e apenas

29798 quilocircmetros de ferrovias e cerca 42000 km de rios navegaacuteveis As

ferrovias transportam 24 da carga no Brasil e nos EUA cerca de 47

Levantamento feito pelo Centro de Estudos em Logiacutestica da

Universidade Federal do Rio de Janeiro concluiu que As companhias

brasileiras voltadas para o comeacutercio exterior perdem cerca de US$ 10 bilhotildees

por ano em consequumlecircncia dos problemas enfrentados na hora de transportar

mercadorias das aacutereas de produccedilatildeo ateacute os portos

ldquoOutro estudo feito pela Comissatildeo Econocircmica para a Ameacuterica Latina e o Caribe ligada agraves Naccedilotildees Unidas conclui que 35 do preccedilo final das mercadorias exportadas do Brasil e de outros paiacuteses latino-americanos se deve aos custos de transporte Nos Estados Unidos este iacutendice natildeo chega a 10rdquo (Veja Especial outubro de 2004 p 61)

Segundo levantamento da CNI Confederaccedilatildeo Nacional da Induacutestria

os custos com transporte equivalem a 1275 do PIB brasileiro enquanto nos

EUA correspondem a 820

Por deficiecircncias logiacutesticas exportar uma tonelada de soja do Brasil

para a China ndash do norte de Mato Grosso via Porto de Paranaguaacute ndash custa hoje

US$ 18 a mais do que fazer o mesmo do Estado norte-americano de Iowa Em

2007 a situaccedilatildeo se complicou com a falta generalizada de caminhotildees para o

mercado interno e de navios para o mercado externo

Poreacutem como as exportaccedilotildees estatildeo superando as importaccedilotildees

faltam contecircineres para o embarque de produtos brasileiros

Das cerca de 22 milhotildees de toneladas de produtos exportados

anualmente cerca de 95 saem pelos portos O problema comeccedila com o fato

de que a maioria das mercadorias a ser exportada chega aos portos por meio

de rodovias

21

Segundo a ANUT ndash Associaccedilatildeo Nacional dos Usuaacuterios de

Transportes de Carga em 2004 as empresas brasileiras desembolsaram US$

12 bilhatildeo em pagamentos por atrasos no embarque e desembarque de

mercadorias nos portos brasileiros

Na margem esquerda do porto de Santos haacute um problema de

lentidatildeo de escoamento pois existem mais de 6000 moradias irregulares

margeiam os trilhos obrigando os trens a reduzir a velocidade de 80 para 10

quilocircmetros por hora causando um acreacutescimo de custo na ordem de 34

quando nos Estados Unidos essa margem natildeo ultrapassa os 20

ldquoOs Estados da regiatildeo Centro Sul produzem 13 milhotildees de toneladas anuais de gratildeos cerca de 9 milhotildees saem do Estado por rodovias 80 delas sem pavimentaccedilatildeo portanto estaacute dependendo da conclusatildeo da Ferronorte e das Hidrovias Paranaacute Paraguai e Araguaia Tocantins para baixar seus custos de transporterdquo (Veja 17102001 p 146-147)

22

CAPIacuteTULO IV

ESTUDO DE CASOS SISTEMA DE TRANSPORTES DE

CURITIBA UBERLAcircNDIA GOIAcircNIA SAtildeO PAULO E

RIO DE JANEIRO

41 Curitiba

A cidade de Curitiba eacute conhecida internacionalmente pelo eficiente e

inovador sistema de transporte coletivo Como todas as ideacuteias novas o sistema

que possibilitou a integraccedilatildeo urbana de Curitiba foi cercado de duacutevidas Mas ao

longo dos anos foi comprovado que a criatividade foi mais eficaz que o

ceticismo

411 Bonde a cavalos

Em 1887 a Empreza Curitybana dirigida por Boaventura Capp

disponibilizou o primeiro bonde puxado por animais ligando a Boulevard 2 de

Julho (atual iniacutecio da Avenida Joatildeo Gualberto) ao bairro do Batel Esta foi a

pedra fundamental de parte da identidade mais latente da cidade de Curitiba o

transporte coletivo Naquele periacuteodo o passeio pela pacata Curitiba tinha

caracteriacutestica mais poeacutetica e os bondes davam o toque de charme (anexo 09)

A viagem inaugural dos primeiros bondes foi um dos maiores

acontecimentos da eacutepoca

Os jornais locais divulgaram com orgulho a partida dos quatro

vagotildees que contavam com ilustres passageiros como o presidente da proviacutencia

Faria Sobrinho

23

412 Bondes eleacutetricos

Apesar de o bondinho ter o objetivo de atender agraves massas ele era

dividido em duas categorias Na primeira classe era obrigatoacuterio que os

passageiros estivessem calccedilados Jaacute no bond mixto como era conhecida a

pessoa podiam viajar sem sapatos

O panorama do transporte coletivo da cidade mudou com a

introduccedilatildeo dos bondes eleacutetricos a partir 1912 Os primeiros bondes puxados

por mulas foram vendidos e amontoados no depoacutesito de ferro-velho em

Paranaguaacute

A mudanccedila foi necessaacuteria jaacute que o nuacutemero de passageiros

aumentou de 680 mil em 1903 para 19 milhatildeo por ano em 1913 a cidade

crescia rapidamente poreacutem de maneira desordenada

413 Os primeiros ocircnibus

Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia

Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo Dois anos

mais tarde comeccedilaram a aparecer as linhas particulares de ocircnibus apesar dos

bondes ainda serem a preferecircncia da populaccedilatildeo

Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto

da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bondes perderam

espaccedilo mas apesar das passagens mais caras o novo veiacuteculo era mais

confiaacutevel e seguro

Em 1951 saiacuteram de circulaccedilatildeo os uacuteltimos bondes dando lugar agraves

auto-lotaccedilotildees

Uma das grandes revoluccedilotildees no setor ocorreu em 1955 quando o

municiacutepio estabeleceu contratos de concessatildeo com 13 empresas

24

Naquela eacutepoca a cidade era atendida por 50 ocircnibus e 80 lotaccedilotildees

Em 1965 foi editado o Plano Diretor de Transportes de Curitiba estabelecendo

as vias estruturais que serviram como eixos base para movimentaccedilatildeo urbana

O plano foi considerado um dos mais perfeitos do mundo

Devido ao bom planejamento mesmo 15 anos depois os 673 ocircnibus

da capital paranaense transportavam 515 mil pessoas diariamente

A frota do transporte coletivo representava apenas 2 dos veiacuteculos

que trafegavam em Curitiba e era responsaacutevel pelo transporte de 75 das

pessoas que se locomoviam

Como a cidade crescia rapidamente em pouco tempo o sistema

tradicional estaria obsoleto e ineficaz para atender tanta gente Era necessaacuterio

algo de novo A soluccedilatildeo foi a implantaccedilatildeo dos ocircnibus expressos esse sistema

foi um dos grandes responsaacuteveis pelo avanccedilo no atendimento do transporte

coletivo

Natildeo se tratava somente de uma nova categoria de veiacuteculo mas

acima de tudo um sistema de transporte para meacutedias distacircncias que possuiacutea

via exclusiva

A primeira etapa foi agrave implantaccedilatildeo das canaletas exclusivas onde

circulavam os ocircnibus convencionais

O Departamento de Pesquisa de Veiacuteculos da Faculdade de

Engenharia Industrial de Satildeo Bernardo dos Campos (SP) apresentou ao

IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba) o primeiro

modelo de ocircnibus para atender as novas necessidades de transporte urbano

Batizado de Uiraquitan em homenagem ao nome indiacutegena dado ao primeiro

carro fabricado no Brasil foi projetado especialmente para o sistema viaacuterio de

Curitiba

25

414 Os primeiros ocircnibus expressos

Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo

nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimental os 20

primeiros expressos A frota partiu da Praccedila Generoso Marques para atender

passageiros do Eixo NorteSul Em um dos ocircnibus de inconfundiacutevel cor

vermelha o prefeito Jaime Lerner idealizador do projeto desde o tempo em que

era presidente do IPPUC ndash INSTITUTO DE PESQUISAS E PLANEJAMENTO

URBANO DE CURITIBA noticiava agrave imprensa a satisfaccedilatildeo de ver sua grande

obra em funcionamento

Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde

foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e caixas de correio

aleacutem da pista proacutepria o expresso foi comparado a um metrocirc na superfiacutecie Em

meacutedia todos os meses 19 milhatildeo de pessoas utilizavam o novo sistema de

transporte

As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi

crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento populacional e de

infra-estrutura da cidade Em 1980 Curitiba foi a primeira capital a adotar a

tarifa social O preccedilo da passagem era uacutenico independente do trecho da

viagem Com esta vantagem tambeacutem foi colocada em praacutetica a campanha Eacute

com esse que eu vou incentivando a populaccedilatildeo a deixar os carros em casa e

utilizar o veiacuteculo coletivo O preccedilo do petroacuteleo aumentava cada vez mais por

conta da crise mundial de combustiacuteveis

Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a

utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar a passagem

uacutenica Os usuaacuterios podiam trocar de linha dentro dos terminais sem pagar nova

passagem Com isto se consolidou a RIT (Rede Integrada de Transporte) Em

1980 os ocircnibus articulados com capacidade 80 maior comeccedilaram a

substituir gradativamente os antigos expressos Isto significou economia de

combustiacutevel em 46 e reduccedilatildeo de custo de 21 por passageiro transportado

26

Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS

(Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistema e passou a

ser a concessionaacuteria e as empresas operadoras as permissionaacuterias

Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia

incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas

alimentadoras para os usuaacuterios se deslocarem nos cinco eixos atendidos pelos

expressos 239 linhas em todo o sistema A RIT atendia em 1990 54 do total

de usuaacuterios do sistema iacutendice que chegou a 84 em 1995

Em outubro de 1991 sob encomenda da URBS a Volvo comeccedilou a

desenvolver o primeiro ocircnibus bi-articulado brasileiro batizado de Metrobuacutes

com 25 metros de comprimento e capacidade para transportar ateacute 270

passageiros

Neste periacuteodo foi implantada uma das maiores novidades do

transporte coletivo naquela deacutecada Foram criadas as Linhas Diretas servidas

por veiacuteculos de cor cinza popularmente chamados de Ligeirinhos (anexo 15)

Atraveacutes das rampas de acesso no lugar das escadas eles

permitiram o embarque e desembarque de passageiros atraveacutes das estaccedilotildees-

tubo que serviam como pequenos terminais possibilitando ao usuaacuterio a troca

de linhas sem pagar nova passagem

Os Bi-articulados comeccedilaram a substituir tambeacutem os ocircnibus

utilizados nas linhas do Express

As melhorias foram sendo colocadas em praacutetica como o sistema de

aviso de paradas

A cada saiacuteda de uma estaccedilatildeo-tubo o sistema eacute automaticamente

acionado para informar aos passageiros qual eacute o ponto seguinte e quais portas

27

deveratildeo ser utilizadas para o desembarque Sistema parecido com o usado por

alguns metrocircs em diversos lugares do mundo

Em 1996 a RIT ultrapassou as fronteiras e passou a atender a

Regiatildeo Metropolitana Em 1999 o Sistema Expresso comemorou 25 anos com

a inauguraccedilatildeo da linha Bi-articulada Circular Sul

Para relembrar o comeccedilo de tudo uma reacuteplica do primeiro ocircnibus

expresso de 1974 circulou do Terminal Capatildeo Raso ateacute a Praccedila Generoso

Marques transportando o entatildeo governador Jaime Lerner e o prefeito Caacutessio

Taniguchi

Foi como uma viagem no tempo para Lerner e para muitos

curitibanos que acompanharam o desenvolvimento do transporte coletivo da

cidade repleto de inovaccedilotildees e empreendedorismo para acompanhar o

crescimento urbano

Em 2000 a substituiccedilatildeo de 87 veiacuteculos articulados por 57 de maior

porte no eixo lesteoeste demonstrou que no sistema adotado por Curitiba

novidades satildeo sempre implantadas sem a necessidade de investimentos

incompatiacuteveis com a realidade da cidade

Os avanccedilos sociais marcam a histoacuteria recente do transporte coletivo

curitibano

Em 2005 o prefeito Beto Richa determinou o enxugamento de

despesas do sistema e o corte de dez centavos na tarifa reduzida para R$

180

Hoje 2 milhotildees de passageiros utilizam diariamente o Sistema

Integrado de Transporte Coletivo composto por 1980 ocircnibus que atendem 395

linhas O sistema eacute responsaacutevel pelo emprego direto de 15 mil pessoas entre

motoristas cobradores fiscais mecacircnicos entre outros profissionais

28

Com a construccedilatildeo da Linha Verde o Sistema de Transportes de

Curitiba estaacute em expansatildeo essa via uniraacute a cidade no trecho urbano na antiga

BR-116 melhorando o tracircnsito e os transportes em Curitiba

42 Uberlacircndia

A cidade de Uberlacircndia no Estado de Minas Gerais conta um

Sistema Integrado de Transporte Urbano (SIT) que racionalizou o uso dos

transportes urbanos com a unificaccedilatildeo do preccedilo das passagens aleacutem disso o

usuaacuterio natildeo paga mais duas passagens para chegar no local desejado

contando com um transporte coletivo 100 integrado e monitorado (GPRS)

administrado pela prefeitura

O sistema eacute dotado de bilhetagem eletrocircnica A maioria dos

veiacuteculos tecircm elevador para facilitar o acesso de deficientes fiacutesicos

O sistema eacute composto por seis terminais

bull Central

bull Santa Luzia

bull Planalto

bull Umuarama

bull Terminal Industrial (distrito industrial de Uberlacircndia)

O sistema conta com treze estaccedilotildees de embarque e desembarque

de passageiros interligando a regiatildeo central (Terminal Central) de Uberlacircndia

ao Anel Rodoviaacuterio (Terminal Santa Luzia) proporcionando um raacutepido acesso

agraves principais rodovias em torno do municiacutepio

43 Goiacircnia

A Prefeitura de Goiacircnia tem buscado soluccedilotildees inovadoras no que diz

respeito aos problemas que envolvem os transportes urbanos da cidade A

primeira grande mudanccedila no sistema de transportes coletivos da regiatildeo

29

metropolitana de Goiacircnia ocorreu em 1976 quando da implantaccedilatildeo do sistema

tronco-alimentador que se baseava em linhas troncais e alimentadoras atraveacutes

de terminais de integraccedilatildeo com a exploraccedilatildeo e operaccedilatildeo das linhas por

empresas concessionaacuterias privadas

No ano seguinte agrave sua implantaccedilatildeo o sistema possibilitou o

transporte de 35 milhotildees de passageiros nuacutemero que cresceu a uma taxa de

5 ao ano ateacute 1984 atingindo a meacutedia anual de 100 milhotildees de passageiros

No periacuteodo entre 1985 e 1991 a quantidade de passageiros

transportados continuou aumentando ateacute atingir o patamar de 250 milhotildees de

passageirosano em funccedilatildeo do aumento da demanda por transporte coletivo

urbano ocorrido em todo o paiacutes

Os problemas inflacionaacuterios de 1992 a 1994 e a diminuiccedilatildeo do poder

aquisitivo provocaram a queda da demanda para 200 milhotildees de

passageirosano

O sistema de transportes urbanos de Goiacircnia estaacute em expansatildeo

com a previsatildeo de entrada em operaccedilatildeo do Metrocirc de Superfiacutecie que contaraacute

com ocircnibus articulados e biarticulados de grande capacidade de passageiros

Visando a implantaccedilatildeo dessa via de superfiacutecie estaacute sendo testado o

modelo de ocircnibus biarticulado VOLVO B9 SALF (anexo 20) com grande

capacidade para transportar 270 passageiros Esse mesmo modelo estaacute em

operaccedilatildeo no Sistema Transantiago na capital chilena

44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro

441 Satildeo Paulo

A histoacuteria da cidade de Satildeo Paulo eacute marcada pela implantaccedilatildeo da

ferrovia mas a histoacuteria dos transportes puacuteblicos iniciada agrave mesma eacutepoca tem

30

nos tiacutelburis carros de duas rodas puxados por um cavalo sua primeira

apariccedilatildeo com a inauguraccedilatildeo em 1872 pela Companhia Carris de Ferro de Satildeo

Paulo da primeira linha de bondes puxados a burro

A primeira linha de bonde eleacutetrico foi inaugurada no iniacutecio do seacuteculo

XX em 7 de maio de 1900 ligando o largo de Satildeo Bento agrave Barra Funda Foi um

empreendimento da Satildeo Paulo Railway Light and Power Company LTd que

recebeu por transferecircncia a concessatildeo para organizar construir e operar

linhas de bonde por traccedilatildeo eleacutetrica para diversos pontos da cidade e seus

subuacuterbios durante 40 anos

Os primeiros auto-ocircnibus surgiram na cidade na deacutecada de 20

complementando a alternativa ao bonde que sofria as limitaccedilotildees de rede

energia e investimentos

Nos anos 30 a capital de Satildeo Paulo jaacute era considerada um grande

centro urbano e convivia com um tracircnsito agitado O Plano de Avenidas do

Prefeito Prestes Maia indicava a expressiva influecircncia do automoacutevel na vida e

na estrutura da cidade

A Comissatildeo de Estudos de Transportes Coletivos instituiacuteda em

1939 pocircs em discussatildeo a organizaccedilatildeo do transporte como serviccedilo puacuteblico e as

vantagens do monopoacutelio governamental lanccedilando as bases para a constituiccedilatildeo

de uma empresa municipal responsaacutevel pelo transporte coletivo

O nuacutemero de ocircnibus em Satildeo Paulo em 1941 superou os mil

enquanto o de bondes manteve-se em 500 Assim eram os ocircnibus que

transportavam a maior parte dos passageiros Trinta e sete empresas

particulares exploravam 90 linhas que circulavam pelo municiacutepio

Em 1946 atraveacutes do Decreto-Lei no 365 de 10 de outubro de 1946

o Prefeito Abrahatildeo Ribeiro autorizou a constituiccedilatildeo de uma empresa

31

responsaacutevel pelo transporte puacuteblico criando-se entatildeo a Companhia Municipal

de Transportes Coletivos ndash CMTC (anexo 10)

Em 1947 a Prefeitura determinou a transferecircncia do patrimocircnio da

Light relativo ao serviccedilo para a nova companhia e decidiu que as empresas

privadas passariam a operar somente as linhas de ocircnibus fora do periacutemetro

urbano

Em 1975 a COMPANHIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES

COLETIVOS - CMTC operava apenas 14 da frota de ocircnibus da cidade

Um novo contrato de concessatildeo foi firmado entre Prefeitura e CMTC

permitindo a contrataccedilatildeo os serviccedilos de transporte coletivo de passageiros em

23 aacutereas de operaccedilatildeo Assim uma mudanccedila efetiva ocorreu no sistema e no

mercado de transporte coletivo da cidade restituindo em parte agrave CMTC o seu

outro papel o de gestora do sistema

Nos anos 80 aleacutem de inovaccedilotildees operacionais e tecnoloacutegicas

promovidas pela CMTC - o Programa Troleibus a implantaccedilatildeo dos corredores

de ocircnibus em faixa exclusiva e a utilizaccedilatildeo de ocircnibus movidos a gaacutes metano e

natural- a gestatildeo do serviccedilo de transporte puacuteblico voltou a ser alvo da atenccedilatildeo

da administraccedilatildeo municipal tendo resultado inclusive em intervenccedilotildees

administrativas e gerenciais em algumas empresas operadoras

A relaccedilatildeo entre as empresas operadoras e a municipalidade passou

por nova e importante alteraccedilatildeo a partir do processo de municipalizaccedilatildeo

quando atraveacutes da Lei no 11037 1991 o sistema de remuneraccedilatildeo do

serviccedilo passou a ser feito pelo custo dos serviccedilos passando a operadora a ser

remunerada diretamente pela apropriaccedilatildeo da tarifa paga pelo passageiro

O serviccedilo contratado pela Prefeitura e operado pelas empresas eacute

remunerado conforme a afericcedilatildeo dos custos incorridos na prestaccedilatildeo do serviccedilo

A tarifa definida conforme paracircmetros econocircmicos e poliacuteticos passou a

32

pertencer a administraccedilatildeo municipal constituindo-se na principal fonte de

recursos para o pagamento do serviccedilo agraves empresas contratadas pela

operaccedilatildeo

No iniacutecio de 1993 a CMTC desempenhava ao mesmo tempo as

funccedilotildees de gestora do sistema de transporte coletivo e de operadora detendo

cerca de 27 de participaccedilatildeo no setor

A administraccedilatildeo tinha por objetivo a racionalizaccedilatildeo da operaccedilatildeo e

reduccedilatildeo do deacuteficit previsto pela manutenccedilatildeo da administraccedilatildeo da CMTC como

empresa operadora

A alteraccedilatildeo do perfil da frota da quantidade de ocircnibus e de

funcionaacuterios eram medidas indicadas que exigiriam altos investimentos e natildeo

gerariam necessariamente reduccedilatildeo de custos Optou-se entatildeo por encerrar

as atividades operacionais da antiga CMTC atraveacutes da privatizaccedilatildeo de toda a

operaccedilatildeo dos 2700 ocircnibus e das respectivas garagens reduzindo o quadro de

pessoal de 27 mil para cerca de 1200 empregados Esse processo se valeu da

flexibilidade do mesmo modelo de gestatildeo estabelecido pela Lei No 11037

91

A forma de remuneraccedilatildeo dos serviccedilos prestados pelas empresas

contratadas foi inovada alterando-se o criteacuterio anterior de pagamento

calculado pelo custo do quilocircmetro rodado por um valor limite por passageiro

transportado

A antiga CMTC foi entatildeo transformada na Satildeo Paulo Transporte

SA- SPTRANS nova denominaccedilatildeo adotada em 8 de marccedilo de 1995 para a

empresa que ficou voltada somente agrave gestatildeo do sistema de transporte da

cidade

Atualmente com o crescimento das aacutereas urbanas da cidade

tornou-se necessaacuterio ampliar a aacuterea viaacuteria do municiacutepio atualmente estaacute em

33

fase de conclusatildeo o anel rodoviaacuterio da grande Satildeo Paulo e do rodoanel vias

que depois de prontas desafogaratildeo o traacutefego de veiacuteculos na cidade

O sistema Metropolitano operado pela Companhia do Metropolitano

de Satildeo Paulo tambeacutem estaacute em expansatildeo e contribuiraacute para atender o aumento

da demanda de transportes urbanos na maior cidade do Brasil

442 Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro capital do estado homocircnimo eacute a segunda maior

metroacutepole do Brasil situada na regiatildeo Sudeste

Eacute a cidade brasileira mais conhecida no exterior e a maior rota de

turismo internacional no Brasil

A parte urbana do Municiacutepio do Rio de Janeiro recebeu a

denominaccedilatildeo de GRANDE RIO pela Lei complementar nordm 20 pela Lei

Complementar nordm 20 de 01 de julho de 1974 apoacutes a fusatildeo dos antigos estados

do Rio de Janeiro e Guanabara

Aleacutem da parte urbana da cidade existe tambeacutem a REGIAtildeO

METROPOLITANA II DO RIO DE JANEIRO que abrange os municiacutepios de

Niteroacutei Satildeo Gonccedilalo Itaboraiacute Rio Bonito e Tanguaacute

A cidade foi capital do Brasil Colocircnia a partir de 1763 capital do

Impeacuterio Portuguecircs na eacutepoca das invasotildees de Napoleatildeo capital do Impeacuterio do

Brasil e capital da Repuacuteblica ateacute a inauguraccedilatildeo de Brasiacutelia na deacutecada de 60

As primeiras vias na regiatildeo onde hoje estaacute situada a Cidade do Rio

de Janeiro foram abertas pelos Tamoios com objetivos estrateacutegicos e de

defesa Eram veredas no interior da floresta e dirigiam-se ao interior em direccedilatildeo

agrave Serra do Mar (Santos 1934) Os rios e a Baiacutea de Guanabara eram as outras

vias naturais utilizadas por eles

34

Ateacute os primeiros anos do seacuteculo XIX o espaccedilo urbano da Cidade do

Rio de Janeiro limitava-se ao quadrilaacutetero formado pelos Morros do Castelo

Satildeo Bento Santo Antocircnio e da Conceiccedilatildeo De acordo com Abreu (1987) este

chatildeo fora duramente conquistado agrave natureza aterrando-se brejos e mangues

nos trecircs primeiros seacuteculos de existecircncia da cidade Considerando-se os limites

da cidade de entatildeo como sendo ao norte o Campo de Santana ao sul o Largo

do Machado e a regiatildeo de Mata Cavalos (hoje Rua do Riachuelo) e que natildeo

existiam ateacute entatildeo meios de transporte coletivo pode-se afirmar que a maioria

dos deslocamentos eram realizados a peacute em carro de bois eou no lombo de

animais Soacute posteriormente foram introduzidos as andas as redes e os

palanguins

Segundo Dunlop (1973) estes meios de transportes eram como

uma cama suspensa em longo varal conduzida nos ombros por escravos um

agrave frente outro agrave retaguarda

Para as viagens de longa distacircncia neste periacuteodo aqueles que

desejavam ir agraves Minas Gerais Satildeo Paulo ou ao interior do paiacutes tinham que

realizar por exemplo viagens que envolviam animais barcos e comeccedilavam

realizando um percurso pela Baiacutea de Guanabara

Com a chegada da famiacutelia real portuguesa por volta de 1808 foram

trazidas pela corte os coches carruagens seges e o cabriolet

Considerando-se os limites urbanos da cidade bem como as

caracteriacutesticas daquela sociedade colonial portuguesa nos troacutepicos pode-se

afirmar que somente as pessoas de posse ou que possuiacuteam seus proacuteprios

meios de transportes tinham condiccedilatildeo e direito de deslocar-se agraves localidades

mais afastadas do centro histoacuterico da cidade ou empreenderem viagens mais

longas

O transporte puacuteblico soacute foi introduzido na cidade por volta de 1817

com a adoccedilatildeo das Gocircndolas e Diligecircncias veiacuteculos de transporte coletivo

35

puxado agrave burros eou cavalos muito utilizados por todos que necessitavam

deslocar-se dentro do periacutemetro urbano Estes veiacuteculos operavam o transporte

de passageiros entre o centro da cidade e o Palaacutecio da Boa Vista em Satildeo

Cristoacutevatildeo e de Santa Cruz na Fazenda Real por concessatildeo

Dunlop (1973) esclarece que os primeiros ocircnibus tambeacutem puxados

por quatro animais comeccedilaram a trafegar no Rio em 1837 ou 1838 por

iniciativa do francecircs Jean Lecoqrdquo

Eram carros compridos () com dois bancos longitudinais

semelhantes aos bondes fechados da Botanical Garden que aqui surgiram

trinta anos mais tarde Transportavam de vinte a vinte e quatro passageiros

A denominada Companhia de Ocircnibus ainda segundo Dunlop

oferecia serviccedilos para os bairros de Botafogo Laranjeiras Satildeo Cristoacutevatildeo

Andaraiacute Pequeno - hoje Tijuca - Rio Comprido e Engenho Velho Estes

serviccedilos contribuiacuteram muito para o desenvolvimento e crescimento destes

bairros oferecendo uma opccedilatildeo de moradia agravequeles que desejavam sair do

centro histoacuterico aacuterea jaacute conturbada entatildeo

Destaca-se o papel exercido pelos trens agrave partir de 1858 com a

construccedilatildeo da Estrada de Ferro D Pedro II posteriormente denominada E F

Central do Brasil Este novo meio de transporte ofereceu pela primeira vez

uma maneira veloz e confiaacutevel que alcanccedilava longas distacircncias e circulava em

horaacuterios preacute-estabelecidos e regulares Inicialmente usado somente para o

transporte de cargas - para escoar a produccedilatildeo de cafeacute do Vale do Paraiacuteba em

direccedilatildeo ao Porto do Rio de Janeiro - e para o transporte de passageiros de

longa distacircncia

Outras ferrovias seguiram-se a esta primeira tais como a The

Leopoldina Railway Company (depois E F Leopoldina) E F Rio DOuro (hoje

Linha 2 do Metrocirc) E F Melhoramentos do Brasil (depois Linha Auxiliar da

36

Central do Brasil) Todas foram unificadas na Rede Ferroviaacuteria Federal SA

(1957)

ldquoO trem favoreceu o surgimento dos bairros mais afastados do centro na periferia no que posteriormente veio a ser conhecido como os subuacuterbios ferroviaacuterios da Central do Brasil Contribuiu muito tambeacutem para o desenvolvimento dos municiacutepios da Baixada Fluminense e da periferia distante do centro da Cidade do Rio de Janeirordquo (ABREU 1987)

O bonde inicialmente em traccedilatildeo animal e posteriormente

eletrificado foi o meio de transporte que juntamente com os ocircnibus tambeacutem

em traccedilatildeo animal favoreceu o crescimento e desenvolvimento da cidade O

trem chegava ateacute as estaccedilotildees mas era o bonde que circulava no interior do

bairro

Em 1859 circulou o primeiro bonde puxado a burro na cidade do

Rio de Janeiro ligando o Largo do Rocio ao Alto da Boa Vista Esta linha era

controlada pela Cia Carris de Ferro cuja exploraccedilatildeo fora concedida ao

empresaacuterio inglecircs Thomas Cochrane em 1856

Outras empresas vieram em seguida como a Botanical Garden

Railroad Company posteriormente Cia Ferro Carril do Jardim Botacircnico ou a

Rio de Janeiro Street Railroad Company posteriormente Cia Satildeo Cristoacutevatildeo

O Baratildeo de Drumond por sua vez obteve uma concessatildeo para

explorar a Companhia Ferro Carril de Vila Isabel para atender aos bairros do

Andarahy Grande (Andaraiacute Vila Isabel Grajauacute e Maracanatilde) Satildeo Francisco

Xavier e Engenho Novo

ldquoA criaccedilatildeo desta empresa estava fortemente ligada a abertura do bairro de Vila Isabel nas terras da entatildeo Fazenda do Macaco de propriedade da famiacutelia imperial caracterizando um empreendimento conjugado (transporteloteamento)rdquo (Abreu 1987)

37

Os bondes foram substituiacutedos na deacutecada de 1960 pelos ocircnibus

eleacutetricos denominados de troleibus ou chifrudos pela populaccedilatildeo por causa

da forma de captaccedilatildeo de energia eleacutetrica da rede aeacuterea

Apoacutes breve periacuteodo em operaccedilatildeo pela CTC os troleibus foram

substituiacutedos pelos ocircnibus agrave diesel da mesma companhia estadual

O uso das barcas como meio de transporte e passageiros no

contexto da Regiatildeo Metropolitana destacando-se pela existecircncia de uma via

natural a Baiacutea de Guanabara e a costa oceacircnica firmando-se como transporte

regular agrave partir do ano de 1853 com a implantaccedilatildeo da Cia de Navegaccedilatildeo de

Niteroacutei

Ao longo dos anos foram transportadas cargas veiacuteculos e

passageiros sendo reconhecido como um meio eficiente na ligaccedilatildeo entre as

cidades do Rio de Janeiro e Niteroacutei

Apoacutes a construccedilatildeo da Ponte Rio - Niteroacutei sua importacircncia foi

diminuindo ano a ano apesar de toda sua potencialidade instalada

Outras ligaccedilotildees natildeo soacute para a aacuterea central de Niteroacutei podem ser

melhor exploradas com impactos favoraacuteveis no sistema de transporte como

um todo e para o meio ambiente

Afinal todas as localidades das cidades eou bairros situadas agraves

margens da baiacutea ou na costa do estado satildeo potencialmente habilitadas a

serem servidas por barcas

Falar em transportes urbanos significa tambeacutem falar em problemas

de tracircnsito e engarrafamentos que eacute um dos maiores vilotildees da agitada do

Seacuteculo XXI

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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agosto de 2009

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agosto de 2009

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httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 4: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

4

DEDICATOacuteRIA

Dedico a conclusatildeo deste curso ao meu esposo Victor Raul e ao meu filho Alejandro que tanto colaborou com sua compreensatildeo e carinho

5

RESUMO

Esta monografia tem como objetivo descrever os problemas

relacionados aos Transportes Urbanos em algumas cidades brasileiras

procurando relatar os problemas existentes e sugerindo algumas soluccedilotildees para

o equacionamento dos problemas existentes Os Transportes satildeo a espinha

dorsal da mobilidade humana nos grandes centros e precisam de sistemas

modernos e eficientes para que os mesmos atendam as necessidades da

populaccedilatildeo urbana que em aumentando a cada dia Em funccedilatildeo do crescimento

dos principais centros urbanos brasileiros os sistemas de transportes vecircm

sendo aprimorados de modo a atender as demandas existentes no setor O

governo federal atraveacutes da ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DE

TRANSPORTES URBANOS subordinada ao Ministeacuterio dos Transportes vem

implantando uma poliacutetica que procura combinar as demandas do setor com as

necessidades a curto meacutedio e longo prazo O crescimento da demanda a ser

atendida tambeacutem requer um suporte legal capaz de atender todos os

aspectos relacionados com a execuccedilatildeo dos diversos modais de transportes de

acordo com a normatizaccedilatildeo das diversas agecircncias reguladoras existentes no

setor

6

METODOLOGIA

O conteuacutedo apresentado foi coletado com base em observaccedilotildees de

campo nas ruas da cidade do Rio de Janeiro por onde circulam os meios de

transporte da cidade de forma presencial por ser um eficiente campo de coleta

de dados a respeito aleacutem de pesquisas realizadas na bibliografia na

bibliografia citada

Tambeacutem foram coletadas observaccedilotildees feitas no Sistema

Metropolitano do Rio de Janeiro e no Sistema de Trens urbanos

7

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I

O histoacuterico dos transportes no Brasil 12

CAPIacuteTULO II

O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a

implantaccedilatildeo das montadoras 15

CAPIacuteTULO III

A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18

CAPIacuteTULO IV

Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia

Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22

CAPIacuteTULO V

Legislaccedilatildeo de transportes 51

CONCLUSAtildeO 58

BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 IacuteNDICE 66 ANEXOS 67

8

INTRODUCcedilAtildeO

Podemos dizer que em siacutentese transporte eacute o movimento de

pessoas ou coisas de um lugar para outro Os transportes podem se distinguir

pela possessatildeo onde o transporte puacuteblico eacute destinado a qualquer pessoa e o

privado eacute restringido somente a quem os adquiriu

Atualmente o Brasil conta com uma moderna induacutestria de

transportes com um grande e soacutelido parque industrial nesse setor formado por

grandes montadoras como por exemplo FORD VOKSWAGEN GENERAL

MOTORS MERCEDES-BENZ SCANIA VABIS AGRALE e a RANDON

Mais recentemente instalaram-se no Brasil outras montadoras

destacando-se a VOLVO FIAT IVECO e VOLKSWAGEN que implantou uma

unidade fabril em Resende no Estado do Rio de Janeiro onde produz chassis

para caminhotildees e ocircnibus

Devido a carecircncia de veiacuteculos de transportes no Brasil os primeiros

veiacuteculos fabricados no paiacutes foram caminhotildees cujas plataformas foram

utilizadas para produzir os primeiros ocircnibus encarroccedilados no paiacutes

Para implantar a poliacutetica de transportes no Brasil foi criado em 1965

o GEIPOT ndash Grupo Executivo de Integraccedilatildeo da Poliacutetica de Transportes

vinculado ao Ministeacuterio de Viaccedilatildeo e Obras Puacuteblicas (atual Ministeacuterio dos

Transportes) na gestatildeo do Ministro Luacutecio Meira

Os objetivos do GEIPOT estabelecidos por lei foram o de prestar

apoio teacutecnico e administrativo aos oacutergatildeos do Poder Executivo com o objetivo

de formular orientar coordenar e executar a Poliacutetica Nacional de Transportes

nos seus diversos modais bem como promover executar e coordenar

atividades de estudos e pesquisas necessaacuterios ao planejamento dos

Transportes no paiacutes transformando-se em um centro de referecircncia

internacional para os estudos de Transportes no Brasil

9

Essa poliacutetica proporcionou a implantaccedilatildeo de induacutestrias

complementares que hoje produzem desde autopeccedilas ateacute sofisticados

modelos de carrocerias para ocircnibus que ganharam o mercado externo

contribuindo tambeacutem para a instalaccedilatildeo do moderno sistema de Transportes de

Massas atraveacutes do sistema (BRT) BUS RAPID TRANSIT ndash Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido implantado na cidade de Curitiba em 1974 na gestatildeo do Prefeito Jaime

Lerner dando ao Brasil o privileacutegio de ser o primeiro paiacutes do mundo a implantar

um sistema desse tipo conquistando diversos precircmios internacionais e

exportando Know-How para diversos paiacuteses

O GEIPOT existiu durante 36 anos poreacutem com a reestruturaccedilatildeo do

Setor de Transportes no ano de 2001 esse oacutergatildeo colaborou no

acompanhamento e na realizaccedilatildeo de anaacutelises teacutecnicas do projeto de Lei nordm

161599 consolidado na Lei nordm 10233 de 05062001 que criou o Conselho

Nacional de Integraccedilatildeo de Poliacutetica de Transportes Terrestres (CONIT) a

Agecircncia Nacional de Transportes Aquaviaacuterios (ANTAQ) a Agecircncia Nacional de

Transportes Terrestres (ANTT) e o Departamento Nacional de Infra-Estrutura

de Transportes (DNIT) Com a criaccedilatildeo dessas Agecircncias reguladoras o

GEIPOT foi extinto pela Medida Provisoacuteria nordm 427 de 09052008 convertida na

Lei nordm 117722008

Os sistemas de transportes de massas nas grandes cidades

brasileiras estatildeo saturados atingindo ateacute mesmo a rede dos serviccedilos de Metrocirc

No entanto esses problemas podem ser resolvidos a curto e meacutedio

prazo com estudos teacutecnicos e recomendaccedilotildees teacutecnicas para a implantaccedilatildeo de

novos serviccedilos de transporte de massas que atendam as necessidades da

populaccedilatildeo dos grandes centros

Fato semelhante ocorreu em um passado relativamente recente em

1975 na cidade de Curitiba e que foi equacionado na gestatildeo do Prefeito Jaime

Lerner com a implantaccedilatildeo do Sistema BRT ndash BUS RAPID TRANSIT (Ocircnibus de

10

tracircnsito raacutepido) que consiste na utilizaccedilatildeo de ocircnibus articulados e biarticulados

com grande capacidade de transporte de passageiros

Conforme ressaltado o Brasil foi pioneiro nesse sistema Atualmente

outros paiacuteses implantaram esse modelo com destaque para o SISTEMA

TRANSMILEcircNIO implantado na Colocircmbia

Jaacute existem estudos teacutecnicos relativos a implantaccedilatildeo desse sistema

na cidade do Rio de Janeiro com a criaccedilatildeo e a implantaccedilatildeo de corredores

rodoviaacuterios usando o sistema BRT para racionalizar e equacionar o problema

existente

Dentro deste escopo este texto foi elaborado em cinco capiacutetulos

partindo do histoacuterico dos transportes no Brasil destacando os seguintes

pontos

O capiacutetulo 1 refere-se agrave histoacuteria e o desenvolvimento inicial dos

transportes em terras brasileira estaacute diretamente relacionada com a cidade do

Rio de Janeiro por ter sido esta a capital do impeacuterio e posteriormente da

repuacuteblica

Descrevo no capiacutetulo 2 o grande salto na aacuterea de transportes que

ocorreu no Brasil a partir da deacutecada de 50 com o advento do governo JK

atraveacutes da instalaccedilatildeo de diversas montadoras estrangeiras

No capiacutetulo 3 abordo a implantaccedilatildeo ocorrida em 1975 na cidade de

Curitiba na gestatildeo do Prefeito Jaime Lerner que criou e implantou um sistema

de transporte de massas chamado ldquoBRTrdquo (Ocircnibus de tracircnsito raacutepido) com

grande capacidade de transporte de passageiros

O capiacutetulo 4 cita a expansatildeo do sistema BRT em Curitiba foi

tambeacutem implantada nas cidades de Uberlacircndia Goiacircnia e Satildeo Paulo

implantaram sistemas semelhantes

11

No capiacutetulo 5 comento que a legislaccedilatildeo relativa a operacionalidade

de transportes estaacute a cargo das Agecircncias reguladoras do Governo

12

CAPIacuteTULO I

O HISTOacuteRICO DOS TRANSPORTES NO BRASIL

Por ter sido a capital do impeacuterio e posteriormente da repuacuteblica a

cidade do Rio de Janeiro sempre esteve na vanguarda das inovaccedilotildees em

serviccedilos para a populaccedilatildeo (NERU 1987a)

O Rio de Janeiro foi a primeira cidade brasileira a ter iluminaccedilatildeo

eleacutetrica telefone e tambeacutem ocircnibus motorizado

O primeiro meio de transporte coletivo na cidade do Rio de Janeiro

foi a serpentina que era um meio de transporte utilizado pelas famiacutelias

abastadas do princiacutepio do seacuteculo XIX (anexo 1)

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos (anexo 2)

A Companhia de Ocircnibus concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por

iniciativa de Aureliano de Sousa e Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva

Joseacute Ribeiro da Silva Manoel Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este

uacuteltimo foi constituiacutedo agente da companhia e fez contato com capitalistas que

se interessassem em investir

As linhas da companhia partiam do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

Posteriormente foi inaugurado o primeiro serviccedilo de bondes

eleacutetricos do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul (anexo 3)

13

Foi o carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que

teve sua apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892

Levando diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade

e terminou a viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do

Machado

Em 1917 a Prefeitura aprovou a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

passando pela Avenida Rio Branco indo da Praccedila Mauaacute ateacute o Palaacutecio Monroe

(antigo Senado) com os carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos O serviccedilo foi inaugurado em 1918 durando ateacute 1928

Em 1926 foi inaugurada a Viaccedilatildeo Excelsior concessionaacuteria de

serviccedilos de transportes pertencente a Light amp Power do Rio de Janeiro

conhecida ateacute hoje como ldquoLIGHTrdquo que detinha o monopoacutelio das linhas de

bonde para a Zona Sul (anexo 04)

ldquoA partir daiacute a LIGHT decidiu explorar o serviccedilo de ocircnibus na cidade tendo iniciado as suas atividades em 22 de novembro de 1927 adotando uma seacuterie de melhoramentos em seus ocircnibus utilizando motores diesel Esses veiacuteculos tinham dois andares e capacidade para 28 passageiros embaixo e 34 no andar de cimardquo (BARAT)

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroccedilaria de ocircnibus mais moderno montada sobre um chassis de mecacircnica

Volvo (anexo 05)

Em 1944 no periacuteodo da segunda guerra mundial devido as

dificuldades de obtenccedilatildeo de combustiacuteveis foram introduzidos os veiacuteculos

movidos a gasogecircnio (anexo 06) O serviccedilo cobria o percurso Urca-Ipanema

Em 1955 Juscelino Kubitschek foi eleito presidente da Repuacuteblica

tendo assumido o governo em 31 de janeiro de 1956

14

JK apresentou ao povo brasileiro um Plano de Metas consistindo

em investimentos em aacutereas prioritaacuterias para o desenvolvimento econocircmico

principalmente em infra-estrutura (rodovias hidreleacutetricas aeroportos e

induacutestrias)

Durante o seu periacuteodo de governo se instalaram no paiacutes grandes

montadoras de automoacuteveis como por exemplo FORD VOLKSWAGEN

WILLYS OVERLAND E GENERAL MOTORS na regiatildeo Sudeste nas cidades

de Santo Andreacute Satildeo Bernardo e Satildeo Caetano (regiatildeo do ABC) aumentando

muito as oportunidades de emprego atraindo trabalhadores de todo Brasil

Paralelamente comeccedilou o encarroccedilamento de ocircnibus no Brasil

utilizando os chassis de caminhotildees A pioneira na fabricaccedilatildeo de carrocerias no

Brasil foi a CIFERAL utilizando chassis Mercedes-Benz (anexo 07)

15

CAPIacuteTULO II

O ADVENTO DA INDUSTRIALIZACcedilAtildeO BRASILEIRA

NOS ANOS DO GOVERNO JK E A IMPLANTACcedilAtildeO DAS

MONTADORAS

Ateacute a deacutecada de 50 com o governo JK a economia brasileira se

fundava na exportaccedilatildeo de produtos primaacuterios e com isso o sistema de

transportes limitou-se aos transportes fluvial e ferroviaacuterio

Com a aceleraccedilatildeo do processo industrial na segunda metade do

seacuteculo XX a poliacutetica para o setor concentrou os recursos no setor rodoviaacuterio

As primeiras medidas concretas para a formaccedilatildeo de um sistema de

transportes no Brasil foram estabelecidas em 1934

Desde a criaccedilatildeo da primeira estrada de ferro ateacute 1946 os esquemas

viaacuterios de transporte nacional foram montados tendo por base as ferrovias

complementados pelas vias fluviais e a malha rodoviaacuteria

Esses conceitos comeccedilaram a ser modificados a partir de entatildeo

especialmente pela profunda mudanccedila que se operou na economia brasileira

quando o setor rodoviaacuterio comeccedilou a ser desenvolvido

ldquoAs primeiras rodovias brasileiras datam do seacuteculo XIX mas a ampliaccedilatildeo da malha rodoviaacuteria ocorreu no governo Vargas com a criaccedilatildeo do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) em 1937 e mais tarde com a implantaccedilatildeo da induacutestria automobiliacutestica na segunda metade da deacutecada de 1950 com a aceleraccedilatildeo do processo de industrializaccedilatildeo e mudanccedila da capital federal para Brasiacuteliardquo (SANTOS)

A partir da deacutecada 50 rede rodoviaacuteria se ampliou de forma notaacutevel

tornando-se a principal via de escoamento de carga e passageiros

16

Na deacutecada 80 o crescimento acelerado deu lugar a estagnaccedilatildeo

A perda de receitas com a extinccedilatildeo em 1988 do imposto sobre

lubrificantes e combustiacuteveis e do imposto sobre serviccedilos impediu a ampliaccedilatildeo

da rede e sua manutenccedilatildeo

Como resultado em fins do seacuteculo XX a rede rodoviaacuteria passou a

responder por 65 dos transportes de cargas e 92 do de passageiros

O crescimento do setor rodoviaacuterio ensejou a instalaccedilatildeo de novas

montadoras no pais atraveacutes da instalaccedilatildeo de outras montadoras como por

exemplo SCANIA FIAT IVECO VOLKSWAGEN CAMINHOtildeES VOLVO e

mais recentemente algumas montadoras asiaacuteticas

Em decorrecircncia da ampliaccedilatildeo do setor rodoviaacuterio deu-se a

ampliaccedilatildeo de faacutebricas em Santa Catarina e do Rio Grande do Sul

Atualmente esse setor ganhou grande desenvolvimento e condiccedilotildees

competitivas a niacutevel internacional com um alto volume de exportaccedilotildees

principalmente para os paiacuteses da Ameacuterica Latina

As principais encarroccediladoras de ocircnibus brasileiras satildeo

MARCOPOLO CAIO COMIL BUSSCAR NEOBUS e IRIZAR A induacutestria

brasileira de carrocerias eacute uma das maiores do mundo

Em 2007 o Brasil foi o terceiro maior fabricante de ocircnibus do

mundo perdendo apenas para a China (IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico 2007)

A induacutestria encarroccediladora de ocircnibus brasileira difere da dos demais

paiacuteses na qual o encarroccedilamento constitui uma etapa separada da produccedilatildeo

dos chassis de ocircnibus

Prevecirc-se para 2010 um crescimento da ordem de 19 O

faturamento do setor deveraacute crescer mais do que em 2007 perfazendo cerca

17

de R$ 72 bilhotildees com uma boa parte oriunda do setor interno desse modo

espera-se um crescimento favoraacutevel apesar da tendecircncia de desaceleraccedilatildeo da

economia internacional

O cenaacuterio conta com a estabilidade da moeda nacional (o real) e

com os financiamentos do BNDES

Devido ao poder competitivo do setor as encarroccediladoras brasileiras

estatildeo lanccedilando modelos cada vez mais modernos que nada devem aos

produtores internacionais

Diversas encarroccediladoras brasileiras jaacute contam com unidades fabris

em diversos continentes a MARCOPOLO tem faacutebricas no Meacutexico e Colocircmbia

e mais recentemente formou Joint Ventures para a instalaccedilatildeo e transferecircncia

de Know-How para a China e Iacutendia

18

CAPIacuteTULO III

A EVOLUCcedilAtildeO E A SITUACcedilAtildeO ATUAL DOS

TRANSPORTES NO BRASIL

ldquoO Brasil ao longo de sua histoacuteria permaneceu voltado para a costa do Atlacircntico com cerca de 80 da populaccedilatildeo vivendo em cidades a menos de mil quilocircmetros da costa e 82 do PIB eacute gerado nas regiotildees Sul Sudeste e Nordesterdquo (IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico 2008)

A origem desse fato deve-se principalmente as caracteriacutesticas do

relevo e da topografia do Brasil pois olhando-se o mapa do paiacutes constata-se

que a faixa mais com melhores condiccedilotildees de vida encontra-se no leste do

paiacutes

Essa situaccedilatildeo perdurou ateacute a chegada do governo JK na deacutecada de

50 quando a capital do paiacutes foi Brasiacutelia na regiatildeo Centro Oeste aacuterea em sua

maior parte formada por Estados dominados por florestas que fazem limites

com os paiacuteses andinos sem saiacuteda para o Oceano Paciacutefico

Em 1975 Jaime Lerner entatildeo Prefeito de Curitiba tendo em vista o

crescimento populacional criou um sistema de transporte baseado no conceito

BRT (Bus Rapid Transit) ndash ocircnibus articulados e biarticulados de grande

capacidade de passageiros que atualmente estaacute em operaccedilatildeo em diversas

cidades brasileiras

A mudanccedila da capital para Brasiacutelia ocasionou um grande

desenvolvimento dessa regiatildeo contribuindo tambeacutem para melhorar o sistema

de transportes rodoviaacuterios do paiacutes que hoje eacute inteiramente interligado do Sul

ateacute o Norte do paiacutes

Devido a esse fato o sistema de transporte organizou-se

predominantemente com base nas rodovias que entre todos eacute o mais oneroso

19

e poluente enquanto as hidrovias e as ferrovias tecircm custos unitaacuterios mais

baixos no entanto o modal rodoviaacuterio eacute mais adequado em relaccedilatildeo a maiores

declividades principalmente para grandes volumes de carga a grandes

distacircncias e para cargas de menor volume e distacircncias menores

Os custos ferroviaacuterios em relaccedilatildeo agraves rodovias satildeo menores nos

trajetos de extensatildeo superiores a 500 km pois os altos custos de implantaccedilatildeo

da rede feacuterrea e o tempo consumido com cargas e descargas satildeo

compensados pela economia geral do meio de transporte

Em pequenas distacircncias as vantagens satildeo do transporte rodoviaacuterio

que desloca mercadorias dos pontos de distribuiccedilatildeo ateacute os pontos de consumo

A implantaccedilatildeo de redes intermodais tende a reduzir os custos de transporte

Mesmo assim o Brasil possui um dos mais amplos sistemas de transporte com

54 portos com capacidade para mais de 500 milhotildees de toneladas por ano 31

mil quilocircmetros de ferrovias e 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovia

A partir da deacutecada de 1970 o modal rodoviaacuterio sofreu uma queda

com uma participaccedilatildeo de 70 em 1970 com uma reduccedilatildeo para 536 em

1985 mas voltando a crescer chegando a 606 em 2004

Entre 1997 e 2004 o volume de cargas transportadas pelas rodovias

cresceu apenas 141 contra 4554 pelas ferrovias que transportam a

maioria dos produtos de baixo valor agregado como por exemplo mineacuterio de

ferro o qual seria inviaacutevel se transportado por caminhotildees

Entre 2003 e 2005 a frota de locomotivas aumentou de 1895 para

2515 e a de vagotildees de 67795 para 90119 devido agrave privatizaccedilatildeo da malha

ferroviaacuteria mas mesmo assim o transporte rodoviaacuterio continua ainda sendo o

mais utilizado no Brasil embora seja o de custo operacional mais elevado em

torno de US$ 320 por 100 tkm contra US$ 074 da ferrovia e US$ 023 da

hidrovia

20

O Brasil possui 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovias e apenas

29798 quilocircmetros de ferrovias e cerca 42000 km de rios navegaacuteveis As

ferrovias transportam 24 da carga no Brasil e nos EUA cerca de 47

Levantamento feito pelo Centro de Estudos em Logiacutestica da

Universidade Federal do Rio de Janeiro concluiu que As companhias

brasileiras voltadas para o comeacutercio exterior perdem cerca de US$ 10 bilhotildees

por ano em consequumlecircncia dos problemas enfrentados na hora de transportar

mercadorias das aacutereas de produccedilatildeo ateacute os portos

ldquoOutro estudo feito pela Comissatildeo Econocircmica para a Ameacuterica Latina e o Caribe ligada agraves Naccedilotildees Unidas conclui que 35 do preccedilo final das mercadorias exportadas do Brasil e de outros paiacuteses latino-americanos se deve aos custos de transporte Nos Estados Unidos este iacutendice natildeo chega a 10rdquo (Veja Especial outubro de 2004 p 61)

Segundo levantamento da CNI Confederaccedilatildeo Nacional da Induacutestria

os custos com transporte equivalem a 1275 do PIB brasileiro enquanto nos

EUA correspondem a 820

Por deficiecircncias logiacutesticas exportar uma tonelada de soja do Brasil

para a China ndash do norte de Mato Grosso via Porto de Paranaguaacute ndash custa hoje

US$ 18 a mais do que fazer o mesmo do Estado norte-americano de Iowa Em

2007 a situaccedilatildeo se complicou com a falta generalizada de caminhotildees para o

mercado interno e de navios para o mercado externo

Poreacutem como as exportaccedilotildees estatildeo superando as importaccedilotildees

faltam contecircineres para o embarque de produtos brasileiros

Das cerca de 22 milhotildees de toneladas de produtos exportados

anualmente cerca de 95 saem pelos portos O problema comeccedila com o fato

de que a maioria das mercadorias a ser exportada chega aos portos por meio

de rodovias

21

Segundo a ANUT ndash Associaccedilatildeo Nacional dos Usuaacuterios de

Transportes de Carga em 2004 as empresas brasileiras desembolsaram US$

12 bilhatildeo em pagamentos por atrasos no embarque e desembarque de

mercadorias nos portos brasileiros

Na margem esquerda do porto de Santos haacute um problema de

lentidatildeo de escoamento pois existem mais de 6000 moradias irregulares

margeiam os trilhos obrigando os trens a reduzir a velocidade de 80 para 10

quilocircmetros por hora causando um acreacutescimo de custo na ordem de 34

quando nos Estados Unidos essa margem natildeo ultrapassa os 20

ldquoOs Estados da regiatildeo Centro Sul produzem 13 milhotildees de toneladas anuais de gratildeos cerca de 9 milhotildees saem do Estado por rodovias 80 delas sem pavimentaccedilatildeo portanto estaacute dependendo da conclusatildeo da Ferronorte e das Hidrovias Paranaacute Paraguai e Araguaia Tocantins para baixar seus custos de transporterdquo (Veja 17102001 p 146-147)

22

CAPIacuteTULO IV

ESTUDO DE CASOS SISTEMA DE TRANSPORTES DE

CURITIBA UBERLAcircNDIA GOIAcircNIA SAtildeO PAULO E

RIO DE JANEIRO

41 Curitiba

A cidade de Curitiba eacute conhecida internacionalmente pelo eficiente e

inovador sistema de transporte coletivo Como todas as ideacuteias novas o sistema

que possibilitou a integraccedilatildeo urbana de Curitiba foi cercado de duacutevidas Mas ao

longo dos anos foi comprovado que a criatividade foi mais eficaz que o

ceticismo

411 Bonde a cavalos

Em 1887 a Empreza Curitybana dirigida por Boaventura Capp

disponibilizou o primeiro bonde puxado por animais ligando a Boulevard 2 de

Julho (atual iniacutecio da Avenida Joatildeo Gualberto) ao bairro do Batel Esta foi a

pedra fundamental de parte da identidade mais latente da cidade de Curitiba o

transporte coletivo Naquele periacuteodo o passeio pela pacata Curitiba tinha

caracteriacutestica mais poeacutetica e os bondes davam o toque de charme (anexo 09)

A viagem inaugural dos primeiros bondes foi um dos maiores

acontecimentos da eacutepoca

Os jornais locais divulgaram com orgulho a partida dos quatro

vagotildees que contavam com ilustres passageiros como o presidente da proviacutencia

Faria Sobrinho

23

412 Bondes eleacutetricos

Apesar de o bondinho ter o objetivo de atender agraves massas ele era

dividido em duas categorias Na primeira classe era obrigatoacuterio que os

passageiros estivessem calccedilados Jaacute no bond mixto como era conhecida a

pessoa podiam viajar sem sapatos

O panorama do transporte coletivo da cidade mudou com a

introduccedilatildeo dos bondes eleacutetricos a partir 1912 Os primeiros bondes puxados

por mulas foram vendidos e amontoados no depoacutesito de ferro-velho em

Paranaguaacute

A mudanccedila foi necessaacuteria jaacute que o nuacutemero de passageiros

aumentou de 680 mil em 1903 para 19 milhatildeo por ano em 1913 a cidade

crescia rapidamente poreacutem de maneira desordenada

413 Os primeiros ocircnibus

Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia

Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo Dois anos

mais tarde comeccedilaram a aparecer as linhas particulares de ocircnibus apesar dos

bondes ainda serem a preferecircncia da populaccedilatildeo

Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto

da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bondes perderam

espaccedilo mas apesar das passagens mais caras o novo veiacuteculo era mais

confiaacutevel e seguro

Em 1951 saiacuteram de circulaccedilatildeo os uacuteltimos bondes dando lugar agraves

auto-lotaccedilotildees

Uma das grandes revoluccedilotildees no setor ocorreu em 1955 quando o

municiacutepio estabeleceu contratos de concessatildeo com 13 empresas

24

Naquela eacutepoca a cidade era atendida por 50 ocircnibus e 80 lotaccedilotildees

Em 1965 foi editado o Plano Diretor de Transportes de Curitiba estabelecendo

as vias estruturais que serviram como eixos base para movimentaccedilatildeo urbana

O plano foi considerado um dos mais perfeitos do mundo

Devido ao bom planejamento mesmo 15 anos depois os 673 ocircnibus

da capital paranaense transportavam 515 mil pessoas diariamente

A frota do transporte coletivo representava apenas 2 dos veiacuteculos

que trafegavam em Curitiba e era responsaacutevel pelo transporte de 75 das

pessoas que se locomoviam

Como a cidade crescia rapidamente em pouco tempo o sistema

tradicional estaria obsoleto e ineficaz para atender tanta gente Era necessaacuterio

algo de novo A soluccedilatildeo foi a implantaccedilatildeo dos ocircnibus expressos esse sistema

foi um dos grandes responsaacuteveis pelo avanccedilo no atendimento do transporte

coletivo

Natildeo se tratava somente de uma nova categoria de veiacuteculo mas

acima de tudo um sistema de transporte para meacutedias distacircncias que possuiacutea

via exclusiva

A primeira etapa foi agrave implantaccedilatildeo das canaletas exclusivas onde

circulavam os ocircnibus convencionais

O Departamento de Pesquisa de Veiacuteculos da Faculdade de

Engenharia Industrial de Satildeo Bernardo dos Campos (SP) apresentou ao

IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba) o primeiro

modelo de ocircnibus para atender as novas necessidades de transporte urbano

Batizado de Uiraquitan em homenagem ao nome indiacutegena dado ao primeiro

carro fabricado no Brasil foi projetado especialmente para o sistema viaacuterio de

Curitiba

25

414 Os primeiros ocircnibus expressos

Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo

nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimental os 20

primeiros expressos A frota partiu da Praccedila Generoso Marques para atender

passageiros do Eixo NorteSul Em um dos ocircnibus de inconfundiacutevel cor

vermelha o prefeito Jaime Lerner idealizador do projeto desde o tempo em que

era presidente do IPPUC ndash INSTITUTO DE PESQUISAS E PLANEJAMENTO

URBANO DE CURITIBA noticiava agrave imprensa a satisfaccedilatildeo de ver sua grande

obra em funcionamento

Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde

foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e caixas de correio

aleacutem da pista proacutepria o expresso foi comparado a um metrocirc na superfiacutecie Em

meacutedia todos os meses 19 milhatildeo de pessoas utilizavam o novo sistema de

transporte

As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi

crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento populacional e de

infra-estrutura da cidade Em 1980 Curitiba foi a primeira capital a adotar a

tarifa social O preccedilo da passagem era uacutenico independente do trecho da

viagem Com esta vantagem tambeacutem foi colocada em praacutetica a campanha Eacute

com esse que eu vou incentivando a populaccedilatildeo a deixar os carros em casa e

utilizar o veiacuteculo coletivo O preccedilo do petroacuteleo aumentava cada vez mais por

conta da crise mundial de combustiacuteveis

Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a

utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar a passagem

uacutenica Os usuaacuterios podiam trocar de linha dentro dos terminais sem pagar nova

passagem Com isto se consolidou a RIT (Rede Integrada de Transporte) Em

1980 os ocircnibus articulados com capacidade 80 maior comeccedilaram a

substituir gradativamente os antigos expressos Isto significou economia de

combustiacutevel em 46 e reduccedilatildeo de custo de 21 por passageiro transportado

26

Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS

(Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistema e passou a

ser a concessionaacuteria e as empresas operadoras as permissionaacuterias

Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia

incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas

alimentadoras para os usuaacuterios se deslocarem nos cinco eixos atendidos pelos

expressos 239 linhas em todo o sistema A RIT atendia em 1990 54 do total

de usuaacuterios do sistema iacutendice que chegou a 84 em 1995

Em outubro de 1991 sob encomenda da URBS a Volvo comeccedilou a

desenvolver o primeiro ocircnibus bi-articulado brasileiro batizado de Metrobuacutes

com 25 metros de comprimento e capacidade para transportar ateacute 270

passageiros

Neste periacuteodo foi implantada uma das maiores novidades do

transporte coletivo naquela deacutecada Foram criadas as Linhas Diretas servidas

por veiacuteculos de cor cinza popularmente chamados de Ligeirinhos (anexo 15)

Atraveacutes das rampas de acesso no lugar das escadas eles

permitiram o embarque e desembarque de passageiros atraveacutes das estaccedilotildees-

tubo que serviam como pequenos terminais possibilitando ao usuaacuterio a troca

de linhas sem pagar nova passagem

Os Bi-articulados comeccedilaram a substituir tambeacutem os ocircnibus

utilizados nas linhas do Express

As melhorias foram sendo colocadas em praacutetica como o sistema de

aviso de paradas

A cada saiacuteda de uma estaccedilatildeo-tubo o sistema eacute automaticamente

acionado para informar aos passageiros qual eacute o ponto seguinte e quais portas

27

deveratildeo ser utilizadas para o desembarque Sistema parecido com o usado por

alguns metrocircs em diversos lugares do mundo

Em 1996 a RIT ultrapassou as fronteiras e passou a atender a

Regiatildeo Metropolitana Em 1999 o Sistema Expresso comemorou 25 anos com

a inauguraccedilatildeo da linha Bi-articulada Circular Sul

Para relembrar o comeccedilo de tudo uma reacuteplica do primeiro ocircnibus

expresso de 1974 circulou do Terminal Capatildeo Raso ateacute a Praccedila Generoso

Marques transportando o entatildeo governador Jaime Lerner e o prefeito Caacutessio

Taniguchi

Foi como uma viagem no tempo para Lerner e para muitos

curitibanos que acompanharam o desenvolvimento do transporte coletivo da

cidade repleto de inovaccedilotildees e empreendedorismo para acompanhar o

crescimento urbano

Em 2000 a substituiccedilatildeo de 87 veiacuteculos articulados por 57 de maior

porte no eixo lesteoeste demonstrou que no sistema adotado por Curitiba

novidades satildeo sempre implantadas sem a necessidade de investimentos

incompatiacuteveis com a realidade da cidade

Os avanccedilos sociais marcam a histoacuteria recente do transporte coletivo

curitibano

Em 2005 o prefeito Beto Richa determinou o enxugamento de

despesas do sistema e o corte de dez centavos na tarifa reduzida para R$

180

Hoje 2 milhotildees de passageiros utilizam diariamente o Sistema

Integrado de Transporte Coletivo composto por 1980 ocircnibus que atendem 395

linhas O sistema eacute responsaacutevel pelo emprego direto de 15 mil pessoas entre

motoristas cobradores fiscais mecacircnicos entre outros profissionais

28

Com a construccedilatildeo da Linha Verde o Sistema de Transportes de

Curitiba estaacute em expansatildeo essa via uniraacute a cidade no trecho urbano na antiga

BR-116 melhorando o tracircnsito e os transportes em Curitiba

42 Uberlacircndia

A cidade de Uberlacircndia no Estado de Minas Gerais conta um

Sistema Integrado de Transporte Urbano (SIT) que racionalizou o uso dos

transportes urbanos com a unificaccedilatildeo do preccedilo das passagens aleacutem disso o

usuaacuterio natildeo paga mais duas passagens para chegar no local desejado

contando com um transporte coletivo 100 integrado e monitorado (GPRS)

administrado pela prefeitura

O sistema eacute dotado de bilhetagem eletrocircnica A maioria dos

veiacuteculos tecircm elevador para facilitar o acesso de deficientes fiacutesicos

O sistema eacute composto por seis terminais

bull Central

bull Santa Luzia

bull Planalto

bull Umuarama

bull Terminal Industrial (distrito industrial de Uberlacircndia)

O sistema conta com treze estaccedilotildees de embarque e desembarque

de passageiros interligando a regiatildeo central (Terminal Central) de Uberlacircndia

ao Anel Rodoviaacuterio (Terminal Santa Luzia) proporcionando um raacutepido acesso

agraves principais rodovias em torno do municiacutepio

43 Goiacircnia

A Prefeitura de Goiacircnia tem buscado soluccedilotildees inovadoras no que diz

respeito aos problemas que envolvem os transportes urbanos da cidade A

primeira grande mudanccedila no sistema de transportes coletivos da regiatildeo

29

metropolitana de Goiacircnia ocorreu em 1976 quando da implantaccedilatildeo do sistema

tronco-alimentador que se baseava em linhas troncais e alimentadoras atraveacutes

de terminais de integraccedilatildeo com a exploraccedilatildeo e operaccedilatildeo das linhas por

empresas concessionaacuterias privadas

No ano seguinte agrave sua implantaccedilatildeo o sistema possibilitou o

transporte de 35 milhotildees de passageiros nuacutemero que cresceu a uma taxa de

5 ao ano ateacute 1984 atingindo a meacutedia anual de 100 milhotildees de passageiros

No periacuteodo entre 1985 e 1991 a quantidade de passageiros

transportados continuou aumentando ateacute atingir o patamar de 250 milhotildees de

passageirosano em funccedilatildeo do aumento da demanda por transporte coletivo

urbano ocorrido em todo o paiacutes

Os problemas inflacionaacuterios de 1992 a 1994 e a diminuiccedilatildeo do poder

aquisitivo provocaram a queda da demanda para 200 milhotildees de

passageirosano

O sistema de transportes urbanos de Goiacircnia estaacute em expansatildeo

com a previsatildeo de entrada em operaccedilatildeo do Metrocirc de Superfiacutecie que contaraacute

com ocircnibus articulados e biarticulados de grande capacidade de passageiros

Visando a implantaccedilatildeo dessa via de superfiacutecie estaacute sendo testado o

modelo de ocircnibus biarticulado VOLVO B9 SALF (anexo 20) com grande

capacidade para transportar 270 passageiros Esse mesmo modelo estaacute em

operaccedilatildeo no Sistema Transantiago na capital chilena

44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro

441 Satildeo Paulo

A histoacuteria da cidade de Satildeo Paulo eacute marcada pela implantaccedilatildeo da

ferrovia mas a histoacuteria dos transportes puacuteblicos iniciada agrave mesma eacutepoca tem

30

nos tiacutelburis carros de duas rodas puxados por um cavalo sua primeira

apariccedilatildeo com a inauguraccedilatildeo em 1872 pela Companhia Carris de Ferro de Satildeo

Paulo da primeira linha de bondes puxados a burro

A primeira linha de bonde eleacutetrico foi inaugurada no iniacutecio do seacuteculo

XX em 7 de maio de 1900 ligando o largo de Satildeo Bento agrave Barra Funda Foi um

empreendimento da Satildeo Paulo Railway Light and Power Company LTd que

recebeu por transferecircncia a concessatildeo para organizar construir e operar

linhas de bonde por traccedilatildeo eleacutetrica para diversos pontos da cidade e seus

subuacuterbios durante 40 anos

Os primeiros auto-ocircnibus surgiram na cidade na deacutecada de 20

complementando a alternativa ao bonde que sofria as limitaccedilotildees de rede

energia e investimentos

Nos anos 30 a capital de Satildeo Paulo jaacute era considerada um grande

centro urbano e convivia com um tracircnsito agitado O Plano de Avenidas do

Prefeito Prestes Maia indicava a expressiva influecircncia do automoacutevel na vida e

na estrutura da cidade

A Comissatildeo de Estudos de Transportes Coletivos instituiacuteda em

1939 pocircs em discussatildeo a organizaccedilatildeo do transporte como serviccedilo puacuteblico e as

vantagens do monopoacutelio governamental lanccedilando as bases para a constituiccedilatildeo

de uma empresa municipal responsaacutevel pelo transporte coletivo

O nuacutemero de ocircnibus em Satildeo Paulo em 1941 superou os mil

enquanto o de bondes manteve-se em 500 Assim eram os ocircnibus que

transportavam a maior parte dos passageiros Trinta e sete empresas

particulares exploravam 90 linhas que circulavam pelo municiacutepio

Em 1946 atraveacutes do Decreto-Lei no 365 de 10 de outubro de 1946

o Prefeito Abrahatildeo Ribeiro autorizou a constituiccedilatildeo de uma empresa

31

responsaacutevel pelo transporte puacuteblico criando-se entatildeo a Companhia Municipal

de Transportes Coletivos ndash CMTC (anexo 10)

Em 1947 a Prefeitura determinou a transferecircncia do patrimocircnio da

Light relativo ao serviccedilo para a nova companhia e decidiu que as empresas

privadas passariam a operar somente as linhas de ocircnibus fora do periacutemetro

urbano

Em 1975 a COMPANHIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES

COLETIVOS - CMTC operava apenas 14 da frota de ocircnibus da cidade

Um novo contrato de concessatildeo foi firmado entre Prefeitura e CMTC

permitindo a contrataccedilatildeo os serviccedilos de transporte coletivo de passageiros em

23 aacutereas de operaccedilatildeo Assim uma mudanccedila efetiva ocorreu no sistema e no

mercado de transporte coletivo da cidade restituindo em parte agrave CMTC o seu

outro papel o de gestora do sistema

Nos anos 80 aleacutem de inovaccedilotildees operacionais e tecnoloacutegicas

promovidas pela CMTC - o Programa Troleibus a implantaccedilatildeo dos corredores

de ocircnibus em faixa exclusiva e a utilizaccedilatildeo de ocircnibus movidos a gaacutes metano e

natural- a gestatildeo do serviccedilo de transporte puacuteblico voltou a ser alvo da atenccedilatildeo

da administraccedilatildeo municipal tendo resultado inclusive em intervenccedilotildees

administrativas e gerenciais em algumas empresas operadoras

A relaccedilatildeo entre as empresas operadoras e a municipalidade passou

por nova e importante alteraccedilatildeo a partir do processo de municipalizaccedilatildeo

quando atraveacutes da Lei no 11037 1991 o sistema de remuneraccedilatildeo do

serviccedilo passou a ser feito pelo custo dos serviccedilos passando a operadora a ser

remunerada diretamente pela apropriaccedilatildeo da tarifa paga pelo passageiro

O serviccedilo contratado pela Prefeitura e operado pelas empresas eacute

remunerado conforme a afericcedilatildeo dos custos incorridos na prestaccedilatildeo do serviccedilo

A tarifa definida conforme paracircmetros econocircmicos e poliacuteticos passou a

32

pertencer a administraccedilatildeo municipal constituindo-se na principal fonte de

recursos para o pagamento do serviccedilo agraves empresas contratadas pela

operaccedilatildeo

No iniacutecio de 1993 a CMTC desempenhava ao mesmo tempo as

funccedilotildees de gestora do sistema de transporte coletivo e de operadora detendo

cerca de 27 de participaccedilatildeo no setor

A administraccedilatildeo tinha por objetivo a racionalizaccedilatildeo da operaccedilatildeo e

reduccedilatildeo do deacuteficit previsto pela manutenccedilatildeo da administraccedilatildeo da CMTC como

empresa operadora

A alteraccedilatildeo do perfil da frota da quantidade de ocircnibus e de

funcionaacuterios eram medidas indicadas que exigiriam altos investimentos e natildeo

gerariam necessariamente reduccedilatildeo de custos Optou-se entatildeo por encerrar

as atividades operacionais da antiga CMTC atraveacutes da privatizaccedilatildeo de toda a

operaccedilatildeo dos 2700 ocircnibus e das respectivas garagens reduzindo o quadro de

pessoal de 27 mil para cerca de 1200 empregados Esse processo se valeu da

flexibilidade do mesmo modelo de gestatildeo estabelecido pela Lei No 11037

91

A forma de remuneraccedilatildeo dos serviccedilos prestados pelas empresas

contratadas foi inovada alterando-se o criteacuterio anterior de pagamento

calculado pelo custo do quilocircmetro rodado por um valor limite por passageiro

transportado

A antiga CMTC foi entatildeo transformada na Satildeo Paulo Transporte

SA- SPTRANS nova denominaccedilatildeo adotada em 8 de marccedilo de 1995 para a

empresa que ficou voltada somente agrave gestatildeo do sistema de transporte da

cidade

Atualmente com o crescimento das aacutereas urbanas da cidade

tornou-se necessaacuterio ampliar a aacuterea viaacuteria do municiacutepio atualmente estaacute em

33

fase de conclusatildeo o anel rodoviaacuterio da grande Satildeo Paulo e do rodoanel vias

que depois de prontas desafogaratildeo o traacutefego de veiacuteculos na cidade

O sistema Metropolitano operado pela Companhia do Metropolitano

de Satildeo Paulo tambeacutem estaacute em expansatildeo e contribuiraacute para atender o aumento

da demanda de transportes urbanos na maior cidade do Brasil

442 Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro capital do estado homocircnimo eacute a segunda maior

metroacutepole do Brasil situada na regiatildeo Sudeste

Eacute a cidade brasileira mais conhecida no exterior e a maior rota de

turismo internacional no Brasil

A parte urbana do Municiacutepio do Rio de Janeiro recebeu a

denominaccedilatildeo de GRANDE RIO pela Lei complementar nordm 20 pela Lei

Complementar nordm 20 de 01 de julho de 1974 apoacutes a fusatildeo dos antigos estados

do Rio de Janeiro e Guanabara

Aleacutem da parte urbana da cidade existe tambeacutem a REGIAtildeO

METROPOLITANA II DO RIO DE JANEIRO que abrange os municiacutepios de

Niteroacutei Satildeo Gonccedilalo Itaboraiacute Rio Bonito e Tanguaacute

A cidade foi capital do Brasil Colocircnia a partir de 1763 capital do

Impeacuterio Portuguecircs na eacutepoca das invasotildees de Napoleatildeo capital do Impeacuterio do

Brasil e capital da Repuacuteblica ateacute a inauguraccedilatildeo de Brasiacutelia na deacutecada de 60

As primeiras vias na regiatildeo onde hoje estaacute situada a Cidade do Rio

de Janeiro foram abertas pelos Tamoios com objetivos estrateacutegicos e de

defesa Eram veredas no interior da floresta e dirigiam-se ao interior em direccedilatildeo

agrave Serra do Mar (Santos 1934) Os rios e a Baiacutea de Guanabara eram as outras

vias naturais utilizadas por eles

34

Ateacute os primeiros anos do seacuteculo XIX o espaccedilo urbano da Cidade do

Rio de Janeiro limitava-se ao quadrilaacutetero formado pelos Morros do Castelo

Satildeo Bento Santo Antocircnio e da Conceiccedilatildeo De acordo com Abreu (1987) este

chatildeo fora duramente conquistado agrave natureza aterrando-se brejos e mangues

nos trecircs primeiros seacuteculos de existecircncia da cidade Considerando-se os limites

da cidade de entatildeo como sendo ao norte o Campo de Santana ao sul o Largo

do Machado e a regiatildeo de Mata Cavalos (hoje Rua do Riachuelo) e que natildeo

existiam ateacute entatildeo meios de transporte coletivo pode-se afirmar que a maioria

dos deslocamentos eram realizados a peacute em carro de bois eou no lombo de

animais Soacute posteriormente foram introduzidos as andas as redes e os

palanguins

Segundo Dunlop (1973) estes meios de transportes eram como

uma cama suspensa em longo varal conduzida nos ombros por escravos um

agrave frente outro agrave retaguarda

Para as viagens de longa distacircncia neste periacuteodo aqueles que

desejavam ir agraves Minas Gerais Satildeo Paulo ou ao interior do paiacutes tinham que

realizar por exemplo viagens que envolviam animais barcos e comeccedilavam

realizando um percurso pela Baiacutea de Guanabara

Com a chegada da famiacutelia real portuguesa por volta de 1808 foram

trazidas pela corte os coches carruagens seges e o cabriolet

Considerando-se os limites urbanos da cidade bem como as

caracteriacutesticas daquela sociedade colonial portuguesa nos troacutepicos pode-se

afirmar que somente as pessoas de posse ou que possuiacuteam seus proacuteprios

meios de transportes tinham condiccedilatildeo e direito de deslocar-se agraves localidades

mais afastadas do centro histoacuterico da cidade ou empreenderem viagens mais

longas

O transporte puacuteblico soacute foi introduzido na cidade por volta de 1817

com a adoccedilatildeo das Gocircndolas e Diligecircncias veiacuteculos de transporte coletivo

35

puxado agrave burros eou cavalos muito utilizados por todos que necessitavam

deslocar-se dentro do periacutemetro urbano Estes veiacuteculos operavam o transporte

de passageiros entre o centro da cidade e o Palaacutecio da Boa Vista em Satildeo

Cristoacutevatildeo e de Santa Cruz na Fazenda Real por concessatildeo

Dunlop (1973) esclarece que os primeiros ocircnibus tambeacutem puxados

por quatro animais comeccedilaram a trafegar no Rio em 1837 ou 1838 por

iniciativa do francecircs Jean Lecoqrdquo

Eram carros compridos () com dois bancos longitudinais

semelhantes aos bondes fechados da Botanical Garden que aqui surgiram

trinta anos mais tarde Transportavam de vinte a vinte e quatro passageiros

A denominada Companhia de Ocircnibus ainda segundo Dunlop

oferecia serviccedilos para os bairros de Botafogo Laranjeiras Satildeo Cristoacutevatildeo

Andaraiacute Pequeno - hoje Tijuca - Rio Comprido e Engenho Velho Estes

serviccedilos contribuiacuteram muito para o desenvolvimento e crescimento destes

bairros oferecendo uma opccedilatildeo de moradia agravequeles que desejavam sair do

centro histoacuterico aacuterea jaacute conturbada entatildeo

Destaca-se o papel exercido pelos trens agrave partir de 1858 com a

construccedilatildeo da Estrada de Ferro D Pedro II posteriormente denominada E F

Central do Brasil Este novo meio de transporte ofereceu pela primeira vez

uma maneira veloz e confiaacutevel que alcanccedilava longas distacircncias e circulava em

horaacuterios preacute-estabelecidos e regulares Inicialmente usado somente para o

transporte de cargas - para escoar a produccedilatildeo de cafeacute do Vale do Paraiacuteba em

direccedilatildeo ao Porto do Rio de Janeiro - e para o transporte de passageiros de

longa distacircncia

Outras ferrovias seguiram-se a esta primeira tais como a The

Leopoldina Railway Company (depois E F Leopoldina) E F Rio DOuro (hoje

Linha 2 do Metrocirc) E F Melhoramentos do Brasil (depois Linha Auxiliar da

36

Central do Brasil) Todas foram unificadas na Rede Ferroviaacuteria Federal SA

(1957)

ldquoO trem favoreceu o surgimento dos bairros mais afastados do centro na periferia no que posteriormente veio a ser conhecido como os subuacuterbios ferroviaacuterios da Central do Brasil Contribuiu muito tambeacutem para o desenvolvimento dos municiacutepios da Baixada Fluminense e da periferia distante do centro da Cidade do Rio de Janeirordquo (ABREU 1987)

O bonde inicialmente em traccedilatildeo animal e posteriormente

eletrificado foi o meio de transporte que juntamente com os ocircnibus tambeacutem

em traccedilatildeo animal favoreceu o crescimento e desenvolvimento da cidade O

trem chegava ateacute as estaccedilotildees mas era o bonde que circulava no interior do

bairro

Em 1859 circulou o primeiro bonde puxado a burro na cidade do

Rio de Janeiro ligando o Largo do Rocio ao Alto da Boa Vista Esta linha era

controlada pela Cia Carris de Ferro cuja exploraccedilatildeo fora concedida ao

empresaacuterio inglecircs Thomas Cochrane em 1856

Outras empresas vieram em seguida como a Botanical Garden

Railroad Company posteriormente Cia Ferro Carril do Jardim Botacircnico ou a

Rio de Janeiro Street Railroad Company posteriormente Cia Satildeo Cristoacutevatildeo

O Baratildeo de Drumond por sua vez obteve uma concessatildeo para

explorar a Companhia Ferro Carril de Vila Isabel para atender aos bairros do

Andarahy Grande (Andaraiacute Vila Isabel Grajauacute e Maracanatilde) Satildeo Francisco

Xavier e Engenho Novo

ldquoA criaccedilatildeo desta empresa estava fortemente ligada a abertura do bairro de Vila Isabel nas terras da entatildeo Fazenda do Macaco de propriedade da famiacutelia imperial caracterizando um empreendimento conjugado (transporteloteamento)rdquo (Abreu 1987)

37

Os bondes foram substituiacutedos na deacutecada de 1960 pelos ocircnibus

eleacutetricos denominados de troleibus ou chifrudos pela populaccedilatildeo por causa

da forma de captaccedilatildeo de energia eleacutetrica da rede aeacuterea

Apoacutes breve periacuteodo em operaccedilatildeo pela CTC os troleibus foram

substituiacutedos pelos ocircnibus agrave diesel da mesma companhia estadual

O uso das barcas como meio de transporte e passageiros no

contexto da Regiatildeo Metropolitana destacando-se pela existecircncia de uma via

natural a Baiacutea de Guanabara e a costa oceacircnica firmando-se como transporte

regular agrave partir do ano de 1853 com a implantaccedilatildeo da Cia de Navegaccedilatildeo de

Niteroacutei

Ao longo dos anos foram transportadas cargas veiacuteculos e

passageiros sendo reconhecido como um meio eficiente na ligaccedilatildeo entre as

cidades do Rio de Janeiro e Niteroacutei

Apoacutes a construccedilatildeo da Ponte Rio - Niteroacutei sua importacircncia foi

diminuindo ano a ano apesar de toda sua potencialidade instalada

Outras ligaccedilotildees natildeo soacute para a aacuterea central de Niteroacutei podem ser

melhor exploradas com impactos favoraacuteveis no sistema de transporte como

um todo e para o meio ambiente

Afinal todas as localidades das cidades eou bairros situadas agraves

margens da baiacutea ou na costa do estado satildeo potencialmente habilitadas a

serem servidas por barcas

Falar em transportes urbanos significa tambeacutem falar em problemas

de tracircnsito e engarrafamentos que eacute um dos maiores vilotildees da agitada do

Seacuteculo XXI

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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httpwwwsptranscombrsptrans08historiamuseuasp - acessado em 26 de

agosto de 2009

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httpwwwflickrcomphotosclaudiolara2233169354 - acessado em 26 de

agosto de 2009

ENCICLOPEacuteDIA DIGITAL WIKIPEacuteDIA

httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 5: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

5

RESUMO

Esta monografia tem como objetivo descrever os problemas

relacionados aos Transportes Urbanos em algumas cidades brasileiras

procurando relatar os problemas existentes e sugerindo algumas soluccedilotildees para

o equacionamento dos problemas existentes Os Transportes satildeo a espinha

dorsal da mobilidade humana nos grandes centros e precisam de sistemas

modernos e eficientes para que os mesmos atendam as necessidades da

populaccedilatildeo urbana que em aumentando a cada dia Em funccedilatildeo do crescimento

dos principais centros urbanos brasileiros os sistemas de transportes vecircm

sendo aprimorados de modo a atender as demandas existentes no setor O

governo federal atraveacutes da ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DE

TRANSPORTES URBANOS subordinada ao Ministeacuterio dos Transportes vem

implantando uma poliacutetica que procura combinar as demandas do setor com as

necessidades a curto meacutedio e longo prazo O crescimento da demanda a ser

atendida tambeacutem requer um suporte legal capaz de atender todos os

aspectos relacionados com a execuccedilatildeo dos diversos modais de transportes de

acordo com a normatizaccedilatildeo das diversas agecircncias reguladoras existentes no

setor

6

METODOLOGIA

O conteuacutedo apresentado foi coletado com base em observaccedilotildees de

campo nas ruas da cidade do Rio de Janeiro por onde circulam os meios de

transporte da cidade de forma presencial por ser um eficiente campo de coleta

de dados a respeito aleacutem de pesquisas realizadas na bibliografia na

bibliografia citada

Tambeacutem foram coletadas observaccedilotildees feitas no Sistema

Metropolitano do Rio de Janeiro e no Sistema de Trens urbanos

7

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I

O histoacuterico dos transportes no Brasil 12

CAPIacuteTULO II

O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a

implantaccedilatildeo das montadoras 15

CAPIacuteTULO III

A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18

CAPIacuteTULO IV

Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia

Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22

CAPIacuteTULO V

Legislaccedilatildeo de transportes 51

CONCLUSAtildeO 58

BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 IacuteNDICE 66 ANEXOS 67

8

INTRODUCcedilAtildeO

Podemos dizer que em siacutentese transporte eacute o movimento de

pessoas ou coisas de um lugar para outro Os transportes podem se distinguir

pela possessatildeo onde o transporte puacuteblico eacute destinado a qualquer pessoa e o

privado eacute restringido somente a quem os adquiriu

Atualmente o Brasil conta com uma moderna induacutestria de

transportes com um grande e soacutelido parque industrial nesse setor formado por

grandes montadoras como por exemplo FORD VOKSWAGEN GENERAL

MOTORS MERCEDES-BENZ SCANIA VABIS AGRALE e a RANDON

Mais recentemente instalaram-se no Brasil outras montadoras

destacando-se a VOLVO FIAT IVECO e VOLKSWAGEN que implantou uma

unidade fabril em Resende no Estado do Rio de Janeiro onde produz chassis

para caminhotildees e ocircnibus

Devido a carecircncia de veiacuteculos de transportes no Brasil os primeiros

veiacuteculos fabricados no paiacutes foram caminhotildees cujas plataformas foram

utilizadas para produzir os primeiros ocircnibus encarroccedilados no paiacutes

Para implantar a poliacutetica de transportes no Brasil foi criado em 1965

o GEIPOT ndash Grupo Executivo de Integraccedilatildeo da Poliacutetica de Transportes

vinculado ao Ministeacuterio de Viaccedilatildeo e Obras Puacuteblicas (atual Ministeacuterio dos

Transportes) na gestatildeo do Ministro Luacutecio Meira

Os objetivos do GEIPOT estabelecidos por lei foram o de prestar

apoio teacutecnico e administrativo aos oacutergatildeos do Poder Executivo com o objetivo

de formular orientar coordenar e executar a Poliacutetica Nacional de Transportes

nos seus diversos modais bem como promover executar e coordenar

atividades de estudos e pesquisas necessaacuterios ao planejamento dos

Transportes no paiacutes transformando-se em um centro de referecircncia

internacional para os estudos de Transportes no Brasil

9

Essa poliacutetica proporcionou a implantaccedilatildeo de induacutestrias

complementares que hoje produzem desde autopeccedilas ateacute sofisticados

modelos de carrocerias para ocircnibus que ganharam o mercado externo

contribuindo tambeacutem para a instalaccedilatildeo do moderno sistema de Transportes de

Massas atraveacutes do sistema (BRT) BUS RAPID TRANSIT ndash Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido implantado na cidade de Curitiba em 1974 na gestatildeo do Prefeito Jaime

Lerner dando ao Brasil o privileacutegio de ser o primeiro paiacutes do mundo a implantar

um sistema desse tipo conquistando diversos precircmios internacionais e

exportando Know-How para diversos paiacuteses

O GEIPOT existiu durante 36 anos poreacutem com a reestruturaccedilatildeo do

Setor de Transportes no ano de 2001 esse oacutergatildeo colaborou no

acompanhamento e na realizaccedilatildeo de anaacutelises teacutecnicas do projeto de Lei nordm

161599 consolidado na Lei nordm 10233 de 05062001 que criou o Conselho

Nacional de Integraccedilatildeo de Poliacutetica de Transportes Terrestres (CONIT) a

Agecircncia Nacional de Transportes Aquaviaacuterios (ANTAQ) a Agecircncia Nacional de

Transportes Terrestres (ANTT) e o Departamento Nacional de Infra-Estrutura

de Transportes (DNIT) Com a criaccedilatildeo dessas Agecircncias reguladoras o

GEIPOT foi extinto pela Medida Provisoacuteria nordm 427 de 09052008 convertida na

Lei nordm 117722008

Os sistemas de transportes de massas nas grandes cidades

brasileiras estatildeo saturados atingindo ateacute mesmo a rede dos serviccedilos de Metrocirc

No entanto esses problemas podem ser resolvidos a curto e meacutedio

prazo com estudos teacutecnicos e recomendaccedilotildees teacutecnicas para a implantaccedilatildeo de

novos serviccedilos de transporte de massas que atendam as necessidades da

populaccedilatildeo dos grandes centros

Fato semelhante ocorreu em um passado relativamente recente em

1975 na cidade de Curitiba e que foi equacionado na gestatildeo do Prefeito Jaime

Lerner com a implantaccedilatildeo do Sistema BRT ndash BUS RAPID TRANSIT (Ocircnibus de

10

tracircnsito raacutepido) que consiste na utilizaccedilatildeo de ocircnibus articulados e biarticulados

com grande capacidade de transporte de passageiros

Conforme ressaltado o Brasil foi pioneiro nesse sistema Atualmente

outros paiacuteses implantaram esse modelo com destaque para o SISTEMA

TRANSMILEcircNIO implantado na Colocircmbia

Jaacute existem estudos teacutecnicos relativos a implantaccedilatildeo desse sistema

na cidade do Rio de Janeiro com a criaccedilatildeo e a implantaccedilatildeo de corredores

rodoviaacuterios usando o sistema BRT para racionalizar e equacionar o problema

existente

Dentro deste escopo este texto foi elaborado em cinco capiacutetulos

partindo do histoacuterico dos transportes no Brasil destacando os seguintes

pontos

O capiacutetulo 1 refere-se agrave histoacuteria e o desenvolvimento inicial dos

transportes em terras brasileira estaacute diretamente relacionada com a cidade do

Rio de Janeiro por ter sido esta a capital do impeacuterio e posteriormente da

repuacuteblica

Descrevo no capiacutetulo 2 o grande salto na aacuterea de transportes que

ocorreu no Brasil a partir da deacutecada de 50 com o advento do governo JK

atraveacutes da instalaccedilatildeo de diversas montadoras estrangeiras

No capiacutetulo 3 abordo a implantaccedilatildeo ocorrida em 1975 na cidade de

Curitiba na gestatildeo do Prefeito Jaime Lerner que criou e implantou um sistema

de transporte de massas chamado ldquoBRTrdquo (Ocircnibus de tracircnsito raacutepido) com

grande capacidade de transporte de passageiros

O capiacutetulo 4 cita a expansatildeo do sistema BRT em Curitiba foi

tambeacutem implantada nas cidades de Uberlacircndia Goiacircnia e Satildeo Paulo

implantaram sistemas semelhantes

11

No capiacutetulo 5 comento que a legislaccedilatildeo relativa a operacionalidade

de transportes estaacute a cargo das Agecircncias reguladoras do Governo

12

CAPIacuteTULO I

O HISTOacuteRICO DOS TRANSPORTES NO BRASIL

Por ter sido a capital do impeacuterio e posteriormente da repuacuteblica a

cidade do Rio de Janeiro sempre esteve na vanguarda das inovaccedilotildees em

serviccedilos para a populaccedilatildeo (NERU 1987a)

O Rio de Janeiro foi a primeira cidade brasileira a ter iluminaccedilatildeo

eleacutetrica telefone e tambeacutem ocircnibus motorizado

O primeiro meio de transporte coletivo na cidade do Rio de Janeiro

foi a serpentina que era um meio de transporte utilizado pelas famiacutelias

abastadas do princiacutepio do seacuteculo XIX (anexo 1)

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos (anexo 2)

A Companhia de Ocircnibus concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por

iniciativa de Aureliano de Sousa e Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva

Joseacute Ribeiro da Silva Manoel Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este

uacuteltimo foi constituiacutedo agente da companhia e fez contato com capitalistas que

se interessassem em investir

As linhas da companhia partiam do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

Posteriormente foi inaugurado o primeiro serviccedilo de bondes

eleacutetricos do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul (anexo 3)

13

Foi o carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que

teve sua apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892

Levando diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade

e terminou a viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do

Machado

Em 1917 a Prefeitura aprovou a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

passando pela Avenida Rio Branco indo da Praccedila Mauaacute ateacute o Palaacutecio Monroe

(antigo Senado) com os carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos O serviccedilo foi inaugurado em 1918 durando ateacute 1928

Em 1926 foi inaugurada a Viaccedilatildeo Excelsior concessionaacuteria de

serviccedilos de transportes pertencente a Light amp Power do Rio de Janeiro

conhecida ateacute hoje como ldquoLIGHTrdquo que detinha o monopoacutelio das linhas de

bonde para a Zona Sul (anexo 04)

ldquoA partir daiacute a LIGHT decidiu explorar o serviccedilo de ocircnibus na cidade tendo iniciado as suas atividades em 22 de novembro de 1927 adotando uma seacuterie de melhoramentos em seus ocircnibus utilizando motores diesel Esses veiacuteculos tinham dois andares e capacidade para 28 passageiros embaixo e 34 no andar de cimardquo (BARAT)

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroccedilaria de ocircnibus mais moderno montada sobre um chassis de mecacircnica

Volvo (anexo 05)

Em 1944 no periacuteodo da segunda guerra mundial devido as

dificuldades de obtenccedilatildeo de combustiacuteveis foram introduzidos os veiacuteculos

movidos a gasogecircnio (anexo 06) O serviccedilo cobria o percurso Urca-Ipanema

Em 1955 Juscelino Kubitschek foi eleito presidente da Repuacuteblica

tendo assumido o governo em 31 de janeiro de 1956

14

JK apresentou ao povo brasileiro um Plano de Metas consistindo

em investimentos em aacutereas prioritaacuterias para o desenvolvimento econocircmico

principalmente em infra-estrutura (rodovias hidreleacutetricas aeroportos e

induacutestrias)

Durante o seu periacuteodo de governo se instalaram no paiacutes grandes

montadoras de automoacuteveis como por exemplo FORD VOLKSWAGEN

WILLYS OVERLAND E GENERAL MOTORS na regiatildeo Sudeste nas cidades

de Santo Andreacute Satildeo Bernardo e Satildeo Caetano (regiatildeo do ABC) aumentando

muito as oportunidades de emprego atraindo trabalhadores de todo Brasil

Paralelamente comeccedilou o encarroccedilamento de ocircnibus no Brasil

utilizando os chassis de caminhotildees A pioneira na fabricaccedilatildeo de carrocerias no

Brasil foi a CIFERAL utilizando chassis Mercedes-Benz (anexo 07)

15

CAPIacuteTULO II

O ADVENTO DA INDUSTRIALIZACcedilAtildeO BRASILEIRA

NOS ANOS DO GOVERNO JK E A IMPLANTACcedilAtildeO DAS

MONTADORAS

Ateacute a deacutecada de 50 com o governo JK a economia brasileira se

fundava na exportaccedilatildeo de produtos primaacuterios e com isso o sistema de

transportes limitou-se aos transportes fluvial e ferroviaacuterio

Com a aceleraccedilatildeo do processo industrial na segunda metade do

seacuteculo XX a poliacutetica para o setor concentrou os recursos no setor rodoviaacuterio

As primeiras medidas concretas para a formaccedilatildeo de um sistema de

transportes no Brasil foram estabelecidas em 1934

Desde a criaccedilatildeo da primeira estrada de ferro ateacute 1946 os esquemas

viaacuterios de transporte nacional foram montados tendo por base as ferrovias

complementados pelas vias fluviais e a malha rodoviaacuteria

Esses conceitos comeccedilaram a ser modificados a partir de entatildeo

especialmente pela profunda mudanccedila que se operou na economia brasileira

quando o setor rodoviaacuterio comeccedilou a ser desenvolvido

ldquoAs primeiras rodovias brasileiras datam do seacuteculo XIX mas a ampliaccedilatildeo da malha rodoviaacuteria ocorreu no governo Vargas com a criaccedilatildeo do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) em 1937 e mais tarde com a implantaccedilatildeo da induacutestria automobiliacutestica na segunda metade da deacutecada de 1950 com a aceleraccedilatildeo do processo de industrializaccedilatildeo e mudanccedila da capital federal para Brasiacuteliardquo (SANTOS)

A partir da deacutecada 50 rede rodoviaacuteria se ampliou de forma notaacutevel

tornando-se a principal via de escoamento de carga e passageiros

16

Na deacutecada 80 o crescimento acelerado deu lugar a estagnaccedilatildeo

A perda de receitas com a extinccedilatildeo em 1988 do imposto sobre

lubrificantes e combustiacuteveis e do imposto sobre serviccedilos impediu a ampliaccedilatildeo

da rede e sua manutenccedilatildeo

Como resultado em fins do seacuteculo XX a rede rodoviaacuteria passou a

responder por 65 dos transportes de cargas e 92 do de passageiros

O crescimento do setor rodoviaacuterio ensejou a instalaccedilatildeo de novas

montadoras no pais atraveacutes da instalaccedilatildeo de outras montadoras como por

exemplo SCANIA FIAT IVECO VOLKSWAGEN CAMINHOtildeES VOLVO e

mais recentemente algumas montadoras asiaacuteticas

Em decorrecircncia da ampliaccedilatildeo do setor rodoviaacuterio deu-se a

ampliaccedilatildeo de faacutebricas em Santa Catarina e do Rio Grande do Sul

Atualmente esse setor ganhou grande desenvolvimento e condiccedilotildees

competitivas a niacutevel internacional com um alto volume de exportaccedilotildees

principalmente para os paiacuteses da Ameacuterica Latina

As principais encarroccediladoras de ocircnibus brasileiras satildeo

MARCOPOLO CAIO COMIL BUSSCAR NEOBUS e IRIZAR A induacutestria

brasileira de carrocerias eacute uma das maiores do mundo

Em 2007 o Brasil foi o terceiro maior fabricante de ocircnibus do

mundo perdendo apenas para a China (IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico 2007)

A induacutestria encarroccediladora de ocircnibus brasileira difere da dos demais

paiacuteses na qual o encarroccedilamento constitui uma etapa separada da produccedilatildeo

dos chassis de ocircnibus

Prevecirc-se para 2010 um crescimento da ordem de 19 O

faturamento do setor deveraacute crescer mais do que em 2007 perfazendo cerca

17

de R$ 72 bilhotildees com uma boa parte oriunda do setor interno desse modo

espera-se um crescimento favoraacutevel apesar da tendecircncia de desaceleraccedilatildeo da

economia internacional

O cenaacuterio conta com a estabilidade da moeda nacional (o real) e

com os financiamentos do BNDES

Devido ao poder competitivo do setor as encarroccediladoras brasileiras

estatildeo lanccedilando modelos cada vez mais modernos que nada devem aos

produtores internacionais

Diversas encarroccediladoras brasileiras jaacute contam com unidades fabris

em diversos continentes a MARCOPOLO tem faacutebricas no Meacutexico e Colocircmbia

e mais recentemente formou Joint Ventures para a instalaccedilatildeo e transferecircncia

de Know-How para a China e Iacutendia

18

CAPIacuteTULO III

A EVOLUCcedilAtildeO E A SITUACcedilAtildeO ATUAL DOS

TRANSPORTES NO BRASIL

ldquoO Brasil ao longo de sua histoacuteria permaneceu voltado para a costa do Atlacircntico com cerca de 80 da populaccedilatildeo vivendo em cidades a menos de mil quilocircmetros da costa e 82 do PIB eacute gerado nas regiotildees Sul Sudeste e Nordesterdquo (IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico 2008)

A origem desse fato deve-se principalmente as caracteriacutesticas do

relevo e da topografia do Brasil pois olhando-se o mapa do paiacutes constata-se

que a faixa mais com melhores condiccedilotildees de vida encontra-se no leste do

paiacutes

Essa situaccedilatildeo perdurou ateacute a chegada do governo JK na deacutecada de

50 quando a capital do paiacutes foi Brasiacutelia na regiatildeo Centro Oeste aacuterea em sua

maior parte formada por Estados dominados por florestas que fazem limites

com os paiacuteses andinos sem saiacuteda para o Oceano Paciacutefico

Em 1975 Jaime Lerner entatildeo Prefeito de Curitiba tendo em vista o

crescimento populacional criou um sistema de transporte baseado no conceito

BRT (Bus Rapid Transit) ndash ocircnibus articulados e biarticulados de grande

capacidade de passageiros que atualmente estaacute em operaccedilatildeo em diversas

cidades brasileiras

A mudanccedila da capital para Brasiacutelia ocasionou um grande

desenvolvimento dessa regiatildeo contribuindo tambeacutem para melhorar o sistema

de transportes rodoviaacuterios do paiacutes que hoje eacute inteiramente interligado do Sul

ateacute o Norte do paiacutes

Devido a esse fato o sistema de transporte organizou-se

predominantemente com base nas rodovias que entre todos eacute o mais oneroso

19

e poluente enquanto as hidrovias e as ferrovias tecircm custos unitaacuterios mais

baixos no entanto o modal rodoviaacuterio eacute mais adequado em relaccedilatildeo a maiores

declividades principalmente para grandes volumes de carga a grandes

distacircncias e para cargas de menor volume e distacircncias menores

Os custos ferroviaacuterios em relaccedilatildeo agraves rodovias satildeo menores nos

trajetos de extensatildeo superiores a 500 km pois os altos custos de implantaccedilatildeo

da rede feacuterrea e o tempo consumido com cargas e descargas satildeo

compensados pela economia geral do meio de transporte

Em pequenas distacircncias as vantagens satildeo do transporte rodoviaacuterio

que desloca mercadorias dos pontos de distribuiccedilatildeo ateacute os pontos de consumo

A implantaccedilatildeo de redes intermodais tende a reduzir os custos de transporte

Mesmo assim o Brasil possui um dos mais amplos sistemas de transporte com

54 portos com capacidade para mais de 500 milhotildees de toneladas por ano 31

mil quilocircmetros de ferrovias e 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovia

A partir da deacutecada de 1970 o modal rodoviaacuterio sofreu uma queda

com uma participaccedilatildeo de 70 em 1970 com uma reduccedilatildeo para 536 em

1985 mas voltando a crescer chegando a 606 em 2004

Entre 1997 e 2004 o volume de cargas transportadas pelas rodovias

cresceu apenas 141 contra 4554 pelas ferrovias que transportam a

maioria dos produtos de baixo valor agregado como por exemplo mineacuterio de

ferro o qual seria inviaacutevel se transportado por caminhotildees

Entre 2003 e 2005 a frota de locomotivas aumentou de 1895 para

2515 e a de vagotildees de 67795 para 90119 devido agrave privatizaccedilatildeo da malha

ferroviaacuteria mas mesmo assim o transporte rodoviaacuterio continua ainda sendo o

mais utilizado no Brasil embora seja o de custo operacional mais elevado em

torno de US$ 320 por 100 tkm contra US$ 074 da ferrovia e US$ 023 da

hidrovia

20

O Brasil possui 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovias e apenas

29798 quilocircmetros de ferrovias e cerca 42000 km de rios navegaacuteveis As

ferrovias transportam 24 da carga no Brasil e nos EUA cerca de 47

Levantamento feito pelo Centro de Estudos em Logiacutestica da

Universidade Federal do Rio de Janeiro concluiu que As companhias

brasileiras voltadas para o comeacutercio exterior perdem cerca de US$ 10 bilhotildees

por ano em consequumlecircncia dos problemas enfrentados na hora de transportar

mercadorias das aacutereas de produccedilatildeo ateacute os portos

ldquoOutro estudo feito pela Comissatildeo Econocircmica para a Ameacuterica Latina e o Caribe ligada agraves Naccedilotildees Unidas conclui que 35 do preccedilo final das mercadorias exportadas do Brasil e de outros paiacuteses latino-americanos se deve aos custos de transporte Nos Estados Unidos este iacutendice natildeo chega a 10rdquo (Veja Especial outubro de 2004 p 61)

Segundo levantamento da CNI Confederaccedilatildeo Nacional da Induacutestria

os custos com transporte equivalem a 1275 do PIB brasileiro enquanto nos

EUA correspondem a 820

Por deficiecircncias logiacutesticas exportar uma tonelada de soja do Brasil

para a China ndash do norte de Mato Grosso via Porto de Paranaguaacute ndash custa hoje

US$ 18 a mais do que fazer o mesmo do Estado norte-americano de Iowa Em

2007 a situaccedilatildeo se complicou com a falta generalizada de caminhotildees para o

mercado interno e de navios para o mercado externo

Poreacutem como as exportaccedilotildees estatildeo superando as importaccedilotildees

faltam contecircineres para o embarque de produtos brasileiros

Das cerca de 22 milhotildees de toneladas de produtos exportados

anualmente cerca de 95 saem pelos portos O problema comeccedila com o fato

de que a maioria das mercadorias a ser exportada chega aos portos por meio

de rodovias

21

Segundo a ANUT ndash Associaccedilatildeo Nacional dos Usuaacuterios de

Transportes de Carga em 2004 as empresas brasileiras desembolsaram US$

12 bilhatildeo em pagamentos por atrasos no embarque e desembarque de

mercadorias nos portos brasileiros

Na margem esquerda do porto de Santos haacute um problema de

lentidatildeo de escoamento pois existem mais de 6000 moradias irregulares

margeiam os trilhos obrigando os trens a reduzir a velocidade de 80 para 10

quilocircmetros por hora causando um acreacutescimo de custo na ordem de 34

quando nos Estados Unidos essa margem natildeo ultrapassa os 20

ldquoOs Estados da regiatildeo Centro Sul produzem 13 milhotildees de toneladas anuais de gratildeos cerca de 9 milhotildees saem do Estado por rodovias 80 delas sem pavimentaccedilatildeo portanto estaacute dependendo da conclusatildeo da Ferronorte e das Hidrovias Paranaacute Paraguai e Araguaia Tocantins para baixar seus custos de transporterdquo (Veja 17102001 p 146-147)

22

CAPIacuteTULO IV

ESTUDO DE CASOS SISTEMA DE TRANSPORTES DE

CURITIBA UBERLAcircNDIA GOIAcircNIA SAtildeO PAULO E

RIO DE JANEIRO

41 Curitiba

A cidade de Curitiba eacute conhecida internacionalmente pelo eficiente e

inovador sistema de transporte coletivo Como todas as ideacuteias novas o sistema

que possibilitou a integraccedilatildeo urbana de Curitiba foi cercado de duacutevidas Mas ao

longo dos anos foi comprovado que a criatividade foi mais eficaz que o

ceticismo

411 Bonde a cavalos

Em 1887 a Empreza Curitybana dirigida por Boaventura Capp

disponibilizou o primeiro bonde puxado por animais ligando a Boulevard 2 de

Julho (atual iniacutecio da Avenida Joatildeo Gualberto) ao bairro do Batel Esta foi a

pedra fundamental de parte da identidade mais latente da cidade de Curitiba o

transporte coletivo Naquele periacuteodo o passeio pela pacata Curitiba tinha

caracteriacutestica mais poeacutetica e os bondes davam o toque de charme (anexo 09)

A viagem inaugural dos primeiros bondes foi um dos maiores

acontecimentos da eacutepoca

Os jornais locais divulgaram com orgulho a partida dos quatro

vagotildees que contavam com ilustres passageiros como o presidente da proviacutencia

Faria Sobrinho

23

412 Bondes eleacutetricos

Apesar de o bondinho ter o objetivo de atender agraves massas ele era

dividido em duas categorias Na primeira classe era obrigatoacuterio que os

passageiros estivessem calccedilados Jaacute no bond mixto como era conhecida a

pessoa podiam viajar sem sapatos

O panorama do transporte coletivo da cidade mudou com a

introduccedilatildeo dos bondes eleacutetricos a partir 1912 Os primeiros bondes puxados

por mulas foram vendidos e amontoados no depoacutesito de ferro-velho em

Paranaguaacute

A mudanccedila foi necessaacuteria jaacute que o nuacutemero de passageiros

aumentou de 680 mil em 1903 para 19 milhatildeo por ano em 1913 a cidade

crescia rapidamente poreacutem de maneira desordenada

413 Os primeiros ocircnibus

Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia

Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo Dois anos

mais tarde comeccedilaram a aparecer as linhas particulares de ocircnibus apesar dos

bondes ainda serem a preferecircncia da populaccedilatildeo

Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto

da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bondes perderam

espaccedilo mas apesar das passagens mais caras o novo veiacuteculo era mais

confiaacutevel e seguro

Em 1951 saiacuteram de circulaccedilatildeo os uacuteltimos bondes dando lugar agraves

auto-lotaccedilotildees

Uma das grandes revoluccedilotildees no setor ocorreu em 1955 quando o

municiacutepio estabeleceu contratos de concessatildeo com 13 empresas

24

Naquela eacutepoca a cidade era atendida por 50 ocircnibus e 80 lotaccedilotildees

Em 1965 foi editado o Plano Diretor de Transportes de Curitiba estabelecendo

as vias estruturais que serviram como eixos base para movimentaccedilatildeo urbana

O plano foi considerado um dos mais perfeitos do mundo

Devido ao bom planejamento mesmo 15 anos depois os 673 ocircnibus

da capital paranaense transportavam 515 mil pessoas diariamente

A frota do transporte coletivo representava apenas 2 dos veiacuteculos

que trafegavam em Curitiba e era responsaacutevel pelo transporte de 75 das

pessoas que se locomoviam

Como a cidade crescia rapidamente em pouco tempo o sistema

tradicional estaria obsoleto e ineficaz para atender tanta gente Era necessaacuterio

algo de novo A soluccedilatildeo foi a implantaccedilatildeo dos ocircnibus expressos esse sistema

foi um dos grandes responsaacuteveis pelo avanccedilo no atendimento do transporte

coletivo

Natildeo se tratava somente de uma nova categoria de veiacuteculo mas

acima de tudo um sistema de transporte para meacutedias distacircncias que possuiacutea

via exclusiva

A primeira etapa foi agrave implantaccedilatildeo das canaletas exclusivas onde

circulavam os ocircnibus convencionais

O Departamento de Pesquisa de Veiacuteculos da Faculdade de

Engenharia Industrial de Satildeo Bernardo dos Campos (SP) apresentou ao

IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba) o primeiro

modelo de ocircnibus para atender as novas necessidades de transporte urbano

Batizado de Uiraquitan em homenagem ao nome indiacutegena dado ao primeiro

carro fabricado no Brasil foi projetado especialmente para o sistema viaacuterio de

Curitiba

25

414 Os primeiros ocircnibus expressos

Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo

nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimental os 20

primeiros expressos A frota partiu da Praccedila Generoso Marques para atender

passageiros do Eixo NorteSul Em um dos ocircnibus de inconfundiacutevel cor

vermelha o prefeito Jaime Lerner idealizador do projeto desde o tempo em que

era presidente do IPPUC ndash INSTITUTO DE PESQUISAS E PLANEJAMENTO

URBANO DE CURITIBA noticiava agrave imprensa a satisfaccedilatildeo de ver sua grande

obra em funcionamento

Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde

foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e caixas de correio

aleacutem da pista proacutepria o expresso foi comparado a um metrocirc na superfiacutecie Em

meacutedia todos os meses 19 milhatildeo de pessoas utilizavam o novo sistema de

transporte

As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi

crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento populacional e de

infra-estrutura da cidade Em 1980 Curitiba foi a primeira capital a adotar a

tarifa social O preccedilo da passagem era uacutenico independente do trecho da

viagem Com esta vantagem tambeacutem foi colocada em praacutetica a campanha Eacute

com esse que eu vou incentivando a populaccedilatildeo a deixar os carros em casa e

utilizar o veiacuteculo coletivo O preccedilo do petroacuteleo aumentava cada vez mais por

conta da crise mundial de combustiacuteveis

Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a

utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar a passagem

uacutenica Os usuaacuterios podiam trocar de linha dentro dos terminais sem pagar nova

passagem Com isto se consolidou a RIT (Rede Integrada de Transporte) Em

1980 os ocircnibus articulados com capacidade 80 maior comeccedilaram a

substituir gradativamente os antigos expressos Isto significou economia de

combustiacutevel em 46 e reduccedilatildeo de custo de 21 por passageiro transportado

26

Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS

(Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistema e passou a

ser a concessionaacuteria e as empresas operadoras as permissionaacuterias

Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia

incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas

alimentadoras para os usuaacuterios se deslocarem nos cinco eixos atendidos pelos

expressos 239 linhas em todo o sistema A RIT atendia em 1990 54 do total

de usuaacuterios do sistema iacutendice que chegou a 84 em 1995

Em outubro de 1991 sob encomenda da URBS a Volvo comeccedilou a

desenvolver o primeiro ocircnibus bi-articulado brasileiro batizado de Metrobuacutes

com 25 metros de comprimento e capacidade para transportar ateacute 270

passageiros

Neste periacuteodo foi implantada uma das maiores novidades do

transporte coletivo naquela deacutecada Foram criadas as Linhas Diretas servidas

por veiacuteculos de cor cinza popularmente chamados de Ligeirinhos (anexo 15)

Atraveacutes das rampas de acesso no lugar das escadas eles

permitiram o embarque e desembarque de passageiros atraveacutes das estaccedilotildees-

tubo que serviam como pequenos terminais possibilitando ao usuaacuterio a troca

de linhas sem pagar nova passagem

Os Bi-articulados comeccedilaram a substituir tambeacutem os ocircnibus

utilizados nas linhas do Express

As melhorias foram sendo colocadas em praacutetica como o sistema de

aviso de paradas

A cada saiacuteda de uma estaccedilatildeo-tubo o sistema eacute automaticamente

acionado para informar aos passageiros qual eacute o ponto seguinte e quais portas

27

deveratildeo ser utilizadas para o desembarque Sistema parecido com o usado por

alguns metrocircs em diversos lugares do mundo

Em 1996 a RIT ultrapassou as fronteiras e passou a atender a

Regiatildeo Metropolitana Em 1999 o Sistema Expresso comemorou 25 anos com

a inauguraccedilatildeo da linha Bi-articulada Circular Sul

Para relembrar o comeccedilo de tudo uma reacuteplica do primeiro ocircnibus

expresso de 1974 circulou do Terminal Capatildeo Raso ateacute a Praccedila Generoso

Marques transportando o entatildeo governador Jaime Lerner e o prefeito Caacutessio

Taniguchi

Foi como uma viagem no tempo para Lerner e para muitos

curitibanos que acompanharam o desenvolvimento do transporte coletivo da

cidade repleto de inovaccedilotildees e empreendedorismo para acompanhar o

crescimento urbano

Em 2000 a substituiccedilatildeo de 87 veiacuteculos articulados por 57 de maior

porte no eixo lesteoeste demonstrou que no sistema adotado por Curitiba

novidades satildeo sempre implantadas sem a necessidade de investimentos

incompatiacuteveis com a realidade da cidade

Os avanccedilos sociais marcam a histoacuteria recente do transporte coletivo

curitibano

Em 2005 o prefeito Beto Richa determinou o enxugamento de

despesas do sistema e o corte de dez centavos na tarifa reduzida para R$

180

Hoje 2 milhotildees de passageiros utilizam diariamente o Sistema

Integrado de Transporte Coletivo composto por 1980 ocircnibus que atendem 395

linhas O sistema eacute responsaacutevel pelo emprego direto de 15 mil pessoas entre

motoristas cobradores fiscais mecacircnicos entre outros profissionais

28

Com a construccedilatildeo da Linha Verde o Sistema de Transportes de

Curitiba estaacute em expansatildeo essa via uniraacute a cidade no trecho urbano na antiga

BR-116 melhorando o tracircnsito e os transportes em Curitiba

42 Uberlacircndia

A cidade de Uberlacircndia no Estado de Minas Gerais conta um

Sistema Integrado de Transporte Urbano (SIT) que racionalizou o uso dos

transportes urbanos com a unificaccedilatildeo do preccedilo das passagens aleacutem disso o

usuaacuterio natildeo paga mais duas passagens para chegar no local desejado

contando com um transporte coletivo 100 integrado e monitorado (GPRS)

administrado pela prefeitura

O sistema eacute dotado de bilhetagem eletrocircnica A maioria dos

veiacuteculos tecircm elevador para facilitar o acesso de deficientes fiacutesicos

O sistema eacute composto por seis terminais

bull Central

bull Santa Luzia

bull Planalto

bull Umuarama

bull Terminal Industrial (distrito industrial de Uberlacircndia)

O sistema conta com treze estaccedilotildees de embarque e desembarque

de passageiros interligando a regiatildeo central (Terminal Central) de Uberlacircndia

ao Anel Rodoviaacuterio (Terminal Santa Luzia) proporcionando um raacutepido acesso

agraves principais rodovias em torno do municiacutepio

43 Goiacircnia

A Prefeitura de Goiacircnia tem buscado soluccedilotildees inovadoras no que diz

respeito aos problemas que envolvem os transportes urbanos da cidade A

primeira grande mudanccedila no sistema de transportes coletivos da regiatildeo

29

metropolitana de Goiacircnia ocorreu em 1976 quando da implantaccedilatildeo do sistema

tronco-alimentador que se baseava em linhas troncais e alimentadoras atraveacutes

de terminais de integraccedilatildeo com a exploraccedilatildeo e operaccedilatildeo das linhas por

empresas concessionaacuterias privadas

No ano seguinte agrave sua implantaccedilatildeo o sistema possibilitou o

transporte de 35 milhotildees de passageiros nuacutemero que cresceu a uma taxa de

5 ao ano ateacute 1984 atingindo a meacutedia anual de 100 milhotildees de passageiros

No periacuteodo entre 1985 e 1991 a quantidade de passageiros

transportados continuou aumentando ateacute atingir o patamar de 250 milhotildees de

passageirosano em funccedilatildeo do aumento da demanda por transporte coletivo

urbano ocorrido em todo o paiacutes

Os problemas inflacionaacuterios de 1992 a 1994 e a diminuiccedilatildeo do poder

aquisitivo provocaram a queda da demanda para 200 milhotildees de

passageirosano

O sistema de transportes urbanos de Goiacircnia estaacute em expansatildeo

com a previsatildeo de entrada em operaccedilatildeo do Metrocirc de Superfiacutecie que contaraacute

com ocircnibus articulados e biarticulados de grande capacidade de passageiros

Visando a implantaccedilatildeo dessa via de superfiacutecie estaacute sendo testado o

modelo de ocircnibus biarticulado VOLVO B9 SALF (anexo 20) com grande

capacidade para transportar 270 passageiros Esse mesmo modelo estaacute em

operaccedilatildeo no Sistema Transantiago na capital chilena

44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro

441 Satildeo Paulo

A histoacuteria da cidade de Satildeo Paulo eacute marcada pela implantaccedilatildeo da

ferrovia mas a histoacuteria dos transportes puacuteblicos iniciada agrave mesma eacutepoca tem

30

nos tiacutelburis carros de duas rodas puxados por um cavalo sua primeira

apariccedilatildeo com a inauguraccedilatildeo em 1872 pela Companhia Carris de Ferro de Satildeo

Paulo da primeira linha de bondes puxados a burro

A primeira linha de bonde eleacutetrico foi inaugurada no iniacutecio do seacuteculo

XX em 7 de maio de 1900 ligando o largo de Satildeo Bento agrave Barra Funda Foi um

empreendimento da Satildeo Paulo Railway Light and Power Company LTd que

recebeu por transferecircncia a concessatildeo para organizar construir e operar

linhas de bonde por traccedilatildeo eleacutetrica para diversos pontos da cidade e seus

subuacuterbios durante 40 anos

Os primeiros auto-ocircnibus surgiram na cidade na deacutecada de 20

complementando a alternativa ao bonde que sofria as limitaccedilotildees de rede

energia e investimentos

Nos anos 30 a capital de Satildeo Paulo jaacute era considerada um grande

centro urbano e convivia com um tracircnsito agitado O Plano de Avenidas do

Prefeito Prestes Maia indicava a expressiva influecircncia do automoacutevel na vida e

na estrutura da cidade

A Comissatildeo de Estudos de Transportes Coletivos instituiacuteda em

1939 pocircs em discussatildeo a organizaccedilatildeo do transporte como serviccedilo puacuteblico e as

vantagens do monopoacutelio governamental lanccedilando as bases para a constituiccedilatildeo

de uma empresa municipal responsaacutevel pelo transporte coletivo

O nuacutemero de ocircnibus em Satildeo Paulo em 1941 superou os mil

enquanto o de bondes manteve-se em 500 Assim eram os ocircnibus que

transportavam a maior parte dos passageiros Trinta e sete empresas

particulares exploravam 90 linhas que circulavam pelo municiacutepio

Em 1946 atraveacutes do Decreto-Lei no 365 de 10 de outubro de 1946

o Prefeito Abrahatildeo Ribeiro autorizou a constituiccedilatildeo de uma empresa

31

responsaacutevel pelo transporte puacuteblico criando-se entatildeo a Companhia Municipal

de Transportes Coletivos ndash CMTC (anexo 10)

Em 1947 a Prefeitura determinou a transferecircncia do patrimocircnio da

Light relativo ao serviccedilo para a nova companhia e decidiu que as empresas

privadas passariam a operar somente as linhas de ocircnibus fora do periacutemetro

urbano

Em 1975 a COMPANHIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES

COLETIVOS - CMTC operava apenas 14 da frota de ocircnibus da cidade

Um novo contrato de concessatildeo foi firmado entre Prefeitura e CMTC

permitindo a contrataccedilatildeo os serviccedilos de transporte coletivo de passageiros em

23 aacutereas de operaccedilatildeo Assim uma mudanccedila efetiva ocorreu no sistema e no

mercado de transporte coletivo da cidade restituindo em parte agrave CMTC o seu

outro papel o de gestora do sistema

Nos anos 80 aleacutem de inovaccedilotildees operacionais e tecnoloacutegicas

promovidas pela CMTC - o Programa Troleibus a implantaccedilatildeo dos corredores

de ocircnibus em faixa exclusiva e a utilizaccedilatildeo de ocircnibus movidos a gaacutes metano e

natural- a gestatildeo do serviccedilo de transporte puacuteblico voltou a ser alvo da atenccedilatildeo

da administraccedilatildeo municipal tendo resultado inclusive em intervenccedilotildees

administrativas e gerenciais em algumas empresas operadoras

A relaccedilatildeo entre as empresas operadoras e a municipalidade passou

por nova e importante alteraccedilatildeo a partir do processo de municipalizaccedilatildeo

quando atraveacutes da Lei no 11037 1991 o sistema de remuneraccedilatildeo do

serviccedilo passou a ser feito pelo custo dos serviccedilos passando a operadora a ser

remunerada diretamente pela apropriaccedilatildeo da tarifa paga pelo passageiro

O serviccedilo contratado pela Prefeitura e operado pelas empresas eacute

remunerado conforme a afericcedilatildeo dos custos incorridos na prestaccedilatildeo do serviccedilo

A tarifa definida conforme paracircmetros econocircmicos e poliacuteticos passou a

32

pertencer a administraccedilatildeo municipal constituindo-se na principal fonte de

recursos para o pagamento do serviccedilo agraves empresas contratadas pela

operaccedilatildeo

No iniacutecio de 1993 a CMTC desempenhava ao mesmo tempo as

funccedilotildees de gestora do sistema de transporte coletivo e de operadora detendo

cerca de 27 de participaccedilatildeo no setor

A administraccedilatildeo tinha por objetivo a racionalizaccedilatildeo da operaccedilatildeo e

reduccedilatildeo do deacuteficit previsto pela manutenccedilatildeo da administraccedilatildeo da CMTC como

empresa operadora

A alteraccedilatildeo do perfil da frota da quantidade de ocircnibus e de

funcionaacuterios eram medidas indicadas que exigiriam altos investimentos e natildeo

gerariam necessariamente reduccedilatildeo de custos Optou-se entatildeo por encerrar

as atividades operacionais da antiga CMTC atraveacutes da privatizaccedilatildeo de toda a

operaccedilatildeo dos 2700 ocircnibus e das respectivas garagens reduzindo o quadro de

pessoal de 27 mil para cerca de 1200 empregados Esse processo se valeu da

flexibilidade do mesmo modelo de gestatildeo estabelecido pela Lei No 11037

91

A forma de remuneraccedilatildeo dos serviccedilos prestados pelas empresas

contratadas foi inovada alterando-se o criteacuterio anterior de pagamento

calculado pelo custo do quilocircmetro rodado por um valor limite por passageiro

transportado

A antiga CMTC foi entatildeo transformada na Satildeo Paulo Transporte

SA- SPTRANS nova denominaccedilatildeo adotada em 8 de marccedilo de 1995 para a

empresa que ficou voltada somente agrave gestatildeo do sistema de transporte da

cidade

Atualmente com o crescimento das aacutereas urbanas da cidade

tornou-se necessaacuterio ampliar a aacuterea viaacuteria do municiacutepio atualmente estaacute em

33

fase de conclusatildeo o anel rodoviaacuterio da grande Satildeo Paulo e do rodoanel vias

que depois de prontas desafogaratildeo o traacutefego de veiacuteculos na cidade

O sistema Metropolitano operado pela Companhia do Metropolitano

de Satildeo Paulo tambeacutem estaacute em expansatildeo e contribuiraacute para atender o aumento

da demanda de transportes urbanos na maior cidade do Brasil

442 Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro capital do estado homocircnimo eacute a segunda maior

metroacutepole do Brasil situada na regiatildeo Sudeste

Eacute a cidade brasileira mais conhecida no exterior e a maior rota de

turismo internacional no Brasil

A parte urbana do Municiacutepio do Rio de Janeiro recebeu a

denominaccedilatildeo de GRANDE RIO pela Lei complementar nordm 20 pela Lei

Complementar nordm 20 de 01 de julho de 1974 apoacutes a fusatildeo dos antigos estados

do Rio de Janeiro e Guanabara

Aleacutem da parte urbana da cidade existe tambeacutem a REGIAtildeO

METROPOLITANA II DO RIO DE JANEIRO que abrange os municiacutepios de

Niteroacutei Satildeo Gonccedilalo Itaboraiacute Rio Bonito e Tanguaacute

A cidade foi capital do Brasil Colocircnia a partir de 1763 capital do

Impeacuterio Portuguecircs na eacutepoca das invasotildees de Napoleatildeo capital do Impeacuterio do

Brasil e capital da Repuacuteblica ateacute a inauguraccedilatildeo de Brasiacutelia na deacutecada de 60

As primeiras vias na regiatildeo onde hoje estaacute situada a Cidade do Rio

de Janeiro foram abertas pelos Tamoios com objetivos estrateacutegicos e de

defesa Eram veredas no interior da floresta e dirigiam-se ao interior em direccedilatildeo

agrave Serra do Mar (Santos 1934) Os rios e a Baiacutea de Guanabara eram as outras

vias naturais utilizadas por eles

34

Ateacute os primeiros anos do seacuteculo XIX o espaccedilo urbano da Cidade do

Rio de Janeiro limitava-se ao quadrilaacutetero formado pelos Morros do Castelo

Satildeo Bento Santo Antocircnio e da Conceiccedilatildeo De acordo com Abreu (1987) este

chatildeo fora duramente conquistado agrave natureza aterrando-se brejos e mangues

nos trecircs primeiros seacuteculos de existecircncia da cidade Considerando-se os limites

da cidade de entatildeo como sendo ao norte o Campo de Santana ao sul o Largo

do Machado e a regiatildeo de Mata Cavalos (hoje Rua do Riachuelo) e que natildeo

existiam ateacute entatildeo meios de transporte coletivo pode-se afirmar que a maioria

dos deslocamentos eram realizados a peacute em carro de bois eou no lombo de

animais Soacute posteriormente foram introduzidos as andas as redes e os

palanguins

Segundo Dunlop (1973) estes meios de transportes eram como

uma cama suspensa em longo varal conduzida nos ombros por escravos um

agrave frente outro agrave retaguarda

Para as viagens de longa distacircncia neste periacuteodo aqueles que

desejavam ir agraves Minas Gerais Satildeo Paulo ou ao interior do paiacutes tinham que

realizar por exemplo viagens que envolviam animais barcos e comeccedilavam

realizando um percurso pela Baiacutea de Guanabara

Com a chegada da famiacutelia real portuguesa por volta de 1808 foram

trazidas pela corte os coches carruagens seges e o cabriolet

Considerando-se os limites urbanos da cidade bem como as

caracteriacutesticas daquela sociedade colonial portuguesa nos troacutepicos pode-se

afirmar que somente as pessoas de posse ou que possuiacuteam seus proacuteprios

meios de transportes tinham condiccedilatildeo e direito de deslocar-se agraves localidades

mais afastadas do centro histoacuterico da cidade ou empreenderem viagens mais

longas

O transporte puacuteblico soacute foi introduzido na cidade por volta de 1817

com a adoccedilatildeo das Gocircndolas e Diligecircncias veiacuteculos de transporte coletivo

35

puxado agrave burros eou cavalos muito utilizados por todos que necessitavam

deslocar-se dentro do periacutemetro urbano Estes veiacuteculos operavam o transporte

de passageiros entre o centro da cidade e o Palaacutecio da Boa Vista em Satildeo

Cristoacutevatildeo e de Santa Cruz na Fazenda Real por concessatildeo

Dunlop (1973) esclarece que os primeiros ocircnibus tambeacutem puxados

por quatro animais comeccedilaram a trafegar no Rio em 1837 ou 1838 por

iniciativa do francecircs Jean Lecoqrdquo

Eram carros compridos () com dois bancos longitudinais

semelhantes aos bondes fechados da Botanical Garden que aqui surgiram

trinta anos mais tarde Transportavam de vinte a vinte e quatro passageiros

A denominada Companhia de Ocircnibus ainda segundo Dunlop

oferecia serviccedilos para os bairros de Botafogo Laranjeiras Satildeo Cristoacutevatildeo

Andaraiacute Pequeno - hoje Tijuca - Rio Comprido e Engenho Velho Estes

serviccedilos contribuiacuteram muito para o desenvolvimento e crescimento destes

bairros oferecendo uma opccedilatildeo de moradia agravequeles que desejavam sair do

centro histoacuterico aacuterea jaacute conturbada entatildeo

Destaca-se o papel exercido pelos trens agrave partir de 1858 com a

construccedilatildeo da Estrada de Ferro D Pedro II posteriormente denominada E F

Central do Brasil Este novo meio de transporte ofereceu pela primeira vez

uma maneira veloz e confiaacutevel que alcanccedilava longas distacircncias e circulava em

horaacuterios preacute-estabelecidos e regulares Inicialmente usado somente para o

transporte de cargas - para escoar a produccedilatildeo de cafeacute do Vale do Paraiacuteba em

direccedilatildeo ao Porto do Rio de Janeiro - e para o transporte de passageiros de

longa distacircncia

Outras ferrovias seguiram-se a esta primeira tais como a The

Leopoldina Railway Company (depois E F Leopoldina) E F Rio DOuro (hoje

Linha 2 do Metrocirc) E F Melhoramentos do Brasil (depois Linha Auxiliar da

36

Central do Brasil) Todas foram unificadas na Rede Ferroviaacuteria Federal SA

(1957)

ldquoO trem favoreceu o surgimento dos bairros mais afastados do centro na periferia no que posteriormente veio a ser conhecido como os subuacuterbios ferroviaacuterios da Central do Brasil Contribuiu muito tambeacutem para o desenvolvimento dos municiacutepios da Baixada Fluminense e da periferia distante do centro da Cidade do Rio de Janeirordquo (ABREU 1987)

O bonde inicialmente em traccedilatildeo animal e posteriormente

eletrificado foi o meio de transporte que juntamente com os ocircnibus tambeacutem

em traccedilatildeo animal favoreceu o crescimento e desenvolvimento da cidade O

trem chegava ateacute as estaccedilotildees mas era o bonde que circulava no interior do

bairro

Em 1859 circulou o primeiro bonde puxado a burro na cidade do

Rio de Janeiro ligando o Largo do Rocio ao Alto da Boa Vista Esta linha era

controlada pela Cia Carris de Ferro cuja exploraccedilatildeo fora concedida ao

empresaacuterio inglecircs Thomas Cochrane em 1856

Outras empresas vieram em seguida como a Botanical Garden

Railroad Company posteriormente Cia Ferro Carril do Jardim Botacircnico ou a

Rio de Janeiro Street Railroad Company posteriormente Cia Satildeo Cristoacutevatildeo

O Baratildeo de Drumond por sua vez obteve uma concessatildeo para

explorar a Companhia Ferro Carril de Vila Isabel para atender aos bairros do

Andarahy Grande (Andaraiacute Vila Isabel Grajauacute e Maracanatilde) Satildeo Francisco

Xavier e Engenho Novo

ldquoA criaccedilatildeo desta empresa estava fortemente ligada a abertura do bairro de Vila Isabel nas terras da entatildeo Fazenda do Macaco de propriedade da famiacutelia imperial caracterizando um empreendimento conjugado (transporteloteamento)rdquo (Abreu 1987)

37

Os bondes foram substituiacutedos na deacutecada de 1960 pelos ocircnibus

eleacutetricos denominados de troleibus ou chifrudos pela populaccedilatildeo por causa

da forma de captaccedilatildeo de energia eleacutetrica da rede aeacuterea

Apoacutes breve periacuteodo em operaccedilatildeo pela CTC os troleibus foram

substituiacutedos pelos ocircnibus agrave diesel da mesma companhia estadual

O uso das barcas como meio de transporte e passageiros no

contexto da Regiatildeo Metropolitana destacando-se pela existecircncia de uma via

natural a Baiacutea de Guanabara e a costa oceacircnica firmando-se como transporte

regular agrave partir do ano de 1853 com a implantaccedilatildeo da Cia de Navegaccedilatildeo de

Niteroacutei

Ao longo dos anos foram transportadas cargas veiacuteculos e

passageiros sendo reconhecido como um meio eficiente na ligaccedilatildeo entre as

cidades do Rio de Janeiro e Niteroacutei

Apoacutes a construccedilatildeo da Ponte Rio - Niteroacutei sua importacircncia foi

diminuindo ano a ano apesar de toda sua potencialidade instalada

Outras ligaccedilotildees natildeo soacute para a aacuterea central de Niteroacutei podem ser

melhor exploradas com impactos favoraacuteveis no sistema de transporte como

um todo e para o meio ambiente

Afinal todas as localidades das cidades eou bairros situadas agraves

margens da baiacutea ou na costa do estado satildeo potencialmente habilitadas a

serem servidas por barcas

Falar em transportes urbanos significa tambeacutem falar em problemas

de tracircnsito e engarrafamentos que eacute um dos maiores vilotildees da agitada do

Seacuteculo XXI

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

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66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 6: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

6

METODOLOGIA

O conteuacutedo apresentado foi coletado com base em observaccedilotildees de

campo nas ruas da cidade do Rio de Janeiro por onde circulam os meios de

transporte da cidade de forma presencial por ser um eficiente campo de coleta

de dados a respeito aleacutem de pesquisas realizadas na bibliografia na

bibliografia citada

Tambeacutem foram coletadas observaccedilotildees feitas no Sistema

Metropolitano do Rio de Janeiro e no Sistema de Trens urbanos

7

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I

O histoacuterico dos transportes no Brasil 12

CAPIacuteTULO II

O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a

implantaccedilatildeo das montadoras 15

CAPIacuteTULO III

A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18

CAPIacuteTULO IV

Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia

Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22

CAPIacuteTULO V

Legislaccedilatildeo de transportes 51

CONCLUSAtildeO 58

BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 IacuteNDICE 66 ANEXOS 67

8

INTRODUCcedilAtildeO

Podemos dizer que em siacutentese transporte eacute o movimento de

pessoas ou coisas de um lugar para outro Os transportes podem se distinguir

pela possessatildeo onde o transporte puacuteblico eacute destinado a qualquer pessoa e o

privado eacute restringido somente a quem os adquiriu

Atualmente o Brasil conta com uma moderna induacutestria de

transportes com um grande e soacutelido parque industrial nesse setor formado por

grandes montadoras como por exemplo FORD VOKSWAGEN GENERAL

MOTORS MERCEDES-BENZ SCANIA VABIS AGRALE e a RANDON

Mais recentemente instalaram-se no Brasil outras montadoras

destacando-se a VOLVO FIAT IVECO e VOLKSWAGEN que implantou uma

unidade fabril em Resende no Estado do Rio de Janeiro onde produz chassis

para caminhotildees e ocircnibus

Devido a carecircncia de veiacuteculos de transportes no Brasil os primeiros

veiacuteculos fabricados no paiacutes foram caminhotildees cujas plataformas foram

utilizadas para produzir os primeiros ocircnibus encarroccedilados no paiacutes

Para implantar a poliacutetica de transportes no Brasil foi criado em 1965

o GEIPOT ndash Grupo Executivo de Integraccedilatildeo da Poliacutetica de Transportes

vinculado ao Ministeacuterio de Viaccedilatildeo e Obras Puacuteblicas (atual Ministeacuterio dos

Transportes) na gestatildeo do Ministro Luacutecio Meira

Os objetivos do GEIPOT estabelecidos por lei foram o de prestar

apoio teacutecnico e administrativo aos oacutergatildeos do Poder Executivo com o objetivo

de formular orientar coordenar e executar a Poliacutetica Nacional de Transportes

nos seus diversos modais bem como promover executar e coordenar

atividades de estudos e pesquisas necessaacuterios ao planejamento dos

Transportes no paiacutes transformando-se em um centro de referecircncia

internacional para os estudos de Transportes no Brasil

9

Essa poliacutetica proporcionou a implantaccedilatildeo de induacutestrias

complementares que hoje produzem desde autopeccedilas ateacute sofisticados

modelos de carrocerias para ocircnibus que ganharam o mercado externo

contribuindo tambeacutem para a instalaccedilatildeo do moderno sistema de Transportes de

Massas atraveacutes do sistema (BRT) BUS RAPID TRANSIT ndash Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido implantado na cidade de Curitiba em 1974 na gestatildeo do Prefeito Jaime

Lerner dando ao Brasil o privileacutegio de ser o primeiro paiacutes do mundo a implantar

um sistema desse tipo conquistando diversos precircmios internacionais e

exportando Know-How para diversos paiacuteses

O GEIPOT existiu durante 36 anos poreacutem com a reestruturaccedilatildeo do

Setor de Transportes no ano de 2001 esse oacutergatildeo colaborou no

acompanhamento e na realizaccedilatildeo de anaacutelises teacutecnicas do projeto de Lei nordm

161599 consolidado na Lei nordm 10233 de 05062001 que criou o Conselho

Nacional de Integraccedilatildeo de Poliacutetica de Transportes Terrestres (CONIT) a

Agecircncia Nacional de Transportes Aquaviaacuterios (ANTAQ) a Agecircncia Nacional de

Transportes Terrestres (ANTT) e o Departamento Nacional de Infra-Estrutura

de Transportes (DNIT) Com a criaccedilatildeo dessas Agecircncias reguladoras o

GEIPOT foi extinto pela Medida Provisoacuteria nordm 427 de 09052008 convertida na

Lei nordm 117722008

Os sistemas de transportes de massas nas grandes cidades

brasileiras estatildeo saturados atingindo ateacute mesmo a rede dos serviccedilos de Metrocirc

No entanto esses problemas podem ser resolvidos a curto e meacutedio

prazo com estudos teacutecnicos e recomendaccedilotildees teacutecnicas para a implantaccedilatildeo de

novos serviccedilos de transporte de massas que atendam as necessidades da

populaccedilatildeo dos grandes centros

Fato semelhante ocorreu em um passado relativamente recente em

1975 na cidade de Curitiba e que foi equacionado na gestatildeo do Prefeito Jaime

Lerner com a implantaccedilatildeo do Sistema BRT ndash BUS RAPID TRANSIT (Ocircnibus de

10

tracircnsito raacutepido) que consiste na utilizaccedilatildeo de ocircnibus articulados e biarticulados

com grande capacidade de transporte de passageiros

Conforme ressaltado o Brasil foi pioneiro nesse sistema Atualmente

outros paiacuteses implantaram esse modelo com destaque para o SISTEMA

TRANSMILEcircNIO implantado na Colocircmbia

Jaacute existem estudos teacutecnicos relativos a implantaccedilatildeo desse sistema

na cidade do Rio de Janeiro com a criaccedilatildeo e a implantaccedilatildeo de corredores

rodoviaacuterios usando o sistema BRT para racionalizar e equacionar o problema

existente

Dentro deste escopo este texto foi elaborado em cinco capiacutetulos

partindo do histoacuterico dos transportes no Brasil destacando os seguintes

pontos

O capiacutetulo 1 refere-se agrave histoacuteria e o desenvolvimento inicial dos

transportes em terras brasileira estaacute diretamente relacionada com a cidade do

Rio de Janeiro por ter sido esta a capital do impeacuterio e posteriormente da

repuacuteblica

Descrevo no capiacutetulo 2 o grande salto na aacuterea de transportes que

ocorreu no Brasil a partir da deacutecada de 50 com o advento do governo JK

atraveacutes da instalaccedilatildeo de diversas montadoras estrangeiras

No capiacutetulo 3 abordo a implantaccedilatildeo ocorrida em 1975 na cidade de

Curitiba na gestatildeo do Prefeito Jaime Lerner que criou e implantou um sistema

de transporte de massas chamado ldquoBRTrdquo (Ocircnibus de tracircnsito raacutepido) com

grande capacidade de transporte de passageiros

O capiacutetulo 4 cita a expansatildeo do sistema BRT em Curitiba foi

tambeacutem implantada nas cidades de Uberlacircndia Goiacircnia e Satildeo Paulo

implantaram sistemas semelhantes

11

No capiacutetulo 5 comento que a legislaccedilatildeo relativa a operacionalidade

de transportes estaacute a cargo das Agecircncias reguladoras do Governo

12

CAPIacuteTULO I

O HISTOacuteRICO DOS TRANSPORTES NO BRASIL

Por ter sido a capital do impeacuterio e posteriormente da repuacuteblica a

cidade do Rio de Janeiro sempre esteve na vanguarda das inovaccedilotildees em

serviccedilos para a populaccedilatildeo (NERU 1987a)

O Rio de Janeiro foi a primeira cidade brasileira a ter iluminaccedilatildeo

eleacutetrica telefone e tambeacutem ocircnibus motorizado

O primeiro meio de transporte coletivo na cidade do Rio de Janeiro

foi a serpentina que era um meio de transporte utilizado pelas famiacutelias

abastadas do princiacutepio do seacuteculo XIX (anexo 1)

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos (anexo 2)

A Companhia de Ocircnibus concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por

iniciativa de Aureliano de Sousa e Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva

Joseacute Ribeiro da Silva Manoel Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este

uacuteltimo foi constituiacutedo agente da companhia e fez contato com capitalistas que

se interessassem em investir

As linhas da companhia partiam do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

Posteriormente foi inaugurado o primeiro serviccedilo de bondes

eleacutetricos do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul (anexo 3)

13

Foi o carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que

teve sua apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892

Levando diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade

e terminou a viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do

Machado

Em 1917 a Prefeitura aprovou a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

passando pela Avenida Rio Branco indo da Praccedila Mauaacute ateacute o Palaacutecio Monroe

(antigo Senado) com os carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos O serviccedilo foi inaugurado em 1918 durando ateacute 1928

Em 1926 foi inaugurada a Viaccedilatildeo Excelsior concessionaacuteria de

serviccedilos de transportes pertencente a Light amp Power do Rio de Janeiro

conhecida ateacute hoje como ldquoLIGHTrdquo que detinha o monopoacutelio das linhas de

bonde para a Zona Sul (anexo 04)

ldquoA partir daiacute a LIGHT decidiu explorar o serviccedilo de ocircnibus na cidade tendo iniciado as suas atividades em 22 de novembro de 1927 adotando uma seacuterie de melhoramentos em seus ocircnibus utilizando motores diesel Esses veiacuteculos tinham dois andares e capacidade para 28 passageiros embaixo e 34 no andar de cimardquo (BARAT)

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroccedilaria de ocircnibus mais moderno montada sobre um chassis de mecacircnica

Volvo (anexo 05)

Em 1944 no periacuteodo da segunda guerra mundial devido as

dificuldades de obtenccedilatildeo de combustiacuteveis foram introduzidos os veiacuteculos

movidos a gasogecircnio (anexo 06) O serviccedilo cobria o percurso Urca-Ipanema

Em 1955 Juscelino Kubitschek foi eleito presidente da Repuacuteblica

tendo assumido o governo em 31 de janeiro de 1956

14

JK apresentou ao povo brasileiro um Plano de Metas consistindo

em investimentos em aacutereas prioritaacuterias para o desenvolvimento econocircmico

principalmente em infra-estrutura (rodovias hidreleacutetricas aeroportos e

induacutestrias)

Durante o seu periacuteodo de governo se instalaram no paiacutes grandes

montadoras de automoacuteveis como por exemplo FORD VOLKSWAGEN

WILLYS OVERLAND E GENERAL MOTORS na regiatildeo Sudeste nas cidades

de Santo Andreacute Satildeo Bernardo e Satildeo Caetano (regiatildeo do ABC) aumentando

muito as oportunidades de emprego atraindo trabalhadores de todo Brasil

Paralelamente comeccedilou o encarroccedilamento de ocircnibus no Brasil

utilizando os chassis de caminhotildees A pioneira na fabricaccedilatildeo de carrocerias no

Brasil foi a CIFERAL utilizando chassis Mercedes-Benz (anexo 07)

15

CAPIacuteTULO II

O ADVENTO DA INDUSTRIALIZACcedilAtildeO BRASILEIRA

NOS ANOS DO GOVERNO JK E A IMPLANTACcedilAtildeO DAS

MONTADORAS

Ateacute a deacutecada de 50 com o governo JK a economia brasileira se

fundava na exportaccedilatildeo de produtos primaacuterios e com isso o sistema de

transportes limitou-se aos transportes fluvial e ferroviaacuterio

Com a aceleraccedilatildeo do processo industrial na segunda metade do

seacuteculo XX a poliacutetica para o setor concentrou os recursos no setor rodoviaacuterio

As primeiras medidas concretas para a formaccedilatildeo de um sistema de

transportes no Brasil foram estabelecidas em 1934

Desde a criaccedilatildeo da primeira estrada de ferro ateacute 1946 os esquemas

viaacuterios de transporte nacional foram montados tendo por base as ferrovias

complementados pelas vias fluviais e a malha rodoviaacuteria

Esses conceitos comeccedilaram a ser modificados a partir de entatildeo

especialmente pela profunda mudanccedila que se operou na economia brasileira

quando o setor rodoviaacuterio comeccedilou a ser desenvolvido

ldquoAs primeiras rodovias brasileiras datam do seacuteculo XIX mas a ampliaccedilatildeo da malha rodoviaacuteria ocorreu no governo Vargas com a criaccedilatildeo do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) em 1937 e mais tarde com a implantaccedilatildeo da induacutestria automobiliacutestica na segunda metade da deacutecada de 1950 com a aceleraccedilatildeo do processo de industrializaccedilatildeo e mudanccedila da capital federal para Brasiacuteliardquo (SANTOS)

A partir da deacutecada 50 rede rodoviaacuteria se ampliou de forma notaacutevel

tornando-se a principal via de escoamento de carga e passageiros

16

Na deacutecada 80 o crescimento acelerado deu lugar a estagnaccedilatildeo

A perda de receitas com a extinccedilatildeo em 1988 do imposto sobre

lubrificantes e combustiacuteveis e do imposto sobre serviccedilos impediu a ampliaccedilatildeo

da rede e sua manutenccedilatildeo

Como resultado em fins do seacuteculo XX a rede rodoviaacuteria passou a

responder por 65 dos transportes de cargas e 92 do de passageiros

O crescimento do setor rodoviaacuterio ensejou a instalaccedilatildeo de novas

montadoras no pais atraveacutes da instalaccedilatildeo de outras montadoras como por

exemplo SCANIA FIAT IVECO VOLKSWAGEN CAMINHOtildeES VOLVO e

mais recentemente algumas montadoras asiaacuteticas

Em decorrecircncia da ampliaccedilatildeo do setor rodoviaacuterio deu-se a

ampliaccedilatildeo de faacutebricas em Santa Catarina e do Rio Grande do Sul

Atualmente esse setor ganhou grande desenvolvimento e condiccedilotildees

competitivas a niacutevel internacional com um alto volume de exportaccedilotildees

principalmente para os paiacuteses da Ameacuterica Latina

As principais encarroccediladoras de ocircnibus brasileiras satildeo

MARCOPOLO CAIO COMIL BUSSCAR NEOBUS e IRIZAR A induacutestria

brasileira de carrocerias eacute uma das maiores do mundo

Em 2007 o Brasil foi o terceiro maior fabricante de ocircnibus do

mundo perdendo apenas para a China (IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico 2007)

A induacutestria encarroccediladora de ocircnibus brasileira difere da dos demais

paiacuteses na qual o encarroccedilamento constitui uma etapa separada da produccedilatildeo

dos chassis de ocircnibus

Prevecirc-se para 2010 um crescimento da ordem de 19 O

faturamento do setor deveraacute crescer mais do que em 2007 perfazendo cerca

17

de R$ 72 bilhotildees com uma boa parte oriunda do setor interno desse modo

espera-se um crescimento favoraacutevel apesar da tendecircncia de desaceleraccedilatildeo da

economia internacional

O cenaacuterio conta com a estabilidade da moeda nacional (o real) e

com os financiamentos do BNDES

Devido ao poder competitivo do setor as encarroccediladoras brasileiras

estatildeo lanccedilando modelos cada vez mais modernos que nada devem aos

produtores internacionais

Diversas encarroccediladoras brasileiras jaacute contam com unidades fabris

em diversos continentes a MARCOPOLO tem faacutebricas no Meacutexico e Colocircmbia

e mais recentemente formou Joint Ventures para a instalaccedilatildeo e transferecircncia

de Know-How para a China e Iacutendia

18

CAPIacuteTULO III

A EVOLUCcedilAtildeO E A SITUACcedilAtildeO ATUAL DOS

TRANSPORTES NO BRASIL

ldquoO Brasil ao longo de sua histoacuteria permaneceu voltado para a costa do Atlacircntico com cerca de 80 da populaccedilatildeo vivendo em cidades a menos de mil quilocircmetros da costa e 82 do PIB eacute gerado nas regiotildees Sul Sudeste e Nordesterdquo (IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico 2008)

A origem desse fato deve-se principalmente as caracteriacutesticas do

relevo e da topografia do Brasil pois olhando-se o mapa do paiacutes constata-se

que a faixa mais com melhores condiccedilotildees de vida encontra-se no leste do

paiacutes

Essa situaccedilatildeo perdurou ateacute a chegada do governo JK na deacutecada de

50 quando a capital do paiacutes foi Brasiacutelia na regiatildeo Centro Oeste aacuterea em sua

maior parte formada por Estados dominados por florestas que fazem limites

com os paiacuteses andinos sem saiacuteda para o Oceano Paciacutefico

Em 1975 Jaime Lerner entatildeo Prefeito de Curitiba tendo em vista o

crescimento populacional criou um sistema de transporte baseado no conceito

BRT (Bus Rapid Transit) ndash ocircnibus articulados e biarticulados de grande

capacidade de passageiros que atualmente estaacute em operaccedilatildeo em diversas

cidades brasileiras

A mudanccedila da capital para Brasiacutelia ocasionou um grande

desenvolvimento dessa regiatildeo contribuindo tambeacutem para melhorar o sistema

de transportes rodoviaacuterios do paiacutes que hoje eacute inteiramente interligado do Sul

ateacute o Norte do paiacutes

Devido a esse fato o sistema de transporte organizou-se

predominantemente com base nas rodovias que entre todos eacute o mais oneroso

19

e poluente enquanto as hidrovias e as ferrovias tecircm custos unitaacuterios mais

baixos no entanto o modal rodoviaacuterio eacute mais adequado em relaccedilatildeo a maiores

declividades principalmente para grandes volumes de carga a grandes

distacircncias e para cargas de menor volume e distacircncias menores

Os custos ferroviaacuterios em relaccedilatildeo agraves rodovias satildeo menores nos

trajetos de extensatildeo superiores a 500 km pois os altos custos de implantaccedilatildeo

da rede feacuterrea e o tempo consumido com cargas e descargas satildeo

compensados pela economia geral do meio de transporte

Em pequenas distacircncias as vantagens satildeo do transporte rodoviaacuterio

que desloca mercadorias dos pontos de distribuiccedilatildeo ateacute os pontos de consumo

A implantaccedilatildeo de redes intermodais tende a reduzir os custos de transporte

Mesmo assim o Brasil possui um dos mais amplos sistemas de transporte com

54 portos com capacidade para mais de 500 milhotildees de toneladas por ano 31

mil quilocircmetros de ferrovias e 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovia

A partir da deacutecada de 1970 o modal rodoviaacuterio sofreu uma queda

com uma participaccedilatildeo de 70 em 1970 com uma reduccedilatildeo para 536 em

1985 mas voltando a crescer chegando a 606 em 2004

Entre 1997 e 2004 o volume de cargas transportadas pelas rodovias

cresceu apenas 141 contra 4554 pelas ferrovias que transportam a

maioria dos produtos de baixo valor agregado como por exemplo mineacuterio de

ferro o qual seria inviaacutevel se transportado por caminhotildees

Entre 2003 e 2005 a frota de locomotivas aumentou de 1895 para

2515 e a de vagotildees de 67795 para 90119 devido agrave privatizaccedilatildeo da malha

ferroviaacuteria mas mesmo assim o transporte rodoviaacuterio continua ainda sendo o

mais utilizado no Brasil embora seja o de custo operacional mais elevado em

torno de US$ 320 por 100 tkm contra US$ 074 da ferrovia e US$ 023 da

hidrovia

20

O Brasil possui 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovias e apenas

29798 quilocircmetros de ferrovias e cerca 42000 km de rios navegaacuteveis As

ferrovias transportam 24 da carga no Brasil e nos EUA cerca de 47

Levantamento feito pelo Centro de Estudos em Logiacutestica da

Universidade Federal do Rio de Janeiro concluiu que As companhias

brasileiras voltadas para o comeacutercio exterior perdem cerca de US$ 10 bilhotildees

por ano em consequumlecircncia dos problemas enfrentados na hora de transportar

mercadorias das aacutereas de produccedilatildeo ateacute os portos

ldquoOutro estudo feito pela Comissatildeo Econocircmica para a Ameacuterica Latina e o Caribe ligada agraves Naccedilotildees Unidas conclui que 35 do preccedilo final das mercadorias exportadas do Brasil e de outros paiacuteses latino-americanos se deve aos custos de transporte Nos Estados Unidos este iacutendice natildeo chega a 10rdquo (Veja Especial outubro de 2004 p 61)

Segundo levantamento da CNI Confederaccedilatildeo Nacional da Induacutestria

os custos com transporte equivalem a 1275 do PIB brasileiro enquanto nos

EUA correspondem a 820

Por deficiecircncias logiacutesticas exportar uma tonelada de soja do Brasil

para a China ndash do norte de Mato Grosso via Porto de Paranaguaacute ndash custa hoje

US$ 18 a mais do que fazer o mesmo do Estado norte-americano de Iowa Em

2007 a situaccedilatildeo se complicou com a falta generalizada de caminhotildees para o

mercado interno e de navios para o mercado externo

Poreacutem como as exportaccedilotildees estatildeo superando as importaccedilotildees

faltam contecircineres para o embarque de produtos brasileiros

Das cerca de 22 milhotildees de toneladas de produtos exportados

anualmente cerca de 95 saem pelos portos O problema comeccedila com o fato

de que a maioria das mercadorias a ser exportada chega aos portos por meio

de rodovias

21

Segundo a ANUT ndash Associaccedilatildeo Nacional dos Usuaacuterios de

Transportes de Carga em 2004 as empresas brasileiras desembolsaram US$

12 bilhatildeo em pagamentos por atrasos no embarque e desembarque de

mercadorias nos portos brasileiros

Na margem esquerda do porto de Santos haacute um problema de

lentidatildeo de escoamento pois existem mais de 6000 moradias irregulares

margeiam os trilhos obrigando os trens a reduzir a velocidade de 80 para 10

quilocircmetros por hora causando um acreacutescimo de custo na ordem de 34

quando nos Estados Unidos essa margem natildeo ultrapassa os 20

ldquoOs Estados da regiatildeo Centro Sul produzem 13 milhotildees de toneladas anuais de gratildeos cerca de 9 milhotildees saem do Estado por rodovias 80 delas sem pavimentaccedilatildeo portanto estaacute dependendo da conclusatildeo da Ferronorte e das Hidrovias Paranaacute Paraguai e Araguaia Tocantins para baixar seus custos de transporterdquo (Veja 17102001 p 146-147)

22

CAPIacuteTULO IV

ESTUDO DE CASOS SISTEMA DE TRANSPORTES DE

CURITIBA UBERLAcircNDIA GOIAcircNIA SAtildeO PAULO E

RIO DE JANEIRO

41 Curitiba

A cidade de Curitiba eacute conhecida internacionalmente pelo eficiente e

inovador sistema de transporte coletivo Como todas as ideacuteias novas o sistema

que possibilitou a integraccedilatildeo urbana de Curitiba foi cercado de duacutevidas Mas ao

longo dos anos foi comprovado que a criatividade foi mais eficaz que o

ceticismo

411 Bonde a cavalos

Em 1887 a Empreza Curitybana dirigida por Boaventura Capp

disponibilizou o primeiro bonde puxado por animais ligando a Boulevard 2 de

Julho (atual iniacutecio da Avenida Joatildeo Gualberto) ao bairro do Batel Esta foi a

pedra fundamental de parte da identidade mais latente da cidade de Curitiba o

transporte coletivo Naquele periacuteodo o passeio pela pacata Curitiba tinha

caracteriacutestica mais poeacutetica e os bondes davam o toque de charme (anexo 09)

A viagem inaugural dos primeiros bondes foi um dos maiores

acontecimentos da eacutepoca

Os jornais locais divulgaram com orgulho a partida dos quatro

vagotildees que contavam com ilustres passageiros como o presidente da proviacutencia

Faria Sobrinho

23

412 Bondes eleacutetricos

Apesar de o bondinho ter o objetivo de atender agraves massas ele era

dividido em duas categorias Na primeira classe era obrigatoacuterio que os

passageiros estivessem calccedilados Jaacute no bond mixto como era conhecida a

pessoa podiam viajar sem sapatos

O panorama do transporte coletivo da cidade mudou com a

introduccedilatildeo dos bondes eleacutetricos a partir 1912 Os primeiros bondes puxados

por mulas foram vendidos e amontoados no depoacutesito de ferro-velho em

Paranaguaacute

A mudanccedila foi necessaacuteria jaacute que o nuacutemero de passageiros

aumentou de 680 mil em 1903 para 19 milhatildeo por ano em 1913 a cidade

crescia rapidamente poreacutem de maneira desordenada

413 Os primeiros ocircnibus

Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia

Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo Dois anos

mais tarde comeccedilaram a aparecer as linhas particulares de ocircnibus apesar dos

bondes ainda serem a preferecircncia da populaccedilatildeo

Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto

da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bondes perderam

espaccedilo mas apesar das passagens mais caras o novo veiacuteculo era mais

confiaacutevel e seguro

Em 1951 saiacuteram de circulaccedilatildeo os uacuteltimos bondes dando lugar agraves

auto-lotaccedilotildees

Uma das grandes revoluccedilotildees no setor ocorreu em 1955 quando o

municiacutepio estabeleceu contratos de concessatildeo com 13 empresas

24

Naquela eacutepoca a cidade era atendida por 50 ocircnibus e 80 lotaccedilotildees

Em 1965 foi editado o Plano Diretor de Transportes de Curitiba estabelecendo

as vias estruturais que serviram como eixos base para movimentaccedilatildeo urbana

O plano foi considerado um dos mais perfeitos do mundo

Devido ao bom planejamento mesmo 15 anos depois os 673 ocircnibus

da capital paranaense transportavam 515 mil pessoas diariamente

A frota do transporte coletivo representava apenas 2 dos veiacuteculos

que trafegavam em Curitiba e era responsaacutevel pelo transporte de 75 das

pessoas que se locomoviam

Como a cidade crescia rapidamente em pouco tempo o sistema

tradicional estaria obsoleto e ineficaz para atender tanta gente Era necessaacuterio

algo de novo A soluccedilatildeo foi a implantaccedilatildeo dos ocircnibus expressos esse sistema

foi um dos grandes responsaacuteveis pelo avanccedilo no atendimento do transporte

coletivo

Natildeo se tratava somente de uma nova categoria de veiacuteculo mas

acima de tudo um sistema de transporte para meacutedias distacircncias que possuiacutea

via exclusiva

A primeira etapa foi agrave implantaccedilatildeo das canaletas exclusivas onde

circulavam os ocircnibus convencionais

O Departamento de Pesquisa de Veiacuteculos da Faculdade de

Engenharia Industrial de Satildeo Bernardo dos Campos (SP) apresentou ao

IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba) o primeiro

modelo de ocircnibus para atender as novas necessidades de transporte urbano

Batizado de Uiraquitan em homenagem ao nome indiacutegena dado ao primeiro

carro fabricado no Brasil foi projetado especialmente para o sistema viaacuterio de

Curitiba

25

414 Os primeiros ocircnibus expressos

Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo

nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimental os 20

primeiros expressos A frota partiu da Praccedila Generoso Marques para atender

passageiros do Eixo NorteSul Em um dos ocircnibus de inconfundiacutevel cor

vermelha o prefeito Jaime Lerner idealizador do projeto desde o tempo em que

era presidente do IPPUC ndash INSTITUTO DE PESQUISAS E PLANEJAMENTO

URBANO DE CURITIBA noticiava agrave imprensa a satisfaccedilatildeo de ver sua grande

obra em funcionamento

Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde

foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e caixas de correio

aleacutem da pista proacutepria o expresso foi comparado a um metrocirc na superfiacutecie Em

meacutedia todos os meses 19 milhatildeo de pessoas utilizavam o novo sistema de

transporte

As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi

crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento populacional e de

infra-estrutura da cidade Em 1980 Curitiba foi a primeira capital a adotar a

tarifa social O preccedilo da passagem era uacutenico independente do trecho da

viagem Com esta vantagem tambeacutem foi colocada em praacutetica a campanha Eacute

com esse que eu vou incentivando a populaccedilatildeo a deixar os carros em casa e

utilizar o veiacuteculo coletivo O preccedilo do petroacuteleo aumentava cada vez mais por

conta da crise mundial de combustiacuteveis

Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a

utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar a passagem

uacutenica Os usuaacuterios podiam trocar de linha dentro dos terminais sem pagar nova

passagem Com isto se consolidou a RIT (Rede Integrada de Transporte) Em

1980 os ocircnibus articulados com capacidade 80 maior comeccedilaram a

substituir gradativamente os antigos expressos Isto significou economia de

combustiacutevel em 46 e reduccedilatildeo de custo de 21 por passageiro transportado

26

Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS

(Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistema e passou a

ser a concessionaacuteria e as empresas operadoras as permissionaacuterias

Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia

incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas

alimentadoras para os usuaacuterios se deslocarem nos cinco eixos atendidos pelos

expressos 239 linhas em todo o sistema A RIT atendia em 1990 54 do total

de usuaacuterios do sistema iacutendice que chegou a 84 em 1995

Em outubro de 1991 sob encomenda da URBS a Volvo comeccedilou a

desenvolver o primeiro ocircnibus bi-articulado brasileiro batizado de Metrobuacutes

com 25 metros de comprimento e capacidade para transportar ateacute 270

passageiros

Neste periacuteodo foi implantada uma das maiores novidades do

transporte coletivo naquela deacutecada Foram criadas as Linhas Diretas servidas

por veiacuteculos de cor cinza popularmente chamados de Ligeirinhos (anexo 15)

Atraveacutes das rampas de acesso no lugar das escadas eles

permitiram o embarque e desembarque de passageiros atraveacutes das estaccedilotildees-

tubo que serviam como pequenos terminais possibilitando ao usuaacuterio a troca

de linhas sem pagar nova passagem

Os Bi-articulados comeccedilaram a substituir tambeacutem os ocircnibus

utilizados nas linhas do Express

As melhorias foram sendo colocadas em praacutetica como o sistema de

aviso de paradas

A cada saiacuteda de uma estaccedilatildeo-tubo o sistema eacute automaticamente

acionado para informar aos passageiros qual eacute o ponto seguinte e quais portas

27

deveratildeo ser utilizadas para o desembarque Sistema parecido com o usado por

alguns metrocircs em diversos lugares do mundo

Em 1996 a RIT ultrapassou as fronteiras e passou a atender a

Regiatildeo Metropolitana Em 1999 o Sistema Expresso comemorou 25 anos com

a inauguraccedilatildeo da linha Bi-articulada Circular Sul

Para relembrar o comeccedilo de tudo uma reacuteplica do primeiro ocircnibus

expresso de 1974 circulou do Terminal Capatildeo Raso ateacute a Praccedila Generoso

Marques transportando o entatildeo governador Jaime Lerner e o prefeito Caacutessio

Taniguchi

Foi como uma viagem no tempo para Lerner e para muitos

curitibanos que acompanharam o desenvolvimento do transporte coletivo da

cidade repleto de inovaccedilotildees e empreendedorismo para acompanhar o

crescimento urbano

Em 2000 a substituiccedilatildeo de 87 veiacuteculos articulados por 57 de maior

porte no eixo lesteoeste demonstrou que no sistema adotado por Curitiba

novidades satildeo sempre implantadas sem a necessidade de investimentos

incompatiacuteveis com a realidade da cidade

Os avanccedilos sociais marcam a histoacuteria recente do transporte coletivo

curitibano

Em 2005 o prefeito Beto Richa determinou o enxugamento de

despesas do sistema e o corte de dez centavos na tarifa reduzida para R$

180

Hoje 2 milhotildees de passageiros utilizam diariamente o Sistema

Integrado de Transporte Coletivo composto por 1980 ocircnibus que atendem 395

linhas O sistema eacute responsaacutevel pelo emprego direto de 15 mil pessoas entre

motoristas cobradores fiscais mecacircnicos entre outros profissionais

28

Com a construccedilatildeo da Linha Verde o Sistema de Transportes de

Curitiba estaacute em expansatildeo essa via uniraacute a cidade no trecho urbano na antiga

BR-116 melhorando o tracircnsito e os transportes em Curitiba

42 Uberlacircndia

A cidade de Uberlacircndia no Estado de Minas Gerais conta um

Sistema Integrado de Transporte Urbano (SIT) que racionalizou o uso dos

transportes urbanos com a unificaccedilatildeo do preccedilo das passagens aleacutem disso o

usuaacuterio natildeo paga mais duas passagens para chegar no local desejado

contando com um transporte coletivo 100 integrado e monitorado (GPRS)

administrado pela prefeitura

O sistema eacute dotado de bilhetagem eletrocircnica A maioria dos

veiacuteculos tecircm elevador para facilitar o acesso de deficientes fiacutesicos

O sistema eacute composto por seis terminais

bull Central

bull Santa Luzia

bull Planalto

bull Umuarama

bull Terminal Industrial (distrito industrial de Uberlacircndia)

O sistema conta com treze estaccedilotildees de embarque e desembarque

de passageiros interligando a regiatildeo central (Terminal Central) de Uberlacircndia

ao Anel Rodoviaacuterio (Terminal Santa Luzia) proporcionando um raacutepido acesso

agraves principais rodovias em torno do municiacutepio

43 Goiacircnia

A Prefeitura de Goiacircnia tem buscado soluccedilotildees inovadoras no que diz

respeito aos problemas que envolvem os transportes urbanos da cidade A

primeira grande mudanccedila no sistema de transportes coletivos da regiatildeo

29

metropolitana de Goiacircnia ocorreu em 1976 quando da implantaccedilatildeo do sistema

tronco-alimentador que se baseava em linhas troncais e alimentadoras atraveacutes

de terminais de integraccedilatildeo com a exploraccedilatildeo e operaccedilatildeo das linhas por

empresas concessionaacuterias privadas

No ano seguinte agrave sua implantaccedilatildeo o sistema possibilitou o

transporte de 35 milhotildees de passageiros nuacutemero que cresceu a uma taxa de

5 ao ano ateacute 1984 atingindo a meacutedia anual de 100 milhotildees de passageiros

No periacuteodo entre 1985 e 1991 a quantidade de passageiros

transportados continuou aumentando ateacute atingir o patamar de 250 milhotildees de

passageirosano em funccedilatildeo do aumento da demanda por transporte coletivo

urbano ocorrido em todo o paiacutes

Os problemas inflacionaacuterios de 1992 a 1994 e a diminuiccedilatildeo do poder

aquisitivo provocaram a queda da demanda para 200 milhotildees de

passageirosano

O sistema de transportes urbanos de Goiacircnia estaacute em expansatildeo

com a previsatildeo de entrada em operaccedilatildeo do Metrocirc de Superfiacutecie que contaraacute

com ocircnibus articulados e biarticulados de grande capacidade de passageiros

Visando a implantaccedilatildeo dessa via de superfiacutecie estaacute sendo testado o

modelo de ocircnibus biarticulado VOLVO B9 SALF (anexo 20) com grande

capacidade para transportar 270 passageiros Esse mesmo modelo estaacute em

operaccedilatildeo no Sistema Transantiago na capital chilena

44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro

441 Satildeo Paulo

A histoacuteria da cidade de Satildeo Paulo eacute marcada pela implantaccedilatildeo da

ferrovia mas a histoacuteria dos transportes puacuteblicos iniciada agrave mesma eacutepoca tem

30

nos tiacutelburis carros de duas rodas puxados por um cavalo sua primeira

apariccedilatildeo com a inauguraccedilatildeo em 1872 pela Companhia Carris de Ferro de Satildeo

Paulo da primeira linha de bondes puxados a burro

A primeira linha de bonde eleacutetrico foi inaugurada no iniacutecio do seacuteculo

XX em 7 de maio de 1900 ligando o largo de Satildeo Bento agrave Barra Funda Foi um

empreendimento da Satildeo Paulo Railway Light and Power Company LTd que

recebeu por transferecircncia a concessatildeo para organizar construir e operar

linhas de bonde por traccedilatildeo eleacutetrica para diversos pontos da cidade e seus

subuacuterbios durante 40 anos

Os primeiros auto-ocircnibus surgiram na cidade na deacutecada de 20

complementando a alternativa ao bonde que sofria as limitaccedilotildees de rede

energia e investimentos

Nos anos 30 a capital de Satildeo Paulo jaacute era considerada um grande

centro urbano e convivia com um tracircnsito agitado O Plano de Avenidas do

Prefeito Prestes Maia indicava a expressiva influecircncia do automoacutevel na vida e

na estrutura da cidade

A Comissatildeo de Estudos de Transportes Coletivos instituiacuteda em

1939 pocircs em discussatildeo a organizaccedilatildeo do transporte como serviccedilo puacuteblico e as

vantagens do monopoacutelio governamental lanccedilando as bases para a constituiccedilatildeo

de uma empresa municipal responsaacutevel pelo transporte coletivo

O nuacutemero de ocircnibus em Satildeo Paulo em 1941 superou os mil

enquanto o de bondes manteve-se em 500 Assim eram os ocircnibus que

transportavam a maior parte dos passageiros Trinta e sete empresas

particulares exploravam 90 linhas que circulavam pelo municiacutepio

Em 1946 atraveacutes do Decreto-Lei no 365 de 10 de outubro de 1946

o Prefeito Abrahatildeo Ribeiro autorizou a constituiccedilatildeo de uma empresa

31

responsaacutevel pelo transporte puacuteblico criando-se entatildeo a Companhia Municipal

de Transportes Coletivos ndash CMTC (anexo 10)

Em 1947 a Prefeitura determinou a transferecircncia do patrimocircnio da

Light relativo ao serviccedilo para a nova companhia e decidiu que as empresas

privadas passariam a operar somente as linhas de ocircnibus fora do periacutemetro

urbano

Em 1975 a COMPANHIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES

COLETIVOS - CMTC operava apenas 14 da frota de ocircnibus da cidade

Um novo contrato de concessatildeo foi firmado entre Prefeitura e CMTC

permitindo a contrataccedilatildeo os serviccedilos de transporte coletivo de passageiros em

23 aacutereas de operaccedilatildeo Assim uma mudanccedila efetiva ocorreu no sistema e no

mercado de transporte coletivo da cidade restituindo em parte agrave CMTC o seu

outro papel o de gestora do sistema

Nos anos 80 aleacutem de inovaccedilotildees operacionais e tecnoloacutegicas

promovidas pela CMTC - o Programa Troleibus a implantaccedilatildeo dos corredores

de ocircnibus em faixa exclusiva e a utilizaccedilatildeo de ocircnibus movidos a gaacutes metano e

natural- a gestatildeo do serviccedilo de transporte puacuteblico voltou a ser alvo da atenccedilatildeo

da administraccedilatildeo municipal tendo resultado inclusive em intervenccedilotildees

administrativas e gerenciais em algumas empresas operadoras

A relaccedilatildeo entre as empresas operadoras e a municipalidade passou

por nova e importante alteraccedilatildeo a partir do processo de municipalizaccedilatildeo

quando atraveacutes da Lei no 11037 1991 o sistema de remuneraccedilatildeo do

serviccedilo passou a ser feito pelo custo dos serviccedilos passando a operadora a ser

remunerada diretamente pela apropriaccedilatildeo da tarifa paga pelo passageiro

O serviccedilo contratado pela Prefeitura e operado pelas empresas eacute

remunerado conforme a afericcedilatildeo dos custos incorridos na prestaccedilatildeo do serviccedilo

A tarifa definida conforme paracircmetros econocircmicos e poliacuteticos passou a

32

pertencer a administraccedilatildeo municipal constituindo-se na principal fonte de

recursos para o pagamento do serviccedilo agraves empresas contratadas pela

operaccedilatildeo

No iniacutecio de 1993 a CMTC desempenhava ao mesmo tempo as

funccedilotildees de gestora do sistema de transporte coletivo e de operadora detendo

cerca de 27 de participaccedilatildeo no setor

A administraccedilatildeo tinha por objetivo a racionalizaccedilatildeo da operaccedilatildeo e

reduccedilatildeo do deacuteficit previsto pela manutenccedilatildeo da administraccedilatildeo da CMTC como

empresa operadora

A alteraccedilatildeo do perfil da frota da quantidade de ocircnibus e de

funcionaacuterios eram medidas indicadas que exigiriam altos investimentos e natildeo

gerariam necessariamente reduccedilatildeo de custos Optou-se entatildeo por encerrar

as atividades operacionais da antiga CMTC atraveacutes da privatizaccedilatildeo de toda a

operaccedilatildeo dos 2700 ocircnibus e das respectivas garagens reduzindo o quadro de

pessoal de 27 mil para cerca de 1200 empregados Esse processo se valeu da

flexibilidade do mesmo modelo de gestatildeo estabelecido pela Lei No 11037

91

A forma de remuneraccedilatildeo dos serviccedilos prestados pelas empresas

contratadas foi inovada alterando-se o criteacuterio anterior de pagamento

calculado pelo custo do quilocircmetro rodado por um valor limite por passageiro

transportado

A antiga CMTC foi entatildeo transformada na Satildeo Paulo Transporte

SA- SPTRANS nova denominaccedilatildeo adotada em 8 de marccedilo de 1995 para a

empresa que ficou voltada somente agrave gestatildeo do sistema de transporte da

cidade

Atualmente com o crescimento das aacutereas urbanas da cidade

tornou-se necessaacuterio ampliar a aacuterea viaacuteria do municiacutepio atualmente estaacute em

33

fase de conclusatildeo o anel rodoviaacuterio da grande Satildeo Paulo e do rodoanel vias

que depois de prontas desafogaratildeo o traacutefego de veiacuteculos na cidade

O sistema Metropolitano operado pela Companhia do Metropolitano

de Satildeo Paulo tambeacutem estaacute em expansatildeo e contribuiraacute para atender o aumento

da demanda de transportes urbanos na maior cidade do Brasil

442 Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro capital do estado homocircnimo eacute a segunda maior

metroacutepole do Brasil situada na regiatildeo Sudeste

Eacute a cidade brasileira mais conhecida no exterior e a maior rota de

turismo internacional no Brasil

A parte urbana do Municiacutepio do Rio de Janeiro recebeu a

denominaccedilatildeo de GRANDE RIO pela Lei complementar nordm 20 pela Lei

Complementar nordm 20 de 01 de julho de 1974 apoacutes a fusatildeo dos antigos estados

do Rio de Janeiro e Guanabara

Aleacutem da parte urbana da cidade existe tambeacutem a REGIAtildeO

METROPOLITANA II DO RIO DE JANEIRO que abrange os municiacutepios de

Niteroacutei Satildeo Gonccedilalo Itaboraiacute Rio Bonito e Tanguaacute

A cidade foi capital do Brasil Colocircnia a partir de 1763 capital do

Impeacuterio Portuguecircs na eacutepoca das invasotildees de Napoleatildeo capital do Impeacuterio do

Brasil e capital da Repuacuteblica ateacute a inauguraccedilatildeo de Brasiacutelia na deacutecada de 60

As primeiras vias na regiatildeo onde hoje estaacute situada a Cidade do Rio

de Janeiro foram abertas pelos Tamoios com objetivos estrateacutegicos e de

defesa Eram veredas no interior da floresta e dirigiam-se ao interior em direccedilatildeo

agrave Serra do Mar (Santos 1934) Os rios e a Baiacutea de Guanabara eram as outras

vias naturais utilizadas por eles

34

Ateacute os primeiros anos do seacuteculo XIX o espaccedilo urbano da Cidade do

Rio de Janeiro limitava-se ao quadrilaacutetero formado pelos Morros do Castelo

Satildeo Bento Santo Antocircnio e da Conceiccedilatildeo De acordo com Abreu (1987) este

chatildeo fora duramente conquistado agrave natureza aterrando-se brejos e mangues

nos trecircs primeiros seacuteculos de existecircncia da cidade Considerando-se os limites

da cidade de entatildeo como sendo ao norte o Campo de Santana ao sul o Largo

do Machado e a regiatildeo de Mata Cavalos (hoje Rua do Riachuelo) e que natildeo

existiam ateacute entatildeo meios de transporte coletivo pode-se afirmar que a maioria

dos deslocamentos eram realizados a peacute em carro de bois eou no lombo de

animais Soacute posteriormente foram introduzidos as andas as redes e os

palanguins

Segundo Dunlop (1973) estes meios de transportes eram como

uma cama suspensa em longo varal conduzida nos ombros por escravos um

agrave frente outro agrave retaguarda

Para as viagens de longa distacircncia neste periacuteodo aqueles que

desejavam ir agraves Minas Gerais Satildeo Paulo ou ao interior do paiacutes tinham que

realizar por exemplo viagens que envolviam animais barcos e comeccedilavam

realizando um percurso pela Baiacutea de Guanabara

Com a chegada da famiacutelia real portuguesa por volta de 1808 foram

trazidas pela corte os coches carruagens seges e o cabriolet

Considerando-se os limites urbanos da cidade bem como as

caracteriacutesticas daquela sociedade colonial portuguesa nos troacutepicos pode-se

afirmar que somente as pessoas de posse ou que possuiacuteam seus proacuteprios

meios de transportes tinham condiccedilatildeo e direito de deslocar-se agraves localidades

mais afastadas do centro histoacuterico da cidade ou empreenderem viagens mais

longas

O transporte puacuteblico soacute foi introduzido na cidade por volta de 1817

com a adoccedilatildeo das Gocircndolas e Diligecircncias veiacuteculos de transporte coletivo

35

puxado agrave burros eou cavalos muito utilizados por todos que necessitavam

deslocar-se dentro do periacutemetro urbano Estes veiacuteculos operavam o transporte

de passageiros entre o centro da cidade e o Palaacutecio da Boa Vista em Satildeo

Cristoacutevatildeo e de Santa Cruz na Fazenda Real por concessatildeo

Dunlop (1973) esclarece que os primeiros ocircnibus tambeacutem puxados

por quatro animais comeccedilaram a trafegar no Rio em 1837 ou 1838 por

iniciativa do francecircs Jean Lecoqrdquo

Eram carros compridos () com dois bancos longitudinais

semelhantes aos bondes fechados da Botanical Garden que aqui surgiram

trinta anos mais tarde Transportavam de vinte a vinte e quatro passageiros

A denominada Companhia de Ocircnibus ainda segundo Dunlop

oferecia serviccedilos para os bairros de Botafogo Laranjeiras Satildeo Cristoacutevatildeo

Andaraiacute Pequeno - hoje Tijuca - Rio Comprido e Engenho Velho Estes

serviccedilos contribuiacuteram muito para o desenvolvimento e crescimento destes

bairros oferecendo uma opccedilatildeo de moradia agravequeles que desejavam sair do

centro histoacuterico aacuterea jaacute conturbada entatildeo

Destaca-se o papel exercido pelos trens agrave partir de 1858 com a

construccedilatildeo da Estrada de Ferro D Pedro II posteriormente denominada E F

Central do Brasil Este novo meio de transporte ofereceu pela primeira vez

uma maneira veloz e confiaacutevel que alcanccedilava longas distacircncias e circulava em

horaacuterios preacute-estabelecidos e regulares Inicialmente usado somente para o

transporte de cargas - para escoar a produccedilatildeo de cafeacute do Vale do Paraiacuteba em

direccedilatildeo ao Porto do Rio de Janeiro - e para o transporte de passageiros de

longa distacircncia

Outras ferrovias seguiram-se a esta primeira tais como a The

Leopoldina Railway Company (depois E F Leopoldina) E F Rio DOuro (hoje

Linha 2 do Metrocirc) E F Melhoramentos do Brasil (depois Linha Auxiliar da

36

Central do Brasil) Todas foram unificadas na Rede Ferroviaacuteria Federal SA

(1957)

ldquoO trem favoreceu o surgimento dos bairros mais afastados do centro na periferia no que posteriormente veio a ser conhecido como os subuacuterbios ferroviaacuterios da Central do Brasil Contribuiu muito tambeacutem para o desenvolvimento dos municiacutepios da Baixada Fluminense e da periferia distante do centro da Cidade do Rio de Janeirordquo (ABREU 1987)

O bonde inicialmente em traccedilatildeo animal e posteriormente

eletrificado foi o meio de transporte que juntamente com os ocircnibus tambeacutem

em traccedilatildeo animal favoreceu o crescimento e desenvolvimento da cidade O

trem chegava ateacute as estaccedilotildees mas era o bonde que circulava no interior do

bairro

Em 1859 circulou o primeiro bonde puxado a burro na cidade do

Rio de Janeiro ligando o Largo do Rocio ao Alto da Boa Vista Esta linha era

controlada pela Cia Carris de Ferro cuja exploraccedilatildeo fora concedida ao

empresaacuterio inglecircs Thomas Cochrane em 1856

Outras empresas vieram em seguida como a Botanical Garden

Railroad Company posteriormente Cia Ferro Carril do Jardim Botacircnico ou a

Rio de Janeiro Street Railroad Company posteriormente Cia Satildeo Cristoacutevatildeo

O Baratildeo de Drumond por sua vez obteve uma concessatildeo para

explorar a Companhia Ferro Carril de Vila Isabel para atender aos bairros do

Andarahy Grande (Andaraiacute Vila Isabel Grajauacute e Maracanatilde) Satildeo Francisco

Xavier e Engenho Novo

ldquoA criaccedilatildeo desta empresa estava fortemente ligada a abertura do bairro de Vila Isabel nas terras da entatildeo Fazenda do Macaco de propriedade da famiacutelia imperial caracterizando um empreendimento conjugado (transporteloteamento)rdquo (Abreu 1987)

37

Os bondes foram substituiacutedos na deacutecada de 1960 pelos ocircnibus

eleacutetricos denominados de troleibus ou chifrudos pela populaccedilatildeo por causa

da forma de captaccedilatildeo de energia eleacutetrica da rede aeacuterea

Apoacutes breve periacuteodo em operaccedilatildeo pela CTC os troleibus foram

substituiacutedos pelos ocircnibus agrave diesel da mesma companhia estadual

O uso das barcas como meio de transporte e passageiros no

contexto da Regiatildeo Metropolitana destacando-se pela existecircncia de uma via

natural a Baiacutea de Guanabara e a costa oceacircnica firmando-se como transporte

regular agrave partir do ano de 1853 com a implantaccedilatildeo da Cia de Navegaccedilatildeo de

Niteroacutei

Ao longo dos anos foram transportadas cargas veiacuteculos e

passageiros sendo reconhecido como um meio eficiente na ligaccedilatildeo entre as

cidades do Rio de Janeiro e Niteroacutei

Apoacutes a construccedilatildeo da Ponte Rio - Niteroacutei sua importacircncia foi

diminuindo ano a ano apesar de toda sua potencialidade instalada

Outras ligaccedilotildees natildeo soacute para a aacuterea central de Niteroacutei podem ser

melhor exploradas com impactos favoraacuteveis no sistema de transporte como

um todo e para o meio ambiente

Afinal todas as localidades das cidades eou bairros situadas agraves

margens da baiacutea ou na costa do estado satildeo potencialmente habilitadas a

serem servidas por barcas

Falar em transportes urbanos significa tambeacutem falar em problemas

de tracircnsito e engarrafamentos que eacute um dos maiores vilotildees da agitada do

Seacuteculo XXI

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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agosto de 2009

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httpwwwflickrcomphotosclaudiolara2233169354 - acessado em 26 de

agosto de 2009

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httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 7: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

7

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I

O histoacuterico dos transportes no Brasil 12

CAPIacuteTULO II

O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a

implantaccedilatildeo das montadoras 15

CAPIacuteTULO III

A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18

CAPIacuteTULO IV

Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia

Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22

CAPIacuteTULO V

Legislaccedilatildeo de transportes 51

CONCLUSAtildeO 58

BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 IacuteNDICE 66 ANEXOS 67

8

INTRODUCcedilAtildeO

Podemos dizer que em siacutentese transporte eacute o movimento de

pessoas ou coisas de um lugar para outro Os transportes podem se distinguir

pela possessatildeo onde o transporte puacuteblico eacute destinado a qualquer pessoa e o

privado eacute restringido somente a quem os adquiriu

Atualmente o Brasil conta com uma moderna induacutestria de

transportes com um grande e soacutelido parque industrial nesse setor formado por

grandes montadoras como por exemplo FORD VOKSWAGEN GENERAL

MOTORS MERCEDES-BENZ SCANIA VABIS AGRALE e a RANDON

Mais recentemente instalaram-se no Brasil outras montadoras

destacando-se a VOLVO FIAT IVECO e VOLKSWAGEN que implantou uma

unidade fabril em Resende no Estado do Rio de Janeiro onde produz chassis

para caminhotildees e ocircnibus

Devido a carecircncia de veiacuteculos de transportes no Brasil os primeiros

veiacuteculos fabricados no paiacutes foram caminhotildees cujas plataformas foram

utilizadas para produzir os primeiros ocircnibus encarroccedilados no paiacutes

Para implantar a poliacutetica de transportes no Brasil foi criado em 1965

o GEIPOT ndash Grupo Executivo de Integraccedilatildeo da Poliacutetica de Transportes

vinculado ao Ministeacuterio de Viaccedilatildeo e Obras Puacuteblicas (atual Ministeacuterio dos

Transportes) na gestatildeo do Ministro Luacutecio Meira

Os objetivos do GEIPOT estabelecidos por lei foram o de prestar

apoio teacutecnico e administrativo aos oacutergatildeos do Poder Executivo com o objetivo

de formular orientar coordenar e executar a Poliacutetica Nacional de Transportes

nos seus diversos modais bem como promover executar e coordenar

atividades de estudos e pesquisas necessaacuterios ao planejamento dos

Transportes no paiacutes transformando-se em um centro de referecircncia

internacional para os estudos de Transportes no Brasil

9

Essa poliacutetica proporcionou a implantaccedilatildeo de induacutestrias

complementares que hoje produzem desde autopeccedilas ateacute sofisticados

modelos de carrocerias para ocircnibus que ganharam o mercado externo

contribuindo tambeacutem para a instalaccedilatildeo do moderno sistema de Transportes de

Massas atraveacutes do sistema (BRT) BUS RAPID TRANSIT ndash Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido implantado na cidade de Curitiba em 1974 na gestatildeo do Prefeito Jaime

Lerner dando ao Brasil o privileacutegio de ser o primeiro paiacutes do mundo a implantar

um sistema desse tipo conquistando diversos precircmios internacionais e

exportando Know-How para diversos paiacuteses

O GEIPOT existiu durante 36 anos poreacutem com a reestruturaccedilatildeo do

Setor de Transportes no ano de 2001 esse oacutergatildeo colaborou no

acompanhamento e na realizaccedilatildeo de anaacutelises teacutecnicas do projeto de Lei nordm

161599 consolidado na Lei nordm 10233 de 05062001 que criou o Conselho

Nacional de Integraccedilatildeo de Poliacutetica de Transportes Terrestres (CONIT) a

Agecircncia Nacional de Transportes Aquaviaacuterios (ANTAQ) a Agecircncia Nacional de

Transportes Terrestres (ANTT) e o Departamento Nacional de Infra-Estrutura

de Transportes (DNIT) Com a criaccedilatildeo dessas Agecircncias reguladoras o

GEIPOT foi extinto pela Medida Provisoacuteria nordm 427 de 09052008 convertida na

Lei nordm 117722008

Os sistemas de transportes de massas nas grandes cidades

brasileiras estatildeo saturados atingindo ateacute mesmo a rede dos serviccedilos de Metrocirc

No entanto esses problemas podem ser resolvidos a curto e meacutedio

prazo com estudos teacutecnicos e recomendaccedilotildees teacutecnicas para a implantaccedilatildeo de

novos serviccedilos de transporte de massas que atendam as necessidades da

populaccedilatildeo dos grandes centros

Fato semelhante ocorreu em um passado relativamente recente em

1975 na cidade de Curitiba e que foi equacionado na gestatildeo do Prefeito Jaime

Lerner com a implantaccedilatildeo do Sistema BRT ndash BUS RAPID TRANSIT (Ocircnibus de

10

tracircnsito raacutepido) que consiste na utilizaccedilatildeo de ocircnibus articulados e biarticulados

com grande capacidade de transporte de passageiros

Conforme ressaltado o Brasil foi pioneiro nesse sistema Atualmente

outros paiacuteses implantaram esse modelo com destaque para o SISTEMA

TRANSMILEcircNIO implantado na Colocircmbia

Jaacute existem estudos teacutecnicos relativos a implantaccedilatildeo desse sistema

na cidade do Rio de Janeiro com a criaccedilatildeo e a implantaccedilatildeo de corredores

rodoviaacuterios usando o sistema BRT para racionalizar e equacionar o problema

existente

Dentro deste escopo este texto foi elaborado em cinco capiacutetulos

partindo do histoacuterico dos transportes no Brasil destacando os seguintes

pontos

O capiacutetulo 1 refere-se agrave histoacuteria e o desenvolvimento inicial dos

transportes em terras brasileira estaacute diretamente relacionada com a cidade do

Rio de Janeiro por ter sido esta a capital do impeacuterio e posteriormente da

repuacuteblica

Descrevo no capiacutetulo 2 o grande salto na aacuterea de transportes que

ocorreu no Brasil a partir da deacutecada de 50 com o advento do governo JK

atraveacutes da instalaccedilatildeo de diversas montadoras estrangeiras

No capiacutetulo 3 abordo a implantaccedilatildeo ocorrida em 1975 na cidade de

Curitiba na gestatildeo do Prefeito Jaime Lerner que criou e implantou um sistema

de transporte de massas chamado ldquoBRTrdquo (Ocircnibus de tracircnsito raacutepido) com

grande capacidade de transporte de passageiros

O capiacutetulo 4 cita a expansatildeo do sistema BRT em Curitiba foi

tambeacutem implantada nas cidades de Uberlacircndia Goiacircnia e Satildeo Paulo

implantaram sistemas semelhantes

11

No capiacutetulo 5 comento que a legislaccedilatildeo relativa a operacionalidade

de transportes estaacute a cargo das Agecircncias reguladoras do Governo

12

CAPIacuteTULO I

O HISTOacuteRICO DOS TRANSPORTES NO BRASIL

Por ter sido a capital do impeacuterio e posteriormente da repuacuteblica a

cidade do Rio de Janeiro sempre esteve na vanguarda das inovaccedilotildees em

serviccedilos para a populaccedilatildeo (NERU 1987a)

O Rio de Janeiro foi a primeira cidade brasileira a ter iluminaccedilatildeo

eleacutetrica telefone e tambeacutem ocircnibus motorizado

O primeiro meio de transporte coletivo na cidade do Rio de Janeiro

foi a serpentina que era um meio de transporte utilizado pelas famiacutelias

abastadas do princiacutepio do seacuteculo XIX (anexo 1)

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos (anexo 2)

A Companhia de Ocircnibus concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por

iniciativa de Aureliano de Sousa e Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva

Joseacute Ribeiro da Silva Manoel Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este

uacuteltimo foi constituiacutedo agente da companhia e fez contato com capitalistas que

se interessassem em investir

As linhas da companhia partiam do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

Posteriormente foi inaugurado o primeiro serviccedilo de bondes

eleacutetricos do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul (anexo 3)

13

Foi o carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que

teve sua apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892

Levando diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade

e terminou a viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do

Machado

Em 1917 a Prefeitura aprovou a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

passando pela Avenida Rio Branco indo da Praccedila Mauaacute ateacute o Palaacutecio Monroe

(antigo Senado) com os carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos O serviccedilo foi inaugurado em 1918 durando ateacute 1928

Em 1926 foi inaugurada a Viaccedilatildeo Excelsior concessionaacuteria de

serviccedilos de transportes pertencente a Light amp Power do Rio de Janeiro

conhecida ateacute hoje como ldquoLIGHTrdquo que detinha o monopoacutelio das linhas de

bonde para a Zona Sul (anexo 04)

ldquoA partir daiacute a LIGHT decidiu explorar o serviccedilo de ocircnibus na cidade tendo iniciado as suas atividades em 22 de novembro de 1927 adotando uma seacuterie de melhoramentos em seus ocircnibus utilizando motores diesel Esses veiacuteculos tinham dois andares e capacidade para 28 passageiros embaixo e 34 no andar de cimardquo (BARAT)

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroccedilaria de ocircnibus mais moderno montada sobre um chassis de mecacircnica

Volvo (anexo 05)

Em 1944 no periacuteodo da segunda guerra mundial devido as

dificuldades de obtenccedilatildeo de combustiacuteveis foram introduzidos os veiacuteculos

movidos a gasogecircnio (anexo 06) O serviccedilo cobria o percurso Urca-Ipanema

Em 1955 Juscelino Kubitschek foi eleito presidente da Repuacuteblica

tendo assumido o governo em 31 de janeiro de 1956

14

JK apresentou ao povo brasileiro um Plano de Metas consistindo

em investimentos em aacutereas prioritaacuterias para o desenvolvimento econocircmico

principalmente em infra-estrutura (rodovias hidreleacutetricas aeroportos e

induacutestrias)

Durante o seu periacuteodo de governo se instalaram no paiacutes grandes

montadoras de automoacuteveis como por exemplo FORD VOLKSWAGEN

WILLYS OVERLAND E GENERAL MOTORS na regiatildeo Sudeste nas cidades

de Santo Andreacute Satildeo Bernardo e Satildeo Caetano (regiatildeo do ABC) aumentando

muito as oportunidades de emprego atraindo trabalhadores de todo Brasil

Paralelamente comeccedilou o encarroccedilamento de ocircnibus no Brasil

utilizando os chassis de caminhotildees A pioneira na fabricaccedilatildeo de carrocerias no

Brasil foi a CIFERAL utilizando chassis Mercedes-Benz (anexo 07)

15

CAPIacuteTULO II

O ADVENTO DA INDUSTRIALIZACcedilAtildeO BRASILEIRA

NOS ANOS DO GOVERNO JK E A IMPLANTACcedilAtildeO DAS

MONTADORAS

Ateacute a deacutecada de 50 com o governo JK a economia brasileira se

fundava na exportaccedilatildeo de produtos primaacuterios e com isso o sistema de

transportes limitou-se aos transportes fluvial e ferroviaacuterio

Com a aceleraccedilatildeo do processo industrial na segunda metade do

seacuteculo XX a poliacutetica para o setor concentrou os recursos no setor rodoviaacuterio

As primeiras medidas concretas para a formaccedilatildeo de um sistema de

transportes no Brasil foram estabelecidas em 1934

Desde a criaccedilatildeo da primeira estrada de ferro ateacute 1946 os esquemas

viaacuterios de transporte nacional foram montados tendo por base as ferrovias

complementados pelas vias fluviais e a malha rodoviaacuteria

Esses conceitos comeccedilaram a ser modificados a partir de entatildeo

especialmente pela profunda mudanccedila que se operou na economia brasileira

quando o setor rodoviaacuterio comeccedilou a ser desenvolvido

ldquoAs primeiras rodovias brasileiras datam do seacuteculo XIX mas a ampliaccedilatildeo da malha rodoviaacuteria ocorreu no governo Vargas com a criaccedilatildeo do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) em 1937 e mais tarde com a implantaccedilatildeo da induacutestria automobiliacutestica na segunda metade da deacutecada de 1950 com a aceleraccedilatildeo do processo de industrializaccedilatildeo e mudanccedila da capital federal para Brasiacuteliardquo (SANTOS)

A partir da deacutecada 50 rede rodoviaacuteria se ampliou de forma notaacutevel

tornando-se a principal via de escoamento de carga e passageiros

16

Na deacutecada 80 o crescimento acelerado deu lugar a estagnaccedilatildeo

A perda de receitas com a extinccedilatildeo em 1988 do imposto sobre

lubrificantes e combustiacuteveis e do imposto sobre serviccedilos impediu a ampliaccedilatildeo

da rede e sua manutenccedilatildeo

Como resultado em fins do seacuteculo XX a rede rodoviaacuteria passou a

responder por 65 dos transportes de cargas e 92 do de passageiros

O crescimento do setor rodoviaacuterio ensejou a instalaccedilatildeo de novas

montadoras no pais atraveacutes da instalaccedilatildeo de outras montadoras como por

exemplo SCANIA FIAT IVECO VOLKSWAGEN CAMINHOtildeES VOLVO e

mais recentemente algumas montadoras asiaacuteticas

Em decorrecircncia da ampliaccedilatildeo do setor rodoviaacuterio deu-se a

ampliaccedilatildeo de faacutebricas em Santa Catarina e do Rio Grande do Sul

Atualmente esse setor ganhou grande desenvolvimento e condiccedilotildees

competitivas a niacutevel internacional com um alto volume de exportaccedilotildees

principalmente para os paiacuteses da Ameacuterica Latina

As principais encarroccediladoras de ocircnibus brasileiras satildeo

MARCOPOLO CAIO COMIL BUSSCAR NEOBUS e IRIZAR A induacutestria

brasileira de carrocerias eacute uma das maiores do mundo

Em 2007 o Brasil foi o terceiro maior fabricante de ocircnibus do

mundo perdendo apenas para a China (IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico 2007)

A induacutestria encarroccediladora de ocircnibus brasileira difere da dos demais

paiacuteses na qual o encarroccedilamento constitui uma etapa separada da produccedilatildeo

dos chassis de ocircnibus

Prevecirc-se para 2010 um crescimento da ordem de 19 O

faturamento do setor deveraacute crescer mais do que em 2007 perfazendo cerca

17

de R$ 72 bilhotildees com uma boa parte oriunda do setor interno desse modo

espera-se um crescimento favoraacutevel apesar da tendecircncia de desaceleraccedilatildeo da

economia internacional

O cenaacuterio conta com a estabilidade da moeda nacional (o real) e

com os financiamentos do BNDES

Devido ao poder competitivo do setor as encarroccediladoras brasileiras

estatildeo lanccedilando modelos cada vez mais modernos que nada devem aos

produtores internacionais

Diversas encarroccediladoras brasileiras jaacute contam com unidades fabris

em diversos continentes a MARCOPOLO tem faacutebricas no Meacutexico e Colocircmbia

e mais recentemente formou Joint Ventures para a instalaccedilatildeo e transferecircncia

de Know-How para a China e Iacutendia

18

CAPIacuteTULO III

A EVOLUCcedilAtildeO E A SITUACcedilAtildeO ATUAL DOS

TRANSPORTES NO BRASIL

ldquoO Brasil ao longo de sua histoacuteria permaneceu voltado para a costa do Atlacircntico com cerca de 80 da populaccedilatildeo vivendo em cidades a menos de mil quilocircmetros da costa e 82 do PIB eacute gerado nas regiotildees Sul Sudeste e Nordesterdquo (IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico 2008)

A origem desse fato deve-se principalmente as caracteriacutesticas do

relevo e da topografia do Brasil pois olhando-se o mapa do paiacutes constata-se

que a faixa mais com melhores condiccedilotildees de vida encontra-se no leste do

paiacutes

Essa situaccedilatildeo perdurou ateacute a chegada do governo JK na deacutecada de

50 quando a capital do paiacutes foi Brasiacutelia na regiatildeo Centro Oeste aacuterea em sua

maior parte formada por Estados dominados por florestas que fazem limites

com os paiacuteses andinos sem saiacuteda para o Oceano Paciacutefico

Em 1975 Jaime Lerner entatildeo Prefeito de Curitiba tendo em vista o

crescimento populacional criou um sistema de transporte baseado no conceito

BRT (Bus Rapid Transit) ndash ocircnibus articulados e biarticulados de grande

capacidade de passageiros que atualmente estaacute em operaccedilatildeo em diversas

cidades brasileiras

A mudanccedila da capital para Brasiacutelia ocasionou um grande

desenvolvimento dessa regiatildeo contribuindo tambeacutem para melhorar o sistema

de transportes rodoviaacuterios do paiacutes que hoje eacute inteiramente interligado do Sul

ateacute o Norte do paiacutes

Devido a esse fato o sistema de transporte organizou-se

predominantemente com base nas rodovias que entre todos eacute o mais oneroso

19

e poluente enquanto as hidrovias e as ferrovias tecircm custos unitaacuterios mais

baixos no entanto o modal rodoviaacuterio eacute mais adequado em relaccedilatildeo a maiores

declividades principalmente para grandes volumes de carga a grandes

distacircncias e para cargas de menor volume e distacircncias menores

Os custos ferroviaacuterios em relaccedilatildeo agraves rodovias satildeo menores nos

trajetos de extensatildeo superiores a 500 km pois os altos custos de implantaccedilatildeo

da rede feacuterrea e o tempo consumido com cargas e descargas satildeo

compensados pela economia geral do meio de transporte

Em pequenas distacircncias as vantagens satildeo do transporte rodoviaacuterio

que desloca mercadorias dos pontos de distribuiccedilatildeo ateacute os pontos de consumo

A implantaccedilatildeo de redes intermodais tende a reduzir os custos de transporte

Mesmo assim o Brasil possui um dos mais amplos sistemas de transporte com

54 portos com capacidade para mais de 500 milhotildees de toneladas por ano 31

mil quilocircmetros de ferrovias e 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovia

A partir da deacutecada de 1970 o modal rodoviaacuterio sofreu uma queda

com uma participaccedilatildeo de 70 em 1970 com uma reduccedilatildeo para 536 em

1985 mas voltando a crescer chegando a 606 em 2004

Entre 1997 e 2004 o volume de cargas transportadas pelas rodovias

cresceu apenas 141 contra 4554 pelas ferrovias que transportam a

maioria dos produtos de baixo valor agregado como por exemplo mineacuterio de

ferro o qual seria inviaacutevel se transportado por caminhotildees

Entre 2003 e 2005 a frota de locomotivas aumentou de 1895 para

2515 e a de vagotildees de 67795 para 90119 devido agrave privatizaccedilatildeo da malha

ferroviaacuteria mas mesmo assim o transporte rodoviaacuterio continua ainda sendo o

mais utilizado no Brasil embora seja o de custo operacional mais elevado em

torno de US$ 320 por 100 tkm contra US$ 074 da ferrovia e US$ 023 da

hidrovia

20

O Brasil possui 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovias e apenas

29798 quilocircmetros de ferrovias e cerca 42000 km de rios navegaacuteveis As

ferrovias transportam 24 da carga no Brasil e nos EUA cerca de 47

Levantamento feito pelo Centro de Estudos em Logiacutestica da

Universidade Federal do Rio de Janeiro concluiu que As companhias

brasileiras voltadas para o comeacutercio exterior perdem cerca de US$ 10 bilhotildees

por ano em consequumlecircncia dos problemas enfrentados na hora de transportar

mercadorias das aacutereas de produccedilatildeo ateacute os portos

ldquoOutro estudo feito pela Comissatildeo Econocircmica para a Ameacuterica Latina e o Caribe ligada agraves Naccedilotildees Unidas conclui que 35 do preccedilo final das mercadorias exportadas do Brasil e de outros paiacuteses latino-americanos se deve aos custos de transporte Nos Estados Unidos este iacutendice natildeo chega a 10rdquo (Veja Especial outubro de 2004 p 61)

Segundo levantamento da CNI Confederaccedilatildeo Nacional da Induacutestria

os custos com transporte equivalem a 1275 do PIB brasileiro enquanto nos

EUA correspondem a 820

Por deficiecircncias logiacutesticas exportar uma tonelada de soja do Brasil

para a China ndash do norte de Mato Grosso via Porto de Paranaguaacute ndash custa hoje

US$ 18 a mais do que fazer o mesmo do Estado norte-americano de Iowa Em

2007 a situaccedilatildeo se complicou com a falta generalizada de caminhotildees para o

mercado interno e de navios para o mercado externo

Poreacutem como as exportaccedilotildees estatildeo superando as importaccedilotildees

faltam contecircineres para o embarque de produtos brasileiros

Das cerca de 22 milhotildees de toneladas de produtos exportados

anualmente cerca de 95 saem pelos portos O problema comeccedila com o fato

de que a maioria das mercadorias a ser exportada chega aos portos por meio

de rodovias

21

Segundo a ANUT ndash Associaccedilatildeo Nacional dos Usuaacuterios de

Transportes de Carga em 2004 as empresas brasileiras desembolsaram US$

12 bilhatildeo em pagamentos por atrasos no embarque e desembarque de

mercadorias nos portos brasileiros

Na margem esquerda do porto de Santos haacute um problema de

lentidatildeo de escoamento pois existem mais de 6000 moradias irregulares

margeiam os trilhos obrigando os trens a reduzir a velocidade de 80 para 10

quilocircmetros por hora causando um acreacutescimo de custo na ordem de 34

quando nos Estados Unidos essa margem natildeo ultrapassa os 20

ldquoOs Estados da regiatildeo Centro Sul produzem 13 milhotildees de toneladas anuais de gratildeos cerca de 9 milhotildees saem do Estado por rodovias 80 delas sem pavimentaccedilatildeo portanto estaacute dependendo da conclusatildeo da Ferronorte e das Hidrovias Paranaacute Paraguai e Araguaia Tocantins para baixar seus custos de transporterdquo (Veja 17102001 p 146-147)

22

CAPIacuteTULO IV

ESTUDO DE CASOS SISTEMA DE TRANSPORTES DE

CURITIBA UBERLAcircNDIA GOIAcircNIA SAtildeO PAULO E

RIO DE JANEIRO

41 Curitiba

A cidade de Curitiba eacute conhecida internacionalmente pelo eficiente e

inovador sistema de transporte coletivo Como todas as ideacuteias novas o sistema

que possibilitou a integraccedilatildeo urbana de Curitiba foi cercado de duacutevidas Mas ao

longo dos anos foi comprovado que a criatividade foi mais eficaz que o

ceticismo

411 Bonde a cavalos

Em 1887 a Empreza Curitybana dirigida por Boaventura Capp

disponibilizou o primeiro bonde puxado por animais ligando a Boulevard 2 de

Julho (atual iniacutecio da Avenida Joatildeo Gualberto) ao bairro do Batel Esta foi a

pedra fundamental de parte da identidade mais latente da cidade de Curitiba o

transporte coletivo Naquele periacuteodo o passeio pela pacata Curitiba tinha

caracteriacutestica mais poeacutetica e os bondes davam o toque de charme (anexo 09)

A viagem inaugural dos primeiros bondes foi um dos maiores

acontecimentos da eacutepoca

Os jornais locais divulgaram com orgulho a partida dos quatro

vagotildees que contavam com ilustres passageiros como o presidente da proviacutencia

Faria Sobrinho

23

412 Bondes eleacutetricos

Apesar de o bondinho ter o objetivo de atender agraves massas ele era

dividido em duas categorias Na primeira classe era obrigatoacuterio que os

passageiros estivessem calccedilados Jaacute no bond mixto como era conhecida a

pessoa podiam viajar sem sapatos

O panorama do transporte coletivo da cidade mudou com a

introduccedilatildeo dos bondes eleacutetricos a partir 1912 Os primeiros bondes puxados

por mulas foram vendidos e amontoados no depoacutesito de ferro-velho em

Paranaguaacute

A mudanccedila foi necessaacuteria jaacute que o nuacutemero de passageiros

aumentou de 680 mil em 1903 para 19 milhatildeo por ano em 1913 a cidade

crescia rapidamente poreacutem de maneira desordenada

413 Os primeiros ocircnibus

Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia

Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo Dois anos

mais tarde comeccedilaram a aparecer as linhas particulares de ocircnibus apesar dos

bondes ainda serem a preferecircncia da populaccedilatildeo

Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto

da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bondes perderam

espaccedilo mas apesar das passagens mais caras o novo veiacuteculo era mais

confiaacutevel e seguro

Em 1951 saiacuteram de circulaccedilatildeo os uacuteltimos bondes dando lugar agraves

auto-lotaccedilotildees

Uma das grandes revoluccedilotildees no setor ocorreu em 1955 quando o

municiacutepio estabeleceu contratos de concessatildeo com 13 empresas

24

Naquela eacutepoca a cidade era atendida por 50 ocircnibus e 80 lotaccedilotildees

Em 1965 foi editado o Plano Diretor de Transportes de Curitiba estabelecendo

as vias estruturais que serviram como eixos base para movimentaccedilatildeo urbana

O plano foi considerado um dos mais perfeitos do mundo

Devido ao bom planejamento mesmo 15 anos depois os 673 ocircnibus

da capital paranaense transportavam 515 mil pessoas diariamente

A frota do transporte coletivo representava apenas 2 dos veiacuteculos

que trafegavam em Curitiba e era responsaacutevel pelo transporte de 75 das

pessoas que se locomoviam

Como a cidade crescia rapidamente em pouco tempo o sistema

tradicional estaria obsoleto e ineficaz para atender tanta gente Era necessaacuterio

algo de novo A soluccedilatildeo foi a implantaccedilatildeo dos ocircnibus expressos esse sistema

foi um dos grandes responsaacuteveis pelo avanccedilo no atendimento do transporte

coletivo

Natildeo se tratava somente de uma nova categoria de veiacuteculo mas

acima de tudo um sistema de transporte para meacutedias distacircncias que possuiacutea

via exclusiva

A primeira etapa foi agrave implantaccedilatildeo das canaletas exclusivas onde

circulavam os ocircnibus convencionais

O Departamento de Pesquisa de Veiacuteculos da Faculdade de

Engenharia Industrial de Satildeo Bernardo dos Campos (SP) apresentou ao

IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba) o primeiro

modelo de ocircnibus para atender as novas necessidades de transporte urbano

Batizado de Uiraquitan em homenagem ao nome indiacutegena dado ao primeiro

carro fabricado no Brasil foi projetado especialmente para o sistema viaacuterio de

Curitiba

25

414 Os primeiros ocircnibus expressos

Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo

nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimental os 20

primeiros expressos A frota partiu da Praccedila Generoso Marques para atender

passageiros do Eixo NorteSul Em um dos ocircnibus de inconfundiacutevel cor

vermelha o prefeito Jaime Lerner idealizador do projeto desde o tempo em que

era presidente do IPPUC ndash INSTITUTO DE PESQUISAS E PLANEJAMENTO

URBANO DE CURITIBA noticiava agrave imprensa a satisfaccedilatildeo de ver sua grande

obra em funcionamento

Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde

foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e caixas de correio

aleacutem da pista proacutepria o expresso foi comparado a um metrocirc na superfiacutecie Em

meacutedia todos os meses 19 milhatildeo de pessoas utilizavam o novo sistema de

transporte

As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi

crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento populacional e de

infra-estrutura da cidade Em 1980 Curitiba foi a primeira capital a adotar a

tarifa social O preccedilo da passagem era uacutenico independente do trecho da

viagem Com esta vantagem tambeacutem foi colocada em praacutetica a campanha Eacute

com esse que eu vou incentivando a populaccedilatildeo a deixar os carros em casa e

utilizar o veiacuteculo coletivo O preccedilo do petroacuteleo aumentava cada vez mais por

conta da crise mundial de combustiacuteveis

Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a

utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar a passagem

uacutenica Os usuaacuterios podiam trocar de linha dentro dos terminais sem pagar nova

passagem Com isto se consolidou a RIT (Rede Integrada de Transporte) Em

1980 os ocircnibus articulados com capacidade 80 maior comeccedilaram a

substituir gradativamente os antigos expressos Isto significou economia de

combustiacutevel em 46 e reduccedilatildeo de custo de 21 por passageiro transportado

26

Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS

(Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistema e passou a

ser a concessionaacuteria e as empresas operadoras as permissionaacuterias

Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia

incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas

alimentadoras para os usuaacuterios se deslocarem nos cinco eixos atendidos pelos

expressos 239 linhas em todo o sistema A RIT atendia em 1990 54 do total

de usuaacuterios do sistema iacutendice que chegou a 84 em 1995

Em outubro de 1991 sob encomenda da URBS a Volvo comeccedilou a

desenvolver o primeiro ocircnibus bi-articulado brasileiro batizado de Metrobuacutes

com 25 metros de comprimento e capacidade para transportar ateacute 270

passageiros

Neste periacuteodo foi implantada uma das maiores novidades do

transporte coletivo naquela deacutecada Foram criadas as Linhas Diretas servidas

por veiacuteculos de cor cinza popularmente chamados de Ligeirinhos (anexo 15)

Atraveacutes das rampas de acesso no lugar das escadas eles

permitiram o embarque e desembarque de passageiros atraveacutes das estaccedilotildees-

tubo que serviam como pequenos terminais possibilitando ao usuaacuterio a troca

de linhas sem pagar nova passagem

Os Bi-articulados comeccedilaram a substituir tambeacutem os ocircnibus

utilizados nas linhas do Express

As melhorias foram sendo colocadas em praacutetica como o sistema de

aviso de paradas

A cada saiacuteda de uma estaccedilatildeo-tubo o sistema eacute automaticamente

acionado para informar aos passageiros qual eacute o ponto seguinte e quais portas

27

deveratildeo ser utilizadas para o desembarque Sistema parecido com o usado por

alguns metrocircs em diversos lugares do mundo

Em 1996 a RIT ultrapassou as fronteiras e passou a atender a

Regiatildeo Metropolitana Em 1999 o Sistema Expresso comemorou 25 anos com

a inauguraccedilatildeo da linha Bi-articulada Circular Sul

Para relembrar o comeccedilo de tudo uma reacuteplica do primeiro ocircnibus

expresso de 1974 circulou do Terminal Capatildeo Raso ateacute a Praccedila Generoso

Marques transportando o entatildeo governador Jaime Lerner e o prefeito Caacutessio

Taniguchi

Foi como uma viagem no tempo para Lerner e para muitos

curitibanos que acompanharam o desenvolvimento do transporte coletivo da

cidade repleto de inovaccedilotildees e empreendedorismo para acompanhar o

crescimento urbano

Em 2000 a substituiccedilatildeo de 87 veiacuteculos articulados por 57 de maior

porte no eixo lesteoeste demonstrou que no sistema adotado por Curitiba

novidades satildeo sempre implantadas sem a necessidade de investimentos

incompatiacuteveis com a realidade da cidade

Os avanccedilos sociais marcam a histoacuteria recente do transporte coletivo

curitibano

Em 2005 o prefeito Beto Richa determinou o enxugamento de

despesas do sistema e o corte de dez centavos na tarifa reduzida para R$

180

Hoje 2 milhotildees de passageiros utilizam diariamente o Sistema

Integrado de Transporte Coletivo composto por 1980 ocircnibus que atendem 395

linhas O sistema eacute responsaacutevel pelo emprego direto de 15 mil pessoas entre

motoristas cobradores fiscais mecacircnicos entre outros profissionais

28

Com a construccedilatildeo da Linha Verde o Sistema de Transportes de

Curitiba estaacute em expansatildeo essa via uniraacute a cidade no trecho urbano na antiga

BR-116 melhorando o tracircnsito e os transportes em Curitiba

42 Uberlacircndia

A cidade de Uberlacircndia no Estado de Minas Gerais conta um

Sistema Integrado de Transporte Urbano (SIT) que racionalizou o uso dos

transportes urbanos com a unificaccedilatildeo do preccedilo das passagens aleacutem disso o

usuaacuterio natildeo paga mais duas passagens para chegar no local desejado

contando com um transporte coletivo 100 integrado e monitorado (GPRS)

administrado pela prefeitura

O sistema eacute dotado de bilhetagem eletrocircnica A maioria dos

veiacuteculos tecircm elevador para facilitar o acesso de deficientes fiacutesicos

O sistema eacute composto por seis terminais

bull Central

bull Santa Luzia

bull Planalto

bull Umuarama

bull Terminal Industrial (distrito industrial de Uberlacircndia)

O sistema conta com treze estaccedilotildees de embarque e desembarque

de passageiros interligando a regiatildeo central (Terminal Central) de Uberlacircndia

ao Anel Rodoviaacuterio (Terminal Santa Luzia) proporcionando um raacutepido acesso

agraves principais rodovias em torno do municiacutepio

43 Goiacircnia

A Prefeitura de Goiacircnia tem buscado soluccedilotildees inovadoras no que diz

respeito aos problemas que envolvem os transportes urbanos da cidade A

primeira grande mudanccedila no sistema de transportes coletivos da regiatildeo

29

metropolitana de Goiacircnia ocorreu em 1976 quando da implantaccedilatildeo do sistema

tronco-alimentador que se baseava em linhas troncais e alimentadoras atraveacutes

de terminais de integraccedilatildeo com a exploraccedilatildeo e operaccedilatildeo das linhas por

empresas concessionaacuterias privadas

No ano seguinte agrave sua implantaccedilatildeo o sistema possibilitou o

transporte de 35 milhotildees de passageiros nuacutemero que cresceu a uma taxa de

5 ao ano ateacute 1984 atingindo a meacutedia anual de 100 milhotildees de passageiros

No periacuteodo entre 1985 e 1991 a quantidade de passageiros

transportados continuou aumentando ateacute atingir o patamar de 250 milhotildees de

passageirosano em funccedilatildeo do aumento da demanda por transporte coletivo

urbano ocorrido em todo o paiacutes

Os problemas inflacionaacuterios de 1992 a 1994 e a diminuiccedilatildeo do poder

aquisitivo provocaram a queda da demanda para 200 milhotildees de

passageirosano

O sistema de transportes urbanos de Goiacircnia estaacute em expansatildeo

com a previsatildeo de entrada em operaccedilatildeo do Metrocirc de Superfiacutecie que contaraacute

com ocircnibus articulados e biarticulados de grande capacidade de passageiros

Visando a implantaccedilatildeo dessa via de superfiacutecie estaacute sendo testado o

modelo de ocircnibus biarticulado VOLVO B9 SALF (anexo 20) com grande

capacidade para transportar 270 passageiros Esse mesmo modelo estaacute em

operaccedilatildeo no Sistema Transantiago na capital chilena

44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro

441 Satildeo Paulo

A histoacuteria da cidade de Satildeo Paulo eacute marcada pela implantaccedilatildeo da

ferrovia mas a histoacuteria dos transportes puacuteblicos iniciada agrave mesma eacutepoca tem

30

nos tiacutelburis carros de duas rodas puxados por um cavalo sua primeira

apariccedilatildeo com a inauguraccedilatildeo em 1872 pela Companhia Carris de Ferro de Satildeo

Paulo da primeira linha de bondes puxados a burro

A primeira linha de bonde eleacutetrico foi inaugurada no iniacutecio do seacuteculo

XX em 7 de maio de 1900 ligando o largo de Satildeo Bento agrave Barra Funda Foi um

empreendimento da Satildeo Paulo Railway Light and Power Company LTd que

recebeu por transferecircncia a concessatildeo para organizar construir e operar

linhas de bonde por traccedilatildeo eleacutetrica para diversos pontos da cidade e seus

subuacuterbios durante 40 anos

Os primeiros auto-ocircnibus surgiram na cidade na deacutecada de 20

complementando a alternativa ao bonde que sofria as limitaccedilotildees de rede

energia e investimentos

Nos anos 30 a capital de Satildeo Paulo jaacute era considerada um grande

centro urbano e convivia com um tracircnsito agitado O Plano de Avenidas do

Prefeito Prestes Maia indicava a expressiva influecircncia do automoacutevel na vida e

na estrutura da cidade

A Comissatildeo de Estudos de Transportes Coletivos instituiacuteda em

1939 pocircs em discussatildeo a organizaccedilatildeo do transporte como serviccedilo puacuteblico e as

vantagens do monopoacutelio governamental lanccedilando as bases para a constituiccedilatildeo

de uma empresa municipal responsaacutevel pelo transporte coletivo

O nuacutemero de ocircnibus em Satildeo Paulo em 1941 superou os mil

enquanto o de bondes manteve-se em 500 Assim eram os ocircnibus que

transportavam a maior parte dos passageiros Trinta e sete empresas

particulares exploravam 90 linhas que circulavam pelo municiacutepio

Em 1946 atraveacutes do Decreto-Lei no 365 de 10 de outubro de 1946

o Prefeito Abrahatildeo Ribeiro autorizou a constituiccedilatildeo de uma empresa

31

responsaacutevel pelo transporte puacuteblico criando-se entatildeo a Companhia Municipal

de Transportes Coletivos ndash CMTC (anexo 10)

Em 1947 a Prefeitura determinou a transferecircncia do patrimocircnio da

Light relativo ao serviccedilo para a nova companhia e decidiu que as empresas

privadas passariam a operar somente as linhas de ocircnibus fora do periacutemetro

urbano

Em 1975 a COMPANHIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES

COLETIVOS - CMTC operava apenas 14 da frota de ocircnibus da cidade

Um novo contrato de concessatildeo foi firmado entre Prefeitura e CMTC

permitindo a contrataccedilatildeo os serviccedilos de transporte coletivo de passageiros em

23 aacutereas de operaccedilatildeo Assim uma mudanccedila efetiva ocorreu no sistema e no

mercado de transporte coletivo da cidade restituindo em parte agrave CMTC o seu

outro papel o de gestora do sistema

Nos anos 80 aleacutem de inovaccedilotildees operacionais e tecnoloacutegicas

promovidas pela CMTC - o Programa Troleibus a implantaccedilatildeo dos corredores

de ocircnibus em faixa exclusiva e a utilizaccedilatildeo de ocircnibus movidos a gaacutes metano e

natural- a gestatildeo do serviccedilo de transporte puacuteblico voltou a ser alvo da atenccedilatildeo

da administraccedilatildeo municipal tendo resultado inclusive em intervenccedilotildees

administrativas e gerenciais em algumas empresas operadoras

A relaccedilatildeo entre as empresas operadoras e a municipalidade passou

por nova e importante alteraccedilatildeo a partir do processo de municipalizaccedilatildeo

quando atraveacutes da Lei no 11037 1991 o sistema de remuneraccedilatildeo do

serviccedilo passou a ser feito pelo custo dos serviccedilos passando a operadora a ser

remunerada diretamente pela apropriaccedilatildeo da tarifa paga pelo passageiro

O serviccedilo contratado pela Prefeitura e operado pelas empresas eacute

remunerado conforme a afericcedilatildeo dos custos incorridos na prestaccedilatildeo do serviccedilo

A tarifa definida conforme paracircmetros econocircmicos e poliacuteticos passou a

32

pertencer a administraccedilatildeo municipal constituindo-se na principal fonte de

recursos para o pagamento do serviccedilo agraves empresas contratadas pela

operaccedilatildeo

No iniacutecio de 1993 a CMTC desempenhava ao mesmo tempo as

funccedilotildees de gestora do sistema de transporte coletivo e de operadora detendo

cerca de 27 de participaccedilatildeo no setor

A administraccedilatildeo tinha por objetivo a racionalizaccedilatildeo da operaccedilatildeo e

reduccedilatildeo do deacuteficit previsto pela manutenccedilatildeo da administraccedilatildeo da CMTC como

empresa operadora

A alteraccedilatildeo do perfil da frota da quantidade de ocircnibus e de

funcionaacuterios eram medidas indicadas que exigiriam altos investimentos e natildeo

gerariam necessariamente reduccedilatildeo de custos Optou-se entatildeo por encerrar

as atividades operacionais da antiga CMTC atraveacutes da privatizaccedilatildeo de toda a

operaccedilatildeo dos 2700 ocircnibus e das respectivas garagens reduzindo o quadro de

pessoal de 27 mil para cerca de 1200 empregados Esse processo se valeu da

flexibilidade do mesmo modelo de gestatildeo estabelecido pela Lei No 11037

91

A forma de remuneraccedilatildeo dos serviccedilos prestados pelas empresas

contratadas foi inovada alterando-se o criteacuterio anterior de pagamento

calculado pelo custo do quilocircmetro rodado por um valor limite por passageiro

transportado

A antiga CMTC foi entatildeo transformada na Satildeo Paulo Transporte

SA- SPTRANS nova denominaccedilatildeo adotada em 8 de marccedilo de 1995 para a

empresa que ficou voltada somente agrave gestatildeo do sistema de transporte da

cidade

Atualmente com o crescimento das aacutereas urbanas da cidade

tornou-se necessaacuterio ampliar a aacuterea viaacuteria do municiacutepio atualmente estaacute em

33

fase de conclusatildeo o anel rodoviaacuterio da grande Satildeo Paulo e do rodoanel vias

que depois de prontas desafogaratildeo o traacutefego de veiacuteculos na cidade

O sistema Metropolitano operado pela Companhia do Metropolitano

de Satildeo Paulo tambeacutem estaacute em expansatildeo e contribuiraacute para atender o aumento

da demanda de transportes urbanos na maior cidade do Brasil

442 Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro capital do estado homocircnimo eacute a segunda maior

metroacutepole do Brasil situada na regiatildeo Sudeste

Eacute a cidade brasileira mais conhecida no exterior e a maior rota de

turismo internacional no Brasil

A parte urbana do Municiacutepio do Rio de Janeiro recebeu a

denominaccedilatildeo de GRANDE RIO pela Lei complementar nordm 20 pela Lei

Complementar nordm 20 de 01 de julho de 1974 apoacutes a fusatildeo dos antigos estados

do Rio de Janeiro e Guanabara

Aleacutem da parte urbana da cidade existe tambeacutem a REGIAtildeO

METROPOLITANA II DO RIO DE JANEIRO que abrange os municiacutepios de

Niteroacutei Satildeo Gonccedilalo Itaboraiacute Rio Bonito e Tanguaacute

A cidade foi capital do Brasil Colocircnia a partir de 1763 capital do

Impeacuterio Portuguecircs na eacutepoca das invasotildees de Napoleatildeo capital do Impeacuterio do

Brasil e capital da Repuacuteblica ateacute a inauguraccedilatildeo de Brasiacutelia na deacutecada de 60

As primeiras vias na regiatildeo onde hoje estaacute situada a Cidade do Rio

de Janeiro foram abertas pelos Tamoios com objetivos estrateacutegicos e de

defesa Eram veredas no interior da floresta e dirigiam-se ao interior em direccedilatildeo

agrave Serra do Mar (Santos 1934) Os rios e a Baiacutea de Guanabara eram as outras

vias naturais utilizadas por eles

34

Ateacute os primeiros anos do seacuteculo XIX o espaccedilo urbano da Cidade do

Rio de Janeiro limitava-se ao quadrilaacutetero formado pelos Morros do Castelo

Satildeo Bento Santo Antocircnio e da Conceiccedilatildeo De acordo com Abreu (1987) este

chatildeo fora duramente conquistado agrave natureza aterrando-se brejos e mangues

nos trecircs primeiros seacuteculos de existecircncia da cidade Considerando-se os limites

da cidade de entatildeo como sendo ao norte o Campo de Santana ao sul o Largo

do Machado e a regiatildeo de Mata Cavalos (hoje Rua do Riachuelo) e que natildeo

existiam ateacute entatildeo meios de transporte coletivo pode-se afirmar que a maioria

dos deslocamentos eram realizados a peacute em carro de bois eou no lombo de

animais Soacute posteriormente foram introduzidos as andas as redes e os

palanguins

Segundo Dunlop (1973) estes meios de transportes eram como

uma cama suspensa em longo varal conduzida nos ombros por escravos um

agrave frente outro agrave retaguarda

Para as viagens de longa distacircncia neste periacuteodo aqueles que

desejavam ir agraves Minas Gerais Satildeo Paulo ou ao interior do paiacutes tinham que

realizar por exemplo viagens que envolviam animais barcos e comeccedilavam

realizando um percurso pela Baiacutea de Guanabara

Com a chegada da famiacutelia real portuguesa por volta de 1808 foram

trazidas pela corte os coches carruagens seges e o cabriolet

Considerando-se os limites urbanos da cidade bem como as

caracteriacutesticas daquela sociedade colonial portuguesa nos troacutepicos pode-se

afirmar que somente as pessoas de posse ou que possuiacuteam seus proacuteprios

meios de transportes tinham condiccedilatildeo e direito de deslocar-se agraves localidades

mais afastadas do centro histoacuterico da cidade ou empreenderem viagens mais

longas

O transporte puacuteblico soacute foi introduzido na cidade por volta de 1817

com a adoccedilatildeo das Gocircndolas e Diligecircncias veiacuteculos de transporte coletivo

35

puxado agrave burros eou cavalos muito utilizados por todos que necessitavam

deslocar-se dentro do periacutemetro urbano Estes veiacuteculos operavam o transporte

de passageiros entre o centro da cidade e o Palaacutecio da Boa Vista em Satildeo

Cristoacutevatildeo e de Santa Cruz na Fazenda Real por concessatildeo

Dunlop (1973) esclarece que os primeiros ocircnibus tambeacutem puxados

por quatro animais comeccedilaram a trafegar no Rio em 1837 ou 1838 por

iniciativa do francecircs Jean Lecoqrdquo

Eram carros compridos () com dois bancos longitudinais

semelhantes aos bondes fechados da Botanical Garden que aqui surgiram

trinta anos mais tarde Transportavam de vinte a vinte e quatro passageiros

A denominada Companhia de Ocircnibus ainda segundo Dunlop

oferecia serviccedilos para os bairros de Botafogo Laranjeiras Satildeo Cristoacutevatildeo

Andaraiacute Pequeno - hoje Tijuca - Rio Comprido e Engenho Velho Estes

serviccedilos contribuiacuteram muito para o desenvolvimento e crescimento destes

bairros oferecendo uma opccedilatildeo de moradia agravequeles que desejavam sair do

centro histoacuterico aacuterea jaacute conturbada entatildeo

Destaca-se o papel exercido pelos trens agrave partir de 1858 com a

construccedilatildeo da Estrada de Ferro D Pedro II posteriormente denominada E F

Central do Brasil Este novo meio de transporte ofereceu pela primeira vez

uma maneira veloz e confiaacutevel que alcanccedilava longas distacircncias e circulava em

horaacuterios preacute-estabelecidos e regulares Inicialmente usado somente para o

transporte de cargas - para escoar a produccedilatildeo de cafeacute do Vale do Paraiacuteba em

direccedilatildeo ao Porto do Rio de Janeiro - e para o transporte de passageiros de

longa distacircncia

Outras ferrovias seguiram-se a esta primeira tais como a The

Leopoldina Railway Company (depois E F Leopoldina) E F Rio DOuro (hoje

Linha 2 do Metrocirc) E F Melhoramentos do Brasil (depois Linha Auxiliar da

36

Central do Brasil) Todas foram unificadas na Rede Ferroviaacuteria Federal SA

(1957)

ldquoO trem favoreceu o surgimento dos bairros mais afastados do centro na periferia no que posteriormente veio a ser conhecido como os subuacuterbios ferroviaacuterios da Central do Brasil Contribuiu muito tambeacutem para o desenvolvimento dos municiacutepios da Baixada Fluminense e da periferia distante do centro da Cidade do Rio de Janeirordquo (ABREU 1987)

O bonde inicialmente em traccedilatildeo animal e posteriormente

eletrificado foi o meio de transporte que juntamente com os ocircnibus tambeacutem

em traccedilatildeo animal favoreceu o crescimento e desenvolvimento da cidade O

trem chegava ateacute as estaccedilotildees mas era o bonde que circulava no interior do

bairro

Em 1859 circulou o primeiro bonde puxado a burro na cidade do

Rio de Janeiro ligando o Largo do Rocio ao Alto da Boa Vista Esta linha era

controlada pela Cia Carris de Ferro cuja exploraccedilatildeo fora concedida ao

empresaacuterio inglecircs Thomas Cochrane em 1856

Outras empresas vieram em seguida como a Botanical Garden

Railroad Company posteriormente Cia Ferro Carril do Jardim Botacircnico ou a

Rio de Janeiro Street Railroad Company posteriormente Cia Satildeo Cristoacutevatildeo

O Baratildeo de Drumond por sua vez obteve uma concessatildeo para

explorar a Companhia Ferro Carril de Vila Isabel para atender aos bairros do

Andarahy Grande (Andaraiacute Vila Isabel Grajauacute e Maracanatilde) Satildeo Francisco

Xavier e Engenho Novo

ldquoA criaccedilatildeo desta empresa estava fortemente ligada a abertura do bairro de Vila Isabel nas terras da entatildeo Fazenda do Macaco de propriedade da famiacutelia imperial caracterizando um empreendimento conjugado (transporteloteamento)rdquo (Abreu 1987)

37

Os bondes foram substituiacutedos na deacutecada de 1960 pelos ocircnibus

eleacutetricos denominados de troleibus ou chifrudos pela populaccedilatildeo por causa

da forma de captaccedilatildeo de energia eleacutetrica da rede aeacuterea

Apoacutes breve periacuteodo em operaccedilatildeo pela CTC os troleibus foram

substituiacutedos pelos ocircnibus agrave diesel da mesma companhia estadual

O uso das barcas como meio de transporte e passageiros no

contexto da Regiatildeo Metropolitana destacando-se pela existecircncia de uma via

natural a Baiacutea de Guanabara e a costa oceacircnica firmando-se como transporte

regular agrave partir do ano de 1853 com a implantaccedilatildeo da Cia de Navegaccedilatildeo de

Niteroacutei

Ao longo dos anos foram transportadas cargas veiacuteculos e

passageiros sendo reconhecido como um meio eficiente na ligaccedilatildeo entre as

cidades do Rio de Janeiro e Niteroacutei

Apoacutes a construccedilatildeo da Ponte Rio - Niteroacutei sua importacircncia foi

diminuindo ano a ano apesar de toda sua potencialidade instalada

Outras ligaccedilotildees natildeo soacute para a aacuterea central de Niteroacutei podem ser

melhor exploradas com impactos favoraacuteveis no sistema de transporte como

um todo e para o meio ambiente

Afinal todas as localidades das cidades eou bairros situadas agraves

margens da baiacutea ou na costa do estado satildeo potencialmente habilitadas a

serem servidas por barcas

Falar em transportes urbanos significa tambeacutem falar em problemas

de tracircnsito e engarrafamentos que eacute um dos maiores vilotildees da agitada do

Seacuteculo XXI

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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MUSEU NACIONAL DOS TRANSPORTES

httpwwwmuseutransportescombr - acessado em 23 de agosto de 2009

MUSEU DOS TRANSPORTES PUacuteBLICOS GAETANO FEROLLA

httpwwwsptranscombrsptrans08historiamuseuasp - acessado em 26 de

agosto de 2009

65

MUSEU DO BONDE ndash SANTA TERESA ndash RIO DE JANEIRO

httpwwwflickrcomphotosclaudiolara2233169354 - acessado em 26 de

agosto de 2009

ENCICLOPEacuteDIA DIGITAL WIKIPEacuteDIA

httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 8: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

8

INTRODUCcedilAtildeO

Podemos dizer que em siacutentese transporte eacute o movimento de

pessoas ou coisas de um lugar para outro Os transportes podem se distinguir

pela possessatildeo onde o transporte puacuteblico eacute destinado a qualquer pessoa e o

privado eacute restringido somente a quem os adquiriu

Atualmente o Brasil conta com uma moderna induacutestria de

transportes com um grande e soacutelido parque industrial nesse setor formado por

grandes montadoras como por exemplo FORD VOKSWAGEN GENERAL

MOTORS MERCEDES-BENZ SCANIA VABIS AGRALE e a RANDON

Mais recentemente instalaram-se no Brasil outras montadoras

destacando-se a VOLVO FIAT IVECO e VOLKSWAGEN que implantou uma

unidade fabril em Resende no Estado do Rio de Janeiro onde produz chassis

para caminhotildees e ocircnibus

Devido a carecircncia de veiacuteculos de transportes no Brasil os primeiros

veiacuteculos fabricados no paiacutes foram caminhotildees cujas plataformas foram

utilizadas para produzir os primeiros ocircnibus encarroccedilados no paiacutes

Para implantar a poliacutetica de transportes no Brasil foi criado em 1965

o GEIPOT ndash Grupo Executivo de Integraccedilatildeo da Poliacutetica de Transportes

vinculado ao Ministeacuterio de Viaccedilatildeo e Obras Puacuteblicas (atual Ministeacuterio dos

Transportes) na gestatildeo do Ministro Luacutecio Meira

Os objetivos do GEIPOT estabelecidos por lei foram o de prestar

apoio teacutecnico e administrativo aos oacutergatildeos do Poder Executivo com o objetivo

de formular orientar coordenar e executar a Poliacutetica Nacional de Transportes

nos seus diversos modais bem como promover executar e coordenar

atividades de estudos e pesquisas necessaacuterios ao planejamento dos

Transportes no paiacutes transformando-se em um centro de referecircncia

internacional para os estudos de Transportes no Brasil

9

Essa poliacutetica proporcionou a implantaccedilatildeo de induacutestrias

complementares que hoje produzem desde autopeccedilas ateacute sofisticados

modelos de carrocerias para ocircnibus que ganharam o mercado externo

contribuindo tambeacutem para a instalaccedilatildeo do moderno sistema de Transportes de

Massas atraveacutes do sistema (BRT) BUS RAPID TRANSIT ndash Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido implantado na cidade de Curitiba em 1974 na gestatildeo do Prefeito Jaime

Lerner dando ao Brasil o privileacutegio de ser o primeiro paiacutes do mundo a implantar

um sistema desse tipo conquistando diversos precircmios internacionais e

exportando Know-How para diversos paiacuteses

O GEIPOT existiu durante 36 anos poreacutem com a reestruturaccedilatildeo do

Setor de Transportes no ano de 2001 esse oacutergatildeo colaborou no

acompanhamento e na realizaccedilatildeo de anaacutelises teacutecnicas do projeto de Lei nordm

161599 consolidado na Lei nordm 10233 de 05062001 que criou o Conselho

Nacional de Integraccedilatildeo de Poliacutetica de Transportes Terrestres (CONIT) a

Agecircncia Nacional de Transportes Aquaviaacuterios (ANTAQ) a Agecircncia Nacional de

Transportes Terrestres (ANTT) e o Departamento Nacional de Infra-Estrutura

de Transportes (DNIT) Com a criaccedilatildeo dessas Agecircncias reguladoras o

GEIPOT foi extinto pela Medida Provisoacuteria nordm 427 de 09052008 convertida na

Lei nordm 117722008

Os sistemas de transportes de massas nas grandes cidades

brasileiras estatildeo saturados atingindo ateacute mesmo a rede dos serviccedilos de Metrocirc

No entanto esses problemas podem ser resolvidos a curto e meacutedio

prazo com estudos teacutecnicos e recomendaccedilotildees teacutecnicas para a implantaccedilatildeo de

novos serviccedilos de transporte de massas que atendam as necessidades da

populaccedilatildeo dos grandes centros

Fato semelhante ocorreu em um passado relativamente recente em

1975 na cidade de Curitiba e que foi equacionado na gestatildeo do Prefeito Jaime

Lerner com a implantaccedilatildeo do Sistema BRT ndash BUS RAPID TRANSIT (Ocircnibus de

10

tracircnsito raacutepido) que consiste na utilizaccedilatildeo de ocircnibus articulados e biarticulados

com grande capacidade de transporte de passageiros

Conforme ressaltado o Brasil foi pioneiro nesse sistema Atualmente

outros paiacuteses implantaram esse modelo com destaque para o SISTEMA

TRANSMILEcircNIO implantado na Colocircmbia

Jaacute existem estudos teacutecnicos relativos a implantaccedilatildeo desse sistema

na cidade do Rio de Janeiro com a criaccedilatildeo e a implantaccedilatildeo de corredores

rodoviaacuterios usando o sistema BRT para racionalizar e equacionar o problema

existente

Dentro deste escopo este texto foi elaborado em cinco capiacutetulos

partindo do histoacuterico dos transportes no Brasil destacando os seguintes

pontos

O capiacutetulo 1 refere-se agrave histoacuteria e o desenvolvimento inicial dos

transportes em terras brasileira estaacute diretamente relacionada com a cidade do

Rio de Janeiro por ter sido esta a capital do impeacuterio e posteriormente da

repuacuteblica

Descrevo no capiacutetulo 2 o grande salto na aacuterea de transportes que

ocorreu no Brasil a partir da deacutecada de 50 com o advento do governo JK

atraveacutes da instalaccedilatildeo de diversas montadoras estrangeiras

No capiacutetulo 3 abordo a implantaccedilatildeo ocorrida em 1975 na cidade de

Curitiba na gestatildeo do Prefeito Jaime Lerner que criou e implantou um sistema

de transporte de massas chamado ldquoBRTrdquo (Ocircnibus de tracircnsito raacutepido) com

grande capacidade de transporte de passageiros

O capiacutetulo 4 cita a expansatildeo do sistema BRT em Curitiba foi

tambeacutem implantada nas cidades de Uberlacircndia Goiacircnia e Satildeo Paulo

implantaram sistemas semelhantes

11

No capiacutetulo 5 comento que a legislaccedilatildeo relativa a operacionalidade

de transportes estaacute a cargo das Agecircncias reguladoras do Governo

12

CAPIacuteTULO I

O HISTOacuteRICO DOS TRANSPORTES NO BRASIL

Por ter sido a capital do impeacuterio e posteriormente da repuacuteblica a

cidade do Rio de Janeiro sempre esteve na vanguarda das inovaccedilotildees em

serviccedilos para a populaccedilatildeo (NERU 1987a)

O Rio de Janeiro foi a primeira cidade brasileira a ter iluminaccedilatildeo

eleacutetrica telefone e tambeacutem ocircnibus motorizado

O primeiro meio de transporte coletivo na cidade do Rio de Janeiro

foi a serpentina que era um meio de transporte utilizado pelas famiacutelias

abastadas do princiacutepio do seacuteculo XIX (anexo 1)

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos (anexo 2)

A Companhia de Ocircnibus concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por

iniciativa de Aureliano de Sousa e Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva

Joseacute Ribeiro da Silva Manoel Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este

uacuteltimo foi constituiacutedo agente da companhia e fez contato com capitalistas que

se interessassem em investir

As linhas da companhia partiam do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

Posteriormente foi inaugurado o primeiro serviccedilo de bondes

eleacutetricos do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul (anexo 3)

13

Foi o carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que

teve sua apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892

Levando diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade

e terminou a viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do

Machado

Em 1917 a Prefeitura aprovou a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

passando pela Avenida Rio Branco indo da Praccedila Mauaacute ateacute o Palaacutecio Monroe

(antigo Senado) com os carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos O serviccedilo foi inaugurado em 1918 durando ateacute 1928

Em 1926 foi inaugurada a Viaccedilatildeo Excelsior concessionaacuteria de

serviccedilos de transportes pertencente a Light amp Power do Rio de Janeiro

conhecida ateacute hoje como ldquoLIGHTrdquo que detinha o monopoacutelio das linhas de

bonde para a Zona Sul (anexo 04)

ldquoA partir daiacute a LIGHT decidiu explorar o serviccedilo de ocircnibus na cidade tendo iniciado as suas atividades em 22 de novembro de 1927 adotando uma seacuterie de melhoramentos em seus ocircnibus utilizando motores diesel Esses veiacuteculos tinham dois andares e capacidade para 28 passageiros embaixo e 34 no andar de cimardquo (BARAT)

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroccedilaria de ocircnibus mais moderno montada sobre um chassis de mecacircnica

Volvo (anexo 05)

Em 1944 no periacuteodo da segunda guerra mundial devido as

dificuldades de obtenccedilatildeo de combustiacuteveis foram introduzidos os veiacuteculos

movidos a gasogecircnio (anexo 06) O serviccedilo cobria o percurso Urca-Ipanema

Em 1955 Juscelino Kubitschek foi eleito presidente da Repuacuteblica

tendo assumido o governo em 31 de janeiro de 1956

14

JK apresentou ao povo brasileiro um Plano de Metas consistindo

em investimentos em aacutereas prioritaacuterias para o desenvolvimento econocircmico

principalmente em infra-estrutura (rodovias hidreleacutetricas aeroportos e

induacutestrias)

Durante o seu periacuteodo de governo se instalaram no paiacutes grandes

montadoras de automoacuteveis como por exemplo FORD VOLKSWAGEN

WILLYS OVERLAND E GENERAL MOTORS na regiatildeo Sudeste nas cidades

de Santo Andreacute Satildeo Bernardo e Satildeo Caetano (regiatildeo do ABC) aumentando

muito as oportunidades de emprego atraindo trabalhadores de todo Brasil

Paralelamente comeccedilou o encarroccedilamento de ocircnibus no Brasil

utilizando os chassis de caminhotildees A pioneira na fabricaccedilatildeo de carrocerias no

Brasil foi a CIFERAL utilizando chassis Mercedes-Benz (anexo 07)

15

CAPIacuteTULO II

O ADVENTO DA INDUSTRIALIZACcedilAtildeO BRASILEIRA

NOS ANOS DO GOVERNO JK E A IMPLANTACcedilAtildeO DAS

MONTADORAS

Ateacute a deacutecada de 50 com o governo JK a economia brasileira se

fundava na exportaccedilatildeo de produtos primaacuterios e com isso o sistema de

transportes limitou-se aos transportes fluvial e ferroviaacuterio

Com a aceleraccedilatildeo do processo industrial na segunda metade do

seacuteculo XX a poliacutetica para o setor concentrou os recursos no setor rodoviaacuterio

As primeiras medidas concretas para a formaccedilatildeo de um sistema de

transportes no Brasil foram estabelecidas em 1934

Desde a criaccedilatildeo da primeira estrada de ferro ateacute 1946 os esquemas

viaacuterios de transporte nacional foram montados tendo por base as ferrovias

complementados pelas vias fluviais e a malha rodoviaacuteria

Esses conceitos comeccedilaram a ser modificados a partir de entatildeo

especialmente pela profunda mudanccedila que se operou na economia brasileira

quando o setor rodoviaacuterio comeccedilou a ser desenvolvido

ldquoAs primeiras rodovias brasileiras datam do seacuteculo XIX mas a ampliaccedilatildeo da malha rodoviaacuteria ocorreu no governo Vargas com a criaccedilatildeo do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) em 1937 e mais tarde com a implantaccedilatildeo da induacutestria automobiliacutestica na segunda metade da deacutecada de 1950 com a aceleraccedilatildeo do processo de industrializaccedilatildeo e mudanccedila da capital federal para Brasiacuteliardquo (SANTOS)

A partir da deacutecada 50 rede rodoviaacuteria se ampliou de forma notaacutevel

tornando-se a principal via de escoamento de carga e passageiros

16

Na deacutecada 80 o crescimento acelerado deu lugar a estagnaccedilatildeo

A perda de receitas com a extinccedilatildeo em 1988 do imposto sobre

lubrificantes e combustiacuteveis e do imposto sobre serviccedilos impediu a ampliaccedilatildeo

da rede e sua manutenccedilatildeo

Como resultado em fins do seacuteculo XX a rede rodoviaacuteria passou a

responder por 65 dos transportes de cargas e 92 do de passageiros

O crescimento do setor rodoviaacuterio ensejou a instalaccedilatildeo de novas

montadoras no pais atraveacutes da instalaccedilatildeo de outras montadoras como por

exemplo SCANIA FIAT IVECO VOLKSWAGEN CAMINHOtildeES VOLVO e

mais recentemente algumas montadoras asiaacuteticas

Em decorrecircncia da ampliaccedilatildeo do setor rodoviaacuterio deu-se a

ampliaccedilatildeo de faacutebricas em Santa Catarina e do Rio Grande do Sul

Atualmente esse setor ganhou grande desenvolvimento e condiccedilotildees

competitivas a niacutevel internacional com um alto volume de exportaccedilotildees

principalmente para os paiacuteses da Ameacuterica Latina

As principais encarroccediladoras de ocircnibus brasileiras satildeo

MARCOPOLO CAIO COMIL BUSSCAR NEOBUS e IRIZAR A induacutestria

brasileira de carrocerias eacute uma das maiores do mundo

Em 2007 o Brasil foi o terceiro maior fabricante de ocircnibus do

mundo perdendo apenas para a China (IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico 2007)

A induacutestria encarroccediladora de ocircnibus brasileira difere da dos demais

paiacuteses na qual o encarroccedilamento constitui uma etapa separada da produccedilatildeo

dos chassis de ocircnibus

Prevecirc-se para 2010 um crescimento da ordem de 19 O

faturamento do setor deveraacute crescer mais do que em 2007 perfazendo cerca

17

de R$ 72 bilhotildees com uma boa parte oriunda do setor interno desse modo

espera-se um crescimento favoraacutevel apesar da tendecircncia de desaceleraccedilatildeo da

economia internacional

O cenaacuterio conta com a estabilidade da moeda nacional (o real) e

com os financiamentos do BNDES

Devido ao poder competitivo do setor as encarroccediladoras brasileiras

estatildeo lanccedilando modelos cada vez mais modernos que nada devem aos

produtores internacionais

Diversas encarroccediladoras brasileiras jaacute contam com unidades fabris

em diversos continentes a MARCOPOLO tem faacutebricas no Meacutexico e Colocircmbia

e mais recentemente formou Joint Ventures para a instalaccedilatildeo e transferecircncia

de Know-How para a China e Iacutendia

18

CAPIacuteTULO III

A EVOLUCcedilAtildeO E A SITUACcedilAtildeO ATUAL DOS

TRANSPORTES NO BRASIL

ldquoO Brasil ao longo de sua histoacuteria permaneceu voltado para a costa do Atlacircntico com cerca de 80 da populaccedilatildeo vivendo em cidades a menos de mil quilocircmetros da costa e 82 do PIB eacute gerado nas regiotildees Sul Sudeste e Nordesterdquo (IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico 2008)

A origem desse fato deve-se principalmente as caracteriacutesticas do

relevo e da topografia do Brasil pois olhando-se o mapa do paiacutes constata-se

que a faixa mais com melhores condiccedilotildees de vida encontra-se no leste do

paiacutes

Essa situaccedilatildeo perdurou ateacute a chegada do governo JK na deacutecada de

50 quando a capital do paiacutes foi Brasiacutelia na regiatildeo Centro Oeste aacuterea em sua

maior parte formada por Estados dominados por florestas que fazem limites

com os paiacuteses andinos sem saiacuteda para o Oceano Paciacutefico

Em 1975 Jaime Lerner entatildeo Prefeito de Curitiba tendo em vista o

crescimento populacional criou um sistema de transporte baseado no conceito

BRT (Bus Rapid Transit) ndash ocircnibus articulados e biarticulados de grande

capacidade de passageiros que atualmente estaacute em operaccedilatildeo em diversas

cidades brasileiras

A mudanccedila da capital para Brasiacutelia ocasionou um grande

desenvolvimento dessa regiatildeo contribuindo tambeacutem para melhorar o sistema

de transportes rodoviaacuterios do paiacutes que hoje eacute inteiramente interligado do Sul

ateacute o Norte do paiacutes

Devido a esse fato o sistema de transporte organizou-se

predominantemente com base nas rodovias que entre todos eacute o mais oneroso

19

e poluente enquanto as hidrovias e as ferrovias tecircm custos unitaacuterios mais

baixos no entanto o modal rodoviaacuterio eacute mais adequado em relaccedilatildeo a maiores

declividades principalmente para grandes volumes de carga a grandes

distacircncias e para cargas de menor volume e distacircncias menores

Os custos ferroviaacuterios em relaccedilatildeo agraves rodovias satildeo menores nos

trajetos de extensatildeo superiores a 500 km pois os altos custos de implantaccedilatildeo

da rede feacuterrea e o tempo consumido com cargas e descargas satildeo

compensados pela economia geral do meio de transporte

Em pequenas distacircncias as vantagens satildeo do transporte rodoviaacuterio

que desloca mercadorias dos pontos de distribuiccedilatildeo ateacute os pontos de consumo

A implantaccedilatildeo de redes intermodais tende a reduzir os custos de transporte

Mesmo assim o Brasil possui um dos mais amplos sistemas de transporte com

54 portos com capacidade para mais de 500 milhotildees de toneladas por ano 31

mil quilocircmetros de ferrovias e 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovia

A partir da deacutecada de 1970 o modal rodoviaacuterio sofreu uma queda

com uma participaccedilatildeo de 70 em 1970 com uma reduccedilatildeo para 536 em

1985 mas voltando a crescer chegando a 606 em 2004

Entre 1997 e 2004 o volume de cargas transportadas pelas rodovias

cresceu apenas 141 contra 4554 pelas ferrovias que transportam a

maioria dos produtos de baixo valor agregado como por exemplo mineacuterio de

ferro o qual seria inviaacutevel se transportado por caminhotildees

Entre 2003 e 2005 a frota de locomotivas aumentou de 1895 para

2515 e a de vagotildees de 67795 para 90119 devido agrave privatizaccedilatildeo da malha

ferroviaacuteria mas mesmo assim o transporte rodoviaacuterio continua ainda sendo o

mais utilizado no Brasil embora seja o de custo operacional mais elevado em

torno de US$ 320 por 100 tkm contra US$ 074 da ferrovia e US$ 023 da

hidrovia

20

O Brasil possui 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovias e apenas

29798 quilocircmetros de ferrovias e cerca 42000 km de rios navegaacuteveis As

ferrovias transportam 24 da carga no Brasil e nos EUA cerca de 47

Levantamento feito pelo Centro de Estudos em Logiacutestica da

Universidade Federal do Rio de Janeiro concluiu que As companhias

brasileiras voltadas para o comeacutercio exterior perdem cerca de US$ 10 bilhotildees

por ano em consequumlecircncia dos problemas enfrentados na hora de transportar

mercadorias das aacutereas de produccedilatildeo ateacute os portos

ldquoOutro estudo feito pela Comissatildeo Econocircmica para a Ameacuterica Latina e o Caribe ligada agraves Naccedilotildees Unidas conclui que 35 do preccedilo final das mercadorias exportadas do Brasil e de outros paiacuteses latino-americanos se deve aos custos de transporte Nos Estados Unidos este iacutendice natildeo chega a 10rdquo (Veja Especial outubro de 2004 p 61)

Segundo levantamento da CNI Confederaccedilatildeo Nacional da Induacutestria

os custos com transporte equivalem a 1275 do PIB brasileiro enquanto nos

EUA correspondem a 820

Por deficiecircncias logiacutesticas exportar uma tonelada de soja do Brasil

para a China ndash do norte de Mato Grosso via Porto de Paranaguaacute ndash custa hoje

US$ 18 a mais do que fazer o mesmo do Estado norte-americano de Iowa Em

2007 a situaccedilatildeo se complicou com a falta generalizada de caminhotildees para o

mercado interno e de navios para o mercado externo

Poreacutem como as exportaccedilotildees estatildeo superando as importaccedilotildees

faltam contecircineres para o embarque de produtos brasileiros

Das cerca de 22 milhotildees de toneladas de produtos exportados

anualmente cerca de 95 saem pelos portos O problema comeccedila com o fato

de que a maioria das mercadorias a ser exportada chega aos portos por meio

de rodovias

21

Segundo a ANUT ndash Associaccedilatildeo Nacional dos Usuaacuterios de

Transportes de Carga em 2004 as empresas brasileiras desembolsaram US$

12 bilhatildeo em pagamentos por atrasos no embarque e desembarque de

mercadorias nos portos brasileiros

Na margem esquerda do porto de Santos haacute um problema de

lentidatildeo de escoamento pois existem mais de 6000 moradias irregulares

margeiam os trilhos obrigando os trens a reduzir a velocidade de 80 para 10

quilocircmetros por hora causando um acreacutescimo de custo na ordem de 34

quando nos Estados Unidos essa margem natildeo ultrapassa os 20

ldquoOs Estados da regiatildeo Centro Sul produzem 13 milhotildees de toneladas anuais de gratildeos cerca de 9 milhotildees saem do Estado por rodovias 80 delas sem pavimentaccedilatildeo portanto estaacute dependendo da conclusatildeo da Ferronorte e das Hidrovias Paranaacute Paraguai e Araguaia Tocantins para baixar seus custos de transporterdquo (Veja 17102001 p 146-147)

22

CAPIacuteTULO IV

ESTUDO DE CASOS SISTEMA DE TRANSPORTES DE

CURITIBA UBERLAcircNDIA GOIAcircNIA SAtildeO PAULO E

RIO DE JANEIRO

41 Curitiba

A cidade de Curitiba eacute conhecida internacionalmente pelo eficiente e

inovador sistema de transporte coletivo Como todas as ideacuteias novas o sistema

que possibilitou a integraccedilatildeo urbana de Curitiba foi cercado de duacutevidas Mas ao

longo dos anos foi comprovado que a criatividade foi mais eficaz que o

ceticismo

411 Bonde a cavalos

Em 1887 a Empreza Curitybana dirigida por Boaventura Capp

disponibilizou o primeiro bonde puxado por animais ligando a Boulevard 2 de

Julho (atual iniacutecio da Avenida Joatildeo Gualberto) ao bairro do Batel Esta foi a

pedra fundamental de parte da identidade mais latente da cidade de Curitiba o

transporte coletivo Naquele periacuteodo o passeio pela pacata Curitiba tinha

caracteriacutestica mais poeacutetica e os bondes davam o toque de charme (anexo 09)

A viagem inaugural dos primeiros bondes foi um dos maiores

acontecimentos da eacutepoca

Os jornais locais divulgaram com orgulho a partida dos quatro

vagotildees que contavam com ilustres passageiros como o presidente da proviacutencia

Faria Sobrinho

23

412 Bondes eleacutetricos

Apesar de o bondinho ter o objetivo de atender agraves massas ele era

dividido em duas categorias Na primeira classe era obrigatoacuterio que os

passageiros estivessem calccedilados Jaacute no bond mixto como era conhecida a

pessoa podiam viajar sem sapatos

O panorama do transporte coletivo da cidade mudou com a

introduccedilatildeo dos bondes eleacutetricos a partir 1912 Os primeiros bondes puxados

por mulas foram vendidos e amontoados no depoacutesito de ferro-velho em

Paranaguaacute

A mudanccedila foi necessaacuteria jaacute que o nuacutemero de passageiros

aumentou de 680 mil em 1903 para 19 milhatildeo por ano em 1913 a cidade

crescia rapidamente poreacutem de maneira desordenada

413 Os primeiros ocircnibus

Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia

Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo Dois anos

mais tarde comeccedilaram a aparecer as linhas particulares de ocircnibus apesar dos

bondes ainda serem a preferecircncia da populaccedilatildeo

Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto

da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bondes perderam

espaccedilo mas apesar das passagens mais caras o novo veiacuteculo era mais

confiaacutevel e seguro

Em 1951 saiacuteram de circulaccedilatildeo os uacuteltimos bondes dando lugar agraves

auto-lotaccedilotildees

Uma das grandes revoluccedilotildees no setor ocorreu em 1955 quando o

municiacutepio estabeleceu contratos de concessatildeo com 13 empresas

24

Naquela eacutepoca a cidade era atendida por 50 ocircnibus e 80 lotaccedilotildees

Em 1965 foi editado o Plano Diretor de Transportes de Curitiba estabelecendo

as vias estruturais que serviram como eixos base para movimentaccedilatildeo urbana

O plano foi considerado um dos mais perfeitos do mundo

Devido ao bom planejamento mesmo 15 anos depois os 673 ocircnibus

da capital paranaense transportavam 515 mil pessoas diariamente

A frota do transporte coletivo representava apenas 2 dos veiacuteculos

que trafegavam em Curitiba e era responsaacutevel pelo transporte de 75 das

pessoas que se locomoviam

Como a cidade crescia rapidamente em pouco tempo o sistema

tradicional estaria obsoleto e ineficaz para atender tanta gente Era necessaacuterio

algo de novo A soluccedilatildeo foi a implantaccedilatildeo dos ocircnibus expressos esse sistema

foi um dos grandes responsaacuteveis pelo avanccedilo no atendimento do transporte

coletivo

Natildeo se tratava somente de uma nova categoria de veiacuteculo mas

acima de tudo um sistema de transporte para meacutedias distacircncias que possuiacutea

via exclusiva

A primeira etapa foi agrave implantaccedilatildeo das canaletas exclusivas onde

circulavam os ocircnibus convencionais

O Departamento de Pesquisa de Veiacuteculos da Faculdade de

Engenharia Industrial de Satildeo Bernardo dos Campos (SP) apresentou ao

IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba) o primeiro

modelo de ocircnibus para atender as novas necessidades de transporte urbano

Batizado de Uiraquitan em homenagem ao nome indiacutegena dado ao primeiro

carro fabricado no Brasil foi projetado especialmente para o sistema viaacuterio de

Curitiba

25

414 Os primeiros ocircnibus expressos

Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo

nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimental os 20

primeiros expressos A frota partiu da Praccedila Generoso Marques para atender

passageiros do Eixo NorteSul Em um dos ocircnibus de inconfundiacutevel cor

vermelha o prefeito Jaime Lerner idealizador do projeto desde o tempo em que

era presidente do IPPUC ndash INSTITUTO DE PESQUISAS E PLANEJAMENTO

URBANO DE CURITIBA noticiava agrave imprensa a satisfaccedilatildeo de ver sua grande

obra em funcionamento

Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde

foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e caixas de correio

aleacutem da pista proacutepria o expresso foi comparado a um metrocirc na superfiacutecie Em

meacutedia todos os meses 19 milhatildeo de pessoas utilizavam o novo sistema de

transporte

As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi

crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento populacional e de

infra-estrutura da cidade Em 1980 Curitiba foi a primeira capital a adotar a

tarifa social O preccedilo da passagem era uacutenico independente do trecho da

viagem Com esta vantagem tambeacutem foi colocada em praacutetica a campanha Eacute

com esse que eu vou incentivando a populaccedilatildeo a deixar os carros em casa e

utilizar o veiacuteculo coletivo O preccedilo do petroacuteleo aumentava cada vez mais por

conta da crise mundial de combustiacuteveis

Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a

utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar a passagem

uacutenica Os usuaacuterios podiam trocar de linha dentro dos terminais sem pagar nova

passagem Com isto se consolidou a RIT (Rede Integrada de Transporte) Em

1980 os ocircnibus articulados com capacidade 80 maior comeccedilaram a

substituir gradativamente os antigos expressos Isto significou economia de

combustiacutevel em 46 e reduccedilatildeo de custo de 21 por passageiro transportado

26

Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS

(Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistema e passou a

ser a concessionaacuteria e as empresas operadoras as permissionaacuterias

Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia

incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas

alimentadoras para os usuaacuterios se deslocarem nos cinco eixos atendidos pelos

expressos 239 linhas em todo o sistema A RIT atendia em 1990 54 do total

de usuaacuterios do sistema iacutendice que chegou a 84 em 1995

Em outubro de 1991 sob encomenda da URBS a Volvo comeccedilou a

desenvolver o primeiro ocircnibus bi-articulado brasileiro batizado de Metrobuacutes

com 25 metros de comprimento e capacidade para transportar ateacute 270

passageiros

Neste periacuteodo foi implantada uma das maiores novidades do

transporte coletivo naquela deacutecada Foram criadas as Linhas Diretas servidas

por veiacuteculos de cor cinza popularmente chamados de Ligeirinhos (anexo 15)

Atraveacutes das rampas de acesso no lugar das escadas eles

permitiram o embarque e desembarque de passageiros atraveacutes das estaccedilotildees-

tubo que serviam como pequenos terminais possibilitando ao usuaacuterio a troca

de linhas sem pagar nova passagem

Os Bi-articulados comeccedilaram a substituir tambeacutem os ocircnibus

utilizados nas linhas do Express

As melhorias foram sendo colocadas em praacutetica como o sistema de

aviso de paradas

A cada saiacuteda de uma estaccedilatildeo-tubo o sistema eacute automaticamente

acionado para informar aos passageiros qual eacute o ponto seguinte e quais portas

27

deveratildeo ser utilizadas para o desembarque Sistema parecido com o usado por

alguns metrocircs em diversos lugares do mundo

Em 1996 a RIT ultrapassou as fronteiras e passou a atender a

Regiatildeo Metropolitana Em 1999 o Sistema Expresso comemorou 25 anos com

a inauguraccedilatildeo da linha Bi-articulada Circular Sul

Para relembrar o comeccedilo de tudo uma reacuteplica do primeiro ocircnibus

expresso de 1974 circulou do Terminal Capatildeo Raso ateacute a Praccedila Generoso

Marques transportando o entatildeo governador Jaime Lerner e o prefeito Caacutessio

Taniguchi

Foi como uma viagem no tempo para Lerner e para muitos

curitibanos que acompanharam o desenvolvimento do transporte coletivo da

cidade repleto de inovaccedilotildees e empreendedorismo para acompanhar o

crescimento urbano

Em 2000 a substituiccedilatildeo de 87 veiacuteculos articulados por 57 de maior

porte no eixo lesteoeste demonstrou que no sistema adotado por Curitiba

novidades satildeo sempre implantadas sem a necessidade de investimentos

incompatiacuteveis com a realidade da cidade

Os avanccedilos sociais marcam a histoacuteria recente do transporte coletivo

curitibano

Em 2005 o prefeito Beto Richa determinou o enxugamento de

despesas do sistema e o corte de dez centavos na tarifa reduzida para R$

180

Hoje 2 milhotildees de passageiros utilizam diariamente o Sistema

Integrado de Transporte Coletivo composto por 1980 ocircnibus que atendem 395

linhas O sistema eacute responsaacutevel pelo emprego direto de 15 mil pessoas entre

motoristas cobradores fiscais mecacircnicos entre outros profissionais

28

Com a construccedilatildeo da Linha Verde o Sistema de Transportes de

Curitiba estaacute em expansatildeo essa via uniraacute a cidade no trecho urbano na antiga

BR-116 melhorando o tracircnsito e os transportes em Curitiba

42 Uberlacircndia

A cidade de Uberlacircndia no Estado de Minas Gerais conta um

Sistema Integrado de Transporte Urbano (SIT) que racionalizou o uso dos

transportes urbanos com a unificaccedilatildeo do preccedilo das passagens aleacutem disso o

usuaacuterio natildeo paga mais duas passagens para chegar no local desejado

contando com um transporte coletivo 100 integrado e monitorado (GPRS)

administrado pela prefeitura

O sistema eacute dotado de bilhetagem eletrocircnica A maioria dos

veiacuteculos tecircm elevador para facilitar o acesso de deficientes fiacutesicos

O sistema eacute composto por seis terminais

bull Central

bull Santa Luzia

bull Planalto

bull Umuarama

bull Terminal Industrial (distrito industrial de Uberlacircndia)

O sistema conta com treze estaccedilotildees de embarque e desembarque

de passageiros interligando a regiatildeo central (Terminal Central) de Uberlacircndia

ao Anel Rodoviaacuterio (Terminal Santa Luzia) proporcionando um raacutepido acesso

agraves principais rodovias em torno do municiacutepio

43 Goiacircnia

A Prefeitura de Goiacircnia tem buscado soluccedilotildees inovadoras no que diz

respeito aos problemas que envolvem os transportes urbanos da cidade A

primeira grande mudanccedila no sistema de transportes coletivos da regiatildeo

29

metropolitana de Goiacircnia ocorreu em 1976 quando da implantaccedilatildeo do sistema

tronco-alimentador que se baseava em linhas troncais e alimentadoras atraveacutes

de terminais de integraccedilatildeo com a exploraccedilatildeo e operaccedilatildeo das linhas por

empresas concessionaacuterias privadas

No ano seguinte agrave sua implantaccedilatildeo o sistema possibilitou o

transporte de 35 milhotildees de passageiros nuacutemero que cresceu a uma taxa de

5 ao ano ateacute 1984 atingindo a meacutedia anual de 100 milhotildees de passageiros

No periacuteodo entre 1985 e 1991 a quantidade de passageiros

transportados continuou aumentando ateacute atingir o patamar de 250 milhotildees de

passageirosano em funccedilatildeo do aumento da demanda por transporte coletivo

urbano ocorrido em todo o paiacutes

Os problemas inflacionaacuterios de 1992 a 1994 e a diminuiccedilatildeo do poder

aquisitivo provocaram a queda da demanda para 200 milhotildees de

passageirosano

O sistema de transportes urbanos de Goiacircnia estaacute em expansatildeo

com a previsatildeo de entrada em operaccedilatildeo do Metrocirc de Superfiacutecie que contaraacute

com ocircnibus articulados e biarticulados de grande capacidade de passageiros

Visando a implantaccedilatildeo dessa via de superfiacutecie estaacute sendo testado o

modelo de ocircnibus biarticulado VOLVO B9 SALF (anexo 20) com grande

capacidade para transportar 270 passageiros Esse mesmo modelo estaacute em

operaccedilatildeo no Sistema Transantiago na capital chilena

44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro

441 Satildeo Paulo

A histoacuteria da cidade de Satildeo Paulo eacute marcada pela implantaccedilatildeo da

ferrovia mas a histoacuteria dos transportes puacuteblicos iniciada agrave mesma eacutepoca tem

30

nos tiacutelburis carros de duas rodas puxados por um cavalo sua primeira

apariccedilatildeo com a inauguraccedilatildeo em 1872 pela Companhia Carris de Ferro de Satildeo

Paulo da primeira linha de bondes puxados a burro

A primeira linha de bonde eleacutetrico foi inaugurada no iniacutecio do seacuteculo

XX em 7 de maio de 1900 ligando o largo de Satildeo Bento agrave Barra Funda Foi um

empreendimento da Satildeo Paulo Railway Light and Power Company LTd que

recebeu por transferecircncia a concessatildeo para organizar construir e operar

linhas de bonde por traccedilatildeo eleacutetrica para diversos pontos da cidade e seus

subuacuterbios durante 40 anos

Os primeiros auto-ocircnibus surgiram na cidade na deacutecada de 20

complementando a alternativa ao bonde que sofria as limitaccedilotildees de rede

energia e investimentos

Nos anos 30 a capital de Satildeo Paulo jaacute era considerada um grande

centro urbano e convivia com um tracircnsito agitado O Plano de Avenidas do

Prefeito Prestes Maia indicava a expressiva influecircncia do automoacutevel na vida e

na estrutura da cidade

A Comissatildeo de Estudos de Transportes Coletivos instituiacuteda em

1939 pocircs em discussatildeo a organizaccedilatildeo do transporte como serviccedilo puacuteblico e as

vantagens do monopoacutelio governamental lanccedilando as bases para a constituiccedilatildeo

de uma empresa municipal responsaacutevel pelo transporte coletivo

O nuacutemero de ocircnibus em Satildeo Paulo em 1941 superou os mil

enquanto o de bondes manteve-se em 500 Assim eram os ocircnibus que

transportavam a maior parte dos passageiros Trinta e sete empresas

particulares exploravam 90 linhas que circulavam pelo municiacutepio

Em 1946 atraveacutes do Decreto-Lei no 365 de 10 de outubro de 1946

o Prefeito Abrahatildeo Ribeiro autorizou a constituiccedilatildeo de uma empresa

31

responsaacutevel pelo transporte puacuteblico criando-se entatildeo a Companhia Municipal

de Transportes Coletivos ndash CMTC (anexo 10)

Em 1947 a Prefeitura determinou a transferecircncia do patrimocircnio da

Light relativo ao serviccedilo para a nova companhia e decidiu que as empresas

privadas passariam a operar somente as linhas de ocircnibus fora do periacutemetro

urbano

Em 1975 a COMPANHIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES

COLETIVOS - CMTC operava apenas 14 da frota de ocircnibus da cidade

Um novo contrato de concessatildeo foi firmado entre Prefeitura e CMTC

permitindo a contrataccedilatildeo os serviccedilos de transporte coletivo de passageiros em

23 aacutereas de operaccedilatildeo Assim uma mudanccedila efetiva ocorreu no sistema e no

mercado de transporte coletivo da cidade restituindo em parte agrave CMTC o seu

outro papel o de gestora do sistema

Nos anos 80 aleacutem de inovaccedilotildees operacionais e tecnoloacutegicas

promovidas pela CMTC - o Programa Troleibus a implantaccedilatildeo dos corredores

de ocircnibus em faixa exclusiva e a utilizaccedilatildeo de ocircnibus movidos a gaacutes metano e

natural- a gestatildeo do serviccedilo de transporte puacuteblico voltou a ser alvo da atenccedilatildeo

da administraccedilatildeo municipal tendo resultado inclusive em intervenccedilotildees

administrativas e gerenciais em algumas empresas operadoras

A relaccedilatildeo entre as empresas operadoras e a municipalidade passou

por nova e importante alteraccedilatildeo a partir do processo de municipalizaccedilatildeo

quando atraveacutes da Lei no 11037 1991 o sistema de remuneraccedilatildeo do

serviccedilo passou a ser feito pelo custo dos serviccedilos passando a operadora a ser

remunerada diretamente pela apropriaccedilatildeo da tarifa paga pelo passageiro

O serviccedilo contratado pela Prefeitura e operado pelas empresas eacute

remunerado conforme a afericcedilatildeo dos custos incorridos na prestaccedilatildeo do serviccedilo

A tarifa definida conforme paracircmetros econocircmicos e poliacuteticos passou a

32

pertencer a administraccedilatildeo municipal constituindo-se na principal fonte de

recursos para o pagamento do serviccedilo agraves empresas contratadas pela

operaccedilatildeo

No iniacutecio de 1993 a CMTC desempenhava ao mesmo tempo as

funccedilotildees de gestora do sistema de transporte coletivo e de operadora detendo

cerca de 27 de participaccedilatildeo no setor

A administraccedilatildeo tinha por objetivo a racionalizaccedilatildeo da operaccedilatildeo e

reduccedilatildeo do deacuteficit previsto pela manutenccedilatildeo da administraccedilatildeo da CMTC como

empresa operadora

A alteraccedilatildeo do perfil da frota da quantidade de ocircnibus e de

funcionaacuterios eram medidas indicadas que exigiriam altos investimentos e natildeo

gerariam necessariamente reduccedilatildeo de custos Optou-se entatildeo por encerrar

as atividades operacionais da antiga CMTC atraveacutes da privatizaccedilatildeo de toda a

operaccedilatildeo dos 2700 ocircnibus e das respectivas garagens reduzindo o quadro de

pessoal de 27 mil para cerca de 1200 empregados Esse processo se valeu da

flexibilidade do mesmo modelo de gestatildeo estabelecido pela Lei No 11037

91

A forma de remuneraccedilatildeo dos serviccedilos prestados pelas empresas

contratadas foi inovada alterando-se o criteacuterio anterior de pagamento

calculado pelo custo do quilocircmetro rodado por um valor limite por passageiro

transportado

A antiga CMTC foi entatildeo transformada na Satildeo Paulo Transporte

SA- SPTRANS nova denominaccedilatildeo adotada em 8 de marccedilo de 1995 para a

empresa que ficou voltada somente agrave gestatildeo do sistema de transporte da

cidade

Atualmente com o crescimento das aacutereas urbanas da cidade

tornou-se necessaacuterio ampliar a aacuterea viaacuteria do municiacutepio atualmente estaacute em

33

fase de conclusatildeo o anel rodoviaacuterio da grande Satildeo Paulo e do rodoanel vias

que depois de prontas desafogaratildeo o traacutefego de veiacuteculos na cidade

O sistema Metropolitano operado pela Companhia do Metropolitano

de Satildeo Paulo tambeacutem estaacute em expansatildeo e contribuiraacute para atender o aumento

da demanda de transportes urbanos na maior cidade do Brasil

442 Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro capital do estado homocircnimo eacute a segunda maior

metroacutepole do Brasil situada na regiatildeo Sudeste

Eacute a cidade brasileira mais conhecida no exterior e a maior rota de

turismo internacional no Brasil

A parte urbana do Municiacutepio do Rio de Janeiro recebeu a

denominaccedilatildeo de GRANDE RIO pela Lei complementar nordm 20 pela Lei

Complementar nordm 20 de 01 de julho de 1974 apoacutes a fusatildeo dos antigos estados

do Rio de Janeiro e Guanabara

Aleacutem da parte urbana da cidade existe tambeacutem a REGIAtildeO

METROPOLITANA II DO RIO DE JANEIRO que abrange os municiacutepios de

Niteroacutei Satildeo Gonccedilalo Itaboraiacute Rio Bonito e Tanguaacute

A cidade foi capital do Brasil Colocircnia a partir de 1763 capital do

Impeacuterio Portuguecircs na eacutepoca das invasotildees de Napoleatildeo capital do Impeacuterio do

Brasil e capital da Repuacuteblica ateacute a inauguraccedilatildeo de Brasiacutelia na deacutecada de 60

As primeiras vias na regiatildeo onde hoje estaacute situada a Cidade do Rio

de Janeiro foram abertas pelos Tamoios com objetivos estrateacutegicos e de

defesa Eram veredas no interior da floresta e dirigiam-se ao interior em direccedilatildeo

agrave Serra do Mar (Santos 1934) Os rios e a Baiacutea de Guanabara eram as outras

vias naturais utilizadas por eles

34

Ateacute os primeiros anos do seacuteculo XIX o espaccedilo urbano da Cidade do

Rio de Janeiro limitava-se ao quadrilaacutetero formado pelos Morros do Castelo

Satildeo Bento Santo Antocircnio e da Conceiccedilatildeo De acordo com Abreu (1987) este

chatildeo fora duramente conquistado agrave natureza aterrando-se brejos e mangues

nos trecircs primeiros seacuteculos de existecircncia da cidade Considerando-se os limites

da cidade de entatildeo como sendo ao norte o Campo de Santana ao sul o Largo

do Machado e a regiatildeo de Mata Cavalos (hoje Rua do Riachuelo) e que natildeo

existiam ateacute entatildeo meios de transporte coletivo pode-se afirmar que a maioria

dos deslocamentos eram realizados a peacute em carro de bois eou no lombo de

animais Soacute posteriormente foram introduzidos as andas as redes e os

palanguins

Segundo Dunlop (1973) estes meios de transportes eram como

uma cama suspensa em longo varal conduzida nos ombros por escravos um

agrave frente outro agrave retaguarda

Para as viagens de longa distacircncia neste periacuteodo aqueles que

desejavam ir agraves Minas Gerais Satildeo Paulo ou ao interior do paiacutes tinham que

realizar por exemplo viagens que envolviam animais barcos e comeccedilavam

realizando um percurso pela Baiacutea de Guanabara

Com a chegada da famiacutelia real portuguesa por volta de 1808 foram

trazidas pela corte os coches carruagens seges e o cabriolet

Considerando-se os limites urbanos da cidade bem como as

caracteriacutesticas daquela sociedade colonial portuguesa nos troacutepicos pode-se

afirmar que somente as pessoas de posse ou que possuiacuteam seus proacuteprios

meios de transportes tinham condiccedilatildeo e direito de deslocar-se agraves localidades

mais afastadas do centro histoacuterico da cidade ou empreenderem viagens mais

longas

O transporte puacuteblico soacute foi introduzido na cidade por volta de 1817

com a adoccedilatildeo das Gocircndolas e Diligecircncias veiacuteculos de transporte coletivo

35

puxado agrave burros eou cavalos muito utilizados por todos que necessitavam

deslocar-se dentro do periacutemetro urbano Estes veiacuteculos operavam o transporte

de passageiros entre o centro da cidade e o Palaacutecio da Boa Vista em Satildeo

Cristoacutevatildeo e de Santa Cruz na Fazenda Real por concessatildeo

Dunlop (1973) esclarece que os primeiros ocircnibus tambeacutem puxados

por quatro animais comeccedilaram a trafegar no Rio em 1837 ou 1838 por

iniciativa do francecircs Jean Lecoqrdquo

Eram carros compridos () com dois bancos longitudinais

semelhantes aos bondes fechados da Botanical Garden que aqui surgiram

trinta anos mais tarde Transportavam de vinte a vinte e quatro passageiros

A denominada Companhia de Ocircnibus ainda segundo Dunlop

oferecia serviccedilos para os bairros de Botafogo Laranjeiras Satildeo Cristoacutevatildeo

Andaraiacute Pequeno - hoje Tijuca - Rio Comprido e Engenho Velho Estes

serviccedilos contribuiacuteram muito para o desenvolvimento e crescimento destes

bairros oferecendo uma opccedilatildeo de moradia agravequeles que desejavam sair do

centro histoacuterico aacuterea jaacute conturbada entatildeo

Destaca-se o papel exercido pelos trens agrave partir de 1858 com a

construccedilatildeo da Estrada de Ferro D Pedro II posteriormente denominada E F

Central do Brasil Este novo meio de transporte ofereceu pela primeira vez

uma maneira veloz e confiaacutevel que alcanccedilava longas distacircncias e circulava em

horaacuterios preacute-estabelecidos e regulares Inicialmente usado somente para o

transporte de cargas - para escoar a produccedilatildeo de cafeacute do Vale do Paraiacuteba em

direccedilatildeo ao Porto do Rio de Janeiro - e para o transporte de passageiros de

longa distacircncia

Outras ferrovias seguiram-se a esta primeira tais como a The

Leopoldina Railway Company (depois E F Leopoldina) E F Rio DOuro (hoje

Linha 2 do Metrocirc) E F Melhoramentos do Brasil (depois Linha Auxiliar da

36

Central do Brasil) Todas foram unificadas na Rede Ferroviaacuteria Federal SA

(1957)

ldquoO trem favoreceu o surgimento dos bairros mais afastados do centro na periferia no que posteriormente veio a ser conhecido como os subuacuterbios ferroviaacuterios da Central do Brasil Contribuiu muito tambeacutem para o desenvolvimento dos municiacutepios da Baixada Fluminense e da periferia distante do centro da Cidade do Rio de Janeirordquo (ABREU 1987)

O bonde inicialmente em traccedilatildeo animal e posteriormente

eletrificado foi o meio de transporte que juntamente com os ocircnibus tambeacutem

em traccedilatildeo animal favoreceu o crescimento e desenvolvimento da cidade O

trem chegava ateacute as estaccedilotildees mas era o bonde que circulava no interior do

bairro

Em 1859 circulou o primeiro bonde puxado a burro na cidade do

Rio de Janeiro ligando o Largo do Rocio ao Alto da Boa Vista Esta linha era

controlada pela Cia Carris de Ferro cuja exploraccedilatildeo fora concedida ao

empresaacuterio inglecircs Thomas Cochrane em 1856

Outras empresas vieram em seguida como a Botanical Garden

Railroad Company posteriormente Cia Ferro Carril do Jardim Botacircnico ou a

Rio de Janeiro Street Railroad Company posteriormente Cia Satildeo Cristoacutevatildeo

O Baratildeo de Drumond por sua vez obteve uma concessatildeo para

explorar a Companhia Ferro Carril de Vila Isabel para atender aos bairros do

Andarahy Grande (Andaraiacute Vila Isabel Grajauacute e Maracanatilde) Satildeo Francisco

Xavier e Engenho Novo

ldquoA criaccedilatildeo desta empresa estava fortemente ligada a abertura do bairro de Vila Isabel nas terras da entatildeo Fazenda do Macaco de propriedade da famiacutelia imperial caracterizando um empreendimento conjugado (transporteloteamento)rdquo (Abreu 1987)

37

Os bondes foram substituiacutedos na deacutecada de 1960 pelos ocircnibus

eleacutetricos denominados de troleibus ou chifrudos pela populaccedilatildeo por causa

da forma de captaccedilatildeo de energia eleacutetrica da rede aeacuterea

Apoacutes breve periacuteodo em operaccedilatildeo pela CTC os troleibus foram

substituiacutedos pelos ocircnibus agrave diesel da mesma companhia estadual

O uso das barcas como meio de transporte e passageiros no

contexto da Regiatildeo Metropolitana destacando-se pela existecircncia de uma via

natural a Baiacutea de Guanabara e a costa oceacircnica firmando-se como transporte

regular agrave partir do ano de 1853 com a implantaccedilatildeo da Cia de Navegaccedilatildeo de

Niteroacutei

Ao longo dos anos foram transportadas cargas veiacuteculos e

passageiros sendo reconhecido como um meio eficiente na ligaccedilatildeo entre as

cidades do Rio de Janeiro e Niteroacutei

Apoacutes a construccedilatildeo da Ponte Rio - Niteroacutei sua importacircncia foi

diminuindo ano a ano apesar de toda sua potencialidade instalada

Outras ligaccedilotildees natildeo soacute para a aacuterea central de Niteroacutei podem ser

melhor exploradas com impactos favoraacuteveis no sistema de transporte como

um todo e para o meio ambiente

Afinal todas as localidades das cidades eou bairros situadas agraves

margens da baiacutea ou na costa do estado satildeo potencialmente habilitadas a

serem servidas por barcas

Falar em transportes urbanos significa tambeacutem falar em problemas

de tracircnsito e engarrafamentos que eacute um dos maiores vilotildees da agitada do

Seacuteculo XXI

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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agosto de 2009

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httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 9: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

9

Essa poliacutetica proporcionou a implantaccedilatildeo de induacutestrias

complementares que hoje produzem desde autopeccedilas ateacute sofisticados

modelos de carrocerias para ocircnibus que ganharam o mercado externo

contribuindo tambeacutem para a instalaccedilatildeo do moderno sistema de Transportes de

Massas atraveacutes do sistema (BRT) BUS RAPID TRANSIT ndash Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido implantado na cidade de Curitiba em 1974 na gestatildeo do Prefeito Jaime

Lerner dando ao Brasil o privileacutegio de ser o primeiro paiacutes do mundo a implantar

um sistema desse tipo conquistando diversos precircmios internacionais e

exportando Know-How para diversos paiacuteses

O GEIPOT existiu durante 36 anos poreacutem com a reestruturaccedilatildeo do

Setor de Transportes no ano de 2001 esse oacutergatildeo colaborou no

acompanhamento e na realizaccedilatildeo de anaacutelises teacutecnicas do projeto de Lei nordm

161599 consolidado na Lei nordm 10233 de 05062001 que criou o Conselho

Nacional de Integraccedilatildeo de Poliacutetica de Transportes Terrestres (CONIT) a

Agecircncia Nacional de Transportes Aquaviaacuterios (ANTAQ) a Agecircncia Nacional de

Transportes Terrestres (ANTT) e o Departamento Nacional de Infra-Estrutura

de Transportes (DNIT) Com a criaccedilatildeo dessas Agecircncias reguladoras o

GEIPOT foi extinto pela Medida Provisoacuteria nordm 427 de 09052008 convertida na

Lei nordm 117722008

Os sistemas de transportes de massas nas grandes cidades

brasileiras estatildeo saturados atingindo ateacute mesmo a rede dos serviccedilos de Metrocirc

No entanto esses problemas podem ser resolvidos a curto e meacutedio

prazo com estudos teacutecnicos e recomendaccedilotildees teacutecnicas para a implantaccedilatildeo de

novos serviccedilos de transporte de massas que atendam as necessidades da

populaccedilatildeo dos grandes centros

Fato semelhante ocorreu em um passado relativamente recente em

1975 na cidade de Curitiba e que foi equacionado na gestatildeo do Prefeito Jaime

Lerner com a implantaccedilatildeo do Sistema BRT ndash BUS RAPID TRANSIT (Ocircnibus de

10

tracircnsito raacutepido) que consiste na utilizaccedilatildeo de ocircnibus articulados e biarticulados

com grande capacidade de transporte de passageiros

Conforme ressaltado o Brasil foi pioneiro nesse sistema Atualmente

outros paiacuteses implantaram esse modelo com destaque para o SISTEMA

TRANSMILEcircNIO implantado na Colocircmbia

Jaacute existem estudos teacutecnicos relativos a implantaccedilatildeo desse sistema

na cidade do Rio de Janeiro com a criaccedilatildeo e a implantaccedilatildeo de corredores

rodoviaacuterios usando o sistema BRT para racionalizar e equacionar o problema

existente

Dentro deste escopo este texto foi elaborado em cinco capiacutetulos

partindo do histoacuterico dos transportes no Brasil destacando os seguintes

pontos

O capiacutetulo 1 refere-se agrave histoacuteria e o desenvolvimento inicial dos

transportes em terras brasileira estaacute diretamente relacionada com a cidade do

Rio de Janeiro por ter sido esta a capital do impeacuterio e posteriormente da

repuacuteblica

Descrevo no capiacutetulo 2 o grande salto na aacuterea de transportes que

ocorreu no Brasil a partir da deacutecada de 50 com o advento do governo JK

atraveacutes da instalaccedilatildeo de diversas montadoras estrangeiras

No capiacutetulo 3 abordo a implantaccedilatildeo ocorrida em 1975 na cidade de

Curitiba na gestatildeo do Prefeito Jaime Lerner que criou e implantou um sistema

de transporte de massas chamado ldquoBRTrdquo (Ocircnibus de tracircnsito raacutepido) com

grande capacidade de transporte de passageiros

O capiacutetulo 4 cita a expansatildeo do sistema BRT em Curitiba foi

tambeacutem implantada nas cidades de Uberlacircndia Goiacircnia e Satildeo Paulo

implantaram sistemas semelhantes

11

No capiacutetulo 5 comento que a legislaccedilatildeo relativa a operacionalidade

de transportes estaacute a cargo das Agecircncias reguladoras do Governo

12

CAPIacuteTULO I

O HISTOacuteRICO DOS TRANSPORTES NO BRASIL

Por ter sido a capital do impeacuterio e posteriormente da repuacuteblica a

cidade do Rio de Janeiro sempre esteve na vanguarda das inovaccedilotildees em

serviccedilos para a populaccedilatildeo (NERU 1987a)

O Rio de Janeiro foi a primeira cidade brasileira a ter iluminaccedilatildeo

eleacutetrica telefone e tambeacutem ocircnibus motorizado

O primeiro meio de transporte coletivo na cidade do Rio de Janeiro

foi a serpentina que era um meio de transporte utilizado pelas famiacutelias

abastadas do princiacutepio do seacuteculo XIX (anexo 1)

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos (anexo 2)

A Companhia de Ocircnibus concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por

iniciativa de Aureliano de Sousa e Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva

Joseacute Ribeiro da Silva Manoel Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este

uacuteltimo foi constituiacutedo agente da companhia e fez contato com capitalistas que

se interessassem em investir

As linhas da companhia partiam do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

Posteriormente foi inaugurado o primeiro serviccedilo de bondes

eleacutetricos do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul (anexo 3)

13

Foi o carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que

teve sua apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892

Levando diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade

e terminou a viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do

Machado

Em 1917 a Prefeitura aprovou a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

passando pela Avenida Rio Branco indo da Praccedila Mauaacute ateacute o Palaacutecio Monroe

(antigo Senado) com os carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos O serviccedilo foi inaugurado em 1918 durando ateacute 1928

Em 1926 foi inaugurada a Viaccedilatildeo Excelsior concessionaacuteria de

serviccedilos de transportes pertencente a Light amp Power do Rio de Janeiro

conhecida ateacute hoje como ldquoLIGHTrdquo que detinha o monopoacutelio das linhas de

bonde para a Zona Sul (anexo 04)

ldquoA partir daiacute a LIGHT decidiu explorar o serviccedilo de ocircnibus na cidade tendo iniciado as suas atividades em 22 de novembro de 1927 adotando uma seacuterie de melhoramentos em seus ocircnibus utilizando motores diesel Esses veiacuteculos tinham dois andares e capacidade para 28 passageiros embaixo e 34 no andar de cimardquo (BARAT)

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroccedilaria de ocircnibus mais moderno montada sobre um chassis de mecacircnica

Volvo (anexo 05)

Em 1944 no periacuteodo da segunda guerra mundial devido as

dificuldades de obtenccedilatildeo de combustiacuteveis foram introduzidos os veiacuteculos

movidos a gasogecircnio (anexo 06) O serviccedilo cobria o percurso Urca-Ipanema

Em 1955 Juscelino Kubitschek foi eleito presidente da Repuacuteblica

tendo assumido o governo em 31 de janeiro de 1956

14

JK apresentou ao povo brasileiro um Plano de Metas consistindo

em investimentos em aacutereas prioritaacuterias para o desenvolvimento econocircmico

principalmente em infra-estrutura (rodovias hidreleacutetricas aeroportos e

induacutestrias)

Durante o seu periacuteodo de governo se instalaram no paiacutes grandes

montadoras de automoacuteveis como por exemplo FORD VOLKSWAGEN

WILLYS OVERLAND E GENERAL MOTORS na regiatildeo Sudeste nas cidades

de Santo Andreacute Satildeo Bernardo e Satildeo Caetano (regiatildeo do ABC) aumentando

muito as oportunidades de emprego atraindo trabalhadores de todo Brasil

Paralelamente comeccedilou o encarroccedilamento de ocircnibus no Brasil

utilizando os chassis de caminhotildees A pioneira na fabricaccedilatildeo de carrocerias no

Brasil foi a CIFERAL utilizando chassis Mercedes-Benz (anexo 07)

15

CAPIacuteTULO II

O ADVENTO DA INDUSTRIALIZACcedilAtildeO BRASILEIRA

NOS ANOS DO GOVERNO JK E A IMPLANTACcedilAtildeO DAS

MONTADORAS

Ateacute a deacutecada de 50 com o governo JK a economia brasileira se

fundava na exportaccedilatildeo de produtos primaacuterios e com isso o sistema de

transportes limitou-se aos transportes fluvial e ferroviaacuterio

Com a aceleraccedilatildeo do processo industrial na segunda metade do

seacuteculo XX a poliacutetica para o setor concentrou os recursos no setor rodoviaacuterio

As primeiras medidas concretas para a formaccedilatildeo de um sistema de

transportes no Brasil foram estabelecidas em 1934

Desde a criaccedilatildeo da primeira estrada de ferro ateacute 1946 os esquemas

viaacuterios de transporte nacional foram montados tendo por base as ferrovias

complementados pelas vias fluviais e a malha rodoviaacuteria

Esses conceitos comeccedilaram a ser modificados a partir de entatildeo

especialmente pela profunda mudanccedila que se operou na economia brasileira

quando o setor rodoviaacuterio comeccedilou a ser desenvolvido

ldquoAs primeiras rodovias brasileiras datam do seacuteculo XIX mas a ampliaccedilatildeo da malha rodoviaacuteria ocorreu no governo Vargas com a criaccedilatildeo do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) em 1937 e mais tarde com a implantaccedilatildeo da induacutestria automobiliacutestica na segunda metade da deacutecada de 1950 com a aceleraccedilatildeo do processo de industrializaccedilatildeo e mudanccedila da capital federal para Brasiacuteliardquo (SANTOS)

A partir da deacutecada 50 rede rodoviaacuteria se ampliou de forma notaacutevel

tornando-se a principal via de escoamento de carga e passageiros

16

Na deacutecada 80 o crescimento acelerado deu lugar a estagnaccedilatildeo

A perda de receitas com a extinccedilatildeo em 1988 do imposto sobre

lubrificantes e combustiacuteveis e do imposto sobre serviccedilos impediu a ampliaccedilatildeo

da rede e sua manutenccedilatildeo

Como resultado em fins do seacuteculo XX a rede rodoviaacuteria passou a

responder por 65 dos transportes de cargas e 92 do de passageiros

O crescimento do setor rodoviaacuterio ensejou a instalaccedilatildeo de novas

montadoras no pais atraveacutes da instalaccedilatildeo de outras montadoras como por

exemplo SCANIA FIAT IVECO VOLKSWAGEN CAMINHOtildeES VOLVO e

mais recentemente algumas montadoras asiaacuteticas

Em decorrecircncia da ampliaccedilatildeo do setor rodoviaacuterio deu-se a

ampliaccedilatildeo de faacutebricas em Santa Catarina e do Rio Grande do Sul

Atualmente esse setor ganhou grande desenvolvimento e condiccedilotildees

competitivas a niacutevel internacional com um alto volume de exportaccedilotildees

principalmente para os paiacuteses da Ameacuterica Latina

As principais encarroccediladoras de ocircnibus brasileiras satildeo

MARCOPOLO CAIO COMIL BUSSCAR NEOBUS e IRIZAR A induacutestria

brasileira de carrocerias eacute uma das maiores do mundo

Em 2007 o Brasil foi o terceiro maior fabricante de ocircnibus do

mundo perdendo apenas para a China (IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico 2007)

A induacutestria encarroccediladora de ocircnibus brasileira difere da dos demais

paiacuteses na qual o encarroccedilamento constitui uma etapa separada da produccedilatildeo

dos chassis de ocircnibus

Prevecirc-se para 2010 um crescimento da ordem de 19 O

faturamento do setor deveraacute crescer mais do que em 2007 perfazendo cerca

17

de R$ 72 bilhotildees com uma boa parte oriunda do setor interno desse modo

espera-se um crescimento favoraacutevel apesar da tendecircncia de desaceleraccedilatildeo da

economia internacional

O cenaacuterio conta com a estabilidade da moeda nacional (o real) e

com os financiamentos do BNDES

Devido ao poder competitivo do setor as encarroccediladoras brasileiras

estatildeo lanccedilando modelos cada vez mais modernos que nada devem aos

produtores internacionais

Diversas encarroccediladoras brasileiras jaacute contam com unidades fabris

em diversos continentes a MARCOPOLO tem faacutebricas no Meacutexico e Colocircmbia

e mais recentemente formou Joint Ventures para a instalaccedilatildeo e transferecircncia

de Know-How para a China e Iacutendia

18

CAPIacuteTULO III

A EVOLUCcedilAtildeO E A SITUACcedilAtildeO ATUAL DOS

TRANSPORTES NO BRASIL

ldquoO Brasil ao longo de sua histoacuteria permaneceu voltado para a costa do Atlacircntico com cerca de 80 da populaccedilatildeo vivendo em cidades a menos de mil quilocircmetros da costa e 82 do PIB eacute gerado nas regiotildees Sul Sudeste e Nordesterdquo (IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico 2008)

A origem desse fato deve-se principalmente as caracteriacutesticas do

relevo e da topografia do Brasil pois olhando-se o mapa do paiacutes constata-se

que a faixa mais com melhores condiccedilotildees de vida encontra-se no leste do

paiacutes

Essa situaccedilatildeo perdurou ateacute a chegada do governo JK na deacutecada de

50 quando a capital do paiacutes foi Brasiacutelia na regiatildeo Centro Oeste aacuterea em sua

maior parte formada por Estados dominados por florestas que fazem limites

com os paiacuteses andinos sem saiacuteda para o Oceano Paciacutefico

Em 1975 Jaime Lerner entatildeo Prefeito de Curitiba tendo em vista o

crescimento populacional criou um sistema de transporte baseado no conceito

BRT (Bus Rapid Transit) ndash ocircnibus articulados e biarticulados de grande

capacidade de passageiros que atualmente estaacute em operaccedilatildeo em diversas

cidades brasileiras

A mudanccedila da capital para Brasiacutelia ocasionou um grande

desenvolvimento dessa regiatildeo contribuindo tambeacutem para melhorar o sistema

de transportes rodoviaacuterios do paiacutes que hoje eacute inteiramente interligado do Sul

ateacute o Norte do paiacutes

Devido a esse fato o sistema de transporte organizou-se

predominantemente com base nas rodovias que entre todos eacute o mais oneroso

19

e poluente enquanto as hidrovias e as ferrovias tecircm custos unitaacuterios mais

baixos no entanto o modal rodoviaacuterio eacute mais adequado em relaccedilatildeo a maiores

declividades principalmente para grandes volumes de carga a grandes

distacircncias e para cargas de menor volume e distacircncias menores

Os custos ferroviaacuterios em relaccedilatildeo agraves rodovias satildeo menores nos

trajetos de extensatildeo superiores a 500 km pois os altos custos de implantaccedilatildeo

da rede feacuterrea e o tempo consumido com cargas e descargas satildeo

compensados pela economia geral do meio de transporte

Em pequenas distacircncias as vantagens satildeo do transporte rodoviaacuterio

que desloca mercadorias dos pontos de distribuiccedilatildeo ateacute os pontos de consumo

A implantaccedilatildeo de redes intermodais tende a reduzir os custos de transporte

Mesmo assim o Brasil possui um dos mais amplos sistemas de transporte com

54 portos com capacidade para mais de 500 milhotildees de toneladas por ano 31

mil quilocircmetros de ferrovias e 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovia

A partir da deacutecada de 1970 o modal rodoviaacuterio sofreu uma queda

com uma participaccedilatildeo de 70 em 1970 com uma reduccedilatildeo para 536 em

1985 mas voltando a crescer chegando a 606 em 2004

Entre 1997 e 2004 o volume de cargas transportadas pelas rodovias

cresceu apenas 141 contra 4554 pelas ferrovias que transportam a

maioria dos produtos de baixo valor agregado como por exemplo mineacuterio de

ferro o qual seria inviaacutevel se transportado por caminhotildees

Entre 2003 e 2005 a frota de locomotivas aumentou de 1895 para

2515 e a de vagotildees de 67795 para 90119 devido agrave privatizaccedilatildeo da malha

ferroviaacuteria mas mesmo assim o transporte rodoviaacuterio continua ainda sendo o

mais utilizado no Brasil embora seja o de custo operacional mais elevado em

torno de US$ 320 por 100 tkm contra US$ 074 da ferrovia e US$ 023 da

hidrovia

20

O Brasil possui 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovias e apenas

29798 quilocircmetros de ferrovias e cerca 42000 km de rios navegaacuteveis As

ferrovias transportam 24 da carga no Brasil e nos EUA cerca de 47

Levantamento feito pelo Centro de Estudos em Logiacutestica da

Universidade Federal do Rio de Janeiro concluiu que As companhias

brasileiras voltadas para o comeacutercio exterior perdem cerca de US$ 10 bilhotildees

por ano em consequumlecircncia dos problemas enfrentados na hora de transportar

mercadorias das aacutereas de produccedilatildeo ateacute os portos

ldquoOutro estudo feito pela Comissatildeo Econocircmica para a Ameacuterica Latina e o Caribe ligada agraves Naccedilotildees Unidas conclui que 35 do preccedilo final das mercadorias exportadas do Brasil e de outros paiacuteses latino-americanos se deve aos custos de transporte Nos Estados Unidos este iacutendice natildeo chega a 10rdquo (Veja Especial outubro de 2004 p 61)

Segundo levantamento da CNI Confederaccedilatildeo Nacional da Induacutestria

os custos com transporte equivalem a 1275 do PIB brasileiro enquanto nos

EUA correspondem a 820

Por deficiecircncias logiacutesticas exportar uma tonelada de soja do Brasil

para a China ndash do norte de Mato Grosso via Porto de Paranaguaacute ndash custa hoje

US$ 18 a mais do que fazer o mesmo do Estado norte-americano de Iowa Em

2007 a situaccedilatildeo se complicou com a falta generalizada de caminhotildees para o

mercado interno e de navios para o mercado externo

Poreacutem como as exportaccedilotildees estatildeo superando as importaccedilotildees

faltam contecircineres para o embarque de produtos brasileiros

Das cerca de 22 milhotildees de toneladas de produtos exportados

anualmente cerca de 95 saem pelos portos O problema comeccedila com o fato

de que a maioria das mercadorias a ser exportada chega aos portos por meio

de rodovias

21

Segundo a ANUT ndash Associaccedilatildeo Nacional dos Usuaacuterios de

Transportes de Carga em 2004 as empresas brasileiras desembolsaram US$

12 bilhatildeo em pagamentos por atrasos no embarque e desembarque de

mercadorias nos portos brasileiros

Na margem esquerda do porto de Santos haacute um problema de

lentidatildeo de escoamento pois existem mais de 6000 moradias irregulares

margeiam os trilhos obrigando os trens a reduzir a velocidade de 80 para 10

quilocircmetros por hora causando um acreacutescimo de custo na ordem de 34

quando nos Estados Unidos essa margem natildeo ultrapassa os 20

ldquoOs Estados da regiatildeo Centro Sul produzem 13 milhotildees de toneladas anuais de gratildeos cerca de 9 milhotildees saem do Estado por rodovias 80 delas sem pavimentaccedilatildeo portanto estaacute dependendo da conclusatildeo da Ferronorte e das Hidrovias Paranaacute Paraguai e Araguaia Tocantins para baixar seus custos de transporterdquo (Veja 17102001 p 146-147)

22

CAPIacuteTULO IV

ESTUDO DE CASOS SISTEMA DE TRANSPORTES DE

CURITIBA UBERLAcircNDIA GOIAcircNIA SAtildeO PAULO E

RIO DE JANEIRO

41 Curitiba

A cidade de Curitiba eacute conhecida internacionalmente pelo eficiente e

inovador sistema de transporte coletivo Como todas as ideacuteias novas o sistema

que possibilitou a integraccedilatildeo urbana de Curitiba foi cercado de duacutevidas Mas ao

longo dos anos foi comprovado que a criatividade foi mais eficaz que o

ceticismo

411 Bonde a cavalos

Em 1887 a Empreza Curitybana dirigida por Boaventura Capp

disponibilizou o primeiro bonde puxado por animais ligando a Boulevard 2 de

Julho (atual iniacutecio da Avenida Joatildeo Gualberto) ao bairro do Batel Esta foi a

pedra fundamental de parte da identidade mais latente da cidade de Curitiba o

transporte coletivo Naquele periacuteodo o passeio pela pacata Curitiba tinha

caracteriacutestica mais poeacutetica e os bondes davam o toque de charme (anexo 09)

A viagem inaugural dos primeiros bondes foi um dos maiores

acontecimentos da eacutepoca

Os jornais locais divulgaram com orgulho a partida dos quatro

vagotildees que contavam com ilustres passageiros como o presidente da proviacutencia

Faria Sobrinho

23

412 Bondes eleacutetricos

Apesar de o bondinho ter o objetivo de atender agraves massas ele era

dividido em duas categorias Na primeira classe era obrigatoacuterio que os

passageiros estivessem calccedilados Jaacute no bond mixto como era conhecida a

pessoa podiam viajar sem sapatos

O panorama do transporte coletivo da cidade mudou com a

introduccedilatildeo dos bondes eleacutetricos a partir 1912 Os primeiros bondes puxados

por mulas foram vendidos e amontoados no depoacutesito de ferro-velho em

Paranaguaacute

A mudanccedila foi necessaacuteria jaacute que o nuacutemero de passageiros

aumentou de 680 mil em 1903 para 19 milhatildeo por ano em 1913 a cidade

crescia rapidamente poreacutem de maneira desordenada

413 Os primeiros ocircnibus

Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia

Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo Dois anos

mais tarde comeccedilaram a aparecer as linhas particulares de ocircnibus apesar dos

bondes ainda serem a preferecircncia da populaccedilatildeo

Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto

da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bondes perderam

espaccedilo mas apesar das passagens mais caras o novo veiacuteculo era mais

confiaacutevel e seguro

Em 1951 saiacuteram de circulaccedilatildeo os uacuteltimos bondes dando lugar agraves

auto-lotaccedilotildees

Uma das grandes revoluccedilotildees no setor ocorreu em 1955 quando o

municiacutepio estabeleceu contratos de concessatildeo com 13 empresas

24

Naquela eacutepoca a cidade era atendida por 50 ocircnibus e 80 lotaccedilotildees

Em 1965 foi editado o Plano Diretor de Transportes de Curitiba estabelecendo

as vias estruturais que serviram como eixos base para movimentaccedilatildeo urbana

O plano foi considerado um dos mais perfeitos do mundo

Devido ao bom planejamento mesmo 15 anos depois os 673 ocircnibus

da capital paranaense transportavam 515 mil pessoas diariamente

A frota do transporte coletivo representava apenas 2 dos veiacuteculos

que trafegavam em Curitiba e era responsaacutevel pelo transporte de 75 das

pessoas que se locomoviam

Como a cidade crescia rapidamente em pouco tempo o sistema

tradicional estaria obsoleto e ineficaz para atender tanta gente Era necessaacuterio

algo de novo A soluccedilatildeo foi a implantaccedilatildeo dos ocircnibus expressos esse sistema

foi um dos grandes responsaacuteveis pelo avanccedilo no atendimento do transporte

coletivo

Natildeo se tratava somente de uma nova categoria de veiacuteculo mas

acima de tudo um sistema de transporte para meacutedias distacircncias que possuiacutea

via exclusiva

A primeira etapa foi agrave implantaccedilatildeo das canaletas exclusivas onde

circulavam os ocircnibus convencionais

O Departamento de Pesquisa de Veiacuteculos da Faculdade de

Engenharia Industrial de Satildeo Bernardo dos Campos (SP) apresentou ao

IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba) o primeiro

modelo de ocircnibus para atender as novas necessidades de transporte urbano

Batizado de Uiraquitan em homenagem ao nome indiacutegena dado ao primeiro

carro fabricado no Brasil foi projetado especialmente para o sistema viaacuterio de

Curitiba

25

414 Os primeiros ocircnibus expressos

Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo

nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimental os 20

primeiros expressos A frota partiu da Praccedila Generoso Marques para atender

passageiros do Eixo NorteSul Em um dos ocircnibus de inconfundiacutevel cor

vermelha o prefeito Jaime Lerner idealizador do projeto desde o tempo em que

era presidente do IPPUC ndash INSTITUTO DE PESQUISAS E PLANEJAMENTO

URBANO DE CURITIBA noticiava agrave imprensa a satisfaccedilatildeo de ver sua grande

obra em funcionamento

Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde

foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e caixas de correio

aleacutem da pista proacutepria o expresso foi comparado a um metrocirc na superfiacutecie Em

meacutedia todos os meses 19 milhatildeo de pessoas utilizavam o novo sistema de

transporte

As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi

crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento populacional e de

infra-estrutura da cidade Em 1980 Curitiba foi a primeira capital a adotar a

tarifa social O preccedilo da passagem era uacutenico independente do trecho da

viagem Com esta vantagem tambeacutem foi colocada em praacutetica a campanha Eacute

com esse que eu vou incentivando a populaccedilatildeo a deixar os carros em casa e

utilizar o veiacuteculo coletivo O preccedilo do petroacuteleo aumentava cada vez mais por

conta da crise mundial de combustiacuteveis

Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a

utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar a passagem

uacutenica Os usuaacuterios podiam trocar de linha dentro dos terminais sem pagar nova

passagem Com isto se consolidou a RIT (Rede Integrada de Transporte) Em

1980 os ocircnibus articulados com capacidade 80 maior comeccedilaram a

substituir gradativamente os antigos expressos Isto significou economia de

combustiacutevel em 46 e reduccedilatildeo de custo de 21 por passageiro transportado

26

Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS

(Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistema e passou a

ser a concessionaacuteria e as empresas operadoras as permissionaacuterias

Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia

incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas

alimentadoras para os usuaacuterios se deslocarem nos cinco eixos atendidos pelos

expressos 239 linhas em todo o sistema A RIT atendia em 1990 54 do total

de usuaacuterios do sistema iacutendice que chegou a 84 em 1995

Em outubro de 1991 sob encomenda da URBS a Volvo comeccedilou a

desenvolver o primeiro ocircnibus bi-articulado brasileiro batizado de Metrobuacutes

com 25 metros de comprimento e capacidade para transportar ateacute 270

passageiros

Neste periacuteodo foi implantada uma das maiores novidades do

transporte coletivo naquela deacutecada Foram criadas as Linhas Diretas servidas

por veiacuteculos de cor cinza popularmente chamados de Ligeirinhos (anexo 15)

Atraveacutes das rampas de acesso no lugar das escadas eles

permitiram o embarque e desembarque de passageiros atraveacutes das estaccedilotildees-

tubo que serviam como pequenos terminais possibilitando ao usuaacuterio a troca

de linhas sem pagar nova passagem

Os Bi-articulados comeccedilaram a substituir tambeacutem os ocircnibus

utilizados nas linhas do Express

As melhorias foram sendo colocadas em praacutetica como o sistema de

aviso de paradas

A cada saiacuteda de uma estaccedilatildeo-tubo o sistema eacute automaticamente

acionado para informar aos passageiros qual eacute o ponto seguinte e quais portas

27

deveratildeo ser utilizadas para o desembarque Sistema parecido com o usado por

alguns metrocircs em diversos lugares do mundo

Em 1996 a RIT ultrapassou as fronteiras e passou a atender a

Regiatildeo Metropolitana Em 1999 o Sistema Expresso comemorou 25 anos com

a inauguraccedilatildeo da linha Bi-articulada Circular Sul

Para relembrar o comeccedilo de tudo uma reacuteplica do primeiro ocircnibus

expresso de 1974 circulou do Terminal Capatildeo Raso ateacute a Praccedila Generoso

Marques transportando o entatildeo governador Jaime Lerner e o prefeito Caacutessio

Taniguchi

Foi como uma viagem no tempo para Lerner e para muitos

curitibanos que acompanharam o desenvolvimento do transporte coletivo da

cidade repleto de inovaccedilotildees e empreendedorismo para acompanhar o

crescimento urbano

Em 2000 a substituiccedilatildeo de 87 veiacuteculos articulados por 57 de maior

porte no eixo lesteoeste demonstrou que no sistema adotado por Curitiba

novidades satildeo sempre implantadas sem a necessidade de investimentos

incompatiacuteveis com a realidade da cidade

Os avanccedilos sociais marcam a histoacuteria recente do transporte coletivo

curitibano

Em 2005 o prefeito Beto Richa determinou o enxugamento de

despesas do sistema e o corte de dez centavos na tarifa reduzida para R$

180

Hoje 2 milhotildees de passageiros utilizam diariamente o Sistema

Integrado de Transporte Coletivo composto por 1980 ocircnibus que atendem 395

linhas O sistema eacute responsaacutevel pelo emprego direto de 15 mil pessoas entre

motoristas cobradores fiscais mecacircnicos entre outros profissionais

28

Com a construccedilatildeo da Linha Verde o Sistema de Transportes de

Curitiba estaacute em expansatildeo essa via uniraacute a cidade no trecho urbano na antiga

BR-116 melhorando o tracircnsito e os transportes em Curitiba

42 Uberlacircndia

A cidade de Uberlacircndia no Estado de Minas Gerais conta um

Sistema Integrado de Transporte Urbano (SIT) que racionalizou o uso dos

transportes urbanos com a unificaccedilatildeo do preccedilo das passagens aleacutem disso o

usuaacuterio natildeo paga mais duas passagens para chegar no local desejado

contando com um transporte coletivo 100 integrado e monitorado (GPRS)

administrado pela prefeitura

O sistema eacute dotado de bilhetagem eletrocircnica A maioria dos

veiacuteculos tecircm elevador para facilitar o acesso de deficientes fiacutesicos

O sistema eacute composto por seis terminais

bull Central

bull Santa Luzia

bull Planalto

bull Umuarama

bull Terminal Industrial (distrito industrial de Uberlacircndia)

O sistema conta com treze estaccedilotildees de embarque e desembarque

de passageiros interligando a regiatildeo central (Terminal Central) de Uberlacircndia

ao Anel Rodoviaacuterio (Terminal Santa Luzia) proporcionando um raacutepido acesso

agraves principais rodovias em torno do municiacutepio

43 Goiacircnia

A Prefeitura de Goiacircnia tem buscado soluccedilotildees inovadoras no que diz

respeito aos problemas que envolvem os transportes urbanos da cidade A

primeira grande mudanccedila no sistema de transportes coletivos da regiatildeo

29

metropolitana de Goiacircnia ocorreu em 1976 quando da implantaccedilatildeo do sistema

tronco-alimentador que se baseava em linhas troncais e alimentadoras atraveacutes

de terminais de integraccedilatildeo com a exploraccedilatildeo e operaccedilatildeo das linhas por

empresas concessionaacuterias privadas

No ano seguinte agrave sua implantaccedilatildeo o sistema possibilitou o

transporte de 35 milhotildees de passageiros nuacutemero que cresceu a uma taxa de

5 ao ano ateacute 1984 atingindo a meacutedia anual de 100 milhotildees de passageiros

No periacuteodo entre 1985 e 1991 a quantidade de passageiros

transportados continuou aumentando ateacute atingir o patamar de 250 milhotildees de

passageirosano em funccedilatildeo do aumento da demanda por transporte coletivo

urbano ocorrido em todo o paiacutes

Os problemas inflacionaacuterios de 1992 a 1994 e a diminuiccedilatildeo do poder

aquisitivo provocaram a queda da demanda para 200 milhotildees de

passageirosano

O sistema de transportes urbanos de Goiacircnia estaacute em expansatildeo

com a previsatildeo de entrada em operaccedilatildeo do Metrocirc de Superfiacutecie que contaraacute

com ocircnibus articulados e biarticulados de grande capacidade de passageiros

Visando a implantaccedilatildeo dessa via de superfiacutecie estaacute sendo testado o

modelo de ocircnibus biarticulado VOLVO B9 SALF (anexo 20) com grande

capacidade para transportar 270 passageiros Esse mesmo modelo estaacute em

operaccedilatildeo no Sistema Transantiago na capital chilena

44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro

441 Satildeo Paulo

A histoacuteria da cidade de Satildeo Paulo eacute marcada pela implantaccedilatildeo da

ferrovia mas a histoacuteria dos transportes puacuteblicos iniciada agrave mesma eacutepoca tem

30

nos tiacutelburis carros de duas rodas puxados por um cavalo sua primeira

apariccedilatildeo com a inauguraccedilatildeo em 1872 pela Companhia Carris de Ferro de Satildeo

Paulo da primeira linha de bondes puxados a burro

A primeira linha de bonde eleacutetrico foi inaugurada no iniacutecio do seacuteculo

XX em 7 de maio de 1900 ligando o largo de Satildeo Bento agrave Barra Funda Foi um

empreendimento da Satildeo Paulo Railway Light and Power Company LTd que

recebeu por transferecircncia a concessatildeo para organizar construir e operar

linhas de bonde por traccedilatildeo eleacutetrica para diversos pontos da cidade e seus

subuacuterbios durante 40 anos

Os primeiros auto-ocircnibus surgiram na cidade na deacutecada de 20

complementando a alternativa ao bonde que sofria as limitaccedilotildees de rede

energia e investimentos

Nos anos 30 a capital de Satildeo Paulo jaacute era considerada um grande

centro urbano e convivia com um tracircnsito agitado O Plano de Avenidas do

Prefeito Prestes Maia indicava a expressiva influecircncia do automoacutevel na vida e

na estrutura da cidade

A Comissatildeo de Estudos de Transportes Coletivos instituiacuteda em

1939 pocircs em discussatildeo a organizaccedilatildeo do transporte como serviccedilo puacuteblico e as

vantagens do monopoacutelio governamental lanccedilando as bases para a constituiccedilatildeo

de uma empresa municipal responsaacutevel pelo transporte coletivo

O nuacutemero de ocircnibus em Satildeo Paulo em 1941 superou os mil

enquanto o de bondes manteve-se em 500 Assim eram os ocircnibus que

transportavam a maior parte dos passageiros Trinta e sete empresas

particulares exploravam 90 linhas que circulavam pelo municiacutepio

Em 1946 atraveacutes do Decreto-Lei no 365 de 10 de outubro de 1946

o Prefeito Abrahatildeo Ribeiro autorizou a constituiccedilatildeo de uma empresa

31

responsaacutevel pelo transporte puacuteblico criando-se entatildeo a Companhia Municipal

de Transportes Coletivos ndash CMTC (anexo 10)

Em 1947 a Prefeitura determinou a transferecircncia do patrimocircnio da

Light relativo ao serviccedilo para a nova companhia e decidiu que as empresas

privadas passariam a operar somente as linhas de ocircnibus fora do periacutemetro

urbano

Em 1975 a COMPANHIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES

COLETIVOS - CMTC operava apenas 14 da frota de ocircnibus da cidade

Um novo contrato de concessatildeo foi firmado entre Prefeitura e CMTC

permitindo a contrataccedilatildeo os serviccedilos de transporte coletivo de passageiros em

23 aacutereas de operaccedilatildeo Assim uma mudanccedila efetiva ocorreu no sistema e no

mercado de transporte coletivo da cidade restituindo em parte agrave CMTC o seu

outro papel o de gestora do sistema

Nos anos 80 aleacutem de inovaccedilotildees operacionais e tecnoloacutegicas

promovidas pela CMTC - o Programa Troleibus a implantaccedilatildeo dos corredores

de ocircnibus em faixa exclusiva e a utilizaccedilatildeo de ocircnibus movidos a gaacutes metano e

natural- a gestatildeo do serviccedilo de transporte puacuteblico voltou a ser alvo da atenccedilatildeo

da administraccedilatildeo municipal tendo resultado inclusive em intervenccedilotildees

administrativas e gerenciais em algumas empresas operadoras

A relaccedilatildeo entre as empresas operadoras e a municipalidade passou

por nova e importante alteraccedilatildeo a partir do processo de municipalizaccedilatildeo

quando atraveacutes da Lei no 11037 1991 o sistema de remuneraccedilatildeo do

serviccedilo passou a ser feito pelo custo dos serviccedilos passando a operadora a ser

remunerada diretamente pela apropriaccedilatildeo da tarifa paga pelo passageiro

O serviccedilo contratado pela Prefeitura e operado pelas empresas eacute

remunerado conforme a afericcedilatildeo dos custos incorridos na prestaccedilatildeo do serviccedilo

A tarifa definida conforme paracircmetros econocircmicos e poliacuteticos passou a

32

pertencer a administraccedilatildeo municipal constituindo-se na principal fonte de

recursos para o pagamento do serviccedilo agraves empresas contratadas pela

operaccedilatildeo

No iniacutecio de 1993 a CMTC desempenhava ao mesmo tempo as

funccedilotildees de gestora do sistema de transporte coletivo e de operadora detendo

cerca de 27 de participaccedilatildeo no setor

A administraccedilatildeo tinha por objetivo a racionalizaccedilatildeo da operaccedilatildeo e

reduccedilatildeo do deacuteficit previsto pela manutenccedilatildeo da administraccedilatildeo da CMTC como

empresa operadora

A alteraccedilatildeo do perfil da frota da quantidade de ocircnibus e de

funcionaacuterios eram medidas indicadas que exigiriam altos investimentos e natildeo

gerariam necessariamente reduccedilatildeo de custos Optou-se entatildeo por encerrar

as atividades operacionais da antiga CMTC atraveacutes da privatizaccedilatildeo de toda a

operaccedilatildeo dos 2700 ocircnibus e das respectivas garagens reduzindo o quadro de

pessoal de 27 mil para cerca de 1200 empregados Esse processo se valeu da

flexibilidade do mesmo modelo de gestatildeo estabelecido pela Lei No 11037

91

A forma de remuneraccedilatildeo dos serviccedilos prestados pelas empresas

contratadas foi inovada alterando-se o criteacuterio anterior de pagamento

calculado pelo custo do quilocircmetro rodado por um valor limite por passageiro

transportado

A antiga CMTC foi entatildeo transformada na Satildeo Paulo Transporte

SA- SPTRANS nova denominaccedilatildeo adotada em 8 de marccedilo de 1995 para a

empresa que ficou voltada somente agrave gestatildeo do sistema de transporte da

cidade

Atualmente com o crescimento das aacutereas urbanas da cidade

tornou-se necessaacuterio ampliar a aacuterea viaacuteria do municiacutepio atualmente estaacute em

33

fase de conclusatildeo o anel rodoviaacuterio da grande Satildeo Paulo e do rodoanel vias

que depois de prontas desafogaratildeo o traacutefego de veiacuteculos na cidade

O sistema Metropolitano operado pela Companhia do Metropolitano

de Satildeo Paulo tambeacutem estaacute em expansatildeo e contribuiraacute para atender o aumento

da demanda de transportes urbanos na maior cidade do Brasil

442 Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro capital do estado homocircnimo eacute a segunda maior

metroacutepole do Brasil situada na regiatildeo Sudeste

Eacute a cidade brasileira mais conhecida no exterior e a maior rota de

turismo internacional no Brasil

A parte urbana do Municiacutepio do Rio de Janeiro recebeu a

denominaccedilatildeo de GRANDE RIO pela Lei complementar nordm 20 pela Lei

Complementar nordm 20 de 01 de julho de 1974 apoacutes a fusatildeo dos antigos estados

do Rio de Janeiro e Guanabara

Aleacutem da parte urbana da cidade existe tambeacutem a REGIAtildeO

METROPOLITANA II DO RIO DE JANEIRO que abrange os municiacutepios de

Niteroacutei Satildeo Gonccedilalo Itaboraiacute Rio Bonito e Tanguaacute

A cidade foi capital do Brasil Colocircnia a partir de 1763 capital do

Impeacuterio Portuguecircs na eacutepoca das invasotildees de Napoleatildeo capital do Impeacuterio do

Brasil e capital da Repuacuteblica ateacute a inauguraccedilatildeo de Brasiacutelia na deacutecada de 60

As primeiras vias na regiatildeo onde hoje estaacute situada a Cidade do Rio

de Janeiro foram abertas pelos Tamoios com objetivos estrateacutegicos e de

defesa Eram veredas no interior da floresta e dirigiam-se ao interior em direccedilatildeo

agrave Serra do Mar (Santos 1934) Os rios e a Baiacutea de Guanabara eram as outras

vias naturais utilizadas por eles

34

Ateacute os primeiros anos do seacuteculo XIX o espaccedilo urbano da Cidade do

Rio de Janeiro limitava-se ao quadrilaacutetero formado pelos Morros do Castelo

Satildeo Bento Santo Antocircnio e da Conceiccedilatildeo De acordo com Abreu (1987) este

chatildeo fora duramente conquistado agrave natureza aterrando-se brejos e mangues

nos trecircs primeiros seacuteculos de existecircncia da cidade Considerando-se os limites

da cidade de entatildeo como sendo ao norte o Campo de Santana ao sul o Largo

do Machado e a regiatildeo de Mata Cavalos (hoje Rua do Riachuelo) e que natildeo

existiam ateacute entatildeo meios de transporte coletivo pode-se afirmar que a maioria

dos deslocamentos eram realizados a peacute em carro de bois eou no lombo de

animais Soacute posteriormente foram introduzidos as andas as redes e os

palanguins

Segundo Dunlop (1973) estes meios de transportes eram como

uma cama suspensa em longo varal conduzida nos ombros por escravos um

agrave frente outro agrave retaguarda

Para as viagens de longa distacircncia neste periacuteodo aqueles que

desejavam ir agraves Minas Gerais Satildeo Paulo ou ao interior do paiacutes tinham que

realizar por exemplo viagens que envolviam animais barcos e comeccedilavam

realizando um percurso pela Baiacutea de Guanabara

Com a chegada da famiacutelia real portuguesa por volta de 1808 foram

trazidas pela corte os coches carruagens seges e o cabriolet

Considerando-se os limites urbanos da cidade bem como as

caracteriacutesticas daquela sociedade colonial portuguesa nos troacutepicos pode-se

afirmar que somente as pessoas de posse ou que possuiacuteam seus proacuteprios

meios de transportes tinham condiccedilatildeo e direito de deslocar-se agraves localidades

mais afastadas do centro histoacuterico da cidade ou empreenderem viagens mais

longas

O transporte puacuteblico soacute foi introduzido na cidade por volta de 1817

com a adoccedilatildeo das Gocircndolas e Diligecircncias veiacuteculos de transporte coletivo

35

puxado agrave burros eou cavalos muito utilizados por todos que necessitavam

deslocar-se dentro do periacutemetro urbano Estes veiacuteculos operavam o transporte

de passageiros entre o centro da cidade e o Palaacutecio da Boa Vista em Satildeo

Cristoacutevatildeo e de Santa Cruz na Fazenda Real por concessatildeo

Dunlop (1973) esclarece que os primeiros ocircnibus tambeacutem puxados

por quatro animais comeccedilaram a trafegar no Rio em 1837 ou 1838 por

iniciativa do francecircs Jean Lecoqrdquo

Eram carros compridos () com dois bancos longitudinais

semelhantes aos bondes fechados da Botanical Garden que aqui surgiram

trinta anos mais tarde Transportavam de vinte a vinte e quatro passageiros

A denominada Companhia de Ocircnibus ainda segundo Dunlop

oferecia serviccedilos para os bairros de Botafogo Laranjeiras Satildeo Cristoacutevatildeo

Andaraiacute Pequeno - hoje Tijuca - Rio Comprido e Engenho Velho Estes

serviccedilos contribuiacuteram muito para o desenvolvimento e crescimento destes

bairros oferecendo uma opccedilatildeo de moradia agravequeles que desejavam sair do

centro histoacuterico aacuterea jaacute conturbada entatildeo

Destaca-se o papel exercido pelos trens agrave partir de 1858 com a

construccedilatildeo da Estrada de Ferro D Pedro II posteriormente denominada E F

Central do Brasil Este novo meio de transporte ofereceu pela primeira vez

uma maneira veloz e confiaacutevel que alcanccedilava longas distacircncias e circulava em

horaacuterios preacute-estabelecidos e regulares Inicialmente usado somente para o

transporte de cargas - para escoar a produccedilatildeo de cafeacute do Vale do Paraiacuteba em

direccedilatildeo ao Porto do Rio de Janeiro - e para o transporte de passageiros de

longa distacircncia

Outras ferrovias seguiram-se a esta primeira tais como a The

Leopoldina Railway Company (depois E F Leopoldina) E F Rio DOuro (hoje

Linha 2 do Metrocirc) E F Melhoramentos do Brasil (depois Linha Auxiliar da

36

Central do Brasil) Todas foram unificadas na Rede Ferroviaacuteria Federal SA

(1957)

ldquoO trem favoreceu o surgimento dos bairros mais afastados do centro na periferia no que posteriormente veio a ser conhecido como os subuacuterbios ferroviaacuterios da Central do Brasil Contribuiu muito tambeacutem para o desenvolvimento dos municiacutepios da Baixada Fluminense e da periferia distante do centro da Cidade do Rio de Janeirordquo (ABREU 1987)

O bonde inicialmente em traccedilatildeo animal e posteriormente

eletrificado foi o meio de transporte que juntamente com os ocircnibus tambeacutem

em traccedilatildeo animal favoreceu o crescimento e desenvolvimento da cidade O

trem chegava ateacute as estaccedilotildees mas era o bonde que circulava no interior do

bairro

Em 1859 circulou o primeiro bonde puxado a burro na cidade do

Rio de Janeiro ligando o Largo do Rocio ao Alto da Boa Vista Esta linha era

controlada pela Cia Carris de Ferro cuja exploraccedilatildeo fora concedida ao

empresaacuterio inglecircs Thomas Cochrane em 1856

Outras empresas vieram em seguida como a Botanical Garden

Railroad Company posteriormente Cia Ferro Carril do Jardim Botacircnico ou a

Rio de Janeiro Street Railroad Company posteriormente Cia Satildeo Cristoacutevatildeo

O Baratildeo de Drumond por sua vez obteve uma concessatildeo para

explorar a Companhia Ferro Carril de Vila Isabel para atender aos bairros do

Andarahy Grande (Andaraiacute Vila Isabel Grajauacute e Maracanatilde) Satildeo Francisco

Xavier e Engenho Novo

ldquoA criaccedilatildeo desta empresa estava fortemente ligada a abertura do bairro de Vila Isabel nas terras da entatildeo Fazenda do Macaco de propriedade da famiacutelia imperial caracterizando um empreendimento conjugado (transporteloteamento)rdquo (Abreu 1987)

37

Os bondes foram substituiacutedos na deacutecada de 1960 pelos ocircnibus

eleacutetricos denominados de troleibus ou chifrudos pela populaccedilatildeo por causa

da forma de captaccedilatildeo de energia eleacutetrica da rede aeacuterea

Apoacutes breve periacuteodo em operaccedilatildeo pela CTC os troleibus foram

substituiacutedos pelos ocircnibus agrave diesel da mesma companhia estadual

O uso das barcas como meio de transporte e passageiros no

contexto da Regiatildeo Metropolitana destacando-se pela existecircncia de uma via

natural a Baiacutea de Guanabara e a costa oceacircnica firmando-se como transporte

regular agrave partir do ano de 1853 com a implantaccedilatildeo da Cia de Navegaccedilatildeo de

Niteroacutei

Ao longo dos anos foram transportadas cargas veiacuteculos e

passageiros sendo reconhecido como um meio eficiente na ligaccedilatildeo entre as

cidades do Rio de Janeiro e Niteroacutei

Apoacutes a construccedilatildeo da Ponte Rio - Niteroacutei sua importacircncia foi

diminuindo ano a ano apesar de toda sua potencialidade instalada

Outras ligaccedilotildees natildeo soacute para a aacuterea central de Niteroacutei podem ser

melhor exploradas com impactos favoraacuteveis no sistema de transporte como

um todo e para o meio ambiente

Afinal todas as localidades das cidades eou bairros situadas agraves

margens da baiacutea ou na costa do estado satildeo potencialmente habilitadas a

serem servidas por barcas

Falar em transportes urbanos significa tambeacutem falar em problemas

de tracircnsito e engarrafamentos que eacute um dos maiores vilotildees da agitada do

Seacuteculo XXI

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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2000

VASCONCELLOS Leacutelia Mendes de Dinacircmica da Configuraccedilatildeo Espacial

Urbana uma anaacutelise dos impactos provocados pela ponte na cidade de Niteroacutei

Satildeo Paulo Tese de Doutoramento FAU - USP 1996

VAZ Lilian Fessler Modernizaccedilatildeo excludente e moradia no Rio de Janeiro In

Fernandes Ana e Gomes Marco Aureacutelio A de Filgueiras (Org) Cidade e

histoacuteria modernizaccedilatildeo das cidades brasileiras nos seacuteculos XIX e XX Salvador

FAUUFBA - ANPUR 1992 pp 197-203

VILLACcedilA Flaacutevio Espaccedilo intra urbano no Brasil Satildeo Paulo Livros Studio

Nobre 1998

Webgrafia (sites das fotos)

MUSEU VIRTUAL DO TRANSPORTE URBANO

httpwwwmuseudantuorgbrQBrasilhtm - acessado em 21 de julho de 2009

MUSEU NACIONAL DOS TRANSPORTES

httpwwwmuseutransportescombr - acessado em 23 de agosto de 2009

MUSEU DOS TRANSPORTES PUacuteBLICOS GAETANO FEROLLA

httpwwwsptranscombrsptrans08historiamuseuasp - acessado em 26 de

agosto de 2009

65

MUSEU DO BONDE ndash SANTA TERESA ndash RIO DE JANEIRO

httpwwwflickrcomphotosclaudiolara2233169354 - acessado em 26 de

agosto de 2009

ENCICLOPEacuteDIA DIGITAL WIKIPEacuteDIA

httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 10: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

10

tracircnsito raacutepido) que consiste na utilizaccedilatildeo de ocircnibus articulados e biarticulados

com grande capacidade de transporte de passageiros

Conforme ressaltado o Brasil foi pioneiro nesse sistema Atualmente

outros paiacuteses implantaram esse modelo com destaque para o SISTEMA

TRANSMILEcircNIO implantado na Colocircmbia

Jaacute existem estudos teacutecnicos relativos a implantaccedilatildeo desse sistema

na cidade do Rio de Janeiro com a criaccedilatildeo e a implantaccedilatildeo de corredores

rodoviaacuterios usando o sistema BRT para racionalizar e equacionar o problema

existente

Dentro deste escopo este texto foi elaborado em cinco capiacutetulos

partindo do histoacuterico dos transportes no Brasil destacando os seguintes

pontos

O capiacutetulo 1 refere-se agrave histoacuteria e o desenvolvimento inicial dos

transportes em terras brasileira estaacute diretamente relacionada com a cidade do

Rio de Janeiro por ter sido esta a capital do impeacuterio e posteriormente da

repuacuteblica

Descrevo no capiacutetulo 2 o grande salto na aacuterea de transportes que

ocorreu no Brasil a partir da deacutecada de 50 com o advento do governo JK

atraveacutes da instalaccedilatildeo de diversas montadoras estrangeiras

No capiacutetulo 3 abordo a implantaccedilatildeo ocorrida em 1975 na cidade de

Curitiba na gestatildeo do Prefeito Jaime Lerner que criou e implantou um sistema

de transporte de massas chamado ldquoBRTrdquo (Ocircnibus de tracircnsito raacutepido) com

grande capacidade de transporte de passageiros

O capiacutetulo 4 cita a expansatildeo do sistema BRT em Curitiba foi

tambeacutem implantada nas cidades de Uberlacircndia Goiacircnia e Satildeo Paulo

implantaram sistemas semelhantes

11

No capiacutetulo 5 comento que a legislaccedilatildeo relativa a operacionalidade

de transportes estaacute a cargo das Agecircncias reguladoras do Governo

12

CAPIacuteTULO I

O HISTOacuteRICO DOS TRANSPORTES NO BRASIL

Por ter sido a capital do impeacuterio e posteriormente da repuacuteblica a

cidade do Rio de Janeiro sempre esteve na vanguarda das inovaccedilotildees em

serviccedilos para a populaccedilatildeo (NERU 1987a)

O Rio de Janeiro foi a primeira cidade brasileira a ter iluminaccedilatildeo

eleacutetrica telefone e tambeacutem ocircnibus motorizado

O primeiro meio de transporte coletivo na cidade do Rio de Janeiro

foi a serpentina que era um meio de transporte utilizado pelas famiacutelias

abastadas do princiacutepio do seacuteculo XIX (anexo 1)

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos (anexo 2)

A Companhia de Ocircnibus concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por

iniciativa de Aureliano de Sousa e Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva

Joseacute Ribeiro da Silva Manoel Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este

uacuteltimo foi constituiacutedo agente da companhia e fez contato com capitalistas que

se interessassem em investir

As linhas da companhia partiam do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

Posteriormente foi inaugurado o primeiro serviccedilo de bondes

eleacutetricos do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul (anexo 3)

13

Foi o carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que

teve sua apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892

Levando diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade

e terminou a viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do

Machado

Em 1917 a Prefeitura aprovou a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

passando pela Avenida Rio Branco indo da Praccedila Mauaacute ateacute o Palaacutecio Monroe

(antigo Senado) com os carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos O serviccedilo foi inaugurado em 1918 durando ateacute 1928

Em 1926 foi inaugurada a Viaccedilatildeo Excelsior concessionaacuteria de

serviccedilos de transportes pertencente a Light amp Power do Rio de Janeiro

conhecida ateacute hoje como ldquoLIGHTrdquo que detinha o monopoacutelio das linhas de

bonde para a Zona Sul (anexo 04)

ldquoA partir daiacute a LIGHT decidiu explorar o serviccedilo de ocircnibus na cidade tendo iniciado as suas atividades em 22 de novembro de 1927 adotando uma seacuterie de melhoramentos em seus ocircnibus utilizando motores diesel Esses veiacuteculos tinham dois andares e capacidade para 28 passageiros embaixo e 34 no andar de cimardquo (BARAT)

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroccedilaria de ocircnibus mais moderno montada sobre um chassis de mecacircnica

Volvo (anexo 05)

Em 1944 no periacuteodo da segunda guerra mundial devido as

dificuldades de obtenccedilatildeo de combustiacuteveis foram introduzidos os veiacuteculos

movidos a gasogecircnio (anexo 06) O serviccedilo cobria o percurso Urca-Ipanema

Em 1955 Juscelino Kubitschek foi eleito presidente da Repuacuteblica

tendo assumido o governo em 31 de janeiro de 1956

14

JK apresentou ao povo brasileiro um Plano de Metas consistindo

em investimentos em aacutereas prioritaacuterias para o desenvolvimento econocircmico

principalmente em infra-estrutura (rodovias hidreleacutetricas aeroportos e

induacutestrias)

Durante o seu periacuteodo de governo se instalaram no paiacutes grandes

montadoras de automoacuteveis como por exemplo FORD VOLKSWAGEN

WILLYS OVERLAND E GENERAL MOTORS na regiatildeo Sudeste nas cidades

de Santo Andreacute Satildeo Bernardo e Satildeo Caetano (regiatildeo do ABC) aumentando

muito as oportunidades de emprego atraindo trabalhadores de todo Brasil

Paralelamente comeccedilou o encarroccedilamento de ocircnibus no Brasil

utilizando os chassis de caminhotildees A pioneira na fabricaccedilatildeo de carrocerias no

Brasil foi a CIFERAL utilizando chassis Mercedes-Benz (anexo 07)

15

CAPIacuteTULO II

O ADVENTO DA INDUSTRIALIZACcedilAtildeO BRASILEIRA

NOS ANOS DO GOVERNO JK E A IMPLANTACcedilAtildeO DAS

MONTADORAS

Ateacute a deacutecada de 50 com o governo JK a economia brasileira se

fundava na exportaccedilatildeo de produtos primaacuterios e com isso o sistema de

transportes limitou-se aos transportes fluvial e ferroviaacuterio

Com a aceleraccedilatildeo do processo industrial na segunda metade do

seacuteculo XX a poliacutetica para o setor concentrou os recursos no setor rodoviaacuterio

As primeiras medidas concretas para a formaccedilatildeo de um sistema de

transportes no Brasil foram estabelecidas em 1934

Desde a criaccedilatildeo da primeira estrada de ferro ateacute 1946 os esquemas

viaacuterios de transporte nacional foram montados tendo por base as ferrovias

complementados pelas vias fluviais e a malha rodoviaacuteria

Esses conceitos comeccedilaram a ser modificados a partir de entatildeo

especialmente pela profunda mudanccedila que se operou na economia brasileira

quando o setor rodoviaacuterio comeccedilou a ser desenvolvido

ldquoAs primeiras rodovias brasileiras datam do seacuteculo XIX mas a ampliaccedilatildeo da malha rodoviaacuteria ocorreu no governo Vargas com a criaccedilatildeo do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) em 1937 e mais tarde com a implantaccedilatildeo da induacutestria automobiliacutestica na segunda metade da deacutecada de 1950 com a aceleraccedilatildeo do processo de industrializaccedilatildeo e mudanccedila da capital federal para Brasiacuteliardquo (SANTOS)

A partir da deacutecada 50 rede rodoviaacuteria se ampliou de forma notaacutevel

tornando-se a principal via de escoamento de carga e passageiros

16

Na deacutecada 80 o crescimento acelerado deu lugar a estagnaccedilatildeo

A perda de receitas com a extinccedilatildeo em 1988 do imposto sobre

lubrificantes e combustiacuteveis e do imposto sobre serviccedilos impediu a ampliaccedilatildeo

da rede e sua manutenccedilatildeo

Como resultado em fins do seacuteculo XX a rede rodoviaacuteria passou a

responder por 65 dos transportes de cargas e 92 do de passageiros

O crescimento do setor rodoviaacuterio ensejou a instalaccedilatildeo de novas

montadoras no pais atraveacutes da instalaccedilatildeo de outras montadoras como por

exemplo SCANIA FIAT IVECO VOLKSWAGEN CAMINHOtildeES VOLVO e

mais recentemente algumas montadoras asiaacuteticas

Em decorrecircncia da ampliaccedilatildeo do setor rodoviaacuterio deu-se a

ampliaccedilatildeo de faacutebricas em Santa Catarina e do Rio Grande do Sul

Atualmente esse setor ganhou grande desenvolvimento e condiccedilotildees

competitivas a niacutevel internacional com um alto volume de exportaccedilotildees

principalmente para os paiacuteses da Ameacuterica Latina

As principais encarroccediladoras de ocircnibus brasileiras satildeo

MARCOPOLO CAIO COMIL BUSSCAR NEOBUS e IRIZAR A induacutestria

brasileira de carrocerias eacute uma das maiores do mundo

Em 2007 o Brasil foi o terceiro maior fabricante de ocircnibus do

mundo perdendo apenas para a China (IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico 2007)

A induacutestria encarroccediladora de ocircnibus brasileira difere da dos demais

paiacuteses na qual o encarroccedilamento constitui uma etapa separada da produccedilatildeo

dos chassis de ocircnibus

Prevecirc-se para 2010 um crescimento da ordem de 19 O

faturamento do setor deveraacute crescer mais do que em 2007 perfazendo cerca

17

de R$ 72 bilhotildees com uma boa parte oriunda do setor interno desse modo

espera-se um crescimento favoraacutevel apesar da tendecircncia de desaceleraccedilatildeo da

economia internacional

O cenaacuterio conta com a estabilidade da moeda nacional (o real) e

com os financiamentos do BNDES

Devido ao poder competitivo do setor as encarroccediladoras brasileiras

estatildeo lanccedilando modelos cada vez mais modernos que nada devem aos

produtores internacionais

Diversas encarroccediladoras brasileiras jaacute contam com unidades fabris

em diversos continentes a MARCOPOLO tem faacutebricas no Meacutexico e Colocircmbia

e mais recentemente formou Joint Ventures para a instalaccedilatildeo e transferecircncia

de Know-How para a China e Iacutendia

18

CAPIacuteTULO III

A EVOLUCcedilAtildeO E A SITUACcedilAtildeO ATUAL DOS

TRANSPORTES NO BRASIL

ldquoO Brasil ao longo de sua histoacuteria permaneceu voltado para a costa do Atlacircntico com cerca de 80 da populaccedilatildeo vivendo em cidades a menos de mil quilocircmetros da costa e 82 do PIB eacute gerado nas regiotildees Sul Sudeste e Nordesterdquo (IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico 2008)

A origem desse fato deve-se principalmente as caracteriacutesticas do

relevo e da topografia do Brasil pois olhando-se o mapa do paiacutes constata-se

que a faixa mais com melhores condiccedilotildees de vida encontra-se no leste do

paiacutes

Essa situaccedilatildeo perdurou ateacute a chegada do governo JK na deacutecada de

50 quando a capital do paiacutes foi Brasiacutelia na regiatildeo Centro Oeste aacuterea em sua

maior parte formada por Estados dominados por florestas que fazem limites

com os paiacuteses andinos sem saiacuteda para o Oceano Paciacutefico

Em 1975 Jaime Lerner entatildeo Prefeito de Curitiba tendo em vista o

crescimento populacional criou um sistema de transporte baseado no conceito

BRT (Bus Rapid Transit) ndash ocircnibus articulados e biarticulados de grande

capacidade de passageiros que atualmente estaacute em operaccedilatildeo em diversas

cidades brasileiras

A mudanccedila da capital para Brasiacutelia ocasionou um grande

desenvolvimento dessa regiatildeo contribuindo tambeacutem para melhorar o sistema

de transportes rodoviaacuterios do paiacutes que hoje eacute inteiramente interligado do Sul

ateacute o Norte do paiacutes

Devido a esse fato o sistema de transporte organizou-se

predominantemente com base nas rodovias que entre todos eacute o mais oneroso

19

e poluente enquanto as hidrovias e as ferrovias tecircm custos unitaacuterios mais

baixos no entanto o modal rodoviaacuterio eacute mais adequado em relaccedilatildeo a maiores

declividades principalmente para grandes volumes de carga a grandes

distacircncias e para cargas de menor volume e distacircncias menores

Os custos ferroviaacuterios em relaccedilatildeo agraves rodovias satildeo menores nos

trajetos de extensatildeo superiores a 500 km pois os altos custos de implantaccedilatildeo

da rede feacuterrea e o tempo consumido com cargas e descargas satildeo

compensados pela economia geral do meio de transporte

Em pequenas distacircncias as vantagens satildeo do transporte rodoviaacuterio

que desloca mercadorias dos pontos de distribuiccedilatildeo ateacute os pontos de consumo

A implantaccedilatildeo de redes intermodais tende a reduzir os custos de transporte

Mesmo assim o Brasil possui um dos mais amplos sistemas de transporte com

54 portos com capacidade para mais de 500 milhotildees de toneladas por ano 31

mil quilocircmetros de ferrovias e 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovia

A partir da deacutecada de 1970 o modal rodoviaacuterio sofreu uma queda

com uma participaccedilatildeo de 70 em 1970 com uma reduccedilatildeo para 536 em

1985 mas voltando a crescer chegando a 606 em 2004

Entre 1997 e 2004 o volume de cargas transportadas pelas rodovias

cresceu apenas 141 contra 4554 pelas ferrovias que transportam a

maioria dos produtos de baixo valor agregado como por exemplo mineacuterio de

ferro o qual seria inviaacutevel se transportado por caminhotildees

Entre 2003 e 2005 a frota de locomotivas aumentou de 1895 para

2515 e a de vagotildees de 67795 para 90119 devido agrave privatizaccedilatildeo da malha

ferroviaacuteria mas mesmo assim o transporte rodoviaacuterio continua ainda sendo o

mais utilizado no Brasil embora seja o de custo operacional mais elevado em

torno de US$ 320 por 100 tkm contra US$ 074 da ferrovia e US$ 023 da

hidrovia

20

O Brasil possui 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovias e apenas

29798 quilocircmetros de ferrovias e cerca 42000 km de rios navegaacuteveis As

ferrovias transportam 24 da carga no Brasil e nos EUA cerca de 47

Levantamento feito pelo Centro de Estudos em Logiacutestica da

Universidade Federal do Rio de Janeiro concluiu que As companhias

brasileiras voltadas para o comeacutercio exterior perdem cerca de US$ 10 bilhotildees

por ano em consequumlecircncia dos problemas enfrentados na hora de transportar

mercadorias das aacutereas de produccedilatildeo ateacute os portos

ldquoOutro estudo feito pela Comissatildeo Econocircmica para a Ameacuterica Latina e o Caribe ligada agraves Naccedilotildees Unidas conclui que 35 do preccedilo final das mercadorias exportadas do Brasil e de outros paiacuteses latino-americanos se deve aos custos de transporte Nos Estados Unidos este iacutendice natildeo chega a 10rdquo (Veja Especial outubro de 2004 p 61)

Segundo levantamento da CNI Confederaccedilatildeo Nacional da Induacutestria

os custos com transporte equivalem a 1275 do PIB brasileiro enquanto nos

EUA correspondem a 820

Por deficiecircncias logiacutesticas exportar uma tonelada de soja do Brasil

para a China ndash do norte de Mato Grosso via Porto de Paranaguaacute ndash custa hoje

US$ 18 a mais do que fazer o mesmo do Estado norte-americano de Iowa Em

2007 a situaccedilatildeo se complicou com a falta generalizada de caminhotildees para o

mercado interno e de navios para o mercado externo

Poreacutem como as exportaccedilotildees estatildeo superando as importaccedilotildees

faltam contecircineres para o embarque de produtos brasileiros

Das cerca de 22 milhotildees de toneladas de produtos exportados

anualmente cerca de 95 saem pelos portos O problema comeccedila com o fato

de que a maioria das mercadorias a ser exportada chega aos portos por meio

de rodovias

21

Segundo a ANUT ndash Associaccedilatildeo Nacional dos Usuaacuterios de

Transportes de Carga em 2004 as empresas brasileiras desembolsaram US$

12 bilhatildeo em pagamentos por atrasos no embarque e desembarque de

mercadorias nos portos brasileiros

Na margem esquerda do porto de Santos haacute um problema de

lentidatildeo de escoamento pois existem mais de 6000 moradias irregulares

margeiam os trilhos obrigando os trens a reduzir a velocidade de 80 para 10

quilocircmetros por hora causando um acreacutescimo de custo na ordem de 34

quando nos Estados Unidos essa margem natildeo ultrapassa os 20

ldquoOs Estados da regiatildeo Centro Sul produzem 13 milhotildees de toneladas anuais de gratildeos cerca de 9 milhotildees saem do Estado por rodovias 80 delas sem pavimentaccedilatildeo portanto estaacute dependendo da conclusatildeo da Ferronorte e das Hidrovias Paranaacute Paraguai e Araguaia Tocantins para baixar seus custos de transporterdquo (Veja 17102001 p 146-147)

22

CAPIacuteTULO IV

ESTUDO DE CASOS SISTEMA DE TRANSPORTES DE

CURITIBA UBERLAcircNDIA GOIAcircNIA SAtildeO PAULO E

RIO DE JANEIRO

41 Curitiba

A cidade de Curitiba eacute conhecida internacionalmente pelo eficiente e

inovador sistema de transporte coletivo Como todas as ideacuteias novas o sistema

que possibilitou a integraccedilatildeo urbana de Curitiba foi cercado de duacutevidas Mas ao

longo dos anos foi comprovado que a criatividade foi mais eficaz que o

ceticismo

411 Bonde a cavalos

Em 1887 a Empreza Curitybana dirigida por Boaventura Capp

disponibilizou o primeiro bonde puxado por animais ligando a Boulevard 2 de

Julho (atual iniacutecio da Avenida Joatildeo Gualberto) ao bairro do Batel Esta foi a

pedra fundamental de parte da identidade mais latente da cidade de Curitiba o

transporte coletivo Naquele periacuteodo o passeio pela pacata Curitiba tinha

caracteriacutestica mais poeacutetica e os bondes davam o toque de charme (anexo 09)

A viagem inaugural dos primeiros bondes foi um dos maiores

acontecimentos da eacutepoca

Os jornais locais divulgaram com orgulho a partida dos quatro

vagotildees que contavam com ilustres passageiros como o presidente da proviacutencia

Faria Sobrinho

23

412 Bondes eleacutetricos

Apesar de o bondinho ter o objetivo de atender agraves massas ele era

dividido em duas categorias Na primeira classe era obrigatoacuterio que os

passageiros estivessem calccedilados Jaacute no bond mixto como era conhecida a

pessoa podiam viajar sem sapatos

O panorama do transporte coletivo da cidade mudou com a

introduccedilatildeo dos bondes eleacutetricos a partir 1912 Os primeiros bondes puxados

por mulas foram vendidos e amontoados no depoacutesito de ferro-velho em

Paranaguaacute

A mudanccedila foi necessaacuteria jaacute que o nuacutemero de passageiros

aumentou de 680 mil em 1903 para 19 milhatildeo por ano em 1913 a cidade

crescia rapidamente poreacutem de maneira desordenada

413 Os primeiros ocircnibus

Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia

Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo Dois anos

mais tarde comeccedilaram a aparecer as linhas particulares de ocircnibus apesar dos

bondes ainda serem a preferecircncia da populaccedilatildeo

Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto

da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bondes perderam

espaccedilo mas apesar das passagens mais caras o novo veiacuteculo era mais

confiaacutevel e seguro

Em 1951 saiacuteram de circulaccedilatildeo os uacuteltimos bondes dando lugar agraves

auto-lotaccedilotildees

Uma das grandes revoluccedilotildees no setor ocorreu em 1955 quando o

municiacutepio estabeleceu contratos de concessatildeo com 13 empresas

24

Naquela eacutepoca a cidade era atendida por 50 ocircnibus e 80 lotaccedilotildees

Em 1965 foi editado o Plano Diretor de Transportes de Curitiba estabelecendo

as vias estruturais que serviram como eixos base para movimentaccedilatildeo urbana

O plano foi considerado um dos mais perfeitos do mundo

Devido ao bom planejamento mesmo 15 anos depois os 673 ocircnibus

da capital paranaense transportavam 515 mil pessoas diariamente

A frota do transporte coletivo representava apenas 2 dos veiacuteculos

que trafegavam em Curitiba e era responsaacutevel pelo transporte de 75 das

pessoas que se locomoviam

Como a cidade crescia rapidamente em pouco tempo o sistema

tradicional estaria obsoleto e ineficaz para atender tanta gente Era necessaacuterio

algo de novo A soluccedilatildeo foi a implantaccedilatildeo dos ocircnibus expressos esse sistema

foi um dos grandes responsaacuteveis pelo avanccedilo no atendimento do transporte

coletivo

Natildeo se tratava somente de uma nova categoria de veiacuteculo mas

acima de tudo um sistema de transporte para meacutedias distacircncias que possuiacutea

via exclusiva

A primeira etapa foi agrave implantaccedilatildeo das canaletas exclusivas onde

circulavam os ocircnibus convencionais

O Departamento de Pesquisa de Veiacuteculos da Faculdade de

Engenharia Industrial de Satildeo Bernardo dos Campos (SP) apresentou ao

IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba) o primeiro

modelo de ocircnibus para atender as novas necessidades de transporte urbano

Batizado de Uiraquitan em homenagem ao nome indiacutegena dado ao primeiro

carro fabricado no Brasil foi projetado especialmente para o sistema viaacuterio de

Curitiba

25

414 Os primeiros ocircnibus expressos

Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo

nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimental os 20

primeiros expressos A frota partiu da Praccedila Generoso Marques para atender

passageiros do Eixo NorteSul Em um dos ocircnibus de inconfundiacutevel cor

vermelha o prefeito Jaime Lerner idealizador do projeto desde o tempo em que

era presidente do IPPUC ndash INSTITUTO DE PESQUISAS E PLANEJAMENTO

URBANO DE CURITIBA noticiava agrave imprensa a satisfaccedilatildeo de ver sua grande

obra em funcionamento

Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde

foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e caixas de correio

aleacutem da pista proacutepria o expresso foi comparado a um metrocirc na superfiacutecie Em

meacutedia todos os meses 19 milhatildeo de pessoas utilizavam o novo sistema de

transporte

As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi

crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento populacional e de

infra-estrutura da cidade Em 1980 Curitiba foi a primeira capital a adotar a

tarifa social O preccedilo da passagem era uacutenico independente do trecho da

viagem Com esta vantagem tambeacutem foi colocada em praacutetica a campanha Eacute

com esse que eu vou incentivando a populaccedilatildeo a deixar os carros em casa e

utilizar o veiacuteculo coletivo O preccedilo do petroacuteleo aumentava cada vez mais por

conta da crise mundial de combustiacuteveis

Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a

utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar a passagem

uacutenica Os usuaacuterios podiam trocar de linha dentro dos terminais sem pagar nova

passagem Com isto se consolidou a RIT (Rede Integrada de Transporte) Em

1980 os ocircnibus articulados com capacidade 80 maior comeccedilaram a

substituir gradativamente os antigos expressos Isto significou economia de

combustiacutevel em 46 e reduccedilatildeo de custo de 21 por passageiro transportado

26

Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS

(Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistema e passou a

ser a concessionaacuteria e as empresas operadoras as permissionaacuterias

Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia

incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas

alimentadoras para os usuaacuterios se deslocarem nos cinco eixos atendidos pelos

expressos 239 linhas em todo o sistema A RIT atendia em 1990 54 do total

de usuaacuterios do sistema iacutendice que chegou a 84 em 1995

Em outubro de 1991 sob encomenda da URBS a Volvo comeccedilou a

desenvolver o primeiro ocircnibus bi-articulado brasileiro batizado de Metrobuacutes

com 25 metros de comprimento e capacidade para transportar ateacute 270

passageiros

Neste periacuteodo foi implantada uma das maiores novidades do

transporte coletivo naquela deacutecada Foram criadas as Linhas Diretas servidas

por veiacuteculos de cor cinza popularmente chamados de Ligeirinhos (anexo 15)

Atraveacutes das rampas de acesso no lugar das escadas eles

permitiram o embarque e desembarque de passageiros atraveacutes das estaccedilotildees-

tubo que serviam como pequenos terminais possibilitando ao usuaacuterio a troca

de linhas sem pagar nova passagem

Os Bi-articulados comeccedilaram a substituir tambeacutem os ocircnibus

utilizados nas linhas do Express

As melhorias foram sendo colocadas em praacutetica como o sistema de

aviso de paradas

A cada saiacuteda de uma estaccedilatildeo-tubo o sistema eacute automaticamente

acionado para informar aos passageiros qual eacute o ponto seguinte e quais portas

27

deveratildeo ser utilizadas para o desembarque Sistema parecido com o usado por

alguns metrocircs em diversos lugares do mundo

Em 1996 a RIT ultrapassou as fronteiras e passou a atender a

Regiatildeo Metropolitana Em 1999 o Sistema Expresso comemorou 25 anos com

a inauguraccedilatildeo da linha Bi-articulada Circular Sul

Para relembrar o comeccedilo de tudo uma reacuteplica do primeiro ocircnibus

expresso de 1974 circulou do Terminal Capatildeo Raso ateacute a Praccedila Generoso

Marques transportando o entatildeo governador Jaime Lerner e o prefeito Caacutessio

Taniguchi

Foi como uma viagem no tempo para Lerner e para muitos

curitibanos que acompanharam o desenvolvimento do transporte coletivo da

cidade repleto de inovaccedilotildees e empreendedorismo para acompanhar o

crescimento urbano

Em 2000 a substituiccedilatildeo de 87 veiacuteculos articulados por 57 de maior

porte no eixo lesteoeste demonstrou que no sistema adotado por Curitiba

novidades satildeo sempre implantadas sem a necessidade de investimentos

incompatiacuteveis com a realidade da cidade

Os avanccedilos sociais marcam a histoacuteria recente do transporte coletivo

curitibano

Em 2005 o prefeito Beto Richa determinou o enxugamento de

despesas do sistema e o corte de dez centavos na tarifa reduzida para R$

180

Hoje 2 milhotildees de passageiros utilizam diariamente o Sistema

Integrado de Transporte Coletivo composto por 1980 ocircnibus que atendem 395

linhas O sistema eacute responsaacutevel pelo emprego direto de 15 mil pessoas entre

motoristas cobradores fiscais mecacircnicos entre outros profissionais

28

Com a construccedilatildeo da Linha Verde o Sistema de Transportes de

Curitiba estaacute em expansatildeo essa via uniraacute a cidade no trecho urbano na antiga

BR-116 melhorando o tracircnsito e os transportes em Curitiba

42 Uberlacircndia

A cidade de Uberlacircndia no Estado de Minas Gerais conta um

Sistema Integrado de Transporte Urbano (SIT) que racionalizou o uso dos

transportes urbanos com a unificaccedilatildeo do preccedilo das passagens aleacutem disso o

usuaacuterio natildeo paga mais duas passagens para chegar no local desejado

contando com um transporte coletivo 100 integrado e monitorado (GPRS)

administrado pela prefeitura

O sistema eacute dotado de bilhetagem eletrocircnica A maioria dos

veiacuteculos tecircm elevador para facilitar o acesso de deficientes fiacutesicos

O sistema eacute composto por seis terminais

bull Central

bull Santa Luzia

bull Planalto

bull Umuarama

bull Terminal Industrial (distrito industrial de Uberlacircndia)

O sistema conta com treze estaccedilotildees de embarque e desembarque

de passageiros interligando a regiatildeo central (Terminal Central) de Uberlacircndia

ao Anel Rodoviaacuterio (Terminal Santa Luzia) proporcionando um raacutepido acesso

agraves principais rodovias em torno do municiacutepio

43 Goiacircnia

A Prefeitura de Goiacircnia tem buscado soluccedilotildees inovadoras no que diz

respeito aos problemas que envolvem os transportes urbanos da cidade A

primeira grande mudanccedila no sistema de transportes coletivos da regiatildeo

29

metropolitana de Goiacircnia ocorreu em 1976 quando da implantaccedilatildeo do sistema

tronco-alimentador que se baseava em linhas troncais e alimentadoras atraveacutes

de terminais de integraccedilatildeo com a exploraccedilatildeo e operaccedilatildeo das linhas por

empresas concessionaacuterias privadas

No ano seguinte agrave sua implantaccedilatildeo o sistema possibilitou o

transporte de 35 milhotildees de passageiros nuacutemero que cresceu a uma taxa de

5 ao ano ateacute 1984 atingindo a meacutedia anual de 100 milhotildees de passageiros

No periacuteodo entre 1985 e 1991 a quantidade de passageiros

transportados continuou aumentando ateacute atingir o patamar de 250 milhotildees de

passageirosano em funccedilatildeo do aumento da demanda por transporte coletivo

urbano ocorrido em todo o paiacutes

Os problemas inflacionaacuterios de 1992 a 1994 e a diminuiccedilatildeo do poder

aquisitivo provocaram a queda da demanda para 200 milhotildees de

passageirosano

O sistema de transportes urbanos de Goiacircnia estaacute em expansatildeo

com a previsatildeo de entrada em operaccedilatildeo do Metrocirc de Superfiacutecie que contaraacute

com ocircnibus articulados e biarticulados de grande capacidade de passageiros

Visando a implantaccedilatildeo dessa via de superfiacutecie estaacute sendo testado o

modelo de ocircnibus biarticulado VOLVO B9 SALF (anexo 20) com grande

capacidade para transportar 270 passageiros Esse mesmo modelo estaacute em

operaccedilatildeo no Sistema Transantiago na capital chilena

44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro

441 Satildeo Paulo

A histoacuteria da cidade de Satildeo Paulo eacute marcada pela implantaccedilatildeo da

ferrovia mas a histoacuteria dos transportes puacuteblicos iniciada agrave mesma eacutepoca tem

30

nos tiacutelburis carros de duas rodas puxados por um cavalo sua primeira

apariccedilatildeo com a inauguraccedilatildeo em 1872 pela Companhia Carris de Ferro de Satildeo

Paulo da primeira linha de bondes puxados a burro

A primeira linha de bonde eleacutetrico foi inaugurada no iniacutecio do seacuteculo

XX em 7 de maio de 1900 ligando o largo de Satildeo Bento agrave Barra Funda Foi um

empreendimento da Satildeo Paulo Railway Light and Power Company LTd que

recebeu por transferecircncia a concessatildeo para organizar construir e operar

linhas de bonde por traccedilatildeo eleacutetrica para diversos pontos da cidade e seus

subuacuterbios durante 40 anos

Os primeiros auto-ocircnibus surgiram na cidade na deacutecada de 20

complementando a alternativa ao bonde que sofria as limitaccedilotildees de rede

energia e investimentos

Nos anos 30 a capital de Satildeo Paulo jaacute era considerada um grande

centro urbano e convivia com um tracircnsito agitado O Plano de Avenidas do

Prefeito Prestes Maia indicava a expressiva influecircncia do automoacutevel na vida e

na estrutura da cidade

A Comissatildeo de Estudos de Transportes Coletivos instituiacuteda em

1939 pocircs em discussatildeo a organizaccedilatildeo do transporte como serviccedilo puacuteblico e as

vantagens do monopoacutelio governamental lanccedilando as bases para a constituiccedilatildeo

de uma empresa municipal responsaacutevel pelo transporte coletivo

O nuacutemero de ocircnibus em Satildeo Paulo em 1941 superou os mil

enquanto o de bondes manteve-se em 500 Assim eram os ocircnibus que

transportavam a maior parte dos passageiros Trinta e sete empresas

particulares exploravam 90 linhas que circulavam pelo municiacutepio

Em 1946 atraveacutes do Decreto-Lei no 365 de 10 de outubro de 1946

o Prefeito Abrahatildeo Ribeiro autorizou a constituiccedilatildeo de uma empresa

31

responsaacutevel pelo transporte puacuteblico criando-se entatildeo a Companhia Municipal

de Transportes Coletivos ndash CMTC (anexo 10)

Em 1947 a Prefeitura determinou a transferecircncia do patrimocircnio da

Light relativo ao serviccedilo para a nova companhia e decidiu que as empresas

privadas passariam a operar somente as linhas de ocircnibus fora do periacutemetro

urbano

Em 1975 a COMPANHIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES

COLETIVOS - CMTC operava apenas 14 da frota de ocircnibus da cidade

Um novo contrato de concessatildeo foi firmado entre Prefeitura e CMTC

permitindo a contrataccedilatildeo os serviccedilos de transporte coletivo de passageiros em

23 aacutereas de operaccedilatildeo Assim uma mudanccedila efetiva ocorreu no sistema e no

mercado de transporte coletivo da cidade restituindo em parte agrave CMTC o seu

outro papel o de gestora do sistema

Nos anos 80 aleacutem de inovaccedilotildees operacionais e tecnoloacutegicas

promovidas pela CMTC - o Programa Troleibus a implantaccedilatildeo dos corredores

de ocircnibus em faixa exclusiva e a utilizaccedilatildeo de ocircnibus movidos a gaacutes metano e

natural- a gestatildeo do serviccedilo de transporte puacuteblico voltou a ser alvo da atenccedilatildeo

da administraccedilatildeo municipal tendo resultado inclusive em intervenccedilotildees

administrativas e gerenciais em algumas empresas operadoras

A relaccedilatildeo entre as empresas operadoras e a municipalidade passou

por nova e importante alteraccedilatildeo a partir do processo de municipalizaccedilatildeo

quando atraveacutes da Lei no 11037 1991 o sistema de remuneraccedilatildeo do

serviccedilo passou a ser feito pelo custo dos serviccedilos passando a operadora a ser

remunerada diretamente pela apropriaccedilatildeo da tarifa paga pelo passageiro

O serviccedilo contratado pela Prefeitura e operado pelas empresas eacute

remunerado conforme a afericcedilatildeo dos custos incorridos na prestaccedilatildeo do serviccedilo

A tarifa definida conforme paracircmetros econocircmicos e poliacuteticos passou a

32

pertencer a administraccedilatildeo municipal constituindo-se na principal fonte de

recursos para o pagamento do serviccedilo agraves empresas contratadas pela

operaccedilatildeo

No iniacutecio de 1993 a CMTC desempenhava ao mesmo tempo as

funccedilotildees de gestora do sistema de transporte coletivo e de operadora detendo

cerca de 27 de participaccedilatildeo no setor

A administraccedilatildeo tinha por objetivo a racionalizaccedilatildeo da operaccedilatildeo e

reduccedilatildeo do deacuteficit previsto pela manutenccedilatildeo da administraccedilatildeo da CMTC como

empresa operadora

A alteraccedilatildeo do perfil da frota da quantidade de ocircnibus e de

funcionaacuterios eram medidas indicadas que exigiriam altos investimentos e natildeo

gerariam necessariamente reduccedilatildeo de custos Optou-se entatildeo por encerrar

as atividades operacionais da antiga CMTC atraveacutes da privatizaccedilatildeo de toda a

operaccedilatildeo dos 2700 ocircnibus e das respectivas garagens reduzindo o quadro de

pessoal de 27 mil para cerca de 1200 empregados Esse processo se valeu da

flexibilidade do mesmo modelo de gestatildeo estabelecido pela Lei No 11037

91

A forma de remuneraccedilatildeo dos serviccedilos prestados pelas empresas

contratadas foi inovada alterando-se o criteacuterio anterior de pagamento

calculado pelo custo do quilocircmetro rodado por um valor limite por passageiro

transportado

A antiga CMTC foi entatildeo transformada na Satildeo Paulo Transporte

SA- SPTRANS nova denominaccedilatildeo adotada em 8 de marccedilo de 1995 para a

empresa que ficou voltada somente agrave gestatildeo do sistema de transporte da

cidade

Atualmente com o crescimento das aacutereas urbanas da cidade

tornou-se necessaacuterio ampliar a aacuterea viaacuteria do municiacutepio atualmente estaacute em

33

fase de conclusatildeo o anel rodoviaacuterio da grande Satildeo Paulo e do rodoanel vias

que depois de prontas desafogaratildeo o traacutefego de veiacuteculos na cidade

O sistema Metropolitano operado pela Companhia do Metropolitano

de Satildeo Paulo tambeacutem estaacute em expansatildeo e contribuiraacute para atender o aumento

da demanda de transportes urbanos na maior cidade do Brasil

442 Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro capital do estado homocircnimo eacute a segunda maior

metroacutepole do Brasil situada na regiatildeo Sudeste

Eacute a cidade brasileira mais conhecida no exterior e a maior rota de

turismo internacional no Brasil

A parte urbana do Municiacutepio do Rio de Janeiro recebeu a

denominaccedilatildeo de GRANDE RIO pela Lei complementar nordm 20 pela Lei

Complementar nordm 20 de 01 de julho de 1974 apoacutes a fusatildeo dos antigos estados

do Rio de Janeiro e Guanabara

Aleacutem da parte urbana da cidade existe tambeacutem a REGIAtildeO

METROPOLITANA II DO RIO DE JANEIRO que abrange os municiacutepios de

Niteroacutei Satildeo Gonccedilalo Itaboraiacute Rio Bonito e Tanguaacute

A cidade foi capital do Brasil Colocircnia a partir de 1763 capital do

Impeacuterio Portuguecircs na eacutepoca das invasotildees de Napoleatildeo capital do Impeacuterio do

Brasil e capital da Repuacuteblica ateacute a inauguraccedilatildeo de Brasiacutelia na deacutecada de 60

As primeiras vias na regiatildeo onde hoje estaacute situada a Cidade do Rio

de Janeiro foram abertas pelos Tamoios com objetivos estrateacutegicos e de

defesa Eram veredas no interior da floresta e dirigiam-se ao interior em direccedilatildeo

agrave Serra do Mar (Santos 1934) Os rios e a Baiacutea de Guanabara eram as outras

vias naturais utilizadas por eles

34

Ateacute os primeiros anos do seacuteculo XIX o espaccedilo urbano da Cidade do

Rio de Janeiro limitava-se ao quadrilaacutetero formado pelos Morros do Castelo

Satildeo Bento Santo Antocircnio e da Conceiccedilatildeo De acordo com Abreu (1987) este

chatildeo fora duramente conquistado agrave natureza aterrando-se brejos e mangues

nos trecircs primeiros seacuteculos de existecircncia da cidade Considerando-se os limites

da cidade de entatildeo como sendo ao norte o Campo de Santana ao sul o Largo

do Machado e a regiatildeo de Mata Cavalos (hoje Rua do Riachuelo) e que natildeo

existiam ateacute entatildeo meios de transporte coletivo pode-se afirmar que a maioria

dos deslocamentos eram realizados a peacute em carro de bois eou no lombo de

animais Soacute posteriormente foram introduzidos as andas as redes e os

palanguins

Segundo Dunlop (1973) estes meios de transportes eram como

uma cama suspensa em longo varal conduzida nos ombros por escravos um

agrave frente outro agrave retaguarda

Para as viagens de longa distacircncia neste periacuteodo aqueles que

desejavam ir agraves Minas Gerais Satildeo Paulo ou ao interior do paiacutes tinham que

realizar por exemplo viagens que envolviam animais barcos e comeccedilavam

realizando um percurso pela Baiacutea de Guanabara

Com a chegada da famiacutelia real portuguesa por volta de 1808 foram

trazidas pela corte os coches carruagens seges e o cabriolet

Considerando-se os limites urbanos da cidade bem como as

caracteriacutesticas daquela sociedade colonial portuguesa nos troacutepicos pode-se

afirmar que somente as pessoas de posse ou que possuiacuteam seus proacuteprios

meios de transportes tinham condiccedilatildeo e direito de deslocar-se agraves localidades

mais afastadas do centro histoacuterico da cidade ou empreenderem viagens mais

longas

O transporte puacuteblico soacute foi introduzido na cidade por volta de 1817

com a adoccedilatildeo das Gocircndolas e Diligecircncias veiacuteculos de transporte coletivo

35

puxado agrave burros eou cavalos muito utilizados por todos que necessitavam

deslocar-se dentro do periacutemetro urbano Estes veiacuteculos operavam o transporte

de passageiros entre o centro da cidade e o Palaacutecio da Boa Vista em Satildeo

Cristoacutevatildeo e de Santa Cruz na Fazenda Real por concessatildeo

Dunlop (1973) esclarece que os primeiros ocircnibus tambeacutem puxados

por quatro animais comeccedilaram a trafegar no Rio em 1837 ou 1838 por

iniciativa do francecircs Jean Lecoqrdquo

Eram carros compridos () com dois bancos longitudinais

semelhantes aos bondes fechados da Botanical Garden que aqui surgiram

trinta anos mais tarde Transportavam de vinte a vinte e quatro passageiros

A denominada Companhia de Ocircnibus ainda segundo Dunlop

oferecia serviccedilos para os bairros de Botafogo Laranjeiras Satildeo Cristoacutevatildeo

Andaraiacute Pequeno - hoje Tijuca - Rio Comprido e Engenho Velho Estes

serviccedilos contribuiacuteram muito para o desenvolvimento e crescimento destes

bairros oferecendo uma opccedilatildeo de moradia agravequeles que desejavam sair do

centro histoacuterico aacuterea jaacute conturbada entatildeo

Destaca-se o papel exercido pelos trens agrave partir de 1858 com a

construccedilatildeo da Estrada de Ferro D Pedro II posteriormente denominada E F

Central do Brasil Este novo meio de transporte ofereceu pela primeira vez

uma maneira veloz e confiaacutevel que alcanccedilava longas distacircncias e circulava em

horaacuterios preacute-estabelecidos e regulares Inicialmente usado somente para o

transporte de cargas - para escoar a produccedilatildeo de cafeacute do Vale do Paraiacuteba em

direccedilatildeo ao Porto do Rio de Janeiro - e para o transporte de passageiros de

longa distacircncia

Outras ferrovias seguiram-se a esta primeira tais como a The

Leopoldina Railway Company (depois E F Leopoldina) E F Rio DOuro (hoje

Linha 2 do Metrocirc) E F Melhoramentos do Brasil (depois Linha Auxiliar da

36

Central do Brasil) Todas foram unificadas na Rede Ferroviaacuteria Federal SA

(1957)

ldquoO trem favoreceu o surgimento dos bairros mais afastados do centro na periferia no que posteriormente veio a ser conhecido como os subuacuterbios ferroviaacuterios da Central do Brasil Contribuiu muito tambeacutem para o desenvolvimento dos municiacutepios da Baixada Fluminense e da periferia distante do centro da Cidade do Rio de Janeirordquo (ABREU 1987)

O bonde inicialmente em traccedilatildeo animal e posteriormente

eletrificado foi o meio de transporte que juntamente com os ocircnibus tambeacutem

em traccedilatildeo animal favoreceu o crescimento e desenvolvimento da cidade O

trem chegava ateacute as estaccedilotildees mas era o bonde que circulava no interior do

bairro

Em 1859 circulou o primeiro bonde puxado a burro na cidade do

Rio de Janeiro ligando o Largo do Rocio ao Alto da Boa Vista Esta linha era

controlada pela Cia Carris de Ferro cuja exploraccedilatildeo fora concedida ao

empresaacuterio inglecircs Thomas Cochrane em 1856

Outras empresas vieram em seguida como a Botanical Garden

Railroad Company posteriormente Cia Ferro Carril do Jardim Botacircnico ou a

Rio de Janeiro Street Railroad Company posteriormente Cia Satildeo Cristoacutevatildeo

O Baratildeo de Drumond por sua vez obteve uma concessatildeo para

explorar a Companhia Ferro Carril de Vila Isabel para atender aos bairros do

Andarahy Grande (Andaraiacute Vila Isabel Grajauacute e Maracanatilde) Satildeo Francisco

Xavier e Engenho Novo

ldquoA criaccedilatildeo desta empresa estava fortemente ligada a abertura do bairro de Vila Isabel nas terras da entatildeo Fazenda do Macaco de propriedade da famiacutelia imperial caracterizando um empreendimento conjugado (transporteloteamento)rdquo (Abreu 1987)

37

Os bondes foram substituiacutedos na deacutecada de 1960 pelos ocircnibus

eleacutetricos denominados de troleibus ou chifrudos pela populaccedilatildeo por causa

da forma de captaccedilatildeo de energia eleacutetrica da rede aeacuterea

Apoacutes breve periacuteodo em operaccedilatildeo pela CTC os troleibus foram

substituiacutedos pelos ocircnibus agrave diesel da mesma companhia estadual

O uso das barcas como meio de transporte e passageiros no

contexto da Regiatildeo Metropolitana destacando-se pela existecircncia de uma via

natural a Baiacutea de Guanabara e a costa oceacircnica firmando-se como transporte

regular agrave partir do ano de 1853 com a implantaccedilatildeo da Cia de Navegaccedilatildeo de

Niteroacutei

Ao longo dos anos foram transportadas cargas veiacuteculos e

passageiros sendo reconhecido como um meio eficiente na ligaccedilatildeo entre as

cidades do Rio de Janeiro e Niteroacutei

Apoacutes a construccedilatildeo da Ponte Rio - Niteroacutei sua importacircncia foi

diminuindo ano a ano apesar de toda sua potencialidade instalada

Outras ligaccedilotildees natildeo soacute para a aacuterea central de Niteroacutei podem ser

melhor exploradas com impactos favoraacuteveis no sistema de transporte como

um todo e para o meio ambiente

Afinal todas as localidades das cidades eou bairros situadas agraves

margens da baiacutea ou na costa do estado satildeo potencialmente habilitadas a

serem servidas por barcas

Falar em transportes urbanos significa tambeacutem falar em problemas

de tracircnsito e engarrafamentos que eacute um dos maiores vilotildees da agitada do

Seacuteculo XXI

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 11: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

11

No capiacutetulo 5 comento que a legislaccedilatildeo relativa a operacionalidade

de transportes estaacute a cargo das Agecircncias reguladoras do Governo

12

CAPIacuteTULO I

O HISTOacuteRICO DOS TRANSPORTES NO BRASIL

Por ter sido a capital do impeacuterio e posteriormente da repuacuteblica a

cidade do Rio de Janeiro sempre esteve na vanguarda das inovaccedilotildees em

serviccedilos para a populaccedilatildeo (NERU 1987a)

O Rio de Janeiro foi a primeira cidade brasileira a ter iluminaccedilatildeo

eleacutetrica telefone e tambeacutem ocircnibus motorizado

O primeiro meio de transporte coletivo na cidade do Rio de Janeiro

foi a serpentina que era um meio de transporte utilizado pelas famiacutelias

abastadas do princiacutepio do seacuteculo XIX (anexo 1)

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos (anexo 2)

A Companhia de Ocircnibus concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por

iniciativa de Aureliano de Sousa e Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva

Joseacute Ribeiro da Silva Manoel Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este

uacuteltimo foi constituiacutedo agente da companhia e fez contato com capitalistas que

se interessassem em investir

As linhas da companhia partiam do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

Posteriormente foi inaugurado o primeiro serviccedilo de bondes

eleacutetricos do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul (anexo 3)

13

Foi o carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que

teve sua apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892

Levando diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade

e terminou a viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do

Machado

Em 1917 a Prefeitura aprovou a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

passando pela Avenida Rio Branco indo da Praccedila Mauaacute ateacute o Palaacutecio Monroe

(antigo Senado) com os carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos O serviccedilo foi inaugurado em 1918 durando ateacute 1928

Em 1926 foi inaugurada a Viaccedilatildeo Excelsior concessionaacuteria de

serviccedilos de transportes pertencente a Light amp Power do Rio de Janeiro

conhecida ateacute hoje como ldquoLIGHTrdquo que detinha o monopoacutelio das linhas de

bonde para a Zona Sul (anexo 04)

ldquoA partir daiacute a LIGHT decidiu explorar o serviccedilo de ocircnibus na cidade tendo iniciado as suas atividades em 22 de novembro de 1927 adotando uma seacuterie de melhoramentos em seus ocircnibus utilizando motores diesel Esses veiacuteculos tinham dois andares e capacidade para 28 passageiros embaixo e 34 no andar de cimardquo (BARAT)

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroccedilaria de ocircnibus mais moderno montada sobre um chassis de mecacircnica

Volvo (anexo 05)

Em 1944 no periacuteodo da segunda guerra mundial devido as

dificuldades de obtenccedilatildeo de combustiacuteveis foram introduzidos os veiacuteculos

movidos a gasogecircnio (anexo 06) O serviccedilo cobria o percurso Urca-Ipanema

Em 1955 Juscelino Kubitschek foi eleito presidente da Repuacuteblica

tendo assumido o governo em 31 de janeiro de 1956

14

JK apresentou ao povo brasileiro um Plano de Metas consistindo

em investimentos em aacutereas prioritaacuterias para o desenvolvimento econocircmico

principalmente em infra-estrutura (rodovias hidreleacutetricas aeroportos e

induacutestrias)

Durante o seu periacuteodo de governo se instalaram no paiacutes grandes

montadoras de automoacuteveis como por exemplo FORD VOLKSWAGEN

WILLYS OVERLAND E GENERAL MOTORS na regiatildeo Sudeste nas cidades

de Santo Andreacute Satildeo Bernardo e Satildeo Caetano (regiatildeo do ABC) aumentando

muito as oportunidades de emprego atraindo trabalhadores de todo Brasil

Paralelamente comeccedilou o encarroccedilamento de ocircnibus no Brasil

utilizando os chassis de caminhotildees A pioneira na fabricaccedilatildeo de carrocerias no

Brasil foi a CIFERAL utilizando chassis Mercedes-Benz (anexo 07)

15

CAPIacuteTULO II

O ADVENTO DA INDUSTRIALIZACcedilAtildeO BRASILEIRA

NOS ANOS DO GOVERNO JK E A IMPLANTACcedilAtildeO DAS

MONTADORAS

Ateacute a deacutecada de 50 com o governo JK a economia brasileira se

fundava na exportaccedilatildeo de produtos primaacuterios e com isso o sistema de

transportes limitou-se aos transportes fluvial e ferroviaacuterio

Com a aceleraccedilatildeo do processo industrial na segunda metade do

seacuteculo XX a poliacutetica para o setor concentrou os recursos no setor rodoviaacuterio

As primeiras medidas concretas para a formaccedilatildeo de um sistema de

transportes no Brasil foram estabelecidas em 1934

Desde a criaccedilatildeo da primeira estrada de ferro ateacute 1946 os esquemas

viaacuterios de transporte nacional foram montados tendo por base as ferrovias

complementados pelas vias fluviais e a malha rodoviaacuteria

Esses conceitos comeccedilaram a ser modificados a partir de entatildeo

especialmente pela profunda mudanccedila que se operou na economia brasileira

quando o setor rodoviaacuterio comeccedilou a ser desenvolvido

ldquoAs primeiras rodovias brasileiras datam do seacuteculo XIX mas a ampliaccedilatildeo da malha rodoviaacuteria ocorreu no governo Vargas com a criaccedilatildeo do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) em 1937 e mais tarde com a implantaccedilatildeo da induacutestria automobiliacutestica na segunda metade da deacutecada de 1950 com a aceleraccedilatildeo do processo de industrializaccedilatildeo e mudanccedila da capital federal para Brasiacuteliardquo (SANTOS)

A partir da deacutecada 50 rede rodoviaacuteria se ampliou de forma notaacutevel

tornando-se a principal via de escoamento de carga e passageiros

16

Na deacutecada 80 o crescimento acelerado deu lugar a estagnaccedilatildeo

A perda de receitas com a extinccedilatildeo em 1988 do imposto sobre

lubrificantes e combustiacuteveis e do imposto sobre serviccedilos impediu a ampliaccedilatildeo

da rede e sua manutenccedilatildeo

Como resultado em fins do seacuteculo XX a rede rodoviaacuteria passou a

responder por 65 dos transportes de cargas e 92 do de passageiros

O crescimento do setor rodoviaacuterio ensejou a instalaccedilatildeo de novas

montadoras no pais atraveacutes da instalaccedilatildeo de outras montadoras como por

exemplo SCANIA FIAT IVECO VOLKSWAGEN CAMINHOtildeES VOLVO e

mais recentemente algumas montadoras asiaacuteticas

Em decorrecircncia da ampliaccedilatildeo do setor rodoviaacuterio deu-se a

ampliaccedilatildeo de faacutebricas em Santa Catarina e do Rio Grande do Sul

Atualmente esse setor ganhou grande desenvolvimento e condiccedilotildees

competitivas a niacutevel internacional com um alto volume de exportaccedilotildees

principalmente para os paiacuteses da Ameacuterica Latina

As principais encarroccediladoras de ocircnibus brasileiras satildeo

MARCOPOLO CAIO COMIL BUSSCAR NEOBUS e IRIZAR A induacutestria

brasileira de carrocerias eacute uma das maiores do mundo

Em 2007 o Brasil foi o terceiro maior fabricante de ocircnibus do

mundo perdendo apenas para a China (IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico 2007)

A induacutestria encarroccediladora de ocircnibus brasileira difere da dos demais

paiacuteses na qual o encarroccedilamento constitui uma etapa separada da produccedilatildeo

dos chassis de ocircnibus

Prevecirc-se para 2010 um crescimento da ordem de 19 O

faturamento do setor deveraacute crescer mais do que em 2007 perfazendo cerca

17

de R$ 72 bilhotildees com uma boa parte oriunda do setor interno desse modo

espera-se um crescimento favoraacutevel apesar da tendecircncia de desaceleraccedilatildeo da

economia internacional

O cenaacuterio conta com a estabilidade da moeda nacional (o real) e

com os financiamentos do BNDES

Devido ao poder competitivo do setor as encarroccediladoras brasileiras

estatildeo lanccedilando modelos cada vez mais modernos que nada devem aos

produtores internacionais

Diversas encarroccediladoras brasileiras jaacute contam com unidades fabris

em diversos continentes a MARCOPOLO tem faacutebricas no Meacutexico e Colocircmbia

e mais recentemente formou Joint Ventures para a instalaccedilatildeo e transferecircncia

de Know-How para a China e Iacutendia

18

CAPIacuteTULO III

A EVOLUCcedilAtildeO E A SITUACcedilAtildeO ATUAL DOS

TRANSPORTES NO BRASIL

ldquoO Brasil ao longo de sua histoacuteria permaneceu voltado para a costa do Atlacircntico com cerca de 80 da populaccedilatildeo vivendo em cidades a menos de mil quilocircmetros da costa e 82 do PIB eacute gerado nas regiotildees Sul Sudeste e Nordesterdquo (IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico 2008)

A origem desse fato deve-se principalmente as caracteriacutesticas do

relevo e da topografia do Brasil pois olhando-se o mapa do paiacutes constata-se

que a faixa mais com melhores condiccedilotildees de vida encontra-se no leste do

paiacutes

Essa situaccedilatildeo perdurou ateacute a chegada do governo JK na deacutecada de

50 quando a capital do paiacutes foi Brasiacutelia na regiatildeo Centro Oeste aacuterea em sua

maior parte formada por Estados dominados por florestas que fazem limites

com os paiacuteses andinos sem saiacuteda para o Oceano Paciacutefico

Em 1975 Jaime Lerner entatildeo Prefeito de Curitiba tendo em vista o

crescimento populacional criou um sistema de transporte baseado no conceito

BRT (Bus Rapid Transit) ndash ocircnibus articulados e biarticulados de grande

capacidade de passageiros que atualmente estaacute em operaccedilatildeo em diversas

cidades brasileiras

A mudanccedila da capital para Brasiacutelia ocasionou um grande

desenvolvimento dessa regiatildeo contribuindo tambeacutem para melhorar o sistema

de transportes rodoviaacuterios do paiacutes que hoje eacute inteiramente interligado do Sul

ateacute o Norte do paiacutes

Devido a esse fato o sistema de transporte organizou-se

predominantemente com base nas rodovias que entre todos eacute o mais oneroso

19

e poluente enquanto as hidrovias e as ferrovias tecircm custos unitaacuterios mais

baixos no entanto o modal rodoviaacuterio eacute mais adequado em relaccedilatildeo a maiores

declividades principalmente para grandes volumes de carga a grandes

distacircncias e para cargas de menor volume e distacircncias menores

Os custos ferroviaacuterios em relaccedilatildeo agraves rodovias satildeo menores nos

trajetos de extensatildeo superiores a 500 km pois os altos custos de implantaccedilatildeo

da rede feacuterrea e o tempo consumido com cargas e descargas satildeo

compensados pela economia geral do meio de transporte

Em pequenas distacircncias as vantagens satildeo do transporte rodoviaacuterio

que desloca mercadorias dos pontos de distribuiccedilatildeo ateacute os pontos de consumo

A implantaccedilatildeo de redes intermodais tende a reduzir os custos de transporte

Mesmo assim o Brasil possui um dos mais amplos sistemas de transporte com

54 portos com capacidade para mais de 500 milhotildees de toneladas por ano 31

mil quilocircmetros de ferrovias e 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovia

A partir da deacutecada de 1970 o modal rodoviaacuterio sofreu uma queda

com uma participaccedilatildeo de 70 em 1970 com uma reduccedilatildeo para 536 em

1985 mas voltando a crescer chegando a 606 em 2004

Entre 1997 e 2004 o volume de cargas transportadas pelas rodovias

cresceu apenas 141 contra 4554 pelas ferrovias que transportam a

maioria dos produtos de baixo valor agregado como por exemplo mineacuterio de

ferro o qual seria inviaacutevel se transportado por caminhotildees

Entre 2003 e 2005 a frota de locomotivas aumentou de 1895 para

2515 e a de vagotildees de 67795 para 90119 devido agrave privatizaccedilatildeo da malha

ferroviaacuteria mas mesmo assim o transporte rodoviaacuterio continua ainda sendo o

mais utilizado no Brasil embora seja o de custo operacional mais elevado em

torno de US$ 320 por 100 tkm contra US$ 074 da ferrovia e US$ 023 da

hidrovia

20

O Brasil possui 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovias e apenas

29798 quilocircmetros de ferrovias e cerca 42000 km de rios navegaacuteveis As

ferrovias transportam 24 da carga no Brasil e nos EUA cerca de 47

Levantamento feito pelo Centro de Estudos em Logiacutestica da

Universidade Federal do Rio de Janeiro concluiu que As companhias

brasileiras voltadas para o comeacutercio exterior perdem cerca de US$ 10 bilhotildees

por ano em consequumlecircncia dos problemas enfrentados na hora de transportar

mercadorias das aacutereas de produccedilatildeo ateacute os portos

ldquoOutro estudo feito pela Comissatildeo Econocircmica para a Ameacuterica Latina e o Caribe ligada agraves Naccedilotildees Unidas conclui que 35 do preccedilo final das mercadorias exportadas do Brasil e de outros paiacuteses latino-americanos se deve aos custos de transporte Nos Estados Unidos este iacutendice natildeo chega a 10rdquo (Veja Especial outubro de 2004 p 61)

Segundo levantamento da CNI Confederaccedilatildeo Nacional da Induacutestria

os custos com transporte equivalem a 1275 do PIB brasileiro enquanto nos

EUA correspondem a 820

Por deficiecircncias logiacutesticas exportar uma tonelada de soja do Brasil

para a China ndash do norte de Mato Grosso via Porto de Paranaguaacute ndash custa hoje

US$ 18 a mais do que fazer o mesmo do Estado norte-americano de Iowa Em

2007 a situaccedilatildeo se complicou com a falta generalizada de caminhotildees para o

mercado interno e de navios para o mercado externo

Poreacutem como as exportaccedilotildees estatildeo superando as importaccedilotildees

faltam contecircineres para o embarque de produtos brasileiros

Das cerca de 22 milhotildees de toneladas de produtos exportados

anualmente cerca de 95 saem pelos portos O problema comeccedila com o fato

de que a maioria das mercadorias a ser exportada chega aos portos por meio

de rodovias

21

Segundo a ANUT ndash Associaccedilatildeo Nacional dos Usuaacuterios de

Transportes de Carga em 2004 as empresas brasileiras desembolsaram US$

12 bilhatildeo em pagamentos por atrasos no embarque e desembarque de

mercadorias nos portos brasileiros

Na margem esquerda do porto de Santos haacute um problema de

lentidatildeo de escoamento pois existem mais de 6000 moradias irregulares

margeiam os trilhos obrigando os trens a reduzir a velocidade de 80 para 10

quilocircmetros por hora causando um acreacutescimo de custo na ordem de 34

quando nos Estados Unidos essa margem natildeo ultrapassa os 20

ldquoOs Estados da regiatildeo Centro Sul produzem 13 milhotildees de toneladas anuais de gratildeos cerca de 9 milhotildees saem do Estado por rodovias 80 delas sem pavimentaccedilatildeo portanto estaacute dependendo da conclusatildeo da Ferronorte e das Hidrovias Paranaacute Paraguai e Araguaia Tocantins para baixar seus custos de transporterdquo (Veja 17102001 p 146-147)

22

CAPIacuteTULO IV

ESTUDO DE CASOS SISTEMA DE TRANSPORTES DE

CURITIBA UBERLAcircNDIA GOIAcircNIA SAtildeO PAULO E

RIO DE JANEIRO

41 Curitiba

A cidade de Curitiba eacute conhecida internacionalmente pelo eficiente e

inovador sistema de transporte coletivo Como todas as ideacuteias novas o sistema

que possibilitou a integraccedilatildeo urbana de Curitiba foi cercado de duacutevidas Mas ao

longo dos anos foi comprovado que a criatividade foi mais eficaz que o

ceticismo

411 Bonde a cavalos

Em 1887 a Empreza Curitybana dirigida por Boaventura Capp

disponibilizou o primeiro bonde puxado por animais ligando a Boulevard 2 de

Julho (atual iniacutecio da Avenida Joatildeo Gualberto) ao bairro do Batel Esta foi a

pedra fundamental de parte da identidade mais latente da cidade de Curitiba o

transporte coletivo Naquele periacuteodo o passeio pela pacata Curitiba tinha

caracteriacutestica mais poeacutetica e os bondes davam o toque de charme (anexo 09)

A viagem inaugural dos primeiros bondes foi um dos maiores

acontecimentos da eacutepoca

Os jornais locais divulgaram com orgulho a partida dos quatro

vagotildees que contavam com ilustres passageiros como o presidente da proviacutencia

Faria Sobrinho

23

412 Bondes eleacutetricos

Apesar de o bondinho ter o objetivo de atender agraves massas ele era

dividido em duas categorias Na primeira classe era obrigatoacuterio que os

passageiros estivessem calccedilados Jaacute no bond mixto como era conhecida a

pessoa podiam viajar sem sapatos

O panorama do transporte coletivo da cidade mudou com a

introduccedilatildeo dos bondes eleacutetricos a partir 1912 Os primeiros bondes puxados

por mulas foram vendidos e amontoados no depoacutesito de ferro-velho em

Paranaguaacute

A mudanccedila foi necessaacuteria jaacute que o nuacutemero de passageiros

aumentou de 680 mil em 1903 para 19 milhatildeo por ano em 1913 a cidade

crescia rapidamente poreacutem de maneira desordenada

413 Os primeiros ocircnibus

Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia

Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo Dois anos

mais tarde comeccedilaram a aparecer as linhas particulares de ocircnibus apesar dos

bondes ainda serem a preferecircncia da populaccedilatildeo

Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto

da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bondes perderam

espaccedilo mas apesar das passagens mais caras o novo veiacuteculo era mais

confiaacutevel e seguro

Em 1951 saiacuteram de circulaccedilatildeo os uacuteltimos bondes dando lugar agraves

auto-lotaccedilotildees

Uma das grandes revoluccedilotildees no setor ocorreu em 1955 quando o

municiacutepio estabeleceu contratos de concessatildeo com 13 empresas

24

Naquela eacutepoca a cidade era atendida por 50 ocircnibus e 80 lotaccedilotildees

Em 1965 foi editado o Plano Diretor de Transportes de Curitiba estabelecendo

as vias estruturais que serviram como eixos base para movimentaccedilatildeo urbana

O plano foi considerado um dos mais perfeitos do mundo

Devido ao bom planejamento mesmo 15 anos depois os 673 ocircnibus

da capital paranaense transportavam 515 mil pessoas diariamente

A frota do transporte coletivo representava apenas 2 dos veiacuteculos

que trafegavam em Curitiba e era responsaacutevel pelo transporte de 75 das

pessoas que se locomoviam

Como a cidade crescia rapidamente em pouco tempo o sistema

tradicional estaria obsoleto e ineficaz para atender tanta gente Era necessaacuterio

algo de novo A soluccedilatildeo foi a implantaccedilatildeo dos ocircnibus expressos esse sistema

foi um dos grandes responsaacuteveis pelo avanccedilo no atendimento do transporte

coletivo

Natildeo se tratava somente de uma nova categoria de veiacuteculo mas

acima de tudo um sistema de transporte para meacutedias distacircncias que possuiacutea

via exclusiva

A primeira etapa foi agrave implantaccedilatildeo das canaletas exclusivas onde

circulavam os ocircnibus convencionais

O Departamento de Pesquisa de Veiacuteculos da Faculdade de

Engenharia Industrial de Satildeo Bernardo dos Campos (SP) apresentou ao

IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba) o primeiro

modelo de ocircnibus para atender as novas necessidades de transporte urbano

Batizado de Uiraquitan em homenagem ao nome indiacutegena dado ao primeiro

carro fabricado no Brasil foi projetado especialmente para o sistema viaacuterio de

Curitiba

25

414 Os primeiros ocircnibus expressos

Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo

nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimental os 20

primeiros expressos A frota partiu da Praccedila Generoso Marques para atender

passageiros do Eixo NorteSul Em um dos ocircnibus de inconfundiacutevel cor

vermelha o prefeito Jaime Lerner idealizador do projeto desde o tempo em que

era presidente do IPPUC ndash INSTITUTO DE PESQUISAS E PLANEJAMENTO

URBANO DE CURITIBA noticiava agrave imprensa a satisfaccedilatildeo de ver sua grande

obra em funcionamento

Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde

foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e caixas de correio

aleacutem da pista proacutepria o expresso foi comparado a um metrocirc na superfiacutecie Em

meacutedia todos os meses 19 milhatildeo de pessoas utilizavam o novo sistema de

transporte

As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi

crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento populacional e de

infra-estrutura da cidade Em 1980 Curitiba foi a primeira capital a adotar a

tarifa social O preccedilo da passagem era uacutenico independente do trecho da

viagem Com esta vantagem tambeacutem foi colocada em praacutetica a campanha Eacute

com esse que eu vou incentivando a populaccedilatildeo a deixar os carros em casa e

utilizar o veiacuteculo coletivo O preccedilo do petroacuteleo aumentava cada vez mais por

conta da crise mundial de combustiacuteveis

Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a

utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar a passagem

uacutenica Os usuaacuterios podiam trocar de linha dentro dos terminais sem pagar nova

passagem Com isto se consolidou a RIT (Rede Integrada de Transporte) Em

1980 os ocircnibus articulados com capacidade 80 maior comeccedilaram a

substituir gradativamente os antigos expressos Isto significou economia de

combustiacutevel em 46 e reduccedilatildeo de custo de 21 por passageiro transportado

26

Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS

(Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistema e passou a

ser a concessionaacuteria e as empresas operadoras as permissionaacuterias

Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia

incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas

alimentadoras para os usuaacuterios se deslocarem nos cinco eixos atendidos pelos

expressos 239 linhas em todo o sistema A RIT atendia em 1990 54 do total

de usuaacuterios do sistema iacutendice que chegou a 84 em 1995

Em outubro de 1991 sob encomenda da URBS a Volvo comeccedilou a

desenvolver o primeiro ocircnibus bi-articulado brasileiro batizado de Metrobuacutes

com 25 metros de comprimento e capacidade para transportar ateacute 270

passageiros

Neste periacuteodo foi implantada uma das maiores novidades do

transporte coletivo naquela deacutecada Foram criadas as Linhas Diretas servidas

por veiacuteculos de cor cinza popularmente chamados de Ligeirinhos (anexo 15)

Atraveacutes das rampas de acesso no lugar das escadas eles

permitiram o embarque e desembarque de passageiros atraveacutes das estaccedilotildees-

tubo que serviam como pequenos terminais possibilitando ao usuaacuterio a troca

de linhas sem pagar nova passagem

Os Bi-articulados comeccedilaram a substituir tambeacutem os ocircnibus

utilizados nas linhas do Express

As melhorias foram sendo colocadas em praacutetica como o sistema de

aviso de paradas

A cada saiacuteda de uma estaccedilatildeo-tubo o sistema eacute automaticamente

acionado para informar aos passageiros qual eacute o ponto seguinte e quais portas

27

deveratildeo ser utilizadas para o desembarque Sistema parecido com o usado por

alguns metrocircs em diversos lugares do mundo

Em 1996 a RIT ultrapassou as fronteiras e passou a atender a

Regiatildeo Metropolitana Em 1999 o Sistema Expresso comemorou 25 anos com

a inauguraccedilatildeo da linha Bi-articulada Circular Sul

Para relembrar o comeccedilo de tudo uma reacuteplica do primeiro ocircnibus

expresso de 1974 circulou do Terminal Capatildeo Raso ateacute a Praccedila Generoso

Marques transportando o entatildeo governador Jaime Lerner e o prefeito Caacutessio

Taniguchi

Foi como uma viagem no tempo para Lerner e para muitos

curitibanos que acompanharam o desenvolvimento do transporte coletivo da

cidade repleto de inovaccedilotildees e empreendedorismo para acompanhar o

crescimento urbano

Em 2000 a substituiccedilatildeo de 87 veiacuteculos articulados por 57 de maior

porte no eixo lesteoeste demonstrou que no sistema adotado por Curitiba

novidades satildeo sempre implantadas sem a necessidade de investimentos

incompatiacuteveis com a realidade da cidade

Os avanccedilos sociais marcam a histoacuteria recente do transporte coletivo

curitibano

Em 2005 o prefeito Beto Richa determinou o enxugamento de

despesas do sistema e o corte de dez centavos na tarifa reduzida para R$

180

Hoje 2 milhotildees de passageiros utilizam diariamente o Sistema

Integrado de Transporte Coletivo composto por 1980 ocircnibus que atendem 395

linhas O sistema eacute responsaacutevel pelo emprego direto de 15 mil pessoas entre

motoristas cobradores fiscais mecacircnicos entre outros profissionais

28

Com a construccedilatildeo da Linha Verde o Sistema de Transportes de

Curitiba estaacute em expansatildeo essa via uniraacute a cidade no trecho urbano na antiga

BR-116 melhorando o tracircnsito e os transportes em Curitiba

42 Uberlacircndia

A cidade de Uberlacircndia no Estado de Minas Gerais conta um

Sistema Integrado de Transporte Urbano (SIT) que racionalizou o uso dos

transportes urbanos com a unificaccedilatildeo do preccedilo das passagens aleacutem disso o

usuaacuterio natildeo paga mais duas passagens para chegar no local desejado

contando com um transporte coletivo 100 integrado e monitorado (GPRS)

administrado pela prefeitura

O sistema eacute dotado de bilhetagem eletrocircnica A maioria dos

veiacuteculos tecircm elevador para facilitar o acesso de deficientes fiacutesicos

O sistema eacute composto por seis terminais

bull Central

bull Santa Luzia

bull Planalto

bull Umuarama

bull Terminal Industrial (distrito industrial de Uberlacircndia)

O sistema conta com treze estaccedilotildees de embarque e desembarque

de passageiros interligando a regiatildeo central (Terminal Central) de Uberlacircndia

ao Anel Rodoviaacuterio (Terminal Santa Luzia) proporcionando um raacutepido acesso

agraves principais rodovias em torno do municiacutepio

43 Goiacircnia

A Prefeitura de Goiacircnia tem buscado soluccedilotildees inovadoras no que diz

respeito aos problemas que envolvem os transportes urbanos da cidade A

primeira grande mudanccedila no sistema de transportes coletivos da regiatildeo

29

metropolitana de Goiacircnia ocorreu em 1976 quando da implantaccedilatildeo do sistema

tronco-alimentador que se baseava em linhas troncais e alimentadoras atraveacutes

de terminais de integraccedilatildeo com a exploraccedilatildeo e operaccedilatildeo das linhas por

empresas concessionaacuterias privadas

No ano seguinte agrave sua implantaccedilatildeo o sistema possibilitou o

transporte de 35 milhotildees de passageiros nuacutemero que cresceu a uma taxa de

5 ao ano ateacute 1984 atingindo a meacutedia anual de 100 milhotildees de passageiros

No periacuteodo entre 1985 e 1991 a quantidade de passageiros

transportados continuou aumentando ateacute atingir o patamar de 250 milhotildees de

passageirosano em funccedilatildeo do aumento da demanda por transporte coletivo

urbano ocorrido em todo o paiacutes

Os problemas inflacionaacuterios de 1992 a 1994 e a diminuiccedilatildeo do poder

aquisitivo provocaram a queda da demanda para 200 milhotildees de

passageirosano

O sistema de transportes urbanos de Goiacircnia estaacute em expansatildeo

com a previsatildeo de entrada em operaccedilatildeo do Metrocirc de Superfiacutecie que contaraacute

com ocircnibus articulados e biarticulados de grande capacidade de passageiros

Visando a implantaccedilatildeo dessa via de superfiacutecie estaacute sendo testado o

modelo de ocircnibus biarticulado VOLVO B9 SALF (anexo 20) com grande

capacidade para transportar 270 passageiros Esse mesmo modelo estaacute em

operaccedilatildeo no Sistema Transantiago na capital chilena

44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro

441 Satildeo Paulo

A histoacuteria da cidade de Satildeo Paulo eacute marcada pela implantaccedilatildeo da

ferrovia mas a histoacuteria dos transportes puacuteblicos iniciada agrave mesma eacutepoca tem

30

nos tiacutelburis carros de duas rodas puxados por um cavalo sua primeira

apariccedilatildeo com a inauguraccedilatildeo em 1872 pela Companhia Carris de Ferro de Satildeo

Paulo da primeira linha de bondes puxados a burro

A primeira linha de bonde eleacutetrico foi inaugurada no iniacutecio do seacuteculo

XX em 7 de maio de 1900 ligando o largo de Satildeo Bento agrave Barra Funda Foi um

empreendimento da Satildeo Paulo Railway Light and Power Company LTd que

recebeu por transferecircncia a concessatildeo para organizar construir e operar

linhas de bonde por traccedilatildeo eleacutetrica para diversos pontos da cidade e seus

subuacuterbios durante 40 anos

Os primeiros auto-ocircnibus surgiram na cidade na deacutecada de 20

complementando a alternativa ao bonde que sofria as limitaccedilotildees de rede

energia e investimentos

Nos anos 30 a capital de Satildeo Paulo jaacute era considerada um grande

centro urbano e convivia com um tracircnsito agitado O Plano de Avenidas do

Prefeito Prestes Maia indicava a expressiva influecircncia do automoacutevel na vida e

na estrutura da cidade

A Comissatildeo de Estudos de Transportes Coletivos instituiacuteda em

1939 pocircs em discussatildeo a organizaccedilatildeo do transporte como serviccedilo puacuteblico e as

vantagens do monopoacutelio governamental lanccedilando as bases para a constituiccedilatildeo

de uma empresa municipal responsaacutevel pelo transporte coletivo

O nuacutemero de ocircnibus em Satildeo Paulo em 1941 superou os mil

enquanto o de bondes manteve-se em 500 Assim eram os ocircnibus que

transportavam a maior parte dos passageiros Trinta e sete empresas

particulares exploravam 90 linhas que circulavam pelo municiacutepio

Em 1946 atraveacutes do Decreto-Lei no 365 de 10 de outubro de 1946

o Prefeito Abrahatildeo Ribeiro autorizou a constituiccedilatildeo de uma empresa

31

responsaacutevel pelo transporte puacuteblico criando-se entatildeo a Companhia Municipal

de Transportes Coletivos ndash CMTC (anexo 10)

Em 1947 a Prefeitura determinou a transferecircncia do patrimocircnio da

Light relativo ao serviccedilo para a nova companhia e decidiu que as empresas

privadas passariam a operar somente as linhas de ocircnibus fora do periacutemetro

urbano

Em 1975 a COMPANHIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES

COLETIVOS - CMTC operava apenas 14 da frota de ocircnibus da cidade

Um novo contrato de concessatildeo foi firmado entre Prefeitura e CMTC

permitindo a contrataccedilatildeo os serviccedilos de transporte coletivo de passageiros em

23 aacutereas de operaccedilatildeo Assim uma mudanccedila efetiva ocorreu no sistema e no

mercado de transporte coletivo da cidade restituindo em parte agrave CMTC o seu

outro papel o de gestora do sistema

Nos anos 80 aleacutem de inovaccedilotildees operacionais e tecnoloacutegicas

promovidas pela CMTC - o Programa Troleibus a implantaccedilatildeo dos corredores

de ocircnibus em faixa exclusiva e a utilizaccedilatildeo de ocircnibus movidos a gaacutes metano e

natural- a gestatildeo do serviccedilo de transporte puacuteblico voltou a ser alvo da atenccedilatildeo

da administraccedilatildeo municipal tendo resultado inclusive em intervenccedilotildees

administrativas e gerenciais em algumas empresas operadoras

A relaccedilatildeo entre as empresas operadoras e a municipalidade passou

por nova e importante alteraccedilatildeo a partir do processo de municipalizaccedilatildeo

quando atraveacutes da Lei no 11037 1991 o sistema de remuneraccedilatildeo do

serviccedilo passou a ser feito pelo custo dos serviccedilos passando a operadora a ser

remunerada diretamente pela apropriaccedilatildeo da tarifa paga pelo passageiro

O serviccedilo contratado pela Prefeitura e operado pelas empresas eacute

remunerado conforme a afericcedilatildeo dos custos incorridos na prestaccedilatildeo do serviccedilo

A tarifa definida conforme paracircmetros econocircmicos e poliacuteticos passou a

32

pertencer a administraccedilatildeo municipal constituindo-se na principal fonte de

recursos para o pagamento do serviccedilo agraves empresas contratadas pela

operaccedilatildeo

No iniacutecio de 1993 a CMTC desempenhava ao mesmo tempo as

funccedilotildees de gestora do sistema de transporte coletivo e de operadora detendo

cerca de 27 de participaccedilatildeo no setor

A administraccedilatildeo tinha por objetivo a racionalizaccedilatildeo da operaccedilatildeo e

reduccedilatildeo do deacuteficit previsto pela manutenccedilatildeo da administraccedilatildeo da CMTC como

empresa operadora

A alteraccedilatildeo do perfil da frota da quantidade de ocircnibus e de

funcionaacuterios eram medidas indicadas que exigiriam altos investimentos e natildeo

gerariam necessariamente reduccedilatildeo de custos Optou-se entatildeo por encerrar

as atividades operacionais da antiga CMTC atraveacutes da privatizaccedilatildeo de toda a

operaccedilatildeo dos 2700 ocircnibus e das respectivas garagens reduzindo o quadro de

pessoal de 27 mil para cerca de 1200 empregados Esse processo se valeu da

flexibilidade do mesmo modelo de gestatildeo estabelecido pela Lei No 11037

91

A forma de remuneraccedilatildeo dos serviccedilos prestados pelas empresas

contratadas foi inovada alterando-se o criteacuterio anterior de pagamento

calculado pelo custo do quilocircmetro rodado por um valor limite por passageiro

transportado

A antiga CMTC foi entatildeo transformada na Satildeo Paulo Transporte

SA- SPTRANS nova denominaccedilatildeo adotada em 8 de marccedilo de 1995 para a

empresa que ficou voltada somente agrave gestatildeo do sistema de transporte da

cidade

Atualmente com o crescimento das aacutereas urbanas da cidade

tornou-se necessaacuterio ampliar a aacuterea viaacuteria do municiacutepio atualmente estaacute em

33

fase de conclusatildeo o anel rodoviaacuterio da grande Satildeo Paulo e do rodoanel vias

que depois de prontas desafogaratildeo o traacutefego de veiacuteculos na cidade

O sistema Metropolitano operado pela Companhia do Metropolitano

de Satildeo Paulo tambeacutem estaacute em expansatildeo e contribuiraacute para atender o aumento

da demanda de transportes urbanos na maior cidade do Brasil

442 Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro capital do estado homocircnimo eacute a segunda maior

metroacutepole do Brasil situada na regiatildeo Sudeste

Eacute a cidade brasileira mais conhecida no exterior e a maior rota de

turismo internacional no Brasil

A parte urbana do Municiacutepio do Rio de Janeiro recebeu a

denominaccedilatildeo de GRANDE RIO pela Lei complementar nordm 20 pela Lei

Complementar nordm 20 de 01 de julho de 1974 apoacutes a fusatildeo dos antigos estados

do Rio de Janeiro e Guanabara

Aleacutem da parte urbana da cidade existe tambeacutem a REGIAtildeO

METROPOLITANA II DO RIO DE JANEIRO que abrange os municiacutepios de

Niteroacutei Satildeo Gonccedilalo Itaboraiacute Rio Bonito e Tanguaacute

A cidade foi capital do Brasil Colocircnia a partir de 1763 capital do

Impeacuterio Portuguecircs na eacutepoca das invasotildees de Napoleatildeo capital do Impeacuterio do

Brasil e capital da Repuacuteblica ateacute a inauguraccedilatildeo de Brasiacutelia na deacutecada de 60

As primeiras vias na regiatildeo onde hoje estaacute situada a Cidade do Rio

de Janeiro foram abertas pelos Tamoios com objetivos estrateacutegicos e de

defesa Eram veredas no interior da floresta e dirigiam-se ao interior em direccedilatildeo

agrave Serra do Mar (Santos 1934) Os rios e a Baiacutea de Guanabara eram as outras

vias naturais utilizadas por eles

34

Ateacute os primeiros anos do seacuteculo XIX o espaccedilo urbano da Cidade do

Rio de Janeiro limitava-se ao quadrilaacutetero formado pelos Morros do Castelo

Satildeo Bento Santo Antocircnio e da Conceiccedilatildeo De acordo com Abreu (1987) este

chatildeo fora duramente conquistado agrave natureza aterrando-se brejos e mangues

nos trecircs primeiros seacuteculos de existecircncia da cidade Considerando-se os limites

da cidade de entatildeo como sendo ao norte o Campo de Santana ao sul o Largo

do Machado e a regiatildeo de Mata Cavalos (hoje Rua do Riachuelo) e que natildeo

existiam ateacute entatildeo meios de transporte coletivo pode-se afirmar que a maioria

dos deslocamentos eram realizados a peacute em carro de bois eou no lombo de

animais Soacute posteriormente foram introduzidos as andas as redes e os

palanguins

Segundo Dunlop (1973) estes meios de transportes eram como

uma cama suspensa em longo varal conduzida nos ombros por escravos um

agrave frente outro agrave retaguarda

Para as viagens de longa distacircncia neste periacuteodo aqueles que

desejavam ir agraves Minas Gerais Satildeo Paulo ou ao interior do paiacutes tinham que

realizar por exemplo viagens que envolviam animais barcos e comeccedilavam

realizando um percurso pela Baiacutea de Guanabara

Com a chegada da famiacutelia real portuguesa por volta de 1808 foram

trazidas pela corte os coches carruagens seges e o cabriolet

Considerando-se os limites urbanos da cidade bem como as

caracteriacutesticas daquela sociedade colonial portuguesa nos troacutepicos pode-se

afirmar que somente as pessoas de posse ou que possuiacuteam seus proacuteprios

meios de transportes tinham condiccedilatildeo e direito de deslocar-se agraves localidades

mais afastadas do centro histoacuterico da cidade ou empreenderem viagens mais

longas

O transporte puacuteblico soacute foi introduzido na cidade por volta de 1817

com a adoccedilatildeo das Gocircndolas e Diligecircncias veiacuteculos de transporte coletivo

35

puxado agrave burros eou cavalos muito utilizados por todos que necessitavam

deslocar-se dentro do periacutemetro urbano Estes veiacuteculos operavam o transporte

de passageiros entre o centro da cidade e o Palaacutecio da Boa Vista em Satildeo

Cristoacutevatildeo e de Santa Cruz na Fazenda Real por concessatildeo

Dunlop (1973) esclarece que os primeiros ocircnibus tambeacutem puxados

por quatro animais comeccedilaram a trafegar no Rio em 1837 ou 1838 por

iniciativa do francecircs Jean Lecoqrdquo

Eram carros compridos () com dois bancos longitudinais

semelhantes aos bondes fechados da Botanical Garden que aqui surgiram

trinta anos mais tarde Transportavam de vinte a vinte e quatro passageiros

A denominada Companhia de Ocircnibus ainda segundo Dunlop

oferecia serviccedilos para os bairros de Botafogo Laranjeiras Satildeo Cristoacutevatildeo

Andaraiacute Pequeno - hoje Tijuca - Rio Comprido e Engenho Velho Estes

serviccedilos contribuiacuteram muito para o desenvolvimento e crescimento destes

bairros oferecendo uma opccedilatildeo de moradia agravequeles que desejavam sair do

centro histoacuterico aacuterea jaacute conturbada entatildeo

Destaca-se o papel exercido pelos trens agrave partir de 1858 com a

construccedilatildeo da Estrada de Ferro D Pedro II posteriormente denominada E F

Central do Brasil Este novo meio de transporte ofereceu pela primeira vez

uma maneira veloz e confiaacutevel que alcanccedilava longas distacircncias e circulava em

horaacuterios preacute-estabelecidos e regulares Inicialmente usado somente para o

transporte de cargas - para escoar a produccedilatildeo de cafeacute do Vale do Paraiacuteba em

direccedilatildeo ao Porto do Rio de Janeiro - e para o transporte de passageiros de

longa distacircncia

Outras ferrovias seguiram-se a esta primeira tais como a The

Leopoldina Railway Company (depois E F Leopoldina) E F Rio DOuro (hoje

Linha 2 do Metrocirc) E F Melhoramentos do Brasil (depois Linha Auxiliar da

36

Central do Brasil) Todas foram unificadas na Rede Ferroviaacuteria Federal SA

(1957)

ldquoO trem favoreceu o surgimento dos bairros mais afastados do centro na periferia no que posteriormente veio a ser conhecido como os subuacuterbios ferroviaacuterios da Central do Brasil Contribuiu muito tambeacutem para o desenvolvimento dos municiacutepios da Baixada Fluminense e da periferia distante do centro da Cidade do Rio de Janeirordquo (ABREU 1987)

O bonde inicialmente em traccedilatildeo animal e posteriormente

eletrificado foi o meio de transporte que juntamente com os ocircnibus tambeacutem

em traccedilatildeo animal favoreceu o crescimento e desenvolvimento da cidade O

trem chegava ateacute as estaccedilotildees mas era o bonde que circulava no interior do

bairro

Em 1859 circulou o primeiro bonde puxado a burro na cidade do

Rio de Janeiro ligando o Largo do Rocio ao Alto da Boa Vista Esta linha era

controlada pela Cia Carris de Ferro cuja exploraccedilatildeo fora concedida ao

empresaacuterio inglecircs Thomas Cochrane em 1856

Outras empresas vieram em seguida como a Botanical Garden

Railroad Company posteriormente Cia Ferro Carril do Jardim Botacircnico ou a

Rio de Janeiro Street Railroad Company posteriormente Cia Satildeo Cristoacutevatildeo

O Baratildeo de Drumond por sua vez obteve uma concessatildeo para

explorar a Companhia Ferro Carril de Vila Isabel para atender aos bairros do

Andarahy Grande (Andaraiacute Vila Isabel Grajauacute e Maracanatilde) Satildeo Francisco

Xavier e Engenho Novo

ldquoA criaccedilatildeo desta empresa estava fortemente ligada a abertura do bairro de Vila Isabel nas terras da entatildeo Fazenda do Macaco de propriedade da famiacutelia imperial caracterizando um empreendimento conjugado (transporteloteamento)rdquo (Abreu 1987)

37

Os bondes foram substituiacutedos na deacutecada de 1960 pelos ocircnibus

eleacutetricos denominados de troleibus ou chifrudos pela populaccedilatildeo por causa

da forma de captaccedilatildeo de energia eleacutetrica da rede aeacuterea

Apoacutes breve periacuteodo em operaccedilatildeo pela CTC os troleibus foram

substituiacutedos pelos ocircnibus agrave diesel da mesma companhia estadual

O uso das barcas como meio de transporte e passageiros no

contexto da Regiatildeo Metropolitana destacando-se pela existecircncia de uma via

natural a Baiacutea de Guanabara e a costa oceacircnica firmando-se como transporte

regular agrave partir do ano de 1853 com a implantaccedilatildeo da Cia de Navegaccedilatildeo de

Niteroacutei

Ao longo dos anos foram transportadas cargas veiacuteculos e

passageiros sendo reconhecido como um meio eficiente na ligaccedilatildeo entre as

cidades do Rio de Janeiro e Niteroacutei

Apoacutes a construccedilatildeo da Ponte Rio - Niteroacutei sua importacircncia foi

diminuindo ano a ano apesar de toda sua potencialidade instalada

Outras ligaccedilotildees natildeo soacute para a aacuterea central de Niteroacutei podem ser

melhor exploradas com impactos favoraacuteveis no sistema de transporte como

um todo e para o meio ambiente

Afinal todas as localidades das cidades eou bairros situadas agraves

margens da baiacutea ou na costa do estado satildeo potencialmente habilitadas a

serem servidas por barcas

Falar em transportes urbanos significa tambeacutem falar em problemas

de tracircnsito e engarrafamentos que eacute um dos maiores vilotildees da agitada do

Seacuteculo XXI

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 12: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

12

CAPIacuteTULO I

O HISTOacuteRICO DOS TRANSPORTES NO BRASIL

Por ter sido a capital do impeacuterio e posteriormente da repuacuteblica a

cidade do Rio de Janeiro sempre esteve na vanguarda das inovaccedilotildees em

serviccedilos para a populaccedilatildeo (NERU 1987a)

O Rio de Janeiro foi a primeira cidade brasileira a ter iluminaccedilatildeo

eleacutetrica telefone e tambeacutem ocircnibus motorizado

O primeiro meio de transporte coletivo na cidade do Rio de Janeiro

foi a serpentina que era um meio de transporte utilizado pelas famiacutelias

abastadas do princiacutepio do seacuteculo XIX (anexo 1)

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos (anexo 2)

A Companhia de Ocircnibus concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por

iniciativa de Aureliano de Sousa e Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva

Joseacute Ribeiro da Silva Manoel Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este

uacuteltimo foi constituiacutedo agente da companhia e fez contato com capitalistas que

se interessassem em investir

As linhas da companhia partiam do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

Posteriormente foi inaugurado o primeiro serviccedilo de bondes

eleacutetricos do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul (anexo 3)

13

Foi o carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que

teve sua apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892

Levando diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade

e terminou a viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do

Machado

Em 1917 a Prefeitura aprovou a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

passando pela Avenida Rio Branco indo da Praccedila Mauaacute ateacute o Palaacutecio Monroe

(antigo Senado) com os carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos O serviccedilo foi inaugurado em 1918 durando ateacute 1928

Em 1926 foi inaugurada a Viaccedilatildeo Excelsior concessionaacuteria de

serviccedilos de transportes pertencente a Light amp Power do Rio de Janeiro

conhecida ateacute hoje como ldquoLIGHTrdquo que detinha o monopoacutelio das linhas de

bonde para a Zona Sul (anexo 04)

ldquoA partir daiacute a LIGHT decidiu explorar o serviccedilo de ocircnibus na cidade tendo iniciado as suas atividades em 22 de novembro de 1927 adotando uma seacuterie de melhoramentos em seus ocircnibus utilizando motores diesel Esses veiacuteculos tinham dois andares e capacidade para 28 passageiros embaixo e 34 no andar de cimardquo (BARAT)

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroccedilaria de ocircnibus mais moderno montada sobre um chassis de mecacircnica

Volvo (anexo 05)

Em 1944 no periacuteodo da segunda guerra mundial devido as

dificuldades de obtenccedilatildeo de combustiacuteveis foram introduzidos os veiacuteculos

movidos a gasogecircnio (anexo 06) O serviccedilo cobria o percurso Urca-Ipanema

Em 1955 Juscelino Kubitschek foi eleito presidente da Repuacuteblica

tendo assumido o governo em 31 de janeiro de 1956

14

JK apresentou ao povo brasileiro um Plano de Metas consistindo

em investimentos em aacutereas prioritaacuterias para o desenvolvimento econocircmico

principalmente em infra-estrutura (rodovias hidreleacutetricas aeroportos e

induacutestrias)

Durante o seu periacuteodo de governo se instalaram no paiacutes grandes

montadoras de automoacuteveis como por exemplo FORD VOLKSWAGEN

WILLYS OVERLAND E GENERAL MOTORS na regiatildeo Sudeste nas cidades

de Santo Andreacute Satildeo Bernardo e Satildeo Caetano (regiatildeo do ABC) aumentando

muito as oportunidades de emprego atraindo trabalhadores de todo Brasil

Paralelamente comeccedilou o encarroccedilamento de ocircnibus no Brasil

utilizando os chassis de caminhotildees A pioneira na fabricaccedilatildeo de carrocerias no

Brasil foi a CIFERAL utilizando chassis Mercedes-Benz (anexo 07)

15

CAPIacuteTULO II

O ADVENTO DA INDUSTRIALIZACcedilAtildeO BRASILEIRA

NOS ANOS DO GOVERNO JK E A IMPLANTACcedilAtildeO DAS

MONTADORAS

Ateacute a deacutecada de 50 com o governo JK a economia brasileira se

fundava na exportaccedilatildeo de produtos primaacuterios e com isso o sistema de

transportes limitou-se aos transportes fluvial e ferroviaacuterio

Com a aceleraccedilatildeo do processo industrial na segunda metade do

seacuteculo XX a poliacutetica para o setor concentrou os recursos no setor rodoviaacuterio

As primeiras medidas concretas para a formaccedilatildeo de um sistema de

transportes no Brasil foram estabelecidas em 1934

Desde a criaccedilatildeo da primeira estrada de ferro ateacute 1946 os esquemas

viaacuterios de transporte nacional foram montados tendo por base as ferrovias

complementados pelas vias fluviais e a malha rodoviaacuteria

Esses conceitos comeccedilaram a ser modificados a partir de entatildeo

especialmente pela profunda mudanccedila que se operou na economia brasileira

quando o setor rodoviaacuterio comeccedilou a ser desenvolvido

ldquoAs primeiras rodovias brasileiras datam do seacuteculo XIX mas a ampliaccedilatildeo da malha rodoviaacuteria ocorreu no governo Vargas com a criaccedilatildeo do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) em 1937 e mais tarde com a implantaccedilatildeo da induacutestria automobiliacutestica na segunda metade da deacutecada de 1950 com a aceleraccedilatildeo do processo de industrializaccedilatildeo e mudanccedila da capital federal para Brasiacuteliardquo (SANTOS)

A partir da deacutecada 50 rede rodoviaacuteria se ampliou de forma notaacutevel

tornando-se a principal via de escoamento de carga e passageiros

16

Na deacutecada 80 o crescimento acelerado deu lugar a estagnaccedilatildeo

A perda de receitas com a extinccedilatildeo em 1988 do imposto sobre

lubrificantes e combustiacuteveis e do imposto sobre serviccedilos impediu a ampliaccedilatildeo

da rede e sua manutenccedilatildeo

Como resultado em fins do seacuteculo XX a rede rodoviaacuteria passou a

responder por 65 dos transportes de cargas e 92 do de passageiros

O crescimento do setor rodoviaacuterio ensejou a instalaccedilatildeo de novas

montadoras no pais atraveacutes da instalaccedilatildeo de outras montadoras como por

exemplo SCANIA FIAT IVECO VOLKSWAGEN CAMINHOtildeES VOLVO e

mais recentemente algumas montadoras asiaacuteticas

Em decorrecircncia da ampliaccedilatildeo do setor rodoviaacuterio deu-se a

ampliaccedilatildeo de faacutebricas em Santa Catarina e do Rio Grande do Sul

Atualmente esse setor ganhou grande desenvolvimento e condiccedilotildees

competitivas a niacutevel internacional com um alto volume de exportaccedilotildees

principalmente para os paiacuteses da Ameacuterica Latina

As principais encarroccediladoras de ocircnibus brasileiras satildeo

MARCOPOLO CAIO COMIL BUSSCAR NEOBUS e IRIZAR A induacutestria

brasileira de carrocerias eacute uma das maiores do mundo

Em 2007 o Brasil foi o terceiro maior fabricante de ocircnibus do

mundo perdendo apenas para a China (IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico 2007)

A induacutestria encarroccediladora de ocircnibus brasileira difere da dos demais

paiacuteses na qual o encarroccedilamento constitui uma etapa separada da produccedilatildeo

dos chassis de ocircnibus

Prevecirc-se para 2010 um crescimento da ordem de 19 O

faturamento do setor deveraacute crescer mais do que em 2007 perfazendo cerca

17

de R$ 72 bilhotildees com uma boa parte oriunda do setor interno desse modo

espera-se um crescimento favoraacutevel apesar da tendecircncia de desaceleraccedilatildeo da

economia internacional

O cenaacuterio conta com a estabilidade da moeda nacional (o real) e

com os financiamentos do BNDES

Devido ao poder competitivo do setor as encarroccediladoras brasileiras

estatildeo lanccedilando modelos cada vez mais modernos que nada devem aos

produtores internacionais

Diversas encarroccediladoras brasileiras jaacute contam com unidades fabris

em diversos continentes a MARCOPOLO tem faacutebricas no Meacutexico e Colocircmbia

e mais recentemente formou Joint Ventures para a instalaccedilatildeo e transferecircncia

de Know-How para a China e Iacutendia

18

CAPIacuteTULO III

A EVOLUCcedilAtildeO E A SITUACcedilAtildeO ATUAL DOS

TRANSPORTES NO BRASIL

ldquoO Brasil ao longo de sua histoacuteria permaneceu voltado para a costa do Atlacircntico com cerca de 80 da populaccedilatildeo vivendo em cidades a menos de mil quilocircmetros da costa e 82 do PIB eacute gerado nas regiotildees Sul Sudeste e Nordesterdquo (IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico 2008)

A origem desse fato deve-se principalmente as caracteriacutesticas do

relevo e da topografia do Brasil pois olhando-se o mapa do paiacutes constata-se

que a faixa mais com melhores condiccedilotildees de vida encontra-se no leste do

paiacutes

Essa situaccedilatildeo perdurou ateacute a chegada do governo JK na deacutecada de

50 quando a capital do paiacutes foi Brasiacutelia na regiatildeo Centro Oeste aacuterea em sua

maior parte formada por Estados dominados por florestas que fazem limites

com os paiacuteses andinos sem saiacuteda para o Oceano Paciacutefico

Em 1975 Jaime Lerner entatildeo Prefeito de Curitiba tendo em vista o

crescimento populacional criou um sistema de transporte baseado no conceito

BRT (Bus Rapid Transit) ndash ocircnibus articulados e biarticulados de grande

capacidade de passageiros que atualmente estaacute em operaccedilatildeo em diversas

cidades brasileiras

A mudanccedila da capital para Brasiacutelia ocasionou um grande

desenvolvimento dessa regiatildeo contribuindo tambeacutem para melhorar o sistema

de transportes rodoviaacuterios do paiacutes que hoje eacute inteiramente interligado do Sul

ateacute o Norte do paiacutes

Devido a esse fato o sistema de transporte organizou-se

predominantemente com base nas rodovias que entre todos eacute o mais oneroso

19

e poluente enquanto as hidrovias e as ferrovias tecircm custos unitaacuterios mais

baixos no entanto o modal rodoviaacuterio eacute mais adequado em relaccedilatildeo a maiores

declividades principalmente para grandes volumes de carga a grandes

distacircncias e para cargas de menor volume e distacircncias menores

Os custos ferroviaacuterios em relaccedilatildeo agraves rodovias satildeo menores nos

trajetos de extensatildeo superiores a 500 km pois os altos custos de implantaccedilatildeo

da rede feacuterrea e o tempo consumido com cargas e descargas satildeo

compensados pela economia geral do meio de transporte

Em pequenas distacircncias as vantagens satildeo do transporte rodoviaacuterio

que desloca mercadorias dos pontos de distribuiccedilatildeo ateacute os pontos de consumo

A implantaccedilatildeo de redes intermodais tende a reduzir os custos de transporte

Mesmo assim o Brasil possui um dos mais amplos sistemas de transporte com

54 portos com capacidade para mais de 500 milhotildees de toneladas por ano 31

mil quilocircmetros de ferrovias e 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovia

A partir da deacutecada de 1970 o modal rodoviaacuterio sofreu uma queda

com uma participaccedilatildeo de 70 em 1970 com uma reduccedilatildeo para 536 em

1985 mas voltando a crescer chegando a 606 em 2004

Entre 1997 e 2004 o volume de cargas transportadas pelas rodovias

cresceu apenas 141 contra 4554 pelas ferrovias que transportam a

maioria dos produtos de baixo valor agregado como por exemplo mineacuterio de

ferro o qual seria inviaacutevel se transportado por caminhotildees

Entre 2003 e 2005 a frota de locomotivas aumentou de 1895 para

2515 e a de vagotildees de 67795 para 90119 devido agrave privatizaccedilatildeo da malha

ferroviaacuteria mas mesmo assim o transporte rodoviaacuterio continua ainda sendo o

mais utilizado no Brasil embora seja o de custo operacional mais elevado em

torno de US$ 320 por 100 tkm contra US$ 074 da ferrovia e US$ 023 da

hidrovia

20

O Brasil possui 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovias e apenas

29798 quilocircmetros de ferrovias e cerca 42000 km de rios navegaacuteveis As

ferrovias transportam 24 da carga no Brasil e nos EUA cerca de 47

Levantamento feito pelo Centro de Estudos em Logiacutestica da

Universidade Federal do Rio de Janeiro concluiu que As companhias

brasileiras voltadas para o comeacutercio exterior perdem cerca de US$ 10 bilhotildees

por ano em consequumlecircncia dos problemas enfrentados na hora de transportar

mercadorias das aacutereas de produccedilatildeo ateacute os portos

ldquoOutro estudo feito pela Comissatildeo Econocircmica para a Ameacuterica Latina e o Caribe ligada agraves Naccedilotildees Unidas conclui que 35 do preccedilo final das mercadorias exportadas do Brasil e de outros paiacuteses latino-americanos se deve aos custos de transporte Nos Estados Unidos este iacutendice natildeo chega a 10rdquo (Veja Especial outubro de 2004 p 61)

Segundo levantamento da CNI Confederaccedilatildeo Nacional da Induacutestria

os custos com transporte equivalem a 1275 do PIB brasileiro enquanto nos

EUA correspondem a 820

Por deficiecircncias logiacutesticas exportar uma tonelada de soja do Brasil

para a China ndash do norte de Mato Grosso via Porto de Paranaguaacute ndash custa hoje

US$ 18 a mais do que fazer o mesmo do Estado norte-americano de Iowa Em

2007 a situaccedilatildeo se complicou com a falta generalizada de caminhotildees para o

mercado interno e de navios para o mercado externo

Poreacutem como as exportaccedilotildees estatildeo superando as importaccedilotildees

faltam contecircineres para o embarque de produtos brasileiros

Das cerca de 22 milhotildees de toneladas de produtos exportados

anualmente cerca de 95 saem pelos portos O problema comeccedila com o fato

de que a maioria das mercadorias a ser exportada chega aos portos por meio

de rodovias

21

Segundo a ANUT ndash Associaccedilatildeo Nacional dos Usuaacuterios de

Transportes de Carga em 2004 as empresas brasileiras desembolsaram US$

12 bilhatildeo em pagamentos por atrasos no embarque e desembarque de

mercadorias nos portos brasileiros

Na margem esquerda do porto de Santos haacute um problema de

lentidatildeo de escoamento pois existem mais de 6000 moradias irregulares

margeiam os trilhos obrigando os trens a reduzir a velocidade de 80 para 10

quilocircmetros por hora causando um acreacutescimo de custo na ordem de 34

quando nos Estados Unidos essa margem natildeo ultrapassa os 20

ldquoOs Estados da regiatildeo Centro Sul produzem 13 milhotildees de toneladas anuais de gratildeos cerca de 9 milhotildees saem do Estado por rodovias 80 delas sem pavimentaccedilatildeo portanto estaacute dependendo da conclusatildeo da Ferronorte e das Hidrovias Paranaacute Paraguai e Araguaia Tocantins para baixar seus custos de transporterdquo (Veja 17102001 p 146-147)

22

CAPIacuteTULO IV

ESTUDO DE CASOS SISTEMA DE TRANSPORTES DE

CURITIBA UBERLAcircNDIA GOIAcircNIA SAtildeO PAULO E

RIO DE JANEIRO

41 Curitiba

A cidade de Curitiba eacute conhecida internacionalmente pelo eficiente e

inovador sistema de transporte coletivo Como todas as ideacuteias novas o sistema

que possibilitou a integraccedilatildeo urbana de Curitiba foi cercado de duacutevidas Mas ao

longo dos anos foi comprovado que a criatividade foi mais eficaz que o

ceticismo

411 Bonde a cavalos

Em 1887 a Empreza Curitybana dirigida por Boaventura Capp

disponibilizou o primeiro bonde puxado por animais ligando a Boulevard 2 de

Julho (atual iniacutecio da Avenida Joatildeo Gualberto) ao bairro do Batel Esta foi a

pedra fundamental de parte da identidade mais latente da cidade de Curitiba o

transporte coletivo Naquele periacuteodo o passeio pela pacata Curitiba tinha

caracteriacutestica mais poeacutetica e os bondes davam o toque de charme (anexo 09)

A viagem inaugural dos primeiros bondes foi um dos maiores

acontecimentos da eacutepoca

Os jornais locais divulgaram com orgulho a partida dos quatro

vagotildees que contavam com ilustres passageiros como o presidente da proviacutencia

Faria Sobrinho

23

412 Bondes eleacutetricos

Apesar de o bondinho ter o objetivo de atender agraves massas ele era

dividido em duas categorias Na primeira classe era obrigatoacuterio que os

passageiros estivessem calccedilados Jaacute no bond mixto como era conhecida a

pessoa podiam viajar sem sapatos

O panorama do transporte coletivo da cidade mudou com a

introduccedilatildeo dos bondes eleacutetricos a partir 1912 Os primeiros bondes puxados

por mulas foram vendidos e amontoados no depoacutesito de ferro-velho em

Paranaguaacute

A mudanccedila foi necessaacuteria jaacute que o nuacutemero de passageiros

aumentou de 680 mil em 1903 para 19 milhatildeo por ano em 1913 a cidade

crescia rapidamente poreacutem de maneira desordenada

413 Os primeiros ocircnibus

Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia

Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo Dois anos

mais tarde comeccedilaram a aparecer as linhas particulares de ocircnibus apesar dos

bondes ainda serem a preferecircncia da populaccedilatildeo

Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto

da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bondes perderam

espaccedilo mas apesar das passagens mais caras o novo veiacuteculo era mais

confiaacutevel e seguro

Em 1951 saiacuteram de circulaccedilatildeo os uacuteltimos bondes dando lugar agraves

auto-lotaccedilotildees

Uma das grandes revoluccedilotildees no setor ocorreu em 1955 quando o

municiacutepio estabeleceu contratos de concessatildeo com 13 empresas

24

Naquela eacutepoca a cidade era atendida por 50 ocircnibus e 80 lotaccedilotildees

Em 1965 foi editado o Plano Diretor de Transportes de Curitiba estabelecendo

as vias estruturais que serviram como eixos base para movimentaccedilatildeo urbana

O plano foi considerado um dos mais perfeitos do mundo

Devido ao bom planejamento mesmo 15 anos depois os 673 ocircnibus

da capital paranaense transportavam 515 mil pessoas diariamente

A frota do transporte coletivo representava apenas 2 dos veiacuteculos

que trafegavam em Curitiba e era responsaacutevel pelo transporte de 75 das

pessoas que se locomoviam

Como a cidade crescia rapidamente em pouco tempo o sistema

tradicional estaria obsoleto e ineficaz para atender tanta gente Era necessaacuterio

algo de novo A soluccedilatildeo foi a implantaccedilatildeo dos ocircnibus expressos esse sistema

foi um dos grandes responsaacuteveis pelo avanccedilo no atendimento do transporte

coletivo

Natildeo se tratava somente de uma nova categoria de veiacuteculo mas

acima de tudo um sistema de transporte para meacutedias distacircncias que possuiacutea

via exclusiva

A primeira etapa foi agrave implantaccedilatildeo das canaletas exclusivas onde

circulavam os ocircnibus convencionais

O Departamento de Pesquisa de Veiacuteculos da Faculdade de

Engenharia Industrial de Satildeo Bernardo dos Campos (SP) apresentou ao

IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba) o primeiro

modelo de ocircnibus para atender as novas necessidades de transporte urbano

Batizado de Uiraquitan em homenagem ao nome indiacutegena dado ao primeiro

carro fabricado no Brasil foi projetado especialmente para o sistema viaacuterio de

Curitiba

25

414 Os primeiros ocircnibus expressos

Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo

nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimental os 20

primeiros expressos A frota partiu da Praccedila Generoso Marques para atender

passageiros do Eixo NorteSul Em um dos ocircnibus de inconfundiacutevel cor

vermelha o prefeito Jaime Lerner idealizador do projeto desde o tempo em que

era presidente do IPPUC ndash INSTITUTO DE PESQUISAS E PLANEJAMENTO

URBANO DE CURITIBA noticiava agrave imprensa a satisfaccedilatildeo de ver sua grande

obra em funcionamento

Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde

foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e caixas de correio

aleacutem da pista proacutepria o expresso foi comparado a um metrocirc na superfiacutecie Em

meacutedia todos os meses 19 milhatildeo de pessoas utilizavam o novo sistema de

transporte

As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi

crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento populacional e de

infra-estrutura da cidade Em 1980 Curitiba foi a primeira capital a adotar a

tarifa social O preccedilo da passagem era uacutenico independente do trecho da

viagem Com esta vantagem tambeacutem foi colocada em praacutetica a campanha Eacute

com esse que eu vou incentivando a populaccedilatildeo a deixar os carros em casa e

utilizar o veiacuteculo coletivo O preccedilo do petroacuteleo aumentava cada vez mais por

conta da crise mundial de combustiacuteveis

Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a

utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar a passagem

uacutenica Os usuaacuterios podiam trocar de linha dentro dos terminais sem pagar nova

passagem Com isto se consolidou a RIT (Rede Integrada de Transporte) Em

1980 os ocircnibus articulados com capacidade 80 maior comeccedilaram a

substituir gradativamente os antigos expressos Isto significou economia de

combustiacutevel em 46 e reduccedilatildeo de custo de 21 por passageiro transportado

26

Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS

(Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistema e passou a

ser a concessionaacuteria e as empresas operadoras as permissionaacuterias

Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia

incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas

alimentadoras para os usuaacuterios se deslocarem nos cinco eixos atendidos pelos

expressos 239 linhas em todo o sistema A RIT atendia em 1990 54 do total

de usuaacuterios do sistema iacutendice que chegou a 84 em 1995

Em outubro de 1991 sob encomenda da URBS a Volvo comeccedilou a

desenvolver o primeiro ocircnibus bi-articulado brasileiro batizado de Metrobuacutes

com 25 metros de comprimento e capacidade para transportar ateacute 270

passageiros

Neste periacuteodo foi implantada uma das maiores novidades do

transporte coletivo naquela deacutecada Foram criadas as Linhas Diretas servidas

por veiacuteculos de cor cinza popularmente chamados de Ligeirinhos (anexo 15)

Atraveacutes das rampas de acesso no lugar das escadas eles

permitiram o embarque e desembarque de passageiros atraveacutes das estaccedilotildees-

tubo que serviam como pequenos terminais possibilitando ao usuaacuterio a troca

de linhas sem pagar nova passagem

Os Bi-articulados comeccedilaram a substituir tambeacutem os ocircnibus

utilizados nas linhas do Express

As melhorias foram sendo colocadas em praacutetica como o sistema de

aviso de paradas

A cada saiacuteda de uma estaccedilatildeo-tubo o sistema eacute automaticamente

acionado para informar aos passageiros qual eacute o ponto seguinte e quais portas

27

deveratildeo ser utilizadas para o desembarque Sistema parecido com o usado por

alguns metrocircs em diversos lugares do mundo

Em 1996 a RIT ultrapassou as fronteiras e passou a atender a

Regiatildeo Metropolitana Em 1999 o Sistema Expresso comemorou 25 anos com

a inauguraccedilatildeo da linha Bi-articulada Circular Sul

Para relembrar o comeccedilo de tudo uma reacuteplica do primeiro ocircnibus

expresso de 1974 circulou do Terminal Capatildeo Raso ateacute a Praccedila Generoso

Marques transportando o entatildeo governador Jaime Lerner e o prefeito Caacutessio

Taniguchi

Foi como uma viagem no tempo para Lerner e para muitos

curitibanos que acompanharam o desenvolvimento do transporte coletivo da

cidade repleto de inovaccedilotildees e empreendedorismo para acompanhar o

crescimento urbano

Em 2000 a substituiccedilatildeo de 87 veiacuteculos articulados por 57 de maior

porte no eixo lesteoeste demonstrou que no sistema adotado por Curitiba

novidades satildeo sempre implantadas sem a necessidade de investimentos

incompatiacuteveis com a realidade da cidade

Os avanccedilos sociais marcam a histoacuteria recente do transporte coletivo

curitibano

Em 2005 o prefeito Beto Richa determinou o enxugamento de

despesas do sistema e o corte de dez centavos na tarifa reduzida para R$

180

Hoje 2 milhotildees de passageiros utilizam diariamente o Sistema

Integrado de Transporte Coletivo composto por 1980 ocircnibus que atendem 395

linhas O sistema eacute responsaacutevel pelo emprego direto de 15 mil pessoas entre

motoristas cobradores fiscais mecacircnicos entre outros profissionais

28

Com a construccedilatildeo da Linha Verde o Sistema de Transportes de

Curitiba estaacute em expansatildeo essa via uniraacute a cidade no trecho urbano na antiga

BR-116 melhorando o tracircnsito e os transportes em Curitiba

42 Uberlacircndia

A cidade de Uberlacircndia no Estado de Minas Gerais conta um

Sistema Integrado de Transporte Urbano (SIT) que racionalizou o uso dos

transportes urbanos com a unificaccedilatildeo do preccedilo das passagens aleacutem disso o

usuaacuterio natildeo paga mais duas passagens para chegar no local desejado

contando com um transporte coletivo 100 integrado e monitorado (GPRS)

administrado pela prefeitura

O sistema eacute dotado de bilhetagem eletrocircnica A maioria dos

veiacuteculos tecircm elevador para facilitar o acesso de deficientes fiacutesicos

O sistema eacute composto por seis terminais

bull Central

bull Santa Luzia

bull Planalto

bull Umuarama

bull Terminal Industrial (distrito industrial de Uberlacircndia)

O sistema conta com treze estaccedilotildees de embarque e desembarque

de passageiros interligando a regiatildeo central (Terminal Central) de Uberlacircndia

ao Anel Rodoviaacuterio (Terminal Santa Luzia) proporcionando um raacutepido acesso

agraves principais rodovias em torno do municiacutepio

43 Goiacircnia

A Prefeitura de Goiacircnia tem buscado soluccedilotildees inovadoras no que diz

respeito aos problemas que envolvem os transportes urbanos da cidade A

primeira grande mudanccedila no sistema de transportes coletivos da regiatildeo

29

metropolitana de Goiacircnia ocorreu em 1976 quando da implantaccedilatildeo do sistema

tronco-alimentador que se baseava em linhas troncais e alimentadoras atraveacutes

de terminais de integraccedilatildeo com a exploraccedilatildeo e operaccedilatildeo das linhas por

empresas concessionaacuterias privadas

No ano seguinte agrave sua implantaccedilatildeo o sistema possibilitou o

transporte de 35 milhotildees de passageiros nuacutemero que cresceu a uma taxa de

5 ao ano ateacute 1984 atingindo a meacutedia anual de 100 milhotildees de passageiros

No periacuteodo entre 1985 e 1991 a quantidade de passageiros

transportados continuou aumentando ateacute atingir o patamar de 250 milhotildees de

passageirosano em funccedilatildeo do aumento da demanda por transporte coletivo

urbano ocorrido em todo o paiacutes

Os problemas inflacionaacuterios de 1992 a 1994 e a diminuiccedilatildeo do poder

aquisitivo provocaram a queda da demanda para 200 milhotildees de

passageirosano

O sistema de transportes urbanos de Goiacircnia estaacute em expansatildeo

com a previsatildeo de entrada em operaccedilatildeo do Metrocirc de Superfiacutecie que contaraacute

com ocircnibus articulados e biarticulados de grande capacidade de passageiros

Visando a implantaccedilatildeo dessa via de superfiacutecie estaacute sendo testado o

modelo de ocircnibus biarticulado VOLVO B9 SALF (anexo 20) com grande

capacidade para transportar 270 passageiros Esse mesmo modelo estaacute em

operaccedilatildeo no Sistema Transantiago na capital chilena

44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro

441 Satildeo Paulo

A histoacuteria da cidade de Satildeo Paulo eacute marcada pela implantaccedilatildeo da

ferrovia mas a histoacuteria dos transportes puacuteblicos iniciada agrave mesma eacutepoca tem

30

nos tiacutelburis carros de duas rodas puxados por um cavalo sua primeira

apariccedilatildeo com a inauguraccedilatildeo em 1872 pela Companhia Carris de Ferro de Satildeo

Paulo da primeira linha de bondes puxados a burro

A primeira linha de bonde eleacutetrico foi inaugurada no iniacutecio do seacuteculo

XX em 7 de maio de 1900 ligando o largo de Satildeo Bento agrave Barra Funda Foi um

empreendimento da Satildeo Paulo Railway Light and Power Company LTd que

recebeu por transferecircncia a concessatildeo para organizar construir e operar

linhas de bonde por traccedilatildeo eleacutetrica para diversos pontos da cidade e seus

subuacuterbios durante 40 anos

Os primeiros auto-ocircnibus surgiram na cidade na deacutecada de 20

complementando a alternativa ao bonde que sofria as limitaccedilotildees de rede

energia e investimentos

Nos anos 30 a capital de Satildeo Paulo jaacute era considerada um grande

centro urbano e convivia com um tracircnsito agitado O Plano de Avenidas do

Prefeito Prestes Maia indicava a expressiva influecircncia do automoacutevel na vida e

na estrutura da cidade

A Comissatildeo de Estudos de Transportes Coletivos instituiacuteda em

1939 pocircs em discussatildeo a organizaccedilatildeo do transporte como serviccedilo puacuteblico e as

vantagens do monopoacutelio governamental lanccedilando as bases para a constituiccedilatildeo

de uma empresa municipal responsaacutevel pelo transporte coletivo

O nuacutemero de ocircnibus em Satildeo Paulo em 1941 superou os mil

enquanto o de bondes manteve-se em 500 Assim eram os ocircnibus que

transportavam a maior parte dos passageiros Trinta e sete empresas

particulares exploravam 90 linhas que circulavam pelo municiacutepio

Em 1946 atraveacutes do Decreto-Lei no 365 de 10 de outubro de 1946

o Prefeito Abrahatildeo Ribeiro autorizou a constituiccedilatildeo de uma empresa

31

responsaacutevel pelo transporte puacuteblico criando-se entatildeo a Companhia Municipal

de Transportes Coletivos ndash CMTC (anexo 10)

Em 1947 a Prefeitura determinou a transferecircncia do patrimocircnio da

Light relativo ao serviccedilo para a nova companhia e decidiu que as empresas

privadas passariam a operar somente as linhas de ocircnibus fora do periacutemetro

urbano

Em 1975 a COMPANHIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES

COLETIVOS - CMTC operava apenas 14 da frota de ocircnibus da cidade

Um novo contrato de concessatildeo foi firmado entre Prefeitura e CMTC

permitindo a contrataccedilatildeo os serviccedilos de transporte coletivo de passageiros em

23 aacutereas de operaccedilatildeo Assim uma mudanccedila efetiva ocorreu no sistema e no

mercado de transporte coletivo da cidade restituindo em parte agrave CMTC o seu

outro papel o de gestora do sistema

Nos anos 80 aleacutem de inovaccedilotildees operacionais e tecnoloacutegicas

promovidas pela CMTC - o Programa Troleibus a implantaccedilatildeo dos corredores

de ocircnibus em faixa exclusiva e a utilizaccedilatildeo de ocircnibus movidos a gaacutes metano e

natural- a gestatildeo do serviccedilo de transporte puacuteblico voltou a ser alvo da atenccedilatildeo

da administraccedilatildeo municipal tendo resultado inclusive em intervenccedilotildees

administrativas e gerenciais em algumas empresas operadoras

A relaccedilatildeo entre as empresas operadoras e a municipalidade passou

por nova e importante alteraccedilatildeo a partir do processo de municipalizaccedilatildeo

quando atraveacutes da Lei no 11037 1991 o sistema de remuneraccedilatildeo do

serviccedilo passou a ser feito pelo custo dos serviccedilos passando a operadora a ser

remunerada diretamente pela apropriaccedilatildeo da tarifa paga pelo passageiro

O serviccedilo contratado pela Prefeitura e operado pelas empresas eacute

remunerado conforme a afericcedilatildeo dos custos incorridos na prestaccedilatildeo do serviccedilo

A tarifa definida conforme paracircmetros econocircmicos e poliacuteticos passou a

32

pertencer a administraccedilatildeo municipal constituindo-se na principal fonte de

recursos para o pagamento do serviccedilo agraves empresas contratadas pela

operaccedilatildeo

No iniacutecio de 1993 a CMTC desempenhava ao mesmo tempo as

funccedilotildees de gestora do sistema de transporte coletivo e de operadora detendo

cerca de 27 de participaccedilatildeo no setor

A administraccedilatildeo tinha por objetivo a racionalizaccedilatildeo da operaccedilatildeo e

reduccedilatildeo do deacuteficit previsto pela manutenccedilatildeo da administraccedilatildeo da CMTC como

empresa operadora

A alteraccedilatildeo do perfil da frota da quantidade de ocircnibus e de

funcionaacuterios eram medidas indicadas que exigiriam altos investimentos e natildeo

gerariam necessariamente reduccedilatildeo de custos Optou-se entatildeo por encerrar

as atividades operacionais da antiga CMTC atraveacutes da privatizaccedilatildeo de toda a

operaccedilatildeo dos 2700 ocircnibus e das respectivas garagens reduzindo o quadro de

pessoal de 27 mil para cerca de 1200 empregados Esse processo se valeu da

flexibilidade do mesmo modelo de gestatildeo estabelecido pela Lei No 11037

91

A forma de remuneraccedilatildeo dos serviccedilos prestados pelas empresas

contratadas foi inovada alterando-se o criteacuterio anterior de pagamento

calculado pelo custo do quilocircmetro rodado por um valor limite por passageiro

transportado

A antiga CMTC foi entatildeo transformada na Satildeo Paulo Transporte

SA- SPTRANS nova denominaccedilatildeo adotada em 8 de marccedilo de 1995 para a

empresa que ficou voltada somente agrave gestatildeo do sistema de transporte da

cidade

Atualmente com o crescimento das aacutereas urbanas da cidade

tornou-se necessaacuterio ampliar a aacuterea viaacuteria do municiacutepio atualmente estaacute em

33

fase de conclusatildeo o anel rodoviaacuterio da grande Satildeo Paulo e do rodoanel vias

que depois de prontas desafogaratildeo o traacutefego de veiacuteculos na cidade

O sistema Metropolitano operado pela Companhia do Metropolitano

de Satildeo Paulo tambeacutem estaacute em expansatildeo e contribuiraacute para atender o aumento

da demanda de transportes urbanos na maior cidade do Brasil

442 Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro capital do estado homocircnimo eacute a segunda maior

metroacutepole do Brasil situada na regiatildeo Sudeste

Eacute a cidade brasileira mais conhecida no exterior e a maior rota de

turismo internacional no Brasil

A parte urbana do Municiacutepio do Rio de Janeiro recebeu a

denominaccedilatildeo de GRANDE RIO pela Lei complementar nordm 20 pela Lei

Complementar nordm 20 de 01 de julho de 1974 apoacutes a fusatildeo dos antigos estados

do Rio de Janeiro e Guanabara

Aleacutem da parte urbana da cidade existe tambeacutem a REGIAtildeO

METROPOLITANA II DO RIO DE JANEIRO que abrange os municiacutepios de

Niteroacutei Satildeo Gonccedilalo Itaboraiacute Rio Bonito e Tanguaacute

A cidade foi capital do Brasil Colocircnia a partir de 1763 capital do

Impeacuterio Portuguecircs na eacutepoca das invasotildees de Napoleatildeo capital do Impeacuterio do

Brasil e capital da Repuacuteblica ateacute a inauguraccedilatildeo de Brasiacutelia na deacutecada de 60

As primeiras vias na regiatildeo onde hoje estaacute situada a Cidade do Rio

de Janeiro foram abertas pelos Tamoios com objetivos estrateacutegicos e de

defesa Eram veredas no interior da floresta e dirigiam-se ao interior em direccedilatildeo

agrave Serra do Mar (Santos 1934) Os rios e a Baiacutea de Guanabara eram as outras

vias naturais utilizadas por eles

34

Ateacute os primeiros anos do seacuteculo XIX o espaccedilo urbano da Cidade do

Rio de Janeiro limitava-se ao quadrilaacutetero formado pelos Morros do Castelo

Satildeo Bento Santo Antocircnio e da Conceiccedilatildeo De acordo com Abreu (1987) este

chatildeo fora duramente conquistado agrave natureza aterrando-se brejos e mangues

nos trecircs primeiros seacuteculos de existecircncia da cidade Considerando-se os limites

da cidade de entatildeo como sendo ao norte o Campo de Santana ao sul o Largo

do Machado e a regiatildeo de Mata Cavalos (hoje Rua do Riachuelo) e que natildeo

existiam ateacute entatildeo meios de transporte coletivo pode-se afirmar que a maioria

dos deslocamentos eram realizados a peacute em carro de bois eou no lombo de

animais Soacute posteriormente foram introduzidos as andas as redes e os

palanguins

Segundo Dunlop (1973) estes meios de transportes eram como

uma cama suspensa em longo varal conduzida nos ombros por escravos um

agrave frente outro agrave retaguarda

Para as viagens de longa distacircncia neste periacuteodo aqueles que

desejavam ir agraves Minas Gerais Satildeo Paulo ou ao interior do paiacutes tinham que

realizar por exemplo viagens que envolviam animais barcos e comeccedilavam

realizando um percurso pela Baiacutea de Guanabara

Com a chegada da famiacutelia real portuguesa por volta de 1808 foram

trazidas pela corte os coches carruagens seges e o cabriolet

Considerando-se os limites urbanos da cidade bem como as

caracteriacutesticas daquela sociedade colonial portuguesa nos troacutepicos pode-se

afirmar que somente as pessoas de posse ou que possuiacuteam seus proacuteprios

meios de transportes tinham condiccedilatildeo e direito de deslocar-se agraves localidades

mais afastadas do centro histoacuterico da cidade ou empreenderem viagens mais

longas

O transporte puacuteblico soacute foi introduzido na cidade por volta de 1817

com a adoccedilatildeo das Gocircndolas e Diligecircncias veiacuteculos de transporte coletivo

35

puxado agrave burros eou cavalos muito utilizados por todos que necessitavam

deslocar-se dentro do periacutemetro urbano Estes veiacuteculos operavam o transporte

de passageiros entre o centro da cidade e o Palaacutecio da Boa Vista em Satildeo

Cristoacutevatildeo e de Santa Cruz na Fazenda Real por concessatildeo

Dunlop (1973) esclarece que os primeiros ocircnibus tambeacutem puxados

por quatro animais comeccedilaram a trafegar no Rio em 1837 ou 1838 por

iniciativa do francecircs Jean Lecoqrdquo

Eram carros compridos () com dois bancos longitudinais

semelhantes aos bondes fechados da Botanical Garden que aqui surgiram

trinta anos mais tarde Transportavam de vinte a vinte e quatro passageiros

A denominada Companhia de Ocircnibus ainda segundo Dunlop

oferecia serviccedilos para os bairros de Botafogo Laranjeiras Satildeo Cristoacutevatildeo

Andaraiacute Pequeno - hoje Tijuca - Rio Comprido e Engenho Velho Estes

serviccedilos contribuiacuteram muito para o desenvolvimento e crescimento destes

bairros oferecendo uma opccedilatildeo de moradia agravequeles que desejavam sair do

centro histoacuterico aacuterea jaacute conturbada entatildeo

Destaca-se o papel exercido pelos trens agrave partir de 1858 com a

construccedilatildeo da Estrada de Ferro D Pedro II posteriormente denominada E F

Central do Brasil Este novo meio de transporte ofereceu pela primeira vez

uma maneira veloz e confiaacutevel que alcanccedilava longas distacircncias e circulava em

horaacuterios preacute-estabelecidos e regulares Inicialmente usado somente para o

transporte de cargas - para escoar a produccedilatildeo de cafeacute do Vale do Paraiacuteba em

direccedilatildeo ao Porto do Rio de Janeiro - e para o transporte de passageiros de

longa distacircncia

Outras ferrovias seguiram-se a esta primeira tais como a The

Leopoldina Railway Company (depois E F Leopoldina) E F Rio DOuro (hoje

Linha 2 do Metrocirc) E F Melhoramentos do Brasil (depois Linha Auxiliar da

36

Central do Brasil) Todas foram unificadas na Rede Ferroviaacuteria Federal SA

(1957)

ldquoO trem favoreceu o surgimento dos bairros mais afastados do centro na periferia no que posteriormente veio a ser conhecido como os subuacuterbios ferroviaacuterios da Central do Brasil Contribuiu muito tambeacutem para o desenvolvimento dos municiacutepios da Baixada Fluminense e da periferia distante do centro da Cidade do Rio de Janeirordquo (ABREU 1987)

O bonde inicialmente em traccedilatildeo animal e posteriormente

eletrificado foi o meio de transporte que juntamente com os ocircnibus tambeacutem

em traccedilatildeo animal favoreceu o crescimento e desenvolvimento da cidade O

trem chegava ateacute as estaccedilotildees mas era o bonde que circulava no interior do

bairro

Em 1859 circulou o primeiro bonde puxado a burro na cidade do

Rio de Janeiro ligando o Largo do Rocio ao Alto da Boa Vista Esta linha era

controlada pela Cia Carris de Ferro cuja exploraccedilatildeo fora concedida ao

empresaacuterio inglecircs Thomas Cochrane em 1856

Outras empresas vieram em seguida como a Botanical Garden

Railroad Company posteriormente Cia Ferro Carril do Jardim Botacircnico ou a

Rio de Janeiro Street Railroad Company posteriormente Cia Satildeo Cristoacutevatildeo

O Baratildeo de Drumond por sua vez obteve uma concessatildeo para

explorar a Companhia Ferro Carril de Vila Isabel para atender aos bairros do

Andarahy Grande (Andaraiacute Vila Isabel Grajauacute e Maracanatilde) Satildeo Francisco

Xavier e Engenho Novo

ldquoA criaccedilatildeo desta empresa estava fortemente ligada a abertura do bairro de Vila Isabel nas terras da entatildeo Fazenda do Macaco de propriedade da famiacutelia imperial caracterizando um empreendimento conjugado (transporteloteamento)rdquo (Abreu 1987)

37

Os bondes foram substituiacutedos na deacutecada de 1960 pelos ocircnibus

eleacutetricos denominados de troleibus ou chifrudos pela populaccedilatildeo por causa

da forma de captaccedilatildeo de energia eleacutetrica da rede aeacuterea

Apoacutes breve periacuteodo em operaccedilatildeo pela CTC os troleibus foram

substituiacutedos pelos ocircnibus agrave diesel da mesma companhia estadual

O uso das barcas como meio de transporte e passageiros no

contexto da Regiatildeo Metropolitana destacando-se pela existecircncia de uma via

natural a Baiacutea de Guanabara e a costa oceacircnica firmando-se como transporte

regular agrave partir do ano de 1853 com a implantaccedilatildeo da Cia de Navegaccedilatildeo de

Niteroacutei

Ao longo dos anos foram transportadas cargas veiacuteculos e

passageiros sendo reconhecido como um meio eficiente na ligaccedilatildeo entre as

cidades do Rio de Janeiro e Niteroacutei

Apoacutes a construccedilatildeo da Ponte Rio - Niteroacutei sua importacircncia foi

diminuindo ano a ano apesar de toda sua potencialidade instalada

Outras ligaccedilotildees natildeo soacute para a aacuterea central de Niteroacutei podem ser

melhor exploradas com impactos favoraacuteveis no sistema de transporte como

um todo e para o meio ambiente

Afinal todas as localidades das cidades eou bairros situadas agraves

margens da baiacutea ou na costa do estado satildeo potencialmente habilitadas a

serem servidas por barcas

Falar em transportes urbanos significa tambeacutem falar em problemas

de tracircnsito e engarrafamentos que eacute um dos maiores vilotildees da agitada do

Seacuteculo XXI

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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agosto de 2009

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httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 13: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

13

Foi o carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que

teve sua apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892

Levando diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade

e terminou a viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do

Machado

Em 1917 a Prefeitura aprovou a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

passando pela Avenida Rio Branco indo da Praccedila Mauaacute ateacute o Palaacutecio Monroe

(antigo Senado) com os carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos O serviccedilo foi inaugurado em 1918 durando ateacute 1928

Em 1926 foi inaugurada a Viaccedilatildeo Excelsior concessionaacuteria de

serviccedilos de transportes pertencente a Light amp Power do Rio de Janeiro

conhecida ateacute hoje como ldquoLIGHTrdquo que detinha o monopoacutelio das linhas de

bonde para a Zona Sul (anexo 04)

ldquoA partir daiacute a LIGHT decidiu explorar o serviccedilo de ocircnibus na cidade tendo iniciado as suas atividades em 22 de novembro de 1927 adotando uma seacuterie de melhoramentos em seus ocircnibus utilizando motores diesel Esses veiacuteculos tinham dois andares e capacidade para 28 passageiros embaixo e 34 no andar de cimardquo (BARAT)

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroccedilaria de ocircnibus mais moderno montada sobre um chassis de mecacircnica

Volvo (anexo 05)

Em 1944 no periacuteodo da segunda guerra mundial devido as

dificuldades de obtenccedilatildeo de combustiacuteveis foram introduzidos os veiacuteculos

movidos a gasogecircnio (anexo 06) O serviccedilo cobria o percurso Urca-Ipanema

Em 1955 Juscelino Kubitschek foi eleito presidente da Repuacuteblica

tendo assumido o governo em 31 de janeiro de 1956

14

JK apresentou ao povo brasileiro um Plano de Metas consistindo

em investimentos em aacutereas prioritaacuterias para o desenvolvimento econocircmico

principalmente em infra-estrutura (rodovias hidreleacutetricas aeroportos e

induacutestrias)

Durante o seu periacuteodo de governo se instalaram no paiacutes grandes

montadoras de automoacuteveis como por exemplo FORD VOLKSWAGEN

WILLYS OVERLAND E GENERAL MOTORS na regiatildeo Sudeste nas cidades

de Santo Andreacute Satildeo Bernardo e Satildeo Caetano (regiatildeo do ABC) aumentando

muito as oportunidades de emprego atraindo trabalhadores de todo Brasil

Paralelamente comeccedilou o encarroccedilamento de ocircnibus no Brasil

utilizando os chassis de caminhotildees A pioneira na fabricaccedilatildeo de carrocerias no

Brasil foi a CIFERAL utilizando chassis Mercedes-Benz (anexo 07)

15

CAPIacuteTULO II

O ADVENTO DA INDUSTRIALIZACcedilAtildeO BRASILEIRA

NOS ANOS DO GOVERNO JK E A IMPLANTACcedilAtildeO DAS

MONTADORAS

Ateacute a deacutecada de 50 com o governo JK a economia brasileira se

fundava na exportaccedilatildeo de produtos primaacuterios e com isso o sistema de

transportes limitou-se aos transportes fluvial e ferroviaacuterio

Com a aceleraccedilatildeo do processo industrial na segunda metade do

seacuteculo XX a poliacutetica para o setor concentrou os recursos no setor rodoviaacuterio

As primeiras medidas concretas para a formaccedilatildeo de um sistema de

transportes no Brasil foram estabelecidas em 1934

Desde a criaccedilatildeo da primeira estrada de ferro ateacute 1946 os esquemas

viaacuterios de transporte nacional foram montados tendo por base as ferrovias

complementados pelas vias fluviais e a malha rodoviaacuteria

Esses conceitos comeccedilaram a ser modificados a partir de entatildeo

especialmente pela profunda mudanccedila que se operou na economia brasileira

quando o setor rodoviaacuterio comeccedilou a ser desenvolvido

ldquoAs primeiras rodovias brasileiras datam do seacuteculo XIX mas a ampliaccedilatildeo da malha rodoviaacuteria ocorreu no governo Vargas com a criaccedilatildeo do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) em 1937 e mais tarde com a implantaccedilatildeo da induacutestria automobiliacutestica na segunda metade da deacutecada de 1950 com a aceleraccedilatildeo do processo de industrializaccedilatildeo e mudanccedila da capital federal para Brasiacuteliardquo (SANTOS)

A partir da deacutecada 50 rede rodoviaacuteria se ampliou de forma notaacutevel

tornando-se a principal via de escoamento de carga e passageiros

16

Na deacutecada 80 o crescimento acelerado deu lugar a estagnaccedilatildeo

A perda de receitas com a extinccedilatildeo em 1988 do imposto sobre

lubrificantes e combustiacuteveis e do imposto sobre serviccedilos impediu a ampliaccedilatildeo

da rede e sua manutenccedilatildeo

Como resultado em fins do seacuteculo XX a rede rodoviaacuteria passou a

responder por 65 dos transportes de cargas e 92 do de passageiros

O crescimento do setor rodoviaacuterio ensejou a instalaccedilatildeo de novas

montadoras no pais atraveacutes da instalaccedilatildeo de outras montadoras como por

exemplo SCANIA FIAT IVECO VOLKSWAGEN CAMINHOtildeES VOLVO e

mais recentemente algumas montadoras asiaacuteticas

Em decorrecircncia da ampliaccedilatildeo do setor rodoviaacuterio deu-se a

ampliaccedilatildeo de faacutebricas em Santa Catarina e do Rio Grande do Sul

Atualmente esse setor ganhou grande desenvolvimento e condiccedilotildees

competitivas a niacutevel internacional com um alto volume de exportaccedilotildees

principalmente para os paiacuteses da Ameacuterica Latina

As principais encarroccediladoras de ocircnibus brasileiras satildeo

MARCOPOLO CAIO COMIL BUSSCAR NEOBUS e IRIZAR A induacutestria

brasileira de carrocerias eacute uma das maiores do mundo

Em 2007 o Brasil foi o terceiro maior fabricante de ocircnibus do

mundo perdendo apenas para a China (IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico 2007)

A induacutestria encarroccediladora de ocircnibus brasileira difere da dos demais

paiacuteses na qual o encarroccedilamento constitui uma etapa separada da produccedilatildeo

dos chassis de ocircnibus

Prevecirc-se para 2010 um crescimento da ordem de 19 O

faturamento do setor deveraacute crescer mais do que em 2007 perfazendo cerca

17

de R$ 72 bilhotildees com uma boa parte oriunda do setor interno desse modo

espera-se um crescimento favoraacutevel apesar da tendecircncia de desaceleraccedilatildeo da

economia internacional

O cenaacuterio conta com a estabilidade da moeda nacional (o real) e

com os financiamentos do BNDES

Devido ao poder competitivo do setor as encarroccediladoras brasileiras

estatildeo lanccedilando modelos cada vez mais modernos que nada devem aos

produtores internacionais

Diversas encarroccediladoras brasileiras jaacute contam com unidades fabris

em diversos continentes a MARCOPOLO tem faacutebricas no Meacutexico e Colocircmbia

e mais recentemente formou Joint Ventures para a instalaccedilatildeo e transferecircncia

de Know-How para a China e Iacutendia

18

CAPIacuteTULO III

A EVOLUCcedilAtildeO E A SITUACcedilAtildeO ATUAL DOS

TRANSPORTES NO BRASIL

ldquoO Brasil ao longo de sua histoacuteria permaneceu voltado para a costa do Atlacircntico com cerca de 80 da populaccedilatildeo vivendo em cidades a menos de mil quilocircmetros da costa e 82 do PIB eacute gerado nas regiotildees Sul Sudeste e Nordesterdquo (IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico 2008)

A origem desse fato deve-se principalmente as caracteriacutesticas do

relevo e da topografia do Brasil pois olhando-se o mapa do paiacutes constata-se

que a faixa mais com melhores condiccedilotildees de vida encontra-se no leste do

paiacutes

Essa situaccedilatildeo perdurou ateacute a chegada do governo JK na deacutecada de

50 quando a capital do paiacutes foi Brasiacutelia na regiatildeo Centro Oeste aacuterea em sua

maior parte formada por Estados dominados por florestas que fazem limites

com os paiacuteses andinos sem saiacuteda para o Oceano Paciacutefico

Em 1975 Jaime Lerner entatildeo Prefeito de Curitiba tendo em vista o

crescimento populacional criou um sistema de transporte baseado no conceito

BRT (Bus Rapid Transit) ndash ocircnibus articulados e biarticulados de grande

capacidade de passageiros que atualmente estaacute em operaccedilatildeo em diversas

cidades brasileiras

A mudanccedila da capital para Brasiacutelia ocasionou um grande

desenvolvimento dessa regiatildeo contribuindo tambeacutem para melhorar o sistema

de transportes rodoviaacuterios do paiacutes que hoje eacute inteiramente interligado do Sul

ateacute o Norte do paiacutes

Devido a esse fato o sistema de transporte organizou-se

predominantemente com base nas rodovias que entre todos eacute o mais oneroso

19

e poluente enquanto as hidrovias e as ferrovias tecircm custos unitaacuterios mais

baixos no entanto o modal rodoviaacuterio eacute mais adequado em relaccedilatildeo a maiores

declividades principalmente para grandes volumes de carga a grandes

distacircncias e para cargas de menor volume e distacircncias menores

Os custos ferroviaacuterios em relaccedilatildeo agraves rodovias satildeo menores nos

trajetos de extensatildeo superiores a 500 km pois os altos custos de implantaccedilatildeo

da rede feacuterrea e o tempo consumido com cargas e descargas satildeo

compensados pela economia geral do meio de transporte

Em pequenas distacircncias as vantagens satildeo do transporte rodoviaacuterio

que desloca mercadorias dos pontos de distribuiccedilatildeo ateacute os pontos de consumo

A implantaccedilatildeo de redes intermodais tende a reduzir os custos de transporte

Mesmo assim o Brasil possui um dos mais amplos sistemas de transporte com

54 portos com capacidade para mais de 500 milhotildees de toneladas por ano 31

mil quilocircmetros de ferrovias e 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovia

A partir da deacutecada de 1970 o modal rodoviaacuterio sofreu uma queda

com uma participaccedilatildeo de 70 em 1970 com uma reduccedilatildeo para 536 em

1985 mas voltando a crescer chegando a 606 em 2004

Entre 1997 e 2004 o volume de cargas transportadas pelas rodovias

cresceu apenas 141 contra 4554 pelas ferrovias que transportam a

maioria dos produtos de baixo valor agregado como por exemplo mineacuterio de

ferro o qual seria inviaacutevel se transportado por caminhotildees

Entre 2003 e 2005 a frota de locomotivas aumentou de 1895 para

2515 e a de vagotildees de 67795 para 90119 devido agrave privatizaccedilatildeo da malha

ferroviaacuteria mas mesmo assim o transporte rodoviaacuterio continua ainda sendo o

mais utilizado no Brasil embora seja o de custo operacional mais elevado em

torno de US$ 320 por 100 tkm contra US$ 074 da ferrovia e US$ 023 da

hidrovia

20

O Brasil possui 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovias e apenas

29798 quilocircmetros de ferrovias e cerca 42000 km de rios navegaacuteveis As

ferrovias transportam 24 da carga no Brasil e nos EUA cerca de 47

Levantamento feito pelo Centro de Estudos em Logiacutestica da

Universidade Federal do Rio de Janeiro concluiu que As companhias

brasileiras voltadas para o comeacutercio exterior perdem cerca de US$ 10 bilhotildees

por ano em consequumlecircncia dos problemas enfrentados na hora de transportar

mercadorias das aacutereas de produccedilatildeo ateacute os portos

ldquoOutro estudo feito pela Comissatildeo Econocircmica para a Ameacuterica Latina e o Caribe ligada agraves Naccedilotildees Unidas conclui que 35 do preccedilo final das mercadorias exportadas do Brasil e de outros paiacuteses latino-americanos se deve aos custos de transporte Nos Estados Unidos este iacutendice natildeo chega a 10rdquo (Veja Especial outubro de 2004 p 61)

Segundo levantamento da CNI Confederaccedilatildeo Nacional da Induacutestria

os custos com transporte equivalem a 1275 do PIB brasileiro enquanto nos

EUA correspondem a 820

Por deficiecircncias logiacutesticas exportar uma tonelada de soja do Brasil

para a China ndash do norte de Mato Grosso via Porto de Paranaguaacute ndash custa hoje

US$ 18 a mais do que fazer o mesmo do Estado norte-americano de Iowa Em

2007 a situaccedilatildeo se complicou com a falta generalizada de caminhotildees para o

mercado interno e de navios para o mercado externo

Poreacutem como as exportaccedilotildees estatildeo superando as importaccedilotildees

faltam contecircineres para o embarque de produtos brasileiros

Das cerca de 22 milhotildees de toneladas de produtos exportados

anualmente cerca de 95 saem pelos portos O problema comeccedila com o fato

de que a maioria das mercadorias a ser exportada chega aos portos por meio

de rodovias

21

Segundo a ANUT ndash Associaccedilatildeo Nacional dos Usuaacuterios de

Transportes de Carga em 2004 as empresas brasileiras desembolsaram US$

12 bilhatildeo em pagamentos por atrasos no embarque e desembarque de

mercadorias nos portos brasileiros

Na margem esquerda do porto de Santos haacute um problema de

lentidatildeo de escoamento pois existem mais de 6000 moradias irregulares

margeiam os trilhos obrigando os trens a reduzir a velocidade de 80 para 10

quilocircmetros por hora causando um acreacutescimo de custo na ordem de 34

quando nos Estados Unidos essa margem natildeo ultrapassa os 20

ldquoOs Estados da regiatildeo Centro Sul produzem 13 milhotildees de toneladas anuais de gratildeos cerca de 9 milhotildees saem do Estado por rodovias 80 delas sem pavimentaccedilatildeo portanto estaacute dependendo da conclusatildeo da Ferronorte e das Hidrovias Paranaacute Paraguai e Araguaia Tocantins para baixar seus custos de transporterdquo (Veja 17102001 p 146-147)

22

CAPIacuteTULO IV

ESTUDO DE CASOS SISTEMA DE TRANSPORTES DE

CURITIBA UBERLAcircNDIA GOIAcircNIA SAtildeO PAULO E

RIO DE JANEIRO

41 Curitiba

A cidade de Curitiba eacute conhecida internacionalmente pelo eficiente e

inovador sistema de transporte coletivo Como todas as ideacuteias novas o sistema

que possibilitou a integraccedilatildeo urbana de Curitiba foi cercado de duacutevidas Mas ao

longo dos anos foi comprovado que a criatividade foi mais eficaz que o

ceticismo

411 Bonde a cavalos

Em 1887 a Empreza Curitybana dirigida por Boaventura Capp

disponibilizou o primeiro bonde puxado por animais ligando a Boulevard 2 de

Julho (atual iniacutecio da Avenida Joatildeo Gualberto) ao bairro do Batel Esta foi a

pedra fundamental de parte da identidade mais latente da cidade de Curitiba o

transporte coletivo Naquele periacuteodo o passeio pela pacata Curitiba tinha

caracteriacutestica mais poeacutetica e os bondes davam o toque de charme (anexo 09)

A viagem inaugural dos primeiros bondes foi um dos maiores

acontecimentos da eacutepoca

Os jornais locais divulgaram com orgulho a partida dos quatro

vagotildees que contavam com ilustres passageiros como o presidente da proviacutencia

Faria Sobrinho

23

412 Bondes eleacutetricos

Apesar de o bondinho ter o objetivo de atender agraves massas ele era

dividido em duas categorias Na primeira classe era obrigatoacuterio que os

passageiros estivessem calccedilados Jaacute no bond mixto como era conhecida a

pessoa podiam viajar sem sapatos

O panorama do transporte coletivo da cidade mudou com a

introduccedilatildeo dos bondes eleacutetricos a partir 1912 Os primeiros bondes puxados

por mulas foram vendidos e amontoados no depoacutesito de ferro-velho em

Paranaguaacute

A mudanccedila foi necessaacuteria jaacute que o nuacutemero de passageiros

aumentou de 680 mil em 1903 para 19 milhatildeo por ano em 1913 a cidade

crescia rapidamente poreacutem de maneira desordenada

413 Os primeiros ocircnibus

Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia

Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo Dois anos

mais tarde comeccedilaram a aparecer as linhas particulares de ocircnibus apesar dos

bondes ainda serem a preferecircncia da populaccedilatildeo

Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto

da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bondes perderam

espaccedilo mas apesar das passagens mais caras o novo veiacuteculo era mais

confiaacutevel e seguro

Em 1951 saiacuteram de circulaccedilatildeo os uacuteltimos bondes dando lugar agraves

auto-lotaccedilotildees

Uma das grandes revoluccedilotildees no setor ocorreu em 1955 quando o

municiacutepio estabeleceu contratos de concessatildeo com 13 empresas

24

Naquela eacutepoca a cidade era atendida por 50 ocircnibus e 80 lotaccedilotildees

Em 1965 foi editado o Plano Diretor de Transportes de Curitiba estabelecendo

as vias estruturais que serviram como eixos base para movimentaccedilatildeo urbana

O plano foi considerado um dos mais perfeitos do mundo

Devido ao bom planejamento mesmo 15 anos depois os 673 ocircnibus

da capital paranaense transportavam 515 mil pessoas diariamente

A frota do transporte coletivo representava apenas 2 dos veiacuteculos

que trafegavam em Curitiba e era responsaacutevel pelo transporte de 75 das

pessoas que se locomoviam

Como a cidade crescia rapidamente em pouco tempo o sistema

tradicional estaria obsoleto e ineficaz para atender tanta gente Era necessaacuterio

algo de novo A soluccedilatildeo foi a implantaccedilatildeo dos ocircnibus expressos esse sistema

foi um dos grandes responsaacuteveis pelo avanccedilo no atendimento do transporte

coletivo

Natildeo se tratava somente de uma nova categoria de veiacuteculo mas

acima de tudo um sistema de transporte para meacutedias distacircncias que possuiacutea

via exclusiva

A primeira etapa foi agrave implantaccedilatildeo das canaletas exclusivas onde

circulavam os ocircnibus convencionais

O Departamento de Pesquisa de Veiacuteculos da Faculdade de

Engenharia Industrial de Satildeo Bernardo dos Campos (SP) apresentou ao

IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba) o primeiro

modelo de ocircnibus para atender as novas necessidades de transporte urbano

Batizado de Uiraquitan em homenagem ao nome indiacutegena dado ao primeiro

carro fabricado no Brasil foi projetado especialmente para o sistema viaacuterio de

Curitiba

25

414 Os primeiros ocircnibus expressos

Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo

nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimental os 20

primeiros expressos A frota partiu da Praccedila Generoso Marques para atender

passageiros do Eixo NorteSul Em um dos ocircnibus de inconfundiacutevel cor

vermelha o prefeito Jaime Lerner idealizador do projeto desde o tempo em que

era presidente do IPPUC ndash INSTITUTO DE PESQUISAS E PLANEJAMENTO

URBANO DE CURITIBA noticiava agrave imprensa a satisfaccedilatildeo de ver sua grande

obra em funcionamento

Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde

foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e caixas de correio

aleacutem da pista proacutepria o expresso foi comparado a um metrocirc na superfiacutecie Em

meacutedia todos os meses 19 milhatildeo de pessoas utilizavam o novo sistema de

transporte

As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi

crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento populacional e de

infra-estrutura da cidade Em 1980 Curitiba foi a primeira capital a adotar a

tarifa social O preccedilo da passagem era uacutenico independente do trecho da

viagem Com esta vantagem tambeacutem foi colocada em praacutetica a campanha Eacute

com esse que eu vou incentivando a populaccedilatildeo a deixar os carros em casa e

utilizar o veiacuteculo coletivo O preccedilo do petroacuteleo aumentava cada vez mais por

conta da crise mundial de combustiacuteveis

Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a

utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar a passagem

uacutenica Os usuaacuterios podiam trocar de linha dentro dos terminais sem pagar nova

passagem Com isto se consolidou a RIT (Rede Integrada de Transporte) Em

1980 os ocircnibus articulados com capacidade 80 maior comeccedilaram a

substituir gradativamente os antigos expressos Isto significou economia de

combustiacutevel em 46 e reduccedilatildeo de custo de 21 por passageiro transportado

26

Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS

(Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistema e passou a

ser a concessionaacuteria e as empresas operadoras as permissionaacuterias

Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia

incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas

alimentadoras para os usuaacuterios se deslocarem nos cinco eixos atendidos pelos

expressos 239 linhas em todo o sistema A RIT atendia em 1990 54 do total

de usuaacuterios do sistema iacutendice que chegou a 84 em 1995

Em outubro de 1991 sob encomenda da URBS a Volvo comeccedilou a

desenvolver o primeiro ocircnibus bi-articulado brasileiro batizado de Metrobuacutes

com 25 metros de comprimento e capacidade para transportar ateacute 270

passageiros

Neste periacuteodo foi implantada uma das maiores novidades do

transporte coletivo naquela deacutecada Foram criadas as Linhas Diretas servidas

por veiacuteculos de cor cinza popularmente chamados de Ligeirinhos (anexo 15)

Atraveacutes das rampas de acesso no lugar das escadas eles

permitiram o embarque e desembarque de passageiros atraveacutes das estaccedilotildees-

tubo que serviam como pequenos terminais possibilitando ao usuaacuterio a troca

de linhas sem pagar nova passagem

Os Bi-articulados comeccedilaram a substituir tambeacutem os ocircnibus

utilizados nas linhas do Express

As melhorias foram sendo colocadas em praacutetica como o sistema de

aviso de paradas

A cada saiacuteda de uma estaccedilatildeo-tubo o sistema eacute automaticamente

acionado para informar aos passageiros qual eacute o ponto seguinte e quais portas

27

deveratildeo ser utilizadas para o desembarque Sistema parecido com o usado por

alguns metrocircs em diversos lugares do mundo

Em 1996 a RIT ultrapassou as fronteiras e passou a atender a

Regiatildeo Metropolitana Em 1999 o Sistema Expresso comemorou 25 anos com

a inauguraccedilatildeo da linha Bi-articulada Circular Sul

Para relembrar o comeccedilo de tudo uma reacuteplica do primeiro ocircnibus

expresso de 1974 circulou do Terminal Capatildeo Raso ateacute a Praccedila Generoso

Marques transportando o entatildeo governador Jaime Lerner e o prefeito Caacutessio

Taniguchi

Foi como uma viagem no tempo para Lerner e para muitos

curitibanos que acompanharam o desenvolvimento do transporte coletivo da

cidade repleto de inovaccedilotildees e empreendedorismo para acompanhar o

crescimento urbano

Em 2000 a substituiccedilatildeo de 87 veiacuteculos articulados por 57 de maior

porte no eixo lesteoeste demonstrou que no sistema adotado por Curitiba

novidades satildeo sempre implantadas sem a necessidade de investimentos

incompatiacuteveis com a realidade da cidade

Os avanccedilos sociais marcam a histoacuteria recente do transporte coletivo

curitibano

Em 2005 o prefeito Beto Richa determinou o enxugamento de

despesas do sistema e o corte de dez centavos na tarifa reduzida para R$

180

Hoje 2 milhotildees de passageiros utilizam diariamente o Sistema

Integrado de Transporte Coletivo composto por 1980 ocircnibus que atendem 395

linhas O sistema eacute responsaacutevel pelo emprego direto de 15 mil pessoas entre

motoristas cobradores fiscais mecacircnicos entre outros profissionais

28

Com a construccedilatildeo da Linha Verde o Sistema de Transportes de

Curitiba estaacute em expansatildeo essa via uniraacute a cidade no trecho urbano na antiga

BR-116 melhorando o tracircnsito e os transportes em Curitiba

42 Uberlacircndia

A cidade de Uberlacircndia no Estado de Minas Gerais conta um

Sistema Integrado de Transporte Urbano (SIT) que racionalizou o uso dos

transportes urbanos com a unificaccedilatildeo do preccedilo das passagens aleacutem disso o

usuaacuterio natildeo paga mais duas passagens para chegar no local desejado

contando com um transporte coletivo 100 integrado e monitorado (GPRS)

administrado pela prefeitura

O sistema eacute dotado de bilhetagem eletrocircnica A maioria dos

veiacuteculos tecircm elevador para facilitar o acesso de deficientes fiacutesicos

O sistema eacute composto por seis terminais

bull Central

bull Santa Luzia

bull Planalto

bull Umuarama

bull Terminal Industrial (distrito industrial de Uberlacircndia)

O sistema conta com treze estaccedilotildees de embarque e desembarque

de passageiros interligando a regiatildeo central (Terminal Central) de Uberlacircndia

ao Anel Rodoviaacuterio (Terminal Santa Luzia) proporcionando um raacutepido acesso

agraves principais rodovias em torno do municiacutepio

43 Goiacircnia

A Prefeitura de Goiacircnia tem buscado soluccedilotildees inovadoras no que diz

respeito aos problemas que envolvem os transportes urbanos da cidade A

primeira grande mudanccedila no sistema de transportes coletivos da regiatildeo

29

metropolitana de Goiacircnia ocorreu em 1976 quando da implantaccedilatildeo do sistema

tronco-alimentador que se baseava em linhas troncais e alimentadoras atraveacutes

de terminais de integraccedilatildeo com a exploraccedilatildeo e operaccedilatildeo das linhas por

empresas concessionaacuterias privadas

No ano seguinte agrave sua implantaccedilatildeo o sistema possibilitou o

transporte de 35 milhotildees de passageiros nuacutemero que cresceu a uma taxa de

5 ao ano ateacute 1984 atingindo a meacutedia anual de 100 milhotildees de passageiros

No periacuteodo entre 1985 e 1991 a quantidade de passageiros

transportados continuou aumentando ateacute atingir o patamar de 250 milhotildees de

passageirosano em funccedilatildeo do aumento da demanda por transporte coletivo

urbano ocorrido em todo o paiacutes

Os problemas inflacionaacuterios de 1992 a 1994 e a diminuiccedilatildeo do poder

aquisitivo provocaram a queda da demanda para 200 milhotildees de

passageirosano

O sistema de transportes urbanos de Goiacircnia estaacute em expansatildeo

com a previsatildeo de entrada em operaccedilatildeo do Metrocirc de Superfiacutecie que contaraacute

com ocircnibus articulados e biarticulados de grande capacidade de passageiros

Visando a implantaccedilatildeo dessa via de superfiacutecie estaacute sendo testado o

modelo de ocircnibus biarticulado VOLVO B9 SALF (anexo 20) com grande

capacidade para transportar 270 passageiros Esse mesmo modelo estaacute em

operaccedilatildeo no Sistema Transantiago na capital chilena

44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro

441 Satildeo Paulo

A histoacuteria da cidade de Satildeo Paulo eacute marcada pela implantaccedilatildeo da

ferrovia mas a histoacuteria dos transportes puacuteblicos iniciada agrave mesma eacutepoca tem

30

nos tiacutelburis carros de duas rodas puxados por um cavalo sua primeira

apariccedilatildeo com a inauguraccedilatildeo em 1872 pela Companhia Carris de Ferro de Satildeo

Paulo da primeira linha de bondes puxados a burro

A primeira linha de bonde eleacutetrico foi inaugurada no iniacutecio do seacuteculo

XX em 7 de maio de 1900 ligando o largo de Satildeo Bento agrave Barra Funda Foi um

empreendimento da Satildeo Paulo Railway Light and Power Company LTd que

recebeu por transferecircncia a concessatildeo para organizar construir e operar

linhas de bonde por traccedilatildeo eleacutetrica para diversos pontos da cidade e seus

subuacuterbios durante 40 anos

Os primeiros auto-ocircnibus surgiram na cidade na deacutecada de 20

complementando a alternativa ao bonde que sofria as limitaccedilotildees de rede

energia e investimentos

Nos anos 30 a capital de Satildeo Paulo jaacute era considerada um grande

centro urbano e convivia com um tracircnsito agitado O Plano de Avenidas do

Prefeito Prestes Maia indicava a expressiva influecircncia do automoacutevel na vida e

na estrutura da cidade

A Comissatildeo de Estudos de Transportes Coletivos instituiacuteda em

1939 pocircs em discussatildeo a organizaccedilatildeo do transporte como serviccedilo puacuteblico e as

vantagens do monopoacutelio governamental lanccedilando as bases para a constituiccedilatildeo

de uma empresa municipal responsaacutevel pelo transporte coletivo

O nuacutemero de ocircnibus em Satildeo Paulo em 1941 superou os mil

enquanto o de bondes manteve-se em 500 Assim eram os ocircnibus que

transportavam a maior parte dos passageiros Trinta e sete empresas

particulares exploravam 90 linhas que circulavam pelo municiacutepio

Em 1946 atraveacutes do Decreto-Lei no 365 de 10 de outubro de 1946

o Prefeito Abrahatildeo Ribeiro autorizou a constituiccedilatildeo de uma empresa

31

responsaacutevel pelo transporte puacuteblico criando-se entatildeo a Companhia Municipal

de Transportes Coletivos ndash CMTC (anexo 10)

Em 1947 a Prefeitura determinou a transferecircncia do patrimocircnio da

Light relativo ao serviccedilo para a nova companhia e decidiu que as empresas

privadas passariam a operar somente as linhas de ocircnibus fora do periacutemetro

urbano

Em 1975 a COMPANHIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES

COLETIVOS - CMTC operava apenas 14 da frota de ocircnibus da cidade

Um novo contrato de concessatildeo foi firmado entre Prefeitura e CMTC

permitindo a contrataccedilatildeo os serviccedilos de transporte coletivo de passageiros em

23 aacutereas de operaccedilatildeo Assim uma mudanccedila efetiva ocorreu no sistema e no

mercado de transporte coletivo da cidade restituindo em parte agrave CMTC o seu

outro papel o de gestora do sistema

Nos anos 80 aleacutem de inovaccedilotildees operacionais e tecnoloacutegicas

promovidas pela CMTC - o Programa Troleibus a implantaccedilatildeo dos corredores

de ocircnibus em faixa exclusiva e a utilizaccedilatildeo de ocircnibus movidos a gaacutes metano e

natural- a gestatildeo do serviccedilo de transporte puacuteblico voltou a ser alvo da atenccedilatildeo

da administraccedilatildeo municipal tendo resultado inclusive em intervenccedilotildees

administrativas e gerenciais em algumas empresas operadoras

A relaccedilatildeo entre as empresas operadoras e a municipalidade passou

por nova e importante alteraccedilatildeo a partir do processo de municipalizaccedilatildeo

quando atraveacutes da Lei no 11037 1991 o sistema de remuneraccedilatildeo do

serviccedilo passou a ser feito pelo custo dos serviccedilos passando a operadora a ser

remunerada diretamente pela apropriaccedilatildeo da tarifa paga pelo passageiro

O serviccedilo contratado pela Prefeitura e operado pelas empresas eacute

remunerado conforme a afericcedilatildeo dos custos incorridos na prestaccedilatildeo do serviccedilo

A tarifa definida conforme paracircmetros econocircmicos e poliacuteticos passou a

32

pertencer a administraccedilatildeo municipal constituindo-se na principal fonte de

recursos para o pagamento do serviccedilo agraves empresas contratadas pela

operaccedilatildeo

No iniacutecio de 1993 a CMTC desempenhava ao mesmo tempo as

funccedilotildees de gestora do sistema de transporte coletivo e de operadora detendo

cerca de 27 de participaccedilatildeo no setor

A administraccedilatildeo tinha por objetivo a racionalizaccedilatildeo da operaccedilatildeo e

reduccedilatildeo do deacuteficit previsto pela manutenccedilatildeo da administraccedilatildeo da CMTC como

empresa operadora

A alteraccedilatildeo do perfil da frota da quantidade de ocircnibus e de

funcionaacuterios eram medidas indicadas que exigiriam altos investimentos e natildeo

gerariam necessariamente reduccedilatildeo de custos Optou-se entatildeo por encerrar

as atividades operacionais da antiga CMTC atraveacutes da privatizaccedilatildeo de toda a

operaccedilatildeo dos 2700 ocircnibus e das respectivas garagens reduzindo o quadro de

pessoal de 27 mil para cerca de 1200 empregados Esse processo se valeu da

flexibilidade do mesmo modelo de gestatildeo estabelecido pela Lei No 11037

91

A forma de remuneraccedilatildeo dos serviccedilos prestados pelas empresas

contratadas foi inovada alterando-se o criteacuterio anterior de pagamento

calculado pelo custo do quilocircmetro rodado por um valor limite por passageiro

transportado

A antiga CMTC foi entatildeo transformada na Satildeo Paulo Transporte

SA- SPTRANS nova denominaccedilatildeo adotada em 8 de marccedilo de 1995 para a

empresa que ficou voltada somente agrave gestatildeo do sistema de transporte da

cidade

Atualmente com o crescimento das aacutereas urbanas da cidade

tornou-se necessaacuterio ampliar a aacuterea viaacuteria do municiacutepio atualmente estaacute em

33

fase de conclusatildeo o anel rodoviaacuterio da grande Satildeo Paulo e do rodoanel vias

que depois de prontas desafogaratildeo o traacutefego de veiacuteculos na cidade

O sistema Metropolitano operado pela Companhia do Metropolitano

de Satildeo Paulo tambeacutem estaacute em expansatildeo e contribuiraacute para atender o aumento

da demanda de transportes urbanos na maior cidade do Brasil

442 Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro capital do estado homocircnimo eacute a segunda maior

metroacutepole do Brasil situada na regiatildeo Sudeste

Eacute a cidade brasileira mais conhecida no exterior e a maior rota de

turismo internacional no Brasil

A parte urbana do Municiacutepio do Rio de Janeiro recebeu a

denominaccedilatildeo de GRANDE RIO pela Lei complementar nordm 20 pela Lei

Complementar nordm 20 de 01 de julho de 1974 apoacutes a fusatildeo dos antigos estados

do Rio de Janeiro e Guanabara

Aleacutem da parte urbana da cidade existe tambeacutem a REGIAtildeO

METROPOLITANA II DO RIO DE JANEIRO que abrange os municiacutepios de

Niteroacutei Satildeo Gonccedilalo Itaboraiacute Rio Bonito e Tanguaacute

A cidade foi capital do Brasil Colocircnia a partir de 1763 capital do

Impeacuterio Portuguecircs na eacutepoca das invasotildees de Napoleatildeo capital do Impeacuterio do

Brasil e capital da Repuacuteblica ateacute a inauguraccedilatildeo de Brasiacutelia na deacutecada de 60

As primeiras vias na regiatildeo onde hoje estaacute situada a Cidade do Rio

de Janeiro foram abertas pelos Tamoios com objetivos estrateacutegicos e de

defesa Eram veredas no interior da floresta e dirigiam-se ao interior em direccedilatildeo

agrave Serra do Mar (Santos 1934) Os rios e a Baiacutea de Guanabara eram as outras

vias naturais utilizadas por eles

34

Ateacute os primeiros anos do seacuteculo XIX o espaccedilo urbano da Cidade do

Rio de Janeiro limitava-se ao quadrilaacutetero formado pelos Morros do Castelo

Satildeo Bento Santo Antocircnio e da Conceiccedilatildeo De acordo com Abreu (1987) este

chatildeo fora duramente conquistado agrave natureza aterrando-se brejos e mangues

nos trecircs primeiros seacuteculos de existecircncia da cidade Considerando-se os limites

da cidade de entatildeo como sendo ao norte o Campo de Santana ao sul o Largo

do Machado e a regiatildeo de Mata Cavalos (hoje Rua do Riachuelo) e que natildeo

existiam ateacute entatildeo meios de transporte coletivo pode-se afirmar que a maioria

dos deslocamentos eram realizados a peacute em carro de bois eou no lombo de

animais Soacute posteriormente foram introduzidos as andas as redes e os

palanguins

Segundo Dunlop (1973) estes meios de transportes eram como

uma cama suspensa em longo varal conduzida nos ombros por escravos um

agrave frente outro agrave retaguarda

Para as viagens de longa distacircncia neste periacuteodo aqueles que

desejavam ir agraves Minas Gerais Satildeo Paulo ou ao interior do paiacutes tinham que

realizar por exemplo viagens que envolviam animais barcos e comeccedilavam

realizando um percurso pela Baiacutea de Guanabara

Com a chegada da famiacutelia real portuguesa por volta de 1808 foram

trazidas pela corte os coches carruagens seges e o cabriolet

Considerando-se os limites urbanos da cidade bem como as

caracteriacutesticas daquela sociedade colonial portuguesa nos troacutepicos pode-se

afirmar que somente as pessoas de posse ou que possuiacuteam seus proacuteprios

meios de transportes tinham condiccedilatildeo e direito de deslocar-se agraves localidades

mais afastadas do centro histoacuterico da cidade ou empreenderem viagens mais

longas

O transporte puacuteblico soacute foi introduzido na cidade por volta de 1817

com a adoccedilatildeo das Gocircndolas e Diligecircncias veiacuteculos de transporte coletivo

35

puxado agrave burros eou cavalos muito utilizados por todos que necessitavam

deslocar-se dentro do periacutemetro urbano Estes veiacuteculos operavam o transporte

de passageiros entre o centro da cidade e o Palaacutecio da Boa Vista em Satildeo

Cristoacutevatildeo e de Santa Cruz na Fazenda Real por concessatildeo

Dunlop (1973) esclarece que os primeiros ocircnibus tambeacutem puxados

por quatro animais comeccedilaram a trafegar no Rio em 1837 ou 1838 por

iniciativa do francecircs Jean Lecoqrdquo

Eram carros compridos () com dois bancos longitudinais

semelhantes aos bondes fechados da Botanical Garden que aqui surgiram

trinta anos mais tarde Transportavam de vinte a vinte e quatro passageiros

A denominada Companhia de Ocircnibus ainda segundo Dunlop

oferecia serviccedilos para os bairros de Botafogo Laranjeiras Satildeo Cristoacutevatildeo

Andaraiacute Pequeno - hoje Tijuca - Rio Comprido e Engenho Velho Estes

serviccedilos contribuiacuteram muito para o desenvolvimento e crescimento destes

bairros oferecendo uma opccedilatildeo de moradia agravequeles que desejavam sair do

centro histoacuterico aacuterea jaacute conturbada entatildeo

Destaca-se o papel exercido pelos trens agrave partir de 1858 com a

construccedilatildeo da Estrada de Ferro D Pedro II posteriormente denominada E F

Central do Brasil Este novo meio de transporte ofereceu pela primeira vez

uma maneira veloz e confiaacutevel que alcanccedilava longas distacircncias e circulava em

horaacuterios preacute-estabelecidos e regulares Inicialmente usado somente para o

transporte de cargas - para escoar a produccedilatildeo de cafeacute do Vale do Paraiacuteba em

direccedilatildeo ao Porto do Rio de Janeiro - e para o transporte de passageiros de

longa distacircncia

Outras ferrovias seguiram-se a esta primeira tais como a The

Leopoldina Railway Company (depois E F Leopoldina) E F Rio DOuro (hoje

Linha 2 do Metrocirc) E F Melhoramentos do Brasil (depois Linha Auxiliar da

36

Central do Brasil) Todas foram unificadas na Rede Ferroviaacuteria Federal SA

(1957)

ldquoO trem favoreceu o surgimento dos bairros mais afastados do centro na periferia no que posteriormente veio a ser conhecido como os subuacuterbios ferroviaacuterios da Central do Brasil Contribuiu muito tambeacutem para o desenvolvimento dos municiacutepios da Baixada Fluminense e da periferia distante do centro da Cidade do Rio de Janeirordquo (ABREU 1987)

O bonde inicialmente em traccedilatildeo animal e posteriormente

eletrificado foi o meio de transporte que juntamente com os ocircnibus tambeacutem

em traccedilatildeo animal favoreceu o crescimento e desenvolvimento da cidade O

trem chegava ateacute as estaccedilotildees mas era o bonde que circulava no interior do

bairro

Em 1859 circulou o primeiro bonde puxado a burro na cidade do

Rio de Janeiro ligando o Largo do Rocio ao Alto da Boa Vista Esta linha era

controlada pela Cia Carris de Ferro cuja exploraccedilatildeo fora concedida ao

empresaacuterio inglecircs Thomas Cochrane em 1856

Outras empresas vieram em seguida como a Botanical Garden

Railroad Company posteriormente Cia Ferro Carril do Jardim Botacircnico ou a

Rio de Janeiro Street Railroad Company posteriormente Cia Satildeo Cristoacutevatildeo

O Baratildeo de Drumond por sua vez obteve uma concessatildeo para

explorar a Companhia Ferro Carril de Vila Isabel para atender aos bairros do

Andarahy Grande (Andaraiacute Vila Isabel Grajauacute e Maracanatilde) Satildeo Francisco

Xavier e Engenho Novo

ldquoA criaccedilatildeo desta empresa estava fortemente ligada a abertura do bairro de Vila Isabel nas terras da entatildeo Fazenda do Macaco de propriedade da famiacutelia imperial caracterizando um empreendimento conjugado (transporteloteamento)rdquo (Abreu 1987)

37

Os bondes foram substituiacutedos na deacutecada de 1960 pelos ocircnibus

eleacutetricos denominados de troleibus ou chifrudos pela populaccedilatildeo por causa

da forma de captaccedilatildeo de energia eleacutetrica da rede aeacuterea

Apoacutes breve periacuteodo em operaccedilatildeo pela CTC os troleibus foram

substituiacutedos pelos ocircnibus agrave diesel da mesma companhia estadual

O uso das barcas como meio de transporte e passageiros no

contexto da Regiatildeo Metropolitana destacando-se pela existecircncia de uma via

natural a Baiacutea de Guanabara e a costa oceacircnica firmando-se como transporte

regular agrave partir do ano de 1853 com a implantaccedilatildeo da Cia de Navegaccedilatildeo de

Niteroacutei

Ao longo dos anos foram transportadas cargas veiacuteculos e

passageiros sendo reconhecido como um meio eficiente na ligaccedilatildeo entre as

cidades do Rio de Janeiro e Niteroacutei

Apoacutes a construccedilatildeo da Ponte Rio - Niteroacutei sua importacircncia foi

diminuindo ano a ano apesar de toda sua potencialidade instalada

Outras ligaccedilotildees natildeo soacute para a aacuterea central de Niteroacutei podem ser

melhor exploradas com impactos favoraacuteveis no sistema de transporte como

um todo e para o meio ambiente

Afinal todas as localidades das cidades eou bairros situadas agraves

margens da baiacutea ou na costa do estado satildeo potencialmente habilitadas a

serem servidas por barcas

Falar em transportes urbanos significa tambeacutem falar em problemas

de tracircnsito e engarrafamentos que eacute um dos maiores vilotildees da agitada do

Seacuteculo XXI

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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agosto de 2009

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agosto de 2009

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httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 14: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

14

JK apresentou ao povo brasileiro um Plano de Metas consistindo

em investimentos em aacutereas prioritaacuterias para o desenvolvimento econocircmico

principalmente em infra-estrutura (rodovias hidreleacutetricas aeroportos e

induacutestrias)

Durante o seu periacuteodo de governo se instalaram no paiacutes grandes

montadoras de automoacuteveis como por exemplo FORD VOLKSWAGEN

WILLYS OVERLAND E GENERAL MOTORS na regiatildeo Sudeste nas cidades

de Santo Andreacute Satildeo Bernardo e Satildeo Caetano (regiatildeo do ABC) aumentando

muito as oportunidades de emprego atraindo trabalhadores de todo Brasil

Paralelamente comeccedilou o encarroccedilamento de ocircnibus no Brasil

utilizando os chassis de caminhotildees A pioneira na fabricaccedilatildeo de carrocerias no

Brasil foi a CIFERAL utilizando chassis Mercedes-Benz (anexo 07)

15

CAPIacuteTULO II

O ADVENTO DA INDUSTRIALIZACcedilAtildeO BRASILEIRA

NOS ANOS DO GOVERNO JK E A IMPLANTACcedilAtildeO DAS

MONTADORAS

Ateacute a deacutecada de 50 com o governo JK a economia brasileira se

fundava na exportaccedilatildeo de produtos primaacuterios e com isso o sistema de

transportes limitou-se aos transportes fluvial e ferroviaacuterio

Com a aceleraccedilatildeo do processo industrial na segunda metade do

seacuteculo XX a poliacutetica para o setor concentrou os recursos no setor rodoviaacuterio

As primeiras medidas concretas para a formaccedilatildeo de um sistema de

transportes no Brasil foram estabelecidas em 1934

Desde a criaccedilatildeo da primeira estrada de ferro ateacute 1946 os esquemas

viaacuterios de transporte nacional foram montados tendo por base as ferrovias

complementados pelas vias fluviais e a malha rodoviaacuteria

Esses conceitos comeccedilaram a ser modificados a partir de entatildeo

especialmente pela profunda mudanccedila que se operou na economia brasileira

quando o setor rodoviaacuterio comeccedilou a ser desenvolvido

ldquoAs primeiras rodovias brasileiras datam do seacuteculo XIX mas a ampliaccedilatildeo da malha rodoviaacuteria ocorreu no governo Vargas com a criaccedilatildeo do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) em 1937 e mais tarde com a implantaccedilatildeo da induacutestria automobiliacutestica na segunda metade da deacutecada de 1950 com a aceleraccedilatildeo do processo de industrializaccedilatildeo e mudanccedila da capital federal para Brasiacuteliardquo (SANTOS)

A partir da deacutecada 50 rede rodoviaacuteria se ampliou de forma notaacutevel

tornando-se a principal via de escoamento de carga e passageiros

16

Na deacutecada 80 o crescimento acelerado deu lugar a estagnaccedilatildeo

A perda de receitas com a extinccedilatildeo em 1988 do imposto sobre

lubrificantes e combustiacuteveis e do imposto sobre serviccedilos impediu a ampliaccedilatildeo

da rede e sua manutenccedilatildeo

Como resultado em fins do seacuteculo XX a rede rodoviaacuteria passou a

responder por 65 dos transportes de cargas e 92 do de passageiros

O crescimento do setor rodoviaacuterio ensejou a instalaccedilatildeo de novas

montadoras no pais atraveacutes da instalaccedilatildeo de outras montadoras como por

exemplo SCANIA FIAT IVECO VOLKSWAGEN CAMINHOtildeES VOLVO e

mais recentemente algumas montadoras asiaacuteticas

Em decorrecircncia da ampliaccedilatildeo do setor rodoviaacuterio deu-se a

ampliaccedilatildeo de faacutebricas em Santa Catarina e do Rio Grande do Sul

Atualmente esse setor ganhou grande desenvolvimento e condiccedilotildees

competitivas a niacutevel internacional com um alto volume de exportaccedilotildees

principalmente para os paiacuteses da Ameacuterica Latina

As principais encarroccediladoras de ocircnibus brasileiras satildeo

MARCOPOLO CAIO COMIL BUSSCAR NEOBUS e IRIZAR A induacutestria

brasileira de carrocerias eacute uma das maiores do mundo

Em 2007 o Brasil foi o terceiro maior fabricante de ocircnibus do

mundo perdendo apenas para a China (IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico 2007)

A induacutestria encarroccediladora de ocircnibus brasileira difere da dos demais

paiacuteses na qual o encarroccedilamento constitui uma etapa separada da produccedilatildeo

dos chassis de ocircnibus

Prevecirc-se para 2010 um crescimento da ordem de 19 O

faturamento do setor deveraacute crescer mais do que em 2007 perfazendo cerca

17

de R$ 72 bilhotildees com uma boa parte oriunda do setor interno desse modo

espera-se um crescimento favoraacutevel apesar da tendecircncia de desaceleraccedilatildeo da

economia internacional

O cenaacuterio conta com a estabilidade da moeda nacional (o real) e

com os financiamentos do BNDES

Devido ao poder competitivo do setor as encarroccediladoras brasileiras

estatildeo lanccedilando modelos cada vez mais modernos que nada devem aos

produtores internacionais

Diversas encarroccediladoras brasileiras jaacute contam com unidades fabris

em diversos continentes a MARCOPOLO tem faacutebricas no Meacutexico e Colocircmbia

e mais recentemente formou Joint Ventures para a instalaccedilatildeo e transferecircncia

de Know-How para a China e Iacutendia

18

CAPIacuteTULO III

A EVOLUCcedilAtildeO E A SITUACcedilAtildeO ATUAL DOS

TRANSPORTES NO BRASIL

ldquoO Brasil ao longo de sua histoacuteria permaneceu voltado para a costa do Atlacircntico com cerca de 80 da populaccedilatildeo vivendo em cidades a menos de mil quilocircmetros da costa e 82 do PIB eacute gerado nas regiotildees Sul Sudeste e Nordesterdquo (IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico 2008)

A origem desse fato deve-se principalmente as caracteriacutesticas do

relevo e da topografia do Brasil pois olhando-se o mapa do paiacutes constata-se

que a faixa mais com melhores condiccedilotildees de vida encontra-se no leste do

paiacutes

Essa situaccedilatildeo perdurou ateacute a chegada do governo JK na deacutecada de

50 quando a capital do paiacutes foi Brasiacutelia na regiatildeo Centro Oeste aacuterea em sua

maior parte formada por Estados dominados por florestas que fazem limites

com os paiacuteses andinos sem saiacuteda para o Oceano Paciacutefico

Em 1975 Jaime Lerner entatildeo Prefeito de Curitiba tendo em vista o

crescimento populacional criou um sistema de transporte baseado no conceito

BRT (Bus Rapid Transit) ndash ocircnibus articulados e biarticulados de grande

capacidade de passageiros que atualmente estaacute em operaccedilatildeo em diversas

cidades brasileiras

A mudanccedila da capital para Brasiacutelia ocasionou um grande

desenvolvimento dessa regiatildeo contribuindo tambeacutem para melhorar o sistema

de transportes rodoviaacuterios do paiacutes que hoje eacute inteiramente interligado do Sul

ateacute o Norte do paiacutes

Devido a esse fato o sistema de transporte organizou-se

predominantemente com base nas rodovias que entre todos eacute o mais oneroso

19

e poluente enquanto as hidrovias e as ferrovias tecircm custos unitaacuterios mais

baixos no entanto o modal rodoviaacuterio eacute mais adequado em relaccedilatildeo a maiores

declividades principalmente para grandes volumes de carga a grandes

distacircncias e para cargas de menor volume e distacircncias menores

Os custos ferroviaacuterios em relaccedilatildeo agraves rodovias satildeo menores nos

trajetos de extensatildeo superiores a 500 km pois os altos custos de implantaccedilatildeo

da rede feacuterrea e o tempo consumido com cargas e descargas satildeo

compensados pela economia geral do meio de transporte

Em pequenas distacircncias as vantagens satildeo do transporte rodoviaacuterio

que desloca mercadorias dos pontos de distribuiccedilatildeo ateacute os pontos de consumo

A implantaccedilatildeo de redes intermodais tende a reduzir os custos de transporte

Mesmo assim o Brasil possui um dos mais amplos sistemas de transporte com

54 portos com capacidade para mais de 500 milhotildees de toneladas por ano 31

mil quilocircmetros de ferrovias e 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovia

A partir da deacutecada de 1970 o modal rodoviaacuterio sofreu uma queda

com uma participaccedilatildeo de 70 em 1970 com uma reduccedilatildeo para 536 em

1985 mas voltando a crescer chegando a 606 em 2004

Entre 1997 e 2004 o volume de cargas transportadas pelas rodovias

cresceu apenas 141 contra 4554 pelas ferrovias que transportam a

maioria dos produtos de baixo valor agregado como por exemplo mineacuterio de

ferro o qual seria inviaacutevel se transportado por caminhotildees

Entre 2003 e 2005 a frota de locomotivas aumentou de 1895 para

2515 e a de vagotildees de 67795 para 90119 devido agrave privatizaccedilatildeo da malha

ferroviaacuteria mas mesmo assim o transporte rodoviaacuterio continua ainda sendo o

mais utilizado no Brasil embora seja o de custo operacional mais elevado em

torno de US$ 320 por 100 tkm contra US$ 074 da ferrovia e US$ 023 da

hidrovia

20

O Brasil possui 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovias e apenas

29798 quilocircmetros de ferrovias e cerca 42000 km de rios navegaacuteveis As

ferrovias transportam 24 da carga no Brasil e nos EUA cerca de 47

Levantamento feito pelo Centro de Estudos em Logiacutestica da

Universidade Federal do Rio de Janeiro concluiu que As companhias

brasileiras voltadas para o comeacutercio exterior perdem cerca de US$ 10 bilhotildees

por ano em consequumlecircncia dos problemas enfrentados na hora de transportar

mercadorias das aacutereas de produccedilatildeo ateacute os portos

ldquoOutro estudo feito pela Comissatildeo Econocircmica para a Ameacuterica Latina e o Caribe ligada agraves Naccedilotildees Unidas conclui que 35 do preccedilo final das mercadorias exportadas do Brasil e de outros paiacuteses latino-americanos se deve aos custos de transporte Nos Estados Unidos este iacutendice natildeo chega a 10rdquo (Veja Especial outubro de 2004 p 61)

Segundo levantamento da CNI Confederaccedilatildeo Nacional da Induacutestria

os custos com transporte equivalem a 1275 do PIB brasileiro enquanto nos

EUA correspondem a 820

Por deficiecircncias logiacutesticas exportar uma tonelada de soja do Brasil

para a China ndash do norte de Mato Grosso via Porto de Paranaguaacute ndash custa hoje

US$ 18 a mais do que fazer o mesmo do Estado norte-americano de Iowa Em

2007 a situaccedilatildeo se complicou com a falta generalizada de caminhotildees para o

mercado interno e de navios para o mercado externo

Poreacutem como as exportaccedilotildees estatildeo superando as importaccedilotildees

faltam contecircineres para o embarque de produtos brasileiros

Das cerca de 22 milhotildees de toneladas de produtos exportados

anualmente cerca de 95 saem pelos portos O problema comeccedila com o fato

de que a maioria das mercadorias a ser exportada chega aos portos por meio

de rodovias

21

Segundo a ANUT ndash Associaccedilatildeo Nacional dos Usuaacuterios de

Transportes de Carga em 2004 as empresas brasileiras desembolsaram US$

12 bilhatildeo em pagamentos por atrasos no embarque e desembarque de

mercadorias nos portos brasileiros

Na margem esquerda do porto de Santos haacute um problema de

lentidatildeo de escoamento pois existem mais de 6000 moradias irregulares

margeiam os trilhos obrigando os trens a reduzir a velocidade de 80 para 10

quilocircmetros por hora causando um acreacutescimo de custo na ordem de 34

quando nos Estados Unidos essa margem natildeo ultrapassa os 20

ldquoOs Estados da regiatildeo Centro Sul produzem 13 milhotildees de toneladas anuais de gratildeos cerca de 9 milhotildees saem do Estado por rodovias 80 delas sem pavimentaccedilatildeo portanto estaacute dependendo da conclusatildeo da Ferronorte e das Hidrovias Paranaacute Paraguai e Araguaia Tocantins para baixar seus custos de transporterdquo (Veja 17102001 p 146-147)

22

CAPIacuteTULO IV

ESTUDO DE CASOS SISTEMA DE TRANSPORTES DE

CURITIBA UBERLAcircNDIA GOIAcircNIA SAtildeO PAULO E

RIO DE JANEIRO

41 Curitiba

A cidade de Curitiba eacute conhecida internacionalmente pelo eficiente e

inovador sistema de transporte coletivo Como todas as ideacuteias novas o sistema

que possibilitou a integraccedilatildeo urbana de Curitiba foi cercado de duacutevidas Mas ao

longo dos anos foi comprovado que a criatividade foi mais eficaz que o

ceticismo

411 Bonde a cavalos

Em 1887 a Empreza Curitybana dirigida por Boaventura Capp

disponibilizou o primeiro bonde puxado por animais ligando a Boulevard 2 de

Julho (atual iniacutecio da Avenida Joatildeo Gualberto) ao bairro do Batel Esta foi a

pedra fundamental de parte da identidade mais latente da cidade de Curitiba o

transporte coletivo Naquele periacuteodo o passeio pela pacata Curitiba tinha

caracteriacutestica mais poeacutetica e os bondes davam o toque de charme (anexo 09)

A viagem inaugural dos primeiros bondes foi um dos maiores

acontecimentos da eacutepoca

Os jornais locais divulgaram com orgulho a partida dos quatro

vagotildees que contavam com ilustres passageiros como o presidente da proviacutencia

Faria Sobrinho

23

412 Bondes eleacutetricos

Apesar de o bondinho ter o objetivo de atender agraves massas ele era

dividido em duas categorias Na primeira classe era obrigatoacuterio que os

passageiros estivessem calccedilados Jaacute no bond mixto como era conhecida a

pessoa podiam viajar sem sapatos

O panorama do transporte coletivo da cidade mudou com a

introduccedilatildeo dos bondes eleacutetricos a partir 1912 Os primeiros bondes puxados

por mulas foram vendidos e amontoados no depoacutesito de ferro-velho em

Paranaguaacute

A mudanccedila foi necessaacuteria jaacute que o nuacutemero de passageiros

aumentou de 680 mil em 1903 para 19 milhatildeo por ano em 1913 a cidade

crescia rapidamente poreacutem de maneira desordenada

413 Os primeiros ocircnibus

Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia

Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo Dois anos

mais tarde comeccedilaram a aparecer as linhas particulares de ocircnibus apesar dos

bondes ainda serem a preferecircncia da populaccedilatildeo

Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto

da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bondes perderam

espaccedilo mas apesar das passagens mais caras o novo veiacuteculo era mais

confiaacutevel e seguro

Em 1951 saiacuteram de circulaccedilatildeo os uacuteltimos bondes dando lugar agraves

auto-lotaccedilotildees

Uma das grandes revoluccedilotildees no setor ocorreu em 1955 quando o

municiacutepio estabeleceu contratos de concessatildeo com 13 empresas

24

Naquela eacutepoca a cidade era atendida por 50 ocircnibus e 80 lotaccedilotildees

Em 1965 foi editado o Plano Diretor de Transportes de Curitiba estabelecendo

as vias estruturais que serviram como eixos base para movimentaccedilatildeo urbana

O plano foi considerado um dos mais perfeitos do mundo

Devido ao bom planejamento mesmo 15 anos depois os 673 ocircnibus

da capital paranaense transportavam 515 mil pessoas diariamente

A frota do transporte coletivo representava apenas 2 dos veiacuteculos

que trafegavam em Curitiba e era responsaacutevel pelo transporte de 75 das

pessoas que se locomoviam

Como a cidade crescia rapidamente em pouco tempo o sistema

tradicional estaria obsoleto e ineficaz para atender tanta gente Era necessaacuterio

algo de novo A soluccedilatildeo foi a implantaccedilatildeo dos ocircnibus expressos esse sistema

foi um dos grandes responsaacuteveis pelo avanccedilo no atendimento do transporte

coletivo

Natildeo se tratava somente de uma nova categoria de veiacuteculo mas

acima de tudo um sistema de transporte para meacutedias distacircncias que possuiacutea

via exclusiva

A primeira etapa foi agrave implantaccedilatildeo das canaletas exclusivas onde

circulavam os ocircnibus convencionais

O Departamento de Pesquisa de Veiacuteculos da Faculdade de

Engenharia Industrial de Satildeo Bernardo dos Campos (SP) apresentou ao

IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba) o primeiro

modelo de ocircnibus para atender as novas necessidades de transporte urbano

Batizado de Uiraquitan em homenagem ao nome indiacutegena dado ao primeiro

carro fabricado no Brasil foi projetado especialmente para o sistema viaacuterio de

Curitiba

25

414 Os primeiros ocircnibus expressos

Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo

nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimental os 20

primeiros expressos A frota partiu da Praccedila Generoso Marques para atender

passageiros do Eixo NorteSul Em um dos ocircnibus de inconfundiacutevel cor

vermelha o prefeito Jaime Lerner idealizador do projeto desde o tempo em que

era presidente do IPPUC ndash INSTITUTO DE PESQUISAS E PLANEJAMENTO

URBANO DE CURITIBA noticiava agrave imprensa a satisfaccedilatildeo de ver sua grande

obra em funcionamento

Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde

foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e caixas de correio

aleacutem da pista proacutepria o expresso foi comparado a um metrocirc na superfiacutecie Em

meacutedia todos os meses 19 milhatildeo de pessoas utilizavam o novo sistema de

transporte

As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi

crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento populacional e de

infra-estrutura da cidade Em 1980 Curitiba foi a primeira capital a adotar a

tarifa social O preccedilo da passagem era uacutenico independente do trecho da

viagem Com esta vantagem tambeacutem foi colocada em praacutetica a campanha Eacute

com esse que eu vou incentivando a populaccedilatildeo a deixar os carros em casa e

utilizar o veiacuteculo coletivo O preccedilo do petroacuteleo aumentava cada vez mais por

conta da crise mundial de combustiacuteveis

Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a

utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar a passagem

uacutenica Os usuaacuterios podiam trocar de linha dentro dos terminais sem pagar nova

passagem Com isto se consolidou a RIT (Rede Integrada de Transporte) Em

1980 os ocircnibus articulados com capacidade 80 maior comeccedilaram a

substituir gradativamente os antigos expressos Isto significou economia de

combustiacutevel em 46 e reduccedilatildeo de custo de 21 por passageiro transportado

26

Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS

(Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistema e passou a

ser a concessionaacuteria e as empresas operadoras as permissionaacuterias

Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia

incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas

alimentadoras para os usuaacuterios se deslocarem nos cinco eixos atendidos pelos

expressos 239 linhas em todo o sistema A RIT atendia em 1990 54 do total

de usuaacuterios do sistema iacutendice que chegou a 84 em 1995

Em outubro de 1991 sob encomenda da URBS a Volvo comeccedilou a

desenvolver o primeiro ocircnibus bi-articulado brasileiro batizado de Metrobuacutes

com 25 metros de comprimento e capacidade para transportar ateacute 270

passageiros

Neste periacuteodo foi implantada uma das maiores novidades do

transporte coletivo naquela deacutecada Foram criadas as Linhas Diretas servidas

por veiacuteculos de cor cinza popularmente chamados de Ligeirinhos (anexo 15)

Atraveacutes das rampas de acesso no lugar das escadas eles

permitiram o embarque e desembarque de passageiros atraveacutes das estaccedilotildees-

tubo que serviam como pequenos terminais possibilitando ao usuaacuterio a troca

de linhas sem pagar nova passagem

Os Bi-articulados comeccedilaram a substituir tambeacutem os ocircnibus

utilizados nas linhas do Express

As melhorias foram sendo colocadas em praacutetica como o sistema de

aviso de paradas

A cada saiacuteda de uma estaccedilatildeo-tubo o sistema eacute automaticamente

acionado para informar aos passageiros qual eacute o ponto seguinte e quais portas

27

deveratildeo ser utilizadas para o desembarque Sistema parecido com o usado por

alguns metrocircs em diversos lugares do mundo

Em 1996 a RIT ultrapassou as fronteiras e passou a atender a

Regiatildeo Metropolitana Em 1999 o Sistema Expresso comemorou 25 anos com

a inauguraccedilatildeo da linha Bi-articulada Circular Sul

Para relembrar o comeccedilo de tudo uma reacuteplica do primeiro ocircnibus

expresso de 1974 circulou do Terminal Capatildeo Raso ateacute a Praccedila Generoso

Marques transportando o entatildeo governador Jaime Lerner e o prefeito Caacutessio

Taniguchi

Foi como uma viagem no tempo para Lerner e para muitos

curitibanos que acompanharam o desenvolvimento do transporte coletivo da

cidade repleto de inovaccedilotildees e empreendedorismo para acompanhar o

crescimento urbano

Em 2000 a substituiccedilatildeo de 87 veiacuteculos articulados por 57 de maior

porte no eixo lesteoeste demonstrou que no sistema adotado por Curitiba

novidades satildeo sempre implantadas sem a necessidade de investimentos

incompatiacuteveis com a realidade da cidade

Os avanccedilos sociais marcam a histoacuteria recente do transporte coletivo

curitibano

Em 2005 o prefeito Beto Richa determinou o enxugamento de

despesas do sistema e o corte de dez centavos na tarifa reduzida para R$

180

Hoje 2 milhotildees de passageiros utilizam diariamente o Sistema

Integrado de Transporte Coletivo composto por 1980 ocircnibus que atendem 395

linhas O sistema eacute responsaacutevel pelo emprego direto de 15 mil pessoas entre

motoristas cobradores fiscais mecacircnicos entre outros profissionais

28

Com a construccedilatildeo da Linha Verde o Sistema de Transportes de

Curitiba estaacute em expansatildeo essa via uniraacute a cidade no trecho urbano na antiga

BR-116 melhorando o tracircnsito e os transportes em Curitiba

42 Uberlacircndia

A cidade de Uberlacircndia no Estado de Minas Gerais conta um

Sistema Integrado de Transporte Urbano (SIT) que racionalizou o uso dos

transportes urbanos com a unificaccedilatildeo do preccedilo das passagens aleacutem disso o

usuaacuterio natildeo paga mais duas passagens para chegar no local desejado

contando com um transporte coletivo 100 integrado e monitorado (GPRS)

administrado pela prefeitura

O sistema eacute dotado de bilhetagem eletrocircnica A maioria dos

veiacuteculos tecircm elevador para facilitar o acesso de deficientes fiacutesicos

O sistema eacute composto por seis terminais

bull Central

bull Santa Luzia

bull Planalto

bull Umuarama

bull Terminal Industrial (distrito industrial de Uberlacircndia)

O sistema conta com treze estaccedilotildees de embarque e desembarque

de passageiros interligando a regiatildeo central (Terminal Central) de Uberlacircndia

ao Anel Rodoviaacuterio (Terminal Santa Luzia) proporcionando um raacutepido acesso

agraves principais rodovias em torno do municiacutepio

43 Goiacircnia

A Prefeitura de Goiacircnia tem buscado soluccedilotildees inovadoras no que diz

respeito aos problemas que envolvem os transportes urbanos da cidade A

primeira grande mudanccedila no sistema de transportes coletivos da regiatildeo

29

metropolitana de Goiacircnia ocorreu em 1976 quando da implantaccedilatildeo do sistema

tronco-alimentador que se baseava em linhas troncais e alimentadoras atraveacutes

de terminais de integraccedilatildeo com a exploraccedilatildeo e operaccedilatildeo das linhas por

empresas concessionaacuterias privadas

No ano seguinte agrave sua implantaccedilatildeo o sistema possibilitou o

transporte de 35 milhotildees de passageiros nuacutemero que cresceu a uma taxa de

5 ao ano ateacute 1984 atingindo a meacutedia anual de 100 milhotildees de passageiros

No periacuteodo entre 1985 e 1991 a quantidade de passageiros

transportados continuou aumentando ateacute atingir o patamar de 250 milhotildees de

passageirosano em funccedilatildeo do aumento da demanda por transporte coletivo

urbano ocorrido em todo o paiacutes

Os problemas inflacionaacuterios de 1992 a 1994 e a diminuiccedilatildeo do poder

aquisitivo provocaram a queda da demanda para 200 milhotildees de

passageirosano

O sistema de transportes urbanos de Goiacircnia estaacute em expansatildeo

com a previsatildeo de entrada em operaccedilatildeo do Metrocirc de Superfiacutecie que contaraacute

com ocircnibus articulados e biarticulados de grande capacidade de passageiros

Visando a implantaccedilatildeo dessa via de superfiacutecie estaacute sendo testado o

modelo de ocircnibus biarticulado VOLVO B9 SALF (anexo 20) com grande

capacidade para transportar 270 passageiros Esse mesmo modelo estaacute em

operaccedilatildeo no Sistema Transantiago na capital chilena

44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro

441 Satildeo Paulo

A histoacuteria da cidade de Satildeo Paulo eacute marcada pela implantaccedilatildeo da

ferrovia mas a histoacuteria dos transportes puacuteblicos iniciada agrave mesma eacutepoca tem

30

nos tiacutelburis carros de duas rodas puxados por um cavalo sua primeira

apariccedilatildeo com a inauguraccedilatildeo em 1872 pela Companhia Carris de Ferro de Satildeo

Paulo da primeira linha de bondes puxados a burro

A primeira linha de bonde eleacutetrico foi inaugurada no iniacutecio do seacuteculo

XX em 7 de maio de 1900 ligando o largo de Satildeo Bento agrave Barra Funda Foi um

empreendimento da Satildeo Paulo Railway Light and Power Company LTd que

recebeu por transferecircncia a concessatildeo para organizar construir e operar

linhas de bonde por traccedilatildeo eleacutetrica para diversos pontos da cidade e seus

subuacuterbios durante 40 anos

Os primeiros auto-ocircnibus surgiram na cidade na deacutecada de 20

complementando a alternativa ao bonde que sofria as limitaccedilotildees de rede

energia e investimentos

Nos anos 30 a capital de Satildeo Paulo jaacute era considerada um grande

centro urbano e convivia com um tracircnsito agitado O Plano de Avenidas do

Prefeito Prestes Maia indicava a expressiva influecircncia do automoacutevel na vida e

na estrutura da cidade

A Comissatildeo de Estudos de Transportes Coletivos instituiacuteda em

1939 pocircs em discussatildeo a organizaccedilatildeo do transporte como serviccedilo puacuteblico e as

vantagens do monopoacutelio governamental lanccedilando as bases para a constituiccedilatildeo

de uma empresa municipal responsaacutevel pelo transporte coletivo

O nuacutemero de ocircnibus em Satildeo Paulo em 1941 superou os mil

enquanto o de bondes manteve-se em 500 Assim eram os ocircnibus que

transportavam a maior parte dos passageiros Trinta e sete empresas

particulares exploravam 90 linhas que circulavam pelo municiacutepio

Em 1946 atraveacutes do Decreto-Lei no 365 de 10 de outubro de 1946

o Prefeito Abrahatildeo Ribeiro autorizou a constituiccedilatildeo de uma empresa

31

responsaacutevel pelo transporte puacuteblico criando-se entatildeo a Companhia Municipal

de Transportes Coletivos ndash CMTC (anexo 10)

Em 1947 a Prefeitura determinou a transferecircncia do patrimocircnio da

Light relativo ao serviccedilo para a nova companhia e decidiu que as empresas

privadas passariam a operar somente as linhas de ocircnibus fora do periacutemetro

urbano

Em 1975 a COMPANHIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES

COLETIVOS - CMTC operava apenas 14 da frota de ocircnibus da cidade

Um novo contrato de concessatildeo foi firmado entre Prefeitura e CMTC

permitindo a contrataccedilatildeo os serviccedilos de transporte coletivo de passageiros em

23 aacutereas de operaccedilatildeo Assim uma mudanccedila efetiva ocorreu no sistema e no

mercado de transporte coletivo da cidade restituindo em parte agrave CMTC o seu

outro papel o de gestora do sistema

Nos anos 80 aleacutem de inovaccedilotildees operacionais e tecnoloacutegicas

promovidas pela CMTC - o Programa Troleibus a implantaccedilatildeo dos corredores

de ocircnibus em faixa exclusiva e a utilizaccedilatildeo de ocircnibus movidos a gaacutes metano e

natural- a gestatildeo do serviccedilo de transporte puacuteblico voltou a ser alvo da atenccedilatildeo

da administraccedilatildeo municipal tendo resultado inclusive em intervenccedilotildees

administrativas e gerenciais em algumas empresas operadoras

A relaccedilatildeo entre as empresas operadoras e a municipalidade passou

por nova e importante alteraccedilatildeo a partir do processo de municipalizaccedilatildeo

quando atraveacutes da Lei no 11037 1991 o sistema de remuneraccedilatildeo do

serviccedilo passou a ser feito pelo custo dos serviccedilos passando a operadora a ser

remunerada diretamente pela apropriaccedilatildeo da tarifa paga pelo passageiro

O serviccedilo contratado pela Prefeitura e operado pelas empresas eacute

remunerado conforme a afericcedilatildeo dos custos incorridos na prestaccedilatildeo do serviccedilo

A tarifa definida conforme paracircmetros econocircmicos e poliacuteticos passou a

32

pertencer a administraccedilatildeo municipal constituindo-se na principal fonte de

recursos para o pagamento do serviccedilo agraves empresas contratadas pela

operaccedilatildeo

No iniacutecio de 1993 a CMTC desempenhava ao mesmo tempo as

funccedilotildees de gestora do sistema de transporte coletivo e de operadora detendo

cerca de 27 de participaccedilatildeo no setor

A administraccedilatildeo tinha por objetivo a racionalizaccedilatildeo da operaccedilatildeo e

reduccedilatildeo do deacuteficit previsto pela manutenccedilatildeo da administraccedilatildeo da CMTC como

empresa operadora

A alteraccedilatildeo do perfil da frota da quantidade de ocircnibus e de

funcionaacuterios eram medidas indicadas que exigiriam altos investimentos e natildeo

gerariam necessariamente reduccedilatildeo de custos Optou-se entatildeo por encerrar

as atividades operacionais da antiga CMTC atraveacutes da privatizaccedilatildeo de toda a

operaccedilatildeo dos 2700 ocircnibus e das respectivas garagens reduzindo o quadro de

pessoal de 27 mil para cerca de 1200 empregados Esse processo se valeu da

flexibilidade do mesmo modelo de gestatildeo estabelecido pela Lei No 11037

91

A forma de remuneraccedilatildeo dos serviccedilos prestados pelas empresas

contratadas foi inovada alterando-se o criteacuterio anterior de pagamento

calculado pelo custo do quilocircmetro rodado por um valor limite por passageiro

transportado

A antiga CMTC foi entatildeo transformada na Satildeo Paulo Transporte

SA- SPTRANS nova denominaccedilatildeo adotada em 8 de marccedilo de 1995 para a

empresa que ficou voltada somente agrave gestatildeo do sistema de transporte da

cidade

Atualmente com o crescimento das aacutereas urbanas da cidade

tornou-se necessaacuterio ampliar a aacuterea viaacuteria do municiacutepio atualmente estaacute em

33

fase de conclusatildeo o anel rodoviaacuterio da grande Satildeo Paulo e do rodoanel vias

que depois de prontas desafogaratildeo o traacutefego de veiacuteculos na cidade

O sistema Metropolitano operado pela Companhia do Metropolitano

de Satildeo Paulo tambeacutem estaacute em expansatildeo e contribuiraacute para atender o aumento

da demanda de transportes urbanos na maior cidade do Brasil

442 Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro capital do estado homocircnimo eacute a segunda maior

metroacutepole do Brasil situada na regiatildeo Sudeste

Eacute a cidade brasileira mais conhecida no exterior e a maior rota de

turismo internacional no Brasil

A parte urbana do Municiacutepio do Rio de Janeiro recebeu a

denominaccedilatildeo de GRANDE RIO pela Lei complementar nordm 20 pela Lei

Complementar nordm 20 de 01 de julho de 1974 apoacutes a fusatildeo dos antigos estados

do Rio de Janeiro e Guanabara

Aleacutem da parte urbana da cidade existe tambeacutem a REGIAtildeO

METROPOLITANA II DO RIO DE JANEIRO que abrange os municiacutepios de

Niteroacutei Satildeo Gonccedilalo Itaboraiacute Rio Bonito e Tanguaacute

A cidade foi capital do Brasil Colocircnia a partir de 1763 capital do

Impeacuterio Portuguecircs na eacutepoca das invasotildees de Napoleatildeo capital do Impeacuterio do

Brasil e capital da Repuacuteblica ateacute a inauguraccedilatildeo de Brasiacutelia na deacutecada de 60

As primeiras vias na regiatildeo onde hoje estaacute situada a Cidade do Rio

de Janeiro foram abertas pelos Tamoios com objetivos estrateacutegicos e de

defesa Eram veredas no interior da floresta e dirigiam-se ao interior em direccedilatildeo

agrave Serra do Mar (Santos 1934) Os rios e a Baiacutea de Guanabara eram as outras

vias naturais utilizadas por eles

34

Ateacute os primeiros anos do seacuteculo XIX o espaccedilo urbano da Cidade do

Rio de Janeiro limitava-se ao quadrilaacutetero formado pelos Morros do Castelo

Satildeo Bento Santo Antocircnio e da Conceiccedilatildeo De acordo com Abreu (1987) este

chatildeo fora duramente conquistado agrave natureza aterrando-se brejos e mangues

nos trecircs primeiros seacuteculos de existecircncia da cidade Considerando-se os limites

da cidade de entatildeo como sendo ao norte o Campo de Santana ao sul o Largo

do Machado e a regiatildeo de Mata Cavalos (hoje Rua do Riachuelo) e que natildeo

existiam ateacute entatildeo meios de transporte coletivo pode-se afirmar que a maioria

dos deslocamentos eram realizados a peacute em carro de bois eou no lombo de

animais Soacute posteriormente foram introduzidos as andas as redes e os

palanguins

Segundo Dunlop (1973) estes meios de transportes eram como

uma cama suspensa em longo varal conduzida nos ombros por escravos um

agrave frente outro agrave retaguarda

Para as viagens de longa distacircncia neste periacuteodo aqueles que

desejavam ir agraves Minas Gerais Satildeo Paulo ou ao interior do paiacutes tinham que

realizar por exemplo viagens que envolviam animais barcos e comeccedilavam

realizando um percurso pela Baiacutea de Guanabara

Com a chegada da famiacutelia real portuguesa por volta de 1808 foram

trazidas pela corte os coches carruagens seges e o cabriolet

Considerando-se os limites urbanos da cidade bem como as

caracteriacutesticas daquela sociedade colonial portuguesa nos troacutepicos pode-se

afirmar que somente as pessoas de posse ou que possuiacuteam seus proacuteprios

meios de transportes tinham condiccedilatildeo e direito de deslocar-se agraves localidades

mais afastadas do centro histoacuterico da cidade ou empreenderem viagens mais

longas

O transporte puacuteblico soacute foi introduzido na cidade por volta de 1817

com a adoccedilatildeo das Gocircndolas e Diligecircncias veiacuteculos de transporte coletivo

35

puxado agrave burros eou cavalos muito utilizados por todos que necessitavam

deslocar-se dentro do periacutemetro urbano Estes veiacuteculos operavam o transporte

de passageiros entre o centro da cidade e o Palaacutecio da Boa Vista em Satildeo

Cristoacutevatildeo e de Santa Cruz na Fazenda Real por concessatildeo

Dunlop (1973) esclarece que os primeiros ocircnibus tambeacutem puxados

por quatro animais comeccedilaram a trafegar no Rio em 1837 ou 1838 por

iniciativa do francecircs Jean Lecoqrdquo

Eram carros compridos () com dois bancos longitudinais

semelhantes aos bondes fechados da Botanical Garden que aqui surgiram

trinta anos mais tarde Transportavam de vinte a vinte e quatro passageiros

A denominada Companhia de Ocircnibus ainda segundo Dunlop

oferecia serviccedilos para os bairros de Botafogo Laranjeiras Satildeo Cristoacutevatildeo

Andaraiacute Pequeno - hoje Tijuca - Rio Comprido e Engenho Velho Estes

serviccedilos contribuiacuteram muito para o desenvolvimento e crescimento destes

bairros oferecendo uma opccedilatildeo de moradia agravequeles que desejavam sair do

centro histoacuterico aacuterea jaacute conturbada entatildeo

Destaca-se o papel exercido pelos trens agrave partir de 1858 com a

construccedilatildeo da Estrada de Ferro D Pedro II posteriormente denominada E F

Central do Brasil Este novo meio de transporte ofereceu pela primeira vez

uma maneira veloz e confiaacutevel que alcanccedilava longas distacircncias e circulava em

horaacuterios preacute-estabelecidos e regulares Inicialmente usado somente para o

transporte de cargas - para escoar a produccedilatildeo de cafeacute do Vale do Paraiacuteba em

direccedilatildeo ao Porto do Rio de Janeiro - e para o transporte de passageiros de

longa distacircncia

Outras ferrovias seguiram-se a esta primeira tais como a The

Leopoldina Railway Company (depois E F Leopoldina) E F Rio DOuro (hoje

Linha 2 do Metrocirc) E F Melhoramentos do Brasil (depois Linha Auxiliar da

36

Central do Brasil) Todas foram unificadas na Rede Ferroviaacuteria Federal SA

(1957)

ldquoO trem favoreceu o surgimento dos bairros mais afastados do centro na periferia no que posteriormente veio a ser conhecido como os subuacuterbios ferroviaacuterios da Central do Brasil Contribuiu muito tambeacutem para o desenvolvimento dos municiacutepios da Baixada Fluminense e da periferia distante do centro da Cidade do Rio de Janeirordquo (ABREU 1987)

O bonde inicialmente em traccedilatildeo animal e posteriormente

eletrificado foi o meio de transporte que juntamente com os ocircnibus tambeacutem

em traccedilatildeo animal favoreceu o crescimento e desenvolvimento da cidade O

trem chegava ateacute as estaccedilotildees mas era o bonde que circulava no interior do

bairro

Em 1859 circulou o primeiro bonde puxado a burro na cidade do

Rio de Janeiro ligando o Largo do Rocio ao Alto da Boa Vista Esta linha era

controlada pela Cia Carris de Ferro cuja exploraccedilatildeo fora concedida ao

empresaacuterio inglecircs Thomas Cochrane em 1856

Outras empresas vieram em seguida como a Botanical Garden

Railroad Company posteriormente Cia Ferro Carril do Jardim Botacircnico ou a

Rio de Janeiro Street Railroad Company posteriormente Cia Satildeo Cristoacutevatildeo

O Baratildeo de Drumond por sua vez obteve uma concessatildeo para

explorar a Companhia Ferro Carril de Vila Isabel para atender aos bairros do

Andarahy Grande (Andaraiacute Vila Isabel Grajauacute e Maracanatilde) Satildeo Francisco

Xavier e Engenho Novo

ldquoA criaccedilatildeo desta empresa estava fortemente ligada a abertura do bairro de Vila Isabel nas terras da entatildeo Fazenda do Macaco de propriedade da famiacutelia imperial caracterizando um empreendimento conjugado (transporteloteamento)rdquo (Abreu 1987)

37

Os bondes foram substituiacutedos na deacutecada de 1960 pelos ocircnibus

eleacutetricos denominados de troleibus ou chifrudos pela populaccedilatildeo por causa

da forma de captaccedilatildeo de energia eleacutetrica da rede aeacuterea

Apoacutes breve periacuteodo em operaccedilatildeo pela CTC os troleibus foram

substituiacutedos pelos ocircnibus agrave diesel da mesma companhia estadual

O uso das barcas como meio de transporte e passageiros no

contexto da Regiatildeo Metropolitana destacando-se pela existecircncia de uma via

natural a Baiacutea de Guanabara e a costa oceacircnica firmando-se como transporte

regular agrave partir do ano de 1853 com a implantaccedilatildeo da Cia de Navegaccedilatildeo de

Niteroacutei

Ao longo dos anos foram transportadas cargas veiacuteculos e

passageiros sendo reconhecido como um meio eficiente na ligaccedilatildeo entre as

cidades do Rio de Janeiro e Niteroacutei

Apoacutes a construccedilatildeo da Ponte Rio - Niteroacutei sua importacircncia foi

diminuindo ano a ano apesar de toda sua potencialidade instalada

Outras ligaccedilotildees natildeo soacute para a aacuterea central de Niteroacutei podem ser

melhor exploradas com impactos favoraacuteveis no sistema de transporte como

um todo e para o meio ambiente

Afinal todas as localidades das cidades eou bairros situadas agraves

margens da baiacutea ou na costa do estado satildeo potencialmente habilitadas a

serem servidas por barcas

Falar em transportes urbanos significa tambeacutem falar em problemas

de tracircnsito e engarrafamentos que eacute um dos maiores vilotildees da agitada do

Seacuteculo XXI

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 15: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

15

CAPIacuteTULO II

O ADVENTO DA INDUSTRIALIZACcedilAtildeO BRASILEIRA

NOS ANOS DO GOVERNO JK E A IMPLANTACcedilAtildeO DAS

MONTADORAS

Ateacute a deacutecada de 50 com o governo JK a economia brasileira se

fundava na exportaccedilatildeo de produtos primaacuterios e com isso o sistema de

transportes limitou-se aos transportes fluvial e ferroviaacuterio

Com a aceleraccedilatildeo do processo industrial na segunda metade do

seacuteculo XX a poliacutetica para o setor concentrou os recursos no setor rodoviaacuterio

As primeiras medidas concretas para a formaccedilatildeo de um sistema de

transportes no Brasil foram estabelecidas em 1934

Desde a criaccedilatildeo da primeira estrada de ferro ateacute 1946 os esquemas

viaacuterios de transporte nacional foram montados tendo por base as ferrovias

complementados pelas vias fluviais e a malha rodoviaacuteria

Esses conceitos comeccedilaram a ser modificados a partir de entatildeo

especialmente pela profunda mudanccedila que se operou na economia brasileira

quando o setor rodoviaacuterio comeccedilou a ser desenvolvido

ldquoAs primeiras rodovias brasileiras datam do seacuteculo XIX mas a ampliaccedilatildeo da malha rodoviaacuteria ocorreu no governo Vargas com a criaccedilatildeo do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) em 1937 e mais tarde com a implantaccedilatildeo da induacutestria automobiliacutestica na segunda metade da deacutecada de 1950 com a aceleraccedilatildeo do processo de industrializaccedilatildeo e mudanccedila da capital federal para Brasiacuteliardquo (SANTOS)

A partir da deacutecada 50 rede rodoviaacuteria se ampliou de forma notaacutevel

tornando-se a principal via de escoamento de carga e passageiros

16

Na deacutecada 80 o crescimento acelerado deu lugar a estagnaccedilatildeo

A perda de receitas com a extinccedilatildeo em 1988 do imposto sobre

lubrificantes e combustiacuteveis e do imposto sobre serviccedilos impediu a ampliaccedilatildeo

da rede e sua manutenccedilatildeo

Como resultado em fins do seacuteculo XX a rede rodoviaacuteria passou a

responder por 65 dos transportes de cargas e 92 do de passageiros

O crescimento do setor rodoviaacuterio ensejou a instalaccedilatildeo de novas

montadoras no pais atraveacutes da instalaccedilatildeo de outras montadoras como por

exemplo SCANIA FIAT IVECO VOLKSWAGEN CAMINHOtildeES VOLVO e

mais recentemente algumas montadoras asiaacuteticas

Em decorrecircncia da ampliaccedilatildeo do setor rodoviaacuterio deu-se a

ampliaccedilatildeo de faacutebricas em Santa Catarina e do Rio Grande do Sul

Atualmente esse setor ganhou grande desenvolvimento e condiccedilotildees

competitivas a niacutevel internacional com um alto volume de exportaccedilotildees

principalmente para os paiacuteses da Ameacuterica Latina

As principais encarroccediladoras de ocircnibus brasileiras satildeo

MARCOPOLO CAIO COMIL BUSSCAR NEOBUS e IRIZAR A induacutestria

brasileira de carrocerias eacute uma das maiores do mundo

Em 2007 o Brasil foi o terceiro maior fabricante de ocircnibus do

mundo perdendo apenas para a China (IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico 2007)

A induacutestria encarroccediladora de ocircnibus brasileira difere da dos demais

paiacuteses na qual o encarroccedilamento constitui uma etapa separada da produccedilatildeo

dos chassis de ocircnibus

Prevecirc-se para 2010 um crescimento da ordem de 19 O

faturamento do setor deveraacute crescer mais do que em 2007 perfazendo cerca

17

de R$ 72 bilhotildees com uma boa parte oriunda do setor interno desse modo

espera-se um crescimento favoraacutevel apesar da tendecircncia de desaceleraccedilatildeo da

economia internacional

O cenaacuterio conta com a estabilidade da moeda nacional (o real) e

com os financiamentos do BNDES

Devido ao poder competitivo do setor as encarroccediladoras brasileiras

estatildeo lanccedilando modelos cada vez mais modernos que nada devem aos

produtores internacionais

Diversas encarroccediladoras brasileiras jaacute contam com unidades fabris

em diversos continentes a MARCOPOLO tem faacutebricas no Meacutexico e Colocircmbia

e mais recentemente formou Joint Ventures para a instalaccedilatildeo e transferecircncia

de Know-How para a China e Iacutendia

18

CAPIacuteTULO III

A EVOLUCcedilAtildeO E A SITUACcedilAtildeO ATUAL DOS

TRANSPORTES NO BRASIL

ldquoO Brasil ao longo de sua histoacuteria permaneceu voltado para a costa do Atlacircntico com cerca de 80 da populaccedilatildeo vivendo em cidades a menos de mil quilocircmetros da costa e 82 do PIB eacute gerado nas regiotildees Sul Sudeste e Nordesterdquo (IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico 2008)

A origem desse fato deve-se principalmente as caracteriacutesticas do

relevo e da topografia do Brasil pois olhando-se o mapa do paiacutes constata-se

que a faixa mais com melhores condiccedilotildees de vida encontra-se no leste do

paiacutes

Essa situaccedilatildeo perdurou ateacute a chegada do governo JK na deacutecada de

50 quando a capital do paiacutes foi Brasiacutelia na regiatildeo Centro Oeste aacuterea em sua

maior parte formada por Estados dominados por florestas que fazem limites

com os paiacuteses andinos sem saiacuteda para o Oceano Paciacutefico

Em 1975 Jaime Lerner entatildeo Prefeito de Curitiba tendo em vista o

crescimento populacional criou um sistema de transporte baseado no conceito

BRT (Bus Rapid Transit) ndash ocircnibus articulados e biarticulados de grande

capacidade de passageiros que atualmente estaacute em operaccedilatildeo em diversas

cidades brasileiras

A mudanccedila da capital para Brasiacutelia ocasionou um grande

desenvolvimento dessa regiatildeo contribuindo tambeacutem para melhorar o sistema

de transportes rodoviaacuterios do paiacutes que hoje eacute inteiramente interligado do Sul

ateacute o Norte do paiacutes

Devido a esse fato o sistema de transporte organizou-se

predominantemente com base nas rodovias que entre todos eacute o mais oneroso

19

e poluente enquanto as hidrovias e as ferrovias tecircm custos unitaacuterios mais

baixos no entanto o modal rodoviaacuterio eacute mais adequado em relaccedilatildeo a maiores

declividades principalmente para grandes volumes de carga a grandes

distacircncias e para cargas de menor volume e distacircncias menores

Os custos ferroviaacuterios em relaccedilatildeo agraves rodovias satildeo menores nos

trajetos de extensatildeo superiores a 500 km pois os altos custos de implantaccedilatildeo

da rede feacuterrea e o tempo consumido com cargas e descargas satildeo

compensados pela economia geral do meio de transporte

Em pequenas distacircncias as vantagens satildeo do transporte rodoviaacuterio

que desloca mercadorias dos pontos de distribuiccedilatildeo ateacute os pontos de consumo

A implantaccedilatildeo de redes intermodais tende a reduzir os custos de transporte

Mesmo assim o Brasil possui um dos mais amplos sistemas de transporte com

54 portos com capacidade para mais de 500 milhotildees de toneladas por ano 31

mil quilocircmetros de ferrovias e 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovia

A partir da deacutecada de 1970 o modal rodoviaacuterio sofreu uma queda

com uma participaccedilatildeo de 70 em 1970 com uma reduccedilatildeo para 536 em

1985 mas voltando a crescer chegando a 606 em 2004

Entre 1997 e 2004 o volume de cargas transportadas pelas rodovias

cresceu apenas 141 contra 4554 pelas ferrovias que transportam a

maioria dos produtos de baixo valor agregado como por exemplo mineacuterio de

ferro o qual seria inviaacutevel se transportado por caminhotildees

Entre 2003 e 2005 a frota de locomotivas aumentou de 1895 para

2515 e a de vagotildees de 67795 para 90119 devido agrave privatizaccedilatildeo da malha

ferroviaacuteria mas mesmo assim o transporte rodoviaacuterio continua ainda sendo o

mais utilizado no Brasil embora seja o de custo operacional mais elevado em

torno de US$ 320 por 100 tkm contra US$ 074 da ferrovia e US$ 023 da

hidrovia

20

O Brasil possui 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovias e apenas

29798 quilocircmetros de ferrovias e cerca 42000 km de rios navegaacuteveis As

ferrovias transportam 24 da carga no Brasil e nos EUA cerca de 47

Levantamento feito pelo Centro de Estudos em Logiacutestica da

Universidade Federal do Rio de Janeiro concluiu que As companhias

brasileiras voltadas para o comeacutercio exterior perdem cerca de US$ 10 bilhotildees

por ano em consequumlecircncia dos problemas enfrentados na hora de transportar

mercadorias das aacutereas de produccedilatildeo ateacute os portos

ldquoOutro estudo feito pela Comissatildeo Econocircmica para a Ameacuterica Latina e o Caribe ligada agraves Naccedilotildees Unidas conclui que 35 do preccedilo final das mercadorias exportadas do Brasil e de outros paiacuteses latino-americanos se deve aos custos de transporte Nos Estados Unidos este iacutendice natildeo chega a 10rdquo (Veja Especial outubro de 2004 p 61)

Segundo levantamento da CNI Confederaccedilatildeo Nacional da Induacutestria

os custos com transporte equivalem a 1275 do PIB brasileiro enquanto nos

EUA correspondem a 820

Por deficiecircncias logiacutesticas exportar uma tonelada de soja do Brasil

para a China ndash do norte de Mato Grosso via Porto de Paranaguaacute ndash custa hoje

US$ 18 a mais do que fazer o mesmo do Estado norte-americano de Iowa Em

2007 a situaccedilatildeo se complicou com a falta generalizada de caminhotildees para o

mercado interno e de navios para o mercado externo

Poreacutem como as exportaccedilotildees estatildeo superando as importaccedilotildees

faltam contecircineres para o embarque de produtos brasileiros

Das cerca de 22 milhotildees de toneladas de produtos exportados

anualmente cerca de 95 saem pelos portos O problema comeccedila com o fato

de que a maioria das mercadorias a ser exportada chega aos portos por meio

de rodovias

21

Segundo a ANUT ndash Associaccedilatildeo Nacional dos Usuaacuterios de

Transportes de Carga em 2004 as empresas brasileiras desembolsaram US$

12 bilhatildeo em pagamentos por atrasos no embarque e desembarque de

mercadorias nos portos brasileiros

Na margem esquerda do porto de Santos haacute um problema de

lentidatildeo de escoamento pois existem mais de 6000 moradias irregulares

margeiam os trilhos obrigando os trens a reduzir a velocidade de 80 para 10

quilocircmetros por hora causando um acreacutescimo de custo na ordem de 34

quando nos Estados Unidos essa margem natildeo ultrapassa os 20

ldquoOs Estados da regiatildeo Centro Sul produzem 13 milhotildees de toneladas anuais de gratildeos cerca de 9 milhotildees saem do Estado por rodovias 80 delas sem pavimentaccedilatildeo portanto estaacute dependendo da conclusatildeo da Ferronorte e das Hidrovias Paranaacute Paraguai e Araguaia Tocantins para baixar seus custos de transporterdquo (Veja 17102001 p 146-147)

22

CAPIacuteTULO IV

ESTUDO DE CASOS SISTEMA DE TRANSPORTES DE

CURITIBA UBERLAcircNDIA GOIAcircNIA SAtildeO PAULO E

RIO DE JANEIRO

41 Curitiba

A cidade de Curitiba eacute conhecida internacionalmente pelo eficiente e

inovador sistema de transporte coletivo Como todas as ideacuteias novas o sistema

que possibilitou a integraccedilatildeo urbana de Curitiba foi cercado de duacutevidas Mas ao

longo dos anos foi comprovado que a criatividade foi mais eficaz que o

ceticismo

411 Bonde a cavalos

Em 1887 a Empreza Curitybana dirigida por Boaventura Capp

disponibilizou o primeiro bonde puxado por animais ligando a Boulevard 2 de

Julho (atual iniacutecio da Avenida Joatildeo Gualberto) ao bairro do Batel Esta foi a

pedra fundamental de parte da identidade mais latente da cidade de Curitiba o

transporte coletivo Naquele periacuteodo o passeio pela pacata Curitiba tinha

caracteriacutestica mais poeacutetica e os bondes davam o toque de charme (anexo 09)

A viagem inaugural dos primeiros bondes foi um dos maiores

acontecimentos da eacutepoca

Os jornais locais divulgaram com orgulho a partida dos quatro

vagotildees que contavam com ilustres passageiros como o presidente da proviacutencia

Faria Sobrinho

23

412 Bondes eleacutetricos

Apesar de o bondinho ter o objetivo de atender agraves massas ele era

dividido em duas categorias Na primeira classe era obrigatoacuterio que os

passageiros estivessem calccedilados Jaacute no bond mixto como era conhecida a

pessoa podiam viajar sem sapatos

O panorama do transporte coletivo da cidade mudou com a

introduccedilatildeo dos bondes eleacutetricos a partir 1912 Os primeiros bondes puxados

por mulas foram vendidos e amontoados no depoacutesito de ferro-velho em

Paranaguaacute

A mudanccedila foi necessaacuteria jaacute que o nuacutemero de passageiros

aumentou de 680 mil em 1903 para 19 milhatildeo por ano em 1913 a cidade

crescia rapidamente poreacutem de maneira desordenada

413 Os primeiros ocircnibus

Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia

Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo Dois anos

mais tarde comeccedilaram a aparecer as linhas particulares de ocircnibus apesar dos

bondes ainda serem a preferecircncia da populaccedilatildeo

Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto

da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bondes perderam

espaccedilo mas apesar das passagens mais caras o novo veiacuteculo era mais

confiaacutevel e seguro

Em 1951 saiacuteram de circulaccedilatildeo os uacuteltimos bondes dando lugar agraves

auto-lotaccedilotildees

Uma das grandes revoluccedilotildees no setor ocorreu em 1955 quando o

municiacutepio estabeleceu contratos de concessatildeo com 13 empresas

24

Naquela eacutepoca a cidade era atendida por 50 ocircnibus e 80 lotaccedilotildees

Em 1965 foi editado o Plano Diretor de Transportes de Curitiba estabelecendo

as vias estruturais que serviram como eixos base para movimentaccedilatildeo urbana

O plano foi considerado um dos mais perfeitos do mundo

Devido ao bom planejamento mesmo 15 anos depois os 673 ocircnibus

da capital paranaense transportavam 515 mil pessoas diariamente

A frota do transporte coletivo representava apenas 2 dos veiacuteculos

que trafegavam em Curitiba e era responsaacutevel pelo transporte de 75 das

pessoas que se locomoviam

Como a cidade crescia rapidamente em pouco tempo o sistema

tradicional estaria obsoleto e ineficaz para atender tanta gente Era necessaacuterio

algo de novo A soluccedilatildeo foi a implantaccedilatildeo dos ocircnibus expressos esse sistema

foi um dos grandes responsaacuteveis pelo avanccedilo no atendimento do transporte

coletivo

Natildeo se tratava somente de uma nova categoria de veiacuteculo mas

acima de tudo um sistema de transporte para meacutedias distacircncias que possuiacutea

via exclusiva

A primeira etapa foi agrave implantaccedilatildeo das canaletas exclusivas onde

circulavam os ocircnibus convencionais

O Departamento de Pesquisa de Veiacuteculos da Faculdade de

Engenharia Industrial de Satildeo Bernardo dos Campos (SP) apresentou ao

IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba) o primeiro

modelo de ocircnibus para atender as novas necessidades de transporte urbano

Batizado de Uiraquitan em homenagem ao nome indiacutegena dado ao primeiro

carro fabricado no Brasil foi projetado especialmente para o sistema viaacuterio de

Curitiba

25

414 Os primeiros ocircnibus expressos

Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo

nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimental os 20

primeiros expressos A frota partiu da Praccedila Generoso Marques para atender

passageiros do Eixo NorteSul Em um dos ocircnibus de inconfundiacutevel cor

vermelha o prefeito Jaime Lerner idealizador do projeto desde o tempo em que

era presidente do IPPUC ndash INSTITUTO DE PESQUISAS E PLANEJAMENTO

URBANO DE CURITIBA noticiava agrave imprensa a satisfaccedilatildeo de ver sua grande

obra em funcionamento

Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde

foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e caixas de correio

aleacutem da pista proacutepria o expresso foi comparado a um metrocirc na superfiacutecie Em

meacutedia todos os meses 19 milhatildeo de pessoas utilizavam o novo sistema de

transporte

As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi

crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento populacional e de

infra-estrutura da cidade Em 1980 Curitiba foi a primeira capital a adotar a

tarifa social O preccedilo da passagem era uacutenico independente do trecho da

viagem Com esta vantagem tambeacutem foi colocada em praacutetica a campanha Eacute

com esse que eu vou incentivando a populaccedilatildeo a deixar os carros em casa e

utilizar o veiacuteculo coletivo O preccedilo do petroacuteleo aumentava cada vez mais por

conta da crise mundial de combustiacuteveis

Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a

utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar a passagem

uacutenica Os usuaacuterios podiam trocar de linha dentro dos terminais sem pagar nova

passagem Com isto se consolidou a RIT (Rede Integrada de Transporte) Em

1980 os ocircnibus articulados com capacidade 80 maior comeccedilaram a

substituir gradativamente os antigos expressos Isto significou economia de

combustiacutevel em 46 e reduccedilatildeo de custo de 21 por passageiro transportado

26

Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS

(Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistema e passou a

ser a concessionaacuteria e as empresas operadoras as permissionaacuterias

Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia

incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas

alimentadoras para os usuaacuterios se deslocarem nos cinco eixos atendidos pelos

expressos 239 linhas em todo o sistema A RIT atendia em 1990 54 do total

de usuaacuterios do sistema iacutendice que chegou a 84 em 1995

Em outubro de 1991 sob encomenda da URBS a Volvo comeccedilou a

desenvolver o primeiro ocircnibus bi-articulado brasileiro batizado de Metrobuacutes

com 25 metros de comprimento e capacidade para transportar ateacute 270

passageiros

Neste periacuteodo foi implantada uma das maiores novidades do

transporte coletivo naquela deacutecada Foram criadas as Linhas Diretas servidas

por veiacuteculos de cor cinza popularmente chamados de Ligeirinhos (anexo 15)

Atraveacutes das rampas de acesso no lugar das escadas eles

permitiram o embarque e desembarque de passageiros atraveacutes das estaccedilotildees-

tubo que serviam como pequenos terminais possibilitando ao usuaacuterio a troca

de linhas sem pagar nova passagem

Os Bi-articulados comeccedilaram a substituir tambeacutem os ocircnibus

utilizados nas linhas do Express

As melhorias foram sendo colocadas em praacutetica como o sistema de

aviso de paradas

A cada saiacuteda de uma estaccedilatildeo-tubo o sistema eacute automaticamente

acionado para informar aos passageiros qual eacute o ponto seguinte e quais portas

27

deveratildeo ser utilizadas para o desembarque Sistema parecido com o usado por

alguns metrocircs em diversos lugares do mundo

Em 1996 a RIT ultrapassou as fronteiras e passou a atender a

Regiatildeo Metropolitana Em 1999 o Sistema Expresso comemorou 25 anos com

a inauguraccedilatildeo da linha Bi-articulada Circular Sul

Para relembrar o comeccedilo de tudo uma reacuteplica do primeiro ocircnibus

expresso de 1974 circulou do Terminal Capatildeo Raso ateacute a Praccedila Generoso

Marques transportando o entatildeo governador Jaime Lerner e o prefeito Caacutessio

Taniguchi

Foi como uma viagem no tempo para Lerner e para muitos

curitibanos que acompanharam o desenvolvimento do transporte coletivo da

cidade repleto de inovaccedilotildees e empreendedorismo para acompanhar o

crescimento urbano

Em 2000 a substituiccedilatildeo de 87 veiacuteculos articulados por 57 de maior

porte no eixo lesteoeste demonstrou que no sistema adotado por Curitiba

novidades satildeo sempre implantadas sem a necessidade de investimentos

incompatiacuteveis com a realidade da cidade

Os avanccedilos sociais marcam a histoacuteria recente do transporte coletivo

curitibano

Em 2005 o prefeito Beto Richa determinou o enxugamento de

despesas do sistema e o corte de dez centavos na tarifa reduzida para R$

180

Hoje 2 milhotildees de passageiros utilizam diariamente o Sistema

Integrado de Transporte Coletivo composto por 1980 ocircnibus que atendem 395

linhas O sistema eacute responsaacutevel pelo emprego direto de 15 mil pessoas entre

motoristas cobradores fiscais mecacircnicos entre outros profissionais

28

Com a construccedilatildeo da Linha Verde o Sistema de Transportes de

Curitiba estaacute em expansatildeo essa via uniraacute a cidade no trecho urbano na antiga

BR-116 melhorando o tracircnsito e os transportes em Curitiba

42 Uberlacircndia

A cidade de Uberlacircndia no Estado de Minas Gerais conta um

Sistema Integrado de Transporte Urbano (SIT) que racionalizou o uso dos

transportes urbanos com a unificaccedilatildeo do preccedilo das passagens aleacutem disso o

usuaacuterio natildeo paga mais duas passagens para chegar no local desejado

contando com um transporte coletivo 100 integrado e monitorado (GPRS)

administrado pela prefeitura

O sistema eacute dotado de bilhetagem eletrocircnica A maioria dos

veiacuteculos tecircm elevador para facilitar o acesso de deficientes fiacutesicos

O sistema eacute composto por seis terminais

bull Central

bull Santa Luzia

bull Planalto

bull Umuarama

bull Terminal Industrial (distrito industrial de Uberlacircndia)

O sistema conta com treze estaccedilotildees de embarque e desembarque

de passageiros interligando a regiatildeo central (Terminal Central) de Uberlacircndia

ao Anel Rodoviaacuterio (Terminal Santa Luzia) proporcionando um raacutepido acesso

agraves principais rodovias em torno do municiacutepio

43 Goiacircnia

A Prefeitura de Goiacircnia tem buscado soluccedilotildees inovadoras no que diz

respeito aos problemas que envolvem os transportes urbanos da cidade A

primeira grande mudanccedila no sistema de transportes coletivos da regiatildeo

29

metropolitana de Goiacircnia ocorreu em 1976 quando da implantaccedilatildeo do sistema

tronco-alimentador que se baseava em linhas troncais e alimentadoras atraveacutes

de terminais de integraccedilatildeo com a exploraccedilatildeo e operaccedilatildeo das linhas por

empresas concessionaacuterias privadas

No ano seguinte agrave sua implantaccedilatildeo o sistema possibilitou o

transporte de 35 milhotildees de passageiros nuacutemero que cresceu a uma taxa de

5 ao ano ateacute 1984 atingindo a meacutedia anual de 100 milhotildees de passageiros

No periacuteodo entre 1985 e 1991 a quantidade de passageiros

transportados continuou aumentando ateacute atingir o patamar de 250 milhotildees de

passageirosano em funccedilatildeo do aumento da demanda por transporte coletivo

urbano ocorrido em todo o paiacutes

Os problemas inflacionaacuterios de 1992 a 1994 e a diminuiccedilatildeo do poder

aquisitivo provocaram a queda da demanda para 200 milhotildees de

passageirosano

O sistema de transportes urbanos de Goiacircnia estaacute em expansatildeo

com a previsatildeo de entrada em operaccedilatildeo do Metrocirc de Superfiacutecie que contaraacute

com ocircnibus articulados e biarticulados de grande capacidade de passageiros

Visando a implantaccedilatildeo dessa via de superfiacutecie estaacute sendo testado o

modelo de ocircnibus biarticulado VOLVO B9 SALF (anexo 20) com grande

capacidade para transportar 270 passageiros Esse mesmo modelo estaacute em

operaccedilatildeo no Sistema Transantiago na capital chilena

44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro

441 Satildeo Paulo

A histoacuteria da cidade de Satildeo Paulo eacute marcada pela implantaccedilatildeo da

ferrovia mas a histoacuteria dos transportes puacuteblicos iniciada agrave mesma eacutepoca tem

30

nos tiacutelburis carros de duas rodas puxados por um cavalo sua primeira

apariccedilatildeo com a inauguraccedilatildeo em 1872 pela Companhia Carris de Ferro de Satildeo

Paulo da primeira linha de bondes puxados a burro

A primeira linha de bonde eleacutetrico foi inaugurada no iniacutecio do seacuteculo

XX em 7 de maio de 1900 ligando o largo de Satildeo Bento agrave Barra Funda Foi um

empreendimento da Satildeo Paulo Railway Light and Power Company LTd que

recebeu por transferecircncia a concessatildeo para organizar construir e operar

linhas de bonde por traccedilatildeo eleacutetrica para diversos pontos da cidade e seus

subuacuterbios durante 40 anos

Os primeiros auto-ocircnibus surgiram na cidade na deacutecada de 20

complementando a alternativa ao bonde que sofria as limitaccedilotildees de rede

energia e investimentos

Nos anos 30 a capital de Satildeo Paulo jaacute era considerada um grande

centro urbano e convivia com um tracircnsito agitado O Plano de Avenidas do

Prefeito Prestes Maia indicava a expressiva influecircncia do automoacutevel na vida e

na estrutura da cidade

A Comissatildeo de Estudos de Transportes Coletivos instituiacuteda em

1939 pocircs em discussatildeo a organizaccedilatildeo do transporte como serviccedilo puacuteblico e as

vantagens do monopoacutelio governamental lanccedilando as bases para a constituiccedilatildeo

de uma empresa municipal responsaacutevel pelo transporte coletivo

O nuacutemero de ocircnibus em Satildeo Paulo em 1941 superou os mil

enquanto o de bondes manteve-se em 500 Assim eram os ocircnibus que

transportavam a maior parte dos passageiros Trinta e sete empresas

particulares exploravam 90 linhas que circulavam pelo municiacutepio

Em 1946 atraveacutes do Decreto-Lei no 365 de 10 de outubro de 1946

o Prefeito Abrahatildeo Ribeiro autorizou a constituiccedilatildeo de uma empresa

31

responsaacutevel pelo transporte puacuteblico criando-se entatildeo a Companhia Municipal

de Transportes Coletivos ndash CMTC (anexo 10)

Em 1947 a Prefeitura determinou a transferecircncia do patrimocircnio da

Light relativo ao serviccedilo para a nova companhia e decidiu que as empresas

privadas passariam a operar somente as linhas de ocircnibus fora do periacutemetro

urbano

Em 1975 a COMPANHIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES

COLETIVOS - CMTC operava apenas 14 da frota de ocircnibus da cidade

Um novo contrato de concessatildeo foi firmado entre Prefeitura e CMTC

permitindo a contrataccedilatildeo os serviccedilos de transporte coletivo de passageiros em

23 aacutereas de operaccedilatildeo Assim uma mudanccedila efetiva ocorreu no sistema e no

mercado de transporte coletivo da cidade restituindo em parte agrave CMTC o seu

outro papel o de gestora do sistema

Nos anos 80 aleacutem de inovaccedilotildees operacionais e tecnoloacutegicas

promovidas pela CMTC - o Programa Troleibus a implantaccedilatildeo dos corredores

de ocircnibus em faixa exclusiva e a utilizaccedilatildeo de ocircnibus movidos a gaacutes metano e

natural- a gestatildeo do serviccedilo de transporte puacuteblico voltou a ser alvo da atenccedilatildeo

da administraccedilatildeo municipal tendo resultado inclusive em intervenccedilotildees

administrativas e gerenciais em algumas empresas operadoras

A relaccedilatildeo entre as empresas operadoras e a municipalidade passou

por nova e importante alteraccedilatildeo a partir do processo de municipalizaccedilatildeo

quando atraveacutes da Lei no 11037 1991 o sistema de remuneraccedilatildeo do

serviccedilo passou a ser feito pelo custo dos serviccedilos passando a operadora a ser

remunerada diretamente pela apropriaccedilatildeo da tarifa paga pelo passageiro

O serviccedilo contratado pela Prefeitura e operado pelas empresas eacute

remunerado conforme a afericcedilatildeo dos custos incorridos na prestaccedilatildeo do serviccedilo

A tarifa definida conforme paracircmetros econocircmicos e poliacuteticos passou a

32

pertencer a administraccedilatildeo municipal constituindo-se na principal fonte de

recursos para o pagamento do serviccedilo agraves empresas contratadas pela

operaccedilatildeo

No iniacutecio de 1993 a CMTC desempenhava ao mesmo tempo as

funccedilotildees de gestora do sistema de transporte coletivo e de operadora detendo

cerca de 27 de participaccedilatildeo no setor

A administraccedilatildeo tinha por objetivo a racionalizaccedilatildeo da operaccedilatildeo e

reduccedilatildeo do deacuteficit previsto pela manutenccedilatildeo da administraccedilatildeo da CMTC como

empresa operadora

A alteraccedilatildeo do perfil da frota da quantidade de ocircnibus e de

funcionaacuterios eram medidas indicadas que exigiriam altos investimentos e natildeo

gerariam necessariamente reduccedilatildeo de custos Optou-se entatildeo por encerrar

as atividades operacionais da antiga CMTC atraveacutes da privatizaccedilatildeo de toda a

operaccedilatildeo dos 2700 ocircnibus e das respectivas garagens reduzindo o quadro de

pessoal de 27 mil para cerca de 1200 empregados Esse processo se valeu da

flexibilidade do mesmo modelo de gestatildeo estabelecido pela Lei No 11037

91

A forma de remuneraccedilatildeo dos serviccedilos prestados pelas empresas

contratadas foi inovada alterando-se o criteacuterio anterior de pagamento

calculado pelo custo do quilocircmetro rodado por um valor limite por passageiro

transportado

A antiga CMTC foi entatildeo transformada na Satildeo Paulo Transporte

SA- SPTRANS nova denominaccedilatildeo adotada em 8 de marccedilo de 1995 para a

empresa que ficou voltada somente agrave gestatildeo do sistema de transporte da

cidade

Atualmente com o crescimento das aacutereas urbanas da cidade

tornou-se necessaacuterio ampliar a aacuterea viaacuteria do municiacutepio atualmente estaacute em

33

fase de conclusatildeo o anel rodoviaacuterio da grande Satildeo Paulo e do rodoanel vias

que depois de prontas desafogaratildeo o traacutefego de veiacuteculos na cidade

O sistema Metropolitano operado pela Companhia do Metropolitano

de Satildeo Paulo tambeacutem estaacute em expansatildeo e contribuiraacute para atender o aumento

da demanda de transportes urbanos na maior cidade do Brasil

442 Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro capital do estado homocircnimo eacute a segunda maior

metroacutepole do Brasil situada na regiatildeo Sudeste

Eacute a cidade brasileira mais conhecida no exterior e a maior rota de

turismo internacional no Brasil

A parte urbana do Municiacutepio do Rio de Janeiro recebeu a

denominaccedilatildeo de GRANDE RIO pela Lei complementar nordm 20 pela Lei

Complementar nordm 20 de 01 de julho de 1974 apoacutes a fusatildeo dos antigos estados

do Rio de Janeiro e Guanabara

Aleacutem da parte urbana da cidade existe tambeacutem a REGIAtildeO

METROPOLITANA II DO RIO DE JANEIRO que abrange os municiacutepios de

Niteroacutei Satildeo Gonccedilalo Itaboraiacute Rio Bonito e Tanguaacute

A cidade foi capital do Brasil Colocircnia a partir de 1763 capital do

Impeacuterio Portuguecircs na eacutepoca das invasotildees de Napoleatildeo capital do Impeacuterio do

Brasil e capital da Repuacuteblica ateacute a inauguraccedilatildeo de Brasiacutelia na deacutecada de 60

As primeiras vias na regiatildeo onde hoje estaacute situada a Cidade do Rio

de Janeiro foram abertas pelos Tamoios com objetivos estrateacutegicos e de

defesa Eram veredas no interior da floresta e dirigiam-se ao interior em direccedilatildeo

agrave Serra do Mar (Santos 1934) Os rios e a Baiacutea de Guanabara eram as outras

vias naturais utilizadas por eles

34

Ateacute os primeiros anos do seacuteculo XIX o espaccedilo urbano da Cidade do

Rio de Janeiro limitava-se ao quadrilaacutetero formado pelos Morros do Castelo

Satildeo Bento Santo Antocircnio e da Conceiccedilatildeo De acordo com Abreu (1987) este

chatildeo fora duramente conquistado agrave natureza aterrando-se brejos e mangues

nos trecircs primeiros seacuteculos de existecircncia da cidade Considerando-se os limites

da cidade de entatildeo como sendo ao norte o Campo de Santana ao sul o Largo

do Machado e a regiatildeo de Mata Cavalos (hoje Rua do Riachuelo) e que natildeo

existiam ateacute entatildeo meios de transporte coletivo pode-se afirmar que a maioria

dos deslocamentos eram realizados a peacute em carro de bois eou no lombo de

animais Soacute posteriormente foram introduzidos as andas as redes e os

palanguins

Segundo Dunlop (1973) estes meios de transportes eram como

uma cama suspensa em longo varal conduzida nos ombros por escravos um

agrave frente outro agrave retaguarda

Para as viagens de longa distacircncia neste periacuteodo aqueles que

desejavam ir agraves Minas Gerais Satildeo Paulo ou ao interior do paiacutes tinham que

realizar por exemplo viagens que envolviam animais barcos e comeccedilavam

realizando um percurso pela Baiacutea de Guanabara

Com a chegada da famiacutelia real portuguesa por volta de 1808 foram

trazidas pela corte os coches carruagens seges e o cabriolet

Considerando-se os limites urbanos da cidade bem como as

caracteriacutesticas daquela sociedade colonial portuguesa nos troacutepicos pode-se

afirmar que somente as pessoas de posse ou que possuiacuteam seus proacuteprios

meios de transportes tinham condiccedilatildeo e direito de deslocar-se agraves localidades

mais afastadas do centro histoacuterico da cidade ou empreenderem viagens mais

longas

O transporte puacuteblico soacute foi introduzido na cidade por volta de 1817

com a adoccedilatildeo das Gocircndolas e Diligecircncias veiacuteculos de transporte coletivo

35

puxado agrave burros eou cavalos muito utilizados por todos que necessitavam

deslocar-se dentro do periacutemetro urbano Estes veiacuteculos operavam o transporte

de passageiros entre o centro da cidade e o Palaacutecio da Boa Vista em Satildeo

Cristoacutevatildeo e de Santa Cruz na Fazenda Real por concessatildeo

Dunlop (1973) esclarece que os primeiros ocircnibus tambeacutem puxados

por quatro animais comeccedilaram a trafegar no Rio em 1837 ou 1838 por

iniciativa do francecircs Jean Lecoqrdquo

Eram carros compridos () com dois bancos longitudinais

semelhantes aos bondes fechados da Botanical Garden que aqui surgiram

trinta anos mais tarde Transportavam de vinte a vinte e quatro passageiros

A denominada Companhia de Ocircnibus ainda segundo Dunlop

oferecia serviccedilos para os bairros de Botafogo Laranjeiras Satildeo Cristoacutevatildeo

Andaraiacute Pequeno - hoje Tijuca - Rio Comprido e Engenho Velho Estes

serviccedilos contribuiacuteram muito para o desenvolvimento e crescimento destes

bairros oferecendo uma opccedilatildeo de moradia agravequeles que desejavam sair do

centro histoacuterico aacuterea jaacute conturbada entatildeo

Destaca-se o papel exercido pelos trens agrave partir de 1858 com a

construccedilatildeo da Estrada de Ferro D Pedro II posteriormente denominada E F

Central do Brasil Este novo meio de transporte ofereceu pela primeira vez

uma maneira veloz e confiaacutevel que alcanccedilava longas distacircncias e circulava em

horaacuterios preacute-estabelecidos e regulares Inicialmente usado somente para o

transporte de cargas - para escoar a produccedilatildeo de cafeacute do Vale do Paraiacuteba em

direccedilatildeo ao Porto do Rio de Janeiro - e para o transporte de passageiros de

longa distacircncia

Outras ferrovias seguiram-se a esta primeira tais como a The

Leopoldina Railway Company (depois E F Leopoldina) E F Rio DOuro (hoje

Linha 2 do Metrocirc) E F Melhoramentos do Brasil (depois Linha Auxiliar da

36

Central do Brasil) Todas foram unificadas na Rede Ferroviaacuteria Federal SA

(1957)

ldquoO trem favoreceu o surgimento dos bairros mais afastados do centro na periferia no que posteriormente veio a ser conhecido como os subuacuterbios ferroviaacuterios da Central do Brasil Contribuiu muito tambeacutem para o desenvolvimento dos municiacutepios da Baixada Fluminense e da periferia distante do centro da Cidade do Rio de Janeirordquo (ABREU 1987)

O bonde inicialmente em traccedilatildeo animal e posteriormente

eletrificado foi o meio de transporte que juntamente com os ocircnibus tambeacutem

em traccedilatildeo animal favoreceu o crescimento e desenvolvimento da cidade O

trem chegava ateacute as estaccedilotildees mas era o bonde que circulava no interior do

bairro

Em 1859 circulou o primeiro bonde puxado a burro na cidade do

Rio de Janeiro ligando o Largo do Rocio ao Alto da Boa Vista Esta linha era

controlada pela Cia Carris de Ferro cuja exploraccedilatildeo fora concedida ao

empresaacuterio inglecircs Thomas Cochrane em 1856

Outras empresas vieram em seguida como a Botanical Garden

Railroad Company posteriormente Cia Ferro Carril do Jardim Botacircnico ou a

Rio de Janeiro Street Railroad Company posteriormente Cia Satildeo Cristoacutevatildeo

O Baratildeo de Drumond por sua vez obteve uma concessatildeo para

explorar a Companhia Ferro Carril de Vila Isabel para atender aos bairros do

Andarahy Grande (Andaraiacute Vila Isabel Grajauacute e Maracanatilde) Satildeo Francisco

Xavier e Engenho Novo

ldquoA criaccedilatildeo desta empresa estava fortemente ligada a abertura do bairro de Vila Isabel nas terras da entatildeo Fazenda do Macaco de propriedade da famiacutelia imperial caracterizando um empreendimento conjugado (transporteloteamento)rdquo (Abreu 1987)

37

Os bondes foram substituiacutedos na deacutecada de 1960 pelos ocircnibus

eleacutetricos denominados de troleibus ou chifrudos pela populaccedilatildeo por causa

da forma de captaccedilatildeo de energia eleacutetrica da rede aeacuterea

Apoacutes breve periacuteodo em operaccedilatildeo pela CTC os troleibus foram

substituiacutedos pelos ocircnibus agrave diesel da mesma companhia estadual

O uso das barcas como meio de transporte e passageiros no

contexto da Regiatildeo Metropolitana destacando-se pela existecircncia de uma via

natural a Baiacutea de Guanabara e a costa oceacircnica firmando-se como transporte

regular agrave partir do ano de 1853 com a implantaccedilatildeo da Cia de Navegaccedilatildeo de

Niteroacutei

Ao longo dos anos foram transportadas cargas veiacuteculos e

passageiros sendo reconhecido como um meio eficiente na ligaccedilatildeo entre as

cidades do Rio de Janeiro e Niteroacutei

Apoacutes a construccedilatildeo da Ponte Rio - Niteroacutei sua importacircncia foi

diminuindo ano a ano apesar de toda sua potencialidade instalada

Outras ligaccedilotildees natildeo soacute para a aacuterea central de Niteroacutei podem ser

melhor exploradas com impactos favoraacuteveis no sistema de transporte como

um todo e para o meio ambiente

Afinal todas as localidades das cidades eou bairros situadas agraves

margens da baiacutea ou na costa do estado satildeo potencialmente habilitadas a

serem servidas por barcas

Falar em transportes urbanos significa tambeacutem falar em problemas

de tracircnsito e engarrafamentos que eacute um dos maiores vilotildees da agitada do

Seacuteculo XXI

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 16: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

16

Na deacutecada 80 o crescimento acelerado deu lugar a estagnaccedilatildeo

A perda de receitas com a extinccedilatildeo em 1988 do imposto sobre

lubrificantes e combustiacuteveis e do imposto sobre serviccedilos impediu a ampliaccedilatildeo

da rede e sua manutenccedilatildeo

Como resultado em fins do seacuteculo XX a rede rodoviaacuteria passou a

responder por 65 dos transportes de cargas e 92 do de passageiros

O crescimento do setor rodoviaacuterio ensejou a instalaccedilatildeo de novas

montadoras no pais atraveacutes da instalaccedilatildeo de outras montadoras como por

exemplo SCANIA FIAT IVECO VOLKSWAGEN CAMINHOtildeES VOLVO e

mais recentemente algumas montadoras asiaacuteticas

Em decorrecircncia da ampliaccedilatildeo do setor rodoviaacuterio deu-se a

ampliaccedilatildeo de faacutebricas em Santa Catarina e do Rio Grande do Sul

Atualmente esse setor ganhou grande desenvolvimento e condiccedilotildees

competitivas a niacutevel internacional com um alto volume de exportaccedilotildees

principalmente para os paiacuteses da Ameacuterica Latina

As principais encarroccediladoras de ocircnibus brasileiras satildeo

MARCOPOLO CAIO COMIL BUSSCAR NEOBUS e IRIZAR A induacutestria

brasileira de carrocerias eacute uma das maiores do mundo

Em 2007 o Brasil foi o terceiro maior fabricante de ocircnibus do

mundo perdendo apenas para a China (IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico 2007)

A induacutestria encarroccediladora de ocircnibus brasileira difere da dos demais

paiacuteses na qual o encarroccedilamento constitui uma etapa separada da produccedilatildeo

dos chassis de ocircnibus

Prevecirc-se para 2010 um crescimento da ordem de 19 O

faturamento do setor deveraacute crescer mais do que em 2007 perfazendo cerca

17

de R$ 72 bilhotildees com uma boa parte oriunda do setor interno desse modo

espera-se um crescimento favoraacutevel apesar da tendecircncia de desaceleraccedilatildeo da

economia internacional

O cenaacuterio conta com a estabilidade da moeda nacional (o real) e

com os financiamentos do BNDES

Devido ao poder competitivo do setor as encarroccediladoras brasileiras

estatildeo lanccedilando modelos cada vez mais modernos que nada devem aos

produtores internacionais

Diversas encarroccediladoras brasileiras jaacute contam com unidades fabris

em diversos continentes a MARCOPOLO tem faacutebricas no Meacutexico e Colocircmbia

e mais recentemente formou Joint Ventures para a instalaccedilatildeo e transferecircncia

de Know-How para a China e Iacutendia

18

CAPIacuteTULO III

A EVOLUCcedilAtildeO E A SITUACcedilAtildeO ATUAL DOS

TRANSPORTES NO BRASIL

ldquoO Brasil ao longo de sua histoacuteria permaneceu voltado para a costa do Atlacircntico com cerca de 80 da populaccedilatildeo vivendo em cidades a menos de mil quilocircmetros da costa e 82 do PIB eacute gerado nas regiotildees Sul Sudeste e Nordesterdquo (IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico 2008)

A origem desse fato deve-se principalmente as caracteriacutesticas do

relevo e da topografia do Brasil pois olhando-se o mapa do paiacutes constata-se

que a faixa mais com melhores condiccedilotildees de vida encontra-se no leste do

paiacutes

Essa situaccedilatildeo perdurou ateacute a chegada do governo JK na deacutecada de

50 quando a capital do paiacutes foi Brasiacutelia na regiatildeo Centro Oeste aacuterea em sua

maior parte formada por Estados dominados por florestas que fazem limites

com os paiacuteses andinos sem saiacuteda para o Oceano Paciacutefico

Em 1975 Jaime Lerner entatildeo Prefeito de Curitiba tendo em vista o

crescimento populacional criou um sistema de transporte baseado no conceito

BRT (Bus Rapid Transit) ndash ocircnibus articulados e biarticulados de grande

capacidade de passageiros que atualmente estaacute em operaccedilatildeo em diversas

cidades brasileiras

A mudanccedila da capital para Brasiacutelia ocasionou um grande

desenvolvimento dessa regiatildeo contribuindo tambeacutem para melhorar o sistema

de transportes rodoviaacuterios do paiacutes que hoje eacute inteiramente interligado do Sul

ateacute o Norte do paiacutes

Devido a esse fato o sistema de transporte organizou-se

predominantemente com base nas rodovias que entre todos eacute o mais oneroso

19

e poluente enquanto as hidrovias e as ferrovias tecircm custos unitaacuterios mais

baixos no entanto o modal rodoviaacuterio eacute mais adequado em relaccedilatildeo a maiores

declividades principalmente para grandes volumes de carga a grandes

distacircncias e para cargas de menor volume e distacircncias menores

Os custos ferroviaacuterios em relaccedilatildeo agraves rodovias satildeo menores nos

trajetos de extensatildeo superiores a 500 km pois os altos custos de implantaccedilatildeo

da rede feacuterrea e o tempo consumido com cargas e descargas satildeo

compensados pela economia geral do meio de transporte

Em pequenas distacircncias as vantagens satildeo do transporte rodoviaacuterio

que desloca mercadorias dos pontos de distribuiccedilatildeo ateacute os pontos de consumo

A implantaccedilatildeo de redes intermodais tende a reduzir os custos de transporte

Mesmo assim o Brasil possui um dos mais amplos sistemas de transporte com

54 portos com capacidade para mais de 500 milhotildees de toneladas por ano 31

mil quilocircmetros de ferrovias e 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovia

A partir da deacutecada de 1970 o modal rodoviaacuterio sofreu uma queda

com uma participaccedilatildeo de 70 em 1970 com uma reduccedilatildeo para 536 em

1985 mas voltando a crescer chegando a 606 em 2004

Entre 1997 e 2004 o volume de cargas transportadas pelas rodovias

cresceu apenas 141 contra 4554 pelas ferrovias que transportam a

maioria dos produtos de baixo valor agregado como por exemplo mineacuterio de

ferro o qual seria inviaacutevel se transportado por caminhotildees

Entre 2003 e 2005 a frota de locomotivas aumentou de 1895 para

2515 e a de vagotildees de 67795 para 90119 devido agrave privatizaccedilatildeo da malha

ferroviaacuteria mas mesmo assim o transporte rodoviaacuterio continua ainda sendo o

mais utilizado no Brasil embora seja o de custo operacional mais elevado em

torno de US$ 320 por 100 tkm contra US$ 074 da ferrovia e US$ 023 da

hidrovia

20

O Brasil possui 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovias e apenas

29798 quilocircmetros de ferrovias e cerca 42000 km de rios navegaacuteveis As

ferrovias transportam 24 da carga no Brasil e nos EUA cerca de 47

Levantamento feito pelo Centro de Estudos em Logiacutestica da

Universidade Federal do Rio de Janeiro concluiu que As companhias

brasileiras voltadas para o comeacutercio exterior perdem cerca de US$ 10 bilhotildees

por ano em consequumlecircncia dos problemas enfrentados na hora de transportar

mercadorias das aacutereas de produccedilatildeo ateacute os portos

ldquoOutro estudo feito pela Comissatildeo Econocircmica para a Ameacuterica Latina e o Caribe ligada agraves Naccedilotildees Unidas conclui que 35 do preccedilo final das mercadorias exportadas do Brasil e de outros paiacuteses latino-americanos se deve aos custos de transporte Nos Estados Unidos este iacutendice natildeo chega a 10rdquo (Veja Especial outubro de 2004 p 61)

Segundo levantamento da CNI Confederaccedilatildeo Nacional da Induacutestria

os custos com transporte equivalem a 1275 do PIB brasileiro enquanto nos

EUA correspondem a 820

Por deficiecircncias logiacutesticas exportar uma tonelada de soja do Brasil

para a China ndash do norte de Mato Grosso via Porto de Paranaguaacute ndash custa hoje

US$ 18 a mais do que fazer o mesmo do Estado norte-americano de Iowa Em

2007 a situaccedilatildeo se complicou com a falta generalizada de caminhotildees para o

mercado interno e de navios para o mercado externo

Poreacutem como as exportaccedilotildees estatildeo superando as importaccedilotildees

faltam contecircineres para o embarque de produtos brasileiros

Das cerca de 22 milhotildees de toneladas de produtos exportados

anualmente cerca de 95 saem pelos portos O problema comeccedila com o fato

de que a maioria das mercadorias a ser exportada chega aos portos por meio

de rodovias

21

Segundo a ANUT ndash Associaccedilatildeo Nacional dos Usuaacuterios de

Transportes de Carga em 2004 as empresas brasileiras desembolsaram US$

12 bilhatildeo em pagamentos por atrasos no embarque e desembarque de

mercadorias nos portos brasileiros

Na margem esquerda do porto de Santos haacute um problema de

lentidatildeo de escoamento pois existem mais de 6000 moradias irregulares

margeiam os trilhos obrigando os trens a reduzir a velocidade de 80 para 10

quilocircmetros por hora causando um acreacutescimo de custo na ordem de 34

quando nos Estados Unidos essa margem natildeo ultrapassa os 20

ldquoOs Estados da regiatildeo Centro Sul produzem 13 milhotildees de toneladas anuais de gratildeos cerca de 9 milhotildees saem do Estado por rodovias 80 delas sem pavimentaccedilatildeo portanto estaacute dependendo da conclusatildeo da Ferronorte e das Hidrovias Paranaacute Paraguai e Araguaia Tocantins para baixar seus custos de transporterdquo (Veja 17102001 p 146-147)

22

CAPIacuteTULO IV

ESTUDO DE CASOS SISTEMA DE TRANSPORTES DE

CURITIBA UBERLAcircNDIA GOIAcircNIA SAtildeO PAULO E

RIO DE JANEIRO

41 Curitiba

A cidade de Curitiba eacute conhecida internacionalmente pelo eficiente e

inovador sistema de transporte coletivo Como todas as ideacuteias novas o sistema

que possibilitou a integraccedilatildeo urbana de Curitiba foi cercado de duacutevidas Mas ao

longo dos anos foi comprovado que a criatividade foi mais eficaz que o

ceticismo

411 Bonde a cavalos

Em 1887 a Empreza Curitybana dirigida por Boaventura Capp

disponibilizou o primeiro bonde puxado por animais ligando a Boulevard 2 de

Julho (atual iniacutecio da Avenida Joatildeo Gualberto) ao bairro do Batel Esta foi a

pedra fundamental de parte da identidade mais latente da cidade de Curitiba o

transporte coletivo Naquele periacuteodo o passeio pela pacata Curitiba tinha

caracteriacutestica mais poeacutetica e os bondes davam o toque de charme (anexo 09)

A viagem inaugural dos primeiros bondes foi um dos maiores

acontecimentos da eacutepoca

Os jornais locais divulgaram com orgulho a partida dos quatro

vagotildees que contavam com ilustres passageiros como o presidente da proviacutencia

Faria Sobrinho

23

412 Bondes eleacutetricos

Apesar de o bondinho ter o objetivo de atender agraves massas ele era

dividido em duas categorias Na primeira classe era obrigatoacuterio que os

passageiros estivessem calccedilados Jaacute no bond mixto como era conhecida a

pessoa podiam viajar sem sapatos

O panorama do transporte coletivo da cidade mudou com a

introduccedilatildeo dos bondes eleacutetricos a partir 1912 Os primeiros bondes puxados

por mulas foram vendidos e amontoados no depoacutesito de ferro-velho em

Paranaguaacute

A mudanccedila foi necessaacuteria jaacute que o nuacutemero de passageiros

aumentou de 680 mil em 1903 para 19 milhatildeo por ano em 1913 a cidade

crescia rapidamente poreacutem de maneira desordenada

413 Os primeiros ocircnibus

Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia

Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo Dois anos

mais tarde comeccedilaram a aparecer as linhas particulares de ocircnibus apesar dos

bondes ainda serem a preferecircncia da populaccedilatildeo

Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto

da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bondes perderam

espaccedilo mas apesar das passagens mais caras o novo veiacuteculo era mais

confiaacutevel e seguro

Em 1951 saiacuteram de circulaccedilatildeo os uacuteltimos bondes dando lugar agraves

auto-lotaccedilotildees

Uma das grandes revoluccedilotildees no setor ocorreu em 1955 quando o

municiacutepio estabeleceu contratos de concessatildeo com 13 empresas

24

Naquela eacutepoca a cidade era atendida por 50 ocircnibus e 80 lotaccedilotildees

Em 1965 foi editado o Plano Diretor de Transportes de Curitiba estabelecendo

as vias estruturais que serviram como eixos base para movimentaccedilatildeo urbana

O plano foi considerado um dos mais perfeitos do mundo

Devido ao bom planejamento mesmo 15 anos depois os 673 ocircnibus

da capital paranaense transportavam 515 mil pessoas diariamente

A frota do transporte coletivo representava apenas 2 dos veiacuteculos

que trafegavam em Curitiba e era responsaacutevel pelo transporte de 75 das

pessoas que se locomoviam

Como a cidade crescia rapidamente em pouco tempo o sistema

tradicional estaria obsoleto e ineficaz para atender tanta gente Era necessaacuterio

algo de novo A soluccedilatildeo foi a implantaccedilatildeo dos ocircnibus expressos esse sistema

foi um dos grandes responsaacuteveis pelo avanccedilo no atendimento do transporte

coletivo

Natildeo se tratava somente de uma nova categoria de veiacuteculo mas

acima de tudo um sistema de transporte para meacutedias distacircncias que possuiacutea

via exclusiva

A primeira etapa foi agrave implantaccedilatildeo das canaletas exclusivas onde

circulavam os ocircnibus convencionais

O Departamento de Pesquisa de Veiacuteculos da Faculdade de

Engenharia Industrial de Satildeo Bernardo dos Campos (SP) apresentou ao

IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba) o primeiro

modelo de ocircnibus para atender as novas necessidades de transporte urbano

Batizado de Uiraquitan em homenagem ao nome indiacutegena dado ao primeiro

carro fabricado no Brasil foi projetado especialmente para o sistema viaacuterio de

Curitiba

25

414 Os primeiros ocircnibus expressos

Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo

nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimental os 20

primeiros expressos A frota partiu da Praccedila Generoso Marques para atender

passageiros do Eixo NorteSul Em um dos ocircnibus de inconfundiacutevel cor

vermelha o prefeito Jaime Lerner idealizador do projeto desde o tempo em que

era presidente do IPPUC ndash INSTITUTO DE PESQUISAS E PLANEJAMENTO

URBANO DE CURITIBA noticiava agrave imprensa a satisfaccedilatildeo de ver sua grande

obra em funcionamento

Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde

foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e caixas de correio

aleacutem da pista proacutepria o expresso foi comparado a um metrocirc na superfiacutecie Em

meacutedia todos os meses 19 milhatildeo de pessoas utilizavam o novo sistema de

transporte

As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi

crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento populacional e de

infra-estrutura da cidade Em 1980 Curitiba foi a primeira capital a adotar a

tarifa social O preccedilo da passagem era uacutenico independente do trecho da

viagem Com esta vantagem tambeacutem foi colocada em praacutetica a campanha Eacute

com esse que eu vou incentivando a populaccedilatildeo a deixar os carros em casa e

utilizar o veiacuteculo coletivo O preccedilo do petroacuteleo aumentava cada vez mais por

conta da crise mundial de combustiacuteveis

Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a

utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar a passagem

uacutenica Os usuaacuterios podiam trocar de linha dentro dos terminais sem pagar nova

passagem Com isto se consolidou a RIT (Rede Integrada de Transporte) Em

1980 os ocircnibus articulados com capacidade 80 maior comeccedilaram a

substituir gradativamente os antigos expressos Isto significou economia de

combustiacutevel em 46 e reduccedilatildeo de custo de 21 por passageiro transportado

26

Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS

(Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistema e passou a

ser a concessionaacuteria e as empresas operadoras as permissionaacuterias

Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia

incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas

alimentadoras para os usuaacuterios se deslocarem nos cinco eixos atendidos pelos

expressos 239 linhas em todo o sistema A RIT atendia em 1990 54 do total

de usuaacuterios do sistema iacutendice que chegou a 84 em 1995

Em outubro de 1991 sob encomenda da URBS a Volvo comeccedilou a

desenvolver o primeiro ocircnibus bi-articulado brasileiro batizado de Metrobuacutes

com 25 metros de comprimento e capacidade para transportar ateacute 270

passageiros

Neste periacuteodo foi implantada uma das maiores novidades do

transporte coletivo naquela deacutecada Foram criadas as Linhas Diretas servidas

por veiacuteculos de cor cinza popularmente chamados de Ligeirinhos (anexo 15)

Atraveacutes das rampas de acesso no lugar das escadas eles

permitiram o embarque e desembarque de passageiros atraveacutes das estaccedilotildees-

tubo que serviam como pequenos terminais possibilitando ao usuaacuterio a troca

de linhas sem pagar nova passagem

Os Bi-articulados comeccedilaram a substituir tambeacutem os ocircnibus

utilizados nas linhas do Express

As melhorias foram sendo colocadas em praacutetica como o sistema de

aviso de paradas

A cada saiacuteda de uma estaccedilatildeo-tubo o sistema eacute automaticamente

acionado para informar aos passageiros qual eacute o ponto seguinte e quais portas

27

deveratildeo ser utilizadas para o desembarque Sistema parecido com o usado por

alguns metrocircs em diversos lugares do mundo

Em 1996 a RIT ultrapassou as fronteiras e passou a atender a

Regiatildeo Metropolitana Em 1999 o Sistema Expresso comemorou 25 anos com

a inauguraccedilatildeo da linha Bi-articulada Circular Sul

Para relembrar o comeccedilo de tudo uma reacuteplica do primeiro ocircnibus

expresso de 1974 circulou do Terminal Capatildeo Raso ateacute a Praccedila Generoso

Marques transportando o entatildeo governador Jaime Lerner e o prefeito Caacutessio

Taniguchi

Foi como uma viagem no tempo para Lerner e para muitos

curitibanos que acompanharam o desenvolvimento do transporte coletivo da

cidade repleto de inovaccedilotildees e empreendedorismo para acompanhar o

crescimento urbano

Em 2000 a substituiccedilatildeo de 87 veiacuteculos articulados por 57 de maior

porte no eixo lesteoeste demonstrou que no sistema adotado por Curitiba

novidades satildeo sempre implantadas sem a necessidade de investimentos

incompatiacuteveis com a realidade da cidade

Os avanccedilos sociais marcam a histoacuteria recente do transporte coletivo

curitibano

Em 2005 o prefeito Beto Richa determinou o enxugamento de

despesas do sistema e o corte de dez centavos na tarifa reduzida para R$

180

Hoje 2 milhotildees de passageiros utilizam diariamente o Sistema

Integrado de Transporte Coletivo composto por 1980 ocircnibus que atendem 395

linhas O sistema eacute responsaacutevel pelo emprego direto de 15 mil pessoas entre

motoristas cobradores fiscais mecacircnicos entre outros profissionais

28

Com a construccedilatildeo da Linha Verde o Sistema de Transportes de

Curitiba estaacute em expansatildeo essa via uniraacute a cidade no trecho urbano na antiga

BR-116 melhorando o tracircnsito e os transportes em Curitiba

42 Uberlacircndia

A cidade de Uberlacircndia no Estado de Minas Gerais conta um

Sistema Integrado de Transporte Urbano (SIT) que racionalizou o uso dos

transportes urbanos com a unificaccedilatildeo do preccedilo das passagens aleacutem disso o

usuaacuterio natildeo paga mais duas passagens para chegar no local desejado

contando com um transporte coletivo 100 integrado e monitorado (GPRS)

administrado pela prefeitura

O sistema eacute dotado de bilhetagem eletrocircnica A maioria dos

veiacuteculos tecircm elevador para facilitar o acesso de deficientes fiacutesicos

O sistema eacute composto por seis terminais

bull Central

bull Santa Luzia

bull Planalto

bull Umuarama

bull Terminal Industrial (distrito industrial de Uberlacircndia)

O sistema conta com treze estaccedilotildees de embarque e desembarque

de passageiros interligando a regiatildeo central (Terminal Central) de Uberlacircndia

ao Anel Rodoviaacuterio (Terminal Santa Luzia) proporcionando um raacutepido acesso

agraves principais rodovias em torno do municiacutepio

43 Goiacircnia

A Prefeitura de Goiacircnia tem buscado soluccedilotildees inovadoras no que diz

respeito aos problemas que envolvem os transportes urbanos da cidade A

primeira grande mudanccedila no sistema de transportes coletivos da regiatildeo

29

metropolitana de Goiacircnia ocorreu em 1976 quando da implantaccedilatildeo do sistema

tronco-alimentador que se baseava em linhas troncais e alimentadoras atraveacutes

de terminais de integraccedilatildeo com a exploraccedilatildeo e operaccedilatildeo das linhas por

empresas concessionaacuterias privadas

No ano seguinte agrave sua implantaccedilatildeo o sistema possibilitou o

transporte de 35 milhotildees de passageiros nuacutemero que cresceu a uma taxa de

5 ao ano ateacute 1984 atingindo a meacutedia anual de 100 milhotildees de passageiros

No periacuteodo entre 1985 e 1991 a quantidade de passageiros

transportados continuou aumentando ateacute atingir o patamar de 250 milhotildees de

passageirosano em funccedilatildeo do aumento da demanda por transporte coletivo

urbano ocorrido em todo o paiacutes

Os problemas inflacionaacuterios de 1992 a 1994 e a diminuiccedilatildeo do poder

aquisitivo provocaram a queda da demanda para 200 milhotildees de

passageirosano

O sistema de transportes urbanos de Goiacircnia estaacute em expansatildeo

com a previsatildeo de entrada em operaccedilatildeo do Metrocirc de Superfiacutecie que contaraacute

com ocircnibus articulados e biarticulados de grande capacidade de passageiros

Visando a implantaccedilatildeo dessa via de superfiacutecie estaacute sendo testado o

modelo de ocircnibus biarticulado VOLVO B9 SALF (anexo 20) com grande

capacidade para transportar 270 passageiros Esse mesmo modelo estaacute em

operaccedilatildeo no Sistema Transantiago na capital chilena

44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro

441 Satildeo Paulo

A histoacuteria da cidade de Satildeo Paulo eacute marcada pela implantaccedilatildeo da

ferrovia mas a histoacuteria dos transportes puacuteblicos iniciada agrave mesma eacutepoca tem

30

nos tiacutelburis carros de duas rodas puxados por um cavalo sua primeira

apariccedilatildeo com a inauguraccedilatildeo em 1872 pela Companhia Carris de Ferro de Satildeo

Paulo da primeira linha de bondes puxados a burro

A primeira linha de bonde eleacutetrico foi inaugurada no iniacutecio do seacuteculo

XX em 7 de maio de 1900 ligando o largo de Satildeo Bento agrave Barra Funda Foi um

empreendimento da Satildeo Paulo Railway Light and Power Company LTd que

recebeu por transferecircncia a concessatildeo para organizar construir e operar

linhas de bonde por traccedilatildeo eleacutetrica para diversos pontos da cidade e seus

subuacuterbios durante 40 anos

Os primeiros auto-ocircnibus surgiram na cidade na deacutecada de 20

complementando a alternativa ao bonde que sofria as limitaccedilotildees de rede

energia e investimentos

Nos anos 30 a capital de Satildeo Paulo jaacute era considerada um grande

centro urbano e convivia com um tracircnsito agitado O Plano de Avenidas do

Prefeito Prestes Maia indicava a expressiva influecircncia do automoacutevel na vida e

na estrutura da cidade

A Comissatildeo de Estudos de Transportes Coletivos instituiacuteda em

1939 pocircs em discussatildeo a organizaccedilatildeo do transporte como serviccedilo puacuteblico e as

vantagens do monopoacutelio governamental lanccedilando as bases para a constituiccedilatildeo

de uma empresa municipal responsaacutevel pelo transporte coletivo

O nuacutemero de ocircnibus em Satildeo Paulo em 1941 superou os mil

enquanto o de bondes manteve-se em 500 Assim eram os ocircnibus que

transportavam a maior parte dos passageiros Trinta e sete empresas

particulares exploravam 90 linhas que circulavam pelo municiacutepio

Em 1946 atraveacutes do Decreto-Lei no 365 de 10 de outubro de 1946

o Prefeito Abrahatildeo Ribeiro autorizou a constituiccedilatildeo de uma empresa

31

responsaacutevel pelo transporte puacuteblico criando-se entatildeo a Companhia Municipal

de Transportes Coletivos ndash CMTC (anexo 10)

Em 1947 a Prefeitura determinou a transferecircncia do patrimocircnio da

Light relativo ao serviccedilo para a nova companhia e decidiu que as empresas

privadas passariam a operar somente as linhas de ocircnibus fora do periacutemetro

urbano

Em 1975 a COMPANHIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES

COLETIVOS - CMTC operava apenas 14 da frota de ocircnibus da cidade

Um novo contrato de concessatildeo foi firmado entre Prefeitura e CMTC

permitindo a contrataccedilatildeo os serviccedilos de transporte coletivo de passageiros em

23 aacutereas de operaccedilatildeo Assim uma mudanccedila efetiva ocorreu no sistema e no

mercado de transporte coletivo da cidade restituindo em parte agrave CMTC o seu

outro papel o de gestora do sistema

Nos anos 80 aleacutem de inovaccedilotildees operacionais e tecnoloacutegicas

promovidas pela CMTC - o Programa Troleibus a implantaccedilatildeo dos corredores

de ocircnibus em faixa exclusiva e a utilizaccedilatildeo de ocircnibus movidos a gaacutes metano e

natural- a gestatildeo do serviccedilo de transporte puacuteblico voltou a ser alvo da atenccedilatildeo

da administraccedilatildeo municipal tendo resultado inclusive em intervenccedilotildees

administrativas e gerenciais em algumas empresas operadoras

A relaccedilatildeo entre as empresas operadoras e a municipalidade passou

por nova e importante alteraccedilatildeo a partir do processo de municipalizaccedilatildeo

quando atraveacutes da Lei no 11037 1991 o sistema de remuneraccedilatildeo do

serviccedilo passou a ser feito pelo custo dos serviccedilos passando a operadora a ser

remunerada diretamente pela apropriaccedilatildeo da tarifa paga pelo passageiro

O serviccedilo contratado pela Prefeitura e operado pelas empresas eacute

remunerado conforme a afericcedilatildeo dos custos incorridos na prestaccedilatildeo do serviccedilo

A tarifa definida conforme paracircmetros econocircmicos e poliacuteticos passou a

32

pertencer a administraccedilatildeo municipal constituindo-se na principal fonte de

recursos para o pagamento do serviccedilo agraves empresas contratadas pela

operaccedilatildeo

No iniacutecio de 1993 a CMTC desempenhava ao mesmo tempo as

funccedilotildees de gestora do sistema de transporte coletivo e de operadora detendo

cerca de 27 de participaccedilatildeo no setor

A administraccedilatildeo tinha por objetivo a racionalizaccedilatildeo da operaccedilatildeo e

reduccedilatildeo do deacuteficit previsto pela manutenccedilatildeo da administraccedilatildeo da CMTC como

empresa operadora

A alteraccedilatildeo do perfil da frota da quantidade de ocircnibus e de

funcionaacuterios eram medidas indicadas que exigiriam altos investimentos e natildeo

gerariam necessariamente reduccedilatildeo de custos Optou-se entatildeo por encerrar

as atividades operacionais da antiga CMTC atraveacutes da privatizaccedilatildeo de toda a

operaccedilatildeo dos 2700 ocircnibus e das respectivas garagens reduzindo o quadro de

pessoal de 27 mil para cerca de 1200 empregados Esse processo se valeu da

flexibilidade do mesmo modelo de gestatildeo estabelecido pela Lei No 11037

91

A forma de remuneraccedilatildeo dos serviccedilos prestados pelas empresas

contratadas foi inovada alterando-se o criteacuterio anterior de pagamento

calculado pelo custo do quilocircmetro rodado por um valor limite por passageiro

transportado

A antiga CMTC foi entatildeo transformada na Satildeo Paulo Transporte

SA- SPTRANS nova denominaccedilatildeo adotada em 8 de marccedilo de 1995 para a

empresa que ficou voltada somente agrave gestatildeo do sistema de transporte da

cidade

Atualmente com o crescimento das aacutereas urbanas da cidade

tornou-se necessaacuterio ampliar a aacuterea viaacuteria do municiacutepio atualmente estaacute em

33

fase de conclusatildeo o anel rodoviaacuterio da grande Satildeo Paulo e do rodoanel vias

que depois de prontas desafogaratildeo o traacutefego de veiacuteculos na cidade

O sistema Metropolitano operado pela Companhia do Metropolitano

de Satildeo Paulo tambeacutem estaacute em expansatildeo e contribuiraacute para atender o aumento

da demanda de transportes urbanos na maior cidade do Brasil

442 Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro capital do estado homocircnimo eacute a segunda maior

metroacutepole do Brasil situada na regiatildeo Sudeste

Eacute a cidade brasileira mais conhecida no exterior e a maior rota de

turismo internacional no Brasil

A parte urbana do Municiacutepio do Rio de Janeiro recebeu a

denominaccedilatildeo de GRANDE RIO pela Lei complementar nordm 20 pela Lei

Complementar nordm 20 de 01 de julho de 1974 apoacutes a fusatildeo dos antigos estados

do Rio de Janeiro e Guanabara

Aleacutem da parte urbana da cidade existe tambeacutem a REGIAtildeO

METROPOLITANA II DO RIO DE JANEIRO que abrange os municiacutepios de

Niteroacutei Satildeo Gonccedilalo Itaboraiacute Rio Bonito e Tanguaacute

A cidade foi capital do Brasil Colocircnia a partir de 1763 capital do

Impeacuterio Portuguecircs na eacutepoca das invasotildees de Napoleatildeo capital do Impeacuterio do

Brasil e capital da Repuacuteblica ateacute a inauguraccedilatildeo de Brasiacutelia na deacutecada de 60

As primeiras vias na regiatildeo onde hoje estaacute situada a Cidade do Rio

de Janeiro foram abertas pelos Tamoios com objetivos estrateacutegicos e de

defesa Eram veredas no interior da floresta e dirigiam-se ao interior em direccedilatildeo

agrave Serra do Mar (Santos 1934) Os rios e a Baiacutea de Guanabara eram as outras

vias naturais utilizadas por eles

34

Ateacute os primeiros anos do seacuteculo XIX o espaccedilo urbano da Cidade do

Rio de Janeiro limitava-se ao quadrilaacutetero formado pelos Morros do Castelo

Satildeo Bento Santo Antocircnio e da Conceiccedilatildeo De acordo com Abreu (1987) este

chatildeo fora duramente conquistado agrave natureza aterrando-se brejos e mangues

nos trecircs primeiros seacuteculos de existecircncia da cidade Considerando-se os limites

da cidade de entatildeo como sendo ao norte o Campo de Santana ao sul o Largo

do Machado e a regiatildeo de Mata Cavalos (hoje Rua do Riachuelo) e que natildeo

existiam ateacute entatildeo meios de transporte coletivo pode-se afirmar que a maioria

dos deslocamentos eram realizados a peacute em carro de bois eou no lombo de

animais Soacute posteriormente foram introduzidos as andas as redes e os

palanguins

Segundo Dunlop (1973) estes meios de transportes eram como

uma cama suspensa em longo varal conduzida nos ombros por escravos um

agrave frente outro agrave retaguarda

Para as viagens de longa distacircncia neste periacuteodo aqueles que

desejavam ir agraves Minas Gerais Satildeo Paulo ou ao interior do paiacutes tinham que

realizar por exemplo viagens que envolviam animais barcos e comeccedilavam

realizando um percurso pela Baiacutea de Guanabara

Com a chegada da famiacutelia real portuguesa por volta de 1808 foram

trazidas pela corte os coches carruagens seges e o cabriolet

Considerando-se os limites urbanos da cidade bem como as

caracteriacutesticas daquela sociedade colonial portuguesa nos troacutepicos pode-se

afirmar que somente as pessoas de posse ou que possuiacuteam seus proacuteprios

meios de transportes tinham condiccedilatildeo e direito de deslocar-se agraves localidades

mais afastadas do centro histoacuterico da cidade ou empreenderem viagens mais

longas

O transporte puacuteblico soacute foi introduzido na cidade por volta de 1817

com a adoccedilatildeo das Gocircndolas e Diligecircncias veiacuteculos de transporte coletivo

35

puxado agrave burros eou cavalos muito utilizados por todos que necessitavam

deslocar-se dentro do periacutemetro urbano Estes veiacuteculos operavam o transporte

de passageiros entre o centro da cidade e o Palaacutecio da Boa Vista em Satildeo

Cristoacutevatildeo e de Santa Cruz na Fazenda Real por concessatildeo

Dunlop (1973) esclarece que os primeiros ocircnibus tambeacutem puxados

por quatro animais comeccedilaram a trafegar no Rio em 1837 ou 1838 por

iniciativa do francecircs Jean Lecoqrdquo

Eram carros compridos () com dois bancos longitudinais

semelhantes aos bondes fechados da Botanical Garden que aqui surgiram

trinta anos mais tarde Transportavam de vinte a vinte e quatro passageiros

A denominada Companhia de Ocircnibus ainda segundo Dunlop

oferecia serviccedilos para os bairros de Botafogo Laranjeiras Satildeo Cristoacutevatildeo

Andaraiacute Pequeno - hoje Tijuca - Rio Comprido e Engenho Velho Estes

serviccedilos contribuiacuteram muito para o desenvolvimento e crescimento destes

bairros oferecendo uma opccedilatildeo de moradia agravequeles que desejavam sair do

centro histoacuterico aacuterea jaacute conturbada entatildeo

Destaca-se o papel exercido pelos trens agrave partir de 1858 com a

construccedilatildeo da Estrada de Ferro D Pedro II posteriormente denominada E F

Central do Brasil Este novo meio de transporte ofereceu pela primeira vez

uma maneira veloz e confiaacutevel que alcanccedilava longas distacircncias e circulava em

horaacuterios preacute-estabelecidos e regulares Inicialmente usado somente para o

transporte de cargas - para escoar a produccedilatildeo de cafeacute do Vale do Paraiacuteba em

direccedilatildeo ao Porto do Rio de Janeiro - e para o transporte de passageiros de

longa distacircncia

Outras ferrovias seguiram-se a esta primeira tais como a The

Leopoldina Railway Company (depois E F Leopoldina) E F Rio DOuro (hoje

Linha 2 do Metrocirc) E F Melhoramentos do Brasil (depois Linha Auxiliar da

36

Central do Brasil) Todas foram unificadas na Rede Ferroviaacuteria Federal SA

(1957)

ldquoO trem favoreceu o surgimento dos bairros mais afastados do centro na periferia no que posteriormente veio a ser conhecido como os subuacuterbios ferroviaacuterios da Central do Brasil Contribuiu muito tambeacutem para o desenvolvimento dos municiacutepios da Baixada Fluminense e da periferia distante do centro da Cidade do Rio de Janeirordquo (ABREU 1987)

O bonde inicialmente em traccedilatildeo animal e posteriormente

eletrificado foi o meio de transporte que juntamente com os ocircnibus tambeacutem

em traccedilatildeo animal favoreceu o crescimento e desenvolvimento da cidade O

trem chegava ateacute as estaccedilotildees mas era o bonde que circulava no interior do

bairro

Em 1859 circulou o primeiro bonde puxado a burro na cidade do

Rio de Janeiro ligando o Largo do Rocio ao Alto da Boa Vista Esta linha era

controlada pela Cia Carris de Ferro cuja exploraccedilatildeo fora concedida ao

empresaacuterio inglecircs Thomas Cochrane em 1856

Outras empresas vieram em seguida como a Botanical Garden

Railroad Company posteriormente Cia Ferro Carril do Jardim Botacircnico ou a

Rio de Janeiro Street Railroad Company posteriormente Cia Satildeo Cristoacutevatildeo

O Baratildeo de Drumond por sua vez obteve uma concessatildeo para

explorar a Companhia Ferro Carril de Vila Isabel para atender aos bairros do

Andarahy Grande (Andaraiacute Vila Isabel Grajauacute e Maracanatilde) Satildeo Francisco

Xavier e Engenho Novo

ldquoA criaccedilatildeo desta empresa estava fortemente ligada a abertura do bairro de Vila Isabel nas terras da entatildeo Fazenda do Macaco de propriedade da famiacutelia imperial caracterizando um empreendimento conjugado (transporteloteamento)rdquo (Abreu 1987)

37

Os bondes foram substituiacutedos na deacutecada de 1960 pelos ocircnibus

eleacutetricos denominados de troleibus ou chifrudos pela populaccedilatildeo por causa

da forma de captaccedilatildeo de energia eleacutetrica da rede aeacuterea

Apoacutes breve periacuteodo em operaccedilatildeo pela CTC os troleibus foram

substituiacutedos pelos ocircnibus agrave diesel da mesma companhia estadual

O uso das barcas como meio de transporte e passageiros no

contexto da Regiatildeo Metropolitana destacando-se pela existecircncia de uma via

natural a Baiacutea de Guanabara e a costa oceacircnica firmando-se como transporte

regular agrave partir do ano de 1853 com a implantaccedilatildeo da Cia de Navegaccedilatildeo de

Niteroacutei

Ao longo dos anos foram transportadas cargas veiacuteculos e

passageiros sendo reconhecido como um meio eficiente na ligaccedilatildeo entre as

cidades do Rio de Janeiro e Niteroacutei

Apoacutes a construccedilatildeo da Ponte Rio - Niteroacutei sua importacircncia foi

diminuindo ano a ano apesar de toda sua potencialidade instalada

Outras ligaccedilotildees natildeo soacute para a aacuterea central de Niteroacutei podem ser

melhor exploradas com impactos favoraacuteveis no sistema de transporte como

um todo e para o meio ambiente

Afinal todas as localidades das cidades eou bairros situadas agraves

margens da baiacutea ou na costa do estado satildeo potencialmente habilitadas a

serem servidas por barcas

Falar em transportes urbanos significa tambeacutem falar em problemas

de tracircnsito e engarrafamentos que eacute um dos maiores vilotildees da agitada do

Seacuteculo XXI

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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Janeiro Rio de Janeiro Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro 1992

SOARES Maria Therezinha de Segadas Bairros bairros suburbanos e

subcentros In Bernardes Lysia e Soares Maria Therezinha de Segadas Rio

de Janeiro cidade e regiatildeo Rio de Janeiro Secretaria Municipal de Cultura

1968 [1995]

SOARES Maria Therezinha de Segadas Divisotildees principais e limites do

grande Rio de Janeiro In Bernardes Lysia e Soares Maria Therezinha de

Segadas (eds) Rio de Janeiro cidade e regiatildeo Rio de Janeiro Secretaria

Municipal de Cultura 1960 [1995]

64

SOARES Maria Therezinha de Segadas Fisionomia e estrutura do Rio de

Janeiro In Separata da Revista Brasileira de Geografia Ano XXVII nordm3 Rio de

Janeiro IBGE Conselho Nacional de Geografia 1965 [1966] pp 330-370

SORIA Y MATA Arturo La Citeacute Lineacuteaire Conception Nouvelle pour

LAmeacutenagement des Villes Paris Eacutecole Supeacuterieure des Beaux Arts 1984

VASCONCELLOS Eduardo A Transportes urbanos nos paiacuteses em

desenvolvimento ndash Reflexotildees e respostas 4ordf ed Satildeo Paulo Annablume

2000

VASCONCELLOS Leacutelia Mendes de Dinacircmica da Configuraccedilatildeo Espacial

Urbana uma anaacutelise dos impactos provocados pela ponte na cidade de Niteroacutei

Satildeo Paulo Tese de Doutoramento FAU - USP 1996

VAZ Lilian Fessler Modernizaccedilatildeo excludente e moradia no Rio de Janeiro In

Fernandes Ana e Gomes Marco Aureacutelio A de Filgueiras (Org) Cidade e

histoacuteria modernizaccedilatildeo das cidades brasileiras nos seacuteculos XIX e XX Salvador

FAUUFBA - ANPUR 1992 pp 197-203

VILLACcedilA Flaacutevio Espaccedilo intra urbano no Brasil Satildeo Paulo Livros Studio

Nobre 1998

Webgrafia (sites das fotos)

MUSEU VIRTUAL DO TRANSPORTE URBANO

httpwwwmuseudantuorgbrQBrasilhtm - acessado em 21 de julho de 2009

MUSEU NACIONAL DOS TRANSPORTES

httpwwwmuseutransportescombr - acessado em 23 de agosto de 2009

MUSEU DOS TRANSPORTES PUacuteBLICOS GAETANO FEROLLA

httpwwwsptranscombrsptrans08historiamuseuasp - acessado em 26 de

agosto de 2009

65

MUSEU DO BONDE ndash SANTA TERESA ndash RIO DE JANEIRO

httpwwwflickrcomphotosclaudiolara2233169354 - acessado em 26 de

agosto de 2009

ENCICLOPEacuteDIA DIGITAL WIKIPEacuteDIA

httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 17: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

17

de R$ 72 bilhotildees com uma boa parte oriunda do setor interno desse modo

espera-se um crescimento favoraacutevel apesar da tendecircncia de desaceleraccedilatildeo da

economia internacional

O cenaacuterio conta com a estabilidade da moeda nacional (o real) e

com os financiamentos do BNDES

Devido ao poder competitivo do setor as encarroccediladoras brasileiras

estatildeo lanccedilando modelos cada vez mais modernos que nada devem aos

produtores internacionais

Diversas encarroccediladoras brasileiras jaacute contam com unidades fabris

em diversos continentes a MARCOPOLO tem faacutebricas no Meacutexico e Colocircmbia

e mais recentemente formou Joint Ventures para a instalaccedilatildeo e transferecircncia

de Know-How para a China e Iacutendia

18

CAPIacuteTULO III

A EVOLUCcedilAtildeO E A SITUACcedilAtildeO ATUAL DOS

TRANSPORTES NO BRASIL

ldquoO Brasil ao longo de sua histoacuteria permaneceu voltado para a costa do Atlacircntico com cerca de 80 da populaccedilatildeo vivendo em cidades a menos de mil quilocircmetros da costa e 82 do PIB eacute gerado nas regiotildees Sul Sudeste e Nordesterdquo (IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico 2008)

A origem desse fato deve-se principalmente as caracteriacutesticas do

relevo e da topografia do Brasil pois olhando-se o mapa do paiacutes constata-se

que a faixa mais com melhores condiccedilotildees de vida encontra-se no leste do

paiacutes

Essa situaccedilatildeo perdurou ateacute a chegada do governo JK na deacutecada de

50 quando a capital do paiacutes foi Brasiacutelia na regiatildeo Centro Oeste aacuterea em sua

maior parte formada por Estados dominados por florestas que fazem limites

com os paiacuteses andinos sem saiacuteda para o Oceano Paciacutefico

Em 1975 Jaime Lerner entatildeo Prefeito de Curitiba tendo em vista o

crescimento populacional criou um sistema de transporte baseado no conceito

BRT (Bus Rapid Transit) ndash ocircnibus articulados e biarticulados de grande

capacidade de passageiros que atualmente estaacute em operaccedilatildeo em diversas

cidades brasileiras

A mudanccedila da capital para Brasiacutelia ocasionou um grande

desenvolvimento dessa regiatildeo contribuindo tambeacutem para melhorar o sistema

de transportes rodoviaacuterios do paiacutes que hoje eacute inteiramente interligado do Sul

ateacute o Norte do paiacutes

Devido a esse fato o sistema de transporte organizou-se

predominantemente com base nas rodovias que entre todos eacute o mais oneroso

19

e poluente enquanto as hidrovias e as ferrovias tecircm custos unitaacuterios mais

baixos no entanto o modal rodoviaacuterio eacute mais adequado em relaccedilatildeo a maiores

declividades principalmente para grandes volumes de carga a grandes

distacircncias e para cargas de menor volume e distacircncias menores

Os custos ferroviaacuterios em relaccedilatildeo agraves rodovias satildeo menores nos

trajetos de extensatildeo superiores a 500 km pois os altos custos de implantaccedilatildeo

da rede feacuterrea e o tempo consumido com cargas e descargas satildeo

compensados pela economia geral do meio de transporte

Em pequenas distacircncias as vantagens satildeo do transporte rodoviaacuterio

que desloca mercadorias dos pontos de distribuiccedilatildeo ateacute os pontos de consumo

A implantaccedilatildeo de redes intermodais tende a reduzir os custos de transporte

Mesmo assim o Brasil possui um dos mais amplos sistemas de transporte com

54 portos com capacidade para mais de 500 milhotildees de toneladas por ano 31

mil quilocircmetros de ferrovias e 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovia

A partir da deacutecada de 1970 o modal rodoviaacuterio sofreu uma queda

com uma participaccedilatildeo de 70 em 1970 com uma reduccedilatildeo para 536 em

1985 mas voltando a crescer chegando a 606 em 2004

Entre 1997 e 2004 o volume de cargas transportadas pelas rodovias

cresceu apenas 141 contra 4554 pelas ferrovias que transportam a

maioria dos produtos de baixo valor agregado como por exemplo mineacuterio de

ferro o qual seria inviaacutevel se transportado por caminhotildees

Entre 2003 e 2005 a frota de locomotivas aumentou de 1895 para

2515 e a de vagotildees de 67795 para 90119 devido agrave privatizaccedilatildeo da malha

ferroviaacuteria mas mesmo assim o transporte rodoviaacuterio continua ainda sendo o

mais utilizado no Brasil embora seja o de custo operacional mais elevado em

torno de US$ 320 por 100 tkm contra US$ 074 da ferrovia e US$ 023 da

hidrovia

20

O Brasil possui 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovias e apenas

29798 quilocircmetros de ferrovias e cerca 42000 km de rios navegaacuteveis As

ferrovias transportam 24 da carga no Brasil e nos EUA cerca de 47

Levantamento feito pelo Centro de Estudos em Logiacutestica da

Universidade Federal do Rio de Janeiro concluiu que As companhias

brasileiras voltadas para o comeacutercio exterior perdem cerca de US$ 10 bilhotildees

por ano em consequumlecircncia dos problemas enfrentados na hora de transportar

mercadorias das aacutereas de produccedilatildeo ateacute os portos

ldquoOutro estudo feito pela Comissatildeo Econocircmica para a Ameacuterica Latina e o Caribe ligada agraves Naccedilotildees Unidas conclui que 35 do preccedilo final das mercadorias exportadas do Brasil e de outros paiacuteses latino-americanos se deve aos custos de transporte Nos Estados Unidos este iacutendice natildeo chega a 10rdquo (Veja Especial outubro de 2004 p 61)

Segundo levantamento da CNI Confederaccedilatildeo Nacional da Induacutestria

os custos com transporte equivalem a 1275 do PIB brasileiro enquanto nos

EUA correspondem a 820

Por deficiecircncias logiacutesticas exportar uma tonelada de soja do Brasil

para a China ndash do norte de Mato Grosso via Porto de Paranaguaacute ndash custa hoje

US$ 18 a mais do que fazer o mesmo do Estado norte-americano de Iowa Em

2007 a situaccedilatildeo se complicou com a falta generalizada de caminhotildees para o

mercado interno e de navios para o mercado externo

Poreacutem como as exportaccedilotildees estatildeo superando as importaccedilotildees

faltam contecircineres para o embarque de produtos brasileiros

Das cerca de 22 milhotildees de toneladas de produtos exportados

anualmente cerca de 95 saem pelos portos O problema comeccedila com o fato

de que a maioria das mercadorias a ser exportada chega aos portos por meio

de rodovias

21

Segundo a ANUT ndash Associaccedilatildeo Nacional dos Usuaacuterios de

Transportes de Carga em 2004 as empresas brasileiras desembolsaram US$

12 bilhatildeo em pagamentos por atrasos no embarque e desembarque de

mercadorias nos portos brasileiros

Na margem esquerda do porto de Santos haacute um problema de

lentidatildeo de escoamento pois existem mais de 6000 moradias irregulares

margeiam os trilhos obrigando os trens a reduzir a velocidade de 80 para 10

quilocircmetros por hora causando um acreacutescimo de custo na ordem de 34

quando nos Estados Unidos essa margem natildeo ultrapassa os 20

ldquoOs Estados da regiatildeo Centro Sul produzem 13 milhotildees de toneladas anuais de gratildeos cerca de 9 milhotildees saem do Estado por rodovias 80 delas sem pavimentaccedilatildeo portanto estaacute dependendo da conclusatildeo da Ferronorte e das Hidrovias Paranaacute Paraguai e Araguaia Tocantins para baixar seus custos de transporterdquo (Veja 17102001 p 146-147)

22

CAPIacuteTULO IV

ESTUDO DE CASOS SISTEMA DE TRANSPORTES DE

CURITIBA UBERLAcircNDIA GOIAcircNIA SAtildeO PAULO E

RIO DE JANEIRO

41 Curitiba

A cidade de Curitiba eacute conhecida internacionalmente pelo eficiente e

inovador sistema de transporte coletivo Como todas as ideacuteias novas o sistema

que possibilitou a integraccedilatildeo urbana de Curitiba foi cercado de duacutevidas Mas ao

longo dos anos foi comprovado que a criatividade foi mais eficaz que o

ceticismo

411 Bonde a cavalos

Em 1887 a Empreza Curitybana dirigida por Boaventura Capp

disponibilizou o primeiro bonde puxado por animais ligando a Boulevard 2 de

Julho (atual iniacutecio da Avenida Joatildeo Gualberto) ao bairro do Batel Esta foi a

pedra fundamental de parte da identidade mais latente da cidade de Curitiba o

transporte coletivo Naquele periacuteodo o passeio pela pacata Curitiba tinha

caracteriacutestica mais poeacutetica e os bondes davam o toque de charme (anexo 09)

A viagem inaugural dos primeiros bondes foi um dos maiores

acontecimentos da eacutepoca

Os jornais locais divulgaram com orgulho a partida dos quatro

vagotildees que contavam com ilustres passageiros como o presidente da proviacutencia

Faria Sobrinho

23

412 Bondes eleacutetricos

Apesar de o bondinho ter o objetivo de atender agraves massas ele era

dividido em duas categorias Na primeira classe era obrigatoacuterio que os

passageiros estivessem calccedilados Jaacute no bond mixto como era conhecida a

pessoa podiam viajar sem sapatos

O panorama do transporte coletivo da cidade mudou com a

introduccedilatildeo dos bondes eleacutetricos a partir 1912 Os primeiros bondes puxados

por mulas foram vendidos e amontoados no depoacutesito de ferro-velho em

Paranaguaacute

A mudanccedila foi necessaacuteria jaacute que o nuacutemero de passageiros

aumentou de 680 mil em 1903 para 19 milhatildeo por ano em 1913 a cidade

crescia rapidamente poreacutem de maneira desordenada

413 Os primeiros ocircnibus

Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia

Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo Dois anos

mais tarde comeccedilaram a aparecer as linhas particulares de ocircnibus apesar dos

bondes ainda serem a preferecircncia da populaccedilatildeo

Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto

da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bondes perderam

espaccedilo mas apesar das passagens mais caras o novo veiacuteculo era mais

confiaacutevel e seguro

Em 1951 saiacuteram de circulaccedilatildeo os uacuteltimos bondes dando lugar agraves

auto-lotaccedilotildees

Uma das grandes revoluccedilotildees no setor ocorreu em 1955 quando o

municiacutepio estabeleceu contratos de concessatildeo com 13 empresas

24

Naquela eacutepoca a cidade era atendida por 50 ocircnibus e 80 lotaccedilotildees

Em 1965 foi editado o Plano Diretor de Transportes de Curitiba estabelecendo

as vias estruturais que serviram como eixos base para movimentaccedilatildeo urbana

O plano foi considerado um dos mais perfeitos do mundo

Devido ao bom planejamento mesmo 15 anos depois os 673 ocircnibus

da capital paranaense transportavam 515 mil pessoas diariamente

A frota do transporte coletivo representava apenas 2 dos veiacuteculos

que trafegavam em Curitiba e era responsaacutevel pelo transporte de 75 das

pessoas que se locomoviam

Como a cidade crescia rapidamente em pouco tempo o sistema

tradicional estaria obsoleto e ineficaz para atender tanta gente Era necessaacuterio

algo de novo A soluccedilatildeo foi a implantaccedilatildeo dos ocircnibus expressos esse sistema

foi um dos grandes responsaacuteveis pelo avanccedilo no atendimento do transporte

coletivo

Natildeo se tratava somente de uma nova categoria de veiacuteculo mas

acima de tudo um sistema de transporte para meacutedias distacircncias que possuiacutea

via exclusiva

A primeira etapa foi agrave implantaccedilatildeo das canaletas exclusivas onde

circulavam os ocircnibus convencionais

O Departamento de Pesquisa de Veiacuteculos da Faculdade de

Engenharia Industrial de Satildeo Bernardo dos Campos (SP) apresentou ao

IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba) o primeiro

modelo de ocircnibus para atender as novas necessidades de transporte urbano

Batizado de Uiraquitan em homenagem ao nome indiacutegena dado ao primeiro

carro fabricado no Brasil foi projetado especialmente para o sistema viaacuterio de

Curitiba

25

414 Os primeiros ocircnibus expressos

Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo

nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimental os 20

primeiros expressos A frota partiu da Praccedila Generoso Marques para atender

passageiros do Eixo NorteSul Em um dos ocircnibus de inconfundiacutevel cor

vermelha o prefeito Jaime Lerner idealizador do projeto desde o tempo em que

era presidente do IPPUC ndash INSTITUTO DE PESQUISAS E PLANEJAMENTO

URBANO DE CURITIBA noticiava agrave imprensa a satisfaccedilatildeo de ver sua grande

obra em funcionamento

Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde

foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e caixas de correio

aleacutem da pista proacutepria o expresso foi comparado a um metrocirc na superfiacutecie Em

meacutedia todos os meses 19 milhatildeo de pessoas utilizavam o novo sistema de

transporte

As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi

crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento populacional e de

infra-estrutura da cidade Em 1980 Curitiba foi a primeira capital a adotar a

tarifa social O preccedilo da passagem era uacutenico independente do trecho da

viagem Com esta vantagem tambeacutem foi colocada em praacutetica a campanha Eacute

com esse que eu vou incentivando a populaccedilatildeo a deixar os carros em casa e

utilizar o veiacuteculo coletivo O preccedilo do petroacuteleo aumentava cada vez mais por

conta da crise mundial de combustiacuteveis

Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a

utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar a passagem

uacutenica Os usuaacuterios podiam trocar de linha dentro dos terminais sem pagar nova

passagem Com isto se consolidou a RIT (Rede Integrada de Transporte) Em

1980 os ocircnibus articulados com capacidade 80 maior comeccedilaram a

substituir gradativamente os antigos expressos Isto significou economia de

combustiacutevel em 46 e reduccedilatildeo de custo de 21 por passageiro transportado

26

Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS

(Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistema e passou a

ser a concessionaacuteria e as empresas operadoras as permissionaacuterias

Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia

incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas

alimentadoras para os usuaacuterios se deslocarem nos cinco eixos atendidos pelos

expressos 239 linhas em todo o sistema A RIT atendia em 1990 54 do total

de usuaacuterios do sistema iacutendice que chegou a 84 em 1995

Em outubro de 1991 sob encomenda da URBS a Volvo comeccedilou a

desenvolver o primeiro ocircnibus bi-articulado brasileiro batizado de Metrobuacutes

com 25 metros de comprimento e capacidade para transportar ateacute 270

passageiros

Neste periacuteodo foi implantada uma das maiores novidades do

transporte coletivo naquela deacutecada Foram criadas as Linhas Diretas servidas

por veiacuteculos de cor cinza popularmente chamados de Ligeirinhos (anexo 15)

Atraveacutes das rampas de acesso no lugar das escadas eles

permitiram o embarque e desembarque de passageiros atraveacutes das estaccedilotildees-

tubo que serviam como pequenos terminais possibilitando ao usuaacuterio a troca

de linhas sem pagar nova passagem

Os Bi-articulados comeccedilaram a substituir tambeacutem os ocircnibus

utilizados nas linhas do Express

As melhorias foram sendo colocadas em praacutetica como o sistema de

aviso de paradas

A cada saiacuteda de uma estaccedilatildeo-tubo o sistema eacute automaticamente

acionado para informar aos passageiros qual eacute o ponto seguinte e quais portas

27

deveratildeo ser utilizadas para o desembarque Sistema parecido com o usado por

alguns metrocircs em diversos lugares do mundo

Em 1996 a RIT ultrapassou as fronteiras e passou a atender a

Regiatildeo Metropolitana Em 1999 o Sistema Expresso comemorou 25 anos com

a inauguraccedilatildeo da linha Bi-articulada Circular Sul

Para relembrar o comeccedilo de tudo uma reacuteplica do primeiro ocircnibus

expresso de 1974 circulou do Terminal Capatildeo Raso ateacute a Praccedila Generoso

Marques transportando o entatildeo governador Jaime Lerner e o prefeito Caacutessio

Taniguchi

Foi como uma viagem no tempo para Lerner e para muitos

curitibanos que acompanharam o desenvolvimento do transporte coletivo da

cidade repleto de inovaccedilotildees e empreendedorismo para acompanhar o

crescimento urbano

Em 2000 a substituiccedilatildeo de 87 veiacuteculos articulados por 57 de maior

porte no eixo lesteoeste demonstrou que no sistema adotado por Curitiba

novidades satildeo sempre implantadas sem a necessidade de investimentos

incompatiacuteveis com a realidade da cidade

Os avanccedilos sociais marcam a histoacuteria recente do transporte coletivo

curitibano

Em 2005 o prefeito Beto Richa determinou o enxugamento de

despesas do sistema e o corte de dez centavos na tarifa reduzida para R$

180

Hoje 2 milhotildees de passageiros utilizam diariamente o Sistema

Integrado de Transporte Coletivo composto por 1980 ocircnibus que atendem 395

linhas O sistema eacute responsaacutevel pelo emprego direto de 15 mil pessoas entre

motoristas cobradores fiscais mecacircnicos entre outros profissionais

28

Com a construccedilatildeo da Linha Verde o Sistema de Transportes de

Curitiba estaacute em expansatildeo essa via uniraacute a cidade no trecho urbano na antiga

BR-116 melhorando o tracircnsito e os transportes em Curitiba

42 Uberlacircndia

A cidade de Uberlacircndia no Estado de Minas Gerais conta um

Sistema Integrado de Transporte Urbano (SIT) que racionalizou o uso dos

transportes urbanos com a unificaccedilatildeo do preccedilo das passagens aleacutem disso o

usuaacuterio natildeo paga mais duas passagens para chegar no local desejado

contando com um transporte coletivo 100 integrado e monitorado (GPRS)

administrado pela prefeitura

O sistema eacute dotado de bilhetagem eletrocircnica A maioria dos

veiacuteculos tecircm elevador para facilitar o acesso de deficientes fiacutesicos

O sistema eacute composto por seis terminais

bull Central

bull Santa Luzia

bull Planalto

bull Umuarama

bull Terminal Industrial (distrito industrial de Uberlacircndia)

O sistema conta com treze estaccedilotildees de embarque e desembarque

de passageiros interligando a regiatildeo central (Terminal Central) de Uberlacircndia

ao Anel Rodoviaacuterio (Terminal Santa Luzia) proporcionando um raacutepido acesso

agraves principais rodovias em torno do municiacutepio

43 Goiacircnia

A Prefeitura de Goiacircnia tem buscado soluccedilotildees inovadoras no que diz

respeito aos problemas que envolvem os transportes urbanos da cidade A

primeira grande mudanccedila no sistema de transportes coletivos da regiatildeo

29

metropolitana de Goiacircnia ocorreu em 1976 quando da implantaccedilatildeo do sistema

tronco-alimentador que se baseava em linhas troncais e alimentadoras atraveacutes

de terminais de integraccedilatildeo com a exploraccedilatildeo e operaccedilatildeo das linhas por

empresas concessionaacuterias privadas

No ano seguinte agrave sua implantaccedilatildeo o sistema possibilitou o

transporte de 35 milhotildees de passageiros nuacutemero que cresceu a uma taxa de

5 ao ano ateacute 1984 atingindo a meacutedia anual de 100 milhotildees de passageiros

No periacuteodo entre 1985 e 1991 a quantidade de passageiros

transportados continuou aumentando ateacute atingir o patamar de 250 milhotildees de

passageirosano em funccedilatildeo do aumento da demanda por transporte coletivo

urbano ocorrido em todo o paiacutes

Os problemas inflacionaacuterios de 1992 a 1994 e a diminuiccedilatildeo do poder

aquisitivo provocaram a queda da demanda para 200 milhotildees de

passageirosano

O sistema de transportes urbanos de Goiacircnia estaacute em expansatildeo

com a previsatildeo de entrada em operaccedilatildeo do Metrocirc de Superfiacutecie que contaraacute

com ocircnibus articulados e biarticulados de grande capacidade de passageiros

Visando a implantaccedilatildeo dessa via de superfiacutecie estaacute sendo testado o

modelo de ocircnibus biarticulado VOLVO B9 SALF (anexo 20) com grande

capacidade para transportar 270 passageiros Esse mesmo modelo estaacute em

operaccedilatildeo no Sistema Transantiago na capital chilena

44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro

441 Satildeo Paulo

A histoacuteria da cidade de Satildeo Paulo eacute marcada pela implantaccedilatildeo da

ferrovia mas a histoacuteria dos transportes puacuteblicos iniciada agrave mesma eacutepoca tem

30

nos tiacutelburis carros de duas rodas puxados por um cavalo sua primeira

apariccedilatildeo com a inauguraccedilatildeo em 1872 pela Companhia Carris de Ferro de Satildeo

Paulo da primeira linha de bondes puxados a burro

A primeira linha de bonde eleacutetrico foi inaugurada no iniacutecio do seacuteculo

XX em 7 de maio de 1900 ligando o largo de Satildeo Bento agrave Barra Funda Foi um

empreendimento da Satildeo Paulo Railway Light and Power Company LTd que

recebeu por transferecircncia a concessatildeo para organizar construir e operar

linhas de bonde por traccedilatildeo eleacutetrica para diversos pontos da cidade e seus

subuacuterbios durante 40 anos

Os primeiros auto-ocircnibus surgiram na cidade na deacutecada de 20

complementando a alternativa ao bonde que sofria as limitaccedilotildees de rede

energia e investimentos

Nos anos 30 a capital de Satildeo Paulo jaacute era considerada um grande

centro urbano e convivia com um tracircnsito agitado O Plano de Avenidas do

Prefeito Prestes Maia indicava a expressiva influecircncia do automoacutevel na vida e

na estrutura da cidade

A Comissatildeo de Estudos de Transportes Coletivos instituiacuteda em

1939 pocircs em discussatildeo a organizaccedilatildeo do transporte como serviccedilo puacuteblico e as

vantagens do monopoacutelio governamental lanccedilando as bases para a constituiccedilatildeo

de uma empresa municipal responsaacutevel pelo transporte coletivo

O nuacutemero de ocircnibus em Satildeo Paulo em 1941 superou os mil

enquanto o de bondes manteve-se em 500 Assim eram os ocircnibus que

transportavam a maior parte dos passageiros Trinta e sete empresas

particulares exploravam 90 linhas que circulavam pelo municiacutepio

Em 1946 atraveacutes do Decreto-Lei no 365 de 10 de outubro de 1946

o Prefeito Abrahatildeo Ribeiro autorizou a constituiccedilatildeo de uma empresa

31

responsaacutevel pelo transporte puacuteblico criando-se entatildeo a Companhia Municipal

de Transportes Coletivos ndash CMTC (anexo 10)

Em 1947 a Prefeitura determinou a transferecircncia do patrimocircnio da

Light relativo ao serviccedilo para a nova companhia e decidiu que as empresas

privadas passariam a operar somente as linhas de ocircnibus fora do periacutemetro

urbano

Em 1975 a COMPANHIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES

COLETIVOS - CMTC operava apenas 14 da frota de ocircnibus da cidade

Um novo contrato de concessatildeo foi firmado entre Prefeitura e CMTC

permitindo a contrataccedilatildeo os serviccedilos de transporte coletivo de passageiros em

23 aacutereas de operaccedilatildeo Assim uma mudanccedila efetiva ocorreu no sistema e no

mercado de transporte coletivo da cidade restituindo em parte agrave CMTC o seu

outro papel o de gestora do sistema

Nos anos 80 aleacutem de inovaccedilotildees operacionais e tecnoloacutegicas

promovidas pela CMTC - o Programa Troleibus a implantaccedilatildeo dos corredores

de ocircnibus em faixa exclusiva e a utilizaccedilatildeo de ocircnibus movidos a gaacutes metano e

natural- a gestatildeo do serviccedilo de transporte puacuteblico voltou a ser alvo da atenccedilatildeo

da administraccedilatildeo municipal tendo resultado inclusive em intervenccedilotildees

administrativas e gerenciais em algumas empresas operadoras

A relaccedilatildeo entre as empresas operadoras e a municipalidade passou

por nova e importante alteraccedilatildeo a partir do processo de municipalizaccedilatildeo

quando atraveacutes da Lei no 11037 1991 o sistema de remuneraccedilatildeo do

serviccedilo passou a ser feito pelo custo dos serviccedilos passando a operadora a ser

remunerada diretamente pela apropriaccedilatildeo da tarifa paga pelo passageiro

O serviccedilo contratado pela Prefeitura e operado pelas empresas eacute

remunerado conforme a afericcedilatildeo dos custos incorridos na prestaccedilatildeo do serviccedilo

A tarifa definida conforme paracircmetros econocircmicos e poliacuteticos passou a

32

pertencer a administraccedilatildeo municipal constituindo-se na principal fonte de

recursos para o pagamento do serviccedilo agraves empresas contratadas pela

operaccedilatildeo

No iniacutecio de 1993 a CMTC desempenhava ao mesmo tempo as

funccedilotildees de gestora do sistema de transporte coletivo e de operadora detendo

cerca de 27 de participaccedilatildeo no setor

A administraccedilatildeo tinha por objetivo a racionalizaccedilatildeo da operaccedilatildeo e

reduccedilatildeo do deacuteficit previsto pela manutenccedilatildeo da administraccedilatildeo da CMTC como

empresa operadora

A alteraccedilatildeo do perfil da frota da quantidade de ocircnibus e de

funcionaacuterios eram medidas indicadas que exigiriam altos investimentos e natildeo

gerariam necessariamente reduccedilatildeo de custos Optou-se entatildeo por encerrar

as atividades operacionais da antiga CMTC atraveacutes da privatizaccedilatildeo de toda a

operaccedilatildeo dos 2700 ocircnibus e das respectivas garagens reduzindo o quadro de

pessoal de 27 mil para cerca de 1200 empregados Esse processo se valeu da

flexibilidade do mesmo modelo de gestatildeo estabelecido pela Lei No 11037

91

A forma de remuneraccedilatildeo dos serviccedilos prestados pelas empresas

contratadas foi inovada alterando-se o criteacuterio anterior de pagamento

calculado pelo custo do quilocircmetro rodado por um valor limite por passageiro

transportado

A antiga CMTC foi entatildeo transformada na Satildeo Paulo Transporte

SA- SPTRANS nova denominaccedilatildeo adotada em 8 de marccedilo de 1995 para a

empresa que ficou voltada somente agrave gestatildeo do sistema de transporte da

cidade

Atualmente com o crescimento das aacutereas urbanas da cidade

tornou-se necessaacuterio ampliar a aacuterea viaacuteria do municiacutepio atualmente estaacute em

33

fase de conclusatildeo o anel rodoviaacuterio da grande Satildeo Paulo e do rodoanel vias

que depois de prontas desafogaratildeo o traacutefego de veiacuteculos na cidade

O sistema Metropolitano operado pela Companhia do Metropolitano

de Satildeo Paulo tambeacutem estaacute em expansatildeo e contribuiraacute para atender o aumento

da demanda de transportes urbanos na maior cidade do Brasil

442 Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro capital do estado homocircnimo eacute a segunda maior

metroacutepole do Brasil situada na regiatildeo Sudeste

Eacute a cidade brasileira mais conhecida no exterior e a maior rota de

turismo internacional no Brasil

A parte urbana do Municiacutepio do Rio de Janeiro recebeu a

denominaccedilatildeo de GRANDE RIO pela Lei complementar nordm 20 pela Lei

Complementar nordm 20 de 01 de julho de 1974 apoacutes a fusatildeo dos antigos estados

do Rio de Janeiro e Guanabara

Aleacutem da parte urbana da cidade existe tambeacutem a REGIAtildeO

METROPOLITANA II DO RIO DE JANEIRO que abrange os municiacutepios de

Niteroacutei Satildeo Gonccedilalo Itaboraiacute Rio Bonito e Tanguaacute

A cidade foi capital do Brasil Colocircnia a partir de 1763 capital do

Impeacuterio Portuguecircs na eacutepoca das invasotildees de Napoleatildeo capital do Impeacuterio do

Brasil e capital da Repuacuteblica ateacute a inauguraccedilatildeo de Brasiacutelia na deacutecada de 60

As primeiras vias na regiatildeo onde hoje estaacute situada a Cidade do Rio

de Janeiro foram abertas pelos Tamoios com objetivos estrateacutegicos e de

defesa Eram veredas no interior da floresta e dirigiam-se ao interior em direccedilatildeo

agrave Serra do Mar (Santos 1934) Os rios e a Baiacutea de Guanabara eram as outras

vias naturais utilizadas por eles

34

Ateacute os primeiros anos do seacuteculo XIX o espaccedilo urbano da Cidade do

Rio de Janeiro limitava-se ao quadrilaacutetero formado pelos Morros do Castelo

Satildeo Bento Santo Antocircnio e da Conceiccedilatildeo De acordo com Abreu (1987) este

chatildeo fora duramente conquistado agrave natureza aterrando-se brejos e mangues

nos trecircs primeiros seacuteculos de existecircncia da cidade Considerando-se os limites

da cidade de entatildeo como sendo ao norte o Campo de Santana ao sul o Largo

do Machado e a regiatildeo de Mata Cavalos (hoje Rua do Riachuelo) e que natildeo

existiam ateacute entatildeo meios de transporte coletivo pode-se afirmar que a maioria

dos deslocamentos eram realizados a peacute em carro de bois eou no lombo de

animais Soacute posteriormente foram introduzidos as andas as redes e os

palanguins

Segundo Dunlop (1973) estes meios de transportes eram como

uma cama suspensa em longo varal conduzida nos ombros por escravos um

agrave frente outro agrave retaguarda

Para as viagens de longa distacircncia neste periacuteodo aqueles que

desejavam ir agraves Minas Gerais Satildeo Paulo ou ao interior do paiacutes tinham que

realizar por exemplo viagens que envolviam animais barcos e comeccedilavam

realizando um percurso pela Baiacutea de Guanabara

Com a chegada da famiacutelia real portuguesa por volta de 1808 foram

trazidas pela corte os coches carruagens seges e o cabriolet

Considerando-se os limites urbanos da cidade bem como as

caracteriacutesticas daquela sociedade colonial portuguesa nos troacutepicos pode-se

afirmar que somente as pessoas de posse ou que possuiacuteam seus proacuteprios

meios de transportes tinham condiccedilatildeo e direito de deslocar-se agraves localidades

mais afastadas do centro histoacuterico da cidade ou empreenderem viagens mais

longas

O transporte puacuteblico soacute foi introduzido na cidade por volta de 1817

com a adoccedilatildeo das Gocircndolas e Diligecircncias veiacuteculos de transporte coletivo

35

puxado agrave burros eou cavalos muito utilizados por todos que necessitavam

deslocar-se dentro do periacutemetro urbano Estes veiacuteculos operavam o transporte

de passageiros entre o centro da cidade e o Palaacutecio da Boa Vista em Satildeo

Cristoacutevatildeo e de Santa Cruz na Fazenda Real por concessatildeo

Dunlop (1973) esclarece que os primeiros ocircnibus tambeacutem puxados

por quatro animais comeccedilaram a trafegar no Rio em 1837 ou 1838 por

iniciativa do francecircs Jean Lecoqrdquo

Eram carros compridos () com dois bancos longitudinais

semelhantes aos bondes fechados da Botanical Garden que aqui surgiram

trinta anos mais tarde Transportavam de vinte a vinte e quatro passageiros

A denominada Companhia de Ocircnibus ainda segundo Dunlop

oferecia serviccedilos para os bairros de Botafogo Laranjeiras Satildeo Cristoacutevatildeo

Andaraiacute Pequeno - hoje Tijuca - Rio Comprido e Engenho Velho Estes

serviccedilos contribuiacuteram muito para o desenvolvimento e crescimento destes

bairros oferecendo uma opccedilatildeo de moradia agravequeles que desejavam sair do

centro histoacuterico aacuterea jaacute conturbada entatildeo

Destaca-se o papel exercido pelos trens agrave partir de 1858 com a

construccedilatildeo da Estrada de Ferro D Pedro II posteriormente denominada E F

Central do Brasil Este novo meio de transporte ofereceu pela primeira vez

uma maneira veloz e confiaacutevel que alcanccedilava longas distacircncias e circulava em

horaacuterios preacute-estabelecidos e regulares Inicialmente usado somente para o

transporte de cargas - para escoar a produccedilatildeo de cafeacute do Vale do Paraiacuteba em

direccedilatildeo ao Porto do Rio de Janeiro - e para o transporte de passageiros de

longa distacircncia

Outras ferrovias seguiram-se a esta primeira tais como a The

Leopoldina Railway Company (depois E F Leopoldina) E F Rio DOuro (hoje

Linha 2 do Metrocirc) E F Melhoramentos do Brasil (depois Linha Auxiliar da

36

Central do Brasil) Todas foram unificadas na Rede Ferroviaacuteria Federal SA

(1957)

ldquoO trem favoreceu o surgimento dos bairros mais afastados do centro na periferia no que posteriormente veio a ser conhecido como os subuacuterbios ferroviaacuterios da Central do Brasil Contribuiu muito tambeacutem para o desenvolvimento dos municiacutepios da Baixada Fluminense e da periferia distante do centro da Cidade do Rio de Janeirordquo (ABREU 1987)

O bonde inicialmente em traccedilatildeo animal e posteriormente

eletrificado foi o meio de transporte que juntamente com os ocircnibus tambeacutem

em traccedilatildeo animal favoreceu o crescimento e desenvolvimento da cidade O

trem chegava ateacute as estaccedilotildees mas era o bonde que circulava no interior do

bairro

Em 1859 circulou o primeiro bonde puxado a burro na cidade do

Rio de Janeiro ligando o Largo do Rocio ao Alto da Boa Vista Esta linha era

controlada pela Cia Carris de Ferro cuja exploraccedilatildeo fora concedida ao

empresaacuterio inglecircs Thomas Cochrane em 1856

Outras empresas vieram em seguida como a Botanical Garden

Railroad Company posteriormente Cia Ferro Carril do Jardim Botacircnico ou a

Rio de Janeiro Street Railroad Company posteriormente Cia Satildeo Cristoacutevatildeo

O Baratildeo de Drumond por sua vez obteve uma concessatildeo para

explorar a Companhia Ferro Carril de Vila Isabel para atender aos bairros do

Andarahy Grande (Andaraiacute Vila Isabel Grajauacute e Maracanatilde) Satildeo Francisco

Xavier e Engenho Novo

ldquoA criaccedilatildeo desta empresa estava fortemente ligada a abertura do bairro de Vila Isabel nas terras da entatildeo Fazenda do Macaco de propriedade da famiacutelia imperial caracterizando um empreendimento conjugado (transporteloteamento)rdquo (Abreu 1987)

37

Os bondes foram substituiacutedos na deacutecada de 1960 pelos ocircnibus

eleacutetricos denominados de troleibus ou chifrudos pela populaccedilatildeo por causa

da forma de captaccedilatildeo de energia eleacutetrica da rede aeacuterea

Apoacutes breve periacuteodo em operaccedilatildeo pela CTC os troleibus foram

substituiacutedos pelos ocircnibus agrave diesel da mesma companhia estadual

O uso das barcas como meio de transporte e passageiros no

contexto da Regiatildeo Metropolitana destacando-se pela existecircncia de uma via

natural a Baiacutea de Guanabara e a costa oceacircnica firmando-se como transporte

regular agrave partir do ano de 1853 com a implantaccedilatildeo da Cia de Navegaccedilatildeo de

Niteroacutei

Ao longo dos anos foram transportadas cargas veiacuteculos e

passageiros sendo reconhecido como um meio eficiente na ligaccedilatildeo entre as

cidades do Rio de Janeiro e Niteroacutei

Apoacutes a construccedilatildeo da Ponte Rio - Niteroacutei sua importacircncia foi

diminuindo ano a ano apesar de toda sua potencialidade instalada

Outras ligaccedilotildees natildeo soacute para a aacuterea central de Niteroacutei podem ser

melhor exploradas com impactos favoraacuteveis no sistema de transporte como

um todo e para o meio ambiente

Afinal todas as localidades das cidades eou bairros situadas agraves

margens da baiacutea ou na costa do estado satildeo potencialmente habilitadas a

serem servidas por barcas

Falar em transportes urbanos significa tambeacutem falar em problemas

de tracircnsito e engarrafamentos que eacute um dos maiores vilotildees da agitada do

Seacuteculo XXI

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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httpwwwsptranscombrsptrans08historiamuseuasp - acessado em 26 de

agosto de 2009

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httpwwwflickrcomphotosclaudiolara2233169354 - acessado em 26 de

agosto de 2009

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httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 18: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

18

CAPIacuteTULO III

A EVOLUCcedilAtildeO E A SITUACcedilAtildeO ATUAL DOS

TRANSPORTES NO BRASIL

ldquoO Brasil ao longo de sua histoacuteria permaneceu voltado para a costa do Atlacircntico com cerca de 80 da populaccedilatildeo vivendo em cidades a menos de mil quilocircmetros da costa e 82 do PIB eacute gerado nas regiotildees Sul Sudeste e Nordesterdquo (IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico 2008)

A origem desse fato deve-se principalmente as caracteriacutesticas do

relevo e da topografia do Brasil pois olhando-se o mapa do paiacutes constata-se

que a faixa mais com melhores condiccedilotildees de vida encontra-se no leste do

paiacutes

Essa situaccedilatildeo perdurou ateacute a chegada do governo JK na deacutecada de

50 quando a capital do paiacutes foi Brasiacutelia na regiatildeo Centro Oeste aacuterea em sua

maior parte formada por Estados dominados por florestas que fazem limites

com os paiacuteses andinos sem saiacuteda para o Oceano Paciacutefico

Em 1975 Jaime Lerner entatildeo Prefeito de Curitiba tendo em vista o

crescimento populacional criou um sistema de transporte baseado no conceito

BRT (Bus Rapid Transit) ndash ocircnibus articulados e biarticulados de grande

capacidade de passageiros que atualmente estaacute em operaccedilatildeo em diversas

cidades brasileiras

A mudanccedila da capital para Brasiacutelia ocasionou um grande

desenvolvimento dessa regiatildeo contribuindo tambeacutem para melhorar o sistema

de transportes rodoviaacuterios do paiacutes que hoje eacute inteiramente interligado do Sul

ateacute o Norte do paiacutes

Devido a esse fato o sistema de transporte organizou-se

predominantemente com base nas rodovias que entre todos eacute o mais oneroso

19

e poluente enquanto as hidrovias e as ferrovias tecircm custos unitaacuterios mais

baixos no entanto o modal rodoviaacuterio eacute mais adequado em relaccedilatildeo a maiores

declividades principalmente para grandes volumes de carga a grandes

distacircncias e para cargas de menor volume e distacircncias menores

Os custos ferroviaacuterios em relaccedilatildeo agraves rodovias satildeo menores nos

trajetos de extensatildeo superiores a 500 km pois os altos custos de implantaccedilatildeo

da rede feacuterrea e o tempo consumido com cargas e descargas satildeo

compensados pela economia geral do meio de transporte

Em pequenas distacircncias as vantagens satildeo do transporte rodoviaacuterio

que desloca mercadorias dos pontos de distribuiccedilatildeo ateacute os pontos de consumo

A implantaccedilatildeo de redes intermodais tende a reduzir os custos de transporte

Mesmo assim o Brasil possui um dos mais amplos sistemas de transporte com

54 portos com capacidade para mais de 500 milhotildees de toneladas por ano 31

mil quilocircmetros de ferrovias e 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovia

A partir da deacutecada de 1970 o modal rodoviaacuterio sofreu uma queda

com uma participaccedilatildeo de 70 em 1970 com uma reduccedilatildeo para 536 em

1985 mas voltando a crescer chegando a 606 em 2004

Entre 1997 e 2004 o volume de cargas transportadas pelas rodovias

cresceu apenas 141 contra 4554 pelas ferrovias que transportam a

maioria dos produtos de baixo valor agregado como por exemplo mineacuterio de

ferro o qual seria inviaacutevel se transportado por caminhotildees

Entre 2003 e 2005 a frota de locomotivas aumentou de 1895 para

2515 e a de vagotildees de 67795 para 90119 devido agrave privatizaccedilatildeo da malha

ferroviaacuteria mas mesmo assim o transporte rodoviaacuterio continua ainda sendo o

mais utilizado no Brasil embora seja o de custo operacional mais elevado em

torno de US$ 320 por 100 tkm contra US$ 074 da ferrovia e US$ 023 da

hidrovia

20

O Brasil possui 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovias e apenas

29798 quilocircmetros de ferrovias e cerca 42000 km de rios navegaacuteveis As

ferrovias transportam 24 da carga no Brasil e nos EUA cerca de 47

Levantamento feito pelo Centro de Estudos em Logiacutestica da

Universidade Federal do Rio de Janeiro concluiu que As companhias

brasileiras voltadas para o comeacutercio exterior perdem cerca de US$ 10 bilhotildees

por ano em consequumlecircncia dos problemas enfrentados na hora de transportar

mercadorias das aacutereas de produccedilatildeo ateacute os portos

ldquoOutro estudo feito pela Comissatildeo Econocircmica para a Ameacuterica Latina e o Caribe ligada agraves Naccedilotildees Unidas conclui que 35 do preccedilo final das mercadorias exportadas do Brasil e de outros paiacuteses latino-americanos se deve aos custos de transporte Nos Estados Unidos este iacutendice natildeo chega a 10rdquo (Veja Especial outubro de 2004 p 61)

Segundo levantamento da CNI Confederaccedilatildeo Nacional da Induacutestria

os custos com transporte equivalem a 1275 do PIB brasileiro enquanto nos

EUA correspondem a 820

Por deficiecircncias logiacutesticas exportar uma tonelada de soja do Brasil

para a China ndash do norte de Mato Grosso via Porto de Paranaguaacute ndash custa hoje

US$ 18 a mais do que fazer o mesmo do Estado norte-americano de Iowa Em

2007 a situaccedilatildeo se complicou com a falta generalizada de caminhotildees para o

mercado interno e de navios para o mercado externo

Poreacutem como as exportaccedilotildees estatildeo superando as importaccedilotildees

faltam contecircineres para o embarque de produtos brasileiros

Das cerca de 22 milhotildees de toneladas de produtos exportados

anualmente cerca de 95 saem pelos portos O problema comeccedila com o fato

de que a maioria das mercadorias a ser exportada chega aos portos por meio

de rodovias

21

Segundo a ANUT ndash Associaccedilatildeo Nacional dos Usuaacuterios de

Transportes de Carga em 2004 as empresas brasileiras desembolsaram US$

12 bilhatildeo em pagamentos por atrasos no embarque e desembarque de

mercadorias nos portos brasileiros

Na margem esquerda do porto de Santos haacute um problema de

lentidatildeo de escoamento pois existem mais de 6000 moradias irregulares

margeiam os trilhos obrigando os trens a reduzir a velocidade de 80 para 10

quilocircmetros por hora causando um acreacutescimo de custo na ordem de 34

quando nos Estados Unidos essa margem natildeo ultrapassa os 20

ldquoOs Estados da regiatildeo Centro Sul produzem 13 milhotildees de toneladas anuais de gratildeos cerca de 9 milhotildees saem do Estado por rodovias 80 delas sem pavimentaccedilatildeo portanto estaacute dependendo da conclusatildeo da Ferronorte e das Hidrovias Paranaacute Paraguai e Araguaia Tocantins para baixar seus custos de transporterdquo (Veja 17102001 p 146-147)

22

CAPIacuteTULO IV

ESTUDO DE CASOS SISTEMA DE TRANSPORTES DE

CURITIBA UBERLAcircNDIA GOIAcircNIA SAtildeO PAULO E

RIO DE JANEIRO

41 Curitiba

A cidade de Curitiba eacute conhecida internacionalmente pelo eficiente e

inovador sistema de transporte coletivo Como todas as ideacuteias novas o sistema

que possibilitou a integraccedilatildeo urbana de Curitiba foi cercado de duacutevidas Mas ao

longo dos anos foi comprovado que a criatividade foi mais eficaz que o

ceticismo

411 Bonde a cavalos

Em 1887 a Empreza Curitybana dirigida por Boaventura Capp

disponibilizou o primeiro bonde puxado por animais ligando a Boulevard 2 de

Julho (atual iniacutecio da Avenida Joatildeo Gualberto) ao bairro do Batel Esta foi a

pedra fundamental de parte da identidade mais latente da cidade de Curitiba o

transporte coletivo Naquele periacuteodo o passeio pela pacata Curitiba tinha

caracteriacutestica mais poeacutetica e os bondes davam o toque de charme (anexo 09)

A viagem inaugural dos primeiros bondes foi um dos maiores

acontecimentos da eacutepoca

Os jornais locais divulgaram com orgulho a partida dos quatro

vagotildees que contavam com ilustres passageiros como o presidente da proviacutencia

Faria Sobrinho

23

412 Bondes eleacutetricos

Apesar de o bondinho ter o objetivo de atender agraves massas ele era

dividido em duas categorias Na primeira classe era obrigatoacuterio que os

passageiros estivessem calccedilados Jaacute no bond mixto como era conhecida a

pessoa podiam viajar sem sapatos

O panorama do transporte coletivo da cidade mudou com a

introduccedilatildeo dos bondes eleacutetricos a partir 1912 Os primeiros bondes puxados

por mulas foram vendidos e amontoados no depoacutesito de ferro-velho em

Paranaguaacute

A mudanccedila foi necessaacuteria jaacute que o nuacutemero de passageiros

aumentou de 680 mil em 1903 para 19 milhatildeo por ano em 1913 a cidade

crescia rapidamente poreacutem de maneira desordenada

413 Os primeiros ocircnibus

Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia

Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo Dois anos

mais tarde comeccedilaram a aparecer as linhas particulares de ocircnibus apesar dos

bondes ainda serem a preferecircncia da populaccedilatildeo

Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto

da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bondes perderam

espaccedilo mas apesar das passagens mais caras o novo veiacuteculo era mais

confiaacutevel e seguro

Em 1951 saiacuteram de circulaccedilatildeo os uacuteltimos bondes dando lugar agraves

auto-lotaccedilotildees

Uma das grandes revoluccedilotildees no setor ocorreu em 1955 quando o

municiacutepio estabeleceu contratos de concessatildeo com 13 empresas

24

Naquela eacutepoca a cidade era atendida por 50 ocircnibus e 80 lotaccedilotildees

Em 1965 foi editado o Plano Diretor de Transportes de Curitiba estabelecendo

as vias estruturais que serviram como eixos base para movimentaccedilatildeo urbana

O plano foi considerado um dos mais perfeitos do mundo

Devido ao bom planejamento mesmo 15 anos depois os 673 ocircnibus

da capital paranaense transportavam 515 mil pessoas diariamente

A frota do transporte coletivo representava apenas 2 dos veiacuteculos

que trafegavam em Curitiba e era responsaacutevel pelo transporte de 75 das

pessoas que se locomoviam

Como a cidade crescia rapidamente em pouco tempo o sistema

tradicional estaria obsoleto e ineficaz para atender tanta gente Era necessaacuterio

algo de novo A soluccedilatildeo foi a implantaccedilatildeo dos ocircnibus expressos esse sistema

foi um dos grandes responsaacuteveis pelo avanccedilo no atendimento do transporte

coletivo

Natildeo se tratava somente de uma nova categoria de veiacuteculo mas

acima de tudo um sistema de transporte para meacutedias distacircncias que possuiacutea

via exclusiva

A primeira etapa foi agrave implantaccedilatildeo das canaletas exclusivas onde

circulavam os ocircnibus convencionais

O Departamento de Pesquisa de Veiacuteculos da Faculdade de

Engenharia Industrial de Satildeo Bernardo dos Campos (SP) apresentou ao

IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba) o primeiro

modelo de ocircnibus para atender as novas necessidades de transporte urbano

Batizado de Uiraquitan em homenagem ao nome indiacutegena dado ao primeiro

carro fabricado no Brasil foi projetado especialmente para o sistema viaacuterio de

Curitiba

25

414 Os primeiros ocircnibus expressos

Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo

nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimental os 20

primeiros expressos A frota partiu da Praccedila Generoso Marques para atender

passageiros do Eixo NorteSul Em um dos ocircnibus de inconfundiacutevel cor

vermelha o prefeito Jaime Lerner idealizador do projeto desde o tempo em que

era presidente do IPPUC ndash INSTITUTO DE PESQUISAS E PLANEJAMENTO

URBANO DE CURITIBA noticiava agrave imprensa a satisfaccedilatildeo de ver sua grande

obra em funcionamento

Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde

foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e caixas de correio

aleacutem da pista proacutepria o expresso foi comparado a um metrocirc na superfiacutecie Em

meacutedia todos os meses 19 milhatildeo de pessoas utilizavam o novo sistema de

transporte

As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi

crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento populacional e de

infra-estrutura da cidade Em 1980 Curitiba foi a primeira capital a adotar a

tarifa social O preccedilo da passagem era uacutenico independente do trecho da

viagem Com esta vantagem tambeacutem foi colocada em praacutetica a campanha Eacute

com esse que eu vou incentivando a populaccedilatildeo a deixar os carros em casa e

utilizar o veiacuteculo coletivo O preccedilo do petroacuteleo aumentava cada vez mais por

conta da crise mundial de combustiacuteveis

Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a

utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar a passagem

uacutenica Os usuaacuterios podiam trocar de linha dentro dos terminais sem pagar nova

passagem Com isto se consolidou a RIT (Rede Integrada de Transporte) Em

1980 os ocircnibus articulados com capacidade 80 maior comeccedilaram a

substituir gradativamente os antigos expressos Isto significou economia de

combustiacutevel em 46 e reduccedilatildeo de custo de 21 por passageiro transportado

26

Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS

(Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistema e passou a

ser a concessionaacuteria e as empresas operadoras as permissionaacuterias

Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia

incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas

alimentadoras para os usuaacuterios se deslocarem nos cinco eixos atendidos pelos

expressos 239 linhas em todo o sistema A RIT atendia em 1990 54 do total

de usuaacuterios do sistema iacutendice que chegou a 84 em 1995

Em outubro de 1991 sob encomenda da URBS a Volvo comeccedilou a

desenvolver o primeiro ocircnibus bi-articulado brasileiro batizado de Metrobuacutes

com 25 metros de comprimento e capacidade para transportar ateacute 270

passageiros

Neste periacuteodo foi implantada uma das maiores novidades do

transporte coletivo naquela deacutecada Foram criadas as Linhas Diretas servidas

por veiacuteculos de cor cinza popularmente chamados de Ligeirinhos (anexo 15)

Atraveacutes das rampas de acesso no lugar das escadas eles

permitiram o embarque e desembarque de passageiros atraveacutes das estaccedilotildees-

tubo que serviam como pequenos terminais possibilitando ao usuaacuterio a troca

de linhas sem pagar nova passagem

Os Bi-articulados comeccedilaram a substituir tambeacutem os ocircnibus

utilizados nas linhas do Express

As melhorias foram sendo colocadas em praacutetica como o sistema de

aviso de paradas

A cada saiacuteda de uma estaccedilatildeo-tubo o sistema eacute automaticamente

acionado para informar aos passageiros qual eacute o ponto seguinte e quais portas

27

deveratildeo ser utilizadas para o desembarque Sistema parecido com o usado por

alguns metrocircs em diversos lugares do mundo

Em 1996 a RIT ultrapassou as fronteiras e passou a atender a

Regiatildeo Metropolitana Em 1999 o Sistema Expresso comemorou 25 anos com

a inauguraccedilatildeo da linha Bi-articulada Circular Sul

Para relembrar o comeccedilo de tudo uma reacuteplica do primeiro ocircnibus

expresso de 1974 circulou do Terminal Capatildeo Raso ateacute a Praccedila Generoso

Marques transportando o entatildeo governador Jaime Lerner e o prefeito Caacutessio

Taniguchi

Foi como uma viagem no tempo para Lerner e para muitos

curitibanos que acompanharam o desenvolvimento do transporte coletivo da

cidade repleto de inovaccedilotildees e empreendedorismo para acompanhar o

crescimento urbano

Em 2000 a substituiccedilatildeo de 87 veiacuteculos articulados por 57 de maior

porte no eixo lesteoeste demonstrou que no sistema adotado por Curitiba

novidades satildeo sempre implantadas sem a necessidade de investimentos

incompatiacuteveis com a realidade da cidade

Os avanccedilos sociais marcam a histoacuteria recente do transporte coletivo

curitibano

Em 2005 o prefeito Beto Richa determinou o enxugamento de

despesas do sistema e o corte de dez centavos na tarifa reduzida para R$

180

Hoje 2 milhotildees de passageiros utilizam diariamente o Sistema

Integrado de Transporte Coletivo composto por 1980 ocircnibus que atendem 395

linhas O sistema eacute responsaacutevel pelo emprego direto de 15 mil pessoas entre

motoristas cobradores fiscais mecacircnicos entre outros profissionais

28

Com a construccedilatildeo da Linha Verde o Sistema de Transportes de

Curitiba estaacute em expansatildeo essa via uniraacute a cidade no trecho urbano na antiga

BR-116 melhorando o tracircnsito e os transportes em Curitiba

42 Uberlacircndia

A cidade de Uberlacircndia no Estado de Minas Gerais conta um

Sistema Integrado de Transporte Urbano (SIT) que racionalizou o uso dos

transportes urbanos com a unificaccedilatildeo do preccedilo das passagens aleacutem disso o

usuaacuterio natildeo paga mais duas passagens para chegar no local desejado

contando com um transporte coletivo 100 integrado e monitorado (GPRS)

administrado pela prefeitura

O sistema eacute dotado de bilhetagem eletrocircnica A maioria dos

veiacuteculos tecircm elevador para facilitar o acesso de deficientes fiacutesicos

O sistema eacute composto por seis terminais

bull Central

bull Santa Luzia

bull Planalto

bull Umuarama

bull Terminal Industrial (distrito industrial de Uberlacircndia)

O sistema conta com treze estaccedilotildees de embarque e desembarque

de passageiros interligando a regiatildeo central (Terminal Central) de Uberlacircndia

ao Anel Rodoviaacuterio (Terminal Santa Luzia) proporcionando um raacutepido acesso

agraves principais rodovias em torno do municiacutepio

43 Goiacircnia

A Prefeitura de Goiacircnia tem buscado soluccedilotildees inovadoras no que diz

respeito aos problemas que envolvem os transportes urbanos da cidade A

primeira grande mudanccedila no sistema de transportes coletivos da regiatildeo

29

metropolitana de Goiacircnia ocorreu em 1976 quando da implantaccedilatildeo do sistema

tronco-alimentador que se baseava em linhas troncais e alimentadoras atraveacutes

de terminais de integraccedilatildeo com a exploraccedilatildeo e operaccedilatildeo das linhas por

empresas concessionaacuterias privadas

No ano seguinte agrave sua implantaccedilatildeo o sistema possibilitou o

transporte de 35 milhotildees de passageiros nuacutemero que cresceu a uma taxa de

5 ao ano ateacute 1984 atingindo a meacutedia anual de 100 milhotildees de passageiros

No periacuteodo entre 1985 e 1991 a quantidade de passageiros

transportados continuou aumentando ateacute atingir o patamar de 250 milhotildees de

passageirosano em funccedilatildeo do aumento da demanda por transporte coletivo

urbano ocorrido em todo o paiacutes

Os problemas inflacionaacuterios de 1992 a 1994 e a diminuiccedilatildeo do poder

aquisitivo provocaram a queda da demanda para 200 milhotildees de

passageirosano

O sistema de transportes urbanos de Goiacircnia estaacute em expansatildeo

com a previsatildeo de entrada em operaccedilatildeo do Metrocirc de Superfiacutecie que contaraacute

com ocircnibus articulados e biarticulados de grande capacidade de passageiros

Visando a implantaccedilatildeo dessa via de superfiacutecie estaacute sendo testado o

modelo de ocircnibus biarticulado VOLVO B9 SALF (anexo 20) com grande

capacidade para transportar 270 passageiros Esse mesmo modelo estaacute em

operaccedilatildeo no Sistema Transantiago na capital chilena

44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro

441 Satildeo Paulo

A histoacuteria da cidade de Satildeo Paulo eacute marcada pela implantaccedilatildeo da

ferrovia mas a histoacuteria dos transportes puacuteblicos iniciada agrave mesma eacutepoca tem

30

nos tiacutelburis carros de duas rodas puxados por um cavalo sua primeira

apariccedilatildeo com a inauguraccedilatildeo em 1872 pela Companhia Carris de Ferro de Satildeo

Paulo da primeira linha de bondes puxados a burro

A primeira linha de bonde eleacutetrico foi inaugurada no iniacutecio do seacuteculo

XX em 7 de maio de 1900 ligando o largo de Satildeo Bento agrave Barra Funda Foi um

empreendimento da Satildeo Paulo Railway Light and Power Company LTd que

recebeu por transferecircncia a concessatildeo para organizar construir e operar

linhas de bonde por traccedilatildeo eleacutetrica para diversos pontos da cidade e seus

subuacuterbios durante 40 anos

Os primeiros auto-ocircnibus surgiram na cidade na deacutecada de 20

complementando a alternativa ao bonde que sofria as limitaccedilotildees de rede

energia e investimentos

Nos anos 30 a capital de Satildeo Paulo jaacute era considerada um grande

centro urbano e convivia com um tracircnsito agitado O Plano de Avenidas do

Prefeito Prestes Maia indicava a expressiva influecircncia do automoacutevel na vida e

na estrutura da cidade

A Comissatildeo de Estudos de Transportes Coletivos instituiacuteda em

1939 pocircs em discussatildeo a organizaccedilatildeo do transporte como serviccedilo puacuteblico e as

vantagens do monopoacutelio governamental lanccedilando as bases para a constituiccedilatildeo

de uma empresa municipal responsaacutevel pelo transporte coletivo

O nuacutemero de ocircnibus em Satildeo Paulo em 1941 superou os mil

enquanto o de bondes manteve-se em 500 Assim eram os ocircnibus que

transportavam a maior parte dos passageiros Trinta e sete empresas

particulares exploravam 90 linhas que circulavam pelo municiacutepio

Em 1946 atraveacutes do Decreto-Lei no 365 de 10 de outubro de 1946

o Prefeito Abrahatildeo Ribeiro autorizou a constituiccedilatildeo de uma empresa

31

responsaacutevel pelo transporte puacuteblico criando-se entatildeo a Companhia Municipal

de Transportes Coletivos ndash CMTC (anexo 10)

Em 1947 a Prefeitura determinou a transferecircncia do patrimocircnio da

Light relativo ao serviccedilo para a nova companhia e decidiu que as empresas

privadas passariam a operar somente as linhas de ocircnibus fora do periacutemetro

urbano

Em 1975 a COMPANHIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES

COLETIVOS - CMTC operava apenas 14 da frota de ocircnibus da cidade

Um novo contrato de concessatildeo foi firmado entre Prefeitura e CMTC

permitindo a contrataccedilatildeo os serviccedilos de transporte coletivo de passageiros em

23 aacutereas de operaccedilatildeo Assim uma mudanccedila efetiva ocorreu no sistema e no

mercado de transporte coletivo da cidade restituindo em parte agrave CMTC o seu

outro papel o de gestora do sistema

Nos anos 80 aleacutem de inovaccedilotildees operacionais e tecnoloacutegicas

promovidas pela CMTC - o Programa Troleibus a implantaccedilatildeo dos corredores

de ocircnibus em faixa exclusiva e a utilizaccedilatildeo de ocircnibus movidos a gaacutes metano e

natural- a gestatildeo do serviccedilo de transporte puacuteblico voltou a ser alvo da atenccedilatildeo

da administraccedilatildeo municipal tendo resultado inclusive em intervenccedilotildees

administrativas e gerenciais em algumas empresas operadoras

A relaccedilatildeo entre as empresas operadoras e a municipalidade passou

por nova e importante alteraccedilatildeo a partir do processo de municipalizaccedilatildeo

quando atraveacutes da Lei no 11037 1991 o sistema de remuneraccedilatildeo do

serviccedilo passou a ser feito pelo custo dos serviccedilos passando a operadora a ser

remunerada diretamente pela apropriaccedilatildeo da tarifa paga pelo passageiro

O serviccedilo contratado pela Prefeitura e operado pelas empresas eacute

remunerado conforme a afericcedilatildeo dos custos incorridos na prestaccedilatildeo do serviccedilo

A tarifa definida conforme paracircmetros econocircmicos e poliacuteticos passou a

32

pertencer a administraccedilatildeo municipal constituindo-se na principal fonte de

recursos para o pagamento do serviccedilo agraves empresas contratadas pela

operaccedilatildeo

No iniacutecio de 1993 a CMTC desempenhava ao mesmo tempo as

funccedilotildees de gestora do sistema de transporte coletivo e de operadora detendo

cerca de 27 de participaccedilatildeo no setor

A administraccedilatildeo tinha por objetivo a racionalizaccedilatildeo da operaccedilatildeo e

reduccedilatildeo do deacuteficit previsto pela manutenccedilatildeo da administraccedilatildeo da CMTC como

empresa operadora

A alteraccedilatildeo do perfil da frota da quantidade de ocircnibus e de

funcionaacuterios eram medidas indicadas que exigiriam altos investimentos e natildeo

gerariam necessariamente reduccedilatildeo de custos Optou-se entatildeo por encerrar

as atividades operacionais da antiga CMTC atraveacutes da privatizaccedilatildeo de toda a

operaccedilatildeo dos 2700 ocircnibus e das respectivas garagens reduzindo o quadro de

pessoal de 27 mil para cerca de 1200 empregados Esse processo se valeu da

flexibilidade do mesmo modelo de gestatildeo estabelecido pela Lei No 11037

91

A forma de remuneraccedilatildeo dos serviccedilos prestados pelas empresas

contratadas foi inovada alterando-se o criteacuterio anterior de pagamento

calculado pelo custo do quilocircmetro rodado por um valor limite por passageiro

transportado

A antiga CMTC foi entatildeo transformada na Satildeo Paulo Transporte

SA- SPTRANS nova denominaccedilatildeo adotada em 8 de marccedilo de 1995 para a

empresa que ficou voltada somente agrave gestatildeo do sistema de transporte da

cidade

Atualmente com o crescimento das aacutereas urbanas da cidade

tornou-se necessaacuterio ampliar a aacuterea viaacuteria do municiacutepio atualmente estaacute em

33

fase de conclusatildeo o anel rodoviaacuterio da grande Satildeo Paulo e do rodoanel vias

que depois de prontas desafogaratildeo o traacutefego de veiacuteculos na cidade

O sistema Metropolitano operado pela Companhia do Metropolitano

de Satildeo Paulo tambeacutem estaacute em expansatildeo e contribuiraacute para atender o aumento

da demanda de transportes urbanos na maior cidade do Brasil

442 Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro capital do estado homocircnimo eacute a segunda maior

metroacutepole do Brasil situada na regiatildeo Sudeste

Eacute a cidade brasileira mais conhecida no exterior e a maior rota de

turismo internacional no Brasil

A parte urbana do Municiacutepio do Rio de Janeiro recebeu a

denominaccedilatildeo de GRANDE RIO pela Lei complementar nordm 20 pela Lei

Complementar nordm 20 de 01 de julho de 1974 apoacutes a fusatildeo dos antigos estados

do Rio de Janeiro e Guanabara

Aleacutem da parte urbana da cidade existe tambeacutem a REGIAtildeO

METROPOLITANA II DO RIO DE JANEIRO que abrange os municiacutepios de

Niteroacutei Satildeo Gonccedilalo Itaboraiacute Rio Bonito e Tanguaacute

A cidade foi capital do Brasil Colocircnia a partir de 1763 capital do

Impeacuterio Portuguecircs na eacutepoca das invasotildees de Napoleatildeo capital do Impeacuterio do

Brasil e capital da Repuacuteblica ateacute a inauguraccedilatildeo de Brasiacutelia na deacutecada de 60

As primeiras vias na regiatildeo onde hoje estaacute situada a Cidade do Rio

de Janeiro foram abertas pelos Tamoios com objetivos estrateacutegicos e de

defesa Eram veredas no interior da floresta e dirigiam-se ao interior em direccedilatildeo

agrave Serra do Mar (Santos 1934) Os rios e a Baiacutea de Guanabara eram as outras

vias naturais utilizadas por eles

34

Ateacute os primeiros anos do seacuteculo XIX o espaccedilo urbano da Cidade do

Rio de Janeiro limitava-se ao quadrilaacutetero formado pelos Morros do Castelo

Satildeo Bento Santo Antocircnio e da Conceiccedilatildeo De acordo com Abreu (1987) este

chatildeo fora duramente conquistado agrave natureza aterrando-se brejos e mangues

nos trecircs primeiros seacuteculos de existecircncia da cidade Considerando-se os limites

da cidade de entatildeo como sendo ao norte o Campo de Santana ao sul o Largo

do Machado e a regiatildeo de Mata Cavalos (hoje Rua do Riachuelo) e que natildeo

existiam ateacute entatildeo meios de transporte coletivo pode-se afirmar que a maioria

dos deslocamentos eram realizados a peacute em carro de bois eou no lombo de

animais Soacute posteriormente foram introduzidos as andas as redes e os

palanguins

Segundo Dunlop (1973) estes meios de transportes eram como

uma cama suspensa em longo varal conduzida nos ombros por escravos um

agrave frente outro agrave retaguarda

Para as viagens de longa distacircncia neste periacuteodo aqueles que

desejavam ir agraves Minas Gerais Satildeo Paulo ou ao interior do paiacutes tinham que

realizar por exemplo viagens que envolviam animais barcos e comeccedilavam

realizando um percurso pela Baiacutea de Guanabara

Com a chegada da famiacutelia real portuguesa por volta de 1808 foram

trazidas pela corte os coches carruagens seges e o cabriolet

Considerando-se os limites urbanos da cidade bem como as

caracteriacutesticas daquela sociedade colonial portuguesa nos troacutepicos pode-se

afirmar que somente as pessoas de posse ou que possuiacuteam seus proacuteprios

meios de transportes tinham condiccedilatildeo e direito de deslocar-se agraves localidades

mais afastadas do centro histoacuterico da cidade ou empreenderem viagens mais

longas

O transporte puacuteblico soacute foi introduzido na cidade por volta de 1817

com a adoccedilatildeo das Gocircndolas e Diligecircncias veiacuteculos de transporte coletivo

35

puxado agrave burros eou cavalos muito utilizados por todos que necessitavam

deslocar-se dentro do periacutemetro urbano Estes veiacuteculos operavam o transporte

de passageiros entre o centro da cidade e o Palaacutecio da Boa Vista em Satildeo

Cristoacutevatildeo e de Santa Cruz na Fazenda Real por concessatildeo

Dunlop (1973) esclarece que os primeiros ocircnibus tambeacutem puxados

por quatro animais comeccedilaram a trafegar no Rio em 1837 ou 1838 por

iniciativa do francecircs Jean Lecoqrdquo

Eram carros compridos () com dois bancos longitudinais

semelhantes aos bondes fechados da Botanical Garden que aqui surgiram

trinta anos mais tarde Transportavam de vinte a vinte e quatro passageiros

A denominada Companhia de Ocircnibus ainda segundo Dunlop

oferecia serviccedilos para os bairros de Botafogo Laranjeiras Satildeo Cristoacutevatildeo

Andaraiacute Pequeno - hoje Tijuca - Rio Comprido e Engenho Velho Estes

serviccedilos contribuiacuteram muito para o desenvolvimento e crescimento destes

bairros oferecendo uma opccedilatildeo de moradia agravequeles que desejavam sair do

centro histoacuterico aacuterea jaacute conturbada entatildeo

Destaca-se o papel exercido pelos trens agrave partir de 1858 com a

construccedilatildeo da Estrada de Ferro D Pedro II posteriormente denominada E F

Central do Brasil Este novo meio de transporte ofereceu pela primeira vez

uma maneira veloz e confiaacutevel que alcanccedilava longas distacircncias e circulava em

horaacuterios preacute-estabelecidos e regulares Inicialmente usado somente para o

transporte de cargas - para escoar a produccedilatildeo de cafeacute do Vale do Paraiacuteba em

direccedilatildeo ao Porto do Rio de Janeiro - e para o transporte de passageiros de

longa distacircncia

Outras ferrovias seguiram-se a esta primeira tais como a The

Leopoldina Railway Company (depois E F Leopoldina) E F Rio DOuro (hoje

Linha 2 do Metrocirc) E F Melhoramentos do Brasil (depois Linha Auxiliar da

36

Central do Brasil) Todas foram unificadas na Rede Ferroviaacuteria Federal SA

(1957)

ldquoO trem favoreceu o surgimento dos bairros mais afastados do centro na periferia no que posteriormente veio a ser conhecido como os subuacuterbios ferroviaacuterios da Central do Brasil Contribuiu muito tambeacutem para o desenvolvimento dos municiacutepios da Baixada Fluminense e da periferia distante do centro da Cidade do Rio de Janeirordquo (ABREU 1987)

O bonde inicialmente em traccedilatildeo animal e posteriormente

eletrificado foi o meio de transporte que juntamente com os ocircnibus tambeacutem

em traccedilatildeo animal favoreceu o crescimento e desenvolvimento da cidade O

trem chegava ateacute as estaccedilotildees mas era o bonde que circulava no interior do

bairro

Em 1859 circulou o primeiro bonde puxado a burro na cidade do

Rio de Janeiro ligando o Largo do Rocio ao Alto da Boa Vista Esta linha era

controlada pela Cia Carris de Ferro cuja exploraccedilatildeo fora concedida ao

empresaacuterio inglecircs Thomas Cochrane em 1856

Outras empresas vieram em seguida como a Botanical Garden

Railroad Company posteriormente Cia Ferro Carril do Jardim Botacircnico ou a

Rio de Janeiro Street Railroad Company posteriormente Cia Satildeo Cristoacutevatildeo

O Baratildeo de Drumond por sua vez obteve uma concessatildeo para

explorar a Companhia Ferro Carril de Vila Isabel para atender aos bairros do

Andarahy Grande (Andaraiacute Vila Isabel Grajauacute e Maracanatilde) Satildeo Francisco

Xavier e Engenho Novo

ldquoA criaccedilatildeo desta empresa estava fortemente ligada a abertura do bairro de Vila Isabel nas terras da entatildeo Fazenda do Macaco de propriedade da famiacutelia imperial caracterizando um empreendimento conjugado (transporteloteamento)rdquo (Abreu 1987)

37

Os bondes foram substituiacutedos na deacutecada de 1960 pelos ocircnibus

eleacutetricos denominados de troleibus ou chifrudos pela populaccedilatildeo por causa

da forma de captaccedilatildeo de energia eleacutetrica da rede aeacuterea

Apoacutes breve periacuteodo em operaccedilatildeo pela CTC os troleibus foram

substituiacutedos pelos ocircnibus agrave diesel da mesma companhia estadual

O uso das barcas como meio de transporte e passageiros no

contexto da Regiatildeo Metropolitana destacando-se pela existecircncia de uma via

natural a Baiacutea de Guanabara e a costa oceacircnica firmando-se como transporte

regular agrave partir do ano de 1853 com a implantaccedilatildeo da Cia de Navegaccedilatildeo de

Niteroacutei

Ao longo dos anos foram transportadas cargas veiacuteculos e

passageiros sendo reconhecido como um meio eficiente na ligaccedilatildeo entre as

cidades do Rio de Janeiro e Niteroacutei

Apoacutes a construccedilatildeo da Ponte Rio - Niteroacutei sua importacircncia foi

diminuindo ano a ano apesar de toda sua potencialidade instalada

Outras ligaccedilotildees natildeo soacute para a aacuterea central de Niteroacutei podem ser

melhor exploradas com impactos favoraacuteveis no sistema de transporte como

um todo e para o meio ambiente

Afinal todas as localidades das cidades eou bairros situadas agraves

margens da baiacutea ou na costa do estado satildeo potencialmente habilitadas a

serem servidas por barcas

Falar em transportes urbanos significa tambeacutem falar em problemas

de tracircnsito e engarrafamentos que eacute um dos maiores vilotildees da agitada do

Seacuteculo XXI

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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agosto de 2009

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httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 19: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

19

e poluente enquanto as hidrovias e as ferrovias tecircm custos unitaacuterios mais

baixos no entanto o modal rodoviaacuterio eacute mais adequado em relaccedilatildeo a maiores

declividades principalmente para grandes volumes de carga a grandes

distacircncias e para cargas de menor volume e distacircncias menores

Os custos ferroviaacuterios em relaccedilatildeo agraves rodovias satildeo menores nos

trajetos de extensatildeo superiores a 500 km pois os altos custos de implantaccedilatildeo

da rede feacuterrea e o tempo consumido com cargas e descargas satildeo

compensados pela economia geral do meio de transporte

Em pequenas distacircncias as vantagens satildeo do transporte rodoviaacuterio

que desloca mercadorias dos pontos de distribuiccedilatildeo ateacute os pontos de consumo

A implantaccedilatildeo de redes intermodais tende a reduzir os custos de transporte

Mesmo assim o Brasil possui um dos mais amplos sistemas de transporte com

54 portos com capacidade para mais de 500 milhotildees de toneladas por ano 31

mil quilocircmetros de ferrovias e 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovia

A partir da deacutecada de 1970 o modal rodoviaacuterio sofreu uma queda

com uma participaccedilatildeo de 70 em 1970 com uma reduccedilatildeo para 536 em

1985 mas voltando a crescer chegando a 606 em 2004

Entre 1997 e 2004 o volume de cargas transportadas pelas rodovias

cresceu apenas 141 contra 4554 pelas ferrovias que transportam a

maioria dos produtos de baixo valor agregado como por exemplo mineacuterio de

ferro o qual seria inviaacutevel se transportado por caminhotildees

Entre 2003 e 2005 a frota de locomotivas aumentou de 1895 para

2515 e a de vagotildees de 67795 para 90119 devido agrave privatizaccedilatildeo da malha

ferroviaacuteria mas mesmo assim o transporte rodoviaacuterio continua ainda sendo o

mais utilizado no Brasil embora seja o de custo operacional mais elevado em

torno de US$ 320 por 100 tkm contra US$ 074 da ferrovia e US$ 023 da

hidrovia

20

O Brasil possui 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovias e apenas

29798 quilocircmetros de ferrovias e cerca 42000 km de rios navegaacuteveis As

ferrovias transportam 24 da carga no Brasil e nos EUA cerca de 47

Levantamento feito pelo Centro de Estudos em Logiacutestica da

Universidade Federal do Rio de Janeiro concluiu que As companhias

brasileiras voltadas para o comeacutercio exterior perdem cerca de US$ 10 bilhotildees

por ano em consequumlecircncia dos problemas enfrentados na hora de transportar

mercadorias das aacutereas de produccedilatildeo ateacute os portos

ldquoOutro estudo feito pela Comissatildeo Econocircmica para a Ameacuterica Latina e o Caribe ligada agraves Naccedilotildees Unidas conclui que 35 do preccedilo final das mercadorias exportadas do Brasil e de outros paiacuteses latino-americanos se deve aos custos de transporte Nos Estados Unidos este iacutendice natildeo chega a 10rdquo (Veja Especial outubro de 2004 p 61)

Segundo levantamento da CNI Confederaccedilatildeo Nacional da Induacutestria

os custos com transporte equivalem a 1275 do PIB brasileiro enquanto nos

EUA correspondem a 820

Por deficiecircncias logiacutesticas exportar uma tonelada de soja do Brasil

para a China ndash do norte de Mato Grosso via Porto de Paranaguaacute ndash custa hoje

US$ 18 a mais do que fazer o mesmo do Estado norte-americano de Iowa Em

2007 a situaccedilatildeo se complicou com a falta generalizada de caminhotildees para o

mercado interno e de navios para o mercado externo

Poreacutem como as exportaccedilotildees estatildeo superando as importaccedilotildees

faltam contecircineres para o embarque de produtos brasileiros

Das cerca de 22 milhotildees de toneladas de produtos exportados

anualmente cerca de 95 saem pelos portos O problema comeccedila com o fato

de que a maioria das mercadorias a ser exportada chega aos portos por meio

de rodovias

21

Segundo a ANUT ndash Associaccedilatildeo Nacional dos Usuaacuterios de

Transportes de Carga em 2004 as empresas brasileiras desembolsaram US$

12 bilhatildeo em pagamentos por atrasos no embarque e desembarque de

mercadorias nos portos brasileiros

Na margem esquerda do porto de Santos haacute um problema de

lentidatildeo de escoamento pois existem mais de 6000 moradias irregulares

margeiam os trilhos obrigando os trens a reduzir a velocidade de 80 para 10

quilocircmetros por hora causando um acreacutescimo de custo na ordem de 34

quando nos Estados Unidos essa margem natildeo ultrapassa os 20

ldquoOs Estados da regiatildeo Centro Sul produzem 13 milhotildees de toneladas anuais de gratildeos cerca de 9 milhotildees saem do Estado por rodovias 80 delas sem pavimentaccedilatildeo portanto estaacute dependendo da conclusatildeo da Ferronorte e das Hidrovias Paranaacute Paraguai e Araguaia Tocantins para baixar seus custos de transporterdquo (Veja 17102001 p 146-147)

22

CAPIacuteTULO IV

ESTUDO DE CASOS SISTEMA DE TRANSPORTES DE

CURITIBA UBERLAcircNDIA GOIAcircNIA SAtildeO PAULO E

RIO DE JANEIRO

41 Curitiba

A cidade de Curitiba eacute conhecida internacionalmente pelo eficiente e

inovador sistema de transporte coletivo Como todas as ideacuteias novas o sistema

que possibilitou a integraccedilatildeo urbana de Curitiba foi cercado de duacutevidas Mas ao

longo dos anos foi comprovado que a criatividade foi mais eficaz que o

ceticismo

411 Bonde a cavalos

Em 1887 a Empreza Curitybana dirigida por Boaventura Capp

disponibilizou o primeiro bonde puxado por animais ligando a Boulevard 2 de

Julho (atual iniacutecio da Avenida Joatildeo Gualberto) ao bairro do Batel Esta foi a

pedra fundamental de parte da identidade mais latente da cidade de Curitiba o

transporte coletivo Naquele periacuteodo o passeio pela pacata Curitiba tinha

caracteriacutestica mais poeacutetica e os bondes davam o toque de charme (anexo 09)

A viagem inaugural dos primeiros bondes foi um dos maiores

acontecimentos da eacutepoca

Os jornais locais divulgaram com orgulho a partida dos quatro

vagotildees que contavam com ilustres passageiros como o presidente da proviacutencia

Faria Sobrinho

23

412 Bondes eleacutetricos

Apesar de o bondinho ter o objetivo de atender agraves massas ele era

dividido em duas categorias Na primeira classe era obrigatoacuterio que os

passageiros estivessem calccedilados Jaacute no bond mixto como era conhecida a

pessoa podiam viajar sem sapatos

O panorama do transporte coletivo da cidade mudou com a

introduccedilatildeo dos bondes eleacutetricos a partir 1912 Os primeiros bondes puxados

por mulas foram vendidos e amontoados no depoacutesito de ferro-velho em

Paranaguaacute

A mudanccedila foi necessaacuteria jaacute que o nuacutemero de passageiros

aumentou de 680 mil em 1903 para 19 milhatildeo por ano em 1913 a cidade

crescia rapidamente poreacutem de maneira desordenada

413 Os primeiros ocircnibus

Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia

Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo Dois anos

mais tarde comeccedilaram a aparecer as linhas particulares de ocircnibus apesar dos

bondes ainda serem a preferecircncia da populaccedilatildeo

Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto

da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bondes perderam

espaccedilo mas apesar das passagens mais caras o novo veiacuteculo era mais

confiaacutevel e seguro

Em 1951 saiacuteram de circulaccedilatildeo os uacuteltimos bondes dando lugar agraves

auto-lotaccedilotildees

Uma das grandes revoluccedilotildees no setor ocorreu em 1955 quando o

municiacutepio estabeleceu contratos de concessatildeo com 13 empresas

24

Naquela eacutepoca a cidade era atendida por 50 ocircnibus e 80 lotaccedilotildees

Em 1965 foi editado o Plano Diretor de Transportes de Curitiba estabelecendo

as vias estruturais que serviram como eixos base para movimentaccedilatildeo urbana

O plano foi considerado um dos mais perfeitos do mundo

Devido ao bom planejamento mesmo 15 anos depois os 673 ocircnibus

da capital paranaense transportavam 515 mil pessoas diariamente

A frota do transporte coletivo representava apenas 2 dos veiacuteculos

que trafegavam em Curitiba e era responsaacutevel pelo transporte de 75 das

pessoas que se locomoviam

Como a cidade crescia rapidamente em pouco tempo o sistema

tradicional estaria obsoleto e ineficaz para atender tanta gente Era necessaacuterio

algo de novo A soluccedilatildeo foi a implantaccedilatildeo dos ocircnibus expressos esse sistema

foi um dos grandes responsaacuteveis pelo avanccedilo no atendimento do transporte

coletivo

Natildeo se tratava somente de uma nova categoria de veiacuteculo mas

acima de tudo um sistema de transporte para meacutedias distacircncias que possuiacutea

via exclusiva

A primeira etapa foi agrave implantaccedilatildeo das canaletas exclusivas onde

circulavam os ocircnibus convencionais

O Departamento de Pesquisa de Veiacuteculos da Faculdade de

Engenharia Industrial de Satildeo Bernardo dos Campos (SP) apresentou ao

IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba) o primeiro

modelo de ocircnibus para atender as novas necessidades de transporte urbano

Batizado de Uiraquitan em homenagem ao nome indiacutegena dado ao primeiro

carro fabricado no Brasil foi projetado especialmente para o sistema viaacuterio de

Curitiba

25

414 Os primeiros ocircnibus expressos

Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo

nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimental os 20

primeiros expressos A frota partiu da Praccedila Generoso Marques para atender

passageiros do Eixo NorteSul Em um dos ocircnibus de inconfundiacutevel cor

vermelha o prefeito Jaime Lerner idealizador do projeto desde o tempo em que

era presidente do IPPUC ndash INSTITUTO DE PESQUISAS E PLANEJAMENTO

URBANO DE CURITIBA noticiava agrave imprensa a satisfaccedilatildeo de ver sua grande

obra em funcionamento

Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde

foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e caixas de correio

aleacutem da pista proacutepria o expresso foi comparado a um metrocirc na superfiacutecie Em

meacutedia todos os meses 19 milhatildeo de pessoas utilizavam o novo sistema de

transporte

As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi

crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento populacional e de

infra-estrutura da cidade Em 1980 Curitiba foi a primeira capital a adotar a

tarifa social O preccedilo da passagem era uacutenico independente do trecho da

viagem Com esta vantagem tambeacutem foi colocada em praacutetica a campanha Eacute

com esse que eu vou incentivando a populaccedilatildeo a deixar os carros em casa e

utilizar o veiacuteculo coletivo O preccedilo do petroacuteleo aumentava cada vez mais por

conta da crise mundial de combustiacuteveis

Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a

utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar a passagem

uacutenica Os usuaacuterios podiam trocar de linha dentro dos terminais sem pagar nova

passagem Com isto se consolidou a RIT (Rede Integrada de Transporte) Em

1980 os ocircnibus articulados com capacidade 80 maior comeccedilaram a

substituir gradativamente os antigos expressos Isto significou economia de

combustiacutevel em 46 e reduccedilatildeo de custo de 21 por passageiro transportado

26

Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS

(Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistema e passou a

ser a concessionaacuteria e as empresas operadoras as permissionaacuterias

Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia

incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas

alimentadoras para os usuaacuterios se deslocarem nos cinco eixos atendidos pelos

expressos 239 linhas em todo o sistema A RIT atendia em 1990 54 do total

de usuaacuterios do sistema iacutendice que chegou a 84 em 1995

Em outubro de 1991 sob encomenda da URBS a Volvo comeccedilou a

desenvolver o primeiro ocircnibus bi-articulado brasileiro batizado de Metrobuacutes

com 25 metros de comprimento e capacidade para transportar ateacute 270

passageiros

Neste periacuteodo foi implantada uma das maiores novidades do

transporte coletivo naquela deacutecada Foram criadas as Linhas Diretas servidas

por veiacuteculos de cor cinza popularmente chamados de Ligeirinhos (anexo 15)

Atraveacutes das rampas de acesso no lugar das escadas eles

permitiram o embarque e desembarque de passageiros atraveacutes das estaccedilotildees-

tubo que serviam como pequenos terminais possibilitando ao usuaacuterio a troca

de linhas sem pagar nova passagem

Os Bi-articulados comeccedilaram a substituir tambeacutem os ocircnibus

utilizados nas linhas do Express

As melhorias foram sendo colocadas em praacutetica como o sistema de

aviso de paradas

A cada saiacuteda de uma estaccedilatildeo-tubo o sistema eacute automaticamente

acionado para informar aos passageiros qual eacute o ponto seguinte e quais portas

27

deveratildeo ser utilizadas para o desembarque Sistema parecido com o usado por

alguns metrocircs em diversos lugares do mundo

Em 1996 a RIT ultrapassou as fronteiras e passou a atender a

Regiatildeo Metropolitana Em 1999 o Sistema Expresso comemorou 25 anos com

a inauguraccedilatildeo da linha Bi-articulada Circular Sul

Para relembrar o comeccedilo de tudo uma reacuteplica do primeiro ocircnibus

expresso de 1974 circulou do Terminal Capatildeo Raso ateacute a Praccedila Generoso

Marques transportando o entatildeo governador Jaime Lerner e o prefeito Caacutessio

Taniguchi

Foi como uma viagem no tempo para Lerner e para muitos

curitibanos que acompanharam o desenvolvimento do transporte coletivo da

cidade repleto de inovaccedilotildees e empreendedorismo para acompanhar o

crescimento urbano

Em 2000 a substituiccedilatildeo de 87 veiacuteculos articulados por 57 de maior

porte no eixo lesteoeste demonstrou que no sistema adotado por Curitiba

novidades satildeo sempre implantadas sem a necessidade de investimentos

incompatiacuteveis com a realidade da cidade

Os avanccedilos sociais marcam a histoacuteria recente do transporte coletivo

curitibano

Em 2005 o prefeito Beto Richa determinou o enxugamento de

despesas do sistema e o corte de dez centavos na tarifa reduzida para R$

180

Hoje 2 milhotildees de passageiros utilizam diariamente o Sistema

Integrado de Transporte Coletivo composto por 1980 ocircnibus que atendem 395

linhas O sistema eacute responsaacutevel pelo emprego direto de 15 mil pessoas entre

motoristas cobradores fiscais mecacircnicos entre outros profissionais

28

Com a construccedilatildeo da Linha Verde o Sistema de Transportes de

Curitiba estaacute em expansatildeo essa via uniraacute a cidade no trecho urbano na antiga

BR-116 melhorando o tracircnsito e os transportes em Curitiba

42 Uberlacircndia

A cidade de Uberlacircndia no Estado de Minas Gerais conta um

Sistema Integrado de Transporte Urbano (SIT) que racionalizou o uso dos

transportes urbanos com a unificaccedilatildeo do preccedilo das passagens aleacutem disso o

usuaacuterio natildeo paga mais duas passagens para chegar no local desejado

contando com um transporte coletivo 100 integrado e monitorado (GPRS)

administrado pela prefeitura

O sistema eacute dotado de bilhetagem eletrocircnica A maioria dos

veiacuteculos tecircm elevador para facilitar o acesso de deficientes fiacutesicos

O sistema eacute composto por seis terminais

bull Central

bull Santa Luzia

bull Planalto

bull Umuarama

bull Terminal Industrial (distrito industrial de Uberlacircndia)

O sistema conta com treze estaccedilotildees de embarque e desembarque

de passageiros interligando a regiatildeo central (Terminal Central) de Uberlacircndia

ao Anel Rodoviaacuterio (Terminal Santa Luzia) proporcionando um raacutepido acesso

agraves principais rodovias em torno do municiacutepio

43 Goiacircnia

A Prefeitura de Goiacircnia tem buscado soluccedilotildees inovadoras no que diz

respeito aos problemas que envolvem os transportes urbanos da cidade A

primeira grande mudanccedila no sistema de transportes coletivos da regiatildeo

29

metropolitana de Goiacircnia ocorreu em 1976 quando da implantaccedilatildeo do sistema

tronco-alimentador que se baseava em linhas troncais e alimentadoras atraveacutes

de terminais de integraccedilatildeo com a exploraccedilatildeo e operaccedilatildeo das linhas por

empresas concessionaacuterias privadas

No ano seguinte agrave sua implantaccedilatildeo o sistema possibilitou o

transporte de 35 milhotildees de passageiros nuacutemero que cresceu a uma taxa de

5 ao ano ateacute 1984 atingindo a meacutedia anual de 100 milhotildees de passageiros

No periacuteodo entre 1985 e 1991 a quantidade de passageiros

transportados continuou aumentando ateacute atingir o patamar de 250 milhotildees de

passageirosano em funccedilatildeo do aumento da demanda por transporte coletivo

urbano ocorrido em todo o paiacutes

Os problemas inflacionaacuterios de 1992 a 1994 e a diminuiccedilatildeo do poder

aquisitivo provocaram a queda da demanda para 200 milhotildees de

passageirosano

O sistema de transportes urbanos de Goiacircnia estaacute em expansatildeo

com a previsatildeo de entrada em operaccedilatildeo do Metrocirc de Superfiacutecie que contaraacute

com ocircnibus articulados e biarticulados de grande capacidade de passageiros

Visando a implantaccedilatildeo dessa via de superfiacutecie estaacute sendo testado o

modelo de ocircnibus biarticulado VOLVO B9 SALF (anexo 20) com grande

capacidade para transportar 270 passageiros Esse mesmo modelo estaacute em

operaccedilatildeo no Sistema Transantiago na capital chilena

44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro

441 Satildeo Paulo

A histoacuteria da cidade de Satildeo Paulo eacute marcada pela implantaccedilatildeo da

ferrovia mas a histoacuteria dos transportes puacuteblicos iniciada agrave mesma eacutepoca tem

30

nos tiacutelburis carros de duas rodas puxados por um cavalo sua primeira

apariccedilatildeo com a inauguraccedilatildeo em 1872 pela Companhia Carris de Ferro de Satildeo

Paulo da primeira linha de bondes puxados a burro

A primeira linha de bonde eleacutetrico foi inaugurada no iniacutecio do seacuteculo

XX em 7 de maio de 1900 ligando o largo de Satildeo Bento agrave Barra Funda Foi um

empreendimento da Satildeo Paulo Railway Light and Power Company LTd que

recebeu por transferecircncia a concessatildeo para organizar construir e operar

linhas de bonde por traccedilatildeo eleacutetrica para diversos pontos da cidade e seus

subuacuterbios durante 40 anos

Os primeiros auto-ocircnibus surgiram na cidade na deacutecada de 20

complementando a alternativa ao bonde que sofria as limitaccedilotildees de rede

energia e investimentos

Nos anos 30 a capital de Satildeo Paulo jaacute era considerada um grande

centro urbano e convivia com um tracircnsito agitado O Plano de Avenidas do

Prefeito Prestes Maia indicava a expressiva influecircncia do automoacutevel na vida e

na estrutura da cidade

A Comissatildeo de Estudos de Transportes Coletivos instituiacuteda em

1939 pocircs em discussatildeo a organizaccedilatildeo do transporte como serviccedilo puacuteblico e as

vantagens do monopoacutelio governamental lanccedilando as bases para a constituiccedilatildeo

de uma empresa municipal responsaacutevel pelo transporte coletivo

O nuacutemero de ocircnibus em Satildeo Paulo em 1941 superou os mil

enquanto o de bondes manteve-se em 500 Assim eram os ocircnibus que

transportavam a maior parte dos passageiros Trinta e sete empresas

particulares exploravam 90 linhas que circulavam pelo municiacutepio

Em 1946 atraveacutes do Decreto-Lei no 365 de 10 de outubro de 1946

o Prefeito Abrahatildeo Ribeiro autorizou a constituiccedilatildeo de uma empresa

31

responsaacutevel pelo transporte puacuteblico criando-se entatildeo a Companhia Municipal

de Transportes Coletivos ndash CMTC (anexo 10)

Em 1947 a Prefeitura determinou a transferecircncia do patrimocircnio da

Light relativo ao serviccedilo para a nova companhia e decidiu que as empresas

privadas passariam a operar somente as linhas de ocircnibus fora do periacutemetro

urbano

Em 1975 a COMPANHIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES

COLETIVOS - CMTC operava apenas 14 da frota de ocircnibus da cidade

Um novo contrato de concessatildeo foi firmado entre Prefeitura e CMTC

permitindo a contrataccedilatildeo os serviccedilos de transporte coletivo de passageiros em

23 aacutereas de operaccedilatildeo Assim uma mudanccedila efetiva ocorreu no sistema e no

mercado de transporte coletivo da cidade restituindo em parte agrave CMTC o seu

outro papel o de gestora do sistema

Nos anos 80 aleacutem de inovaccedilotildees operacionais e tecnoloacutegicas

promovidas pela CMTC - o Programa Troleibus a implantaccedilatildeo dos corredores

de ocircnibus em faixa exclusiva e a utilizaccedilatildeo de ocircnibus movidos a gaacutes metano e

natural- a gestatildeo do serviccedilo de transporte puacuteblico voltou a ser alvo da atenccedilatildeo

da administraccedilatildeo municipal tendo resultado inclusive em intervenccedilotildees

administrativas e gerenciais em algumas empresas operadoras

A relaccedilatildeo entre as empresas operadoras e a municipalidade passou

por nova e importante alteraccedilatildeo a partir do processo de municipalizaccedilatildeo

quando atraveacutes da Lei no 11037 1991 o sistema de remuneraccedilatildeo do

serviccedilo passou a ser feito pelo custo dos serviccedilos passando a operadora a ser

remunerada diretamente pela apropriaccedilatildeo da tarifa paga pelo passageiro

O serviccedilo contratado pela Prefeitura e operado pelas empresas eacute

remunerado conforme a afericcedilatildeo dos custos incorridos na prestaccedilatildeo do serviccedilo

A tarifa definida conforme paracircmetros econocircmicos e poliacuteticos passou a

32

pertencer a administraccedilatildeo municipal constituindo-se na principal fonte de

recursos para o pagamento do serviccedilo agraves empresas contratadas pela

operaccedilatildeo

No iniacutecio de 1993 a CMTC desempenhava ao mesmo tempo as

funccedilotildees de gestora do sistema de transporte coletivo e de operadora detendo

cerca de 27 de participaccedilatildeo no setor

A administraccedilatildeo tinha por objetivo a racionalizaccedilatildeo da operaccedilatildeo e

reduccedilatildeo do deacuteficit previsto pela manutenccedilatildeo da administraccedilatildeo da CMTC como

empresa operadora

A alteraccedilatildeo do perfil da frota da quantidade de ocircnibus e de

funcionaacuterios eram medidas indicadas que exigiriam altos investimentos e natildeo

gerariam necessariamente reduccedilatildeo de custos Optou-se entatildeo por encerrar

as atividades operacionais da antiga CMTC atraveacutes da privatizaccedilatildeo de toda a

operaccedilatildeo dos 2700 ocircnibus e das respectivas garagens reduzindo o quadro de

pessoal de 27 mil para cerca de 1200 empregados Esse processo se valeu da

flexibilidade do mesmo modelo de gestatildeo estabelecido pela Lei No 11037

91

A forma de remuneraccedilatildeo dos serviccedilos prestados pelas empresas

contratadas foi inovada alterando-se o criteacuterio anterior de pagamento

calculado pelo custo do quilocircmetro rodado por um valor limite por passageiro

transportado

A antiga CMTC foi entatildeo transformada na Satildeo Paulo Transporte

SA- SPTRANS nova denominaccedilatildeo adotada em 8 de marccedilo de 1995 para a

empresa que ficou voltada somente agrave gestatildeo do sistema de transporte da

cidade

Atualmente com o crescimento das aacutereas urbanas da cidade

tornou-se necessaacuterio ampliar a aacuterea viaacuteria do municiacutepio atualmente estaacute em

33

fase de conclusatildeo o anel rodoviaacuterio da grande Satildeo Paulo e do rodoanel vias

que depois de prontas desafogaratildeo o traacutefego de veiacuteculos na cidade

O sistema Metropolitano operado pela Companhia do Metropolitano

de Satildeo Paulo tambeacutem estaacute em expansatildeo e contribuiraacute para atender o aumento

da demanda de transportes urbanos na maior cidade do Brasil

442 Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro capital do estado homocircnimo eacute a segunda maior

metroacutepole do Brasil situada na regiatildeo Sudeste

Eacute a cidade brasileira mais conhecida no exterior e a maior rota de

turismo internacional no Brasil

A parte urbana do Municiacutepio do Rio de Janeiro recebeu a

denominaccedilatildeo de GRANDE RIO pela Lei complementar nordm 20 pela Lei

Complementar nordm 20 de 01 de julho de 1974 apoacutes a fusatildeo dos antigos estados

do Rio de Janeiro e Guanabara

Aleacutem da parte urbana da cidade existe tambeacutem a REGIAtildeO

METROPOLITANA II DO RIO DE JANEIRO que abrange os municiacutepios de

Niteroacutei Satildeo Gonccedilalo Itaboraiacute Rio Bonito e Tanguaacute

A cidade foi capital do Brasil Colocircnia a partir de 1763 capital do

Impeacuterio Portuguecircs na eacutepoca das invasotildees de Napoleatildeo capital do Impeacuterio do

Brasil e capital da Repuacuteblica ateacute a inauguraccedilatildeo de Brasiacutelia na deacutecada de 60

As primeiras vias na regiatildeo onde hoje estaacute situada a Cidade do Rio

de Janeiro foram abertas pelos Tamoios com objetivos estrateacutegicos e de

defesa Eram veredas no interior da floresta e dirigiam-se ao interior em direccedilatildeo

agrave Serra do Mar (Santos 1934) Os rios e a Baiacutea de Guanabara eram as outras

vias naturais utilizadas por eles

34

Ateacute os primeiros anos do seacuteculo XIX o espaccedilo urbano da Cidade do

Rio de Janeiro limitava-se ao quadrilaacutetero formado pelos Morros do Castelo

Satildeo Bento Santo Antocircnio e da Conceiccedilatildeo De acordo com Abreu (1987) este

chatildeo fora duramente conquistado agrave natureza aterrando-se brejos e mangues

nos trecircs primeiros seacuteculos de existecircncia da cidade Considerando-se os limites

da cidade de entatildeo como sendo ao norte o Campo de Santana ao sul o Largo

do Machado e a regiatildeo de Mata Cavalos (hoje Rua do Riachuelo) e que natildeo

existiam ateacute entatildeo meios de transporte coletivo pode-se afirmar que a maioria

dos deslocamentos eram realizados a peacute em carro de bois eou no lombo de

animais Soacute posteriormente foram introduzidos as andas as redes e os

palanguins

Segundo Dunlop (1973) estes meios de transportes eram como

uma cama suspensa em longo varal conduzida nos ombros por escravos um

agrave frente outro agrave retaguarda

Para as viagens de longa distacircncia neste periacuteodo aqueles que

desejavam ir agraves Minas Gerais Satildeo Paulo ou ao interior do paiacutes tinham que

realizar por exemplo viagens que envolviam animais barcos e comeccedilavam

realizando um percurso pela Baiacutea de Guanabara

Com a chegada da famiacutelia real portuguesa por volta de 1808 foram

trazidas pela corte os coches carruagens seges e o cabriolet

Considerando-se os limites urbanos da cidade bem como as

caracteriacutesticas daquela sociedade colonial portuguesa nos troacutepicos pode-se

afirmar que somente as pessoas de posse ou que possuiacuteam seus proacuteprios

meios de transportes tinham condiccedilatildeo e direito de deslocar-se agraves localidades

mais afastadas do centro histoacuterico da cidade ou empreenderem viagens mais

longas

O transporte puacuteblico soacute foi introduzido na cidade por volta de 1817

com a adoccedilatildeo das Gocircndolas e Diligecircncias veiacuteculos de transporte coletivo

35

puxado agrave burros eou cavalos muito utilizados por todos que necessitavam

deslocar-se dentro do periacutemetro urbano Estes veiacuteculos operavam o transporte

de passageiros entre o centro da cidade e o Palaacutecio da Boa Vista em Satildeo

Cristoacutevatildeo e de Santa Cruz na Fazenda Real por concessatildeo

Dunlop (1973) esclarece que os primeiros ocircnibus tambeacutem puxados

por quatro animais comeccedilaram a trafegar no Rio em 1837 ou 1838 por

iniciativa do francecircs Jean Lecoqrdquo

Eram carros compridos () com dois bancos longitudinais

semelhantes aos bondes fechados da Botanical Garden que aqui surgiram

trinta anos mais tarde Transportavam de vinte a vinte e quatro passageiros

A denominada Companhia de Ocircnibus ainda segundo Dunlop

oferecia serviccedilos para os bairros de Botafogo Laranjeiras Satildeo Cristoacutevatildeo

Andaraiacute Pequeno - hoje Tijuca - Rio Comprido e Engenho Velho Estes

serviccedilos contribuiacuteram muito para o desenvolvimento e crescimento destes

bairros oferecendo uma opccedilatildeo de moradia agravequeles que desejavam sair do

centro histoacuterico aacuterea jaacute conturbada entatildeo

Destaca-se o papel exercido pelos trens agrave partir de 1858 com a

construccedilatildeo da Estrada de Ferro D Pedro II posteriormente denominada E F

Central do Brasil Este novo meio de transporte ofereceu pela primeira vez

uma maneira veloz e confiaacutevel que alcanccedilava longas distacircncias e circulava em

horaacuterios preacute-estabelecidos e regulares Inicialmente usado somente para o

transporte de cargas - para escoar a produccedilatildeo de cafeacute do Vale do Paraiacuteba em

direccedilatildeo ao Porto do Rio de Janeiro - e para o transporte de passageiros de

longa distacircncia

Outras ferrovias seguiram-se a esta primeira tais como a The

Leopoldina Railway Company (depois E F Leopoldina) E F Rio DOuro (hoje

Linha 2 do Metrocirc) E F Melhoramentos do Brasil (depois Linha Auxiliar da

36

Central do Brasil) Todas foram unificadas na Rede Ferroviaacuteria Federal SA

(1957)

ldquoO trem favoreceu o surgimento dos bairros mais afastados do centro na periferia no que posteriormente veio a ser conhecido como os subuacuterbios ferroviaacuterios da Central do Brasil Contribuiu muito tambeacutem para o desenvolvimento dos municiacutepios da Baixada Fluminense e da periferia distante do centro da Cidade do Rio de Janeirordquo (ABREU 1987)

O bonde inicialmente em traccedilatildeo animal e posteriormente

eletrificado foi o meio de transporte que juntamente com os ocircnibus tambeacutem

em traccedilatildeo animal favoreceu o crescimento e desenvolvimento da cidade O

trem chegava ateacute as estaccedilotildees mas era o bonde que circulava no interior do

bairro

Em 1859 circulou o primeiro bonde puxado a burro na cidade do

Rio de Janeiro ligando o Largo do Rocio ao Alto da Boa Vista Esta linha era

controlada pela Cia Carris de Ferro cuja exploraccedilatildeo fora concedida ao

empresaacuterio inglecircs Thomas Cochrane em 1856

Outras empresas vieram em seguida como a Botanical Garden

Railroad Company posteriormente Cia Ferro Carril do Jardim Botacircnico ou a

Rio de Janeiro Street Railroad Company posteriormente Cia Satildeo Cristoacutevatildeo

O Baratildeo de Drumond por sua vez obteve uma concessatildeo para

explorar a Companhia Ferro Carril de Vila Isabel para atender aos bairros do

Andarahy Grande (Andaraiacute Vila Isabel Grajauacute e Maracanatilde) Satildeo Francisco

Xavier e Engenho Novo

ldquoA criaccedilatildeo desta empresa estava fortemente ligada a abertura do bairro de Vila Isabel nas terras da entatildeo Fazenda do Macaco de propriedade da famiacutelia imperial caracterizando um empreendimento conjugado (transporteloteamento)rdquo (Abreu 1987)

37

Os bondes foram substituiacutedos na deacutecada de 1960 pelos ocircnibus

eleacutetricos denominados de troleibus ou chifrudos pela populaccedilatildeo por causa

da forma de captaccedilatildeo de energia eleacutetrica da rede aeacuterea

Apoacutes breve periacuteodo em operaccedilatildeo pela CTC os troleibus foram

substituiacutedos pelos ocircnibus agrave diesel da mesma companhia estadual

O uso das barcas como meio de transporte e passageiros no

contexto da Regiatildeo Metropolitana destacando-se pela existecircncia de uma via

natural a Baiacutea de Guanabara e a costa oceacircnica firmando-se como transporte

regular agrave partir do ano de 1853 com a implantaccedilatildeo da Cia de Navegaccedilatildeo de

Niteroacutei

Ao longo dos anos foram transportadas cargas veiacuteculos e

passageiros sendo reconhecido como um meio eficiente na ligaccedilatildeo entre as

cidades do Rio de Janeiro e Niteroacutei

Apoacutes a construccedilatildeo da Ponte Rio - Niteroacutei sua importacircncia foi

diminuindo ano a ano apesar de toda sua potencialidade instalada

Outras ligaccedilotildees natildeo soacute para a aacuterea central de Niteroacutei podem ser

melhor exploradas com impactos favoraacuteveis no sistema de transporte como

um todo e para o meio ambiente

Afinal todas as localidades das cidades eou bairros situadas agraves

margens da baiacutea ou na costa do estado satildeo potencialmente habilitadas a

serem servidas por barcas

Falar em transportes urbanos significa tambeacutem falar em problemas

de tracircnsito e engarrafamentos que eacute um dos maiores vilotildees da agitada do

Seacuteculo XXI

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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agosto de 2009

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httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 20: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

20

O Brasil possui 17 milhotildees de quilocircmetros de rodovias e apenas

29798 quilocircmetros de ferrovias e cerca 42000 km de rios navegaacuteveis As

ferrovias transportam 24 da carga no Brasil e nos EUA cerca de 47

Levantamento feito pelo Centro de Estudos em Logiacutestica da

Universidade Federal do Rio de Janeiro concluiu que As companhias

brasileiras voltadas para o comeacutercio exterior perdem cerca de US$ 10 bilhotildees

por ano em consequumlecircncia dos problemas enfrentados na hora de transportar

mercadorias das aacutereas de produccedilatildeo ateacute os portos

ldquoOutro estudo feito pela Comissatildeo Econocircmica para a Ameacuterica Latina e o Caribe ligada agraves Naccedilotildees Unidas conclui que 35 do preccedilo final das mercadorias exportadas do Brasil e de outros paiacuteses latino-americanos se deve aos custos de transporte Nos Estados Unidos este iacutendice natildeo chega a 10rdquo (Veja Especial outubro de 2004 p 61)

Segundo levantamento da CNI Confederaccedilatildeo Nacional da Induacutestria

os custos com transporte equivalem a 1275 do PIB brasileiro enquanto nos

EUA correspondem a 820

Por deficiecircncias logiacutesticas exportar uma tonelada de soja do Brasil

para a China ndash do norte de Mato Grosso via Porto de Paranaguaacute ndash custa hoje

US$ 18 a mais do que fazer o mesmo do Estado norte-americano de Iowa Em

2007 a situaccedilatildeo se complicou com a falta generalizada de caminhotildees para o

mercado interno e de navios para o mercado externo

Poreacutem como as exportaccedilotildees estatildeo superando as importaccedilotildees

faltam contecircineres para o embarque de produtos brasileiros

Das cerca de 22 milhotildees de toneladas de produtos exportados

anualmente cerca de 95 saem pelos portos O problema comeccedila com o fato

de que a maioria das mercadorias a ser exportada chega aos portos por meio

de rodovias

21

Segundo a ANUT ndash Associaccedilatildeo Nacional dos Usuaacuterios de

Transportes de Carga em 2004 as empresas brasileiras desembolsaram US$

12 bilhatildeo em pagamentos por atrasos no embarque e desembarque de

mercadorias nos portos brasileiros

Na margem esquerda do porto de Santos haacute um problema de

lentidatildeo de escoamento pois existem mais de 6000 moradias irregulares

margeiam os trilhos obrigando os trens a reduzir a velocidade de 80 para 10

quilocircmetros por hora causando um acreacutescimo de custo na ordem de 34

quando nos Estados Unidos essa margem natildeo ultrapassa os 20

ldquoOs Estados da regiatildeo Centro Sul produzem 13 milhotildees de toneladas anuais de gratildeos cerca de 9 milhotildees saem do Estado por rodovias 80 delas sem pavimentaccedilatildeo portanto estaacute dependendo da conclusatildeo da Ferronorte e das Hidrovias Paranaacute Paraguai e Araguaia Tocantins para baixar seus custos de transporterdquo (Veja 17102001 p 146-147)

22

CAPIacuteTULO IV

ESTUDO DE CASOS SISTEMA DE TRANSPORTES DE

CURITIBA UBERLAcircNDIA GOIAcircNIA SAtildeO PAULO E

RIO DE JANEIRO

41 Curitiba

A cidade de Curitiba eacute conhecida internacionalmente pelo eficiente e

inovador sistema de transporte coletivo Como todas as ideacuteias novas o sistema

que possibilitou a integraccedilatildeo urbana de Curitiba foi cercado de duacutevidas Mas ao

longo dos anos foi comprovado que a criatividade foi mais eficaz que o

ceticismo

411 Bonde a cavalos

Em 1887 a Empreza Curitybana dirigida por Boaventura Capp

disponibilizou o primeiro bonde puxado por animais ligando a Boulevard 2 de

Julho (atual iniacutecio da Avenida Joatildeo Gualberto) ao bairro do Batel Esta foi a

pedra fundamental de parte da identidade mais latente da cidade de Curitiba o

transporte coletivo Naquele periacuteodo o passeio pela pacata Curitiba tinha

caracteriacutestica mais poeacutetica e os bondes davam o toque de charme (anexo 09)

A viagem inaugural dos primeiros bondes foi um dos maiores

acontecimentos da eacutepoca

Os jornais locais divulgaram com orgulho a partida dos quatro

vagotildees que contavam com ilustres passageiros como o presidente da proviacutencia

Faria Sobrinho

23

412 Bondes eleacutetricos

Apesar de o bondinho ter o objetivo de atender agraves massas ele era

dividido em duas categorias Na primeira classe era obrigatoacuterio que os

passageiros estivessem calccedilados Jaacute no bond mixto como era conhecida a

pessoa podiam viajar sem sapatos

O panorama do transporte coletivo da cidade mudou com a

introduccedilatildeo dos bondes eleacutetricos a partir 1912 Os primeiros bondes puxados

por mulas foram vendidos e amontoados no depoacutesito de ferro-velho em

Paranaguaacute

A mudanccedila foi necessaacuteria jaacute que o nuacutemero de passageiros

aumentou de 680 mil em 1903 para 19 milhatildeo por ano em 1913 a cidade

crescia rapidamente poreacutem de maneira desordenada

413 Os primeiros ocircnibus

Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia

Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo Dois anos

mais tarde comeccedilaram a aparecer as linhas particulares de ocircnibus apesar dos

bondes ainda serem a preferecircncia da populaccedilatildeo

Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto

da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bondes perderam

espaccedilo mas apesar das passagens mais caras o novo veiacuteculo era mais

confiaacutevel e seguro

Em 1951 saiacuteram de circulaccedilatildeo os uacuteltimos bondes dando lugar agraves

auto-lotaccedilotildees

Uma das grandes revoluccedilotildees no setor ocorreu em 1955 quando o

municiacutepio estabeleceu contratos de concessatildeo com 13 empresas

24

Naquela eacutepoca a cidade era atendida por 50 ocircnibus e 80 lotaccedilotildees

Em 1965 foi editado o Plano Diretor de Transportes de Curitiba estabelecendo

as vias estruturais que serviram como eixos base para movimentaccedilatildeo urbana

O plano foi considerado um dos mais perfeitos do mundo

Devido ao bom planejamento mesmo 15 anos depois os 673 ocircnibus

da capital paranaense transportavam 515 mil pessoas diariamente

A frota do transporte coletivo representava apenas 2 dos veiacuteculos

que trafegavam em Curitiba e era responsaacutevel pelo transporte de 75 das

pessoas que se locomoviam

Como a cidade crescia rapidamente em pouco tempo o sistema

tradicional estaria obsoleto e ineficaz para atender tanta gente Era necessaacuterio

algo de novo A soluccedilatildeo foi a implantaccedilatildeo dos ocircnibus expressos esse sistema

foi um dos grandes responsaacuteveis pelo avanccedilo no atendimento do transporte

coletivo

Natildeo se tratava somente de uma nova categoria de veiacuteculo mas

acima de tudo um sistema de transporte para meacutedias distacircncias que possuiacutea

via exclusiva

A primeira etapa foi agrave implantaccedilatildeo das canaletas exclusivas onde

circulavam os ocircnibus convencionais

O Departamento de Pesquisa de Veiacuteculos da Faculdade de

Engenharia Industrial de Satildeo Bernardo dos Campos (SP) apresentou ao

IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba) o primeiro

modelo de ocircnibus para atender as novas necessidades de transporte urbano

Batizado de Uiraquitan em homenagem ao nome indiacutegena dado ao primeiro

carro fabricado no Brasil foi projetado especialmente para o sistema viaacuterio de

Curitiba

25

414 Os primeiros ocircnibus expressos

Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo

nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimental os 20

primeiros expressos A frota partiu da Praccedila Generoso Marques para atender

passageiros do Eixo NorteSul Em um dos ocircnibus de inconfundiacutevel cor

vermelha o prefeito Jaime Lerner idealizador do projeto desde o tempo em que

era presidente do IPPUC ndash INSTITUTO DE PESQUISAS E PLANEJAMENTO

URBANO DE CURITIBA noticiava agrave imprensa a satisfaccedilatildeo de ver sua grande

obra em funcionamento

Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde

foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e caixas de correio

aleacutem da pista proacutepria o expresso foi comparado a um metrocirc na superfiacutecie Em

meacutedia todos os meses 19 milhatildeo de pessoas utilizavam o novo sistema de

transporte

As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi

crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento populacional e de

infra-estrutura da cidade Em 1980 Curitiba foi a primeira capital a adotar a

tarifa social O preccedilo da passagem era uacutenico independente do trecho da

viagem Com esta vantagem tambeacutem foi colocada em praacutetica a campanha Eacute

com esse que eu vou incentivando a populaccedilatildeo a deixar os carros em casa e

utilizar o veiacuteculo coletivo O preccedilo do petroacuteleo aumentava cada vez mais por

conta da crise mundial de combustiacuteveis

Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a

utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar a passagem

uacutenica Os usuaacuterios podiam trocar de linha dentro dos terminais sem pagar nova

passagem Com isto se consolidou a RIT (Rede Integrada de Transporte) Em

1980 os ocircnibus articulados com capacidade 80 maior comeccedilaram a

substituir gradativamente os antigos expressos Isto significou economia de

combustiacutevel em 46 e reduccedilatildeo de custo de 21 por passageiro transportado

26

Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS

(Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistema e passou a

ser a concessionaacuteria e as empresas operadoras as permissionaacuterias

Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia

incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas

alimentadoras para os usuaacuterios se deslocarem nos cinco eixos atendidos pelos

expressos 239 linhas em todo o sistema A RIT atendia em 1990 54 do total

de usuaacuterios do sistema iacutendice que chegou a 84 em 1995

Em outubro de 1991 sob encomenda da URBS a Volvo comeccedilou a

desenvolver o primeiro ocircnibus bi-articulado brasileiro batizado de Metrobuacutes

com 25 metros de comprimento e capacidade para transportar ateacute 270

passageiros

Neste periacuteodo foi implantada uma das maiores novidades do

transporte coletivo naquela deacutecada Foram criadas as Linhas Diretas servidas

por veiacuteculos de cor cinza popularmente chamados de Ligeirinhos (anexo 15)

Atraveacutes das rampas de acesso no lugar das escadas eles

permitiram o embarque e desembarque de passageiros atraveacutes das estaccedilotildees-

tubo que serviam como pequenos terminais possibilitando ao usuaacuterio a troca

de linhas sem pagar nova passagem

Os Bi-articulados comeccedilaram a substituir tambeacutem os ocircnibus

utilizados nas linhas do Express

As melhorias foram sendo colocadas em praacutetica como o sistema de

aviso de paradas

A cada saiacuteda de uma estaccedilatildeo-tubo o sistema eacute automaticamente

acionado para informar aos passageiros qual eacute o ponto seguinte e quais portas

27

deveratildeo ser utilizadas para o desembarque Sistema parecido com o usado por

alguns metrocircs em diversos lugares do mundo

Em 1996 a RIT ultrapassou as fronteiras e passou a atender a

Regiatildeo Metropolitana Em 1999 o Sistema Expresso comemorou 25 anos com

a inauguraccedilatildeo da linha Bi-articulada Circular Sul

Para relembrar o comeccedilo de tudo uma reacuteplica do primeiro ocircnibus

expresso de 1974 circulou do Terminal Capatildeo Raso ateacute a Praccedila Generoso

Marques transportando o entatildeo governador Jaime Lerner e o prefeito Caacutessio

Taniguchi

Foi como uma viagem no tempo para Lerner e para muitos

curitibanos que acompanharam o desenvolvimento do transporte coletivo da

cidade repleto de inovaccedilotildees e empreendedorismo para acompanhar o

crescimento urbano

Em 2000 a substituiccedilatildeo de 87 veiacuteculos articulados por 57 de maior

porte no eixo lesteoeste demonstrou que no sistema adotado por Curitiba

novidades satildeo sempre implantadas sem a necessidade de investimentos

incompatiacuteveis com a realidade da cidade

Os avanccedilos sociais marcam a histoacuteria recente do transporte coletivo

curitibano

Em 2005 o prefeito Beto Richa determinou o enxugamento de

despesas do sistema e o corte de dez centavos na tarifa reduzida para R$

180

Hoje 2 milhotildees de passageiros utilizam diariamente o Sistema

Integrado de Transporte Coletivo composto por 1980 ocircnibus que atendem 395

linhas O sistema eacute responsaacutevel pelo emprego direto de 15 mil pessoas entre

motoristas cobradores fiscais mecacircnicos entre outros profissionais

28

Com a construccedilatildeo da Linha Verde o Sistema de Transportes de

Curitiba estaacute em expansatildeo essa via uniraacute a cidade no trecho urbano na antiga

BR-116 melhorando o tracircnsito e os transportes em Curitiba

42 Uberlacircndia

A cidade de Uberlacircndia no Estado de Minas Gerais conta um

Sistema Integrado de Transporte Urbano (SIT) que racionalizou o uso dos

transportes urbanos com a unificaccedilatildeo do preccedilo das passagens aleacutem disso o

usuaacuterio natildeo paga mais duas passagens para chegar no local desejado

contando com um transporte coletivo 100 integrado e monitorado (GPRS)

administrado pela prefeitura

O sistema eacute dotado de bilhetagem eletrocircnica A maioria dos

veiacuteculos tecircm elevador para facilitar o acesso de deficientes fiacutesicos

O sistema eacute composto por seis terminais

bull Central

bull Santa Luzia

bull Planalto

bull Umuarama

bull Terminal Industrial (distrito industrial de Uberlacircndia)

O sistema conta com treze estaccedilotildees de embarque e desembarque

de passageiros interligando a regiatildeo central (Terminal Central) de Uberlacircndia

ao Anel Rodoviaacuterio (Terminal Santa Luzia) proporcionando um raacutepido acesso

agraves principais rodovias em torno do municiacutepio

43 Goiacircnia

A Prefeitura de Goiacircnia tem buscado soluccedilotildees inovadoras no que diz

respeito aos problemas que envolvem os transportes urbanos da cidade A

primeira grande mudanccedila no sistema de transportes coletivos da regiatildeo

29

metropolitana de Goiacircnia ocorreu em 1976 quando da implantaccedilatildeo do sistema

tronco-alimentador que se baseava em linhas troncais e alimentadoras atraveacutes

de terminais de integraccedilatildeo com a exploraccedilatildeo e operaccedilatildeo das linhas por

empresas concessionaacuterias privadas

No ano seguinte agrave sua implantaccedilatildeo o sistema possibilitou o

transporte de 35 milhotildees de passageiros nuacutemero que cresceu a uma taxa de

5 ao ano ateacute 1984 atingindo a meacutedia anual de 100 milhotildees de passageiros

No periacuteodo entre 1985 e 1991 a quantidade de passageiros

transportados continuou aumentando ateacute atingir o patamar de 250 milhotildees de

passageirosano em funccedilatildeo do aumento da demanda por transporte coletivo

urbano ocorrido em todo o paiacutes

Os problemas inflacionaacuterios de 1992 a 1994 e a diminuiccedilatildeo do poder

aquisitivo provocaram a queda da demanda para 200 milhotildees de

passageirosano

O sistema de transportes urbanos de Goiacircnia estaacute em expansatildeo

com a previsatildeo de entrada em operaccedilatildeo do Metrocirc de Superfiacutecie que contaraacute

com ocircnibus articulados e biarticulados de grande capacidade de passageiros

Visando a implantaccedilatildeo dessa via de superfiacutecie estaacute sendo testado o

modelo de ocircnibus biarticulado VOLVO B9 SALF (anexo 20) com grande

capacidade para transportar 270 passageiros Esse mesmo modelo estaacute em

operaccedilatildeo no Sistema Transantiago na capital chilena

44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro

441 Satildeo Paulo

A histoacuteria da cidade de Satildeo Paulo eacute marcada pela implantaccedilatildeo da

ferrovia mas a histoacuteria dos transportes puacuteblicos iniciada agrave mesma eacutepoca tem

30

nos tiacutelburis carros de duas rodas puxados por um cavalo sua primeira

apariccedilatildeo com a inauguraccedilatildeo em 1872 pela Companhia Carris de Ferro de Satildeo

Paulo da primeira linha de bondes puxados a burro

A primeira linha de bonde eleacutetrico foi inaugurada no iniacutecio do seacuteculo

XX em 7 de maio de 1900 ligando o largo de Satildeo Bento agrave Barra Funda Foi um

empreendimento da Satildeo Paulo Railway Light and Power Company LTd que

recebeu por transferecircncia a concessatildeo para organizar construir e operar

linhas de bonde por traccedilatildeo eleacutetrica para diversos pontos da cidade e seus

subuacuterbios durante 40 anos

Os primeiros auto-ocircnibus surgiram na cidade na deacutecada de 20

complementando a alternativa ao bonde que sofria as limitaccedilotildees de rede

energia e investimentos

Nos anos 30 a capital de Satildeo Paulo jaacute era considerada um grande

centro urbano e convivia com um tracircnsito agitado O Plano de Avenidas do

Prefeito Prestes Maia indicava a expressiva influecircncia do automoacutevel na vida e

na estrutura da cidade

A Comissatildeo de Estudos de Transportes Coletivos instituiacuteda em

1939 pocircs em discussatildeo a organizaccedilatildeo do transporte como serviccedilo puacuteblico e as

vantagens do monopoacutelio governamental lanccedilando as bases para a constituiccedilatildeo

de uma empresa municipal responsaacutevel pelo transporte coletivo

O nuacutemero de ocircnibus em Satildeo Paulo em 1941 superou os mil

enquanto o de bondes manteve-se em 500 Assim eram os ocircnibus que

transportavam a maior parte dos passageiros Trinta e sete empresas

particulares exploravam 90 linhas que circulavam pelo municiacutepio

Em 1946 atraveacutes do Decreto-Lei no 365 de 10 de outubro de 1946

o Prefeito Abrahatildeo Ribeiro autorizou a constituiccedilatildeo de uma empresa

31

responsaacutevel pelo transporte puacuteblico criando-se entatildeo a Companhia Municipal

de Transportes Coletivos ndash CMTC (anexo 10)

Em 1947 a Prefeitura determinou a transferecircncia do patrimocircnio da

Light relativo ao serviccedilo para a nova companhia e decidiu que as empresas

privadas passariam a operar somente as linhas de ocircnibus fora do periacutemetro

urbano

Em 1975 a COMPANHIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES

COLETIVOS - CMTC operava apenas 14 da frota de ocircnibus da cidade

Um novo contrato de concessatildeo foi firmado entre Prefeitura e CMTC

permitindo a contrataccedilatildeo os serviccedilos de transporte coletivo de passageiros em

23 aacutereas de operaccedilatildeo Assim uma mudanccedila efetiva ocorreu no sistema e no

mercado de transporte coletivo da cidade restituindo em parte agrave CMTC o seu

outro papel o de gestora do sistema

Nos anos 80 aleacutem de inovaccedilotildees operacionais e tecnoloacutegicas

promovidas pela CMTC - o Programa Troleibus a implantaccedilatildeo dos corredores

de ocircnibus em faixa exclusiva e a utilizaccedilatildeo de ocircnibus movidos a gaacutes metano e

natural- a gestatildeo do serviccedilo de transporte puacuteblico voltou a ser alvo da atenccedilatildeo

da administraccedilatildeo municipal tendo resultado inclusive em intervenccedilotildees

administrativas e gerenciais em algumas empresas operadoras

A relaccedilatildeo entre as empresas operadoras e a municipalidade passou

por nova e importante alteraccedilatildeo a partir do processo de municipalizaccedilatildeo

quando atraveacutes da Lei no 11037 1991 o sistema de remuneraccedilatildeo do

serviccedilo passou a ser feito pelo custo dos serviccedilos passando a operadora a ser

remunerada diretamente pela apropriaccedilatildeo da tarifa paga pelo passageiro

O serviccedilo contratado pela Prefeitura e operado pelas empresas eacute

remunerado conforme a afericcedilatildeo dos custos incorridos na prestaccedilatildeo do serviccedilo

A tarifa definida conforme paracircmetros econocircmicos e poliacuteticos passou a

32

pertencer a administraccedilatildeo municipal constituindo-se na principal fonte de

recursos para o pagamento do serviccedilo agraves empresas contratadas pela

operaccedilatildeo

No iniacutecio de 1993 a CMTC desempenhava ao mesmo tempo as

funccedilotildees de gestora do sistema de transporte coletivo e de operadora detendo

cerca de 27 de participaccedilatildeo no setor

A administraccedilatildeo tinha por objetivo a racionalizaccedilatildeo da operaccedilatildeo e

reduccedilatildeo do deacuteficit previsto pela manutenccedilatildeo da administraccedilatildeo da CMTC como

empresa operadora

A alteraccedilatildeo do perfil da frota da quantidade de ocircnibus e de

funcionaacuterios eram medidas indicadas que exigiriam altos investimentos e natildeo

gerariam necessariamente reduccedilatildeo de custos Optou-se entatildeo por encerrar

as atividades operacionais da antiga CMTC atraveacutes da privatizaccedilatildeo de toda a

operaccedilatildeo dos 2700 ocircnibus e das respectivas garagens reduzindo o quadro de

pessoal de 27 mil para cerca de 1200 empregados Esse processo se valeu da

flexibilidade do mesmo modelo de gestatildeo estabelecido pela Lei No 11037

91

A forma de remuneraccedilatildeo dos serviccedilos prestados pelas empresas

contratadas foi inovada alterando-se o criteacuterio anterior de pagamento

calculado pelo custo do quilocircmetro rodado por um valor limite por passageiro

transportado

A antiga CMTC foi entatildeo transformada na Satildeo Paulo Transporte

SA- SPTRANS nova denominaccedilatildeo adotada em 8 de marccedilo de 1995 para a

empresa que ficou voltada somente agrave gestatildeo do sistema de transporte da

cidade

Atualmente com o crescimento das aacutereas urbanas da cidade

tornou-se necessaacuterio ampliar a aacuterea viaacuteria do municiacutepio atualmente estaacute em

33

fase de conclusatildeo o anel rodoviaacuterio da grande Satildeo Paulo e do rodoanel vias

que depois de prontas desafogaratildeo o traacutefego de veiacuteculos na cidade

O sistema Metropolitano operado pela Companhia do Metropolitano

de Satildeo Paulo tambeacutem estaacute em expansatildeo e contribuiraacute para atender o aumento

da demanda de transportes urbanos na maior cidade do Brasil

442 Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro capital do estado homocircnimo eacute a segunda maior

metroacutepole do Brasil situada na regiatildeo Sudeste

Eacute a cidade brasileira mais conhecida no exterior e a maior rota de

turismo internacional no Brasil

A parte urbana do Municiacutepio do Rio de Janeiro recebeu a

denominaccedilatildeo de GRANDE RIO pela Lei complementar nordm 20 pela Lei

Complementar nordm 20 de 01 de julho de 1974 apoacutes a fusatildeo dos antigos estados

do Rio de Janeiro e Guanabara

Aleacutem da parte urbana da cidade existe tambeacutem a REGIAtildeO

METROPOLITANA II DO RIO DE JANEIRO que abrange os municiacutepios de

Niteroacutei Satildeo Gonccedilalo Itaboraiacute Rio Bonito e Tanguaacute

A cidade foi capital do Brasil Colocircnia a partir de 1763 capital do

Impeacuterio Portuguecircs na eacutepoca das invasotildees de Napoleatildeo capital do Impeacuterio do

Brasil e capital da Repuacuteblica ateacute a inauguraccedilatildeo de Brasiacutelia na deacutecada de 60

As primeiras vias na regiatildeo onde hoje estaacute situada a Cidade do Rio

de Janeiro foram abertas pelos Tamoios com objetivos estrateacutegicos e de

defesa Eram veredas no interior da floresta e dirigiam-se ao interior em direccedilatildeo

agrave Serra do Mar (Santos 1934) Os rios e a Baiacutea de Guanabara eram as outras

vias naturais utilizadas por eles

34

Ateacute os primeiros anos do seacuteculo XIX o espaccedilo urbano da Cidade do

Rio de Janeiro limitava-se ao quadrilaacutetero formado pelos Morros do Castelo

Satildeo Bento Santo Antocircnio e da Conceiccedilatildeo De acordo com Abreu (1987) este

chatildeo fora duramente conquistado agrave natureza aterrando-se brejos e mangues

nos trecircs primeiros seacuteculos de existecircncia da cidade Considerando-se os limites

da cidade de entatildeo como sendo ao norte o Campo de Santana ao sul o Largo

do Machado e a regiatildeo de Mata Cavalos (hoje Rua do Riachuelo) e que natildeo

existiam ateacute entatildeo meios de transporte coletivo pode-se afirmar que a maioria

dos deslocamentos eram realizados a peacute em carro de bois eou no lombo de

animais Soacute posteriormente foram introduzidos as andas as redes e os

palanguins

Segundo Dunlop (1973) estes meios de transportes eram como

uma cama suspensa em longo varal conduzida nos ombros por escravos um

agrave frente outro agrave retaguarda

Para as viagens de longa distacircncia neste periacuteodo aqueles que

desejavam ir agraves Minas Gerais Satildeo Paulo ou ao interior do paiacutes tinham que

realizar por exemplo viagens que envolviam animais barcos e comeccedilavam

realizando um percurso pela Baiacutea de Guanabara

Com a chegada da famiacutelia real portuguesa por volta de 1808 foram

trazidas pela corte os coches carruagens seges e o cabriolet

Considerando-se os limites urbanos da cidade bem como as

caracteriacutesticas daquela sociedade colonial portuguesa nos troacutepicos pode-se

afirmar que somente as pessoas de posse ou que possuiacuteam seus proacuteprios

meios de transportes tinham condiccedilatildeo e direito de deslocar-se agraves localidades

mais afastadas do centro histoacuterico da cidade ou empreenderem viagens mais

longas

O transporte puacuteblico soacute foi introduzido na cidade por volta de 1817

com a adoccedilatildeo das Gocircndolas e Diligecircncias veiacuteculos de transporte coletivo

35

puxado agrave burros eou cavalos muito utilizados por todos que necessitavam

deslocar-se dentro do periacutemetro urbano Estes veiacuteculos operavam o transporte

de passageiros entre o centro da cidade e o Palaacutecio da Boa Vista em Satildeo

Cristoacutevatildeo e de Santa Cruz na Fazenda Real por concessatildeo

Dunlop (1973) esclarece que os primeiros ocircnibus tambeacutem puxados

por quatro animais comeccedilaram a trafegar no Rio em 1837 ou 1838 por

iniciativa do francecircs Jean Lecoqrdquo

Eram carros compridos () com dois bancos longitudinais

semelhantes aos bondes fechados da Botanical Garden que aqui surgiram

trinta anos mais tarde Transportavam de vinte a vinte e quatro passageiros

A denominada Companhia de Ocircnibus ainda segundo Dunlop

oferecia serviccedilos para os bairros de Botafogo Laranjeiras Satildeo Cristoacutevatildeo

Andaraiacute Pequeno - hoje Tijuca - Rio Comprido e Engenho Velho Estes

serviccedilos contribuiacuteram muito para o desenvolvimento e crescimento destes

bairros oferecendo uma opccedilatildeo de moradia agravequeles que desejavam sair do

centro histoacuterico aacuterea jaacute conturbada entatildeo

Destaca-se o papel exercido pelos trens agrave partir de 1858 com a

construccedilatildeo da Estrada de Ferro D Pedro II posteriormente denominada E F

Central do Brasil Este novo meio de transporte ofereceu pela primeira vez

uma maneira veloz e confiaacutevel que alcanccedilava longas distacircncias e circulava em

horaacuterios preacute-estabelecidos e regulares Inicialmente usado somente para o

transporte de cargas - para escoar a produccedilatildeo de cafeacute do Vale do Paraiacuteba em

direccedilatildeo ao Porto do Rio de Janeiro - e para o transporte de passageiros de

longa distacircncia

Outras ferrovias seguiram-se a esta primeira tais como a The

Leopoldina Railway Company (depois E F Leopoldina) E F Rio DOuro (hoje

Linha 2 do Metrocirc) E F Melhoramentos do Brasil (depois Linha Auxiliar da

36

Central do Brasil) Todas foram unificadas na Rede Ferroviaacuteria Federal SA

(1957)

ldquoO trem favoreceu o surgimento dos bairros mais afastados do centro na periferia no que posteriormente veio a ser conhecido como os subuacuterbios ferroviaacuterios da Central do Brasil Contribuiu muito tambeacutem para o desenvolvimento dos municiacutepios da Baixada Fluminense e da periferia distante do centro da Cidade do Rio de Janeirordquo (ABREU 1987)

O bonde inicialmente em traccedilatildeo animal e posteriormente

eletrificado foi o meio de transporte que juntamente com os ocircnibus tambeacutem

em traccedilatildeo animal favoreceu o crescimento e desenvolvimento da cidade O

trem chegava ateacute as estaccedilotildees mas era o bonde que circulava no interior do

bairro

Em 1859 circulou o primeiro bonde puxado a burro na cidade do

Rio de Janeiro ligando o Largo do Rocio ao Alto da Boa Vista Esta linha era

controlada pela Cia Carris de Ferro cuja exploraccedilatildeo fora concedida ao

empresaacuterio inglecircs Thomas Cochrane em 1856

Outras empresas vieram em seguida como a Botanical Garden

Railroad Company posteriormente Cia Ferro Carril do Jardim Botacircnico ou a

Rio de Janeiro Street Railroad Company posteriormente Cia Satildeo Cristoacutevatildeo

O Baratildeo de Drumond por sua vez obteve uma concessatildeo para

explorar a Companhia Ferro Carril de Vila Isabel para atender aos bairros do

Andarahy Grande (Andaraiacute Vila Isabel Grajauacute e Maracanatilde) Satildeo Francisco

Xavier e Engenho Novo

ldquoA criaccedilatildeo desta empresa estava fortemente ligada a abertura do bairro de Vila Isabel nas terras da entatildeo Fazenda do Macaco de propriedade da famiacutelia imperial caracterizando um empreendimento conjugado (transporteloteamento)rdquo (Abreu 1987)

37

Os bondes foram substituiacutedos na deacutecada de 1960 pelos ocircnibus

eleacutetricos denominados de troleibus ou chifrudos pela populaccedilatildeo por causa

da forma de captaccedilatildeo de energia eleacutetrica da rede aeacuterea

Apoacutes breve periacuteodo em operaccedilatildeo pela CTC os troleibus foram

substituiacutedos pelos ocircnibus agrave diesel da mesma companhia estadual

O uso das barcas como meio de transporte e passageiros no

contexto da Regiatildeo Metropolitana destacando-se pela existecircncia de uma via

natural a Baiacutea de Guanabara e a costa oceacircnica firmando-se como transporte

regular agrave partir do ano de 1853 com a implantaccedilatildeo da Cia de Navegaccedilatildeo de

Niteroacutei

Ao longo dos anos foram transportadas cargas veiacuteculos e

passageiros sendo reconhecido como um meio eficiente na ligaccedilatildeo entre as

cidades do Rio de Janeiro e Niteroacutei

Apoacutes a construccedilatildeo da Ponte Rio - Niteroacutei sua importacircncia foi

diminuindo ano a ano apesar de toda sua potencialidade instalada

Outras ligaccedilotildees natildeo soacute para a aacuterea central de Niteroacutei podem ser

melhor exploradas com impactos favoraacuteveis no sistema de transporte como

um todo e para o meio ambiente

Afinal todas as localidades das cidades eou bairros situadas agraves

margens da baiacutea ou na costa do estado satildeo potencialmente habilitadas a

serem servidas por barcas

Falar em transportes urbanos significa tambeacutem falar em problemas

de tracircnsito e engarrafamentos que eacute um dos maiores vilotildees da agitada do

Seacuteculo XXI

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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agosto de 2009

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httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 21: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

21

Segundo a ANUT ndash Associaccedilatildeo Nacional dos Usuaacuterios de

Transportes de Carga em 2004 as empresas brasileiras desembolsaram US$

12 bilhatildeo em pagamentos por atrasos no embarque e desembarque de

mercadorias nos portos brasileiros

Na margem esquerda do porto de Santos haacute um problema de

lentidatildeo de escoamento pois existem mais de 6000 moradias irregulares

margeiam os trilhos obrigando os trens a reduzir a velocidade de 80 para 10

quilocircmetros por hora causando um acreacutescimo de custo na ordem de 34

quando nos Estados Unidos essa margem natildeo ultrapassa os 20

ldquoOs Estados da regiatildeo Centro Sul produzem 13 milhotildees de toneladas anuais de gratildeos cerca de 9 milhotildees saem do Estado por rodovias 80 delas sem pavimentaccedilatildeo portanto estaacute dependendo da conclusatildeo da Ferronorte e das Hidrovias Paranaacute Paraguai e Araguaia Tocantins para baixar seus custos de transporterdquo (Veja 17102001 p 146-147)

22

CAPIacuteTULO IV

ESTUDO DE CASOS SISTEMA DE TRANSPORTES DE

CURITIBA UBERLAcircNDIA GOIAcircNIA SAtildeO PAULO E

RIO DE JANEIRO

41 Curitiba

A cidade de Curitiba eacute conhecida internacionalmente pelo eficiente e

inovador sistema de transporte coletivo Como todas as ideacuteias novas o sistema

que possibilitou a integraccedilatildeo urbana de Curitiba foi cercado de duacutevidas Mas ao

longo dos anos foi comprovado que a criatividade foi mais eficaz que o

ceticismo

411 Bonde a cavalos

Em 1887 a Empreza Curitybana dirigida por Boaventura Capp

disponibilizou o primeiro bonde puxado por animais ligando a Boulevard 2 de

Julho (atual iniacutecio da Avenida Joatildeo Gualberto) ao bairro do Batel Esta foi a

pedra fundamental de parte da identidade mais latente da cidade de Curitiba o

transporte coletivo Naquele periacuteodo o passeio pela pacata Curitiba tinha

caracteriacutestica mais poeacutetica e os bondes davam o toque de charme (anexo 09)

A viagem inaugural dos primeiros bondes foi um dos maiores

acontecimentos da eacutepoca

Os jornais locais divulgaram com orgulho a partida dos quatro

vagotildees que contavam com ilustres passageiros como o presidente da proviacutencia

Faria Sobrinho

23

412 Bondes eleacutetricos

Apesar de o bondinho ter o objetivo de atender agraves massas ele era

dividido em duas categorias Na primeira classe era obrigatoacuterio que os

passageiros estivessem calccedilados Jaacute no bond mixto como era conhecida a

pessoa podiam viajar sem sapatos

O panorama do transporte coletivo da cidade mudou com a

introduccedilatildeo dos bondes eleacutetricos a partir 1912 Os primeiros bondes puxados

por mulas foram vendidos e amontoados no depoacutesito de ferro-velho em

Paranaguaacute

A mudanccedila foi necessaacuteria jaacute que o nuacutemero de passageiros

aumentou de 680 mil em 1903 para 19 milhatildeo por ano em 1913 a cidade

crescia rapidamente poreacutem de maneira desordenada

413 Os primeiros ocircnibus

Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia

Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo Dois anos

mais tarde comeccedilaram a aparecer as linhas particulares de ocircnibus apesar dos

bondes ainda serem a preferecircncia da populaccedilatildeo

Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto

da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bondes perderam

espaccedilo mas apesar das passagens mais caras o novo veiacuteculo era mais

confiaacutevel e seguro

Em 1951 saiacuteram de circulaccedilatildeo os uacuteltimos bondes dando lugar agraves

auto-lotaccedilotildees

Uma das grandes revoluccedilotildees no setor ocorreu em 1955 quando o

municiacutepio estabeleceu contratos de concessatildeo com 13 empresas

24

Naquela eacutepoca a cidade era atendida por 50 ocircnibus e 80 lotaccedilotildees

Em 1965 foi editado o Plano Diretor de Transportes de Curitiba estabelecendo

as vias estruturais que serviram como eixos base para movimentaccedilatildeo urbana

O plano foi considerado um dos mais perfeitos do mundo

Devido ao bom planejamento mesmo 15 anos depois os 673 ocircnibus

da capital paranaense transportavam 515 mil pessoas diariamente

A frota do transporte coletivo representava apenas 2 dos veiacuteculos

que trafegavam em Curitiba e era responsaacutevel pelo transporte de 75 das

pessoas que se locomoviam

Como a cidade crescia rapidamente em pouco tempo o sistema

tradicional estaria obsoleto e ineficaz para atender tanta gente Era necessaacuterio

algo de novo A soluccedilatildeo foi a implantaccedilatildeo dos ocircnibus expressos esse sistema

foi um dos grandes responsaacuteveis pelo avanccedilo no atendimento do transporte

coletivo

Natildeo se tratava somente de uma nova categoria de veiacuteculo mas

acima de tudo um sistema de transporte para meacutedias distacircncias que possuiacutea

via exclusiva

A primeira etapa foi agrave implantaccedilatildeo das canaletas exclusivas onde

circulavam os ocircnibus convencionais

O Departamento de Pesquisa de Veiacuteculos da Faculdade de

Engenharia Industrial de Satildeo Bernardo dos Campos (SP) apresentou ao

IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba) o primeiro

modelo de ocircnibus para atender as novas necessidades de transporte urbano

Batizado de Uiraquitan em homenagem ao nome indiacutegena dado ao primeiro

carro fabricado no Brasil foi projetado especialmente para o sistema viaacuterio de

Curitiba

25

414 Os primeiros ocircnibus expressos

Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo

nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimental os 20

primeiros expressos A frota partiu da Praccedila Generoso Marques para atender

passageiros do Eixo NorteSul Em um dos ocircnibus de inconfundiacutevel cor

vermelha o prefeito Jaime Lerner idealizador do projeto desde o tempo em que

era presidente do IPPUC ndash INSTITUTO DE PESQUISAS E PLANEJAMENTO

URBANO DE CURITIBA noticiava agrave imprensa a satisfaccedilatildeo de ver sua grande

obra em funcionamento

Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde

foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e caixas de correio

aleacutem da pista proacutepria o expresso foi comparado a um metrocirc na superfiacutecie Em

meacutedia todos os meses 19 milhatildeo de pessoas utilizavam o novo sistema de

transporte

As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi

crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento populacional e de

infra-estrutura da cidade Em 1980 Curitiba foi a primeira capital a adotar a

tarifa social O preccedilo da passagem era uacutenico independente do trecho da

viagem Com esta vantagem tambeacutem foi colocada em praacutetica a campanha Eacute

com esse que eu vou incentivando a populaccedilatildeo a deixar os carros em casa e

utilizar o veiacuteculo coletivo O preccedilo do petroacuteleo aumentava cada vez mais por

conta da crise mundial de combustiacuteveis

Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a

utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar a passagem

uacutenica Os usuaacuterios podiam trocar de linha dentro dos terminais sem pagar nova

passagem Com isto se consolidou a RIT (Rede Integrada de Transporte) Em

1980 os ocircnibus articulados com capacidade 80 maior comeccedilaram a

substituir gradativamente os antigos expressos Isto significou economia de

combustiacutevel em 46 e reduccedilatildeo de custo de 21 por passageiro transportado

26

Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS

(Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistema e passou a

ser a concessionaacuteria e as empresas operadoras as permissionaacuterias

Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia

incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas

alimentadoras para os usuaacuterios se deslocarem nos cinco eixos atendidos pelos

expressos 239 linhas em todo o sistema A RIT atendia em 1990 54 do total

de usuaacuterios do sistema iacutendice que chegou a 84 em 1995

Em outubro de 1991 sob encomenda da URBS a Volvo comeccedilou a

desenvolver o primeiro ocircnibus bi-articulado brasileiro batizado de Metrobuacutes

com 25 metros de comprimento e capacidade para transportar ateacute 270

passageiros

Neste periacuteodo foi implantada uma das maiores novidades do

transporte coletivo naquela deacutecada Foram criadas as Linhas Diretas servidas

por veiacuteculos de cor cinza popularmente chamados de Ligeirinhos (anexo 15)

Atraveacutes das rampas de acesso no lugar das escadas eles

permitiram o embarque e desembarque de passageiros atraveacutes das estaccedilotildees-

tubo que serviam como pequenos terminais possibilitando ao usuaacuterio a troca

de linhas sem pagar nova passagem

Os Bi-articulados comeccedilaram a substituir tambeacutem os ocircnibus

utilizados nas linhas do Express

As melhorias foram sendo colocadas em praacutetica como o sistema de

aviso de paradas

A cada saiacuteda de uma estaccedilatildeo-tubo o sistema eacute automaticamente

acionado para informar aos passageiros qual eacute o ponto seguinte e quais portas

27

deveratildeo ser utilizadas para o desembarque Sistema parecido com o usado por

alguns metrocircs em diversos lugares do mundo

Em 1996 a RIT ultrapassou as fronteiras e passou a atender a

Regiatildeo Metropolitana Em 1999 o Sistema Expresso comemorou 25 anos com

a inauguraccedilatildeo da linha Bi-articulada Circular Sul

Para relembrar o comeccedilo de tudo uma reacuteplica do primeiro ocircnibus

expresso de 1974 circulou do Terminal Capatildeo Raso ateacute a Praccedila Generoso

Marques transportando o entatildeo governador Jaime Lerner e o prefeito Caacutessio

Taniguchi

Foi como uma viagem no tempo para Lerner e para muitos

curitibanos que acompanharam o desenvolvimento do transporte coletivo da

cidade repleto de inovaccedilotildees e empreendedorismo para acompanhar o

crescimento urbano

Em 2000 a substituiccedilatildeo de 87 veiacuteculos articulados por 57 de maior

porte no eixo lesteoeste demonstrou que no sistema adotado por Curitiba

novidades satildeo sempre implantadas sem a necessidade de investimentos

incompatiacuteveis com a realidade da cidade

Os avanccedilos sociais marcam a histoacuteria recente do transporte coletivo

curitibano

Em 2005 o prefeito Beto Richa determinou o enxugamento de

despesas do sistema e o corte de dez centavos na tarifa reduzida para R$

180

Hoje 2 milhotildees de passageiros utilizam diariamente o Sistema

Integrado de Transporte Coletivo composto por 1980 ocircnibus que atendem 395

linhas O sistema eacute responsaacutevel pelo emprego direto de 15 mil pessoas entre

motoristas cobradores fiscais mecacircnicos entre outros profissionais

28

Com a construccedilatildeo da Linha Verde o Sistema de Transportes de

Curitiba estaacute em expansatildeo essa via uniraacute a cidade no trecho urbano na antiga

BR-116 melhorando o tracircnsito e os transportes em Curitiba

42 Uberlacircndia

A cidade de Uberlacircndia no Estado de Minas Gerais conta um

Sistema Integrado de Transporte Urbano (SIT) que racionalizou o uso dos

transportes urbanos com a unificaccedilatildeo do preccedilo das passagens aleacutem disso o

usuaacuterio natildeo paga mais duas passagens para chegar no local desejado

contando com um transporte coletivo 100 integrado e monitorado (GPRS)

administrado pela prefeitura

O sistema eacute dotado de bilhetagem eletrocircnica A maioria dos

veiacuteculos tecircm elevador para facilitar o acesso de deficientes fiacutesicos

O sistema eacute composto por seis terminais

bull Central

bull Santa Luzia

bull Planalto

bull Umuarama

bull Terminal Industrial (distrito industrial de Uberlacircndia)

O sistema conta com treze estaccedilotildees de embarque e desembarque

de passageiros interligando a regiatildeo central (Terminal Central) de Uberlacircndia

ao Anel Rodoviaacuterio (Terminal Santa Luzia) proporcionando um raacutepido acesso

agraves principais rodovias em torno do municiacutepio

43 Goiacircnia

A Prefeitura de Goiacircnia tem buscado soluccedilotildees inovadoras no que diz

respeito aos problemas que envolvem os transportes urbanos da cidade A

primeira grande mudanccedila no sistema de transportes coletivos da regiatildeo

29

metropolitana de Goiacircnia ocorreu em 1976 quando da implantaccedilatildeo do sistema

tronco-alimentador que se baseava em linhas troncais e alimentadoras atraveacutes

de terminais de integraccedilatildeo com a exploraccedilatildeo e operaccedilatildeo das linhas por

empresas concessionaacuterias privadas

No ano seguinte agrave sua implantaccedilatildeo o sistema possibilitou o

transporte de 35 milhotildees de passageiros nuacutemero que cresceu a uma taxa de

5 ao ano ateacute 1984 atingindo a meacutedia anual de 100 milhotildees de passageiros

No periacuteodo entre 1985 e 1991 a quantidade de passageiros

transportados continuou aumentando ateacute atingir o patamar de 250 milhotildees de

passageirosano em funccedilatildeo do aumento da demanda por transporte coletivo

urbano ocorrido em todo o paiacutes

Os problemas inflacionaacuterios de 1992 a 1994 e a diminuiccedilatildeo do poder

aquisitivo provocaram a queda da demanda para 200 milhotildees de

passageirosano

O sistema de transportes urbanos de Goiacircnia estaacute em expansatildeo

com a previsatildeo de entrada em operaccedilatildeo do Metrocirc de Superfiacutecie que contaraacute

com ocircnibus articulados e biarticulados de grande capacidade de passageiros

Visando a implantaccedilatildeo dessa via de superfiacutecie estaacute sendo testado o

modelo de ocircnibus biarticulado VOLVO B9 SALF (anexo 20) com grande

capacidade para transportar 270 passageiros Esse mesmo modelo estaacute em

operaccedilatildeo no Sistema Transantiago na capital chilena

44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro

441 Satildeo Paulo

A histoacuteria da cidade de Satildeo Paulo eacute marcada pela implantaccedilatildeo da

ferrovia mas a histoacuteria dos transportes puacuteblicos iniciada agrave mesma eacutepoca tem

30

nos tiacutelburis carros de duas rodas puxados por um cavalo sua primeira

apariccedilatildeo com a inauguraccedilatildeo em 1872 pela Companhia Carris de Ferro de Satildeo

Paulo da primeira linha de bondes puxados a burro

A primeira linha de bonde eleacutetrico foi inaugurada no iniacutecio do seacuteculo

XX em 7 de maio de 1900 ligando o largo de Satildeo Bento agrave Barra Funda Foi um

empreendimento da Satildeo Paulo Railway Light and Power Company LTd que

recebeu por transferecircncia a concessatildeo para organizar construir e operar

linhas de bonde por traccedilatildeo eleacutetrica para diversos pontos da cidade e seus

subuacuterbios durante 40 anos

Os primeiros auto-ocircnibus surgiram na cidade na deacutecada de 20

complementando a alternativa ao bonde que sofria as limitaccedilotildees de rede

energia e investimentos

Nos anos 30 a capital de Satildeo Paulo jaacute era considerada um grande

centro urbano e convivia com um tracircnsito agitado O Plano de Avenidas do

Prefeito Prestes Maia indicava a expressiva influecircncia do automoacutevel na vida e

na estrutura da cidade

A Comissatildeo de Estudos de Transportes Coletivos instituiacuteda em

1939 pocircs em discussatildeo a organizaccedilatildeo do transporte como serviccedilo puacuteblico e as

vantagens do monopoacutelio governamental lanccedilando as bases para a constituiccedilatildeo

de uma empresa municipal responsaacutevel pelo transporte coletivo

O nuacutemero de ocircnibus em Satildeo Paulo em 1941 superou os mil

enquanto o de bondes manteve-se em 500 Assim eram os ocircnibus que

transportavam a maior parte dos passageiros Trinta e sete empresas

particulares exploravam 90 linhas que circulavam pelo municiacutepio

Em 1946 atraveacutes do Decreto-Lei no 365 de 10 de outubro de 1946

o Prefeito Abrahatildeo Ribeiro autorizou a constituiccedilatildeo de uma empresa

31

responsaacutevel pelo transporte puacuteblico criando-se entatildeo a Companhia Municipal

de Transportes Coletivos ndash CMTC (anexo 10)

Em 1947 a Prefeitura determinou a transferecircncia do patrimocircnio da

Light relativo ao serviccedilo para a nova companhia e decidiu que as empresas

privadas passariam a operar somente as linhas de ocircnibus fora do periacutemetro

urbano

Em 1975 a COMPANHIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES

COLETIVOS - CMTC operava apenas 14 da frota de ocircnibus da cidade

Um novo contrato de concessatildeo foi firmado entre Prefeitura e CMTC

permitindo a contrataccedilatildeo os serviccedilos de transporte coletivo de passageiros em

23 aacutereas de operaccedilatildeo Assim uma mudanccedila efetiva ocorreu no sistema e no

mercado de transporte coletivo da cidade restituindo em parte agrave CMTC o seu

outro papel o de gestora do sistema

Nos anos 80 aleacutem de inovaccedilotildees operacionais e tecnoloacutegicas

promovidas pela CMTC - o Programa Troleibus a implantaccedilatildeo dos corredores

de ocircnibus em faixa exclusiva e a utilizaccedilatildeo de ocircnibus movidos a gaacutes metano e

natural- a gestatildeo do serviccedilo de transporte puacuteblico voltou a ser alvo da atenccedilatildeo

da administraccedilatildeo municipal tendo resultado inclusive em intervenccedilotildees

administrativas e gerenciais em algumas empresas operadoras

A relaccedilatildeo entre as empresas operadoras e a municipalidade passou

por nova e importante alteraccedilatildeo a partir do processo de municipalizaccedilatildeo

quando atraveacutes da Lei no 11037 1991 o sistema de remuneraccedilatildeo do

serviccedilo passou a ser feito pelo custo dos serviccedilos passando a operadora a ser

remunerada diretamente pela apropriaccedilatildeo da tarifa paga pelo passageiro

O serviccedilo contratado pela Prefeitura e operado pelas empresas eacute

remunerado conforme a afericcedilatildeo dos custos incorridos na prestaccedilatildeo do serviccedilo

A tarifa definida conforme paracircmetros econocircmicos e poliacuteticos passou a

32

pertencer a administraccedilatildeo municipal constituindo-se na principal fonte de

recursos para o pagamento do serviccedilo agraves empresas contratadas pela

operaccedilatildeo

No iniacutecio de 1993 a CMTC desempenhava ao mesmo tempo as

funccedilotildees de gestora do sistema de transporte coletivo e de operadora detendo

cerca de 27 de participaccedilatildeo no setor

A administraccedilatildeo tinha por objetivo a racionalizaccedilatildeo da operaccedilatildeo e

reduccedilatildeo do deacuteficit previsto pela manutenccedilatildeo da administraccedilatildeo da CMTC como

empresa operadora

A alteraccedilatildeo do perfil da frota da quantidade de ocircnibus e de

funcionaacuterios eram medidas indicadas que exigiriam altos investimentos e natildeo

gerariam necessariamente reduccedilatildeo de custos Optou-se entatildeo por encerrar

as atividades operacionais da antiga CMTC atraveacutes da privatizaccedilatildeo de toda a

operaccedilatildeo dos 2700 ocircnibus e das respectivas garagens reduzindo o quadro de

pessoal de 27 mil para cerca de 1200 empregados Esse processo se valeu da

flexibilidade do mesmo modelo de gestatildeo estabelecido pela Lei No 11037

91

A forma de remuneraccedilatildeo dos serviccedilos prestados pelas empresas

contratadas foi inovada alterando-se o criteacuterio anterior de pagamento

calculado pelo custo do quilocircmetro rodado por um valor limite por passageiro

transportado

A antiga CMTC foi entatildeo transformada na Satildeo Paulo Transporte

SA- SPTRANS nova denominaccedilatildeo adotada em 8 de marccedilo de 1995 para a

empresa que ficou voltada somente agrave gestatildeo do sistema de transporte da

cidade

Atualmente com o crescimento das aacutereas urbanas da cidade

tornou-se necessaacuterio ampliar a aacuterea viaacuteria do municiacutepio atualmente estaacute em

33

fase de conclusatildeo o anel rodoviaacuterio da grande Satildeo Paulo e do rodoanel vias

que depois de prontas desafogaratildeo o traacutefego de veiacuteculos na cidade

O sistema Metropolitano operado pela Companhia do Metropolitano

de Satildeo Paulo tambeacutem estaacute em expansatildeo e contribuiraacute para atender o aumento

da demanda de transportes urbanos na maior cidade do Brasil

442 Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro capital do estado homocircnimo eacute a segunda maior

metroacutepole do Brasil situada na regiatildeo Sudeste

Eacute a cidade brasileira mais conhecida no exterior e a maior rota de

turismo internacional no Brasil

A parte urbana do Municiacutepio do Rio de Janeiro recebeu a

denominaccedilatildeo de GRANDE RIO pela Lei complementar nordm 20 pela Lei

Complementar nordm 20 de 01 de julho de 1974 apoacutes a fusatildeo dos antigos estados

do Rio de Janeiro e Guanabara

Aleacutem da parte urbana da cidade existe tambeacutem a REGIAtildeO

METROPOLITANA II DO RIO DE JANEIRO que abrange os municiacutepios de

Niteroacutei Satildeo Gonccedilalo Itaboraiacute Rio Bonito e Tanguaacute

A cidade foi capital do Brasil Colocircnia a partir de 1763 capital do

Impeacuterio Portuguecircs na eacutepoca das invasotildees de Napoleatildeo capital do Impeacuterio do

Brasil e capital da Repuacuteblica ateacute a inauguraccedilatildeo de Brasiacutelia na deacutecada de 60

As primeiras vias na regiatildeo onde hoje estaacute situada a Cidade do Rio

de Janeiro foram abertas pelos Tamoios com objetivos estrateacutegicos e de

defesa Eram veredas no interior da floresta e dirigiam-se ao interior em direccedilatildeo

agrave Serra do Mar (Santos 1934) Os rios e a Baiacutea de Guanabara eram as outras

vias naturais utilizadas por eles

34

Ateacute os primeiros anos do seacuteculo XIX o espaccedilo urbano da Cidade do

Rio de Janeiro limitava-se ao quadrilaacutetero formado pelos Morros do Castelo

Satildeo Bento Santo Antocircnio e da Conceiccedilatildeo De acordo com Abreu (1987) este

chatildeo fora duramente conquistado agrave natureza aterrando-se brejos e mangues

nos trecircs primeiros seacuteculos de existecircncia da cidade Considerando-se os limites

da cidade de entatildeo como sendo ao norte o Campo de Santana ao sul o Largo

do Machado e a regiatildeo de Mata Cavalos (hoje Rua do Riachuelo) e que natildeo

existiam ateacute entatildeo meios de transporte coletivo pode-se afirmar que a maioria

dos deslocamentos eram realizados a peacute em carro de bois eou no lombo de

animais Soacute posteriormente foram introduzidos as andas as redes e os

palanguins

Segundo Dunlop (1973) estes meios de transportes eram como

uma cama suspensa em longo varal conduzida nos ombros por escravos um

agrave frente outro agrave retaguarda

Para as viagens de longa distacircncia neste periacuteodo aqueles que

desejavam ir agraves Minas Gerais Satildeo Paulo ou ao interior do paiacutes tinham que

realizar por exemplo viagens que envolviam animais barcos e comeccedilavam

realizando um percurso pela Baiacutea de Guanabara

Com a chegada da famiacutelia real portuguesa por volta de 1808 foram

trazidas pela corte os coches carruagens seges e o cabriolet

Considerando-se os limites urbanos da cidade bem como as

caracteriacutesticas daquela sociedade colonial portuguesa nos troacutepicos pode-se

afirmar que somente as pessoas de posse ou que possuiacuteam seus proacuteprios

meios de transportes tinham condiccedilatildeo e direito de deslocar-se agraves localidades

mais afastadas do centro histoacuterico da cidade ou empreenderem viagens mais

longas

O transporte puacuteblico soacute foi introduzido na cidade por volta de 1817

com a adoccedilatildeo das Gocircndolas e Diligecircncias veiacuteculos de transporte coletivo

35

puxado agrave burros eou cavalos muito utilizados por todos que necessitavam

deslocar-se dentro do periacutemetro urbano Estes veiacuteculos operavam o transporte

de passageiros entre o centro da cidade e o Palaacutecio da Boa Vista em Satildeo

Cristoacutevatildeo e de Santa Cruz na Fazenda Real por concessatildeo

Dunlop (1973) esclarece que os primeiros ocircnibus tambeacutem puxados

por quatro animais comeccedilaram a trafegar no Rio em 1837 ou 1838 por

iniciativa do francecircs Jean Lecoqrdquo

Eram carros compridos () com dois bancos longitudinais

semelhantes aos bondes fechados da Botanical Garden que aqui surgiram

trinta anos mais tarde Transportavam de vinte a vinte e quatro passageiros

A denominada Companhia de Ocircnibus ainda segundo Dunlop

oferecia serviccedilos para os bairros de Botafogo Laranjeiras Satildeo Cristoacutevatildeo

Andaraiacute Pequeno - hoje Tijuca - Rio Comprido e Engenho Velho Estes

serviccedilos contribuiacuteram muito para o desenvolvimento e crescimento destes

bairros oferecendo uma opccedilatildeo de moradia agravequeles que desejavam sair do

centro histoacuterico aacuterea jaacute conturbada entatildeo

Destaca-se o papel exercido pelos trens agrave partir de 1858 com a

construccedilatildeo da Estrada de Ferro D Pedro II posteriormente denominada E F

Central do Brasil Este novo meio de transporte ofereceu pela primeira vez

uma maneira veloz e confiaacutevel que alcanccedilava longas distacircncias e circulava em

horaacuterios preacute-estabelecidos e regulares Inicialmente usado somente para o

transporte de cargas - para escoar a produccedilatildeo de cafeacute do Vale do Paraiacuteba em

direccedilatildeo ao Porto do Rio de Janeiro - e para o transporte de passageiros de

longa distacircncia

Outras ferrovias seguiram-se a esta primeira tais como a The

Leopoldina Railway Company (depois E F Leopoldina) E F Rio DOuro (hoje

Linha 2 do Metrocirc) E F Melhoramentos do Brasil (depois Linha Auxiliar da

36

Central do Brasil) Todas foram unificadas na Rede Ferroviaacuteria Federal SA

(1957)

ldquoO trem favoreceu o surgimento dos bairros mais afastados do centro na periferia no que posteriormente veio a ser conhecido como os subuacuterbios ferroviaacuterios da Central do Brasil Contribuiu muito tambeacutem para o desenvolvimento dos municiacutepios da Baixada Fluminense e da periferia distante do centro da Cidade do Rio de Janeirordquo (ABREU 1987)

O bonde inicialmente em traccedilatildeo animal e posteriormente

eletrificado foi o meio de transporte que juntamente com os ocircnibus tambeacutem

em traccedilatildeo animal favoreceu o crescimento e desenvolvimento da cidade O

trem chegava ateacute as estaccedilotildees mas era o bonde que circulava no interior do

bairro

Em 1859 circulou o primeiro bonde puxado a burro na cidade do

Rio de Janeiro ligando o Largo do Rocio ao Alto da Boa Vista Esta linha era

controlada pela Cia Carris de Ferro cuja exploraccedilatildeo fora concedida ao

empresaacuterio inglecircs Thomas Cochrane em 1856

Outras empresas vieram em seguida como a Botanical Garden

Railroad Company posteriormente Cia Ferro Carril do Jardim Botacircnico ou a

Rio de Janeiro Street Railroad Company posteriormente Cia Satildeo Cristoacutevatildeo

O Baratildeo de Drumond por sua vez obteve uma concessatildeo para

explorar a Companhia Ferro Carril de Vila Isabel para atender aos bairros do

Andarahy Grande (Andaraiacute Vila Isabel Grajauacute e Maracanatilde) Satildeo Francisco

Xavier e Engenho Novo

ldquoA criaccedilatildeo desta empresa estava fortemente ligada a abertura do bairro de Vila Isabel nas terras da entatildeo Fazenda do Macaco de propriedade da famiacutelia imperial caracterizando um empreendimento conjugado (transporteloteamento)rdquo (Abreu 1987)

37

Os bondes foram substituiacutedos na deacutecada de 1960 pelos ocircnibus

eleacutetricos denominados de troleibus ou chifrudos pela populaccedilatildeo por causa

da forma de captaccedilatildeo de energia eleacutetrica da rede aeacuterea

Apoacutes breve periacuteodo em operaccedilatildeo pela CTC os troleibus foram

substituiacutedos pelos ocircnibus agrave diesel da mesma companhia estadual

O uso das barcas como meio de transporte e passageiros no

contexto da Regiatildeo Metropolitana destacando-se pela existecircncia de uma via

natural a Baiacutea de Guanabara e a costa oceacircnica firmando-se como transporte

regular agrave partir do ano de 1853 com a implantaccedilatildeo da Cia de Navegaccedilatildeo de

Niteroacutei

Ao longo dos anos foram transportadas cargas veiacuteculos e

passageiros sendo reconhecido como um meio eficiente na ligaccedilatildeo entre as

cidades do Rio de Janeiro e Niteroacutei

Apoacutes a construccedilatildeo da Ponte Rio - Niteroacutei sua importacircncia foi

diminuindo ano a ano apesar de toda sua potencialidade instalada

Outras ligaccedilotildees natildeo soacute para a aacuterea central de Niteroacutei podem ser

melhor exploradas com impactos favoraacuteveis no sistema de transporte como

um todo e para o meio ambiente

Afinal todas as localidades das cidades eou bairros situadas agraves

margens da baiacutea ou na costa do estado satildeo potencialmente habilitadas a

serem servidas por barcas

Falar em transportes urbanos significa tambeacutem falar em problemas

de tracircnsito e engarrafamentos que eacute um dos maiores vilotildees da agitada do

Seacuteculo XXI

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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VILLACcedilA Flaacutevio Espaccedilo intra urbano no Brasil Satildeo Paulo Livros Studio

Nobre 1998

Webgrafia (sites das fotos)

MUSEU VIRTUAL DO TRANSPORTE URBANO

httpwwwmuseudantuorgbrQBrasilhtm - acessado em 21 de julho de 2009

MUSEU NACIONAL DOS TRANSPORTES

httpwwwmuseutransportescombr - acessado em 23 de agosto de 2009

MUSEU DOS TRANSPORTES PUacuteBLICOS GAETANO FEROLLA

httpwwwsptranscombrsptrans08historiamuseuasp - acessado em 26 de

agosto de 2009

65

MUSEU DO BONDE ndash SANTA TERESA ndash RIO DE JANEIRO

httpwwwflickrcomphotosclaudiolara2233169354 - acessado em 26 de

agosto de 2009

ENCICLOPEacuteDIA DIGITAL WIKIPEacuteDIA

httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 22: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

22

CAPIacuteTULO IV

ESTUDO DE CASOS SISTEMA DE TRANSPORTES DE

CURITIBA UBERLAcircNDIA GOIAcircNIA SAtildeO PAULO E

RIO DE JANEIRO

41 Curitiba

A cidade de Curitiba eacute conhecida internacionalmente pelo eficiente e

inovador sistema de transporte coletivo Como todas as ideacuteias novas o sistema

que possibilitou a integraccedilatildeo urbana de Curitiba foi cercado de duacutevidas Mas ao

longo dos anos foi comprovado que a criatividade foi mais eficaz que o

ceticismo

411 Bonde a cavalos

Em 1887 a Empreza Curitybana dirigida por Boaventura Capp

disponibilizou o primeiro bonde puxado por animais ligando a Boulevard 2 de

Julho (atual iniacutecio da Avenida Joatildeo Gualberto) ao bairro do Batel Esta foi a

pedra fundamental de parte da identidade mais latente da cidade de Curitiba o

transporte coletivo Naquele periacuteodo o passeio pela pacata Curitiba tinha

caracteriacutestica mais poeacutetica e os bondes davam o toque de charme (anexo 09)

A viagem inaugural dos primeiros bondes foi um dos maiores

acontecimentos da eacutepoca

Os jornais locais divulgaram com orgulho a partida dos quatro

vagotildees que contavam com ilustres passageiros como o presidente da proviacutencia

Faria Sobrinho

23

412 Bondes eleacutetricos

Apesar de o bondinho ter o objetivo de atender agraves massas ele era

dividido em duas categorias Na primeira classe era obrigatoacuterio que os

passageiros estivessem calccedilados Jaacute no bond mixto como era conhecida a

pessoa podiam viajar sem sapatos

O panorama do transporte coletivo da cidade mudou com a

introduccedilatildeo dos bondes eleacutetricos a partir 1912 Os primeiros bondes puxados

por mulas foram vendidos e amontoados no depoacutesito de ferro-velho em

Paranaguaacute

A mudanccedila foi necessaacuteria jaacute que o nuacutemero de passageiros

aumentou de 680 mil em 1903 para 19 milhatildeo por ano em 1913 a cidade

crescia rapidamente poreacutem de maneira desordenada

413 Os primeiros ocircnibus

Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia

Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo Dois anos

mais tarde comeccedilaram a aparecer as linhas particulares de ocircnibus apesar dos

bondes ainda serem a preferecircncia da populaccedilatildeo

Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto

da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bondes perderam

espaccedilo mas apesar das passagens mais caras o novo veiacuteculo era mais

confiaacutevel e seguro

Em 1951 saiacuteram de circulaccedilatildeo os uacuteltimos bondes dando lugar agraves

auto-lotaccedilotildees

Uma das grandes revoluccedilotildees no setor ocorreu em 1955 quando o

municiacutepio estabeleceu contratos de concessatildeo com 13 empresas

24

Naquela eacutepoca a cidade era atendida por 50 ocircnibus e 80 lotaccedilotildees

Em 1965 foi editado o Plano Diretor de Transportes de Curitiba estabelecendo

as vias estruturais que serviram como eixos base para movimentaccedilatildeo urbana

O plano foi considerado um dos mais perfeitos do mundo

Devido ao bom planejamento mesmo 15 anos depois os 673 ocircnibus

da capital paranaense transportavam 515 mil pessoas diariamente

A frota do transporte coletivo representava apenas 2 dos veiacuteculos

que trafegavam em Curitiba e era responsaacutevel pelo transporte de 75 das

pessoas que se locomoviam

Como a cidade crescia rapidamente em pouco tempo o sistema

tradicional estaria obsoleto e ineficaz para atender tanta gente Era necessaacuterio

algo de novo A soluccedilatildeo foi a implantaccedilatildeo dos ocircnibus expressos esse sistema

foi um dos grandes responsaacuteveis pelo avanccedilo no atendimento do transporte

coletivo

Natildeo se tratava somente de uma nova categoria de veiacuteculo mas

acima de tudo um sistema de transporte para meacutedias distacircncias que possuiacutea

via exclusiva

A primeira etapa foi agrave implantaccedilatildeo das canaletas exclusivas onde

circulavam os ocircnibus convencionais

O Departamento de Pesquisa de Veiacuteculos da Faculdade de

Engenharia Industrial de Satildeo Bernardo dos Campos (SP) apresentou ao

IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba) o primeiro

modelo de ocircnibus para atender as novas necessidades de transporte urbano

Batizado de Uiraquitan em homenagem ao nome indiacutegena dado ao primeiro

carro fabricado no Brasil foi projetado especialmente para o sistema viaacuterio de

Curitiba

25

414 Os primeiros ocircnibus expressos

Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo

nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimental os 20

primeiros expressos A frota partiu da Praccedila Generoso Marques para atender

passageiros do Eixo NorteSul Em um dos ocircnibus de inconfundiacutevel cor

vermelha o prefeito Jaime Lerner idealizador do projeto desde o tempo em que

era presidente do IPPUC ndash INSTITUTO DE PESQUISAS E PLANEJAMENTO

URBANO DE CURITIBA noticiava agrave imprensa a satisfaccedilatildeo de ver sua grande

obra em funcionamento

Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde

foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e caixas de correio

aleacutem da pista proacutepria o expresso foi comparado a um metrocirc na superfiacutecie Em

meacutedia todos os meses 19 milhatildeo de pessoas utilizavam o novo sistema de

transporte

As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi

crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento populacional e de

infra-estrutura da cidade Em 1980 Curitiba foi a primeira capital a adotar a

tarifa social O preccedilo da passagem era uacutenico independente do trecho da

viagem Com esta vantagem tambeacutem foi colocada em praacutetica a campanha Eacute

com esse que eu vou incentivando a populaccedilatildeo a deixar os carros em casa e

utilizar o veiacuteculo coletivo O preccedilo do petroacuteleo aumentava cada vez mais por

conta da crise mundial de combustiacuteveis

Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a

utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar a passagem

uacutenica Os usuaacuterios podiam trocar de linha dentro dos terminais sem pagar nova

passagem Com isto se consolidou a RIT (Rede Integrada de Transporte) Em

1980 os ocircnibus articulados com capacidade 80 maior comeccedilaram a

substituir gradativamente os antigos expressos Isto significou economia de

combustiacutevel em 46 e reduccedilatildeo de custo de 21 por passageiro transportado

26

Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS

(Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistema e passou a

ser a concessionaacuteria e as empresas operadoras as permissionaacuterias

Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia

incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas

alimentadoras para os usuaacuterios se deslocarem nos cinco eixos atendidos pelos

expressos 239 linhas em todo o sistema A RIT atendia em 1990 54 do total

de usuaacuterios do sistema iacutendice que chegou a 84 em 1995

Em outubro de 1991 sob encomenda da URBS a Volvo comeccedilou a

desenvolver o primeiro ocircnibus bi-articulado brasileiro batizado de Metrobuacutes

com 25 metros de comprimento e capacidade para transportar ateacute 270

passageiros

Neste periacuteodo foi implantada uma das maiores novidades do

transporte coletivo naquela deacutecada Foram criadas as Linhas Diretas servidas

por veiacuteculos de cor cinza popularmente chamados de Ligeirinhos (anexo 15)

Atraveacutes das rampas de acesso no lugar das escadas eles

permitiram o embarque e desembarque de passageiros atraveacutes das estaccedilotildees-

tubo que serviam como pequenos terminais possibilitando ao usuaacuterio a troca

de linhas sem pagar nova passagem

Os Bi-articulados comeccedilaram a substituir tambeacutem os ocircnibus

utilizados nas linhas do Express

As melhorias foram sendo colocadas em praacutetica como o sistema de

aviso de paradas

A cada saiacuteda de uma estaccedilatildeo-tubo o sistema eacute automaticamente

acionado para informar aos passageiros qual eacute o ponto seguinte e quais portas

27

deveratildeo ser utilizadas para o desembarque Sistema parecido com o usado por

alguns metrocircs em diversos lugares do mundo

Em 1996 a RIT ultrapassou as fronteiras e passou a atender a

Regiatildeo Metropolitana Em 1999 o Sistema Expresso comemorou 25 anos com

a inauguraccedilatildeo da linha Bi-articulada Circular Sul

Para relembrar o comeccedilo de tudo uma reacuteplica do primeiro ocircnibus

expresso de 1974 circulou do Terminal Capatildeo Raso ateacute a Praccedila Generoso

Marques transportando o entatildeo governador Jaime Lerner e o prefeito Caacutessio

Taniguchi

Foi como uma viagem no tempo para Lerner e para muitos

curitibanos que acompanharam o desenvolvimento do transporte coletivo da

cidade repleto de inovaccedilotildees e empreendedorismo para acompanhar o

crescimento urbano

Em 2000 a substituiccedilatildeo de 87 veiacuteculos articulados por 57 de maior

porte no eixo lesteoeste demonstrou que no sistema adotado por Curitiba

novidades satildeo sempre implantadas sem a necessidade de investimentos

incompatiacuteveis com a realidade da cidade

Os avanccedilos sociais marcam a histoacuteria recente do transporte coletivo

curitibano

Em 2005 o prefeito Beto Richa determinou o enxugamento de

despesas do sistema e o corte de dez centavos na tarifa reduzida para R$

180

Hoje 2 milhotildees de passageiros utilizam diariamente o Sistema

Integrado de Transporte Coletivo composto por 1980 ocircnibus que atendem 395

linhas O sistema eacute responsaacutevel pelo emprego direto de 15 mil pessoas entre

motoristas cobradores fiscais mecacircnicos entre outros profissionais

28

Com a construccedilatildeo da Linha Verde o Sistema de Transportes de

Curitiba estaacute em expansatildeo essa via uniraacute a cidade no trecho urbano na antiga

BR-116 melhorando o tracircnsito e os transportes em Curitiba

42 Uberlacircndia

A cidade de Uberlacircndia no Estado de Minas Gerais conta um

Sistema Integrado de Transporte Urbano (SIT) que racionalizou o uso dos

transportes urbanos com a unificaccedilatildeo do preccedilo das passagens aleacutem disso o

usuaacuterio natildeo paga mais duas passagens para chegar no local desejado

contando com um transporte coletivo 100 integrado e monitorado (GPRS)

administrado pela prefeitura

O sistema eacute dotado de bilhetagem eletrocircnica A maioria dos

veiacuteculos tecircm elevador para facilitar o acesso de deficientes fiacutesicos

O sistema eacute composto por seis terminais

bull Central

bull Santa Luzia

bull Planalto

bull Umuarama

bull Terminal Industrial (distrito industrial de Uberlacircndia)

O sistema conta com treze estaccedilotildees de embarque e desembarque

de passageiros interligando a regiatildeo central (Terminal Central) de Uberlacircndia

ao Anel Rodoviaacuterio (Terminal Santa Luzia) proporcionando um raacutepido acesso

agraves principais rodovias em torno do municiacutepio

43 Goiacircnia

A Prefeitura de Goiacircnia tem buscado soluccedilotildees inovadoras no que diz

respeito aos problemas que envolvem os transportes urbanos da cidade A

primeira grande mudanccedila no sistema de transportes coletivos da regiatildeo

29

metropolitana de Goiacircnia ocorreu em 1976 quando da implantaccedilatildeo do sistema

tronco-alimentador que se baseava em linhas troncais e alimentadoras atraveacutes

de terminais de integraccedilatildeo com a exploraccedilatildeo e operaccedilatildeo das linhas por

empresas concessionaacuterias privadas

No ano seguinte agrave sua implantaccedilatildeo o sistema possibilitou o

transporte de 35 milhotildees de passageiros nuacutemero que cresceu a uma taxa de

5 ao ano ateacute 1984 atingindo a meacutedia anual de 100 milhotildees de passageiros

No periacuteodo entre 1985 e 1991 a quantidade de passageiros

transportados continuou aumentando ateacute atingir o patamar de 250 milhotildees de

passageirosano em funccedilatildeo do aumento da demanda por transporte coletivo

urbano ocorrido em todo o paiacutes

Os problemas inflacionaacuterios de 1992 a 1994 e a diminuiccedilatildeo do poder

aquisitivo provocaram a queda da demanda para 200 milhotildees de

passageirosano

O sistema de transportes urbanos de Goiacircnia estaacute em expansatildeo

com a previsatildeo de entrada em operaccedilatildeo do Metrocirc de Superfiacutecie que contaraacute

com ocircnibus articulados e biarticulados de grande capacidade de passageiros

Visando a implantaccedilatildeo dessa via de superfiacutecie estaacute sendo testado o

modelo de ocircnibus biarticulado VOLVO B9 SALF (anexo 20) com grande

capacidade para transportar 270 passageiros Esse mesmo modelo estaacute em

operaccedilatildeo no Sistema Transantiago na capital chilena

44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro

441 Satildeo Paulo

A histoacuteria da cidade de Satildeo Paulo eacute marcada pela implantaccedilatildeo da

ferrovia mas a histoacuteria dos transportes puacuteblicos iniciada agrave mesma eacutepoca tem

30

nos tiacutelburis carros de duas rodas puxados por um cavalo sua primeira

apariccedilatildeo com a inauguraccedilatildeo em 1872 pela Companhia Carris de Ferro de Satildeo

Paulo da primeira linha de bondes puxados a burro

A primeira linha de bonde eleacutetrico foi inaugurada no iniacutecio do seacuteculo

XX em 7 de maio de 1900 ligando o largo de Satildeo Bento agrave Barra Funda Foi um

empreendimento da Satildeo Paulo Railway Light and Power Company LTd que

recebeu por transferecircncia a concessatildeo para organizar construir e operar

linhas de bonde por traccedilatildeo eleacutetrica para diversos pontos da cidade e seus

subuacuterbios durante 40 anos

Os primeiros auto-ocircnibus surgiram na cidade na deacutecada de 20

complementando a alternativa ao bonde que sofria as limitaccedilotildees de rede

energia e investimentos

Nos anos 30 a capital de Satildeo Paulo jaacute era considerada um grande

centro urbano e convivia com um tracircnsito agitado O Plano de Avenidas do

Prefeito Prestes Maia indicava a expressiva influecircncia do automoacutevel na vida e

na estrutura da cidade

A Comissatildeo de Estudos de Transportes Coletivos instituiacuteda em

1939 pocircs em discussatildeo a organizaccedilatildeo do transporte como serviccedilo puacuteblico e as

vantagens do monopoacutelio governamental lanccedilando as bases para a constituiccedilatildeo

de uma empresa municipal responsaacutevel pelo transporte coletivo

O nuacutemero de ocircnibus em Satildeo Paulo em 1941 superou os mil

enquanto o de bondes manteve-se em 500 Assim eram os ocircnibus que

transportavam a maior parte dos passageiros Trinta e sete empresas

particulares exploravam 90 linhas que circulavam pelo municiacutepio

Em 1946 atraveacutes do Decreto-Lei no 365 de 10 de outubro de 1946

o Prefeito Abrahatildeo Ribeiro autorizou a constituiccedilatildeo de uma empresa

31

responsaacutevel pelo transporte puacuteblico criando-se entatildeo a Companhia Municipal

de Transportes Coletivos ndash CMTC (anexo 10)

Em 1947 a Prefeitura determinou a transferecircncia do patrimocircnio da

Light relativo ao serviccedilo para a nova companhia e decidiu que as empresas

privadas passariam a operar somente as linhas de ocircnibus fora do periacutemetro

urbano

Em 1975 a COMPANHIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES

COLETIVOS - CMTC operava apenas 14 da frota de ocircnibus da cidade

Um novo contrato de concessatildeo foi firmado entre Prefeitura e CMTC

permitindo a contrataccedilatildeo os serviccedilos de transporte coletivo de passageiros em

23 aacutereas de operaccedilatildeo Assim uma mudanccedila efetiva ocorreu no sistema e no

mercado de transporte coletivo da cidade restituindo em parte agrave CMTC o seu

outro papel o de gestora do sistema

Nos anos 80 aleacutem de inovaccedilotildees operacionais e tecnoloacutegicas

promovidas pela CMTC - o Programa Troleibus a implantaccedilatildeo dos corredores

de ocircnibus em faixa exclusiva e a utilizaccedilatildeo de ocircnibus movidos a gaacutes metano e

natural- a gestatildeo do serviccedilo de transporte puacuteblico voltou a ser alvo da atenccedilatildeo

da administraccedilatildeo municipal tendo resultado inclusive em intervenccedilotildees

administrativas e gerenciais em algumas empresas operadoras

A relaccedilatildeo entre as empresas operadoras e a municipalidade passou

por nova e importante alteraccedilatildeo a partir do processo de municipalizaccedilatildeo

quando atraveacutes da Lei no 11037 1991 o sistema de remuneraccedilatildeo do

serviccedilo passou a ser feito pelo custo dos serviccedilos passando a operadora a ser

remunerada diretamente pela apropriaccedilatildeo da tarifa paga pelo passageiro

O serviccedilo contratado pela Prefeitura e operado pelas empresas eacute

remunerado conforme a afericcedilatildeo dos custos incorridos na prestaccedilatildeo do serviccedilo

A tarifa definida conforme paracircmetros econocircmicos e poliacuteticos passou a

32

pertencer a administraccedilatildeo municipal constituindo-se na principal fonte de

recursos para o pagamento do serviccedilo agraves empresas contratadas pela

operaccedilatildeo

No iniacutecio de 1993 a CMTC desempenhava ao mesmo tempo as

funccedilotildees de gestora do sistema de transporte coletivo e de operadora detendo

cerca de 27 de participaccedilatildeo no setor

A administraccedilatildeo tinha por objetivo a racionalizaccedilatildeo da operaccedilatildeo e

reduccedilatildeo do deacuteficit previsto pela manutenccedilatildeo da administraccedilatildeo da CMTC como

empresa operadora

A alteraccedilatildeo do perfil da frota da quantidade de ocircnibus e de

funcionaacuterios eram medidas indicadas que exigiriam altos investimentos e natildeo

gerariam necessariamente reduccedilatildeo de custos Optou-se entatildeo por encerrar

as atividades operacionais da antiga CMTC atraveacutes da privatizaccedilatildeo de toda a

operaccedilatildeo dos 2700 ocircnibus e das respectivas garagens reduzindo o quadro de

pessoal de 27 mil para cerca de 1200 empregados Esse processo se valeu da

flexibilidade do mesmo modelo de gestatildeo estabelecido pela Lei No 11037

91

A forma de remuneraccedilatildeo dos serviccedilos prestados pelas empresas

contratadas foi inovada alterando-se o criteacuterio anterior de pagamento

calculado pelo custo do quilocircmetro rodado por um valor limite por passageiro

transportado

A antiga CMTC foi entatildeo transformada na Satildeo Paulo Transporte

SA- SPTRANS nova denominaccedilatildeo adotada em 8 de marccedilo de 1995 para a

empresa que ficou voltada somente agrave gestatildeo do sistema de transporte da

cidade

Atualmente com o crescimento das aacutereas urbanas da cidade

tornou-se necessaacuterio ampliar a aacuterea viaacuteria do municiacutepio atualmente estaacute em

33

fase de conclusatildeo o anel rodoviaacuterio da grande Satildeo Paulo e do rodoanel vias

que depois de prontas desafogaratildeo o traacutefego de veiacuteculos na cidade

O sistema Metropolitano operado pela Companhia do Metropolitano

de Satildeo Paulo tambeacutem estaacute em expansatildeo e contribuiraacute para atender o aumento

da demanda de transportes urbanos na maior cidade do Brasil

442 Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro capital do estado homocircnimo eacute a segunda maior

metroacutepole do Brasil situada na regiatildeo Sudeste

Eacute a cidade brasileira mais conhecida no exterior e a maior rota de

turismo internacional no Brasil

A parte urbana do Municiacutepio do Rio de Janeiro recebeu a

denominaccedilatildeo de GRANDE RIO pela Lei complementar nordm 20 pela Lei

Complementar nordm 20 de 01 de julho de 1974 apoacutes a fusatildeo dos antigos estados

do Rio de Janeiro e Guanabara

Aleacutem da parte urbana da cidade existe tambeacutem a REGIAtildeO

METROPOLITANA II DO RIO DE JANEIRO que abrange os municiacutepios de

Niteroacutei Satildeo Gonccedilalo Itaboraiacute Rio Bonito e Tanguaacute

A cidade foi capital do Brasil Colocircnia a partir de 1763 capital do

Impeacuterio Portuguecircs na eacutepoca das invasotildees de Napoleatildeo capital do Impeacuterio do

Brasil e capital da Repuacuteblica ateacute a inauguraccedilatildeo de Brasiacutelia na deacutecada de 60

As primeiras vias na regiatildeo onde hoje estaacute situada a Cidade do Rio

de Janeiro foram abertas pelos Tamoios com objetivos estrateacutegicos e de

defesa Eram veredas no interior da floresta e dirigiam-se ao interior em direccedilatildeo

agrave Serra do Mar (Santos 1934) Os rios e a Baiacutea de Guanabara eram as outras

vias naturais utilizadas por eles

34

Ateacute os primeiros anos do seacuteculo XIX o espaccedilo urbano da Cidade do

Rio de Janeiro limitava-se ao quadrilaacutetero formado pelos Morros do Castelo

Satildeo Bento Santo Antocircnio e da Conceiccedilatildeo De acordo com Abreu (1987) este

chatildeo fora duramente conquistado agrave natureza aterrando-se brejos e mangues

nos trecircs primeiros seacuteculos de existecircncia da cidade Considerando-se os limites

da cidade de entatildeo como sendo ao norte o Campo de Santana ao sul o Largo

do Machado e a regiatildeo de Mata Cavalos (hoje Rua do Riachuelo) e que natildeo

existiam ateacute entatildeo meios de transporte coletivo pode-se afirmar que a maioria

dos deslocamentos eram realizados a peacute em carro de bois eou no lombo de

animais Soacute posteriormente foram introduzidos as andas as redes e os

palanguins

Segundo Dunlop (1973) estes meios de transportes eram como

uma cama suspensa em longo varal conduzida nos ombros por escravos um

agrave frente outro agrave retaguarda

Para as viagens de longa distacircncia neste periacuteodo aqueles que

desejavam ir agraves Minas Gerais Satildeo Paulo ou ao interior do paiacutes tinham que

realizar por exemplo viagens que envolviam animais barcos e comeccedilavam

realizando um percurso pela Baiacutea de Guanabara

Com a chegada da famiacutelia real portuguesa por volta de 1808 foram

trazidas pela corte os coches carruagens seges e o cabriolet

Considerando-se os limites urbanos da cidade bem como as

caracteriacutesticas daquela sociedade colonial portuguesa nos troacutepicos pode-se

afirmar que somente as pessoas de posse ou que possuiacuteam seus proacuteprios

meios de transportes tinham condiccedilatildeo e direito de deslocar-se agraves localidades

mais afastadas do centro histoacuterico da cidade ou empreenderem viagens mais

longas

O transporte puacuteblico soacute foi introduzido na cidade por volta de 1817

com a adoccedilatildeo das Gocircndolas e Diligecircncias veiacuteculos de transporte coletivo

35

puxado agrave burros eou cavalos muito utilizados por todos que necessitavam

deslocar-se dentro do periacutemetro urbano Estes veiacuteculos operavam o transporte

de passageiros entre o centro da cidade e o Palaacutecio da Boa Vista em Satildeo

Cristoacutevatildeo e de Santa Cruz na Fazenda Real por concessatildeo

Dunlop (1973) esclarece que os primeiros ocircnibus tambeacutem puxados

por quatro animais comeccedilaram a trafegar no Rio em 1837 ou 1838 por

iniciativa do francecircs Jean Lecoqrdquo

Eram carros compridos () com dois bancos longitudinais

semelhantes aos bondes fechados da Botanical Garden que aqui surgiram

trinta anos mais tarde Transportavam de vinte a vinte e quatro passageiros

A denominada Companhia de Ocircnibus ainda segundo Dunlop

oferecia serviccedilos para os bairros de Botafogo Laranjeiras Satildeo Cristoacutevatildeo

Andaraiacute Pequeno - hoje Tijuca - Rio Comprido e Engenho Velho Estes

serviccedilos contribuiacuteram muito para o desenvolvimento e crescimento destes

bairros oferecendo uma opccedilatildeo de moradia agravequeles que desejavam sair do

centro histoacuterico aacuterea jaacute conturbada entatildeo

Destaca-se o papel exercido pelos trens agrave partir de 1858 com a

construccedilatildeo da Estrada de Ferro D Pedro II posteriormente denominada E F

Central do Brasil Este novo meio de transporte ofereceu pela primeira vez

uma maneira veloz e confiaacutevel que alcanccedilava longas distacircncias e circulava em

horaacuterios preacute-estabelecidos e regulares Inicialmente usado somente para o

transporte de cargas - para escoar a produccedilatildeo de cafeacute do Vale do Paraiacuteba em

direccedilatildeo ao Porto do Rio de Janeiro - e para o transporte de passageiros de

longa distacircncia

Outras ferrovias seguiram-se a esta primeira tais como a The

Leopoldina Railway Company (depois E F Leopoldina) E F Rio DOuro (hoje

Linha 2 do Metrocirc) E F Melhoramentos do Brasil (depois Linha Auxiliar da

36

Central do Brasil) Todas foram unificadas na Rede Ferroviaacuteria Federal SA

(1957)

ldquoO trem favoreceu o surgimento dos bairros mais afastados do centro na periferia no que posteriormente veio a ser conhecido como os subuacuterbios ferroviaacuterios da Central do Brasil Contribuiu muito tambeacutem para o desenvolvimento dos municiacutepios da Baixada Fluminense e da periferia distante do centro da Cidade do Rio de Janeirordquo (ABREU 1987)

O bonde inicialmente em traccedilatildeo animal e posteriormente

eletrificado foi o meio de transporte que juntamente com os ocircnibus tambeacutem

em traccedilatildeo animal favoreceu o crescimento e desenvolvimento da cidade O

trem chegava ateacute as estaccedilotildees mas era o bonde que circulava no interior do

bairro

Em 1859 circulou o primeiro bonde puxado a burro na cidade do

Rio de Janeiro ligando o Largo do Rocio ao Alto da Boa Vista Esta linha era

controlada pela Cia Carris de Ferro cuja exploraccedilatildeo fora concedida ao

empresaacuterio inglecircs Thomas Cochrane em 1856

Outras empresas vieram em seguida como a Botanical Garden

Railroad Company posteriormente Cia Ferro Carril do Jardim Botacircnico ou a

Rio de Janeiro Street Railroad Company posteriormente Cia Satildeo Cristoacutevatildeo

O Baratildeo de Drumond por sua vez obteve uma concessatildeo para

explorar a Companhia Ferro Carril de Vila Isabel para atender aos bairros do

Andarahy Grande (Andaraiacute Vila Isabel Grajauacute e Maracanatilde) Satildeo Francisco

Xavier e Engenho Novo

ldquoA criaccedilatildeo desta empresa estava fortemente ligada a abertura do bairro de Vila Isabel nas terras da entatildeo Fazenda do Macaco de propriedade da famiacutelia imperial caracterizando um empreendimento conjugado (transporteloteamento)rdquo (Abreu 1987)

37

Os bondes foram substituiacutedos na deacutecada de 1960 pelos ocircnibus

eleacutetricos denominados de troleibus ou chifrudos pela populaccedilatildeo por causa

da forma de captaccedilatildeo de energia eleacutetrica da rede aeacuterea

Apoacutes breve periacuteodo em operaccedilatildeo pela CTC os troleibus foram

substituiacutedos pelos ocircnibus agrave diesel da mesma companhia estadual

O uso das barcas como meio de transporte e passageiros no

contexto da Regiatildeo Metropolitana destacando-se pela existecircncia de uma via

natural a Baiacutea de Guanabara e a costa oceacircnica firmando-se como transporte

regular agrave partir do ano de 1853 com a implantaccedilatildeo da Cia de Navegaccedilatildeo de

Niteroacutei

Ao longo dos anos foram transportadas cargas veiacuteculos e

passageiros sendo reconhecido como um meio eficiente na ligaccedilatildeo entre as

cidades do Rio de Janeiro e Niteroacutei

Apoacutes a construccedilatildeo da Ponte Rio - Niteroacutei sua importacircncia foi

diminuindo ano a ano apesar de toda sua potencialidade instalada

Outras ligaccedilotildees natildeo soacute para a aacuterea central de Niteroacutei podem ser

melhor exploradas com impactos favoraacuteveis no sistema de transporte como

um todo e para o meio ambiente

Afinal todas as localidades das cidades eou bairros situadas agraves

margens da baiacutea ou na costa do estado satildeo potencialmente habilitadas a

serem servidas por barcas

Falar em transportes urbanos significa tambeacutem falar em problemas

de tracircnsito e engarrafamentos que eacute um dos maiores vilotildees da agitada do

Seacuteculo XXI

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

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66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 23: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

23

412 Bondes eleacutetricos

Apesar de o bondinho ter o objetivo de atender agraves massas ele era

dividido em duas categorias Na primeira classe era obrigatoacuterio que os

passageiros estivessem calccedilados Jaacute no bond mixto como era conhecida a

pessoa podiam viajar sem sapatos

O panorama do transporte coletivo da cidade mudou com a

introduccedilatildeo dos bondes eleacutetricos a partir 1912 Os primeiros bondes puxados

por mulas foram vendidos e amontoados no depoacutesito de ferro-velho em

Paranaguaacute

A mudanccedila foi necessaacuteria jaacute que o nuacutemero de passageiros

aumentou de 680 mil em 1903 para 19 milhatildeo por ano em 1913 a cidade

crescia rapidamente poreacutem de maneira desordenada

413 Os primeiros ocircnibus

Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia

Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo Dois anos

mais tarde comeccedilaram a aparecer as linhas particulares de ocircnibus apesar dos

bondes ainda serem a preferecircncia da populaccedilatildeo

Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto

da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bondes perderam

espaccedilo mas apesar das passagens mais caras o novo veiacuteculo era mais

confiaacutevel e seguro

Em 1951 saiacuteram de circulaccedilatildeo os uacuteltimos bondes dando lugar agraves

auto-lotaccedilotildees

Uma das grandes revoluccedilotildees no setor ocorreu em 1955 quando o

municiacutepio estabeleceu contratos de concessatildeo com 13 empresas

24

Naquela eacutepoca a cidade era atendida por 50 ocircnibus e 80 lotaccedilotildees

Em 1965 foi editado o Plano Diretor de Transportes de Curitiba estabelecendo

as vias estruturais que serviram como eixos base para movimentaccedilatildeo urbana

O plano foi considerado um dos mais perfeitos do mundo

Devido ao bom planejamento mesmo 15 anos depois os 673 ocircnibus

da capital paranaense transportavam 515 mil pessoas diariamente

A frota do transporte coletivo representava apenas 2 dos veiacuteculos

que trafegavam em Curitiba e era responsaacutevel pelo transporte de 75 das

pessoas que se locomoviam

Como a cidade crescia rapidamente em pouco tempo o sistema

tradicional estaria obsoleto e ineficaz para atender tanta gente Era necessaacuterio

algo de novo A soluccedilatildeo foi a implantaccedilatildeo dos ocircnibus expressos esse sistema

foi um dos grandes responsaacuteveis pelo avanccedilo no atendimento do transporte

coletivo

Natildeo se tratava somente de uma nova categoria de veiacuteculo mas

acima de tudo um sistema de transporte para meacutedias distacircncias que possuiacutea

via exclusiva

A primeira etapa foi agrave implantaccedilatildeo das canaletas exclusivas onde

circulavam os ocircnibus convencionais

O Departamento de Pesquisa de Veiacuteculos da Faculdade de

Engenharia Industrial de Satildeo Bernardo dos Campos (SP) apresentou ao

IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba) o primeiro

modelo de ocircnibus para atender as novas necessidades de transporte urbano

Batizado de Uiraquitan em homenagem ao nome indiacutegena dado ao primeiro

carro fabricado no Brasil foi projetado especialmente para o sistema viaacuterio de

Curitiba

25

414 Os primeiros ocircnibus expressos

Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo

nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimental os 20

primeiros expressos A frota partiu da Praccedila Generoso Marques para atender

passageiros do Eixo NorteSul Em um dos ocircnibus de inconfundiacutevel cor

vermelha o prefeito Jaime Lerner idealizador do projeto desde o tempo em que

era presidente do IPPUC ndash INSTITUTO DE PESQUISAS E PLANEJAMENTO

URBANO DE CURITIBA noticiava agrave imprensa a satisfaccedilatildeo de ver sua grande

obra em funcionamento

Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde

foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e caixas de correio

aleacutem da pista proacutepria o expresso foi comparado a um metrocirc na superfiacutecie Em

meacutedia todos os meses 19 milhatildeo de pessoas utilizavam o novo sistema de

transporte

As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi

crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento populacional e de

infra-estrutura da cidade Em 1980 Curitiba foi a primeira capital a adotar a

tarifa social O preccedilo da passagem era uacutenico independente do trecho da

viagem Com esta vantagem tambeacutem foi colocada em praacutetica a campanha Eacute

com esse que eu vou incentivando a populaccedilatildeo a deixar os carros em casa e

utilizar o veiacuteculo coletivo O preccedilo do petroacuteleo aumentava cada vez mais por

conta da crise mundial de combustiacuteveis

Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a

utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar a passagem

uacutenica Os usuaacuterios podiam trocar de linha dentro dos terminais sem pagar nova

passagem Com isto se consolidou a RIT (Rede Integrada de Transporte) Em

1980 os ocircnibus articulados com capacidade 80 maior comeccedilaram a

substituir gradativamente os antigos expressos Isto significou economia de

combustiacutevel em 46 e reduccedilatildeo de custo de 21 por passageiro transportado

26

Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS

(Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistema e passou a

ser a concessionaacuteria e as empresas operadoras as permissionaacuterias

Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia

incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas

alimentadoras para os usuaacuterios se deslocarem nos cinco eixos atendidos pelos

expressos 239 linhas em todo o sistema A RIT atendia em 1990 54 do total

de usuaacuterios do sistema iacutendice que chegou a 84 em 1995

Em outubro de 1991 sob encomenda da URBS a Volvo comeccedilou a

desenvolver o primeiro ocircnibus bi-articulado brasileiro batizado de Metrobuacutes

com 25 metros de comprimento e capacidade para transportar ateacute 270

passageiros

Neste periacuteodo foi implantada uma das maiores novidades do

transporte coletivo naquela deacutecada Foram criadas as Linhas Diretas servidas

por veiacuteculos de cor cinza popularmente chamados de Ligeirinhos (anexo 15)

Atraveacutes das rampas de acesso no lugar das escadas eles

permitiram o embarque e desembarque de passageiros atraveacutes das estaccedilotildees-

tubo que serviam como pequenos terminais possibilitando ao usuaacuterio a troca

de linhas sem pagar nova passagem

Os Bi-articulados comeccedilaram a substituir tambeacutem os ocircnibus

utilizados nas linhas do Express

As melhorias foram sendo colocadas em praacutetica como o sistema de

aviso de paradas

A cada saiacuteda de uma estaccedilatildeo-tubo o sistema eacute automaticamente

acionado para informar aos passageiros qual eacute o ponto seguinte e quais portas

27

deveratildeo ser utilizadas para o desembarque Sistema parecido com o usado por

alguns metrocircs em diversos lugares do mundo

Em 1996 a RIT ultrapassou as fronteiras e passou a atender a

Regiatildeo Metropolitana Em 1999 o Sistema Expresso comemorou 25 anos com

a inauguraccedilatildeo da linha Bi-articulada Circular Sul

Para relembrar o comeccedilo de tudo uma reacuteplica do primeiro ocircnibus

expresso de 1974 circulou do Terminal Capatildeo Raso ateacute a Praccedila Generoso

Marques transportando o entatildeo governador Jaime Lerner e o prefeito Caacutessio

Taniguchi

Foi como uma viagem no tempo para Lerner e para muitos

curitibanos que acompanharam o desenvolvimento do transporte coletivo da

cidade repleto de inovaccedilotildees e empreendedorismo para acompanhar o

crescimento urbano

Em 2000 a substituiccedilatildeo de 87 veiacuteculos articulados por 57 de maior

porte no eixo lesteoeste demonstrou que no sistema adotado por Curitiba

novidades satildeo sempre implantadas sem a necessidade de investimentos

incompatiacuteveis com a realidade da cidade

Os avanccedilos sociais marcam a histoacuteria recente do transporte coletivo

curitibano

Em 2005 o prefeito Beto Richa determinou o enxugamento de

despesas do sistema e o corte de dez centavos na tarifa reduzida para R$

180

Hoje 2 milhotildees de passageiros utilizam diariamente o Sistema

Integrado de Transporte Coletivo composto por 1980 ocircnibus que atendem 395

linhas O sistema eacute responsaacutevel pelo emprego direto de 15 mil pessoas entre

motoristas cobradores fiscais mecacircnicos entre outros profissionais

28

Com a construccedilatildeo da Linha Verde o Sistema de Transportes de

Curitiba estaacute em expansatildeo essa via uniraacute a cidade no trecho urbano na antiga

BR-116 melhorando o tracircnsito e os transportes em Curitiba

42 Uberlacircndia

A cidade de Uberlacircndia no Estado de Minas Gerais conta um

Sistema Integrado de Transporte Urbano (SIT) que racionalizou o uso dos

transportes urbanos com a unificaccedilatildeo do preccedilo das passagens aleacutem disso o

usuaacuterio natildeo paga mais duas passagens para chegar no local desejado

contando com um transporte coletivo 100 integrado e monitorado (GPRS)

administrado pela prefeitura

O sistema eacute dotado de bilhetagem eletrocircnica A maioria dos

veiacuteculos tecircm elevador para facilitar o acesso de deficientes fiacutesicos

O sistema eacute composto por seis terminais

bull Central

bull Santa Luzia

bull Planalto

bull Umuarama

bull Terminal Industrial (distrito industrial de Uberlacircndia)

O sistema conta com treze estaccedilotildees de embarque e desembarque

de passageiros interligando a regiatildeo central (Terminal Central) de Uberlacircndia

ao Anel Rodoviaacuterio (Terminal Santa Luzia) proporcionando um raacutepido acesso

agraves principais rodovias em torno do municiacutepio

43 Goiacircnia

A Prefeitura de Goiacircnia tem buscado soluccedilotildees inovadoras no que diz

respeito aos problemas que envolvem os transportes urbanos da cidade A

primeira grande mudanccedila no sistema de transportes coletivos da regiatildeo

29

metropolitana de Goiacircnia ocorreu em 1976 quando da implantaccedilatildeo do sistema

tronco-alimentador que se baseava em linhas troncais e alimentadoras atraveacutes

de terminais de integraccedilatildeo com a exploraccedilatildeo e operaccedilatildeo das linhas por

empresas concessionaacuterias privadas

No ano seguinte agrave sua implantaccedilatildeo o sistema possibilitou o

transporte de 35 milhotildees de passageiros nuacutemero que cresceu a uma taxa de

5 ao ano ateacute 1984 atingindo a meacutedia anual de 100 milhotildees de passageiros

No periacuteodo entre 1985 e 1991 a quantidade de passageiros

transportados continuou aumentando ateacute atingir o patamar de 250 milhotildees de

passageirosano em funccedilatildeo do aumento da demanda por transporte coletivo

urbano ocorrido em todo o paiacutes

Os problemas inflacionaacuterios de 1992 a 1994 e a diminuiccedilatildeo do poder

aquisitivo provocaram a queda da demanda para 200 milhotildees de

passageirosano

O sistema de transportes urbanos de Goiacircnia estaacute em expansatildeo

com a previsatildeo de entrada em operaccedilatildeo do Metrocirc de Superfiacutecie que contaraacute

com ocircnibus articulados e biarticulados de grande capacidade de passageiros

Visando a implantaccedilatildeo dessa via de superfiacutecie estaacute sendo testado o

modelo de ocircnibus biarticulado VOLVO B9 SALF (anexo 20) com grande

capacidade para transportar 270 passageiros Esse mesmo modelo estaacute em

operaccedilatildeo no Sistema Transantiago na capital chilena

44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro

441 Satildeo Paulo

A histoacuteria da cidade de Satildeo Paulo eacute marcada pela implantaccedilatildeo da

ferrovia mas a histoacuteria dos transportes puacuteblicos iniciada agrave mesma eacutepoca tem

30

nos tiacutelburis carros de duas rodas puxados por um cavalo sua primeira

apariccedilatildeo com a inauguraccedilatildeo em 1872 pela Companhia Carris de Ferro de Satildeo

Paulo da primeira linha de bondes puxados a burro

A primeira linha de bonde eleacutetrico foi inaugurada no iniacutecio do seacuteculo

XX em 7 de maio de 1900 ligando o largo de Satildeo Bento agrave Barra Funda Foi um

empreendimento da Satildeo Paulo Railway Light and Power Company LTd que

recebeu por transferecircncia a concessatildeo para organizar construir e operar

linhas de bonde por traccedilatildeo eleacutetrica para diversos pontos da cidade e seus

subuacuterbios durante 40 anos

Os primeiros auto-ocircnibus surgiram na cidade na deacutecada de 20

complementando a alternativa ao bonde que sofria as limitaccedilotildees de rede

energia e investimentos

Nos anos 30 a capital de Satildeo Paulo jaacute era considerada um grande

centro urbano e convivia com um tracircnsito agitado O Plano de Avenidas do

Prefeito Prestes Maia indicava a expressiva influecircncia do automoacutevel na vida e

na estrutura da cidade

A Comissatildeo de Estudos de Transportes Coletivos instituiacuteda em

1939 pocircs em discussatildeo a organizaccedilatildeo do transporte como serviccedilo puacuteblico e as

vantagens do monopoacutelio governamental lanccedilando as bases para a constituiccedilatildeo

de uma empresa municipal responsaacutevel pelo transporte coletivo

O nuacutemero de ocircnibus em Satildeo Paulo em 1941 superou os mil

enquanto o de bondes manteve-se em 500 Assim eram os ocircnibus que

transportavam a maior parte dos passageiros Trinta e sete empresas

particulares exploravam 90 linhas que circulavam pelo municiacutepio

Em 1946 atraveacutes do Decreto-Lei no 365 de 10 de outubro de 1946

o Prefeito Abrahatildeo Ribeiro autorizou a constituiccedilatildeo de uma empresa

31

responsaacutevel pelo transporte puacuteblico criando-se entatildeo a Companhia Municipal

de Transportes Coletivos ndash CMTC (anexo 10)

Em 1947 a Prefeitura determinou a transferecircncia do patrimocircnio da

Light relativo ao serviccedilo para a nova companhia e decidiu que as empresas

privadas passariam a operar somente as linhas de ocircnibus fora do periacutemetro

urbano

Em 1975 a COMPANHIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES

COLETIVOS - CMTC operava apenas 14 da frota de ocircnibus da cidade

Um novo contrato de concessatildeo foi firmado entre Prefeitura e CMTC

permitindo a contrataccedilatildeo os serviccedilos de transporte coletivo de passageiros em

23 aacutereas de operaccedilatildeo Assim uma mudanccedila efetiva ocorreu no sistema e no

mercado de transporte coletivo da cidade restituindo em parte agrave CMTC o seu

outro papel o de gestora do sistema

Nos anos 80 aleacutem de inovaccedilotildees operacionais e tecnoloacutegicas

promovidas pela CMTC - o Programa Troleibus a implantaccedilatildeo dos corredores

de ocircnibus em faixa exclusiva e a utilizaccedilatildeo de ocircnibus movidos a gaacutes metano e

natural- a gestatildeo do serviccedilo de transporte puacuteblico voltou a ser alvo da atenccedilatildeo

da administraccedilatildeo municipal tendo resultado inclusive em intervenccedilotildees

administrativas e gerenciais em algumas empresas operadoras

A relaccedilatildeo entre as empresas operadoras e a municipalidade passou

por nova e importante alteraccedilatildeo a partir do processo de municipalizaccedilatildeo

quando atraveacutes da Lei no 11037 1991 o sistema de remuneraccedilatildeo do

serviccedilo passou a ser feito pelo custo dos serviccedilos passando a operadora a ser

remunerada diretamente pela apropriaccedilatildeo da tarifa paga pelo passageiro

O serviccedilo contratado pela Prefeitura e operado pelas empresas eacute

remunerado conforme a afericcedilatildeo dos custos incorridos na prestaccedilatildeo do serviccedilo

A tarifa definida conforme paracircmetros econocircmicos e poliacuteticos passou a

32

pertencer a administraccedilatildeo municipal constituindo-se na principal fonte de

recursos para o pagamento do serviccedilo agraves empresas contratadas pela

operaccedilatildeo

No iniacutecio de 1993 a CMTC desempenhava ao mesmo tempo as

funccedilotildees de gestora do sistema de transporte coletivo e de operadora detendo

cerca de 27 de participaccedilatildeo no setor

A administraccedilatildeo tinha por objetivo a racionalizaccedilatildeo da operaccedilatildeo e

reduccedilatildeo do deacuteficit previsto pela manutenccedilatildeo da administraccedilatildeo da CMTC como

empresa operadora

A alteraccedilatildeo do perfil da frota da quantidade de ocircnibus e de

funcionaacuterios eram medidas indicadas que exigiriam altos investimentos e natildeo

gerariam necessariamente reduccedilatildeo de custos Optou-se entatildeo por encerrar

as atividades operacionais da antiga CMTC atraveacutes da privatizaccedilatildeo de toda a

operaccedilatildeo dos 2700 ocircnibus e das respectivas garagens reduzindo o quadro de

pessoal de 27 mil para cerca de 1200 empregados Esse processo se valeu da

flexibilidade do mesmo modelo de gestatildeo estabelecido pela Lei No 11037

91

A forma de remuneraccedilatildeo dos serviccedilos prestados pelas empresas

contratadas foi inovada alterando-se o criteacuterio anterior de pagamento

calculado pelo custo do quilocircmetro rodado por um valor limite por passageiro

transportado

A antiga CMTC foi entatildeo transformada na Satildeo Paulo Transporte

SA- SPTRANS nova denominaccedilatildeo adotada em 8 de marccedilo de 1995 para a

empresa que ficou voltada somente agrave gestatildeo do sistema de transporte da

cidade

Atualmente com o crescimento das aacutereas urbanas da cidade

tornou-se necessaacuterio ampliar a aacuterea viaacuteria do municiacutepio atualmente estaacute em

33

fase de conclusatildeo o anel rodoviaacuterio da grande Satildeo Paulo e do rodoanel vias

que depois de prontas desafogaratildeo o traacutefego de veiacuteculos na cidade

O sistema Metropolitano operado pela Companhia do Metropolitano

de Satildeo Paulo tambeacutem estaacute em expansatildeo e contribuiraacute para atender o aumento

da demanda de transportes urbanos na maior cidade do Brasil

442 Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro capital do estado homocircnimo eacute a segunda maior

metroacutepole do Brasil situada na regiatildeo Sudeste

Eacute a cidade brasileira mais conhecida no exterior e a maior rota de

turismo internacional no Brasil

A parte urbana do Municiacutepio do Rio de Janeiro recebeu a

denominaccedilatildeo de GRANDE RIO pela Lei complementar nordm 20 pela Lei

Complementar nordm 20 de 01 de julho de 1974 apoacutes a fusatildeo dos antigos estados

do Rio de Janeiro e Guanabara

Aleacutem da parte urbana da cidade existe tambeacutem a REGIAtildeO

METROPOLITANA II DO RIO DE JANEIRO que abrange os municiacutepios de

Niteroacutei Satildeo Gonccedilalo Itaboraiacute Rio Bonito e Tanguaacute

A cidade foi capital do Brasil Colocircnia a partir de 1763 capital do

Impeacuterio Portuguecircs na eacutepoca das invasotildees de Napoleatildeo capital do Impeacuterio do

Brasil e capital da Repuacuteblica ateacute a inauguraccedilatildeo de Brasiacutelia na deacutecada de 60

As primeiras vias na regiatildeo onde hoje estaacute situada a Cidade do Rio

de Janeiro foram abertas pelos Tamoios com objetivos estrateacutegicos e de

defesa Eram veredas no interior da floresta e dirigiam-se ao interior em direccedilatildeo

agrave Serra do Mar (Santos 1934) Os rios e a Baiacutea de Guanabara eram as outras

vias naturais utilizadas por eles

34

Ateacute os primeiros anos do seacuteculo XIX o espaccedilo urbano da Cidade do

Rio de Janeiro limitava-se ao quadrilaacutetero formado pelos Morros do Castelo

Satildeo Bento Santo Antocircnio e da Conceiccedilatildeo De acordo com Abreu (1987) este

chatildeo fora duramente conquistado agrave natureza aterrando-se brejos e mangues

nos trecircs primeiros seacuteculos de existecircncia da cidade Considerando-se os limites

da cidade de entatildeo como sendo ao norte o Campo de Santana ao sul o Largo

do Machado e a regiatildeo de Mata Cavalos (hoje Rua do Riachuelo) e que natildeo

existiam ateacute entatildeo meios de transporte coletivo pode-se afirmar que a maioria

dos deslocamentos eram realizados a peacute em carro de bois eou no lombo de

animais Soacute posteriormente foram introduzidos as andas as redes e os

palanguins

Segundo Dunlop (1973) estes meios de transportes eram como

uma cama suspensa em longo varal conduzida nos ombros por escravos um

agrave frente outro agrave retaguarda

Para as viagens de longa distacircncia neste periacuteodo aqueles que

desejavam ir agraves Minas Gerais Satildeo Paulo ou ao interior do paiacutes tinham que

realizar por exemplo viagens que envolviam animais barcos e comeccedilavam

realizando um percurso pela Baiacutea de Guanabara

Com a chegada da famiacutelia real portuguesa por volta de 1808 foram

trazidas pela corte os coches carruagens seges e o cabriolet

Considerando-se os limites urbanos da cidade bem como as

caracteriacutesticas daquela sociedade colonial portuguesa nos troacutepicos pode-se

afirmar que somente as pessoas de posse ou que possuiacuteam seus proacuteprios

meios de transportes tinham condiccedilatildeo e direito de deslocar-se agraves localidades

mais afastadas do centro histoacuterico da cidade ou empreenderem viagens mais

longas

O transporte puacuteblico soacute foi introduzido na cidade por volta de 1817

com a adoccedilatildeo das Gocircndolas e Diligecircncias veiacuteculos de transporte coletivo

35

puxado agrave burros eou cavalos muito utilizados por todos que necessitavam

deslocar-se dentro do periacutemetro urbano Estes veiacuteculos operavam o transporte

de passageiros entre o centro da cidade e o Palaacutecio da Boa Vista em Satildeo

Cristoacutevatildeo e de Santa Cruz na Fazenda Real por concessatildeo

Dunlop (1973) esclarece que os primeiros ocircnibus tambeacutem puxados

por quatro animais comeccedilaram a trafegar no Rio em 1837 ou 1838 por

iniciativa do francecircs Jean Lecoqrdquo

Eram carros compridos () com dois bancos longitudinais

semelhantes aos bondes fechados da Botanical Garden que aqui surgiram

trinta anos mais tarde Transportavam de vinte a vinte e quatro passageiros

A denominada Companhia de Ocircnibus ainda segundo Dunlop

oferecia serviccedilos para os bairros de Botafogo Laranjeiras Satildeo Cristoacutevatildeo

Andaraiacute Pequeno - hoje Tijuca - Rio Comprido e Engenho Velho Estes

serviccedilos contribuiacuteram muito para o desenvolvimento e crescimento destes

bairros oferecendo uma opccedilatildeo de moradia agravequeles que desejavam sair do

centro histoacuterico aacuterea jaacute conturbada entatildeo

Destaca-se o papel exercido pelos trens agrave partir de 1858 com a

construccedilatildeo da Estrada de Ferro D Pedro II posteriormente denominada E F

Central do Brasil Este novo meio de transporte ofereceu pela primeira vez

uma maneira veloz e confiaacutevel que alcanccedilava longas distacircncias e circulava em

horaacuterios preacute-estabelecidos e regulares Inicialmente usado somente para o

transporte de cargas - para escoar a produccedilatildeo de cafeacute do Vale do Paraiacuteba em

direccedilatildeo ao Porto do Rio de Janeiro - e para o transporte de passageiros de

longa distacircncia

Outras ferrovias seguiram-se a esta primeira tais como a The

Leopoldina Railway Company (depois E F Leopoldina) E F Rio DOuro (hoje

Linha 2 do Metrocirc) E F Melhoramentos do Brasil (depois Linha Auxiliar da

36

Central do Brasil) Todas foram unificadas na Rede Ferroviaacuteria Federal SA

(1957)

ldquoO trem favoreceu o surgimento dos bairros mais afastados do centro na periferia no que posteriormente veio a ser conhecido como os subuacuterbios ferroviaacuterios da Central do Brasil Contribuiu muito tambeacutem para o desenvolvimento dos municiacutepios da Baixada Fluminense e da periferia distante do centro da Cidade do Rio de Janeirordquo (ABREU 1987)

O bonde inicialmente em traccedilatildeo animal e posteriormente

eletrificado foi o meio de transporte que juntamente com os ocircnibus tambeacutem

em traccedilatildeo animal favoreceu o crescimento e desenvolvimento da cidade O

trem chegava ateacute as estaccedilotildees mas era o bonde que circulava no interior do

bairro

Em 1859 circulou o primeiro bonde puxado a burro na cidade do

Rio de Janeiro ligando o Largo do Rocio ao Alto da Boa Vista Esta linha era

controlada pela Cia Carris de Ferro cuja exploraccedilatildeo fora concedida ao

empresaacuterio inglecircs Thomas Cochrane em 1856

Outras empresas vieram em seguida como a Botanical Garden

Railroad Company posteriormente Cia Ferro Carril do Jardim Botacircnico ou a

Rio de Janeiro Street Railroad Company posteriormente Cia Satildeo Cristoacutevatildeo

O Baratildeo de Drumond por sua vez obteve uma concessatildeo para

explorar a Companhia Ferro Carril de Vila Isabel para atender aos bairros do

Andarahy Grande (Andaraiacute Vila Isabel Grajauacute e Maracanatilde) Satildeo Francisco

Xavier e Engenho Novo

ldquoA criaccedilatildeo desta empresa estava fortemente ligada a abertura do bairro de Vila Isabel nas terras da entatildeo Fazenda do Macaco de propriedade da famiacutelia imperial caracterizando um empreendimento conjugado (transporteloteamento)rdquo (Abreu 1987)

37

Os bondes foram substituiacutedos na deacutecada de 1960 pelos ocircnibus

eleacutetricos denominados de troleibus ou chifrudos pela populaccedilatildeo por causa

da forma de captaccedilatildeo de energia eleacutetrica da rede aeacuterea

Apoacutes breve periacuteodo em operaccedilatildeo pela CTC os troleibus foram

substituiacutedos pelos ocircnibus agrave diesel da mesma companhia estadual

O uso das barcas como meio de transporte e passageiros no

contexto da Regiatildeo Metropolitana destacando-se pela existecircncia de uma via

natural a Baiacutea de Guanabara e a costa oceacircnica firmando-se como transporte

regular agrave partir do ano de 1853 com a implantaccedilatildeo da Cia de Navegaccedilatildeo de

Niteroacutei

Ao longo dos anos foram transportadas cargas veiacuteculos e

passageiros sendo reconhecido como um meio eficiente na ligaccedilatildeo entre as

cidades do Rio de Janeiro e Niteroacutei

Apoacutes a construccedilatildeo da Ponte Rio - Niteroacutei sua importacircncia foi

diminuindo ano a ano apesar de toda sua potencialidade instalada

Outras ligaccedilotildees natildeo soacute para a aacuterea central de Niteroacutei podem ser

melhor exploradas com impactos favoraacuteveis no sistema de transporte como

um todo e para o meio ambiente

Afinal todas as localidades das cidades eou bairros situadas agraves

margens da baiacutea ou na costa do estado satildeo potencialmente habilitadas a

serem servidas por barcas

Falar em transportes urbanos significa tambeacutem falar em problemas

de tracircnsito e engarrafamentos que eacute um dos maiores vilotildees da agitada do

Seacuteculo XXI

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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agosto de 2009

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httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 24: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

24

Naquela eacutepoca a cidade era atendida por 50 ocircnibus e 80 lotaccedilotildees

Em 1965 foi editado o Plano Diretor de Transportes de Curitiba estabelecendo

as vias estruturais que serviram como eixos base para movimentaccedilatildeo urbana

O plano foi considerado um dos mais perfeitos do mundo

Devido ao bom planejamento mesmo 15 anos depois os 673 ocircnibus

da capital paranaense transportavam 515 mil pessoas diariamente

A frota do transporte coletivo representava apenas 2 dos veiacuteculos

que trafegavam em Curitiba e era responsaacutevel pelo transporte de 75 das

pessoas que se locomoviam

Como a cidade crescia rapidamente em pouco tempo o sistema

tradicional estaria obsoleto e ineficaz para atender tanta gente Era necessaacuterio

algo de novo A soluccedilatildeo foi a implantaccedilatildeo dos ocircnibus expressos esse sistema

foi um dos grandes responsaacuteveis pelo avanccedilo no atendimento do transporte

coletivo

Natildeo se tratava somente de uma nova categoria de veiacuteculo mas

acima de tudo um sistema de transporte para meacutedias distacircncias que possuiacutea

via exclusiva

A primeira etapa foi agrave implantaccedilatildeo das canaletas exclusivas onde

circulavam os ocircnibus convencionais

O Departamento de Pesquisa de Veiacuteculos da Faculdade de

Engenharia Industrial de Satildeo Bernardo dos Campos (SP) apresentou ao

IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba) o primeiro

modelo de ocircnibus para atender as novas necessidades de transporte urbano

Batizado de Uiraquitan em homenagem ao nome indiacutegena dado ao primeiro

carro fabricado no Brasil foi projetado especialmente para o sistema viaacuterio de

Curitiba

25

414 Os primeiros ocircnibus expressos

Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo

nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimental os 20

primeiros expressos A frota partiu da Praccedila Generoso Marques para atender

passageiros do Eixo NorteSul Em um dos ocircnibus de inconfundiacutevel cor

vermelha o prefeito Jaime Lerner idealizador do projeto desde o tempo em que

era presidente do IPPUC ndash INSTITUTO DE PESQUISAS E PLANEJAMENTO

URBANO DE CURITIBA noticiava agrave imprensa a satisfaccedilatildeo de ver sua grande

obra em funcionamento

Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde

foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e caixas de correio

aleacutem da pista proacutepria o expresso foi comparado a um metrocirc na superfiacutecie Em

meacutedia todos os meses 19 milhatildeo de pessoas utilizavam o novo sistema de

transporte

As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi

crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento populacional e de

infra-estrutura da cidade Em 1980 Curitiba foi a primeira capital a adotar a

tarifa social O preccedilo da passagem era uacutenico independente do trecho da

viagem Com esta vantagem tambeacutem foi colocada em praacutetica a campanha Eacute

com esse que eu vou incentivando a populaccedilatildeo a deixar os carros em casa e

utilizar o veiacuteculo coletivo O preccedilo do petroacuteleo aumentava cada vez mais por

conta da crise mundial de combustiacuteveis

Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a

utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar a passagem

uacutenica Os usuaacuterios podiam trocar de linha dentro dos terminais sem pagar nova

passagem Com isto se consolidou a RIT (Rede Integrada de Transporte) Em

1980 os ocircnibus articulados com capacidade 80 maior comeccedilaram a

substituir gradativamente os antigos expressos Isto significou economia de

combustiacutevel em 46 e reduccedilatildeo de custo de 21 por passageiro transportado

26

Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS

(Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistema e passou a

ser a concessionaacuteria e as empresas operadoras as permissionaacuterias

Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia

incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas

alimentadoras para os usuaacuterios se deslocarem nos cinco eixos atendidos pelos

expressos 239 linhas em todo o sistema A RIT atendia em 1990 54 do total

de usuaacuterios do sistema iacutendice que chegou a 84 em 1995

Em outubro de 1991 sob encomenda da URBS a Volvo comeccedilou a

desenvolver o primeiro ocircnibus bi-articulado brasileiro batizado de Metrobuacutes

com 25 metros de comprimento e capacidade para transportar ateacute 270

passageiros

Neste periacuteodo foi implantada uma das maiores novidades do

transporte coletivo naquela deacutecada Foram criadas as Linhas Diretas servidas

por veiacuteculos de cor cinza popularmente chamados de Ligeirinhos (anexo 15)

Atraveacutes das rampas de acesso no lugar das escadas eles

permitiram o embarque e desembarque de passageiros atraveacutes das estaccedilotildees-

tubo que serviam como pequenos terminais possibilitando ao usuaacuterio a troca

de linhas sem pagar nova passagem

Os Bi-articulados comeccedilaram a substituir tambeacutem os ocircnibus

utilizados nas linhas do Express

As melhorias foram sendo colocadas em praacutetica como o sistema de

aviso de paradas

A cada saiacuteda de uma estaccedilatildeo-tubo o sistema eacute automaticamente

acionado para informar aos passageiros qual eacute o ponto seguinte e quais portas

27

deveratildeo ser utilizadas para o desembarque Sistema parecido com o usado por

alguns metrocircs em diversos lugares do mundo

Em 1996 a RIT ultrapassou as fronteiras e passou a atender a

Regiatildeo Metropolitana Em 1999 o Sistema Expresso comemorou 25 anos com

a inauguraccedilatildeo da linha Bi-articulada Circular Sul

Para relembrar o comeccedilo de tudo uma reacuteplica do primeiro ocircnibus

expresso de 1974 circulou do Terminal Capatildeo Raso ateacute a Praccedila Generoso

Marques transportando o entatildeo governador Jaime Lerner e o prefeito Caacutessio

Taniguchi

Foi como uma viagem no tempo para Lerner e para muitos

curitibanos que acompanharam o desenvolvimento do transporte coletivo da

cidade repleto de inovaccedilotildees e empreendedorismo para acompanhar o

crescimento urbano

Em 2000 a substituiccedilatildeo de 87 veiacuteculos articulados por 57 de maior

porte no eixo lesteoeste demonstrou que no sistema adotado por Curitiba

novidades satildeo sempre implantadas sem a necessidade de investimentos

incompatiacuteveis com a realidade da cidade

Os avanccedilos sociais marcam a histoacuteria recente do transporte coletivo

curitibano

Em 2005 o prefeito Beto Richa determinou o enxugamento de

despesas do sistema e o corte de dez centavos na tarifa reduzida para R$

180

Hoje 2 milhotildees de passageiros utilizam diariamente o Sistema

Integrado de Transporte Coletivo composto por 1980 ocircnibus que atendem 395

linhas O sistema eacute responsaacutevel pelo emprego direto de 15 mil pessoas entre

motoristas cobradores fiscais mecacircnicos entre outros profissionais

28

Com a construccedilatildeo da Linha Verde o Sistema de Transportes de

Curitiba estaacute em expansatildeo essa via uniraacute a cidade no trecho urbano na antiga

BR-116 melhorando o tracircnsito e os transportes em Curitiba

42 Uberlacircndia

A cidade de Uberlacircndia no Estado de Minas Gerais conta um

Sistema Integrado de Transporte Urbano (SIT) que racionalizou o uso dos

transportes urbanos com a unificaccedilatildeo do preccedilo das passagens aleacutem disso o

usuaacuterio natildeo paga mais duas passagens para chegar no local desejado

contando com um transporte coletivo 100 integrado e monitorado (GPRS)

administrado pela prefeitura

O sistema eacute dotado de bilhetagem eletrocircnica A maioria dos

veiacuteculos tecircm elevador para facilitar o acesso de deficientes fiacutesicos

O sistema eacute composto por seis terminais

bull Central

bull Santa Luzia

bull Planalto

bull Umuarama

bull Terminal Industrial (distrito industrial de Uberlacircndia)

O sistema conta com treze estaccedilotildees de embarque e desembarque

de passageiros interligando a regiatildeo central (Terminal Central) de Uberlacircndia

ao Anel Rodoviaacuterio (Terminal Santa Luzia) proporcionando um raacutepido acesso

agraves principais rodovias em torno do municiacutepio

43 Goiacircnia

A Prefeitura de Goiacircnia tem buscado soluccedilotildees inovadoras no que diz

respeito aos problemas que envolvem os transportes urbanos da cidade A

primeira grande mudanccedila no sistema de transportes coletivos da regiatildeo

29

metropolitana de Goiacircnia ocorreu em 1976 quando da implantaccedilatildeo do sistema

tronco-alimentador que se baseava em linhas troncais e alimentadoras atraveacutes

de terminais de integraccedilatildeo com a exploraccedilatildeo e operaccedilatildeo das linhas por

empresas concessionaacuterias privadas

No ano seguinte agrave sua implantaccedilatildeo o sistema possibilitou o

transporte de 35 milhotildees de passageiros nuacutemero que cresceu a uma taxa de

5 ao ano ateacute 1984 atingindo a meacutedia anual de 100 milhotildees de passageiros

No periacuteodo entre 1985 e 1991 a quantidade de passageiros

transportados continuou aumentando ateacute atingir o patamar de 250 milhotildees de

passageirosano em funccedilatildeo do aumento da demanda por transporte coletivo

urbano ocorrido em todo o paiacutes

Os problemas inflacionaacuterios de 1992 a 1994 e a diminuiccedilatildeo do poder

aquisitivo provocaram a queda da demanda para 200 milhotildees de

passageirosano

O sistema de transportes urbanos de Goiacircnia estaacute em expansatildeo

com a previsatildeo de entrada em operaccedilatildeo do Metrocirc de Superfiacutecie que contaraacute

com ocircnibus articulados e biarticulados de grande capacidade de passageiros

Visando a implantaccedilatildeo dessa via de superfiacutecie estaacute sendo testado o

modelo de ocircnibus biarticulado VOLVO B9 SALF (anexo 20) com grande

capacidade para transportar 270 passageiros Esse mesmo modelo estaacute em

operaccedilatildeo no Sistema Transantiago na capital chilena

44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro

441 Satildeo Paulo

A histoacuteria da cidade de Satildeo Paulo eacute marcada pela implantaccedilatildeo da

ferrovia mas a histoacuteria dos transportes puacuteblicos iniciada agrave mesma eacutepoca tem

30

nos tiacutelburis carros de duas rodas puxados por um cavalo sua primeira

apariccedilatildeo com a inauguraccedilatildeo em 1872 pela Companhia Carris de Ferro de Satildeo

Paulo da primeira linha de bondes puxados a burro

A primeira linha de bonde eleacutetrico foi inaugurada no iniacutecio do seacuteculo

XX em 7 de maio de 1900 ligando o largo de Satildeo Bento agrave Barra Funda Foi um

empreendimento da Satildeo Paulo Railway Light and Power Company LTd que

recebeu por transferecircncia a concessatildeo para organizar construir e operar

linhas de bonde por traccedilatildeo eleacutetrica para diversos pontos da cidade e seus

subuacuterbios durante 40 anos

Os primeiros auto-ocircnibus surgiram na cidade na deacutecada de 20

complementando a alternativa ao bonde que sofria as limitaccedilotildees de rede

energia e investimentos

Nos anos 30 a capital de Satildeo Paulo jaacute era considerada um grande

centro urbano e convivia com um tracircnsito agitado O Plano de Avenidas do

Prefeito Prestes Maia indicava a expressiva influecircncia do automoacutevel na vida e

na estrutura da cidade

A Comissatildeo de Estudos de Transportes Coletivos instituiacuteda em

1939 pocircs em discussatildeo a organizaccedilatildeo do transporte como serviccedilo puacuteblico e as

vantagens do monopoacutelio governamental lanccedilando as bases para a constituiccedilatildeo

de uma empresa municipal responsaacutevel pelo transporte coletivo

O nuacutemero de ocircnibus em Satildeo Paulo em 1941 superou os mil

enquanto o de bondes manteve-se em 500 Assim eram os ocircnibus que

transportavam a maior parte dos passageiros Trinta e sete empresas

particulares exploravam 90 linhas que circulavam pelo municiacutepio

Em 1946 atraveacutes do Decreto-Lei no 365 de 10 de outubro de 1946

o Prefeito Abrahatildeo Ribeiro autorizou a constituiccedilatildeo de uma empresa

31

responsaacutevel pelo transporte puacuteblico criando-se entatildeo a Companhia Municipal

de Transportes Coletivos ndash CMTC (anexo 10)

Em 1947 a Prefeitura determinou a transferecircncia do patrimocircnio da

Light relativo ao serviccedilo para a nova companhia e decidiu que as empresas

privadas passariam a operar somente as linhas de ocircnibus fora do periacutemetro

urbano

Em 1975 a COMPANHIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES

COLETIVOS - CMTC operava apenas 14 da frota de ocircnibus da cidade

Um novo contrato de concessatildeo foi firmado entre Prefeitura e CMTC

permitindo a contrataccedilatildeo os serviccedilos de transporte coletivo de passageiros em

23 aacutereas de operaccedilatildeo Assim uma mudanccedila efetiva ocorreu no sistema e no

mercado de transporte coletivo da cidade restituindo em parte agrave CMTC o seu

outro papel o de gestora do sistema

Nos anos 80 aleacutem de inovaccedilotildees operacionais e tecnoloacutegicas

promovidas pela CMTC - o Programa Troleibus a implantaccedilatildeo dos corredores

de ocircnibus em faixa exclusiva e a utilizaccedilatildeo de ocircnibus movidos a gaacutes metano e

natural- a gestatildeo do serviccedilo de transporte puacuteblico voltou a ser alvo da atenccedilatildeo

da administraccedilatildeo municipal tendo resultado inclusive em intervenccedilotildees

administrativas e gerenciais em algumas empresas operadoras

A relaccedilatildeo entre as empresas operadoras e a municipalidade passou

por nova e importante alteraccedilatildeo a partir do processo de municipalizaccedilatildeo

quando atraveacutes da Lei no 11037 1991 o sistema de remuneraccedilatildeo do

serviccedilo passou a ser feito pelo custo dos serviccedilos passando a operadora a ser

remunerada diretamente pela apropriaccedilatildeo da tarifa paga pelo passageiro

O serviccedilo contratado pela Prefeitura e operado pelas empresas eacute

remunerado conforme a afericcedilatildeo dos custos incorridos na prestaccedilatildeo do serviccedilo

A tarifa definida conforme paracircmetros econocircmicos e poliacuteticos passou a

32

pertencer a administraccedilatildeo municipal constituindo-se na principal fonte de

recursos para o pagamento do serviccedilo agraves empresas contratadas pela

operaccedilatildeo

No iniacutecio de 1993 a CMTC desempenhava ao mesmo tempo as

funccedilotildees de gestora do sistema de transporte coletivo e de operadora detendo

cerca de 27 de participaccedilatildeo no setor

A administraccedilatildeo tinha por objetivo a racionalizaccedilatildeo da operaccedilatildeo e

reduccedilatildeo do deacuteficit previsto pela manutenccedilatildeo da administraccedilatildeo da CMTC como

empresa operadora

A alteraccedilatildeo do perfil da frota da quantidade de ocircnibus e de

funcionaacuterios eram medidas indicadas que exigiriam altos investimentos e natildeo

gerariam necessariamente reduccedilatildeo de custos Optou-se entatildeo por encerrar

as atividades operacionais da antiga CMTC atraveacutes da privatizaccedilatildeo de toda a

operaccedilatildeo dos 2700 ocircnibus e das respectivas garagens reduzindo o quadro de

pessoal de 27 mil para cerca de 1200 empregados Esse processo se valeu da

flexibilidade do mesmo modelo de gestatildeo estabelecido pela Lei No 11037

91

A forma de remuneraccedilatildeo dos serviccedilos prestados pelas empresas

contratadas foi inovada alterando-se o criteacuterio anterior de pagamento

calculado pelo custo do quilocircmetro rodado por um valor limite por passageiro

transportado

A antiga CMTC foi entatildeo transformada na Satildeo Paulo Transporte

SA- SPTRANS nova denominaccedilatildeo adotada em 8 de marccedilo de 1995 para a

empresa que ficou voltada somente agrave gestatildeo do sistema de transporte da

cidade

Atualmente com o crescimento das aacutereas urbanas da cidade

tornou-se necessaacuterio ampliar a aacuterea viaacuteria do municiacutepio atualmente estaacute em

33

fase de conclusatildeo o anel rodoviaacuterio da grande Satildeo Paulo e do rodoanel vias

que depois de prontas desafogaratildeo o traacutefego de veiacuteculos na cidade

O sistema Metropolitano operado pela Companhia do Metropolitano

de Satildeo Paulo tambeacutem estaacute em expansatildeo e contribuiraacute para atender o aumento

da demanda de transportes urbanos na maior cidade do Brasil

442 Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro capital do estado homocircnimo eacute a segunda maior

metroacutepole do Brasil situada na regiatildeo Sudeste

Eacute a cidade brasileira mais conhecida no exterior e a maior rota de

turismo internacional no Brasil

A parte urbana do Municiacutepio do Rio de Janeiro recebeu a

denominaccedilatildeo de GRANDE RIO pela Lei complementar nordm 20 pela Lei

Complementar nordm 20 de 01 de julho de 1974 apoacutes a fusatildeo dos antigos estados

do Rio de Janeiro e Guanabara

Aleacutem da parte urbana da cidade existe tambeacutem a REGIAtildeO

METROPOLITANA II DO RIO DE JANEIRO que abrange os municiacutepios de

Niteroacutei Satildeo Gonccedilalo Itaboraiacute Rio Bonito e Tanguaacute

A cidade foi capital do Brasil Colocircnia a partir de 1763 capital do

Impeacuterio Portuguecircs na eacutepoca das invasotildees de Napoleatildeo capital do Impeacuterio do

Brasil e capital da Repuacuteblica ateacute a inauguraccedilatildeo de Brasiacutelia na deacutecada de 60

As primeiras vias na regiatildeo onde hoje estaacute situada a Cidade do Rio

de Janeiro foram abertas pelos Tamoios com objetivos estrateacutegicos e de

defesa Eram veredas no interior da floresta e dirigiam-se ao interior em direccedilatildeo

agrave Serra do Mar (Santos 1934) Os rios e a Baiacutea de Guanabara eram as outras

vias naturais utilizadas por eles

34

Ateacute os primeiros anos do seacuteculo XIX o espaccedilo urbano da Cidade do

Rio de Janeiro limitava-se ao quadrilaacutetero formado pelos Morros do Castelo

Satildeo Bento Santo Antocircnio e da Conceiccedilatildeo De acordo com Abreu (1987) este

chatildeo fora duramente conquistado agrave natureza aterrando-se brejos e mangues

nos trecircs primeiros seacuteculos de existecircncia da cidade Considerando-se os limites

da cidade de entatildeo como sendo ao norte o Campo de Santana ao sul o Largo

do Machado e a regiatildeo de Mata Cavalos (hoje Rua do Riachuelo) e que natildeo

existiam ateacute entatildeo meios de transporte coletivo pode-se afirmar que a maioria

dos deslocamentos eram realizados a peacute em carro de bois eou no lombo de

animais Soacute posteriormente foram introduzidos as andas as redes e os

palanguins

Segundo Dunlop (1973) estes meios de transportes eram como

uma cama suspensa em longo varal conduzida nos ombros por escravos um

agrave frente outro agrave retaguarda

Para as viagens de longa distacircncia neste periacuteodo aqueles que

desejavam ir agraves Minas Gerais Satildeo Paulo ou ao interior do paiacutes tinham que

realizar por exemplo viagens que envolviam animais barcos e comeccedilavam

realizando um percurso pela Baiacutea de Guanabara

Com a chegada da famiacutelia real portuguesa por volta de 1808 foram

trazidas pela corte os coches carruagens seges e o cabriolet

Considerando-se os limites urbanos da cidade bem como as

caracteriacutesticas daquela sociedade colonial portuguesa nos troacutepicos pode-se

afirmar que somente as pessoas de posse ou que possuiacuteam seus proacuteprios

meios de transportes tinham condiccedilatildeo e direito de deslocar-se agraves localidades

mais afastadas do centro histoacuterico da cidade ou empreenderem viagens mais

longas

O transporte puacuteblico soacute foi introduzido na cidade por volta de 1817

com a adoccedilatildeo das Gocircndolas e Diligecircncias veiacuteculos de transporte coletivo

35

puxado agrave burros eou cavalos muito utilizados por todos que necessitavam

deslocar-se dentro do periacutemetro urbano Estes veiacuteculos operavam o transporte

de passageiros entre o centro da cidade e o Palaacutecio da Boa Vista em Satildeo

Cristoacutevatildeo e de Santa Cruz na Fazenda Real por concessatildeo

Dunlop (1973) esclarece que os primeiros ocircnibus tambeacutem puxados

por quatro animais comeccedilaram a trafegar no Rio em 1837 ou 1838 por

iniciativa do francecircs Jean Lecoqrdquo

Eram carros compridos () com dois bancos longitudinais

semelhantes aos bondes fechados da Botanical Garden que aqui surgiram

trinta anos mais tarde Transportavam de vinte a vinte e quatro passageiros

A denominada Companhia de Ocircnibus ainda segundo Dunlop

oferecia serviccedilos para os bairros de Botafogo Laranjeiras Satildeo Cristoacutevatildeo

Andaraiacute Pequeno - hoje Tijuca - Rio Comprido e Engenho Velho Estes

serviccedilos contribuiacuteram muito para o desenvolvimento e crescimento destes

bairros oferecendo uma opccedilatildeo de moradia agravequeles que desejavam sair do

centro histoacuterico aacuterea jaacute conturbada entatildeo

Destaca-se o papel exercido pelos trens agrave partir de 1858 com a

construccedilatildeo da Estrada de Ferro D Pedro II posteriormente denominada E F

Central do Brasil Este novo meio de transporte ofereceu pela primeira vez

uma maneira veloz e confiaacutevel que alcanccedilava longas distacircncias e circulava em

horaacuterios preacute-estabelecidos e regulares Inicialmente usado somente para o

transporte de cargas - para escoar a produccedilatildeo de cafeacute do Vale do Paraiacuteba em

direccedilatildeo ao Porto do Rio de Janeiro - e para o transporte de passageiros de

longa distacircncia

Outras ferrovias seguiram-se a esta primeira tais como a The

Leopoldina Railway Company (depois E F Leopoldina) E F Rio DOuro (hoje

Linha 2 do Metrocirc) E F Melhoramentos do Brasil (depois Linha Auxiliar da

36

Central do Brasil) Todas foram unificadas na Rede Ferroviaacuteria Federal SA

(1957)

ldquoO trem favoreceu o surgimento dos bairros mais afastados do centro na periferia no que posteriormente veio a ser conhecido como os subuacuterbios ferroviaacuterios da Central do Brasil Contribuiu muito tambeacutem para o desenvolvimento dos municiacutepios da Baixada Fluminense e da periferia distante do centro da Cidade do Rio de Janeirordquo (ABREU 1987)

O bonde inicialmente em traccedilatildeo animal e posteriormente

eletrificado foi o meio de transporte que juntamente com os ocircnibus tambeacutem

em traccedilatildeo animal favoreceu o crescimento e desenvolvimento da cidade O

trem chegava ateacute as estaccedilotildees mas era o bonde que circulava no interior do

bairro

Em 1859 circulou o primeiro bonde puxado a burro na cidade do

Rio de Janeiro ligando o Largo do Rocio ao Alto da Boa Vista Esta linha era

controlada pela Cia Carris de Ferro cuja exploraccedilatildeo fora concedida ao

empresaacuterio inglecircs Thomas Cochrane em 1856

Outras empresas vieram em seguida como a Botanical Garden

Railroad Company posteriormente Cia Ferro Carril do Jardim Botacircnico ou a

Rio de Janeiro Street Railroad Company posteriormente Cia Satildeo Cristoacutevatildeo

O Baratildeo de Drumond por sua vez obteve uma concessatildeo para

explorar a Companhia Ferro Carril de Vila Isabel para atender aos bairros do

Andarahy Grande (Andaraiacute Vila Isabel Grajauacute e Maracanatilde) Satildeo Francisco

Xavier e Engenho Novo

ldquoA criaccedilatildeo desta empresa estava fortemente ligada a abertura do bairro de Vila Isabel nas terras da entatildeo Fazenda do Macaco de propriedade da famiacutelia imperial caracterizando um empreendimento conjugado (transporteloteamento)rdquo (Abreu 1987)

37

Os bondes foram substituiacutedos na deacutecada de 1960 pelos ocircnibus

eleacutetricos denominados de troleibus ou chifrudos pela populaccedilatildeo por causa

da forma de captaccedilatildeo de energia eleacutetrica da rede aeacuterea

Apoacutes breve periacuteodo em operaccedilatildeo pela CTC os troleibus foram

substituiacutedos pelos ocircnibus agrave diesel da mesma companhia estadual

O uso das barcas como meio de transporte e passageiros no

contexto da Regiatildeo Metropolitana destacando-se pela existecircncia de uma via

natural a Baiacutea de Guanabara e a costa oceacircnica firmando-se como transporte

regular agrave partir do ano de 1853 com a implantaccedilatildeo da Cia de Navegaccedilatildeo de

Niteroacutei

Ao longo dos anos foram transportadas cargas veiacuteculos e

passageiros sendo reconhecido como um meio eficiente na ligaccedilatildeo entre as

cidades do Rio de Janeiro e Niteroacutei

Apoacutes a construccedilatildeo da Ponte Rio - Niteroacutei sua importacircncia foi

diminuindo ano a ano apesar de toda sua potencialidade instalada

Outras ligaccedilotildees natildeo soacute para a aacuterea central de Niteroacutei podem ser

melhor exploradas com impactos favoraacuteveis no sistema de transporte como

um todo e para o meio ambiente

Afinal todas as localidades das cidades eou bairros situadas agraves

margens da baiacutea ou na costa do estado satildeo potencialmente habilitadas a

serem servidas por barcas

Falar em transportes urbanos significa tambeacutem falar em problemas

de tracircnsito e engarrafamentos que eacute um dos maiores vilotildees da agitada do

Seacuteculo XXI

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 25: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

25

414 Os primeiros ocircnibus expressos

Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo

nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimental os 20

primeiros expressos A frota partiu da Praccedila Generoso Marques para atender

passageiros do Eixo NorteSul Em um dos ocircnibus de inconfundiacutevel cor

vermelha o prefeito Jaime Lerner idealizador do projeto desde o tempo em que

era presidente do IPPUC ndash INSTITUTO DE PESQUISAS E PLANEJAMENTO

URBANO DE CURITIBA noticiava agrave imprensa a satisfaccedilatildeo de ver sua grande

obra em funcionamento

Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde

foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e caixas de correio

aleacutem da pista proacutepria o expresso foi comparado a um metrocirc na superfiacutecie Em

meacutedia todos os meses 19 milhatildeo de pessoas utilizavam o novo sistema de

transporte

As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi

crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento populacional e de

infra-estrutura da cidade Em 1980 Curitiba foi a primeira capital a adotar a

tarifa social O preccedilo da passagem era uacutenico independente do trecho da

viagem Com esta vantagem tambeacutem foi colocada em praacutetica a campanha Eacute

com esse que eu vou incentivando a populaccedilatildeo a deixar os carros em casa e

utilizar o veiacuteculo coletivo O preccedilo do petroacuteleo aumentava cada vez mais por

conta da crise mundial de combustiacuteveis

Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a

utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar a passagem

uacutenica Os usuaacuterios podiam trocar de linha dentro dos terminais sem pagar nova

passagem Com isto se consolidou a RIT (Rede Integrada de Transporte) Em

1980 os ocircnibus articulados com capacidade 80 maior comeccedilaram a

substituir gradativamente os antigos expressos Isto significou economia de

combustiacutevel em 46 e reduccedilatildeo de custo de 21 por passageiro transportado

26

Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS

(Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistema e passou a

ser a concessionaacuteria e as empresas operadoras as permissionaacuterias

Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia

incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas

alimentadoras para os usuaacuterios se deslocarem nos cinco eixos atendidos pelos

expressos 239 linhas em todo o sistema A RIT atendia em 1990 54 do total

de usuaacuterios do sistema iacutendice que chegou a 84 em 1995

Em outubro de 1991 sob encomenda da URBS a Volvo comeccedilou a

desenvolver o primeiro ocircnibus bi-articulado brasileiro batizado de Metrobuacutes

com 25 metros de comprimento e capacidade para transportar ateacute 270

passageiros

Neste periacuteodo foi implantada uma das maiores novidades do

transporte coletivo naquela deacutecada Foram criadas as Linhas Diretas servidas

por veiacuteculos de cor cinza popularmente chamados de Ligeirinhos (anexo 15)

Atraveacutes das rampas de acesso no lugar das escadas eles

permitiram o embarque e desembarque de passageiros atraveacutes das estaccedilotildees-

tubo que serviam como pequenos terminais possibilitando ao usuaacuterio a troca

de linhas sem pagar nova passagem

Os Bi-articulados comeccedilaram a substituir tambeacutem os ocircnibus

utilizados nas linhas do Express

As melhorias foram sendo colocadas em praacutetica como o sistema de

aviso de paradas

A cada saiacuteda de uma estaccedilatildeo-tubo o sistema eacute automaticamente

acionado para informar aos passageiros qual eacute o ponto seguinte e quais portas

27

deveratildeo ser utilizadas para o desembarque Sistema parecido com o usado por

alguns metrocircs em diversos lugares do mundo

Em 1996 a RIT ultrapassou as fronteiras e passou a atender a

Regiatildeo Metropolitana Em 1999 o Sistema Expresso comemorou 25 anos com

a inauguraccedilatildeo da linha Bi-articulada Circular Sul

Para relembrar o comeccedilo de tudo uma reacuteplica do primeiro ocircnibus

expresso de 1974 circulou do Terminal Capatildeo Raso ateacute a Praccedila Generoso

Marques transportando o entatildeo governador Jaime Lerner e o prefeito Caacutessio

Taniguchi

Foi como uma viagem no tempo para Lerner e para muitos

curitibanos que acompanharam o desenvolvimento do transporte coletivo da

cidade repleto de inovaccedilotildees e empreendedorismo para acompanhar o

crescimento urbano

Em 2000 a substituiccedilatildeo de 87 veiacuteculos articulados por 57 de maior

porte no eixo lesteoeste demonstrou que no sistema adotado por Curitiba

novidades satildeo sempre implantadas sem a necessidade de investimentos

incompatiacuteveis com a realidade da cidade

Os avanccedilos sociais marcam a histoacuteria recente do transporte coletivo

curitibano

Em 2005 o prefeito Beto Richa determinou o enxugamento de

despesas do sistema e o corte de dez centavos na tarifa reduzida para R$

180

Hoje 2 milhotildees de passageiros utilizam diariamente o Sistema

Integrado de Transporte Coletivo composto por 1980 ocircnibus que atendem 395

linhas O sistema eacute responsaacutevel pelo emprego direto de 15 mil pessoas entre

motoristas cobradores fiscais mecacircnicos entre outros profissionais

28

Com a construccedilatildeo da Linha Verde o Sistema de Transportes de

Curitiba estaacute em expansatildeo essa via uniraacute a cidade no trecho urbano na antiga

BR-116 melhorando o tracircnsito e os transportes em Curitiba

42 Uberlacircndia

A cidade de Uberlacircndia no Estado de Minas Gerais conta um

Sistema Integrado de Transporte Urbano (SIT) que racionalizou o uso dos

transportes urbanos com a unificaccedilatildeo do preccedilo das passagens aleacutem disso o

usuaacuterio natildeo paga mais duas passagens para chegar no local desejado

contando com um transporte coletivo 100 integrado e monitorado (GPRS)

administrado pela prefeitura

O sistema eacute dotado de bilhetagem eletrocircnica A maioria dos

veiacuteculos tecircm elevador para facilitar o acesso de deficientes fiacutesicos

O sistema eacute composto por seis terminais

bull Central

bull Santa Luzia

bull Planalto

bull Umuarama

bull Terminal Industrial (distrito industrial de Uberlacircndia)

O sistema conta com treze estaccedilotildees de embarque e desembarque

de passageiros interligando a regiatildeo central (Terminal Central) de Uberlacircndia

ao Anel Rodoviaacuterio (Terminal Santa Luzia) proporcionando um raacutepido acesso

agraves principais rodovias em torno do municiacutepio

43 Goiacircnia

A Prefeitura de Goiacircnia tem buscado soluccedilotildees inovadoras no que diz

respeito aos problemas que envolvem os transportes urbanos da cidade A

primeira grande mudanccedila no sistema de transportes coletivos da regiatildeo

29

metropolitana de Goiacircnia ocorreu em 1976 quando da implantaccedilatildeo do sistema

tronco-alimentador que se baseava em linhas troncais e alimentadoras atraveacutes

de terminais de integraccedilatildeo com a exploraccedilatildeo e operaccedilatildeo das linhas por

empresas concessionaacuterias privadas

No ano seguinte agrave sua implantaccedilatildeo o sistema possibilitou o

transporte de 35 milhotildees de passageiros nuacutemero que cresceu a uma taxa de

5 ao ano ateacute 1984 atingindo a meacutedia anual de 100 milhotildees de passageiros

No periacuteodo entre 1985 e 1991 a quantidade de passageiros

transportados continuou aumentando ateacute atingir o patamar de 250 milhotildees de

passageirosano em funccedilatildeo do aumento da demanda por transporte coletivo

urbano ocorrido em todo o paiacutes

Os problemas inflacionaacuterios de 1992 a 1994 e a diminuiccedilatildeo do poder

aquisitivo provocaram a queda da demanda para 200 milhotildees de

passageirosano

O sistema de transportes urbanos de Goiacircnia estaacute em expansatildeo

com a previsatildeo de entrada em operaccedilatildeo do Metrocirc de Superfiacutecie que contaraacute

com ocircnibus articulados e biarticulados de grande capacidade de passageiros

Visando a implantaccedilatildeo dessa via de superfiacutecie estaacute sendo testado o

modelo de ocircnibus biarticulado VOLVO B9 SALF (anexo 20) com grande

capacidade para transportar 270 passageiros Esse mesmo modelo estaacute em

operaccedilatildeo no Sistema Transantiago na capital chilena

44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro

441 Satildeo Paulo

A histoacuteria da cidade de Satildeo Paulo eacute marcada pela implantaccedilatildeo da

ferrovia mas a histoacuteria dos transportes puacuteblicos iniciada agrave mesma eacutepoca tem

30

nos tiacutelburis carros de duas rodas puxados por um cavalo sua primeira

apariccedilatildeo com a inauguraccedilatildeo em 1872 pela Companhia Carris de Ferro de Satildeo

Paulo da primeira linha de bondes puxados a burro

A primeira linha de bonde eleacutetrico foi inaugurada no iniacutecio do seacuteculo

XX em 7 de maio de 1900 ligando o largo de Satildeo Bento agrave Barra Funda Foi um

empreendimento da Satildeo Paulo Railway Light and Power Company LTd que

recebeu por transferecircncia a concessatildeo para organizar construir e operar

linhas de bonde por traccedilatildeo eleacutetrica para diversos pontos da cidade e seus

subuacuterbios durante 40 anos

Os primeiros auto-ocircnibus surgiram na cidade na deacutecada de 20

complementando a alternativa ao bonde que sofria as limitaccedilotildees de rede

energia e investimentos

Nos anos 30 a capital de Satildeo Paulo jaacute era considerada um grande

centro urbano e convivia com um tracircnsito agitado O Plano de Avenidas do

Prefeito Prestes Maia indicava a expressiva influecircncia do automoacutevel na vida e

na estrutura da cidade

A Comissatildeo de Estudos de Transportes Coletivos instituiacuteda em

1939 pocircs em discussatildeo a organizaccedilatildeo do transporte como serviccedilo puacuteblico e as

vantagens do monopoacutelio governamental lanccedilando as bases para a constituiccedilatildeo

de uma empresa municipal responsaacutevel pelo transporte coletivo

O nuacutemero de ocircnibus em Satildeo Paulo em 1941 superou os mil

enquanto o de bondes manteve-se em 500 Assim eram os ocircnibus que

transportavam a maior parte dos passageiros Trinta e sete empresas

particulares exploravam 90 linhas que circulavam pelo municiacutepio

Em 1946 atraveacutes do Decreto-Lei no 365 de 10 de outubro de 1946

o Prefeito Abrahatildeo Ribeiro autorizou a constituiccedilatildeo de uma empresa

31

responsaacutevel pelo transporte puacuteblico criando-se entatildeo a Companhia Municipal

de Transportes Coletivos ndash CMTC (anexo 10)

Em 1947 a Prefeitura determinou a transferecircncia do patrimocircnio da

Light relativo ao serviccedilo para a nova companhia e decidiu que as empresas

privadas passariam a operar somente as linhas de ocircnibus fora do periacutemetro

urbano

Em 1975 a COMPANHIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES

COLETIVOS - CMTC operava apenas 14 da frota de ocircnibus da cidade

Um novo contrato de concessatildeo foi firmado entre Prefeitura e CMTC

permitindo a contrataccedilatildeo os serviccedilos de transporte coletivo de passageiros em

23 aacutereas de operaccedilatildeo Assim uma mudanccedila efetiva ocorreu no sistema e no

mercado de transporte coletivo da cidade restituindo em parte agrave CMTC o seu

outro papel o de gestora do sistema

Nos anos 80 aleacutem de inovaccedilotildees operacionais e tecnoloacutegicas

promovidas pela CMTC - o Programa Troleibus a implantaccedilatildeo dos corredores

de ocircnibus em faixa exclusiva e a utilizaccedilatildeo de ocircnibus movidos a gaacutes metano e

natural- a gestatildeo do serviccedilo de transporte puacuteblico voltou a ser alvo da atenccedilatildeo

da administraccedilatildeo municipal tendo resultado inclusive em intervenccedilotildees

administrativas e gerenciais em algumas empresas operadoras

A relaccedilatildeo entre as empresas operadoras e a municipalidade passou

por nova e importante alteraccedilatildeo a partir do processo de municipalizaccedilatildeo

quando atraveacutes da Lei no 11037 1991 o sistema de remuneraccedilatildeo do

serviccedilo passou a ser feito pelo custo dos serviccedilos passando a operadora a ser

remunerada diretamente pela apropriaccedilatildeo da tarifa paga pelo passageiro

O serviccedilo contratado pela Prefeitura e operado pelas empresas eacute

remunerado conforme a afericcedilatildeo dos custos incorridos na prestaccedilatildeo do serviccedilo

A tarifa definida conforme paracircmetros econocircmicos e poliacuteticos passou a

32

pertencer a administraccedilatildeo municipal constituindo-se na principal fonte de

recursos para o pagamento do serviccedilo agraves empresas contratadas pela

operaccedilatildeo

No iniacutecio de 1993 a CMTC desempenhava ao mesmo tempo as

funccedilotildees de gestora do sistema de transporte coletivo e de operadora detendo

cerca de 27 de participaccedilatildeo no setor

A administraccedilatildeo tinha por objetivo a racionalizaccedilatildeo da operaccedilatildeo e

reduccedilatildeo do deacuteficit previsto pela manutenccedilatildeo da administraccedilatildeo da CMTC como

empresa operadora

A alteraccedilatildeo do perfil da frota da quantidade de ocircnibus e de

funcionaacuterios eram medidas indicadas que exigiriam altos investimentos e natildeo

gerariam necessariamente reduccedilatildeo de custos Optou-se entatildeo por encerrar

as atividades operacionais da antiga CMTC atraveacutes da privatizaccedilatildeo de toda a

operaccedilatildeo dos 2700 ocircnibus e das respectivas garagens reduzindo o quadro de

pessoal de 27 mil para cerca de 1200 empregados Esse processo se valeu da

flexibilidade do mesmo modelo de gestatildeo estabelecido pela Lei No 11037

91

A forma de remuneraccedilatildeo dos serviccedilos prestados pelas empresas

contratadas foi inovada alterando-se o criteacuterio anterior de pagamento

calculado pelo custo do quilocircmetro rodado por um valor limite por passageiro

transportado

A antiga CMTC foi entatildeo transformada na Satildeo Paulo Transporte

SA- SPTRANS nova denominaccedilatildeo adotada em 8 de marccedilo de 1995 para a

empresa que ficou voltada somente agrave gestatildeo do sistema de transporte da

cidade

Atualmente com o crescimento das aacutereas urbanas da cidade

tornou-se necessaacuterio ampliar a aacuterea viaacuteria do municiacutepio atualmente estaacute em

33

fase de conclusatildeo o anel rodoviaacuterio da grande Satildeo Paulo e do rodoanel vias

que depois de prontas desafogaratildeo o traacutefego de veiacuteculos na cidade

O sistema Metropolitano operado pela Companhia do Metropolitano

de Satildeo Paulo tambeacutem estaacute em expansatildeo e contribuiraacute para atender o aumento

da demanda de transportes urbanos na maior cidade do Brasil

442 Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro capital do estado homocircnimo eacute a segunda maior

metroacutepole do Brasil situada na regiatildeo Sudeste

Eacute a cidade brasileira mais conhecida no exterior e a maior rota de

turismo internacional no Brasil

A parte urbana do Municiacutepio do Rio de Janeiro recebeu a

denominaccedilatildeo de GRANDE RIO pela Lei complementar nordm 20 pela Lei

Complementar nordm 20 de 01 de julho de 1974 apoacutes a fusatildeo dos antigos estados

do Rio de Janeiro e Guanabara

Aleacutem da parte urbana da cidade existe tambeacutem a REGIAtildeO

METROPOLITANA II DO RIO DE JANEIRO que abrange os municiacutepios de

Niteroacutei Satildeo Gonccedilalo Itaboraiacute Rio Bonito e Tanguaacute

A cidade foi capital do Brasil Colocircnia a partir de 1763 capital do

Impeacuterio Portuguecircs na eacutepoca das invasotildees de Napoleatildeo capital do Impeacuterio do

Brasil e capital da Repuacuteblica ateacute a inauguraccedilatildeo de Brasiacutelia na deacutecada de 60

As primeiras vias na regiatildeo onde hoje estaacute situada a Cidade do Rio

de Janeiro foram abertas pelos Tamoios com objetivos estrateacutegicos e de

defesa Eram veredas no interior da floresta e dirigiam-se ao interior em direccedilatildeo

agrave Serra do Mar (Santos 1934) Os rios e a Baiacutea de Guanabara eram as outras

vias naturais utilizadas por eles

34

Ateacute os primeiros anos do seacuteculo XIX o espaccedilo urbano da Cidade do

Rio de Janeiro limitava-se ao quadrilaacutetero formado pelos Morros do Castelo

Satildeo Bento Santo Antocircnio e da Conceiccedilatildeo De acordo com Abreu (1987) este

chatildeo fora duramente conquistado agrave natureza aterrando-se brejos e mangues

nos trecircs primeiros seacuteculos de existecircncia da cidade Considerando-se os limites

da cidade de entatildeo como sendo ao norte o Campo de Santana ao sul o Largo

do Machado e a regiatildeo de Mata Cavalos (hoje Rua do Riachuelo) e que natildeo

existiam ateacute entatildeo meios de transporte coletivo pode-se afirmar que a maioria

dos deslocamentos eram realizados a peacute em carro de bois eou no lombo de

animais Soacute posteriormente foram introduzidos as andas as redes e os

palanguins

Segundo Dunlop (1973) estes meios de transportes eram como

uma cama suspensa em longo varal conduzida nos ombros por escravos um

agrave frente outro agrave retaguarda

Para as viagens de longa distacircncia neste periacuteodo aqueles que

desejavam ir agraves Minas Gerais Satildeo Paulo ou ao interior do paiacutes tinham que

realizar por exemplo viagens que envolviam animais barcos e comeccedilavam

realizando um percurso pela Baiacutea de Guanabara

Com a chegada da famiacutelia real portuguesa por volta de 1808 foram

trazidas pela corte os coches carruagens seges e o cabriolet

Considerando-se os limites urbanos da cidade bem como as

caracteriacutesticas daquela sociedade colonial portuguesa nos troacutepicos pode-se

afirmar que somente as pessoas de posse ou que possuiacuteam seus proacuteprios

meios de transportes tinham condiccedilatildeo e direito de deslocar-se agraves localidades

mais afastadas do centro histoacuterico da cidade ou empreenderem viagens mais

longas

O transporte puacuteblico soacute foi introduzido na cidade por volta de 1817

com a adoccedilatildeo das Gocircndolas e Diligecircncias veiacuteculos de transporte coletivo

35

puxado agrave burros eou cavalos muito utilizados por todos que necessitavam

deslocar-se dentro do periacutemetro urbano Estes veiacuteculos operavam o transporte

de passageiros entre o centro da cidade e o Palaacutecio da Boa Vista em Satildeo

Cristoacutevatildeo e de Santa Cruz na Fazenda Real por concessatildeo

Dunlop (1973) esclarece que os primeiros ocircnibus tambeacutem puxados

por quatro animais comeccedilaram a trafegar no Rio em 1837 ou 1838 por

iniciativa do francecircs Jean Lecoqrdquo

Eram carros compridos () com dois bancos longitudinais

semelhantes aos bondes fechados da Botanical Garden que aqui surgiram

trinta anos mais tarde Transportavam de vinte a vinte e quatro passageiros

A denominada Companhia de Ocircnibus ainda segundo Dunlop

oferecia serviccedilos para os bairros de Botafogo Laranjeiras Satildeo Cristoacutevatildeo

Andaraiacute Pequeno - hoje Tijuca - Rio Comprido e Engenho Velho Estes

serviccedilos contribuiacuteram muito para o desenvolvimento e crescimento destes

bairros oferecendo uma opccedilatildeo de moradia agravequeles que desejavam sair do

centro histoacuterico aacuterea jaacute conturbada entatildeo

Destaca-se o papel exercido pelos trens agrave partir de 1858 com a

construccedilatildeo da Estrada de Ferro D Pedro II posteriormente denominada E F

Central do Brasil Este novo meio de transporte ofereceu pela primeira vez

uma maneira veloz e confiaacutevel que alcanccedilava longas distacircncias e circulava em

horaacuterios preacute-estabelecidos e regulares Inicialmente usado somente para o

transporte de cargas - para escoar a produccedilatildeo de cafeacute do Vale do Paraiacuteba em

direccedilatildeo ao Porto do Rio de Janeiro - e para o transporte de passageiros de

longa distacircncia

Outras ferrovias seguiram-se a esta primeira tais como a The

Leopoldina Railway Company (depois E F Leopoldina) E F Rio DOuro (hoje

Linha 2 do Metrocirc) E F Melhoramentos do Brasil (depois Linha Auxiliar da

36

Central do Brasil) Todas foram unificadas na Rede Ferroviaacuteria Federal SA

(1957)

ldquoO trem favoreceu o surgimento dos bairros mais afastados do centro na periferia no que posteriormente veio a ser conhecido como os subuacuterbios ferroviaacuterios da Central do Brasil Contribuiu muito tambeacutem para o desenvolvimento dos municiacutepios da Baixada Fluminense e da periferia distante do centro da Cidade do Rio de Janeirordquo (ABREU 1987)

O bonde inicialmente em traccedilatildeo animal e posteriormente

eletrificado foi o meio de transporte que juntamente com os ocircnibus tambeacutem

em traccedilatildeo animal favoreceu o crescimento e desenvolvimento da cidade O

trem chegava ateacute as estaccedilotildees mas era o bonde que circulava no interior do

bairro

Em 1859 circulou o primeiro bonde puxado a burro na cidade do

Rio de Janeiro ligando o Largo do Rocio ao Alto da Boa Vista Esta linha era

controlada pela Cia Carris de Ferro cuja exploraccedilatildeo fora concedida ao

empresaacuterio inglecircs Thomas Cochrane em 1856

Outras empresas vieram em seguida como a Botanical Garden

Railroad Company posteriormente Cia Ferro Carril do Jardim Botacircnico ou a

Rio de Janeiro Street Railroad Company posteriormente Cia Satildeo Cristoacutevatildeo

O Baratildeo de Drumond por sua vez obteve uma concessatildeo para

explorar a Companhia Ferro Carril de Vila Isabel para atender aos bairros do

Andarahy Grande (Andaraiacute Vila Isabel Grajauacute e Maracanatilde) Satildeo Francisco

Xavier e Engenho Novo

ldquoA criaccedilatildeo desta empresa estava fortemente ligada a abertura do bairro de Vila Isabel nas terras da entatildeo Fazenda do Macaco de propriedade da famiacutelia imperial caracterizando um empreendimento conjugado (transporteloteamento)rdquo (Abreu 1987)

37

Os bondes foram substituiacutedos na deacutecada de 1960 pelos ocircnibus

eleacutetricos denominados de troleibus ou chifrudos pela populaccedilatildeo por causa

da forma de captaccedilatildeo de energia eleacutetrica da rede aeacuterea

Apoacutes breve periacuteodo em operaccedilatildeo pela CTC os troleibus foram

substituiacutedos pelos ocircnibus agrave diesel da mesma companhia estadual

O uso das barcas como meio de transporte e passageiros no

contexto da Regiatildeo Metropolitana destacando-se pela existecircncia de uma via

natural a Baiacutea de Guanabara e a costa oceacircnica firmando-se como transporte

regular agrave partir do ano de 1853 com a implantaccedilatildeo da Cia de Navegaccedilatildeo de

Niteroacutei

Ao longo dos anos foram transportadas cargas veiacuteculos e

passageiros sendo reconhecido como um meio eficiente na ligaccedilatildeo entre as

cidades do Rio de Janeiro e Niteroacutei

Apoacutes a construccedilatildeo da Ponte Rio - Niteroacutei sua importacircncia foi

diminuindo ano a ano apesar de toda sua potencialidade instalada

Outras ligaccedilotildees natildeo soacute para a aacuterea central de Niteroacutei podem ser

melhor exploradas com impactos favoraacuteveis no sistema de transporte como

um todo e para o meio ambiente

Afinal todas as localidades das cidades eou bairros situadas agraves

margens da baiacutea ou na costa do estado satildeo potencialmente habilitadas a

serem servidas por barcas

Falar em transportes urbanos significa tambeacutem falar em problemas

de tracircnsito e engarrafamentos que eacute um dos maiores vilotildees da agitada do

Seacuteculo XXI

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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VASCONCELLOS Leacutelia Mendes de Dinacircmica da Configuraccedilatildeo Espacial

Urbana uma anaacutelise dos impactos provocados pela ponte na cidade de Niteroacutei

Satildeo Paulo Tese de Doutoramento FAU - USP 1996

VAZ Lilian Fessler Modernizaccedilatildeo excludente e moradia no Rio de Janeiro In

Fernandes Ana e Gomes Marco Aureacutelio A de Filgueiras (Org) Cidade e

histoacuteria modernizaccedilatildeo das cidades brasileiras nos seacuteculos XIX e XX Salvador

FAUUFBA - ANPUR 1992 pp 197-203

VILLACcedilA Flaacutevio Espaccedilo intra urbano no Brasil Satildeo Paulo Livros Studio

Nobre 1998

Webgrafia (sites das fotos)

MUSEU VIRTUAL DO TRANSPORTE URBANO

httpwwwmuseudantuorgbrQBrasilhtm - acessado em 21 de julho de 2009

MUSEU NACIONAL DOS TRANSPORTES

httpwwwmuseutransportescombr - acessado em 23 de agosto de 2009

MUSEU DOS TRANSPORTES PUacuteBLICOS GAETANO FEROLLA

httpwwwsptranscombrsptrans08historiamuseuasp - acessado em 26 de

agosto de 2009

65

MUSEU DO BONDE ndash SANTA TERESA ndash RIO DE JANEIRO

httpwwwflickrcomphotosclaudiolara2233169354 - acessado em 26 de

agosto de 2009

ENCICLOPEacuteDIA DIGITAL WIKIPEacuteDIA

httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 26: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

26

Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS

(Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistema e passou a

ser a concessionaacuteria e as empresas operadoras as permissionaacuterias

Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia

incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas

alimentadoras para os usuaacuterios se deslocarem nos cinco eixos atendidos pelos

expressos 239 linhas em todo o sistema A RIT atendia em 1990 54 do total

de usuaacuterios do sistema iacutendice que chegou a 84 em 1995

Em outubro de 1991 sob encomenda da URBS a Volvo comeccedilou a

desenvolver o primeiro ocircnibus bi-articulado brasileiro batizado de Metrobuacutes

com 25 metros de comprimento e capacidade para transportar ateacute 270

passageiros

Neste periacuteodo foi implantada uma das maiores novidades do

transporte coletivo naquela deacutecada Foram criadas as Linhas Diretas servidas

por veiacuteculos de cor cinza popularmente chamados de Ligeirinhos (anexo 15)

Atraveacutes das rampas de acesso no lugar das escadas eles

permitiram o embarque e desembarque de passageiros atraveacutes das estaccedilotildees-

tubo que serviam como pequenos terminais possibilitando ao usuaacuterio a troca

de linhas sem pagar nova passagem

Os Bi-articulados comeccedilaram a substituir tambeacutem os ocircnibus

utilizados nas linhas do Express

As melhorias foram sendo colocadas em praacutetica como o sistema de

aviso de paradas

A cada saiacuteda de uma estaccedilatildeo-tubo o sistema eacute automaticamente

acionado para informar aos passageiros qual eacute o ponto seguinte e quais portas

27

deveratildeo ser utilizadas para o desembarque Sistema parecido com o usado por

alguns metrocircs em diversos lugares do mundo

Em 1996 a RIT ultrapassou as fronteiras e passou a atender a

Regiatildeo Metropolitana Em 1999 o Sistema Expresso comemorou 25 anos com

a inauguraccedilatildeo da linha Bi-articulada Circular Sul

Para relembrar o comeccedilo de tudo uma reacuteplica do primeiro ocircnibus

expresso de 1974 circulou do Terminal Capatildeo Raso ateacute a Praccedila Generoso

Marques transportando o entatildeo governador Jaime Lerner e o prefeito Caacutessio

Taniguchi

Foi como uma viagem no tempo para Lerner e para muitos

curitibanos que acompanharam o desenvolvimento do transporte coletivo da

cidade repleto de inovaccedilotildees e empreendedorismo para acompanhar o

crescimento urbano

Em 2000 a substituiccedilatildeo de 87 veiacuteculos articulados por 57 de maior

porte no eixo lesteoeste demonstrou que no sistema adotado por Curitiba

novidades satildeo sempre implantadas sem a necessidade de investimentos

incompatiacuteveis com a realidade da cidade

Os avanccedilos sociais marcam a histoacuteria recente do transporte coletivo

curitibano

Em 2005 o prefeito Beto Richa determinou o enxugamento de

despesas do sistema e o corte de dez centavos na tarifa reduzida para R$

180

Hoje 2 milhotildees de passageiros utilizam diariamente o Sistema

Integrado de Transporte Coletivo composto por 1980 ocircnibus que atendem 395

linhas O sistema eacute responsaacutevel pelo emprego direto de 15 mil pessoas entre

motoristas cobradores fiscais mecacircnicos entre outros profissionais

28

Com a construccedilatildeo da Linha Verde o Sistema de Transportes de

Curitiba estaacute em expansatildeo essa via uniraacute a cidade no trecho urbano na antiga

BR-116 melhorando o tracircnsito e os transportes em Curitiba

42 Uberlacircndia

A cidade de Uberlacircndia no Estado de Minas Gerais conta um

Sistema Integrado de Transporte Urbano (SIT) que racionalizou o uso dos

transportes urbanos com a unificaccedilatildeo do preccedilo das passagens aleacutem disso o

usuaacuterio natildeo paga mais duas passagens para chegar no local desejado

contando com um transporte coletivo 100 integrado e monitorado (GPRS)

administrado pela prefeitura

O sistema eacute dotado de bilhetagem eletrocircnica A maioria dos

veiacuteculos tecircm elevador para facilitar o acesso de deficientes fiacutesicos

O sistema eacute composto por seis terminais

bull Central

bull Santa Luzia

bull Planalto

bull Umuarama

bull Terminal Industrial (distrito industrial de Uberlacircndia)

O sistema conta com treze estaccedilotildees de embarque e desembarque

de passageiros interligando a regiatildeo central (Terminal Central) de Uberlacircndia

ao Anel Rodoviaacuterio (Terminal Santa Luzia) proporcionando um raacutepido acesso

agraves principais rodovias em torno do municiacutepio

43 Goiacircnia

A Prefeitura de Goiacircnia tem buscado soluccedilotildees inovadoras no que diz

respeito aos problemas que envolvem os transportes urbanos da cidade A

primeira grande mudanccedila no sistema de transportes coletivos da regiatildeo

29

metropolitana de Goiacircnia ocorreu em 1976 quando da implantaccedilatildeo do sistema

tronco-alimentador que se baseava em linhas troncais e alimentadoras atraveacutes

de terminais de integraccedilatildeo com a exploraccedilatildeo e operaccedilatildeo das linhas por

empresas concessionaacuterias privadas

No ano seguinte agrave sua implantaccedilatildeo o sistema possibilitou o

transporte de 35 milhotildees de passageiros nuacutemero que cresceu a uma taxa de

5 ao ano ateacute 1984 atingindo a meacutedia anual de 100 milhotildees de passageiros

No periacuteodo entre 1985 e 1991 a quantidade de passageiros

transportados continuou aumentando ateacute atingir o patamar de 250 milhotildees de

passageirosano em funccedilatildeo do aumento da demanda por transporte coletivo

urbano ocorrido em todo o paiacutes

Os problemas inflacionaacuterios de 1992 a 1994 e a diminuiccedilatildeo do poder

aquisitivo provocaram a queda da demanda para 200 milhotildees de

passageirosano

O sistema de transportes urbanos de Goiacircnia estaacute em expansatildeo

com a previsatildeo de entrada em operaccedilatildeo do Metrocirc de Superfiacutecie que contaraacute

com ocircnibus articulados e biarticulados de grande capacidade de passageiros

Visando a implantaccedilatildeo dessa via de superfiacutecie estaacute sendo testado o

modelo de ocircnibus biarticulado VOLVO B9 SALF (anexo 20) com grande

capacidade para transportar 270 passageiros Esse mesmo modelo estaacute em

operaccedilatildeo no Sistema Transantiago na capital chilena

44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro

441 Satildeo Paulo

A histoacuteria da cidade de Satildeo Paulo eacute marcada pela implantaccedilatildeo da

ferrovia mas a histoacuteria dos transportes puacuteblicos iniciada agrave mesma eacutepoca tem

30

nos tiacutelburis carros de duas rodas puxados por um cavalo sua primeira

apariccedilatildeo com a inauguraccedilatildeo em 1872 pela Companhia Carris de Ferro de Satildeo

Paulo da primeira linha de bondes puxados a burro

A primeira linha de bonde eleacutetrico foi inaugurada no iniacutecio do seacuteculo

XX em 7 de maio de 1900 ligando o largo de Satildeo Bento agrave Barra Funda Foi um

empreendimento da Satildeo Paulo Railway Light and Power Company LTd que

recebeu por transferecircncia a concessatildeo para organizar construir e operar

linhas de bonde por traccedilatildeo eleacutetrica para diversos pontos da cidade e seus

subuacuterbios durante 40 anos

Os primeiros auto-ocircnibus surgiram na cidade na deacutecada de 20

complementando a alternativa ao bonde que sofria as limitaccedilotildees de rede

energia e investimentos

Nos anos 30 a capital de Satildeo Paulo jaacute era considerada um grande

centro urbano e convivia com um tracircnsito agitado O Plano de Avenidas do

Prefeito Prestes Maia indicava a expressiva influecircncia do automoacutevel na vida e

na estrutura da cidade

A Comissatildeo de Estudos de Transportes Coletivos instituiacuteda em

1939 pocircs em discussatildeo a organizaccedilatildeo do transporte como serviccedilo puacuteblico e as

vantagens do monopoacutelio governamental lanccedilando as bases para a constituiccedilatildeo

de uma empresa municipal responsaacutevel pelo transporte coletivo

O nuacutemero de ocircnibus em Satildeo Paulo em 1941 superou os mil

enquanto o de bondes manteve-se em 500 Assim eram os ocircnibus que

transportavam a maior parte dos passageiros Trinta e sete empresas

particulares exploravam 90 linhas que circulavam pelo municiacutepio

Em 1946 atraveacutes do Decreto-Lei no 365 de 10 de outubro de 1946

o Prefeito Abrahatildeo Ribeiro autorizou a constituiccedilatildeo de uma empresa

31

responsaacutevel pelo transporte puacuteblico criando-se entatildeo a Companhia Municipal

de Transportes Coletivos ndash CMTC (anexo 10)

Em 1947 a Prefeitura determinou a transferecircncia do patrimocircnio da

Light relativo ao serviccedilo para a nova companhia e decidiu que as empresas

privadas passariam a operar somente as linhas de ocircnibus fora do periacutemetro

urbano

Em 1975 a COMPANHIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES

COLETIVOS - CMTC operava apenas 14 da frota de ocircnibus da cidade

Um novo contrato de concessatildeo foi firmado entre Prefeitura e CMTC

permitindo a contrataccedilatildeo os serviccedilos de transporte coletivo de passageiros em

23 aacutereas de operaccedilatildeo Assim uma mudanccedila efetiva ocorreu no sistema e no

mercado de transporte coletivo da cidade restituindo em parte agrave CMTC o seu

outro papel o de gestora do sistema

Nos anos 80 aleacutem de inovaccedilotildees operacionais e tecnoloacutegicas

promovidas pela CMTC - o Programa Troleibus a implantaccedilatildeo dos corredores

de ocircnibus em faixa exclusiva e a utilizaccedilatildeo de ocircnibus movidos a gaacutes metano e

natural- a gestatildeo do serviccedilo de transporte puacuteblico voltou a ser alvo da atenccedilatildeo

da administraccedilatildeo municipal tendo resultado inclusive em intervenccedilotildees

administrativas e gerenciais em algumas empresas operadoras

A relaccedilatildeo entre as empresas operadoras e a municipalidade passou

por nova e importante alteraccedilatildeo a partir do processo de municipalizaccedilatildeo

quando atraveacutes da Lei no 11037 1991 o sistema de remuneraccedilatildeo do

serviccedilo passou a ser feito pelo custo dos serviccedilos passando a operadora a ser

remunerada diretamente pela apropriaccedilatildeo da tarifa paga pelo passageiro

O serviccedilo contratado pela Prefeitura e operado pelas empresas eacute

remunerado conforme a afericcedilatildeo dos custos incorridos na prestaccedilatildeo do serviccedilo

A tarifa definida conforme paracircmetros econocircmicos e poliacuteticos passou a

32

pertencer a administraccedilatildeo municipal constituindo-se na principal fonte de

recursos para o pagamento do serviccedilo agraves empresas contratadas pela

operaccedilatildeo

No iniacutecio de 1993 a CMTC desempenhava ao mesmo tempo as

funccedilotildees de gestora do sistema de transporte coletivo e de operadora detendo

cerca de 27 de participaccedilatildeo no setor

A administraccedilatildeo tinha por objetivo a racionalizaccedilatildeo da operaccedilatildeo e

reduccedilatildeo do deacuteficit previsto pela manutenccedilatildeo da administraccedilatildeo da CMTC como

empresa operadora

A alteraccedilatildeo do perfil da frota da quantidade de ocircnibus e de

funcionaacuterios eram medidas indicadas que exigiriam altos investimentos e natildeo

gerariam necessariamente reduccedilatildeo de custos Optou-se entatildeo por encerrar

as atividades operacionais da antiga CMTC atraveacutes da privatizaccedilatildeo de toda a

operaccedilatildeo dos 2700 ocircnibus e das respectivas garagens reduzindo o quadro de

pessoal de 27 mil para cerca de 1200 empregados Esse processo se valeu da

flexibilidade do mesmo modelo de gestatildeo estabelecido pela Lei No 11037

91

A forma de remuneraccedilatildeo dos serviccedilos prestados pelas empresas

contratadas foi inovada alterando-se o criteacuterio anterior de pagamento

calculado pelo custo do quilocircmetro rodado por um valor limite por passageiro

transportado

A antiga CMTC foi entatildeo transformada na Satildeo Paulo Transporte

SA- SPTRANS nova denominaccedilatildeo adotada em 8 de marccedilo de 1995 para a

empresa que ficou voltada somente agrave gestatildeo do sistema de transporte da

cidade

Atualmente com o crescimento das aacutereas urbanas da cidade

tornou-se necessaacuterio ampliar a aacuterea viaacuteria do municiacutepio atualmente estaacute em

33

fase de conclusatildeo o anel rodoviaacuterio da grande Satildeo Paulo e do rodoanel vias

que depois de prontas desafogaratildeo o traacutefego de veiacuteculos na cidade

O sistema Metropolitano operado pela Companhia do Metropolitano

de Satildeo Paulo tambeacutem estaacute em expansatildeo e contribuiraacute para atender o aumento

da demanda de transportes urbanos na maior cidade do Brasil

442 Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro capital do estado homocircnimo eacute a segunda maior

metroacutepole do Brasil situada na regiatildeo Sudeste

Eacute a cidade brasileira mais conhecida no exterior e a maior rota de

turismo internacional no Brasil

A parte urbana do Municiacutepio do Rio de Janeiro recebeu a

denominaccedilatildeo de GRANDE RIO pela Lei complementar nordm 20 pela Lei

Complementar nordm 20 de 01 de julho de 1974 apoacutes a fusatildeo dos antigos estados

do Rio de Janeiro e Guanabara

Aleacutem da parte urbana da cidade existe tambeacutem a REGIAtildeO

METROPOLITANA II DO RIO DE JANEIRO que abrange os municiacutepios de

Niteroacutei Satildeo Gonccedilalo Itaboraiacute Rio Bonito e Tanguaacute

A cidade foi capital do Brasil Colocircnia a partir de 1763 capital do

Impeacuterio Portuguecircs na eacutepoca das invasotildees de Napoleatildeo capital do Impeacuterio do

Brasil e capital da Repuacuteblica ateacute a inauguraccedilatildeo de Brasiacutelia na deacutecada de 60

As primeiras vias na regiatildeo onde hoje estaacute situada a Cidade do Rio

de Janeiro foram abertas pelos Tamoios com objetivos estrateacutegicos e de

defesa Eram veredas no interior da floresta e dirigiam-se ao interior em direccedilatildeo

agrave Serra do Mar (Santos 1934) Os rios e a Baiacutea de Guanabara eram as outras

vias naturais utilizadas por eles

34

Ateacute os primeiros anos do seacuteculo XIX o espaccedilo urbano da Cidade do

Rio de Janeiro limitava-se ao quadrilaacutetero formado pelos Morros do Castelo

Satildeo Bento Santo Antocircnio e da Conceiccedilatildeo De acordo com Abreu (1987) este

chatildeo fora duramente conquistado agrave natureza aterrando-se brejos e mangues

nos trecircs primeiros seacuteculos de existecircncia da cidade Considerando-se os limites

da cidade de entatildeo como sendo ao norte o Campo de Santana ao sul o Largo

do Machado e a regiatildeo de Mata Cavalos (hoje Rua do Riachuelo) e que natildeo

existiam ateacute entatildeo meios de transporte coletivo pode-se afirmar que a maioria

dos deslocamentos eram realizados a peacute em carro de bois eou no lombo de

animais Soacute posteriormente foram introduzidos as andas as redes e os

palanguins

Segundo Dunlop (1973) estes meios de transportes eram como

uma cama suspensa em longo varal conduzida nos ombros por escravos um

agrave frente outro agrave retaguarda

Para as viagens de longa distacircncia neste periacuteodo aqueles que

desejavam ir agraves Minas Gerais Satildeo Paulo ou ao interior do paiacutes tinham que

realizar por exemplo viagens que envolviam animais barcos e comeccedilavam

realizando um percurso pela Baiacutea de Guanabara

Com a chegada da famiacutelia real portuguesa por volta de 1808 foram

trazidas pela corte os coches carruagens seges e o cabriolet

Considerando-se os limites urbanos da cidade bem como as

caracteriacutesticas daquela sociedade colonial portuguesa nos troacutepicos pode-se

afirmar que somente as pessoas de posse ou que possuiacuteam seus proacuteprios

meios de transportes tinham condiccedilatildeo e direito de deslocar-se agraves localidades

mais afastadas do centro histoacuterico da cidade ou empreenderem viagens mais

longas

O transporte puacuteblico soacute foi introduzido na cidade por volta de 1817

com a adoccedilatildeo das Gocircndolas e Diligecircncias veiacuteculos de transporte coletivo

35

puxado agrave burros eou cavalos muito utilizados por todos que necessitavam

deslocar-se dentro do periacutemetro urbano Estes veiacuteculos operavam o transporte

de passageiros entre o centro da cidade e o Palaacutecio da Boa Vista em Satildeo

Cristoacutevatildeo e de Santa Cruz na Fazenda Real por concessatildeo

Dunlop (1973) esclarece que os primeiros ocircnibus tambeacutem puxados

por quatro animais comeccedilaram a trafegar no Rio em 1837 ou 1838 por

iniciativa do francecircs Jean Lecoqrdquo

Eram carros compridos () com dois bancos longitudinais

semelhantes aos bondes fechados da Botanical Garden que aqui surgiram

trinta anos mais tarde Transportavam de vinte a vinte e quatro passageiros

A denominada Companhia de Ocircnibus ainda segundo Dunlop

oferecia serviccedilos para os bairros de Botafogo Laranjeiras Satildeo Cristoacutevatildeo

Andaraiacute Pequeno - hoje Tijuca - Rio Comprido e Engenho Velho Estes

serviccedilos contribuiacuteram muito para o desenvolvimento e crescimento destes

bairros oferecendo uma opccedilatildeo de moradia agravequeles que desejavam sair do

centro histoacuterico aacuterea jaacute conturbada entatildeo

Destaca-se o papel exercido pelos trens agrave partir de 1858 com a

construccedilatildeo da Estrada de Ferro D Pedro II posteriormente denominada E F

Central do Brasil Este novo meio de transporte ofereceu pela primeira vez

uma maneira veloz e confiaacutevel que alcanccedilava longas distacircncias e circulava em

horaacuterios preacute-estabelecidos e regulares Inicialmente usado somente para o

transporte de cargas - para escoar a produccedilatildeo de cafeacute do Vale do Paraiacuteba em

direccedilatildeo ao Porto do Rio de Janeiro - e para o transporte de passageiros de

longa distacircncia

Outras ferrovias seguiram-se a esta primeira tais como a The

Leopoldina Railway Company (depois E F Leopoldina) E F Rio DOuro (hoje

Linha 2 do Metrocirc) E F Melhoramentos do Brasil (depois Linha Auxiliar da

36

Central do Brasil) Todas foram unificadas na Rede Ferroviaacuteria Federal SA

(1957)

ldquoO trem favoreceu o surgimento dos bairros mais afastados do centro na periferia no que posteriormente veio a ser conhecido como os subuacuterbios ferroviaacuterios da Central do Brasil Contribuiu muito tambeacutem para o desenvolvimento dos municiacutepios da Baixada Fluminense e da periferia distante do centro da Cidade do Rio de Janeirordquo (ABREU 1987)

O bonde inicialmente em traccedilatildeo animal e posteriormente

eletrificado foi o meio de transporte que juntamente com os ocircnibus tambeacutem

em traccedilatildeo animal favoreceu o crescimento e desenvolvimento da cidade O

trem chegava ateacute as estaccedilotildees mas era o bonde que circulava no interior do

bairro

Em 1859 circulou o primeiro bonde puxado a burro na cidade do

Rio de Janeiro ligando o Largo do Rocio ao Alto da Boa Vista Esta linha era

controlada pela Cia Carris de Ferro cuja exploraccedilatildeo fora concedida ao

empresaacuterio inglecircs Thomas Cochrane em 1856

Outras empresas vieram em seguida como a Botanical Garden

Railroad Company posteriormente Cia Ferro Carril do Jardim Botacircnico ou a

Rio de Janeiro Street Railroad Company posteriormente Cia Satildeo Cristoacutevatildeo

O Baratildeo de Drumond por sua vez obteve uma concessatildeo para

explorar a Companhia Ferro Carril de Vila Isabel para atender aos bairros do

Andarahy Grande (Andaraiacute Vila Isabel Grajauacute e Maracanatilde) Satildeo Francisco

Xavier e Engenho Novo

ldquoA criaccedilatildeo desta empresa estava fortemente ligada a abertura do bairro de Vila Isabel nas terras da entatildeo Fazenda do Macaco de propriedade da famiacutelia imperial caracterizando um empreendimento conjugado (transporteloteamento)rdquo (Abreu 1987)

37

Os bondes foram substituiacutedos na deacutecada de 1960 pelos ocircnibus

eleacutetricos denominados de troleibus ou chifrudos pela populaccedilatildeo por causa

da forma de captaccedilatildeo de energia eleacutetrica da rede aeacuterea

Apoacutes breve periacuteodo em operaccedilatildeo pela CTC os troleibus foram

substituiacutedos pelos ocircnibus agrave diesel da mesma companhia estadual

O uso das barcas como meio de transporte e passageiros no

contexto da Regiatildeo Metropolitana destacando-se pela existecircncia de uma via

natural a Baiacutea de Guanabara e a costa oceacircnica firmando-se como transporte

regular agrave partir do ano de 1853 com a implantaccedilatildeo da Cia de Navegaccedilatildeo de

Niteroacutei

Ao longo dos anos foram transportadas cargas veiacuteculos e

passageiros sendo reconhecido como um meio eficiente na ligaccedilatildeo entre as

cidades do Rio de Janeiro e Niteroacutei

Apoacutes a construccedilatildeo da Ponte Rio - Niteroacutei sua importacircncia foi

diminuindo ano a ano apesar de toda sua potencialidade instalada

Outras ligaccedilotildees natildeo soacute para a aacuterea central de Niteroacutei podem ser

melhor exploradas com impactos favoraacuteveis no sistema de transporte como

um todo e para o meio ambiente

Afinal todas as localidades das cidades eou bairros situadas agraves

margens da baiacutea ou na costa do estado satildeo potencialmente habilitadas a

serem servidas por barcas

Falar em transportes urbanos significa tambeacutem falar em problemas

de tracircnsito e engarrafamentos que eacute um dos maiores vilotildees da agitada do

Seacuteculo XXI

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

BIBLIOGRAFIA

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agosto de 2009

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agosto de 2009

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httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 27: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

27

deveratildeo ser utilizadas para o desembarque Sistema parecido com o usado por

alguns metrocircs em diversos lugares do mundo

Em 1996 a RIT ultrapassou as fronteiras e passou a atender a

Regiatildeo Metropolitana Em 1999 o Sistema Expresso comemorou 25 anos com

a inauguraccedilatildeo da linha Bi-articulada Circular Sul

Para relembrar o comeccedilo de tudo uma reacuteplica do primeiro ocircnibus

expresso de 1974 circulou do Terminal Capatildeo Raso ateacute a Praccedila Generoso

Marques transportando o entatildeo governador Jaime Lerner e o prefeito Caacutessio

Taniguchi

Foi como uma viagem no tempo para Lerner e para muitos

curitibanos que acompanharam o desenvolvimento do transporte coletivo da

cidade repleto de inovaccedilotildees e empreendedorismo para acompanhar o

crescimento urbano

Em 2000 a substituiccedilatildeo de 87 veiacuteculos articulados por 57 de maior

porte no eixo lesteoeste demonstrou que no sistema adotado por Curitiba

novidades satildeo sempre implantadas sem a necessidade de investimentos

incompatiacuteveis com a realidade da cidade

Os avanccedilos sociais marcam a histoacuteria recente do transporte coletivo

curitibano

Em 2005 o prefeito Beto Richa determinou o enxugamento de

despesas do sistema e o corte de dez centavos na tarifa reduzida para R$

180

Hoje 2 milhotildees de passageiros utilizam diariamente o Sistema

Integrado de Transporte Coletivo composto por 1980 ocircnibus que atendem 395

linhas O sistema eacute responsaacutevel pelo emprego direto de 15 mil pessoas entre

motoristas cobradores fiscais mecacircnicos entre outros profissionais

28

Com a construccedilatildeo da Linha Verde o Sistema de Transportes de

Curitiba estaacute em expansatildeo essa via uniraacute a cidade no trecho urbano na antiga

BR-116 melhorando o tracircnsito e os transportes em Curitiba

42 Uberlacircndia

A cidade de Uberlacircndia no Estado de Minas Gerais conta um

Sistema Integrado de Transporte Urbano (SIT) que racionalizou o uso dos

transportes urbanos com a unificaccedilatildeo do preccedilo das passagens aleacutem disso o

usuaacuterio natildeo paga mais duas passagens para chegar no local desejado

contando com um transporte coletivo 100 integrado e monitorado (GPRS)

administrado pela prefeitura

O sistema eacute dotado de bilhetagem eletrocircnica A maioria dos

veiacuteculos tecircm elevador para facilitar o acesso de deficientes fiacutesicos

O sistema eacute composto por seis terminais

bull Central

bull Santa Luzia

bull Planalto

bull Umuarama

bull Terminal Industrial (distrito industrial de Uberlacircndia)

O sistema conta com treze estaccedilotildees de embarque e desembarque

de passageiros interligando a regiatildeo central (Terminal Central) de Uberlacircndia

ao Anel Rodoviaacuterio (Terminal Santa Luzia) proporcionando um raacutepido acesso

agraves principais rodovias em torno do municiacutepio

43 Goiacircnia

A Prefeitura de Goiacircnia tem buscado soluccedilotildees inovadoras no que diz

respeito aos problemas que envolvem os transportes urbanos da cidade A

primeira grande mudanccedila no sistema de transportes coletivos da regiatildeo

29

metropolitana de Goiacircnia ocorreu em 1976 quando da implantaccedilatildeo do sistema

tronco-alimentador que se baseava em linhas troncais e alimentadoras atraveacutes

de terminais de integraccedilatildeo com a exploraccedilatildeo e operaccedilatildeo das linhas por

empresas concessionaacuterias privadas

No ano seguinte agrave sua implantaccedilatildeo o sistema possibilitou o

transporte de 35 milhotildees de passageiros nuacutemero que cresceu a uma taxa de

5 ao ano ateacute 1984 atingindo a meacutedia anual de 100 milhotildees de passageiros

No periacuteodo entre 1985 e 1991 a quantidade de passageiros

transportados continuou aumentando ateacute atingir o patamar de 250 milhotildees de

passageirosano em funccedilatildeo do aumento da demanda por transporte coletivo

urbano ocorrido em todo o paiacutes

Os problemas inflacionaacuterios de 1992 a 1994 e a diminuiccedilatildeo do poder

aquisitivo provocaram a queda da demanda para 200 milhotildees de

passageirosano

O sistema de transportes urbanos de Goiacircnia estaacute em expansatildeo

com a previsatildeo de entrada em operaccedilatildeo do Metrocirc de Superfiacutecie que contaraacute

com ocircnibus articulados e biarticulados de grande capacidade de passageiros

Visando a implantaccedilatildeo dessa via de superfiacutecie estaacute sendo testado o

modelo de ocircnibus biarticulado VOLVO B9 SALF (anexo 20) com grande

capacidade para transportar 270 passageiros Esse mesmo modelo estaacute em

operaccedilatildeo no Sistema Transantiago na capital chilena

44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro

441 Satildeo Paulo

A histoacuteria da cidade de Satildeo Paulo eacute marcada pela implantaccedilatildeo da

ferrovia mas a histoacuteria dos transportes puacuteblicos iniciada agrave mesma eacutepoca tem

30

nos tiacutelburis carros de duas rodas puxados por um cavalo sua primeira

apariccedilatildeo com a inauguraccedilatildeo em 1872 pela Companhia Carris de Ferro de Satildeo

Paulo da primeira linha de bondes puxados a burro

A primeira linha de bonde eleacutetrico foi inaugurada no iniacutecio do seacuteculo

XX em 7 de maio de 1900 ligando o largo de Satildeo Bento agrave Barra Funda Foi um

empreendimento da Satildeo Paulo Railway Light and Power Company LTd que

recebeu por transferecircncia a concessatildeo para organizar construir e operar

linhas de bonde por traccedilatildeo eleacutetrica para diversos pontos da cidade e seus

subuacuterbios durante 40 anos

Os primeiros auto-ocircnibus surgiram na cidade na deacutecada de 20

complementando a alternativa ao bonde que sofria as limitaccedilotildees de rede

energia e investimentos

Nos anos 30 a capital de Satildeo Paulo jaacute era considerada um grande

centro urbano e convivia com um tracircnsito agitado O Plano de Avenidas do

Prefeito Prestes Maia indicava a expressiva influecircncia do automoacutevel na vida e

na estrutura da cidade

A Comissatildeo de Estudos de Transportes Coletivos instituiacuteda em

1939 pocircs em discussatildeo a organizaccedilatildeo do transporte como serviccedilo puacuteblico e as

vantagens do monopoacutelio governamental lanccedilando as bases para a constituiccedilatildeo

de uma empresa municipal responsaacutevel pelo transporte coletivo

O nuacutemero de ocircnibus em Satildeo Paulo em 1941 superou os mil

enquanto o de bondes manteve-se em 500 Assim eram os ocircnibus que

transportavam a maior parte dos passageiros Trinta e sete empresas

particulares exploravam 90 linhas que circulavam pelo municiacutepio

Em 1946 atraveacutes do Decreto-Lei no 365 de 10 de outubro de 1946

o Prefeito Abrahatildeo Ribeiro autorizou a constituiccedilatildeo de uma empresa

31

responsaacutevel pelo transporte puacuteblico criando-se entatildeo a Companhia Municipal

de Transportes Coletivos ndash CMTC (anexo 10)

Em 1947 a Prefeitura determinou a transferecircncia do patrimocircnio da

Light relativo ao serviccedilo para a nova companhia e decidiu que as empresas

privadas passariam a operar somente as linhas de ocircnibus fora do periacutemetro

urbano

Em 1975 a COMPANHIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES

COLETIVOS - CMTC operava apenas 14 da frota de ocircnibus da cidade

Um novo contrato de concessatildeo foi firmado entre Prefeitura e CMTC

permitindo a contrataccedilatildeo os serviccedilos de transporte coletivo de passageiros em

23 aacutereas de operaccedilatildeo Assim uma mudanccedila efetiva ocorreu no sistema e no

mercado de transporte coletivo da cidade restituindo em parte agrave CMTC o seu

outro papel o de gestora do sistema

Nos anos 80 aleacutem de inovaccedilotildees operacionais e tecnoloacutegicas

promovidas pela CMTC - o Programa Troleibus a implantaccedilatildeo dos corredores

de ocircnibus em faixa exclusiva e a utilizaccedilatildeo de ocircnibus movidos a gaacutes metano e

natural- a gestatildeo do serviccedilo de transporte puacuteblico voltou a ser alvo da atenccedilatildeo

da administraccedilatildeo municipal tendo resultado inclusive em intervenccedilotildees

administrativas e gerenciais em algumas empresas operadoras

A relaccedilatildeo entre as empresas operadoras e a municipalidade passou

por nova e importante alteraccedilatildeo a partir do processo de municipalizaccedilatildeo

quando atraveacutes da Lei no 11037 1991 o sistema de remuneraccedilatildeo do

serviccedilo passou a ser feito pelo custo dos serviccedilos passando a operadora a ser

remunerada diretamente pela apropriaccedilatildeo da tarifa paga pelo passageiro

O serviccedilo contratado pela Prefeitura e operado pelas empresas eacute

remunerado conforme a afericcedilatildeo dos custos incorridos na prestaccedilatildeo do serviccedilo

A tarifa definida conforme paracircmetros econocircmicos e poliacuteticos passou a

32

pertencer a administraccedilatildeo municipal constituindo-se na principal fonte de

recursos para o pagamento do serviccedilo agraves empresas contratadas pela

operaccedilatildeo

No iniacutecio de 1993 a CMTC desempenhava ao mesmo tempo as

funccedilotildees de gestora do sistema de transporte coletivo e de operadora detendo

cerca de 27 de participaccedilatildeo no setor

A administraccedilatildeo tinha por objetivo a racionalizaccedilatildeo da operaccedilatildeo e

reduccedilatildeo do deacuteficit previsto pela manutenccedilatildeo da administraccedilatildeo da CMTC como

empresa operadora

A alteraccedilatildeo do perfil da frota da quantidade de ocircnibus e de

funcionaacuterios eram medidas indicadas que exigiriam altos investimentos e natildeo

gerariam necessariamente reduccedilatildeo de custos Optou-se entatildeo por encerrar

as atividades operacionais da antiga CMTC atraveacutes da privatizaccedilatildeo de toda a

operaccedilatildeo dos 2700 ocircnibus e das respectivas garagens reduzindo o quadro de

pessoal de 27 mil para cerca de 1200 empregados Esse processo se valeu da

flexibilidade do mesmo modelo de gestatildeo estabelecido pela Lei No 11037

91

A forma de remuneraccedilatildeo dos serviccedilos prestados pelas empresas

contratadas foi inovada alterando-se o criteacuterio anterior de pagamento

calculado pelo custo do quilocircmetro rodado por um valor limite por passageiro

transportado

A antiga CMTC foi entatildeo transformada na Satildeo Paulo Transporte

SA- SPTRANS nova denominaccedilatildeo adotada em 8 de marccedilo de 1995 para a

empresa que ficou voltada somente agrave gestatildeo do sistema de transporte da

cidade

Atualmente com o crescimento das aacutereas urbanas da cidade

tornou-se necessaacuterio ampliar a aacuterea viaacuteria do municiacutepio atualmente estaacute em

33

fase de conclusatildeo o anel rodoviaacuterio da grande Satildeo Paulo e do rodoanel vias

que depois de prontas desafogaratildeo o traacutefego de veiacuteculos na cidade

O sistema Metropolitano operado pela Companhia do Metropolitano

de Satildeo Paulo tambeacutem estaacute em expansatildeo e contribuiraacute para atender o aumento

da demanda de transportes urbanos na maior cidade do Brasil

442 Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro capital do estado homocircnimo eacute a segunda maior

metroacutepole do Brasil situada na regiatildeo Sudeste

Eacute a cidade brasileira mais conhecida no exterior e a maior rota de

turismo internacional no Brasil

A parte urbana do Municiacutepio do Rio de Janeiro recebeu a

denominaccedilatildeo de GRANDE RIO pela Lei complementar nordm 20 pela Lei

Complementar nordm 20 de 01 de julho de 1974 apoacutes a fusatildeo dos antigos estados

do Rio de Janeiro e Guanabara

Aleacutem da parte urbana da cidade existe tambeacutem a REGIAtildeO

METROPOLITANA II DO RIO DE JANEIRO que abrange os municiacutepios de

Niteroacutei Satildeo Gonccedilalo Itaboraiacute Rio Bonito e Tanguaacute

A cidade foi capital do Brasil Colocircnia a partir de 1763 capital do

Impeacuterio Portuguecircs na eacutepoca das invasotildees de Napoleatildeo capital do Impeacuterio do

Brasil e capital da Repuacuteblica ateacute a inauguraccedilatildeo de Brasiacutelia na deacutecada de 60

As primeiras vias na regiatildeo onde hoje estaacute situada a Cidade do Rio

de Janeiro foram abertas pelos Tamoios com objetivos estrateacutegicos e de

defesa Eram veredas no interior da floresta e dirigiam-se ao interior em direccedilatildeo

agrave Serra do Mar (Santos 1934) Os rios e a Baiacutea de Guanabara eram as outras

vias naturais utilizadas por eles

34

Ateacute os primeiros anos do seacuteculo XIX o espaccedilo urbano da Cidade do

Rio de Janeiro limitava-se ao quadrilaacutetero formado pelos Morros do Castelo

Satildeo Bento Santo Antocircnio e da Conceiccedilatildeo De acordo com Abreu (1987) este

chatildeo fora duramente conquistado agrave natureza aterrando-se brejos e mangues

nos trecircs primeiros seacuteculos de existecircncia da cidade Considerando-se os limites

da cidade de entatildeo como sendo ao norte o Campo de Santana ao sul o Largo

do Machado e a regiatildeo de Mata Cavalos (hoje Rua do Riachuelo) e que natildeo

existiam ateacute entatildeo meios de transporte coletivo pode-se afirmar que a maioria

dos deslocamentos eram realizados a peacute em carro de bois eou no lombo de

animais Soacute posteriormente foram introduzidos as andas as redes e os

palanguins

Segundo Dunlop (1973) estes meios de transportes eram como

uma cama suspensa em longo varal conduzida nos ombros por escravos um

agrave frente outro agrave retaguarda

Para as viagens de longa distacircncia neste periacuteodo aqueles que

desejavam ir agraves Minas Gerais Satildeo Paulo ou ao interior do paiacutes tinham que

realizar por exemplo viagens que envolviam animais barcos e comeccedilavam

realizando um percurso pela Baiacutea de Guanabara

Com a chegada da famiacutelia real portuguesa por volta de 1808 foram

trazidas pela corte os coches carruagens seges e o cabriolet

Considerando-se os limites urbanos da cidade bem como as

caracteriacutesticas daquela sociedade colonial portuguesa nos troacutepicos pode-se

afirmar que somente as pessoas de posse ou que possuiacuteam seus proacuteprios

meios de transportes tinham condiccedilatildeo e direito de deslocar-se agraves localidades

mais afastadas do centro histoacuterico da cidade ou empreenderem viagens mais

longas

O transporte puacuteblico soacute foi introduzido na cidade por volta de 1817

com a adoccedilatildeo das Gocircndolas e Diligecircncias veiacuteculos de transporte coletivo

35

puxado agrave burros eou cavalos muito utilizados por todos que necessitavam

deslocar-se dentro do periacutemetro urbano Estes veiacuteculos operavam o transporte

de passageiros entre o centro da cidade e o Palaacutecio da Boa Vista em Satildeo

Cristoacutevatildeo e de Santa Cruz na Fazenda Real por concessatildeo

Dunlop (1973) esclarece que os primeiros ocircnibus tambeacutem puxados

por quatro animais comeccedilaram a trafegar no Rio em 1837 ou 1838 por

iniciativa do francecircs Jean Lecoqrdquo

Eram carros compridos () com dois bancos longitudinais

semelhantes aos bondes fechados da Botanical Garden que aqui surgiram

trinta anos mais tarde Transportavam de vinte a vinte e quatro passageiros

A denominada Companhia de Ocircnibus ainda segundo Dunlop

oferecia serviccedilos para os bairros de Botafogo Laranjeiras Satildeo Cristoacutevatildeo

Andaraiacute Pequeno - hoje Tijuca - Rio Comprido e Engenho Velho Estes

serviccedilos contribuiacuteram muito para o desenvolvimento e crescimento destes

bairros oferecendo uma opccedilatildeo de moradia agravequeles que desejavam sair do

centro histoacuterico aacuterea jaacute conturbada entatildeo

Destaca-se o papel exercido pelos trens agrave partir de 1858 com a

construccedilatildeo da Estrada de Ferro D Pedro II posteriormente denominada E F

Central do Brasil Este novo meio de transporte ofereceu pela primeira vez

uma maneira veloz e confiaacutevel que alcanccedilava longas distacircncias e circulava em

horaacuterios preacute-estabelecidos e regulares Inicialmente usado somente para o

transporte de cargas - para escoar a produccedilatildeo de cafeacute do Vale do Paraiacuteba em

direccedilatildeo ao Porto do Rio de Janeiro - e para o transporte de passageiros de

longa distacircncia

Outras ferrovias seguiram-se a esta primeira tais como a The

Leopoldina Railway Company (depois E F Leopoldina) E F Rio DOuro (hoje

Linha 2 do Metrocirc) E F Melhoramentos do Brasil (depois Linha Auxiliar da

36

Central do Brasil) Todas foram unificadas na Rede Ferroviaacuteria Federal SA

(1957)

ldquoO trem favoreceu o surgimento dos bairros mais afastados do centro na periferia no que posteriormente veio a ser conhecido como os subuacuterbios ferroviaacuterios da Central do Brasil Contribuiu muito tambeacutem para o desenvolvimento dos municiacutepios da Baixada Fluminense e da periferia distante do centro da Cidade do Rio de Janeirordquo (ABREU 1987)

O bonde inicialmente em traccedilatildeo animal e posteriormente

eletrificado foi o meio de transporte que juntamente com os ocircnibus tambeacutem

em traccedilatildeo animal favoreceu o crescimento e desenvolvimento da cidade O

trem chegava ateacute as estaccedilotildees mas era o bonde que circulava no interior do

bairro

Em 1859 circulou o primeiro bonde puxado a burro na cidade do

Rio de Janeiro ligando o Largo do Rocio ao Alto da Boa Vista Esta linha era

controlada pela Cia Carris de Ferro cuja exploraccedilatildeo fora concedida ao

empresaacuterio inglecircs Thomas Cochrane em 1856

Outras empresas vieram em seguida como a Botanical Garden

Railroad Company posteriormente Cia Ferro Carril do Jardim Botacircnico ou a

Rio de Janeiro Street Railroad Company posteriormente Cia Satildeo Cristoacutevatildeo

O Baratildeo de Drumond por sua vez obteve uma concessatildeo para

explorar a Companhia Ferro Carril de Vila Isabel para atender aos bairros do

Andarahy Grande (Andaraiacute Vila Isabel Grajauacute e Maracanatilde) Satildeo Francisco

Xavier e Engenho Novo

ldquoA criaccedilatildeo desta empresa estava fortemente ligada a abertura do bairro de Vila Isabel nas terras da entatildeo Fazenda do Macaco de propriedade da famiacutelia imperial caracterizando um empreendimento conjugado (transporteloteamento)rdquo (Abreu 1987)

37

Os bondes foram substituiacutedos na deacutecada de 1960 pelos ocircnibus

eleacutetricos denominados de troleibus ou chifrudos pela populaccedilatildeo por causa

da forma de captaccedilatildeo de energia eleacutetrica da rede aeacuterea

Apoacutes breve periacuteodo em operaccedilatildeo pela CTC os troleibus foram

substituiacutedos pelos ocircnibus agrave diesel da mesma companhia estadual

O uso das barcas como meio de transporte e passageiros no

contexto da Regiatildeo Metropolitana destacando-se pela existecircncia de uma via

natural a Baiacutea de Guanabara e a costa oceacircnica firmando-se como transporte

regular agrave partir do ano de 1853 com a implantaccedilatildeo da Cia de Navegaccedilatildeo de

Niteroacutei

Ao longo dos anos foram transportadas cargas veiacuteculos e

passageiros sendo reconhecido como um meio eficiente na ligaccedilatildeo entre as

cidades do Rio de Janeiro e Niteroacutei

Apoacutes a construccedilatildeo da Ponte Rio - Niteroacutei sua importacircncia foi

diminuindo ano a ano apesar de toda sua potencialidade instalada

Outras ligaccedilotildees natildeo soacute para a aacuterea central de Niteroacutei podem ser

melhor exploradas com impactos favoraacuteveis no sistema de transporte como

um todo e para o meio ambiente

Afinal todas as localidades das cidades eou bairros situadas agraves

margens da baiacutea ou na costa do estado satildeo potencialmente habilitadas a

serem servidas por barcas

Falar em transportes urbanos significa tambeacutem falar em problemas

de tracircnsito e engarrafamentos que eacute um dos maiores vilotildees da agitada do

Seacuteculo XXI

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

BIBLIOGRAFIA

ABREU Mauriacutecio de A A periferia de ontem o processo de construccedilatildeo do

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agosto de 2009

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httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 28: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

28

Com a construccedilatildeo da Linha Verde o Sistema de Transportes de

Curitiba estaacute em expansatildeo essa via uniraacute a cidade no trecho urbano na antiga

BR-116 melhorando o tracircnsito e os transportes em Curitiba

42 Uberlacircndia

A cidade de Uberlacircndia no Estado de Minas Gerais conta um

Sistema Integrado de Transporte Urbano (SIT) que racionalizou o uso dos

transportes urbanos com a unificaccedilatildeo do preccedilo das passagens aleacutem disso o

usuaacuterio natildeo paga mais duas passagens para chegar no local desejado

contando com um transporte coletivo 100 integrado e monitorado (GPRS)

administrado pela prefeitura

O sistema eacute dotado de bilhetagem eletrocircnica A maioria dos

veiacuteculos tecircm elevador para facilitar o acesso de deficientes fiacutesicos

O sistema eacute composto por seis terminais

bull Central

bull Santa Luzia

bull Planalto

bull Umuarama

bull Terminal Industrial (distrito industrial de Uberlacircndia)

O sistema conta com treze estaccedilotildees de embarque e desembarque

de passageiros interligando a regiatildeo central (Terminal Central) de Uberlacircndia

ao Anel Rodoviaacuterio (Terminal Santa Luzia) proporcionando um raacutepido acesso

agraves principais rodovias em torno do municiacutepio

43 Goiacircnia

A Prefeitura de Goiacircnia tem buscado soluccedilotildees inovadoras no que diz

respeito aos problemas que envolvem os transportes urbanos da cidade A

primeira grande mudanccedila no sistema de transportes coletivos da regiatildeo

29

metropolitana de Goiacircnia ocorreu em 1976 quando da implantaccedilatildeo do sistema

tronco-alimentador que se baseava em linhas troncais e alimentadoras atraveacutes

de terminais de integraccedilatildeo com a exploraccedilatildeo e operaccedilatildeo das linhas por

empresas concessionaacuterias privadas

No ano seguinte agrave sua implantaccedilatildeo o sistema possibilitou o

transporte de 35 milhotildees de passageiros nuacutemero que cresceu a uma taxa de

5 ao ano ateacute 1984 atingindo a meacutedia anual de 100 milhotildees de passageiros

No periacuteodo entre 1985 e 1991 a quantidade de passageiros

transportados continuou aumentando ateacute atingir o patamar de 250 milhotildees de

passageirosano em funccedilatildeo do aumento da demanda por transporte coletivo

urbano ocorrido em todo o paiacutes

Os problemas inflacionaacuterios de 1992 a 1994 e a diminuiccedilatildeo do poder

aquisitivo provocaram a queda da demanda para 200 milhotildees de

passageirosano

O sistema de transportes urbanos de Goiacircnia estaacute em expansatildeo

com a previsatildeo de entrada em operaccedilatildeo do Metrocirc de Superfiacutecie que contaraacute

com ocircnibus articulados e biarticulados de grande capacidade de passageiros

Visando a implantaccedilatildeo dessa via de superfiacutecie estaacute sendo testado o

modelo de ocircnibus biarticulado VOLVO B9 SALF (anexo 20) com grande

capacidade para transportar 270 passageiros Esse mesmo modelo estaacute em

operaccedilatildeo no Sistema Transantiago na capital chilena

44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro

441 Satildeo Paulo

A histoacuteria da cidade de Satildeo Paulo eacute marcada pela implantaccedilatildeo da

ferrovia mas a histoacuteria dos transportes puacuteblicos iniciada agrave mesma eacutepoca tem

30

nos tiacutelburis carros de duas rodas puxados por um cavalo sua primeira

apariccedilatildeo com a inauguraccedilatildeo em 1872 pela Companhia Carris de Ferro de Satildeo

Paulo da primeira linha de bondes puxados a burro

A primeira linha de bonde eleacutetrico foi inaugurada no iniacutecio do seacuteculo

XX em 7 de maio de 1900 ligando o largo de Satildeo Bento agrave Barra Funda Foi um

empreendimento da Satildeo Paulo Railway Light and Power Company LTd que

recebeu por transferecircncia a concessatildeo para organizar construir e operar

linhas de bonde por traccedilatildeo eleacutetrica para diversos pontos da cidade e seus

subuacuterbios durante 40 anos

Os primeiros auto-ocircnibus surgiram na cidade na deacutecada de 20

complementando a alternativa ao bonde que sofria as limitaccedilotildees de rede

energia e investimentos

Nos anos 30 a capital de Satildeo Paulo jaacute era considerada um grande

centro urbano e convivia com um tracircnsito agitado O Plano de Avenidas do

Prefeito Prestes Maia indicava a expressiva influecircncia do automoacutevel na vida e

na estrutura da cidade

A Comissatildeo de Estudos de Transportes Coletivos instituiacuteda em

1939 pocircs em discussatildeo a organizaccedilatildeo do transporte como serviccedilo puacuteblico e as

vantagens do monopoacutelio governamental lanccedilando as bases para a constituiccedilatildeo

de uma empresa municipal responsaacutevel pelo transporte coletivo

O nuacutemero de ocircnibus em Satildeo Paulo em 1941 superou os mil

enquanto o de bondes manteve-se em 500 Assim eram os ocircnibus que

transportavam a maior parte dos passageiros Trinta e sete empresas

particulares exploravam 90 linhas que circulavam pelo municiacutepio

Em 1946 atraveacutes do Decreto-Lei no 365 de 10 de outubro de 1946

o Prefeito Abrahatildeo Ribeiro autorizou a constituiccedilatildeo de uma empresa

31

responsaacutevel pelo transporte puacuteblico criando-se entatildeo a Companhia Municipal

de Transportes Coletivos ndash CMTC (anexo 10)

Em 1947 a Prefeitura determinou a transferecircncia do patrimocircnio da

Light relativo ao serviccedilo para a nova companhia e decidiu que as empresas

privadas passariam a operar somente as linhas de ocircnibus fora do periacutemetro

urbano

Em 1975 a COMPANHIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES

COLETIVOS - CMTC operava apenas 14 da frota de ocircnibus da cidade

Um novo contrato de concessatildeo foi firmado entre Prefeitura e CMTC

permitindo a contrataccedilatildeo os serviccedilos de transporte coletivo de passageiros em

23 aacutereas de operaccedilatildeo Assim uma mudanccedila efetiva ocorreu no sistema e no

mercado de transporte coletivo da cidade restituindo em parte agrave CMTC o seu

outro papel o de gestora do sistema

Nos anos 80 aleacutem de inovaccedilotildees operacionais e tecnoloacutegicas

promovidas pela CMTC - o Programa Troleibus a implantaccedilatildeo dos corredores

de ocircnibus em faixa exclusiva e a utilizaccedilatildeo de ocircnibus movidos a gaacutes metano e

natural- a gestatildeo do serviccedilo de transporte puacuteblico voltou a ser alvo da atenccedilatildeo

da administraccedilatildeo municipal tendo resultado inclusive em intervenccedilotildees

administrativas e gerenciais em algumas empresas operadoras

A relaccedilatildeo entre as empresas operadoras e a municipalidade passou

por nova e importante alteraccedilatildeo a partir do processo de municipalizaccedilatildeo

quando atraveacutes da Lei no 11037 1991 o sistema de remuneraccedilatildeo do

serviccedilo passou a ser feito pelo custo dos serviccedilos passando a operadora a ser

remunerada diretamente pela apropriaccedilatildeo da tarifa paga pelo passageiro

O serviccedilo contratado pela Prefeitura e operado pelas empresas eacute

remunerado conforme a afericcedilatildeo dos custos incorridos na prestaccedilatildeo do serviccedilo

A tarifa definida conforme paracircmetros econocircmicos e poliacuteticos passou a

32

pertencer a administraccedilatildeo municipal constituindo-se na principal fonte de

recursos para o pagamento do serviccedilo agraves empresas contratadas pela

operaccedilatildeo

No iniacutecio de 1993 a CMTC desempenhava ao mesmo tempo as

funccedilotildees de gestora do sistema de transporte coletivo e de operadora detendo

cerca de 27 de participaccedilatildeo no setor

A administraccedilatildeo tinha por objetivo a racionalizaccedilatildeo da operaccedilatildeo e

reduccedilatildeo do deacuteficit previsto pela manutenccedilatildeo da administraccedilatildeo da CMTC como

empresa operadora

A alteraccedilatildeo do perfil da frota da quantidade de ocircnibus e de

funcionaacuterios eram medidas indicadas que exigiriam altos investimentos e natildeo

gerariam necessariamente reduccedilatildeo de custos Optou-se entatildeo por encerrar

as atividades operacionais da antiga CMTC atraveacutes da privatizaccedilatildeo de toda a

operaccedilatildeo dos 2700 ocircnibus e das respectivas garagens reduzindo o quadro de

pessoal de 27 mil para cerca de 1200 empregados Esse processo se valeu da

flexibilidade do mesmo modelo de gestatildeo estabelecido pela Lei No 11037

91

A forma de remuneraccedilatildeo dos serviccedilos prestados pelas empresas

contratadas foi inovada alterando-se o criteacuterio anterior de pagamento

calculado pelo custo do quilocircmetro rodado por um valor limite por passageiro

transportado

A antiga CMTC foi entatildeo transformada na Satildeo Paulo Transporte

SA- SPTRANS nova denominaccedilatildeo adotada em 8 de marccedilo de 1995 para a

empresa que ficou voltada somente agrave gestatildeo do sistema de transporte da

cidade

Atualmente com o crescimento das aacutereas urbanas da cidade

tornou-se necessaacuterio ampliar a aacuterea viaacuteria do municiacutepio atualmente estaacute em

33

fase de conclusatildeo o anel rodoviaacuterio da grande Satildeo Paulo e do rodoanel vias

que depois de prontas desafogaratildeo o traacutefego de veiacuteculos na cidade

O sistema Metropolitano operado pela Companhia do Metropolitano

de Satildeo Paulo tambeacutem estaacute em expansatildeo e contribuiraacute para atender o aumento

da demanda de transportes urbanos na maior cidade do Brasil

442 Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro capital do estado homocircnimo eacute a segunda maior

metroacutepole do Brasil situada na regiatildeo Sudeste

Eacute a cidade brasileira mais conhecida no exterior e a maior rota de

turismo internacional no Brasil

A parte urbana do Municiacutepio do Rio de Janeiro recebeu a

denominaccedilatildeo de GRANDE RIO pela Lei complementar nordm 20 pela Lei

Complementar nordm 20 de 01 de julho de 1974 apoacutes a fusatildeo dos antigos estados

do Rio de Janeiro e Guanabara

Aleacutem da parte urbana da cidade existe tambeacutem a REGIAtildeO

METROPOLITANA II DO RIO DE JANEIRO que abrange os municiacutepios de

Niteroacutei Satildeo Gonccedilalo Itaboraiacute Rio Bonito e Tanguaacute

A cidade foi capital do Brasil Colocircnia a partir de 1763 capital do

Impeacuterio Portuguecircs na eacutepoca das invasotildees de Napoleatildeo capital do Impeacuterio do

Brasil e capital da Repuacuteblica ateacute a inauguraccedilatildeo de Brasiacutelia na deacutecada de 60

As primeiras vias na regiatildeo onde hoje estaacute situada a Cidade do Rio

de Janeiro foram abertas pelos Tamoios com objetivos estrateacutegicos e de

defesa Eram veredas no interior da floresta e dirigiam-se ao interior em direccedilatildeo

agrave Serra do Mar (Santos 1934) Os rios e a Baiacutea de Guanabara eram as outras

vias naturais utilizadas por eles

34

Ateacute os primeiros anos do seacuteculo XIX o espaccedilo urbano da Cidade do

Rio de Janeiro limitava-se ao quadrilaacutetero formado pelos Morros do Castelo

Satildeo Bento Santo Antocircnio e da Conceiccedilatildeo De acordo com Abreu (1987) este

chatildeo fora duramente conquistado agrave natureza aterrando-se brejos e mangues

nos trecircs primeiros seacuteculos de existecircncia da cidade Considerando-se os limites

da cidade de entatildeo como sendo ao norte o Campo de Santana ao sul o Largo

do Machado e a regiatildeo de Mata Cavalos (hoje Rua do Riachuelo) e que natildeo

existiam ateacute entatildeo meios de transporte coletivo pode-se afirmar que a maioria

dos deslocamentos eram realizados a peacute em carro de bois eou no lombo de

animais Soacute posteriormente foram introduzidos as andas as redes e os

palanguins

Segundo Dunlop (1973) estes meios de transportes eram como

uma cama suspensa em longo varal conduzida nos ombros por escravos um

agrave frente outro agrave retaguarda

Para as viagens de longa distacircncia neste periacuteodo aqueles que

desejavam ir agraves Minas Gerais Satildeo Paulo ou ao interior do paiacutes tinham que

realizar por exemplo viagens que envolviam animais barcos e comeccedilavam

realizando um percurso pela Baiacutea de Guanabara

Com a chegada da famiacutelia real portuguesa por volta de 1808 foram

trazidas pela corte os coches carruagens seges e o cabriolet

Considerando-se os limites urbanos da cidade bem como as

caracteriacutesticas daquela sociedade colonial portuguesa nos troacutepicos pode-se

afirmar que somente as pessoas de posse ou que possuiacuteam seus proacuteprios

meios de transportes tinham condiccedilatildeo e direito de deslocar-se agraves localidades

mais afastadas do centro histoacuterico da cidade ou empreenderem viagens mais

longas

O transporte puacuteblico soacute foi introduzido na cidade por volta de 1817

com a adoccedilatildeo das Gocircndolas e Diligecircncias veiacuteculos de transporte coletivo

35

puxado agrave burros eou cavalos muito utilizados por todos que necessitavam

deslocar-se dentro do periacutemetro urbano Estes veiacuteculos operavam o transporte

de passageiros entre o centro da cidade e o Palaacutecio da Boa Vista em Satildeo

Cristoacutevatildeo e de Santa Cruz na Fazenda Real por concessatildeo

Dunlop (1973) esclarece que os primeiros ocircnibus tambeacutem puxados

por quatro animais comeccedilaram a trafegar no Rio em 1837 ou 1838 por

iniciativa do francecircs Jean Lecoqrdquo

Eram carros compridos () com dois bancos longitudinais

semelhantes aos bondes fechados da Botanical Garden que aqui surgiram

trinta anos mais tarde Transportavam de vinte a vinte e quatro passageiros

A denominada Companhia de Ocircnibus ainda segundo Dunlop

oferecia serviccedilos para os bairros de Botafogo Laranjeiras Satildeo Cristoacutevatildeo

Andaraiacute Pequeno - hoje Tijuca - Rio Comprido e Engenho Velho Estes

serviccedilos contribuiacuteram muito para o desenvolvimento e crescimento destes

bairros oferecendo uma opccedilatildeo de moradia agravequeles que desejavam sair do

centro histoacuterico aacuterea jaacute conturbada entatildeo

Destaca-se o papel exercido pelos trens agrave partir de 1858 com a

construccedilatildeo da Estrada de Ferro D Pedro II posteriormente denominada E F

Central do Brasil Este novo meio de transporte ofereceu pela primeira vez

uma maneira veloz e confiaacutevel que alcanccedilava longas distacircncias e circulava em

horaacuterios preacute-estabelecidos e regulares Inicialmente usado somente para o

transporte de cargas - para escoar a produccedilatildeo de cafeacute do Vale do Paraiacuteba em

direccedilatildeo ao Porto do Rio de Janeiro - e para o transporte de passageiros de

longa distacircncia

Outras ferrovias seguiram-se a esta primeira tais como a The

Leopoldina Railway Company (depois E F Leopoldina) E F Rio DOuro (hoje

Linha 2 do Metrocirc) E F Melhoramentos do Brasil (depois Linha Auxiliar da

36

Central do Brasil) Todas foram unificadas na Rede Ferroviaacuteria Federal SA

(1957)

ldquoO trem favoreceu o surgimento dos bairros mais afastados do centro na periferia no que posteriormente veio a ser conhecido como os subuacuterbios ferroviaacuterios da Central do Brasil Contribuiu muito tambeacutem para o desenvolvimento dos municiacutepios da Baixada Fluminense e da periferia distante do centro da Cidade do Rio de Janeirordquo (ABREU 1987)

O bonde inicialmente em traccedilatildeo animal e posteriormente

eletrificado foi o meio de transporte que juntamente com os ocircnibus tambeacutem

em traccedilatildeo animal favoreceu o crescimento e desenvolvimento da cidade O

trem chegava ateacute as estaccedilotildees mas era o bonde que circulava no interior do

bairro

Em 1859 circulou o primeiro bonde puxado a burro na cidade do

Rio de Janeiro ligando o Largo do Rocio ao Alto da Boa Vista Esta linha era

controlada pela Cia Carris de Ferro cuja exploraccedilatildeo fora concedida ao

empresaacuterio inglecircs Thomas Cochrane em 1856

Outras empresas vieram em seguida como a Botanical Garden

Railroad Company posteriormente Cia Ferro Carril do Jardim Botacircnico ou a

Rio de Janeiro Street Railroad Company posteriormente Cia Satildeo Cristoacutevatildeo

O Baratildeo de Drumond por sua vez obteve uma concessatildeo para

explorar a Companhia Ferro Carril de Vila Isabel para atender aos bairros do

Andarahy Grande (Andaraiacute Vila Isabel Grajauacute e Maracanatilde) Satildeo Francisco

Xavier e Engenho Novo

ldquoA criaccedilatildeo desta empresa estava fortemente ligada a abertura do bairro de Vila Isabel nas terras da entatildeo Fazenda do Macaco de propriedade da famiacutelia imperial caracterizando um empreendimento conjugado (transporteloteamento)rdquo (Abreu 1987)

37

Os bondes foram substituiacutedos na deacutecada de 1960 pelos ocircnibus

eleacutetricos denominados de troleibus ou chifrudos pela populaccedilatildeo por causa

da forma de captaccedilatildeo de energia eleacutetrica da rede aeacuterea

Apoacutes breve periacuteodo em operaccedilatildeo pela CTC os troleibus foram

substituiacutedos pelos ocircnibus agrave diesel da mesma companhia estadual

O uso das barcas como meio de transporte e passageiros no

contexto da Regiatildeo Metropolitana destacando-se pela existecircncia de uma via

natural a Baiacutea de Guanabara e a costa oceacircnica firmando-se como transporte

regular agrave partir do ano de 1853 com a implantaccedilatildeo da Cia de Navegaccedilatildeo de

Niteroacutei

Ao longo dos anos foram transportadas cargas veiacuteculos e

passageiros sendo reconhecido como um meio eficiente na ligaccedilatildeo entre as

cidades do Rio de Janeiro e Niteroacutei

Apoacutes a construccedilatildeo da Ponte Rio - Niteroacutei sua importacircncia foi

diminuindo ano a ano apesar de toda sua potencialidade instalada

Outras ligaccedilotildees natildeo soacute para a aacuterea central de Niteroacutei podem ser

melhor exploradas com impactos favoraacuteveis no sistema de transporte como

um todo e para o meio ambiente

Afinal todas as localidades das cidades eou bairros situadas agraves

margens da baiacutea ou na costa do estado satildeo potencialmente habilitadas a

serem servidas por barcas

Falar em transportes urbanos significa tambeacutem falar em problemas

de tracircnsito e engarrafamentos que eacute um dos maiores vilotildees da agitada do

Seacuteculo XXI

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 29: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

29

metropolitana de Goiacircnia ocorreu em 1976 quando da implantaccedilatildeo do sistema

tronco-alimentador que se baseava em linhas troncais e alimentadoras atraveacutes

de terminais de integraccedilatildeo com a exploraccedilatildeo e operaccedilatildeo das linhas por

empresas concessionaacuterias privadas

No ano seguinte agrave sua implantaccedilatildeo o sistema possibilitou o

transporte de 35 milhotildees de passageiros nuacutemero que cresceu a uma taxa de

5 ao ano ateacute 1984 atingindo a meacutedia anual de 100 milhotildees de passageiros

No periacuteodo entre 1985 e 1991 a quantidade de passageiros

transportados continuou aumentando ateacute atingir o patamar de 250 milhotildees de

passageirosano em funccedilatildeo do aumento da demanda por transporte coletivo

urbano ocorrido em todo o paiacutes

Os problemas inflacionaacuterios de 1992 a 1994 e a diminuiccedilatildeo do poder

aquisitivo provocaram a queda da demanda para 200 milhotildees de

passageirosano

O sistema de transportes urbanos de Goiacircnia estaacute em expansatildeo

com a previsatildeo de entrada em operaccedilatildeo do Metrocirc de Superfiacutecie que contaraacute

com ocircnibus articulados e biarticulados de grande capacidade de passageiros

Visando a implantaccedilatildeo dessa via de superfiacutecie estaacute sendo testado o

modelo de ocircnibus biarticulado VOLVO B9 SALF (anexo 20) com grande

capacidade para transportar 270 passageiros Esse mesmo modelo estaacute em

operaccedilatildeo no Sistema Transantiago na capital chilena

44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro

441 Satildeo Paulo

A histoacuteria da cidade de Satildeo Paulo eacute marcada pela implantaccedilatildeo da

ferrovia mas a histoacuteria dos transportes puacuteblicos iniciada agrave mesma eacutepoca tem

30

nos tiacutelburis carros de duas rodas puxados por um cavalo sua primeira

apariccedilatildeo com a inauguraccedilatildeo em 1872 pela Companhia Carris de Ferro de Satildeo

Paulo da primeira linha de bondes puxados a burro

A primeira linha de bonde eleacutetrico foi inaugurada no iniacutecio do seacuteculo

XX em 7 de maio de 1900 ligando o largo de Satildeo Bento agrave Barra Funda Foi um

empreendimento da Satildeo Paulo Railway Light and Power Company LTd que

recebeu por transferecircncia a concessatildeo para organizar construir e operar

linhas de bonde por traccedilatildeo eleacutetrica para diversos pontos da cidade e seus

subuacuterbios durante 40 anos

Os primeiros auto-ocircnibus surgiram na cidade na deacutecada de 20

complementando a alternativa ao bonde que sofria as limitaccedilotildees de rede

energia e investimentos

Nos anos 30 a capital de Satildeo Paulo jaacute era considerada um grande

centro urbano e convivia com um tracircnsito agitado O Plano de Avenidas do

Prefeito Prestes Maia indicava a expressiva influecircncia do automoacutevel na vida e

na estrutura da cidade

A Comissatildeo de Estudos de Transportes Coletivos instituiacuteda em

1939 pocircs em discussatildeo a organizaccedilatildeo do transporte como serviccedilo puacuteblico e as

vantagens do monopoacutelio governamental lanccedilando as bases para a constituiccedilatildeo

de uma empresa municipal responsaacutevel pelo transporte coletivo

O nuacutemero de ocircnibus em Satildeo Paulo em 1941 superou os mil

enquanto o de bondes manteve-se em 500 Assim eram os ocircnibus que

transportavam a maior parte dos passageiros Trinta e sete empresas

particulares exploravam 90 linhas que circulavam pelo municiacutepio

Em 1946 atraveacutes do Decreto-Lei no 365 de 10 de outubro de 1946

o Prefeito Abrahatildeo Ribeiro autorizou a constituiccedilatildeo de uma empresa

31

responsaacutevel pelo transporte puacuteblico criando-se entatildeo a Companhia Municipal

de Transportes Coletivos ndash CMTC (anexo 10)

Em 1947 a Prefeitura determinou a transferecircncia do patrimocircnio da

Light relativo ao serviccedilo para a nova companhia e decidiu que as empresas

privadas passariam a operar somente as linhas de ocircnibus fora do periacutemetro

urbano

Em 1975 a COMPANHIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES

COLETIVOS - CMTC operava apenas 14 da frota de ocircnibus da cidade

Um novo contrato de concessatildeo foi firmado entre Prefeitura e CMTC

permitindo a contrataccedilatildeo os serviccedilos de transporte coletivo de passageiros em

23 aacutereas de operaccedilatildeo Assim uma mudanccedila efetiva ocorreu no sistema e no

mercado de transporte coletivo da cidade restituindo em parte agrave CMTC o seu

outro papel o de gestora do sistema

Nos anos 80 aleacutem de inovaccedilotildees operacionais e tecnoloacutegicas

promovidas pela CMTC - o Programa Troleibus a implantaccedilatildeo dos corredores

de ocircnibus em faixa exclusiva e a utilizaccedilatildeo de ocircnibus movidos a gaacutes metano e

natural- a gestatildeo do serviccedilo de transporte puacuteblico voltou a ser alvo da atenccedilatildeo

da administraccedilatildeo municipal tendo resultado inclusive em intervenccedilotildees

administrativas e gerenciais em algumas empresas operadoras

A relaccedilatildeo entre as empresas operadoras e a municipalidade passou

por nova e importante alteraccedilatildeo a partir do processo de municipalizaccedilatildeo

quando atraveacutes da Lei no 11037 1991 o sistema de remuneraccedilatildeo do

serviccedilo passou a ser feito pelo custo dos serviccedilos passando a operadora a ser

remunerada diretamente pela apropriaccedilatildeo da tarifa paga pelo passageiro

O serviccedilo contratado pela Prefeitura e operado pelas empresas eacute

remunerado conforme a afericcedilatildeo dos custos incorridos na prestaccedilatildeo do serviccedilo

A tarifa definida conforme paracircmetros econocircmicos e poliacuteticos passou a

32

pertencer a administraccedilatildeo municipal constituindo-se na principal fonte de

recursos para o pagamento do serviccedilo agraves empresas contratadas pela

operaccedilatildeo

No iniacutecio de 1993 a CMTC desempenhava ao mesmo tempo as

funccedilotildees de gestora do sistema de transporte coletivo e de operadora detendo

cerca de 27 de participaccedilatildeo no setor

A administraccedilatildeo tinha por objetivo a racionalizaccedilatildeo da operaccedilatildeo e

reduccedilatildeo do deacuteficit previsto pela manutenccedilatildeo da administraccedilatildeo da CMTC como

empresa operadora

A alteraccedilatildeo do perfil da frota da quantidade de ocircnibus e de

funcionaacuterios eram medidas indicadas que exigiriam altos investimentos e natildeo

gerariam necessariamente reduccedilatildeo de custos Optou-se entatildeo por encerrar

as atividades operacionais da antiga CMTC atraveacutes da privatizaccedilatildeo de toda a

operaccedilatildeo dos 2700 ocircnibus e das respectivas garagens reduzindo o quadro de

pessoal de 27 mil para cerca de 1200 empregados Esse processo se valeu da

flexibilidade do mesmo modelo de gestatildeo estabelecido pela Lei No 11037

91

A forma de remuneraccedilatildeo dos serviccedilos prestados pelas empresas

contratadas foi inovada alterando-se o criteacuterio anterior de pagamento

calculado pelo custo do quilocircmetro rodado por um valor limite por passageiro

transportado

A antiga CMTC foi entatildeo transformada na Satildeo Paulo Transporte

SA- SPTRANS nova denominaccedilatildeo adotada em 8 de marccedilo de 1995 para a

empresa que ficou voltada somente agrave gestatildeo do sistema de transporte da

cidade

Atualmente com o crescimento das aacutereas urbanas da cidade

tornou-se necessaacuterio ampliar a aacuterea viaacuteria do municiacutepio atualmente estaacute em

33

fase de conclusatildeo o anel rodoviaacuterio da grande Satildeo Paulo e do rodoanel vias

que depois de prontas desafogaratildeo o traacutefego de veiacuteculos na cidade

O sistema Metropolitano operado pela Companhia do Metropolitano

de Satildeo Paulo tambeacutem estaacute em expansatildeo e contribuiraacute para atender o aumento

da demanda de transportes urbanos na maior cidade do Brasil

442 Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro capital do estado homocircnimo eacute a segunda maior

metroacutepole do Brasil situada na regiatildeo Sudeste

Eacute a cidade brasileira mais conhecida no exterior e a maior rota de

turismo internacional no Brasil

A parte urbana do Municiacutepio do Rio de Janeiro recebeu a

denominaccedilatildeo de GRANDE RIO pela Lei complementar nordm 20 pela Lei

Complementar nordm 20 de 01 de julho de 1974 apoacutes a fusatildeo dos antigos estados

do Rio de Janeiro e Guanabara

Aleacutem da parte urbana da cidade existe tambeacutem a REGIAtildeO

METROPOLITANA II DO RIO DE JANEIRO que abrange os municiacutepios de

Niteroacutei Satildeo Gonccedilalo Itaboraiacute Rio Bonito e Tanguaacute

A cidade foi capital do Brasil Colocircnia a partir de 1763 capital do

Impeacuterio Portuguecircs na eacutepoca das invasotildees de Napoleatildeo capital do Impeacuterio do

Brasil e capital da Repuacuteblica ateacute a inauguraccedilatildeo de Brasiacutelia na deacutecada de 60

As primeiras vias na regiatildeo onde hoje estaacute situada a Cidade do Rio

de Janeiro foram abertas pelos Tamoios com objetivos estrateacutegicos e de

defesa Eram veredas no interior da floresta e dirigiam-se ao interior em direccedilatildeo

agrave Serra do Mar (Santos 1934) Os rios e a Baiacutea de Guanabara eram as outras

vias naturais utilizadas por eles

34

Ateacute os primeiros anos do seacuteculo XIX o espaccedilo urbano da Cidade do

Rio de Janeiro limitava-se ao quadrilaacutetero formado pelos Morros do Castelo

Satildeo Bento Santo Antocircnio e da Conceiccedilatildeo De acordo com Abreu (1987) este

chatildeo fora duramente conquistado agrave natureza aterrando-se brejos e mangues

nos trecircs primeiros seacuteculos de existecircncia da cidade Considerando-se os limites

da cidade de entatildeo como sendo ao norte o Campo de Santana ao sul o Largo

do Machado e a regiatildeo de Mata Cavalos (hoje Rua do Riachuelo) e que natildeo

existiam ateacute entatildeo meios de transporte coletivo pode-se afirmar que a maioria

dos deslocamentos eram realizados a peacute em carro de bois eou no lombo de

animais Soacute posteriormente foram introduzidos as andas as redes e os

palanguins

Segundo Dunlop (1973) estes meios de transportes eram como

uma cama suspensa em longo varal conduzida nos ombros por escravos um

agrave frente outro agrave retaguarda

Para as viagens de longa distacircncia neste periacuteodo aqueles que

desejavam ir agraves Minas Gerais Satildeo Paulo ou ao interior do paiacutes tinham que

realizar por exemplo viagens que envolviam animais barcos e comeccedilavam

realizando um percurso pela Baiacutea de Guanabara

Com a chegada da famiacutelia real portuguesa por volta de 1808 foram

trazidas pela corte os coches carruagens seges e o cabriolet

Considerando-se os limites urbanos da cidade bem como as

caracteriacutesticas daquela sociedade colonial portuguesa nos troacutepicos pode-se

afirmar que somente as pessoas de posse ou que possuiacuteam seus proacuteprios

meios de transportes tinham condiccedilatildeo e direito de deslocar-se agraves localidades

mais afastadas do centro histoacuterico da cidade ou empreenderem viagens mais

longas

O transporte puacuteblico soacute foi introduzido na cidade por volta de 1817

com a adoccedilatildeo das Gocircndolas e Diligecircncias veiacuteculos de transporte coletivo

35

puxado agrave burros eou cavalos muito utilizados por todos que necessitavam

deslocar-se dentro do periacutemetro urbano Estes veiacuteculos operavam o transporte

de passageiros entre o centro da cidade e o Palaacutecio da Boa Vista em Satildeo

Cristoacutevatildeo e de Santa Cruz na Fazenda Real por concessatildeo

Dunlop (1973) esclarece que os primeiros ocircnibus tambeacutem puxados

por quatro animais comeccedilaram a trafegar no Rio em 1837 ou 1838 por

iniciativa do francecircs Jean Lecoqrdquo

Eram carros compridos () com dois bancos longitudinais

semelhantes aos bondes fechados da Botanical Garden que aqui surgiram

trinta anos mais tarde Transportavam de vinte a vinte e quatro passageiros

A denominada Companhia de Ocircnibus ainda segundo Dunlop

oferecia serviccedilos para os bairros de Botafogo Laranjeiras Satildeo Cristoacutevatildeo

Andaraiacute Pequeno - hoje Tijuca - Rio Comprido e Engenho Velho Estes

serviccedilos contribuiacuteram muito para o desenvolvimento e crescimento destes

bairros oferecendo uma opccedilatildeo de moradia agravequeles que desejavam sair do

centro histoacuterico aacuterea jaacute conturbada entatildeo

Destaca-se o papel exercido pelos trens agrave partir de 1858 com a

construccedilatildeo da Estrada de Ferro D Pedro II posteriormente denominada E F

Central do Brasil Este novo meio de transporte ofereceu pela primeira vez

uma maneira veloz e confiaacutevel que alcanccedilava longas distacircncias e circulava em

horaacuterios preacute-estabelecidos e regulares Inicialmente usado somente para o

transporte de cargas - para escoar a produccedilatildeo de cafeacute do Vale do Paraiacuteba em

direccedilatildeo ao Porto do Rio de Janeiro - e para o transporte de passageiros de

longa distacircncia

Outras ferrovias seguiram-se a esta primeira tais como a The

Leopoldina Railway Company (depois E F Leopoldina) E F Rio DOuro (hoje

Linha 2 do Metrocirc) E F Melhoramentos do Brasil (depois Linha Auxiliar da

36

Central do Brasil) Todas foram unificadas na Rede Ferroviaacuteria Federal SA

(1957)

ldquoO trem favoreceu o surgimento dos bairros mais afastados do centro na periferia no que posteriormente veio a ser conhecido como os subuacuterbios ferroviaacuterios da Central do Brasil Contribuiu muito tambeacutem para o desenvolvimento dos municiacutepios da Baixada Fluminense e da periferia distante do centro da Cidade do Rio de Janeirordquo (ABREU 1987)

O bonde inicialmente em traccedilatildeo animal e posteriormente

eletrificado foi o meio de transporte que juntamente com os ocircnibus tambeacutem

em traccedilatildeo animal favoreceu o crescimento e desenvolvimento da cidade O

trem chegava ateacute as estaccedilotildees mas era o bonde que circulava no interior do

bairro

Em 1859 circulou o primeiro bonde puxado a burro na cidade do

Rio de Janeiro ligando o Largo do Rocio ao Alto da Boa Vista Esta linha era

controlada pela Cia Carris de Ferro cuja exploraccedilatildeo fora concedida ao

empresaacuterio inglecircs Thomas Cochrane em 1856

Outras empresas vieram em seguida como a Botanical Garden

Railroad Company posteriormente Cia Ferro Carril do Jardim Botacircnico ou a

Rio de Janeiro Street Railroad Company posteriormente Cia Satildeo Cristoacutevatildeo

O Baratildeo de Drumond por sua vez obteve uma concessatildeo para

explorar a Companhia Ferro Carril de Vila Isabel para atender aos bairros do

Andarahy Grande (Andaraiacute Vila Isabel Grajauacute e Maracanatilde) Satildeo Francisco

Xavier e Engenho Novo

ldquoA criaccedilatildeo desta empresa estava fortemente ligada a abertura do bairro de Vila Isabel nas terras da entatildeo Fazenda do Macaco de propriedade da famiacutelia imperial caracterizando um empreendimento conjugado (transporteloteamento)rdquo (Abreu 1987)

37

Os bondes foram substituiacutedos na deacutecada de 1960 pelos ocircnibus

eleacutetricos denominados de troleibus ou chifrudos pela populaccedilatildeo por causa

da forma de captaccedilatildeo de energia eleacutetrica da rede aeacuterea

Apoacutes breve periacuteodo em operaccedilatildeo pela CTC os troleibus foram

substituiacutedos pelos ocircnibus agrave diesel da mesma companhia estadual

O uso das barcas como meio de transporte e passageiros no

contexto da Regiatildeo Metropolitana destacando-se pela existecircncia de uma via

natural a Baiacutea de Guanabara e a costa oceacircnica firmando-se como transporte

regular agrave partir do ano de 1853 com a implantaccedilatildeo da Cia de Navegaccedilatildeo de

Niteroacutei

Ao longo dos anos foram transportadas cargas veiacuteculos e

passageiros sendo reconhecido como um meio eficiente na ligaccedilatildeo entre as

cidades do Rio de Janeiro e Niteroacutei

Apoacutes a construccedilatildeo da Ponte Rio - Niteroacutei sua importacircncia foi

diminuindo ano a ano apesar de toda sua potencialidade instalada

Outras ligaccedilotildees natildeo soacute para a aacuterea central de Niteroacutei podem ser

melhor exploradas com impactos favoraacuteveis no sistema de transporte como

um todo e para o meio ambiente

Afinal todas as localidades das cidades eou bairros situadas agraves

margens da baiacutea ou na costa do estado satildeo potencialmente habilitadas a

serem servidas por barcas

Falar em transportes urbanos significa tambeacutem falar em problemas

de tracircnsito e engarrafamentos que eacute um dos maiores vilotildees da agitada do

Seacuteculo XXI

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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httpwwwsptranscombrsptrans08historiamuseuasp - acessado em 26 de

agosto de 2009

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httpwwwflickrcomphotosclaudiolara2233169354 - acessado em 26 de

agosto de 2009

ENCICLOPEacuteDIA DIGITAL WIKIPEacuteDIA

httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 30: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

30

nos tiacutelburis carros de duas rodas puxados por um cavalo sua primeira

apariccedilatildeo com a inauguraccedilatildeo em 1872 pela Companhia Carris de Ferro de Satildeo

Paulo da primeira linha de bondes puxados a burro

A primeira linha de bonde eleacutetrico foi inaugurada no iniacutecio do seacuteculo

XX em 7 de maio de 1900 ligando o largo de Satildeo Bento agrave Barra Funda Foi um

empreendimento da Satildeo Paulo Railway Light and Power Company LTd que

recebeu por transferecircncia a concessatildeo para organizar construir e operar

linhas de bonde por traccedilatildeo eleacutetrica para diversos pontos da cidade e seus

subuacuterbios durante 40 anos

Os primeiros auto-ocircnibus surgiram na cidade na deacutecada de 20

complementando a alternativa ao bonde que sofria as limitaccedilotildees de rede

energia e investimentos

Nos anos 30 a capital de Satildeo Paulo jaacute era considerada um grande

centro urbano e convivia com um tracircnsito agitado O Plano de Avenidas do

Prefeito Prestes Maia indicava a expressiva influecircncia do automoacutevel na vida e

na estrutura da cidade

A Comissatildeo de Estudos de Transportes Coletivos instituiacuteda em

1939 pocircs em discussatildeo a organizaccedilatildeo do transporte como serviccedilo puacuteblico e as

vantagens do monopoacutelio governamental lanccedilando as bases para a constituiccedilatildeo

de uma empresa municipal responsaacutevel pelo transporte coletivo

O nuacutemero de ocircnibus em Satildeo Paulo em 1941 superou os mil

enquanto o de bondes manteve-se em 500 Assim eram os ocircnibus que

transportavam a maior parte dos passageiros Trinta e sete empresas

particulares exploravam 90 linhas que circulavam pelo municiacutepio

Em 1946 atraveacutes do Decreto-Lei no 365 de 10 de outubro de 1946

o Prefeito Abrahatildeo Ribeiro autorizou a constituiccedilatildeo de uma empresa

31

responsaacutevel pelo transporte puacuteblico criando-se entatildeo a Companhia Municipal

de Transportes Coletivos ndash CMTC (anexo 10)

Em 1947 a Prefeitura determinou a transferecircncia do patrimocircnio da

Light relativo ao serviccedilo para a nova companhia e decidiu que as empresas

privadas passariam a operar somente as linhas de ocircnibus fora do periacutemetro

urbano

Em 1975 a COMPANHIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES

COLETIVOS - CMTC operava apenas 14 da frota de ocircnibus da cidade

Um novo contrato de concessatildeo foi firmado entre Prefeitura e CMTC

permitindo a contrataccedilatildeo os serviccedilos de transporte coletivo de passageiros em

23 aacutereas de operaccedilatildeo Assim uma mudanccedila efetiva ocorreu no sistema e no

mercado de transporte coletivo da cidade restituindo em parte agrave CMTC o seu

outro papel o de gestora do sistema

Nos anos 80 aleacutem de inovaccedilotildees operacionais e tecnoloacutegicas

promovidas pela CMTC - o Programa Troleibus a implantaccedilatildeo dos corredores

de ocircnibus em faixa exclusiva e a utilizaccedilatildeo de ocircnibus movidos a gaacutes metano e

natural- a gestatildeo do serviccedilo de transporte puacuteblico voltou a ser alvo da atenccedilatildeo

da administraccedilatildeo municipal tendo resultado inclusive em intervenccedilotildees

administrativas e gerenciais em algumas empresas operadoras

A relaccedilatildeo entre as empresas operadoras e a municipalidade passou

por nova e importante alteraccedilatildeo a partir do processo de municipalizaccedilatildeo

quando atraveacutes da Lei no 11037 1991 o sistema de remuneraccedilatildeo do

serviccedilo passou a ser feito pelo custo dos serviccedilos passando a operadora a ser

remunerada diretamente pela apropriaccedilatildeo da tarifa paga pelo passageiro

O serviccedilo contratado pela Prefeitura e operado pelas empresas eacute

remunerado conforme a afericcedilatildeo dos custos incorridos na prestaccedilatildeo do serviccedilo

A tarifa definida conforme paracircmetros econocircmicos e poliacuteticos passou a

32

pertencer a administraccedilatildeo municipal constituindo-se na principal fonte de

recursos para o pagamento do serviccedilo agraves empresas contratadas pela

operaccedilatildeo

No iniacutecio de 1993 a CMTC desempenhava ao mesmo tempo as

funccedilotildees de gestora do sistema de transporte coletivo e de operadora detendo

cerca de 27 de participaccedilatildeo no setor

A administraccedilatildeo tinha por objetivo a racionalizaccedilatildeo da operaccedilatildeo e

reduccedilatildeo do deacuteficit previsto pela manutenccedilatildeo da administraccedilatildeo da CMTC como

empresa operadora

A alteraccedilatildeo do perfil da frota da quantidade de ocircnibus e de

funcionaacuterios eram medidas indicadas que exigiriam altos investimentos e natildeo

gerariam necessariamente reduccedilatildeo de custos Optou-se entatildeo por encerrar

as atividades operacionais da antiga CMTC atraveacutes da privatizaccedilatildeo de toda a

operaccedilatildeo dos 2700 ocircnibus e das respectivas garagens reduzindo o quadro de

pessoal de 27 mil para cerca de 1200 empregados Esse processo se valeu da

flexibilidade do mesmo modelo de gestatildeo estabelecido pela Lei No 11037

91

A forma de remuneraccedilatildeo dos serviccedilos prestados pelas empresas

contratadas foi inovada alterando-se o criteacuterio anterior de pagamento

calculado pelo custo do quilocircmetro rodado por um valor limite por passageiro

transportado

A antiga CMTC foi entatildeo transformada na Satildeo Paulo Transporte

SA- SPTRANS nova denominaccedilatildeo adotada em 8 de marccedilo de 1995 para a

empresa que ficou voltada somente agrave gestatildeo do sistema de transporte da

cidade

Atualmente com o crescimento das aacutereas urbanas da cidade

tornou-se necessaacuterio ampliar a aacuterea viaacuteria do municiacutepio atualmente estaacute em

33

fase de conclusatildeo o anel rodoviaacuterio da grande Satildeo Paulo e do rodoanel vias

que depois de prontas desafogaratildeo o traacutefego de veiacuteculos na cidade

O sistema Metropolitano operado pela Companhia do Metropolitano

de Satildeo Paulo tambeacutem estaacute em expansatildeo e contribuiraacute para atender o aumento

da demanda de transportes urbanos na maior cidade do Brasil

442 Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro capital do estado homocircnimo eacute a segunda maior

metroacutepole do Brasil situada na regiatildeo Sudeste

Eacute a cidade brasileira mais conhecida no exterior e a maior rota de

turismo internacional no Brasil

A parte urbana do Municiacutepio do Rio de Janeiro recebeu a

denominaccedilatildeo de GRANDE RIO pela Lei complementar nordm 20 pela Lei

Complementar nordm 20 de 01 de julho de 1974 apoacutes a fusatildeo dos antigos estados

do Rio de Janeiro e Guanabara

Aleacutem da parte urbana da cidade existe tambeacutem a REGIAtildeO

METROPOLITANA II DO RIO DE JANEIRO que abrange os municiacutepios de

Niteroacutei Satildeo Gonccedilalo Itaboraiacute Rio Bonito e Tanguaacute

A cidade foi capital do Brasil Colocircnia a partir de 1763 capital do

Impeacuterio Portuguecircs na eacutepoca das invasotildees de Napoleatildeo capital do Impeacuterio do

Brasil e capital da Repuacuteblica ateacute a inauguraccedilatildeo de Brasiacutelia na deacutecada de 60

As primeiras vias na regiatildeo onde hoje estaacute situada a Cidade do Rio

de Janeiro foram abertas pelos Tamoios com objetivos estrateacutegicos e de

defesa Eram veredas no interior da floresta e dirigiam-se ao interior em direccedilatildeo

agrave Serra do Mar (Santos 1934) Os rios e a Baiacutea de Guanabara eram as outras

vias naturais utilizadas por eles

34

Ateacute os primeiros anos do seacuteculo XIX o espaccedilo urbano da Cidade do

Rio de Janeiro limitava-se ao quadrilaacutetero formado pelos Morros do Castelo

Satildeo Bento Santo Antocircnio e da Conceiccedilatildeo De acordo com Abreu (1987) este

chatildeo fora duramente conquistado agrave natureza aterrando-se brejos e mangues

nos trecircs primeiros seacuteculos de existecircncia da cidade Considerando-se os limites

da cidade de entatildeo como sendo ao norte o Campo de Santana ao sul o Largo

do Machado e a regiatildeo de Mata Cavalos (hoje Rua do Riachuelo) e que natildeo

existiam ateacute entatildeo meios de transporte coletivo pode-se afirmar que a maioria

dos deslocamentos eram realizados a peacute em carro de bois eou no lombo de

animais Soacute posteriormente foram introduzidos as andas as redes e os

palanguins

Segundo Dunlop (1973) estes meios de transportes eram como

uma cama suspensa em longo varal conduzida nos ombros por escravos um

agrave frente outro agrave retaguarda

Para as viagens de longa distacircncia neste periacuteodo aqueles que

desejavam ir agraves Minas Gerais Satildeo Paulo ou ao interior do paiacutes tinham que

realizar por exemplo viagens que envolviam animais barcos e comeccedilavam

realizando um percurso pela Baiacutea de Guanabara

Com a chegada da famiacutelia real portuguesa por volta de 1808 foram

trazidas pela corte os coches carruagens seges e o cabriolet

Considerando-se os limites urbanos da cidade bem como as

caracteriacutesticas daquela sociedade colonial portuguesa nos troacutepicos pode-se

afirmar que somente as pessoas de posse ou que possuiacuteam seus proacuteprios

meios de transportes tinham condiccedilatildeo e direito de deslocar-se agraves localidades

mais afastadas do centro histoacuterico da cidade ou empreenderem viagens mais

longas

O transporte puacuteblico soacute foi introduzido na cidade por volta de 1817

com a adoccedilatildeo das Gocircndolas e Diligecircncias veiacuteculos de transporte coletivo

35

puxado agrave burros eou cavalos muito utilizados por todos que necessitavam

deslocar-se dentro do periacutemetro urbano Estes veiacuteculos operavam o transporte

de passageiros entre o centro da cidade e o Palaacutecio da Boa Vista em Satildeo

Cristoacutevatildeo e de Santa Cruz na Fazenda Real por concessatildeo

Dunlop (1973) esclarece que os primeiros ocircnibus tambeacutem puxados

por quatro animais comeccedilaram a trafegar no Rio em 1837 ou 1838 por

iniciativa do francecircs Jean Lecoqrdquo

Eram carros compridos () com dois bancos longitudinais

semelhantes aos bondes fechados da Botanical Garden que aqui surgiram

trinta anos mais tarde Transportavam de vinte a vinte e quatro passageiros

A denominada Companhia de Ocircnibus ainda segundo Dunlop

oferecia serviccedilos para os bairros de Botafogo Laranjeiras Satildeo Cristoacutevatildeo

Andaraiacute Pequeno - hoje Tijuca - Rio Comprido e Engenho Velho Estes

serviccedilos contribuiacuteram muito para o desenvolvimento e crescimento destes

bairros oferecendo uma opccedilatildeo de moradia agravequeles que desejavam sair do

centro histoacuterico aacuterea jaacute conturbada entatildeo

Destaca-se o papel exercido pelos trens agrave partir de 1858 com a

construccedilatildeo da Estrada de Ferro D Pedro II posteriormente denominada E F

Central do Brasil Este novo meio de transporte ofereceu pela primeira vez

uma maneira veloz e confiaacutevel que alcanccedilava longas distacircncias e circulava em

horaacuterios preacute-estabelecidos e regulares Inicialmente usado somente para o

transporte de cargas - para escoar a produccedilatildeo de cafeacute do Vale do Paraiacuteba em

direccedilatildeo ao Porto do Rio de Janeiro - e para o transporte de passageiros de

longa distacircncia

Outras ferrovias seguiram-se a esta primeira tais como a The

Leopoldina Railway Company (depois E F Leopoldina) E F Rio DOuro (hoje

Linha 2 do Metrocirc) E F Melhoramentos do Brasil (depois Linha Auxiliar da

36

Central do Brasil) Todas foram unificadas na Rede Ferroviaacuteria Federal SA

(1957)

ldquoO trem favoreceu o surgimento dos bairros mais afastados do centro na periferia no que posteriormente veio a ser conhecido como os subuacuterbios ferroviaacuterios da Central do Brasil Contribuiu muito tambeacutem para o desenvolvimento dos municiacutepios da Baixada Fluminense e da periferia distante do centro da Cidade do Rio de Janeirordquo (ABREU 1987)

O bonde inicialmente em traccedilatildeo animal e posteriormente

eletrificado foi o meio de transporte que juntamente com os ocircnibus tambeacutem

em traccedilatildeo animal favoreceu o crescimento e desenvolvimento da cidade O

trem chegava ateacute as estaccedilotildees mas era o bonde que circulava no interior do

bairro

Em 1859 circulou o primeiro bonde puxado a burro na cidade do

Rio de Janeiro ligando o Largo do Rocio ao Alto da Boa Vista Esta linha era

controlada pela Cia Carris de Ferro cuja exploraccedilatildeo fora concedida ao

empresaacuterio inglecircs Thomas Cochrane em 1856

Outras empresas vieram em seguida como a Botanical Garden

Railroad Company posteriormente Cia Ferro Carril do Jardim Botacircnico ou a

Rio de Janeiro Street Railroad Company posteriormente Cia Satildeo Cristoacutevatildeo

O Baratildeo de Drumond por sua vez obteve uma concessatildeo para

explorar a Companhia Ferro Carril de Vila Isabel para atender aos bairros do

Andarahy Grande (Andaraiacute Vila Isabel Grajauacute e Maracanatilde) Satildeo Francisco

Xavier e Engenho Novo

ldquoA criaccedilatildeo desta empresa estava fortemente ligada a abertura do bairro de Vila Isabel nas terras da entatildeo Fazenda do Macaco de propriedade da famiacutelia imperial caracterizando um empreendimento conjugado (transporteloteamento)rdquo (Abreu 1987)

37

Os bondes foram substituiacutedos na deacutecada de 1960 pelos ocircnibus

eleacutetricos denominados de troleibus ou chifrudos pela populaccedilatildeo por causa

da forma de captaccedilatildeo de energia eleacutetrica da rede aeacuterea

Apoacutes breve periacuteodo em operaccedilatildeo pela CTC os troleibus foram

substituiacutedos pelos ocircnibus agrave diesel da mesma companhia estadual

O uso das barcas como meio de transporte e passageiros no

contexto da Regiatildeo Metropolitana destacando-se pela existecircncia de uma via

natural a Baiacutea de Guanabara e a costa oceacircnica firmando-se como transporte

regular agrave partir do ano de 1853 com a implantaccedilatildeo da Cia de Navegaccedilatildeo de

Niteroacutei

Ao longo dos anos foram transportadas cargas veiacuteculos e

passageiros sendo reconhecido como um meio eficiente na ligaccedilatildeo entre as

cidades do Rio de Janeiro e Niteroacutei

Apoacutes a construccedilatildeo da Ponte Rio - Niteroacutei sua importacircncia foi

diminuindo ano a ano apesar de toda sua potencialidade instalada

Outras ligaccedilotildees natildeo soacute para a aacuterea central de Niteroacutei podem ser

melhor exploradas com impactos favoraacuteveis no sistema de transporte como

um todo e para o meio ambiente

Afinal todas as localidades das cidades eou bairros situadas agraves

margens da baiacutea ou na costa do estado satildeo potencialmente habilitadas a

serem servidas por barcas

Falar em transportes urbanos significa tambeacutem falar em problemas

de tracircnsito e engarrafamentos que eacute um dos maiores vilotildees da agitada do

Seacuteculo XXI

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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agosto de 2009

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acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 31: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

31

responsaacutevel pelo transporte puacuteblico criando-se entatildeo a Companhia Municipal

de Transportes Coletivos ndash CMTC (anexo 10)

Em 1947 a Prefeitura determinou a transferecircncia do patrimocircnio da

Light relativo ao serviccedilo para a nova companhia e decidiu que as empresas

privadas passariam a operar somente as linhas de ocircnibus fora do periacutemetro

urbano

Em 1975 a COMPANHIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES

COLETIVOS - CMTC operava apenas 14 da frota de ocircnibus da cidade

Um novo contrato de concessatildeo foi firmado entre Prefeitura e CMTC

permitindo a contrataccedilatildeo os serviccedilos de transporte coletivo de passageiros em

23 aacutereas de operaccedilatildeo Assim uma mudanccedila efetiva ocorreu no sistema e no

mercado de transporte coletivo da cidade restituindo em parte agrave CMTC o seu

outro papel o de gestora do sistema

Nos anos 80 aleacutem de inovaccedilotildees operacionais e tecnoloacutegicas

promovidas pela CMTC - o Programa Troleibus a implantaccedilatildeo dos corredores

de ocircnibus em faixa exclusiva e a utilizaccedilatildeo de ocircnibus movidos a gaacutes metano e

natural- a gestatildeo do serviccedilo de transporte puacuteblico voltou a ser alvo da atenccedilatildeo

da administraccedilatildeo municipal tendo resultado inclusive em intervenccedilotildees

administrativas e gerenciais em algumas empresas operadoras

A relaccedilatildeo entre as empresas operadoras e a municipalidade passou

por nova e importante alteraccedilatildeo a partir do processo de municipalizaccedilatildeo

quando atraveacutes da Lei no 11037 1991 o sistema de remuneraccedilatildeo do

serviccedilo passou a ser feito pelo custo dos serviccedilos passando a operadora a ser

remunerada diretamente pela apropriaccedilatildeo da tarifa paga pelo passageiro

O serviccedilo contratado pela Prefeitura e operado pelas empresas eacute

remunerado conforme a afericcedilatildeo dos custos incorridos na prestaccedilatildeo do serviccedilo

A tarifa definida conforme paracircmetros econocircmicos e poliacuteticos passou a

32

pertencer a administraccedilatildeo municipal constituindo-se na principal fonte de

recursos para o pagamento do serviccedilo agraves empresas contratadas pela

operaccedilatildeo

No iniacutecio de 1993 a CMTC desempenhava ao mesmo tempo as

funccedilotildees de gestora do sistema de transporte coletivo e de operadora detendo

cerca de 27 de participaccedilatildeo no setor

A administraccedilatildeo tinha por objetivo a racionalizaccedilatildeo da operaccedilatildeo e

reduccedilatildeo do deacuteficit previsto pela manutenccedilatildeo da administraccedilatildeo da CMTC como

empresa operadora

A alteraccedilatildeo do perfil da frota da quantidade de ocircnibus e de

funcionaacuterios eram medidas indicadas que exigiriam altos investimentos e natildeo

gerariam necessariamente reduccedilatildeo de custos Optou-se entatildeo por encerrar

as atividades operacionais da antiga CMTC atraveacutes da privatizaccedilatildeo de toda a

operaccedilatildeo dos 2700 ocircnibus e das respectivas garagens reduzindo o quadro de

pessoal de 27 mil para cerca de 1200 empregados Esse processo se valeu da

flexibilidade do mesmo modelo de gestatildeo estabelecido pela Lei No 11037

91

A forma de remuneraccedilatildeo dos serviccedilos prestados pelas empresas

contratadas foi inovada alterando-se o criteacuterio anterior de pagamento

calculado pelo custo do quilocircmetro rodado por um valor limite por passageiro

transportado

A antiga CMTC foi entatildeo transformada na Satildeo Paulo Transporte

SA- SPTRANS nova denominaccedilatildeo adotada em 8 de marccedilo de 1995 para a

empresa que ficou voltada somente agrave gestatildeo do sistema de transporte da

cidade

Atualmente com o crescimento das aacutereas urbanas da cidade

tornou-se necessaacuterio ampliar a aacuterea viaacuteria do municiacutepio atualmente estaacute em

33

fase de conclusatildeo o anel rodoviaacuterio da grande Satildeo Paulo e do rodoanel vias

que depois de prontas desafogaratildeo o traacutefego de veiacuteculos na cidade

O sistema Metropolitano operado pela Companhia do Metropolitano

de Satildeo Paulo tambeacutem estaacute em expansatildeo e contribuiraacute para atender o aumento

da demanda de transportes urbanos na maior cidade do Brasil

442 Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro capital do estado homocircnimo eacute a segunda maior

metroacutepole do Brasil situada na regiatildeo Sudeste

Eacute a cidade brasileira mais conhecida no exterior e a maior rota de

turismo internacional no Brasil

A parte urbana do Municiacutepio do Rio de Janeiro recebeu a

denominaccedilatildeo de GRANDE RIO pela Lei complementar nordm 20 pela Lei

Complementar nordm 20 de 01 de julho de 1974 apoacutes a fusatildeo dos antigos estados

do Rio de Janeiro e Guanabara

Aleacutem da parte urbana da cidade existe tambeacutem a REGIAtildeO

METROPOLITANA II DO RIO DE JANEIRO que abrange os municiacutepios de

Niteroacutei Satildeo Gonccedilalo Itaboraiacute Rio Bonito e Tanguaacute

A cidade foi capital do Brasil Colocircnia a partir de 1763 capital do

Impeacuterio Portuguecircs na eacutepoca das invasotildees de Napoleatildeo capital do Impeacuterio do

Brasil e capital da Repuacuteblica ateacute a inauguraccedilatildeo de Brasiacutelia na deacutecada de 60

As primeiras vias na regiatildeo onde hoje estaacute situada a Cidade do Rio

de Janeiro foram abertas pelos Tamoios com objetivos estrateacutegicos e de

defesa Eram veredas no interior da floresta e dirigiam-se ao interior em direccedilatildeo

agrave Serra do Mar (Santos 1934) Os rios e a Baiacutea de Guanabara eram as outras

vias naturais utilizadas por eles

34

Ateacute os primeiros anos do seacuteculo XIX o espaccedilo urbano da Cidade do

Rio de Janeiro limitava-se ao quadrilaacutetero formado pelos Morros do Castelo

Satildeo Bento Santo Antocircnio e da Conceiccedilatildeo De acordo com Abreu (1987) este

chatildeo fora duramente conquistado agrave natureza aterrando-se brejos e mangues

nos trecircs primeiros seacuteculos de existecircncia da cidade Considerando-se os limites

da cidade de entatildeo como sendo ao norte o Campo de Santana ao sul o Largo

do Machado e a regiatildeo de Mata Cavalos (hoje Rua do Riachuelo) e que natildeo

existiam ateacute entatildeo meios de transporte coletivo pode-se afirmar que a maioria

dos deslocamentos eram realizados a peacute em carro de bois eou no lombo de

animais Soacute posteriormente foram introduzidos as andas as redes e os

palanguins

Segundo Dunlop (1973) estes meios de transportes eram como

uma cama suspensa em longo varal conduzida nos ombros por escravos um

agrave frente outro agrave retaguarda

Para as viagens de longa distacircncia neste periacuteodo aqueles que

desejavam ir agraves Minas Gerais Satildeo Paulo ou ao interior do paiacutes tinham que

realizar por exemplo viagens que envolviam animais barcos e comeccedilavam

realizando um percurso pela Baiacutea de Guanabara

Com a chegada da famiacutelia real portuguesa por volta de 1808 foram

trazidas pela corte os coches carruagens seges e o cabriolet

Considerando-se os limites urbanos da cidade bem como as

caracteriacutesticas daquela sociedade colonial portuguesa nos troacutepicos pode-se

afirmar que somente as pessoas de posse ou que possuiacuteam seus proacuteprios

meios de transportes tinham condiccedilatildeo e direito de deslocar-se agraves localidades

mais afastadas do centro histoacuterico da cidade ou empreenderem viagens mais

longas

O transporte puacuteblico soacute foi introduzido na cidade por volta de 1817

com a adoccedilatildeo das Gocircndolas e Diligecircncias veiacuteculos de transporte coletivo

35

puxado agrave burros eou cavalos muito utilizados por todos que necessitavam

deslocar-se dentro do periacutemetro urbano Estes veiacuteculos operavam o transporte

de passageiros entre o centro da cidade e o Palaacutecio da Boa Vista em Satildeo

Cristoacutevatildeo e de Santa Cruz na Fazenda Real por concessatildeo

Dunlop (1973) esclarece que os primeiros ocircnibus tambeacutem puxados

por quatro animais comeccedilaram a trafegar no Rio em 1837 ou 1838 por

iniciativa do francecircs Jean Lecoqrdquo

Eram carros compridos () com dois bancos longitudinais

semelhantes aos bondes fechados da Botanical Garden que aqui surgiram

trinta anos mais tarde Transportavam de vinte a vinte e quatro passageiros

A denominada Companhia de Ocircnibus ainda segundo Dunlop

oferecia serviccedilos para os bairros de Botafogo Laranjeiras Satildeo Cristoacutevatildeo

Andaraiacute Pequeno - hoje Tijuca - Rio Comprido e Engenho Velho Estes

serviccedilos contribuiacuteram muito para o desenvolvimento e crescimento destes

bairros oferecendo uma opccedilatildeo de moradia agravequeles que desejavam sair do

centro histoacuterico aacuterea jaacute conturbada entatildeo

Destaca-se o papel exercido pelos trens agrave partir de 1858 com a

construccedilatildeo da Estrada de Ferro D Pedro II posteriormente denominada E F

Central do Brasil Este novo meio de transporte ofereceu pela primeira vez

uma maneira veloz e confiaacutevel que alcanccedilava longas distacircncias e circulava em

horaacuterios preacute-estabelecidos e regulares Inicialmente usado somente para o

transporte de cargas - para escoar a produccedilatildeo de cafeacute do Vale do Paraiacuteba em

direccedilatildeo ao Porto do Rio de Janeiro - e para o transporte de passageiros de

longa distacircncia

Outras ferrovias seguiram-se a esta primeira tais como a The

Leopoldina Railway Company (depois E F Leopoldina) E F Rio DOuro (hoje

Linha 2 do Metrocirc) E F Melhoramentos do Brasil (depois Linha Auxiliar da

36

Central do Brasil) Todas foram unificadas na Rede Ferroviaacuteria Federal SA

(1957)

ldquoO trem favoreceu o surgimento dos bairros mais afastados do centro na periferia no que posteriormente veio a ser conhecido como os subuacuterbios ferroviaacuterios da Central do Brasil Contribuiu muito tambeacutem para o desenvolvimento dos municiacutepios da Baixada Fluminense e da periferia distante do centro da Cidade do Rio de Janeirordquo (ABREU 1987)

O bonde inicialmente em traccedilatildeo animal e posteriormente

eletrificado foi o meio de transporte que juntamente com os ocircnibus tambeacutem

em traccedilatildeo animal favoreceu o crescimento e desenvolvimento da cidade O

trem chegava ateacute as estaccedilotildees mas era o bonde que circulava no interior do

bairro

Em 1859 circulou o primeiro bonde puxado a burro na cidade do

Rio de Janeiro ligando o Largo do Rocio ao Alto da Boa Vista Esta linha era

controlada pela Cia Carris de Ferro cuja exploraccedilatildeo fora concedida ao

empresaacuterio inglecircs Thomas Cochrane em 1856

Outras empresas vieram em seguida como a Botanical Garden

Railroad Company posteriormente Cia Ferro Carril do Jardim Botacircnico ou a

Rio de Janeiro Street Railroad Company posteriormente Cia Satildeo Cristoacutevatildeo

O Baratildeo de Drumond por sua vez obteve uma concessatildeo para

explorar a Companhia Ferro Carril de Vila Isabel para atender aos bairros do

Andarahy Grande (Andaraiacute Vila Isabel Grajauacute e Maracanatilde) Satildeo Francisco

Xavier e Engenho Novo

ldquoA criaccedilatildeo desta empresa estava fortemente ligada a abertura do bairro de Vila Isabel nas terras da entatildeo Fazenda do Macaco de propriedade da famiacutelia imperial caracterizando um empreendimento conjugado (transporteloteamento)rdquo (Abreu 1987)

37

Os bondes foram substituiacutedos na deacutecada de 1960 pelos ocircnibus

eleacutetricos denominados de troleibus ou chifrudos pela populaccedilatildeo por causa

da forma de captaccedilatildeo de energia eleacutetrica da rede aeacuterea

Apoacutes breve periacuteodo em operaccedilatildeo pela CTC os troleibus foram

substituiacutedos pelos ocircnibus agrave diesel da mesma companhia estadual

O uso das barcas como meio de transporte e passageiros no

contexto da Regiatildeo Metropolitana destacando-se pela existecircncia de uma via

natural a Baiacutea de Guanabara e a costa oceacircnica firmando-se como transporte

regular agrave partir do ano de 1853 com a implantaccedilatildeo da Cia de Navegaccedilatildeo de

Niteroacutei

Ao longo dos anos foram transportadas cargas veiacuteculos e

passageiros sendo reconhecido como um meio eficiente na ligaccedilatildeo entre as

cidades do Rio de Janeiro e Niteroacutei

Apoacutes a construccedilatildeo da Ponte Rio - Niteroacutei sua importacircncia foi

diminuindo ano a ano apesar de toda sua potencialidade instalada

Outras ligaccedilotildees natildeo soacute para a aacuterea central de Niteroacutei podem ser

melhor exploradas com impactos favoraacuteveis no sistema de transporte como

um todo e para o meio ambiente

Afinal todas as localidades das cidades eou bairros situadas agraves

margens da baiacutea ou na costa do estado satildeo potencialmente habilitadas a

serem servidas por barcas

Falar em transportes urbanos significa tambeacutem falar em problemas

de tracircnsito e engarrafamentos que eacute um dos maiores vilotildees da agitada do

Seacuteculo XXI

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

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66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 32: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

32

pertencer a administraccedilatildeo municipal constituindo-se na principal fonte de

recursos para o pagamento do serviccedilo agraves empresas contratadas pela

operaccedilatildeo

No iniacutecio de 1993 a CMTC desempenhava ao mesmo tempo as

funccedilotildees de gestora do sistema de transporte coletivo e de operadora detendo

cerca de 27 de participaccedilatildeo no setor

A administraccedilatildeo tinha por objetivo a racionalizaccedilatildeo da operaccedilatildeo e

reduccedilatildeo do deacuteficit previsto pela manutenccedilatildeo da administraccedilatildeo da CMTC como

empresa operadora

A alteraccedilatildeo do perfil da frota da quantidade de ocircnibus e de

funcionaacuterios eram medidas indicadas que exigiriam altos investimentos e natildeo

gerariam necessariamente reduccedilatildeo de custos Optou-se entatildeo por encerrar

as atividades operacionais da antiga CMTC atraveacutes da privatizaccedilatildeo de toda a

operaccedilatildeo dos 2700 ocircnibus e das respectivas garagens reduzindo o quadro de

pessoal de 27 mil para cerca de 1200 empregados Esse processo se valeu da

flexibilidade do mesmo modelo de gestatildeo estabelecido pela Lei No 11037

91

A forma de remuneraccedilatildeo dos serviccedilos prestados pelas empresas

contratadas foi inovada alterando-se o criteacuterio anterior de pagamento

calculado pelo custo do quilocircmetro rodado por um valor limite por passageiro

transportado

A antiga CMTC foi entatildeo transformada na Satildeo Paulo Transporte

SA- SPTRANS nova denominaccedilatildeo adotada em 8 de marccedilo de 1995 para a

empresa que ficou voltada somente agrave gestatildeo do sistema de transporte da

cidade

Atualmente com o crescimento das aacutereas urbanas da cidade

tornou-se necessaacuterio ampliar a aacuterea viaacuteria do municiacutepio atualmente estaacute em

33

fase de conclusatildeo o anel rodoviaacuterio da grande Satildeo Paulo e do rodoanel vias

que depois de prontas desafogaratildeo o traacutefego de veiacuteculos na cidade

O sistema Metropolitano operado pela Companhia do Metropolitano

de Satildeo Paulo tambeacutem estaacute em expansatildeo e contribuiraacute para atender o aumento

da demanda de transportes urbanos na maior cidade do Brasil

442 Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro capital do estado homocircnimo eacute a segunda maior

metroacutepole do Brasil situada na regiatildeo Sudeste

Eacute a cidade brasileira mais conhecida no exterior e a maior rota de

turismo internacional no Brasil

A parte urbana do Municiacutepio do Rio de Janeiro recebeu a

denominaccedilatildeo de GRANDE RIO pela Lei complementar nordm 20 pela Lei

Complementar nordm 20 de 01 de julho de 1974 apoacutes a fusatildeo dos antigos estados

do Rio de Janeiro e Guanabara

Aleacutem da parte urbana da cidade existe tambeacutem a REGIAtildeO

METROPOLITANA II DO RIO DE JANEIRO que abrange os municiacutepios de

Niteroacutei Satildeo Gonccedilalo Itaboraiacute Rio Bonito e Tanguaacute

A cidade foi capital do Brasil Colocircnia a partir de 1763 capital do

Impeacuterio Portuguecircs na eacutepoca das invasotildees de Napoleatildeo capital do Impeacuterio do

Brasil e capital da Repuacuteblica ateacute a inauguraccedilatildeo de Brasiacutelia na deacutecada de 60

As primeiras vias na regiatildeo onde hoje estaacute situada a Cidade do Rio

de Janeiro foram abertas pelos Tamoios com objetivos estrateacutegicos e de

defesa Eram veredas no interior da floresta e dirigiam-se ao interior em direccedilatildeo

agrave Serra do Mar (Santos 1934) Os rios e a Baiacutea de Guanabara eram as outras

vias naturais utilizadas por eles

34

Ateacute os primeiros anos do seacuteculo XIX o espaccedilo urbano da Cidade do

Rio de Janeiro limitava-se ao quadrilaacutetero formado pelos Morros do Castelo

Satildeo Bento Santo Antocircnio e da Conceiccedilatildeo De acordo com Abreu (1987) este

chatildeo fora duramente conquistado agrave natureza aterrando-se brejos e mangues

nos trecircs primeiros seacuteculos de existecircncia da cidade Considerando-se os limites

da cidade de entatildeo como sendo ao norte o Campo de Santana ao sul o Largo

do Machado e a regiatildeo de Mata Cavalos (hoje Rua do Riachuelo) e que natildeo

existiam ateacute entatildeo meios de transporte coletivo pode-se afirmar que a maioria

dos deslocamentos eram realizados a peacute em carro de bois eou no lombo de

animais Soacute posteriormente foram introduzidos as andas as redes e os

palanguins

Segundo Dunlop (1973) estes meios de transportes eram como

uma cama suspensa em longo varal conduzida nos ombros por escravos um

agrave frente outro agrave retaguarda

Para as viagens de longa distacircncia neste periacuteodo aqueles que

desejavam ir agraves Minas Gerais Satildeo Paulo ou ao interior do paiacutes tinham que

realizar por exemplo viagens que envolviam animais barcos e comeccedilavam

realizando um percurso pela Baiacutea de Guanabara

Com a chegada da famiacutelia real portuguesa por volta de 1808 foram

trazidas pela corte os coches carruagens seges e o cabriolet

Considerando-se os limites urbanos da cidade bem como as

caracteriacutesticas daquela sociedade colonial portuguesa nos troacutepicos pode-se

afirmar que somente as pessoas de posse ou que possuiacuteam seus proacuteprios

meios de transportes tinham condiccedilatildeo e direito de deslocar-se agraves localidades

mais afastadas do centro histoacuterico da cidade ou empreenderem viagens mais

longas

O transporte puacuteblico soacute foi introduzido na cidade por volta de 1817

com a adoccedilatildeo das Gocircndolas e Diligecircncias veiacuteculos de transporte coletivo

35

puxado agrave burros eou cavalos muito utilizados por todos que necessitavam

deslocar-se dentro do periacutemetro urbano Estes veiacuteculos operavam o transporte

de passageiros entre o centro da cidade e o Palaacutecio da Boa Vista em Satildeo

Cristoacutevatildeo e de Santa Cruz na Fazenda Real por concessatildeo

Dunlop (1973) esclarece que os primeiros ocircnibus tambeacutem puxados

por quatro animais comeccedilaram a trafegar no Rio em 1837 ou 1838 por

iniciativa do francecircs Jean Lecoqrdquo

Eram carros compridos () com dois bancos longitudinais

semelhantes aos bondes fechados da Botanical Garden que aqui surgiram

trinta anos mais tarde Transportavam de vinte a vinte e quatro passageiros

A denominada Companhia de Ocircnibus ainda segundo Dunlop

oferecia serviccedilos para os bairros de Botafogo Laranjeiras Satildeo Cristoacutevatildeo

Andaraiacute Pequeno - hoje Tijuca - Rio Comprido e Engenho Velho Estes

serviccedilos contribuiacuteram muito para o desenvolvimento e crescimento destes

bairros oferecendo uma opccedilatildeo de moradia agravequeles que desejavam sair do

centro histoacuterico aacuterea jaacute conturbada entatildeo

Destaca-se o papel exercido pelos trens agrave partir de 1858 com a

construccedilatildeo da Estrada de Ferro D Pedro II posteriormente denominada E F

Central do Brasil Este novo meio de transporte ofereceu pela primeira vez

uma maneira veloz e confiaacutevel que alcanccedilava longas distacircncias e circulava em

horaacuterios preacute-estabelecidos e regulares Inicialmente usado somente para o

transporte de cargas - para escoar a produccedilatildeo de cafeacute do Vale do Paraiacuteba em

direccedilatildeo ao Porto do Rio de Janeiro - e para o transporte de passageiros de

longa distacircncia

Outras ferrovias seguiram-se a esta primeira tais como a The

Leopoldina Railway Company (depois E F Leopoldina) E F Rio DOuro (hoje

Linha 2 do Metrocirc) E F Melhoramentos do Brasil (depois Linha Auxiliar da

36

Central do Brasil) Todas foram unificadas na Rede Ferroviaacuteria Federal SA

(1957)

ldquoO trem favoreceu o surgimento dos bairros mais afastados do centro na periferia no que posteriormente veio a ser conhecido como os subuacuterbios ferroviaacuterios da Central do Brasil Contribuiu muito tambeacutem para o desenvolvimento dos municiacutepios da Baixada Fluminense e da periferia distante do centro da Cidade do Rio de Janeirordquo (ABREU 1987)

O bonde inicialmente em traccedilatildeo animal e posteriormente

eletrificado foi o meio de transporte que juntamente com os ocircnibus tambeacutem

em traccedilatildeo animal favoreceu o crescimento e desenvolvimento da cidade O

trem chegava ateacute as estaccedilotildees mas era o bonde que circulava no interior do

bairro

Em 1859 circulou o primeiro bonde puxado a burro na cidade do

Rio de Janeiro ligando o Largo do Rocio ao Alto da Boa Vista Esta linha era

controlada pela Cia Carris de Ferro cuja exploraccedilatildeo fora concedida ao

empresaacuterio inglecircs Thomas Cochrane em 1856

Outras empresas vieram em seguida como a Botanical Garden

Railroad Company posteriormente Cia Ferro Carril do Jardim Botacircnico ou a

Rio de Janeiro Street Railroad Company posteriormente Cia Satildeo Cristoacutevatildeo

O Baratildeo de Drumond por sua vez obteve uma concessatildeo para

explorar a Companhia Ferro Carril de Vila Isabel para atender aos bairros do

Andarahy Grande (Andaraiacute Vila Isabel Grajauacute e Maracanatilde) Satildeo Francisco

Xavier e Engenho Novo

ldquoA criaccedilatildeo desta empresa estava fortemente ligada a abertura do bairro de Vila Isabel nas terras da entatildeo Fazenda do Macaco de propriedade da famiacutelia imperial caracterizando um empreendimento conjugado (transporteloteamento)rdquo (Abreu 1987)

37

Os bondes foram substituiacutedos na deacutecada de 1960 pelos ocircnibus

eleacutetricos denominados de troleibus ou chifrudos pela populaccedilatildeo por causa

da forma de captaccedilatildeo de energia eleacutetrica da rede aeacuterea

Apoacutes breve periacuteodo em operaccedilatildeo pela CTC os troleibus foram

substituiacutedos pelos ocircnibus agrave diesel da mesma companhia estadual

O uso das barcas como meio de transporte e passageiros no

contexto da Regiatildeo Metropolitana destacando-se pela existecircncia de uma via

natural a Baiacutea de Guanabara e a costa oceacircnica firmando-se como transporte

regular agrave partir do ano de 1853 com a implantaccedilatildeo da Cia de Navegaccedilatildeo de

Niteroacutei

Ao longo dos anos foram transportadas cargas veiacuteculos e

passageiros sendo reconhecido como um meio eficiente na ligaccedilatildeo entre as

cidades do Rio de Janeiro e Niteroacutei

Apoacutes a construccedilatildeo da Ponte Rio - Niteroacutei sua importacircncia foi

diminuindo ano a ano apesar de toda sua potencialidade instalada

Outras ligaccedilotildees natildeo soacute para a aacuterea central de Niteroacutei podem ser

melhor exploradas com impactos favoraacuteveis no sistema de transporte como

um todo e para o meio ambiente

Afinal todas as localidades das cidades eou bairros situadas agraves

margens da baiacutea ou na costa do estado satildeo potencialmente habilitadas a

serem servidas por barcas

Falar em transportes urbanos significa tambeacutem falar em problemas

de tracircnsito e engarrafamentos que eacute um dos maiores vilotildees da agitada do

Seacuteculo XXI

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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MUSEU NACIONAL DOS TRANSPORTES

httpwwwmuseutransportescombr - acessado em 23 de agosto de 2009

MUSEU DOS TRANSPORTES PUacuteBLICOS GAETANO FEROLLA

httpwwwsptranscombrsptrans08historiamuseuasp - acessado em 26 de

agosto de 2009

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MUSEU DO BONDE ndash SANTA TERESA ndash RIO DE JANEIRO

httpwwwflickrcomphotosclaudiolara2233169354 - acessado em 26 de

agosto de 2009

ENCICLOPEacuteDIA DIGITAL WIKIPEacuteDIA

httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 33: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

33

fase de conclusatildeo o anel rodoviaacuterio da grande Satildeo Paulo e do rodoanel vias

que depois de prontas desafogaratildeo o traacutefego de veiacuteculos na cidade

O sistema Metropolitano operado pela Companhia do Metropolitano

de Satildeo Paulo tambeacutem estaacute em expansatildeo e contribuiraacute para atender o aumento

da demanda de transportes urbanos na maior cidade do Brasil

442 Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro capital do estado homocircnimo eacute a segunda maior

metroacutepole do Brasil situada na regiatildeo Sudeste

Eacute a cidade brasileira mais conhecida no exterior e a maior rota de

turismo internacional no Brasil

A parte urbana do Municiacutepio do Rio de Janeiro recebeu a

denominaccedilatildeo de GRANDE RIO pela Lei complementar nordm 20 pela Lei

Complementar nordm 20 de 01 de julho de 1974 apoacutes a fusatildeo dos antigos estados

do Rio de Janeiro e Guanabara

Aleacutem da parte urbana da cidade existe tambeacutem a REGIAtildeO

METROPOLITANA II DO RIO DE JANEIRO que abrange os municiacutepios de

Niteroacutei Satildeo Gonccedilalo Itaboraiacute Rio Bonito e Tanguaacute

A cidade foi capital do Brasil Colocircnia a partir de 1763 capital do

Impeacuterio Portuguecircs na eacutepoca das invasotildees de Napoleatildeo capital do Impeacuterio do

Brasil e capital da Repuacuteblica ateacute a inauguraccedilatildeo de Brasiacutelia na deacutecada de 60

As primeiras vias na regiatildeo onde hoje estaacute situada a Cidade do Rio

de Janeiro foram abertas pelos Tamoios com objetivos estrateacutegicos e de

defesa Eram veredas no interior da floresta e dirigiam-se ao interior em direccedilatildeo

agrave Serra do Mar (Santos 1934) Os rios e a Baiacutea de Guanabara eram as outras

vias naturais utilizadas por eles

34

Ateacute os primeiros anos do seacuteculo XIX o espaccedilo urbano da Cidade do

Rio de Janeiro limitava-se ao quadrilaacutetero formado pelos Morros do Castelo

Satildeo Bento Santo Antocircnio e da Conceiccedilatildeo De acordo com Abreu (1987) este

chatildeo fora duramente conquistado agrave natureza aterrando-se brejos e mangues

nos trecircs primeiros seacuteculos de existecircncia da cidade Considerando-se os limites

da cidade de entatildeo como sendo ao norte o Campo de Santana ao sul o Largo

do Machado e a regiatildeo de Mata Cavalos (hoje Rua do Riachuelo) e que natildeo

existiam ateacute entatildeo meios de transporte coletivo pode-se afirmar que a maioria

dos deslocamentos eram realizados a peacute em carro de bois eou no lombo de

animais Soacute posteriormente foram introduzidos as andas as redes e os

palanguins

Segundo Dunlop (1973) estes meios de transportes eram como

uma cama suspensa em longo varal conduzida nos ombros por escravos um

agrave frente outro agrave retaguarda

Para as viagens de longa distacircncia neste periacuteodo aqueles que

desejavam ir agraves Minas Gerais Satildeo Paulo ou ao interior do paiacutes tinham que

realizar por exemplo viagens que envolviam animais barcos e comeccedilavam

realizando um percurso pela Baiacutea de Guanabara

Com a chegada da famiacutelia real portuguesa por volta de 1808 foram

trazidas pela corte os coches carruagens seges e o cabriolet

Considerando-se os limites urbanos da cidade bem como as

caracteriacutesticas daquela sociedade colonial portuguesa nos troacutepicos pode-se

afirmar que somente as pessoas de posse ou que possuiacuteam seus proacuteprios

meios de transportes tinham condiccedilatildeo e direito de deslocar-se agraves localidades

mais afastadas do centro histoacuterico da cidade ou empreenderem viagens mais

longas

O transporte puacuteblico soacute foi introduzido na cidade por volta de 1817

com a adoccedilatildeo das Gocircndolas e Diligecircncias veiacuteculos de transporte coletivo

35

puxado agrave burros eou cavalos muito utilizados por todos que necessitavam

deslocar-se dentro do periacutemetro urbano Estes veiacuteculos operavam o transporte

de passageiros entre o centro da cidade e o Palaacutecio da Boa Vista em Satildeo

Cristoacutevatildeo e de Santa Cruz na Fazenda Real por concessatildeo

Dunlop (1973) esclarece que os primeiros ocircnibus tambeacutem puxados

por quatro animais comeccedilaram a trafegar no Rio em 1837 ou 1838 por

iniciativa do francecircs Jean Lecoqrdquo

Eram carros compridos () com dois bancos longitudinais

semelhantes aos bondes fechados da Botanical Garden que aqui surgiram

trinta anos mais tarde Transportavam de vinte a vinte e quatro passageiros

A denominada Companhia de Ocircnibus ainda segundo Dunlop

oferecia serviccedilos para os bairros de Botafogo Laranjeiras Satildeo Cristoacutevatildeo

Andaraiacute Pequeno - hoje Tijuca - Rio Comprido e Engenho Velho Estes

serviccedilos contribuiacuteram muito para o desenvolvimento e crescimento destes

bairros oferecendo uma opccedilatildeo de moradia agravequeles que desejavam sair do

centro histoacuterico aacuterea jaacute conturbada entatildeo

Destaca-se o papel exercido pelos trens agrave partir de 1858 com a

construccedilatildeo da Estrada de Ferro D Pedro II posteriormente denominada E F

Central do Brasil Este novo meio de transporte ofereceu pela primeira vez

uma maneira veloz e confiaacutevel que alcanccedilava longas distacircncias e circulava em

horaacuterios preacute-estabelecidos e regulares Inicialmente usado somente para o

transporte de cargas - para escoar a produccedilatildeo de cafeacute do Vale do Paraiacuteba em

direccedilatildeo ao Porto do Rio de Janeiro - e para o transporte de passageiros de

longa distacircncia

Outras ferrovias seguiram-se a esta primeira tais como a The

Leopoldina Railway Company (depois E F Leopoldina) E F Rio DOuro (hoje

Linha 2 do Metrocirc) E F Melhoramentos do Brasil (depois Linha Auxiliar da

36

Central do Brasil) Todas foram unificadas na Rede Ferroviaacuteria Federal SA

(1957)

ldquoO trem favoreceu o surgimento dos bairros mais afastados do centro na periferia no que posteriormente veio a ser conhecido como os subuacuterbios ferroviaacuterios da Central do Brasil Contribuiu muito tambeacutem para o desenvolvimento dos municiacutepios da Baixada Fluminense e da periferia distante do centro da Cidade do Rio de Janeirordquo (ABREU 1987)

O bonde inicialmente em traccedilatildeo animal e posteriormente

eletrificado foi o meio de transporte que juntamente com os ocircnibus tambeacutem

em traccedilatildeo animal favoreceu o crescimento e desenvolvimento da cidade O

trem chegava ateacute as estaccedilotildees mas era o bonde que circulava no interior do

bairro

Em 1859 circulou o primeiro bonde puxado a burro na cidade do

Rio de Janeiro ligando o Largo do Rocio ao Alto da Boa Vista Esta linha era

controlada pela Cia Carris de Ferro cuja exploraccedilatildeo fora concedida ao

empresaacuterio inglecircs Thomas Cochrane em 1856

Outras empresas vieram em seguida como a Botanical Garden

Railroad Company posteriormente Cia Ferro Carril do Jardim Botacircnico ou a

Rio de Janeiro Street Railroad Company posteriormente Cia Satildeo Cristoacutevatildeo

O Baratildeo de Drumond por sua vez obteve uma concessatildeo para

explorar a Companhia Ferro Carril de Vila Isabel para atender aos bairros do

Andarahy Grande (Andaraiacute Vila Isabel Grajauacute e Maracanatilde) Satildeo Francisco

Xavier e Engenho Novo

ldquoA criaccedilatildeo desta empresa estava fortemente ligada a abertura do bairro de Vila Isabel nas terras da entatildeo Fazenda do Macaco de propriedade da famiacutelia imperial caracterizando um empreendimento conjugado (transporteloteamento)rdquo (Abreu 1987)

37

Os bondes foram substituiacutedos na deacutecada de 1960 pelos ocircnibus

eleacutetricos denominados de troleibus ou chifrudos pela populaccedilatildeo por causa

da forma de captaccedilatildeo de energia eleacutetrica da rede aeacuterea

Apoacutes breve periacuteodo em operaccedilatildeo pela CTC os troleibus foram

substituiacutedos pelos ocircnibus agrave diesel da mesma companhia estadual

O uso das barcas como meio de transporte e passageiros no

contexto da Regiatildeo Metropolitana destacando-se pela existecircncia de uma via

natural a Baiacutea de Guanabara e a costa oceacircnica firmando-se como transporte

regular agrave partir do ano de 1853 com a implantaccedilatildeo da Cia de Navegaccedilatildeo de

Niteroacutei

Ao longo dos anos foram transportadas cargas veiacuteculos e

passageiros sendo reconhecido como um meio eficiente na ligaccedilatildeo entre as

cidades do Rio de Janeiro e Niteroacutei

Apoacutes a construccedilatildeo da Ponte Rio - Niteroacutei sua importacircncia foi

diminuindo ano a ano apesar de toda sua potencialidade instalada

Outras ligaccedilotildees natildeo soacute para a aacuterea central de Niteroacutei podem ser

melhor exploradas com impactos favoraacuteveis no sistema de transporte como

um todo e para o meio ambiente

Afinal todas as localidades das cidades eou bairros situadas agraves

margens da baiacutea ou na costa do estado satildeo potencialmente habilitadas a

serem servidas por barcas

Falar em transportes urbanos significa tambeacutem falar em problemas

de tracircnsito e engarrafamentos que eacute um dos maiores vilotildees da agitada do

Seacuteculo XXI

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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agosto de 2009

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httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 34: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

34

Ateacute os primeiros anos do seacuteculo XIX o espaccedilo urbano da Cidade do

Rio de Janeiro limitava-se ao quadrilaacutetero formado pelos Morros do Castelo

Satildeo Bento Santo Antocircnio e da Conceiccedilatildeo De acordo com Abreu (1987) este

chatildeo fora duramente conquistado agrave natureza aterrando-se brejos e mangues

nos trecircs primeiros seacuteculos de existecircncia da cidade Considerando-se os limites

da cidade de entatildeo como sendo ao norte o Campo de Santana ao sul o Largo

do Machado e a regiatildeo de Mata Cavalos (hoje Rua do Riachuelo) e que natildeo

existiam ateacute entatildeo meios de transporte coletivo pode-se afirmar que a maioria

dos deslocamentos eram realizados a peacute em carro de bois eou no lombo de

animais Soacute posteriormente foram introduzidos as andas as redes e os

palanguins

Segundo Dunlop (1973) estes meios de transportes eram como

uma cama suspensa em longo varal conduzida nos ombros por escravos um

agrave frente outro agrave retaguarda

Para as viagens de longa distacircncia neste periacuteodo aqueles que

desejavam ir agraves Minas Gerais Satildeo Paulo ou ao interior do paiacutes tinham que

realizar por exemplo viagens que envolviam animais barcos e comeccedilavam

realizando um percurso pela Baiacutea de Guanabara

Com a chegada da famiacutelia real portuguesa por volta de 1808 foram

trazidas pela corte os coches carruagens seges e o cabriolet

Considerando-se os limites urbanos da cidade bem como as

caracteriacutesticas daquela sociedade colonial portuguesa nos troacutepicos pode-se

afirmar que somente as pessoas de posse ou que possuiacuteam seus proacuteprios

meios de transportes tinham condiccedilatildeo e direito de deslocar-se agraves localidades

mais afastadas do centro histoacuterico da cidade ou empreenderem viagens mais

longas

O transporte puacuteblico soacute foi introduzido na cidade por volta de 1817

com a adoccedilatildeo das Gocircndolas e Diligecircncias veiacuteculos de transporte coletivo

35

puxado agrave burros eou cavalos muito utilizados por todos que necessitavam

deslocar-se dentro do periacutemetro urbano Estes veiacuteculos operavam o transporte

de passageiros entre o centro da cidade e o Palaacutecio da Boa Vista em Satildeo

Cristoacutevatildeo e de Santa Cruz na Fazenda Real por concessatildeo

Dunlop (1973) esclarece que os primeiros ocircnibus tambeacutem puxados

por quatro animais comeccedilaram a trafegar no Rio em 1837 ou 1838 por

iniciativa do francecircs Jean Lecoqrdquo

Eram carros compridos () com dois bancos longitudinais

semelhantes aos bondes fechados da Botanical Garden que aqui surgiram

trinta anos mais tarde Transportavam de vinte a vinte e quatro passageiros

A denominada Companhia de Ocircnibus ainda segundo Dunlop

oferecia serviccedilos para os bairros de Botafogo Laranjeiras Satildeo Cristoacutevatildeo

Andaraiacute Pequeno - hoje Tijuca - Rio Comprido e Engenho Velho Estes

serviccedilos contribuiacuteram muito para o desenvolvimento e crescimento destes

bairros oferecendo uma opccedilatildeo de moradia agravequeles que desejavam sair do

centro histoacuterico aacuterea jaacute conturbada entatildeo

Destaca-se o papel exercido pelos trens agrave partir de 1858 com a

construccedilatildeo da Estrada de Ferro D Pedro II posteriormente denominada E F

Central do Brasil Este novo meio de transporte ofereceu pela primeira vez

uma maneira veloz e confiaacutevel que alcanccedilava longas distacircncias e circulava em

horaacuterios preacute-estabelecidos e regulares Inicialmente usado somente para o

transporte de cargas - para escoar a produccedilatildeo de cafeacute do Vale do Paraiacuteba em

direccedilatildeo ao Porto do Rio de Janeiro - e para o transporte de passageiros de

longa distacircncia

Outras ferrovias seguiram-se a esta primeira tais como a The

Leopoldina Railway Company (depois E F Leopoldina) E F Rio DOuro (hoje

Linha 2 do Metrocirc) E F Melhoramentos do Brasil (depois Linha Auxiliar da

36

Central do Brasil) Todas foram unificadas na Rede Ferroviaacuteria Federal SA

(1957)

ldquoO trem favoreceu o surgimento dos bairros mais afastados do centro na periferia no que posteriormente veio a ser conhecido como os subuacuterbios ferroviaacuterios da Central do Brasil Contribuiu muito tambeacutem para o desenvolvimento dos municiacutepios da Baixada Fluminense e da periferia distante do centro da Cidade do Rio de Janeirordquo (ABREU 1987)

O bonde inicialmente em traccedilatildeo animal e posteriormente

eletrificado foi o meio de transporte que juntamente com os ocircnibus tambeacutem

em traccedilatildeo animal favoreceu o crescimento e desenvolvimento da cidade O

trem chegava ateacute as estaccedilotildees mas era o bonde que circulava no interior do

bairro

Em 1859 circulou o primeiro bonde puxado a burro na cidade do

Rio de Janeiro ligando o Largo do Rocio ao Alto da Boa Vista Esta linha era

controlada pela Cia Carris de Ferro cuja exploraccedilatildeo fora concedida ao

empresaacuterio inglecircs Thomas Cochrane em 1856

Outras empresas vieram em seguida como a Botanical Garden

Railroad Company posteriormente Cia Ferro Carril do Jardim Botacircnico ou a

Rio de Janeiro Street Railroad Company posteriormente Cia Satildeo Cristoacutevatildeo

O Baratildeo de Drumond por sua vez obteve uma concessatildeo para

explorar a Companhia Ferro Carril de Vila Isabel para atender aos bairros do

Andarahy Grande (Andaraiacute Vila Isabel Grajauacute e Maracanatilde) Satildeo Francisco

Xavier e Engenho Novo

ldquoA criaccedilatildeo desta empresa estava fortemente ligada a abertura do bairro de Vila Isabel nas terras da entatildeo Fazenda do Macaco de propriedade da famiacutelia imperial caracterizando um empreendimento conjugado (transporteloteamento)rdquo (Abreu 1987)

37

Os bondes foram substituiacutedos na deacutecada de 1960 pelos ocircnibus

eleacutetricos denominados de troleibus ou chifrudos pela populaccedilatildeo por causa

da forma de captaccedilatildeo de energia eleacutetrica da rede aeacuterea

Apoacutes breve periacuteodo em operaccedilatildeo pela CTC os troleibus foram

substituiacutedos pelos ocircnibus agrave diesel da mesma companhia estadual

O uso das barcas como meio de transporte e passageiros no

contexto da Regiatildeo Metropolitana destacando-se pela existecircncia de uma via

natural a Baiacutea de Guanabara e a costa oceacircnica firmando-se como transporte

regular agrave partir do ano de 1853 com a implantaccedilatildeo da Cia de Navegaccedilatildeo de

Niteroacutei

Ao longo dos anos foram transportadas cargas veiacuteculos e

passageiros sendo reconhecido como um meio eficiente na ligaccedilatildeo entre as

cidades do Rio de Janeiro e Niteroacutei

Apoacutes a construccedilatildeo da Ponte Rio - Niteroacutei sua importacircncia foi

diminuindo ano a ano apesar de toda sua potencialidade instalada

Outras ligaccedilotildees natildeo soacute para a aacuterea central de Niteroacutei podem ser

melhor exploradas com impactos favoraacuteveis no sistema de transporte como

um todo e para o meio ambiente

Afinal todas as localidades das cidades eou bairros situadas agraves

margens da baiacutea ou na costa do estado satildeo potencialmente habilitadas a

serem servidas por barcas

Falar em transportes urbanos significa tambeacutem falar em problemas

de tracircnsito e engarrafamentos que eacute um dos maiores vilotildees da agitada do

Seacuteculo XXI

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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agosto de 2009

ENCICLOPEacuteDIA DIGITAL WIKIPEacuteDIA

httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 35: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

35

puxado agrave burros eou cavalos muito utilizados por todos que necessitavam

deslocar-se dentro do periacutemetro urbano Estes veiacuteculos operavam o transporte

de passageiros entre o centro da cidade e o Palaacutecio da Boa Vista em Satildeo

Cristoacutevatildeo e de Santa Cruz na Fazenda Real por concessatildeo

Dunlop (1973) esclarece que os primeiros ocircnibus tambeacutem puxados

por quatro animais comeccedilaram a trafegar no Rio em 1837 ou 1838 por

iniciativa do francecircs Jean Lecoqrdquo

Eram carros compridos () com dois bancos longitudinais

semelhantes aos bondes fechados da Botanical Garden que aqui surgiram

trinta anos mais tarde Transportavam de vinte a vinte e quatro passageiros

A denominada Companhia de Ocircnibus ainda segundo Dunlop

oferecia serviccedilos para os bairros de Botafogo Laranjeiras Satildeo Cristoacutevatildeo

Andaraiacute Pequeno - hoje Tijuca - Rio Comprido e Engenho Velho Estes

serviccedilos contribuiacuteram muito para o desenvolvimento e crescimento destes

bairros oferecendo uma opccedilatildeo de moradia agravequeles que desejavam sair do

centro histoacuterico aacuterea jaacute conturbada entatildeo

Destaca-se o papel exercido pelos trens agrave partir de 1858 com a

construccedilatildeo da Estrada de Ferro D Pedro II posteriormente denominada E F

Central do Brasil Este novo meio de transporte ofereceu pela primeira vez

uma maneira veloz e confiaacutevel que alcanccedilava longas distacircncias e circulava em

horaacuterios preacute-estabelecidos e regulares Inicialmente usado somente para o

transporte de cargas - para escoar a produccedilatildeo de cafeacute do Vale do Paraiacuteba em

direccedilatildeo ao Porto do Rio de Janeiro - e para o transporte de passageiros de

longa distacircncia

Outras ferrovias seguiram-se a esta primeira tais como a The

Leopoldina Railway Company (depois E F Leopoldina) E F Rio DOuro (hoje

Linha 2 do Metrocirc) E F Melhoramentos do Brasil (depois Linha Auxiliar da

36

Central do Brasil) Todas foram unificadas na Rede Ferroviaacuteria Federal SA

(1957)

ldquoO trem favoreceu o surgimento dos bairros mais afastados do centro na periferia no que posteriormente veio a ser conhecido como os subuacuterbios ferroviaacuterios da Central do Brasil Contribuiu muito tambeacutem para o desenvolvimento dos municiacutepios da Baixada Fluminense e da periferia distante do centro da Cidade do Rio de Janeirordquo (ABREU 1987)

O bonde inicialmente em traccedilatildeo animal e posteriormente

eletrificado foi o meio de transporte que juntamente com os ocircnibus tambeacutem

em traccedilatildeo animal favoreceu o crescimento e desenvolvimento da cidade O

trem chegava ateacute as estaccedilotildees mas era o bonde que circulava no interior do

bairro

Em 1859 circulou o primeiro bonde puxado a burro na cidade do

Rio de Janeiro ligando o Largo do Rocio ao Alto da Boa Vista Esta linha era

controlada pela Cia Carris de Ferro cuja exploraccedilatildeo fora concedida ao

empresaacuterio inglecircs Thomas Cochrane em 1856

Outras empresas vieram em seguida como a Botanical Garden

Railroad Company posteriormente Cia Ferro Carril do Jardim Botacircnico ou a

Rio de Janeiro Street Railroad Company posteriormente Cia Satildeo Cristoacutevatildeo

O Baratildeo de Drumond por sua vez obteve uma concessatildeo para

explorar a Companhia Ferro Carril de Vila Isabel para atender aos bairros do

Andarahy Grande (Andaraiacute Vila Isabel Grajauacute e Maracanatilde) Satildeo Francisco

Xavier e Engenho Novo

ldquoA criaccedilatildeo desta empresa estava fortemente ligada a abertura do bairro de Vila Isabel nas terras da entatildeo Fazenda do Macaco de propriedade da famiacutelia imperial caracterizando um empreendimento conjugado (transporteloteamento)rdquo (Abreu 1987)

37

Os bondes foram substituiacutedos na deacutecada de 1960 pelos ocircnibus

eleacutetricos denominados de troleibus ou chifrudos pela populaccedilatildeo por causa

da forma de captaccedilatildeo de energia eleacutetrica da rede aeacuterea

Apoacutes breve periacuteodo em operaccedilatildeo pela CTC os troleibus foram

substituiacutedos pelos ocircnibus agrave diesel da mesma companhia estadual

O uso das barcas como meio de transporte e passageiros no

contexto da Regiatildeo Metropolitana destacando-se pela existecircncia de uma via

natural a Baiacutea de Guanabara e a costa oceacircnica firmando-se como transporte

regular agrave partir do ano de 1853 com a implantaccedilatildeo da Cia de Navegaccedilatildeo de

Niteroacutei

Ao longo dos anos foram transportadas cargas veiacuteculos e

passageiros sendo reconhecido como um meio eficiente na ligaccedilatildeo entre as

cidades do Rio de Janeiro e Niteroacutei

Apoacutes a construccedilatildeo da Ponte Rio - Niteroacutei sua importacircncia foi

diminuindo ano a ano apesar de toda sua potencialidade instalada

Outras ligaccedilotildees natildeo soacute para a aacuterea central de Niteroacutei podem ser

melhor exploradas com impactos favoraacuteveis no sistema de transporte como

um todo e para o meio ambiente

Afinal todas as localidades das cidades eou bairros situadas agraves

margens da baiacutea ou na costa do estado satildeo potencialmente habilitadas a

serem servidas por barcas

Falar em transportes urbanos significa tambeacutem falar em problemas

de tracircnsito e engarrafamentos que eacute um dos maiores vilotildees da agitada do

Seacuteculo XXI

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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agosto de 2009

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agosto de 2009

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httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 36: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

36

Central do Brasil) Todas foram unificadas na Rede Ferroviaacuteria Federal SA

(1957)

ldquoO trem favoreceu o surgimento dos bairros mais afastados do centro na periferia no que posteriormente veio a ser conhecido como os subuacuterbios ferroviaacuterios da Central do Brasil Contribuiu muito tambeacutem para o desenvolvimento dos municiacutepios da Baixada Fluminense e da periferia distante do centro da Cidade do Rio de Janeirordquo (ABREU 1987)

O bonde inicialmente em traccedilatildeo animal e posteriormente

eletrificado foi o meio de transporte que juntamente com os ocircnibus tambeacutem

em traccedilatildeo animal favoreceu o crescimento e desenvolvimento da cidade O

trem chegava ateacute as estaccedilotildees mas era o bonde que circulava no interior do

bairro

Em 1859 circulou o primeiro bonde puxado a burro na cidade do

Rio de Janeiro ligando o Largo do Rocio ao Alto da Boa Vista Esta linha era

controlada pela Cia Carris de Ferro cuja exploraccedilatildeo fora concedida ao

empresaacuterio inglecircs Thomas Cochrane em 1856

Outras empresas vieram em seguida como a Botanical Garden

Railroad Company posteriormente Cia Ferro Carril do Jardim Botacircnico ou a

Rio de Janeiro Street Railroad Company posteriormente Cia Satildeo Cristoacutevatildeo

O Baratildeo de Drumond por sua vez obteve uma concessatildeo para

explorar a Companhia Ferro Carril de Vila Isabel para atender aos bairros do

Andarahy Grande (Andaraiacute Vila Isabel Grajauacute e Maracanatilde) Satildeo Francisco

Xavier e Engenho Novo

ldquoA criaccedilatildeo desta empresa estava fortemente ligada a abertura do bairro de Vila Isabel nas terras da entatildeo Fazenda do Macaco de propriedade da famiacutelia imperial caracterizando um empreendimento conjugado (transporteloteamento)rdquo (Abreu 1987)

37

Os bondes foram substituiacutedos na deacutecada de 1960 pelos ocircnibus

eleacutetricos denominados de troleibus ou chifrudos pela populaccedilatildeo por causa

da forma de captaccedilatildeo de energia eleacutetrica da rede aeacuterea

Apoacutes breve periacuteodo em operaccedilatildeo pela CTC os troleibus foram

substituiacutedos pelos ocircnibus agrave diesel da mesma companhia estadual

O uso das barcas como meio de transporte e passageiros no

contexto da Regiatildeo Metropolitana destacando-se pela existecircncia de uma via

natural a Baiacutea de Guanabara e a costa oceacircnica firmando-se como transporte

regular agrave partir do ano de 1853 com a implantaccedilatildeo da Cia de Navegaccedilatildeo de

Niteroacutei

Ao longo dos anos foram transportadas cargas veiacuteculos e

passageiros sendo reconhecido como um meio eficiente na ligaccedilatildeo entre as

cidades do Rio de Janeiro e Niteroacutei

Apoacutes a construccedilatildeo da Ponte Rio - Niteroacutei sua importacircncia foi

diminuindo ano a ano apesar de toda sua potencialidade instalada

Outras ligaccedilotildees natildeo soacute para a aacuterea central de Niteroacutei podem ser

melhor exploradas com impactos favoraacuteveis no sistema de transporte como

um todo e para o meio ambiente

Afinal todas as localidades das cidades eou bairros situadas agraves

margens da baiacutea ou na costa do estado satildeo potencialmente habilitadas a

serem servidas por barcas

Falar em transportes urbanos significa tambeacutem falar em problemas

de tracircnsito e engarrafamentos que eacute um dos maiores vilotildees da agitada do

Seacuteculo XXI

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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agosto de 2009

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agosto de 2009

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httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 37: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

37

Os bondes foram substituiacutedos na deacutecada de 1960 pelos ocircnibus

eleacutetricos denominados de troleibus ou chifrudos pela populaccedilatildeo por causa

da forma de captaccedilatildeo de energia eleacutetrica da rede aeacuterea

Apoacutes breve periacuteodo em operaccedilatildeo pela CTC os troleibus foram

substituiacutedos pelos ocircnibus agrave diesel da mesma companhia estadual

O uso das barcas como meio de transporte e passageiros no

contexto da Regiatildeo Metropolitana destacando-se pela existecircncia de uma via

natural a Baiacutea de Guanabara e a costa oceacircnica firmando-se como transporte

regular agrave partir do ano de 1853 com a implantaccedilatildeo da Cia de Navegaccedilatildeo de

Niteroacutei

Ao longo dos anos foram transportadas cargas veiacuteculos e

passageiros sendo reconhecido como um meio eficiente na ligaccedilatildeo entre as

cidades do Rio de Janeiro e Niteroacutei

Apoacutes a construccedilatildeo da Ponte Rio - Niteroacutei sua importacircncia foi

diminuindo ano a ano apesar de toda sua potencialidade instalada

Outras ligaccedilotildees natildeo soacute para a aacuterea central de Niteroacutei podem ser

melhor exploradas com impactos favoraacuteveis no sistema de transporte como

um todo e para o meio ambiente

Afinal todas as localidades das cidades eou bairros situadas agraves

margens da baiacutea ou na costa do estado satildeo potencialmente habilitadas a

serem servidas por barcas

Falar em transportes urbanos significa tambeacutem falar em problemas

de tracircnsito e engarrafamentos que eacute um dos maiores vilotildees da agitada do

Seacuteculo XXI

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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agosto de 2009

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agosto de 2009

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httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 38: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

38

Ficar preso num engarrafamento eacute uma das maiores causas de

estresse As maiores metroacutepoles do mundo sofrem com esse problema No

Brasil a cidade de Satildeo Paulo eacute a recordista em engarrafamentos Jaacute a cidade

do Rio de Janeiro encontrou uma soluccedilatildeo parcial para o problema a Linha

Vermelha e a Linha Amarela Essas duas vias faziam parte de um plano de

reurbanizaccedilatildeo do tracircnsito da cidade projetado pelo arquiteto e urbanista grego

Constantino Apoacutestolos Doxiadis que nunca ateacute o presente ainda natildeo foi

totalmente concluiacutedo

Esse plano foi desenvolvido 1960 ainda no antigo Estado da

Guanabara quando o entatildeo governador Carlos Lacerda encomendou ao citado

arquiteto um projeto de reurbanizaccedilatildeo urbana do Rio de Janeiro sendo

proposta a construccedilatildeo de seis grandes linhas viaacuterias que cortariam a cidade

interligando diversos pontos

bull Linha Vermelha (ligando Satildeo Cristoacutevatildeo agrave cidade de Satildeo Joatildeo

do Meriti) - concluiacuteda

bull Linha Amarela (ligando a Barra da Tijuca agrave Ilha do Fundatildeo) -

concluiacuteda

bull Linha Verde ligaccedilatildeo da Via Dutra ateacute o bairro da Gaacutevea (natildeo

concluiacuteda)

A chamada Linha Verde eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para reurbanizar o traacutefego na cidade do Riodo Rio de Janeiro

De acordo com o projeto original esta via ligaria a Via Dutra ao

bairro da Gaacutevea na zona Sul da cidade passando pela Tijuca atraveacutes da

construccedilatildeo de um tuacutenel sobre o maciccedilo da Tijuca ligando a rua Uruguai agrave

Praccedila Santos Dumont na Gaacutevea interligando a zona norte a zona sul

desafogando o Elevado e o tuacutenel Rebouccedilas facilitando tambeacutem o trajeto para a

zona oeste da cidade evitando a passagem pelo bairro de Botafogo

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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agosto de 2009

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httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 39: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

39

A Linha Verde atualmente inconclusa abrange a Avenida

Automoacutevel Clube e o Tuacutenel Noel Rosa que satildeo os uacutenicos trechos concluiacutedos

Linha Marrom ligaccedilatildeo do Centro agrave Santa Cruz (natildeo concluiacuteda)

A chamada Linha Marrom eacute uma das vias expressas previstas no

Plano Doxiadis para regularizar o tracircnsito na cidade

De acordo com o projeto original esta via ligaria o bairro do bairro do

Rio comprido na aacuterea central da cidade passando pela Tijuca Andaraiacute Aacutegua

Santa Piedade Madureira Sulacap Bangu e Campo Grande terminando em

Santa Cruz na zona Oeste da cidade

Linha Azul ligaccedilatildeo da Zona Sul agrave Barra da Tijuca (natildeo concluiacuteda) A

chamada Linha Azul eacute uma das vias expressas previstas no Plano de

reurbanizaccedilatildeo viaacuteria da cidade do Rio de Janeiro fazendo a ligaccedilatildeo da Zona

Sul agrave Barra da Tijuca

Essa linha soacute existe no papel e sua implantaccedilatildeo natildeo previsatildeo de

iniacutecio

Linha Lilaacutes ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro Santo

Cristo na zona portuaacuteria (natildeo concluiacuteda)

A Linha Lilaacutes faz a ligaccedilatildeo do Bairro de Laranjeiras com o Bairro de

Santo Cristo na zona portuaacuteria da cidade

Projetada inicialmente para ligar o bairro de Botafofo com o Viaduto

do Gasocircmetro na zona portuaacuteria sem interrupccedilotildees poreacutem devido a uma seacuterie

de problemas liga Botafogo ateacute Santo Cristo com interrupccedilotildees em alguns

trechos

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 40: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

40

Atualmente a linha Lilaacutes se inicia no Bairro de Laranjeiras segue

pelo Viaduto Engenheiro Noronha passa pelo Tuacutenel Santa Baacuterbara pelo bairro

do Catumbi por meio do elevado Trinta e um de marccedilo ao lado da extinta

Avenida Marquecircs de Sapucaiacute (onde hoje se localiza o Samboacutedromo corta a

Avenida Presidente Vargas para finalmente alcanccedilar o Bairro de Santo Cristo

No iniacutecio sua construccedilatildeo foi conturbada devido a enorme

quantidade de casas que foram desapropriadas e posteriormente demolidas no

Bairro das Laranjeiras para a criaccedilatildeo do Tuacutenel Santa Baacuterbara e no Bairro do

Catumbi no Bairro do Catumbi para criaccedilatildeo da outra ponta do mesmo tuacutenel e

construccedilatildeo do seu elevado

Devido a essa linha possuir apenas duas faixas de rolamento em

cada sentido existem muitos engarrafamentos nos horaacuterios de rush justamente

nos locais onde existem os sinais de tracircnsito na rua Pinheiro Machado

O Plano Diretor do ano 2000 da Cidade do Rio de Janeiro previa a

ligaccedilatildeo (jaacute planejada haacute tempos) da Linha Lilaacutes com a Linha Vermelha

atraveacutes da construccedilatildeo de um viaduto que iria ligar o elevado Trinta e um de

marccedilo (pertencente a Linha Lilaacutes) com o Viaduto Engenheiro Paulo de de

Souza Reis que faz a ligaccedilatildeo da Avenida Francisco Bicalho proacutexima a antiga

Estaccedilatildeo da Leopoldina com a Linha Vermelha

Esse conjunto de linhas urbanas acima descrito atua como suporte

viaacuterio para a operaccedilatildeo do sistema de transportes urbanos da cidade que eacute

formado pelos seguintes subsistemas

bull ocircnibus

bull metrocirc

bull trens urbanos

bull aeromoacutevel (vlt) (ainda no papel)

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 41: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

41

Oslash Ocircnibus

Os transportes puacuteblicos satildeo a espinha dorsal dos deslocamentos

urbano na grandes cidades

Os ocircnibus satildeo praacuteticos e eficientes em rotas de curta e meacutedia

distacircncia sendo frequumlentemente o meio de transporte mais utilizado no

transporte puacuteblico por constituir uma opccedilatildeo econocircmica

Poreacutem dada a sua baixa capacidade de passageiros os ocircnibus natildeo

satildeo eficientes em rotas de maior uso

Esses veiacuteculos em rotas de alta densidade e longas distacircncias satildeo

os maiores emissores e gases poluentes apesar das normatizaccedilatildeo existente

Os ocircnibus satildeo os transportes puacuteblicos mais utilizados na cidade do

Rio de Janeiro sendo o reflexo de um planejamento estrateacutegico pouco

eficiente

Tal como a maioria das grandes metroacutepoles brasileiras ndash a despeito

de algumas exceccedilotildees que lograram certo ecircxito no planejamento do transporte

rodoviaacuterio urbano (como Curitiba por exemplo) ndash a cidade carece de

transporte em massa sobre trilhos o que tambeacutem corrobora natildeo raro com o

aumento do consumo de combustiacuteveis foacutesseis e sobretudo com os

congestionamentos nas principais arteacuterias da cidade aleacutem de muitas vias

auxiliares

Contando com um sistema de ocircnibus insuficiente agraves suas dimensotildees

de metroacutepole e que sofre com carecircncia de integraccedilatildeo sobreposiccedilatildeo de linhas

concorrecircncia direta e indireta com os transportes de massa regulamentaccedilatildeo e

fiscalizaccedilatildeo ainda deficitaacuterias e excesso de poder dos operadores a cidade

necessita atualmente de uma eficiente reestrututaccedilatildeo e ampliaccedilatildeo em seu

sistema de transporte coletivo

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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agosto de 2009

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agosto de 2009

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httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 42: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

42

Nos uacuteltimos dez anos houve perda de usuaacuterios para demais meios

especialmente o transporte alternativo Ainda assim satildeo cerca de quatro

milhotildees de usuaacuteriosdia apenas nas linhas municipais cujo nuacutemero orbita em

torno de 440 e 550 empresas atuantes no setor

Na cidade as empresas de ocircnibus encontram-se interligadas ao

metrocirc visando transportar os passageiros que desembarcam nas linhas finais

deste mas ainda necessitam de um ocircnibus para chegar ao seu destino Tais

passageiros podem utilizar o chamado bilhete integraccedilatildeo atraveacutes do qual

pagam pelo metrocirc e ainda tecircm direito ao ocircnibus de integraccedilatildeo

A frota do Rio de Janeiro eacute a segunda maior do paiacutes composta por

veiacuteculos dos seguintes tipos micro-ocircnibus midi ocircnibus mini-ocircnibus tamanhos

normais e rodoviaacuterios (IBGE2007) operados por empresas particulares sob o

regime de concessatildeo municipal com a agravante de que quase 100 das

linhas em operaccedilatildeo tem praticamente o mesmo trajeto resultando na

sobreposiccedilatildeo de linhas causando grandes transtornos e engarrafamentos

Aleacutem disso os ocircnibus satildeo os maiores emissores de gases toacutexicos a

despeito da regulamentaccedilatildeo existente (NORMA EURO 3) nos paiacuteses

europeus essa regulamentaccedilatildeo na estaacute na fase EURO 6

Recentemente o Sindicato das Empresas de ocircnibus do Rio de

Janeiro encomendou ao escritoacuterio do arquiteto Jaime Lerner um plano

integrado de transporte para a Zona Sul a regiatildeo da Barra da Tijuca Recreio

dos Bandeirantes e Jacarepaguaacute operando com veiacuteculos articulados e

biarticulados o chamado sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) ndash Ocircnibus de

tracircnsito raacutepido com grande capacidade de transporte de passageiros operando

com estaccedilotildees tubo e escadas rolantes com ocircnibus articulados e biarticulados

de piso baixo (low entry) ou veiacuteculos com embarque e desembarque em

plataformas de 110 metros de altura

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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agosto de 2009

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httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 43: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

43

Outra soluccedilatildeo para reduzir a emissatildeo de poluentes estaacute na

utilizaccedilatildeo de veiacuteculos hiacutebridos os quais estatildeo disponiacuteveis em trecircs versotildees

bull SISTEMA HIacuteBRIDO EM SEacuteRIE ndash neste sistema conta com um

motor de combustatildeo interna acionando um gerador para carregar as baterias

que envia energia para o motor eleacutetrico O motor a combustatildeo interna tem a

funccedilatildeo de gerar a energia necessaacuteria para o funcionamento do motor eleacutetrico

para que este conduza as rodas do veiacuteculo Aleacutem disso o sistema hiacutebrido em

seacuterie possui limite de velocidade sendo indicado para veiacuteculos de grandes

portes como por exemplo os ocircnibus

bull SISTEMA HIacuteBRIDO PARALELO ndash O motor a combustatildeo interna e

o motor eleacutetrico atuam de forma independente no acionamento das rodas do

veiacuteculo e o regime de funcionamento destas duas fontes de potecircncia varia

segundo a solicitaccedilatildeo de carga do motor A propulsatildeo do veiacuteculo eacute feita pela

atuaccedilatildeo exclusiva do motor a combustatildeo interna (fonte principal do sistema) ou

pela accedilatildeo simultacircnea dos dois motores Enquanto o motor eleacutetrico estiver

carregando as baterias natildeo poderaacute ser utilizado para acionar as rodas dos

veiacuteculos De modo geral ele e eacute usado somente para auxiliar na aceleraccedilatildeo ou

em subidas

bull SISTEMA HIacuteBRIDO MISTO - combina aspectos do sistema em

seacuterie com o sistema paralelo que tem como objetivo maximizar os benefiacutecios

de ambos Este sistema permite fornecer energia para as rodas do veiacuteculo e

gerar eletricidade simultaneamente usando um gerador diferentemente do que

ocorre na configuraccedilatildeo paralela simples Eacute possiacutevel usar somente o sistema

eleacutetrico dependendo das condiccedilotildees de carga Tambeacutem eacute permitido que os dois

motores atuem de forma simultacircnea

Para continuar tentando melhorar o traacutefego de veiacuteculos em geral

estaacute sendo construiacutedo pelo Governo do Estado o Arco Rodoviaacuterio em torno da

aacuterea metropolitana da cidade A obra tem aproximadamente 145 quilocircmetros

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 44: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

44

de extensatildeo consistindo numa rodovia de pista dupla unindo a BR-101 na

altura do municiacutepio de Itaboraiacute ao porto de Itaguaiacute contornando toda a aacuterea do

Grande Rio

Eacute considerada uma obra essencial tanto para evitar a entrada de

caminhotildees na capital como para fomentar o desenvolvimento de regiotildees

carentes como a Baixada Fluminense Vaacuterias empresas jaacute adquiriram terrenos

ao longo do trajeto da via para instalar projetos industriais ou imobiliaacuterios Vai

beneficiar projetos gigantes como a Companhia Sideruacutergica do Atlacircntico (CSA)

e o Complexo Petroquiacutemico do Rio de Janeiro (Comperj)

As duas pontas do arco estatildeo sob a responsabilidade do

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT)

Oslash Metrocirc

O Metrocirc do Rio de Janeiro opera desde marccedilo de 1979 quando foi

inaugurado pela administraccedilatildeo do governador Chagas Freitas

Desde 1997 com a concessatildeo a administraccedilatildeo e a operaccedilatildeo das

linhas e estaccedilotildees ficaram a encargo do Consoacutercio Opportrans (Metrocirc Rio)

concessionaacuterio pelo periacuteodo de 20 anos O Governo do Estado do Rio de

Janeiro continua responsaacutevel pelas expansotildees da rede metroviaacuteria por meio

da empresa Rio Trilhos

Eacute a segunda rede mais extensa do paiacutes com 42 km didia

O projeto original do Metrocirc previa a construccedilatildeo de um arco

metroviaacuterio interligando as zonas norte e sul da cidade

Atualmente o sistema do Metropolitano do Rio de Janeiro estaacute em

expansatildeo com a construccedilatildeo da conexatildeo Pavuna-Botafogo (norte e sul)

acabando com a transferecircncia de passageiros na Estaccedilatildeo Estaacutecio

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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agosto de 2009

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agosto de 2009

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httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 45: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

45

Ao lanccedilar as obras de expansatildeo da rede de metrocirc no Rio de Janeiro

o governador Seacutergio Cabral estava empolgado e confiante que este fato

ajudaraacute o Rio de Janeiro a sediar os Jogos Oliacutempicos de 2016

Estaacute prevista tambeacutem a construccedilatildeo da estaccedilatildeo Uruguai depois da Saens

Pena na Tijuca O investimento seraacute de R$ 115 bilhatildeo e inclui a compra de 19

composiccedilotildees que comeccedilaratildeo a operar a partir de dezembro de 2010

Esse trecho natildeo estava previsto no plano original de construccedilatildeo do

Metrocirc que previa a continuidade da linha 2 do Estaacutecio a Cruz Vermelha e

Carioca

Atualmente com 33 estaccedilotildees distribuiacutedas por duas linhas para

atender cerca de 550 mil passageiros por dia o metrocirc do Rio de Janeiro

apresenta malha insuficiente para uma cidade com mais de seis milhotildees

Segundo parecer teacutecnico da COPPEUFRJ a malha metroviaacuteria

deve ser ampliada chegando ateacute Jacarepaguaacute e concentraccedilatildeo populacional

nessas regiotildees

Essas localidades soacute satildeo atendidas por ocircnibus e automoacutevel que natildeo

tecircm a capacidade do metrocirc

Comparando os custos de construccedilatildeo cada 7 quilocircmetros de

construccedilatildeo de uma linha de Metrocirc equivalem a US$ 143 milhotildees enquanto a

implantaccedilatildeo de um sistema BRT (BUS RAPID TRANSIT) Ocircnibus de Tracircnsito

Raacutepido chega ateacute US$ 2 milhotildeeskm

Outro grande problema relacionado ao funcionamento do sistema

metropolitano do Rio de Janeiro estaacute na quantidade de linhas de integraccedilatildeo

feita por ocircnibus as linhas de integraccedilatildeo cresceram em progressatildeo geomeacutetrica

enquanto a rede do metrocirc cresceu em progressatildeo aritmeacutetica

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 46: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

46

Oslash Trens urbanos

Faz parte do sistema de transportes urbanos do Rio de Janeiro a

rede ferroviaacuteria que atende os bairros localizados mais distantes atraveacutes dos

ramais suburbanos

Esses serviccedilos partem de duas Estaccedilotildees Ferroviaacuterias CENTRAL

DO BRASIL e LEOPOLDINA

Atualmente esses serviccedilos estatildeo a cargo da SUPERVIA empresa

criada pelo Consoacutercio vencedor da licitaccedilatildeo que deu a concessatildeo por 50 anos

(25 anos renovaacuteveis por mais 25 anos) para operaccedilatildeo comercial e manutenccedilatildeo

da malha ferroviaacuteria urbana de passageiros da regiatildeo metropolitana do Rio de

Janeiro no dia 1 de novembro de 1998 transportando mais de 9 milhotildees de

pessoas por mecircs com uma meacutedia de 450 mil usuaacuteriosdia distribuiacutedos em 89

estaccedilotildees ao longo de 11 municiacutepios da Regiatildeo Metropolitana do Rio de

Janeiro

Em parceria com o governo estadual a empresa tem instalado

escadas rolantes em diversas estaccedilotildees integrando as suas operaccedilotildees com

outras modalidades de transporte como os ocircnibus e o metrocirc implantando um

sistema eletrocircnico de bilhetagem eletrocircnica uacutenica para realizar integraccedilotildees

com outros modais de transporte

Como parte de uma nova postura do poder puacuteblico em relaccedilatildeo aos

transportes puacuteblicos especialmente os sobre trilhos a partir de 1995 o sistema

passou para o controle do governo estadual (natildeo mais federal) a ter suas

operaccedilotildees subsidiadas e a receber diversos investimentos para sua

recuperaccedilatildeo por parte do Banco Mundial do governo estadual e federal

Em 1998 a operaccedilatildeo do sistema foi privatizada tendo o consoacutercio

SuperVia ganhado o leilatildeo com um lance de US$ 28000000000 dos quais

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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agosto de 2009

ENCICLOPEacuteDIA DIGITAL WIKIPEacuteDIA

httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 47: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

47

US$ 3000000 foram pagos de ao Estado e US$ 25000000000 seratildeo

investidos no sistema sem subsiacutedios

Estas accedilotildees resultaram num curto espaccedilo de tempo em um salto no

nuacutemero de passageiros que no iniacutecio eram de apenas 145 mil pessoas

transportadas por dia e que atualmente esse nuacutemero se aproxima dos 500 mil

passageiros por dia

Entretanto atrasos continuam ocorrendo constantemente acidentes

ainda acontecem e o preccedilo das passagens aumentou muito chegando ao

absurdo de equiparar-se ao preccedilo de uma passagem de ocircnibus As

reclamaccedilotildees por parte dos usuaacuterios dos trens urbanos metropolitanos do Rio

de Janeiro clientes da Supervia satildeo principalmente quanto agrave superlotaccedilatildeo dos

trens em horaacuterios de pico quanto ao alto preccedilo das passagens e quanto aos

atrasos costumeiros dos trens

Os serviccedilos prestados pela SUPERVIA estatildeo distribuiacutedos em quatro

categorias

bull Trens paradores

bull Trens diretos do ramal Japeri

bull Trens expressos

bull Trens diretos do ramal Santa Cruz

bull Aeromovel (vlt)

O nome Aeromovel deriva de Aerodynamic Movemente Elevated O

projeto do AEROMOVEL foi implementado com sucesso em 1989 na cidade

de Jakarta capital da Indoneacutesia constiutindo-se de uma linha circular

construiacuteda no interior de um parque ecoloacutegico que abriga centros de

convenccedilotildees teatros hoteacuteis etc

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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agosto de 2009

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agosto de 2009

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httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 48: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

48

Em Porto Alegre desde 1983 opera uma linha-piloto de testes onde

satildeo certificados os componentes da tecnologia O sistema brasileiro foi criado

pelo Engenheiro gauacutecho Oskar Hans Wolfgang Coester

O sistema proposto foi concebido a partir dos conceitos

fundamentais da aviaccedilatildeo que satildeo redundacircncia e falha segura apresentando-

se como um sistema de alta confiabilidade notadamente devido agraves

caracteriacutesticas inatas ao projeto que impedem a colisatildeo entre veiacuteculos

adjacentes (evitada pela compressibilidade do ar dentro do duto que manteacutem

afastadas entre si as aletas impulsoras dos veiacuteculos)

O Aeromoacutevel baseia-se no princiacutepio de reduccedilatildeo do peso-morto por

passageiro transportado Sua propulsatildeo eacute pneumaacutetica utilizando-se de

gradientes de pressatildeo que se estabelecem no interior de um duto localizado na

via elevada logo abaixo do veiacuteculo e que propelem o mesmo atraveacutes do

empuxo fornecido a uma aleta solidaacuteria ao veiacuteculo que se movimenta sob

rodas de accedilo em trilhos tradicionais O ar eacute insuflado pela accedilatildeo de turbo-

ventiladors centriacutefugos comerciais de acionamento eleacutetrico dispostos em casas

de maacutequinas localizadas em pontos determinados no solo

O Aeromoacutevel eacute um meio de transporte natildeo-convencional classificado

na categoria de APM (Automated People Mover) devido ao fato de sua

operaccedilatildeo ser totalmente automatizada Caracterizado pela altiacutessima frequumlecircncia

de serviccedilo (pequenos headways) pode ser desenhado para atender demandas

de ateacute 25000 passageiroshora-sentido

O reduzido iacutendice de peso-morto por passageiro transportado do

sistema proposto (razatildeo entre a massa total do veiacuteculo vazio pela lotaccedilatildeo

maacutexima de passageiros) eacute alcanccedilado devido ao caraacuteter passivo do veiacuteculo

resultando em um significativo baixo custo relativo de investimento no

Aeromoacutevel e num ainda menor custo de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 49: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

49

O consumo energeacutetico equivalente encontra-se em patamares

inferiores agrave metade dos observados nos sistemas sobre pneus

Sob o ponto de vista dos impactos ambientais o Aeromoacutevel provou

ser extremamente silencioso uma vez que as fontes de vibraccedilatildeo (motores

eleacutetricos) encontram-se afastadas dos veiacuteculos em moacutedulos facilmente

isolaacuteveis com meacutetodos tradicionais

A disrupccedilatildeo visual agrave paisagem circundante eacute reduzida e suas linhas

modernas conferem ao sistema atrativos turiacutesticos Quanto agrave propulsatildeo uma

vez utilizando-se motores eleacutetricos industriais corrente alternada de baixa

tensatildeo e potecircncia para o acionamento mecacircnico dos sopradores a emissatildeo

de poluentes gasosos eacute nula

A caracteriacutestica adaptativa e a grande versatilidade de projeto do

Aeromoacutevel conferem-lhe o vantajoso trunfo de poder estabelecer conexotildees

entre diferentes sistemas modais preenchendo histoacutericas lacunas ainda

existentes nas deficitaacuterias redes de transportes dos massivos centros urbanos

com o benefiacutecio da ausecircncia de qualquer ocircnus ao ambiente no que concerne

ao aumento de emissotildees A sua facilidade de construccedilatildeo e grande liberdade de

traccedilado para suas vias permitem o cruzamento de forma quase incoacutelume por

regiotildees que natildeo permitiriam o traacutefego de sistemas mais intrusivos (como em

aacutereas verdes)

Desse modo o Aeromoacutevel pode ser aplicado para reduzir os tempos

meacutedios de viagem atualmente observados tirando proveito de sua racional

ocupaccedilatildeo vertical do espaccedilo urbano que dispensa em grande parte as

onerosas ampliaccedilotildees nas pistas de rolagem e demais intervenccedilotildees sendo

portanto uma alternativa de baixo custo e ambientalmente orientada que torna

mais ceacutelere a capacidade de mobilidade e em consequumlecircncia tambeacutem disso

contribui a aumentar a qualidade de vida nas grandes cidades

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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agosto de 2009

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httpwwwflickrcomphotosclaudiolara2233169354 - acessado em 26 de

agosto de 2009

ENCICLOPEacuteDIA DIGITAL WIKIPEacuteDIA

httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 50: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

50

O Aeromoacutevel poderaacute ser utilizado no Rio de Janeiro percorrendo as

grandes aacutereas da cidade como por exemplo

bull Avenida Brasil (do centro ateacute Santa Cruz)

bull Ilha do Governador (da entrada ateacute a Portuguesa)

bull Aterro do Flamengo

bull Satildeo Conrado

bull Avenida Presidente Vargas

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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agosto de 2009

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httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 51: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

51

CAPIacuteTULO V

LEGISLACcedilAtildeO DE TRANSPORTES

A legislaccedilatildeo dos transportes terrestes no Brasil estaacute sob a

responsabilidade do MINISTEacuteRIO DOS TRANSPORTES cobrindo os

seguintes modais de transportes rodoviaacuterio ferroviaacuterio e aquaviaacuterio

A supervisatildeo direta dos modais acima citados estaacute cargo da ANTT ndash

AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES TERRESTRES atraveacutes das

seguintes agecircncias reguladoras

ANTT ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

TERRESTRES com a seguintes atribuiccedilotildees legislar e regular o transportes de

cargas nos modais rodoviaacuterio e ferroviaacuterio abrangendo tambeacutem o transporte de

produtos perigosos nos acircmbito nacional e internacional controlando as

concessotildees Rodoviaacuterias e Ferroviaacuterias

O transporte rodoviaacuterio de cargas excedentes eacute regulamentado pela

Instruccedilatildeo normativa do DNIT ndash DEPARTAMENTO NACIONAL DE

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES pela Instruccedilatildeo nordm 01104

bull ANTAQ ndash AGEcircNCIA NACIONAL DOS TRANSPORTES

AQUAVIAacuteRIOS

De acordo com a Lei nordm 10233 de 5 de junho de 2001 cabe agrave

ANTAQ regrar e fiscalizar a atividade portuaacuteria de modo que essa venha a ser

executada com os atributos pertinentes a uma atividade puacuteblica sem

desconsiderar os interesses privados nela existentes

A navegaccedilatildeo mariacutetima compreende o conjunto das organizaccedilotildees

pessoas embarcaccedilotildees e outros recursos dedicados agraves atividades mariacutetimas

fluviais e lacustres de acircmbito civil constituindo o ramo civil da marinha Em

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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agosto de 2009

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httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 52: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

52

alguns paiacuteses no entanto a marinha mercante estaacute organizada de modo a

transformar-se numa forccedila auxiliar da marinha de guerra em caso de situaccedilatildeo

de guerra ou de exceccedilatildeo

Os navios estatildeo sujeitos a regulamentaccedilotildees internacionais e

nacionais sobretudo no que diz respeito aos de marinha mercante As duas

principais organizaccedilotildees responsaacuteveis satildeo

bull IMO ndash INTERNATIONAL MARITIME ORGANIZATION

(Organizaccedilatildeo Mariacutetima Internacional) agecircncia reguladora da ONU e a Agecircncia

Europeia de Seguranccedila Mariacutetima

Visando a regulamentaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima internacional a

IMO celebrou os seguintes acordos

bull SOLAS - Convenccedilatildeo Internacional para a Salvaguarda da Vida

Humana no Mar assinada em 1974

bull MARPOL - Convenccedilatildeo Internacional para a Prevenccedilatildeo e a

Poluiccedilatildeo pelos Navios assinada em 1973 e 1978

bull LL 66 - Convenccedilatildeo Internacional para as Linhas de Carga

assinada em 1966

bull COLREG - Convenccedilatildeo sobre o Regulamento Internacional para

prevenir os Albarroamentos no Mar assinada em 1972

bull STCW - Convenccedilatildeo Internacional sobre Normas de Formaccedilatildeo de

Certificaccedilatildeo e de Serviccedilo de Quartos para os Mariacutetimos assinada em 1995

bull SAR - Convenccedilatildeo Internacional sobre a Busca e Salvamento

Mariacutetimo assinada em 1975

No Brasil cabe agrave Marinha atraveacutes da DPC-DIRETORIA DE

PORTOS E COSTAS de acordo com o capiacutetulo II do Regulamento da DPC o

acompanhamento e a fiscalizaccedilatildeo da navegaccedilatildeo mariacutetima no que diz respeito

agrave seguranccedila e agrave proteccedilatildeo ao meio-ambiente em aacuteguas territoriais brasileiras

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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agosto de 2009

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httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 53: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

53

assim como agrave capacitaccedilatildeo dos mariacutetimos e composiccedilatildeo das tripulaccedilotildees

conforme a seguir descrito

I - Contribuir para a orientaccedilatildeo e o controle da Marinha Mercante e

suas atividades correlatas no que interessa a Defesa Nacional

II - Contribuir para a seguranccedila do traacutefego aquaviaacuterio

III - Contribuir para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte de

embarcaccedilotildees plataformas e suas estaccedilotildees de apoio

IV - Contribuir para a formulaccedilatildeo e execuccedilatildeo das poliacuteticas nacionais

que digam respeito ao mar

V - Contribuir para implementar e fiscalizar o cumprimento de Leis e

Regulamentos no mar e aacuteguas interiores e

VI - Contribuir para habilitar e qualificar pessoal para a Marinha

Mercante e atividades correlatas

Art 3ordm - Para a consecuccedilatildeo dos seus propoacutesitos competem a DPC

as tarefas a seguir enumeradas

I - Elaborar normas para a habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e

amadores

a) habilitaccedilatildeo e cadastro de aquaviaacuterios e amadores

b) traacutefego e permanecircncia das embarcaccedilotildees nas aacuteguas sobre

jurisdiccedilatildeo nacional bem como sua entrada e saiacuteda de portos atracadouros

fundeadouros e marinas

c) Realizaccedilatildeo de inspeccedilotildees navais e vistorias

d) Arqueaccedilatildeo determinaccedilatildeo da borda livre lotaccedilatildeo identificaccedilatildeo e

classificaccedilatildeo de embarcaccedilotildees

e) Inscriccedilatildeo das embarcaccedilotildees e fiscalizaccedilatildeo do Registro de

Propriedade

f) Cerimonial e uso dos uniformes a bordo das embarcaccedilotildees

nacionais

g) Registro e certificaccedilatildeo de helipontos das embarcaccedilotildees e

plataformas com vistas a homologaccedilatildeo por parte do oacutergatildeo competente

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

BIBLIOGRAFIA

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agosto de 2009

65

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agosto de 2009

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httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 54: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

54

h) Execuccedilatildeo de obras dragagens pesquisa e lavra de minerais sob

sobre e as margens das aacuteguas sobre jurisdiccedilatildeo nacional no que concerne ao

ordenamento do espaccedilo aquaviaacuterio e a seguranccedila da navegaccedilatildeo sem prejuiacutezo

das obrigaccedilotildees frente aos demais oacutergatildeos competentes

i) Cadastramento e funcionamento de marinas clubes e entidades

desportivas naacuteuticas no que diz respeito a salvaguarda da vida humana e

seguranccedila da navegaccedilatildeo no mar aberto e em hidrovias interiores

j) Cadastramento de empresas de navegaccedilatildeo peritos e sociedades

classificadoras

k) Aplicaccedilatildeo de penalidade pelo comandante

II - Regulamentar o serviccedilo de praticagem estabelecendo o seu

zoneamento em que a utilizaccedilatildeo do serviccedilo eacute obrigatoacuteria e especificar as

embarcaccedilotildees dispensadas do serviccedilo

III - Determinar a tripulaccedilatildeo de seguranccedila das embarcaccedilotildees

assegurando as partes interessadas o direito de interpor recurso quando

discordarem da quantidade fixada

IV - Determinar os equipamentos e acessoacuterios que devam ser

homologados para uso a bordo de embarcaccedilotildees e plataformas e estabelecer

os requisitos para a homologaccedilatildeo

V - Estabelecer a dotaccedilatildeo miacutenima de equipamento e acessoacuterios de

seguranccedila para embarcaccedilotildees e plataformas

VI - Estabelecer os limites da navegaccedilatildeo interior

VII - Estabelecer os requisitos referentes agraves condiccedilotildees de seguranccedila

e habitabilidade e para a prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo por parte das embarcaccedilotildees

plataformas ou suas instalaccedilotildees de apoio

VIII - Definir aacutereas mariacutetimas e interiores para construir refuacutegios

provisoacuterios onde as embarcaccedilotildees possam fundear ou varar para a execuccedilatildeo

de reparos

IX - Executar vistorias diretamente ou por intermeacutedio de delegaccedilatildeo a

entidades especializadas

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

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httpwwwsptranscombrsptrans08historiamuseuasp - acessado em 26 de

agosto de 2009

65

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agosto de 2009

ENCICLOPEacuteDIA DIGITAL WIKIPEacuteDIA

httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 55: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

55

X - Apoiar o Tribunal Mariacutetimo (TM) a Procuradoria Especial da

Marinha (P E M) no que tange a Inqueacuteritos sobre acidentes ou Fatos da

Navegaccedilatildeo (IAFN)

XI - Administrar o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional

Mariacutetimo (FDEPM)

XII - Organizar e manter o Sistema de Ensino Profissional Mariacutetimo

XIII - Exercer a supervisatildeo funcional sobre as Capitanias dos Portos

Capitanias Fluviais e suas respectivas Delegacias e Agecircncias e

XIV - Manter intercacircmbio com entidades puacuteblicas ou privadas afins

nacionais e estrangeiras bem como representar a Marinha em conclaves

relacionados com os assuntos de sua atribuiccedilatildeo

Art 4deg - Em situaccedilatildeo de conflito crise estado de siacutetio estado de

defesa intervenccedilatildeo federal e em regimes especiais cabem a DPC as tarefas

concernentes a mobilizaccedilatildeo e a desmobilizaccedilatildeo que lhe forem atribuiacutedas pelas

Normas e Diretrizes referentes a Mobilizaccedilatildeo Mariacutetima e as emanadas do

Diretor-Geral de Navegaccedilatildeo

Oslash Navegaccedilatildeo aeacuterea

O transporte aeacutereo internacional eacute um dos setores mais dinacircmicos e

de raacutepida evoluccedilatildeo do mundo Por essas caracteriacutesticas esse setor precisa de

associaccedilotildees representativas proacute-ativa

As duas agecircncias internacionais reguladoras e normatizadoras dos

transportes aeacutereos satildeo

IATA -International Air Transport Association (Associaccedilatildeo Aeacuterea

Internacional dos Transportes Aeacutereos)

Eacute uma agecircncia reguladora da ONU com sede em Montreal e seu

principal escritoacuterio executivo eacute em Genebra Haacute escritoacuterios regionais em Amatilde

Bruxelas Dacar Londres Nairobi Santiago Cingapura e Washington DC

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

BIBLIOGRAFIA

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espaccedilo suburbano do Rio de Janeiro (1870 - 1930) In Espaccedilo e Debates Ano

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httpwwwmuseutransportescombr - acessado em 23 de agosto de 2009

MUSEU DOS TRANSPORTES PUacuteBLICOS GAETANO FEROLLA

httpwwwsptranscombrsptrans08historiamuseuasp - acessado em 26 de

agosto de 2009

65

MUSEU DO BONDE ndash SANTA TERESA ndash RIO DE JANEIRO

httpwwwflickrcomphotosclaudiolara2233169354 - acessado em 26 de

agosto de 2009

ENCICLOPEacuteDIA DIGITAL WIKIPEacuteDIA

httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 56: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

56

aleacutem disso haacute 57 escritoacuterios espalhados no mundo responsaacuteveis pelo Serviccedilo

de Agecircncias BSPs e CASs entre eles o do Brasil

ldquoNo Brasil a regulamentaccedilatildeo do transporte aeacutereo civil eacute feita pela ANAC ndash Agecircncia Nacional de aviaccedilatildeo civil que eacute uma agecircncia reguladora federal submetida a um regime autaacuterquico especial vinculada ao MINISTEacuteRIO DA DEFESA tendo sido criada pela lei federal nordm 11182 de 27 de setembro de 2005 e instalada pelo decreto federal nordm 5731 de 20 de marccedilo de 2006rdquo (Revista Juriacutedica do Ministeacuterio dos Transportes)

A ANAC foi formada a partir de vaacuterios oacutergatildeos pertencentes ao

Comando da Aeronaacuteutica

bull o Departamento de Aviaccedilatildeo Civil (DAC) e seus Serviccedilos

Regionais de Aviaccedilatildeo Civil

bull (SERAC) o Instituto de Ciecircncias da Atividade Fiacutesica da

Aeronaacuteutica

bull (ICAF) o Instituto de Aviaccedilatildeo Civil (IAC)

bull e a Divisatildeo de Certificaccedilatildeo de Aviaccedilatildeo Civil do Instituto de

Fomento e Coordenaccedilatildeo Industrial (IFI)

As atribuiccedilotildees da Agecircncia consistem na regulaccedilatildeo e na fiscalizaccedilatildeo

das atividades de aviaccedilatildeo civil - agrave exceccedilatildeo do traacutefego aeacutereo e da investigaccedilatildeo

de acidentes que continuam a cargo do Comando da Aeronaacuteutica e do

Ministeacuterio da Defesa - em termos de seguranccedila de vocirco de definiccedilatildeo da malha

aeroviaacuteria das condiccedilotildees miacutenimas da infra-estrutura aeroportuaacuteria e das

relaccedilotildees econocircmicas de consumo no acircmbito da aviaccedilatildeo civil

ldquoEntre as atividades relacionadas com a regulaccedilatildeo econocircmica tem-se a coibiccedilatildeo de praacuteticas de concorrecircncia abusiva atuando em conjunto com o Conselho Administrativo de Defesa Econocircmica a concessatildeo da exploraccedilatildeo de rotas e de infra-estrutura aeroportuaacuteria e a fiscalizaccedilatildeo dos serviccedilos aeacutereos e das concessotildees outorgadasrdquo (Legislaccedilatildeo de Transportes)

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

BIBLIOGRAFIA

ABREU Mauriacutecio de A A periferia de ontem o processo de construccedilatildeo do

espaccedilo suburbano do Rio de Janeiro (1870 - 1930) In Espaccedilo e Debates Ano

VII vol 1 nordm 21 Satildeo Paulo NERU 1987a

___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro

IPLANRIOZahar Editora 1987

BARAT Josef Estrutura metropolitana e sistema de transporte estudo de caso

do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPEAINPES 1975

CARDOSO Adauto Luacutecio e RIBEIRO Luiz Cesar de Queiroz Dualizaccedilatildeo e

Reestruturaccedilatildeo Urbana O caso do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPPUR

UFRJ 1996

DEL RIO Vicente Introduccedilatildeo ao Desenho Urbano no Processo de

Planejamento Satildeo Paulo Pini 1990

DUNLOP Charles Os meios de transporte do Rio antigo Rio de Janeiro

Grupo de Planejamento Graacutefico 1973

GARNIER Tony Une Citeacute Industrielle New York Rizzoli International

Publications Inc 1990

HALL Peter Cities of Tomorrow Oxford e Cambridge Blakwell Publishers

1993

HOWARD Ebenezer Garden Cities of Tomorrow East Sussex Attic Books

1985

IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico do Brasil Ediccedilatildeo de 2007

62

IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico do Brasil Ediccedilatildeo de 2008

JACOBS Jane The Death and Life of Great American Cities The failure of

Town Planning Middlessex Peregrine Books 1961 [1984]

LYNCH Kevin e HACK Gary Site planning Massachusetts The MIT Press

1984 [1994]

LYNCH Kevin A theory of good city form Massachusetts The MIT Press

1981 [1982]

LYNCH Kevin The image of the city Massachusetts The MIT Press 1960

[1979]

LYNDON Donlyn Caring about places infrastruture the great constructed

pattern of grids channels pipes and networks that course across the land sets

the underlying circumstance of our daily lives In Places vol 10 nordm 3 Summer

1996 pp 02-03

NORONHA SANTOS Francisco Agenor Meios de transporte no Rio de

Janeiro Rio de Janeiro Typographia do Jornal do Comeacutercio 1934

PECHMAN Robert Moses A Gecircnese do mercado urbano de terras a

produccedilatildeo de moradias e a formaccedilatildeo dos subuacuterbios no Rio de Janeiro Rio de

Janeiro Dissertaccedilatildeo de Mestrado IPPUR - UFRJ 1985

PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Processo de estruturaccedilatildeo

dos transportes na Regiatildeo Metropolitana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro

IPLANRIO sd

PREFEITURA DO DISTRITO FEDERAL Cidade do Rio de Janeiro

remodelaccedilatildeo extensatildeo e embellezamento 1926-1930 Paris Foyer Breacutesilien

1930

63

Revista Juriacutedica dos Transportes Editora Advocacia Geral da Uniatildeo

RFFSA Anuaacuterio das Ferrovias do Brasil - 1996 Rio de Janeiro Rede

Ferroviaacuteria Federal SA 1997

RUIZ Roberto Metrocirc soluccedilatildeo racional para o transporte de massa Rio de

Janeiro Cia Metropolitano do Rio de Janeiro 1975

SANTOS Carlos Neacutelson Ferreira dos e VOGEL Arno (coord) Quando a rua

vira casa Satildeo Paulo Projeto Arquitetos Associados 1985

SANTOS Carlos Neacutelson Ferreira dos A Cidade como Jogo de Cartas Satildeo

Paulo Projeto Arquitetos Associados 1988

SANTOS Carlos Neacutelson Ferreira dos Transporte de massa Condicionadores

ou condicionados In Revista de Administraccedilatildeo Municipal setembrooutubro

1977

SCHROEDER Ricardo Brasiacutelico P de Barros Legislaccedilatildeo de Transportes Satildeo

Paulo EES-STT 1966

SILVA Maria Laiacutes Pereira da Os Transportes Coletivos na Cidade do Rio de

Janeiro Rio de Janeiro Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro 1992

SOARES Maria Therezinha de Segadas Bairros bairros suburbanos e

subcentros In Bernardes Lysia e Soares Maria Therezinha de Segadas Rio

de Janeiro cidade e regiatildeo Rio de Janeiro Secretaria Municipal de Cultura

1968 [1995]

SOARES Maria Therezinha de Segadas Divisotildees principais e limites do

grande Rio de Janeiro In Bernardes Lysia e Soares Maria Therezinha de

Segadas (eds) Rio de Janeiro cidade e regiatildeo Rio de Janeiro Secretaria

Municipal de Cultura 1960 [1995]

64

SOARES Maria Therezinha de Segadas Fisionomia e estrutura do Rio de

Janeiro In Separata da Revista Brasileira de Geografia Ano XXVII nordm3 Rio de

Janeiro IBGE Conselho Nacional de Geografia 1965 [1966] pp 330-370

SORIA Y MATA Arturo La Citeacute Lineacuteaire Conception Nouvelle pour

LAmeacutenagement des Villes Paris Eacutecole Supeacuterieure des Beaux Arts 1984

VASCONCELLOS Eduardo A Transportes urbanos nos paiacuteses em

desenvolvimento ndash Reflexotildees e respostas 4ordf ed Satildeo Paulo Annablume

2000

VASCONCELLOS Leacutelia Mendes de Dinacircmica da Configuraccedilatildeo Espacial

Urbana uma anaacutelise dos impactos provocados pela ponte na cidade de Niteroacutei

Satildeo Paulo Tese de Doutoramento FAU - USP 1996

VAZ Lilian Fessler Modernizaccedilatildeo excludente e moradia no Rio de Janeiro In

Fernandes Ana e Gomes Marco Aureacutelio A de Filgueiras (Org) Cidade e

histoacuteria modernizaccedilatildeo das cidades brasileiras nos seacuteculos XIX e XX Salvador

FAUUFBA - ANPUR 1992 pp 197-203

VILLACcedilA Flaacutevio Espaccedilo intra urbano no Brasil Satildeo Paulo Livros Studio

Nobre 1998

Webgrafia (sites das fotos)

MUSEU VIRTUAL DO TRANSPORTE URBANO

httpwwwmuseudantuorgbrQBrasilhtm - acessado em 21 de julho de 2009

MUSEU NACIONAL DOS TRANSPORTES

httpwwwmuseutransportescombr - acessado em 23 de agosto de 2009

MUSEU DOS TRANSPORTES PUacuteBLICOS GAETANO FEROLLA

httpwwwsptranscombrsptrans08historiamuseuasp - acessado em 26 de

agosto de 2009

65

MUSEU DO BONDE ndash SANTA TERESA ndash RIO DE JANEIRO

httpwwwflickrcomphotosclaudiolara2233169354 - acessado em 26 de

agosto de 2009

ENCICLOPEacuteDIA DIGITAL WIKIPEacuteDIA

httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 57: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

57

No acircmbito teacutecnico a Agecircncia eacute responsaacutevel por assegurar que o

transporte aeacutereo seja realizado dentro de padrotildees miacutenimos de seguranccedila Tais

padrotildees miacutenimos envolvem dois aspectos de seguranccedila a seguranccedila de vocirco

(conhecida no meio pelo termo em inglecircs ldquosafetyrdquo) e a seguranccedila contra atos

iliacutecitos (ldquosecurityrdquo em inglecircs)

O desempenho das atividades da aviaccedilatildeo civil satildeo reguladas por

cinco aacutereas distintas sendo a ANAC a responsaacutevel por regular quatro delas

conforme estabelece a Lei 1118206 que exclui o traacutefego aeacutereo de seu acircmbito

Estas quatro aacutereas satildeo

- Aeronavegabilidade que abrange as atividades de certificaccedilatildeo de

aeronaves e manutenccedilatildeo de aeronaves

- Licenccedilas de pessoal (piloto comissaacuterio de bordo mecacircnico etc)

- Operaccedilotildees que envolve a certificaccedilatildeo de empresa de transporte

aeacutereo e a autorizaccedilatildeo de operaccedilatildeo agriacutecola de operaccedilatildeo experimental de

competiccedilatildeo aeacuterea de shows aeacutereos e de outras operaccedilotildees especiais

- Aeroacutedromos (aspectos operacionais)

A legislaccedilatildeo brasileira sobre transportes eacute muito extensa sendo

impossiacutevel detalhaacute-la de um modo mais abrangente constituindo-se numa

mateacuteria que requer consultas teacutecnicas aos especialistas no assunto

Por essa razatildeo optou-se por abordar os principais toacutepicos a respeito

deste assunto conforme descrito neste capiacutetulo

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

BIBLIOGRAFIA

ABREU Mauriacutecio de A A periferia de ontem o processo de construccedilatildeo do

espaccedilo suburbano do Rio de Janeiro (1870 - 1930) In Espaccedilo e Debates Ano

VII vol 1 nordm 21 Satildeo Paulo NERU 1987a

___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro

IPLANRIOZahar Editora 1987

BARAT Josef Estrutura metropolitana e sistema de transporte estudo de caso

do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPEAINPES 1975

CARDOSO Adauto Luacutecio e RIBEIRO Luiz Cesar de Queiroz Dualizaccedilatildeo e

Reestruturaccedilatildeo Urbana O caso do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPPUR

UFRJ 1996

DEL RIO Vicente Introduccedilatildeo ao Desenho Urbano no Processo de

Planejamento Satildeo Paulo Pini 1990

DUNLOP Charles Os meios de transporte do Rio antigo Rio de Janeiro

Grupo de Planejamento Graacutefico 1973

GARNIER Tony Une Citeacute Industrielle New York Rizzoli International

Publications Inc 1990

HALL Peter Cities of Tomorrow Oxford e Cambridge Blakwell Publishers

1993

HOWARD Ebenezer Garden Cities of Tomorrow East Sussex Attic Books

1985

IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico do Brasil Ediccedilatildeo de 2007

62

IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico do Brasil Ediccedilatildeo de 2008

JACOBS Jane The Death and Life of Great American Cities The failure of

Town Planning Middlessex Peregrine Books 1961 [1984]

LYNCH Kevin e HACK Gary Site planning Massachusetts The MIT Press

1984 [1994]

LYNCH Kevin A theory of good city form Massachusetts The MIT Press

1981 [1982]

LYNCH Kevin The image of the city Massachusetts The MIT Press 1960

[1979]

LYNDON Donlyn Caring about places infrastruture the great constructed

pattern of grids channels pipes and networks that course across the land sets

the underlying circumstance of our daily lives In Places vol 10 nordm 3 Summer

1996 pp 02-03

NORONHA SANTOS Francisco Agenor Meios de transporte no Rio de

Janeiro Rio de Janeiro Typographia do Jornal do Comeacutercio 1934

PECHMAN Robert Moses A Gecircnese do mercado urbano de terras a

produccedilatildeo de moradias e a formaccedilatildeo dos subuacuterbios no Rio de Janeiro Rio de

Janeiro Dissertaccedilatildeo de Mestrado IPPUR - UFRJ 1985

PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Processo de estruturaccedilatildeo

dos transportes na Regiatildeo Metropolitana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro

IPLANRIO sd

PREFEITURA DO DISTRITO FEDERAL Cidade do Rio de Janeiro

remodelaccedilatildeo extensatildeo e embellezamento 1926-1930 Paris Foyer Breacutesilien

1930

63

Revista Juriacutedica dos Transportes Editora Advocacia Geral da Uniatildeo

RFFSA Anuaacuterio das Ferrovias do Brasil - 1996 Rio de Janeiro Rede

Ferroviaacuteria Federal SA 1997

RUIZ Roberto Metrocirc soluccedilatildeo racional para o transporte de massa Rio de

Janeiro Cia Metropolitano do Rio de Janeiro 1975

SANTOS Carlos Neacutelson Ferreira dos e VOGEL Arno (coord) Quando a rua

vira casa Satildeo Paulo Projeto Arquitetos Associados 1985

SANTOS Carlos Neacutelson Ferreira dos A Cidade como Jogo de Cartas Satildeo

Paulo Projeto Arquitetos Associados 1988

SANTOS Carlos Neacutelson Ferreira dos Transporte de massa Condicionadores

ou condicionados In Revista de Administraccedilatildeo Municipal setembrooutubro

1977

SCHROEDER Ricardo Brasiacutelico P de Barros Legislaccedilatildeo de Transportes Satildeo

Paulo EES-STT 1966

SILVA Maria Laiacutes Pereira da Os Transportes Coletivos na Cidade do Rio de

Janeiro Rio de Janeiro Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro 1992

SOARES Maria Therezinha de Segadas Bairros bairros suburbanos e

subcentros In Bernardes Lysia e Soares Maria Therezinha de Segadas Rio

de Janeiro cidade e regiatildeo Rio de Janeiro Secretaria Municipal de Cultura

1968 [1995]

SOARES Maria Therezinha de Segadas Divisotildees principais e limites do

grande Rio de Janeiro In Bernardes Lysia e Soares Maria Therezinha de

Segadas (eds) Rio de Janeiro cidade e regiatildeo Rio de Janeiro Secretaria

Municipal de Cultura 1960 [1995]

64

SOARES Maria Therezinha de Segadas Fisionomia e estrutura do Rio de

Janeiro In Separata da Revista Brasileira de Geografia Ano XXVII nordm3 Rio de

Janeiro IBGE Conselho Nacional de Geografia 1965 [1966] pp 330-370

SORIA Y MATA Arturo La Citeacute Lineacuteaire Conception Nouvelle pour

LAmeacutenagement des Villes Paris Eacutecole Supeacuterieure des Beaux Arts 1984

VASCONCELLOS Eduardo A Transportes urbanos nos paiacuteses em

desenvolvimento ndash Reflexotildees e respostas 4ordf ed Satildeo Paulo Annablume

2000

VASCONCELLOS Leacutelia Mendes de Dinacircmica da Configuraccedilatildeo Espacial

Urbana uma anaacutelise dos impactos provocados pela ponte na cidade de Niteroacutei

Satildeo Paulo Tese de Doutoramento FAU - USP 1996

VAZ Lilian Fessler Modernizaccedilatildeo excludente e moradia no Rio de Janeiro In

Fernandes Ana e Gomes Marco Aureacutelio A de Filgueiras (Org) Cidade e

histoacuteria modernizaccedilatildeo das cidades brasileiras nos seacuteculos XIX e XX Salvador

FAUUFBA - ANPUR 1992 pp 197-203

VILLACcedilA Flaacutevio Espaccedilo intra urbano no Brasil Satildeo Paulo Livros Studio

Nobre 1998

Webgrafia (sites das fotos)

MUSEU VIRTUAL DO TRANSPORTE URBANO

httpwwwmuseudantuorgbrQBrasilhtm - acessado em 21 de julho de 2009

MUSEU NACIONAL DOS TRANSPORTES

httpwwwmuseutransportescombr - acessado em 23 de agosto de 2009

MUSEU DOS TRANSPORTES PUacuteBLICOS GAETANO FEROLLA

httpwwwsptranscombrsptrans08historiamuseuasp - acessado em 26 de

agosto de 2009

65

MUSEU DO BONDE ndash SANTA TERESA ndash RIO DE JANEIRO

httpwwwflickrcomphotosclaudiolara2233169354 - acessado em 26 de

agosto de 2009

ENCICLOPEacuteDIA DIGITAL WIKIPEacuteDIA

httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 58: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

58

CONCLUSAtildeO

A mobilidade urbana e os transportes estatildeo intimamente associados

A estimativa da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas eacute de que nas

proacuteximas deacutecadas o crescimento populacional do planeta se daraacute nas cidades

nas quais viveratildeo sete em cada dez pessoas em 2050

A sustentabilidade ambiental e qualidade de vida vatildeo depender cada

vez mais de como as aacutereas urbanas satildeo planejadas construiacutedas

desenvolvidas e gerenciadas e eacute preciso fazer agora a escolha entre um

crescimento desordenado ou um espaccedilo puacuteblico formatado de forma planejada

e capaz de absorver o novo contingente nesse sentido os transportes se

constituem em um fator fundamental para a mobilidade urbana

Em termos mensuraacuteveis e praacuteticos aacutereas urbanas precisaratildeo ser

projetadas re-projetadas e desenvolvidas para utilizar seus recursos de

maneira muito mais eficiente

O transporte sustentaacutevel se impotildee prioritaacuterio nesse processo eacute a

chave para esse quebra-cabeccedila

Cidades de classe mundial como Nova Iorque Paris e Londres jaacute

perceberam essa verdade Cingapura Seul Oslo Satildeo Francisco Vancouver

Portland Curitiba Bogotaacute e uma seacuterie de outras importantes cidades no mundo

inteiro tambeacutem jaacute sabem disso mas infelizmente a maioria das cidades do

planeta ainda precisa responder ao grande desafio de criar um futuro

sustentaacutevel de engajar os cidadatildeos em torno desta visatildeo e adotar poliacuteticas

consistentes para chegar laacute

Esse futuro engloba uma mobilidade urbana sustentaacutevel que soacute

pode ser alcanccedilada por um sistema de gerenciamento social envolvendo a

59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

BIBLIOGRAFIA

ABREU Mauriacutecio de A A periferia de ontem o processo de construccedilatildeo do

espaccedilo suburbano do Rio de Janeiro (1870 - 1930) In Espaccedilo e Debates Ano

VII vol 1 nordm 21 Satildeo Paulo NERU 1987a

___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro

IPLANRIOZahar Editora 1987

BARAT Josef Estrutura metropolitana e sistema de transporte estudo de caso

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CARDOSO Adauto Luacutecio e RIBEIRO Luiz Cesar de Queiroz Dualizaccedilatildeo e

Reestruturaccedilatildeo Urbana O caso do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPPUR

UFRJ 1996

DEL RIO Vicente Introduccedilatildeo ao Desenho Urbano no Processo de

Planejamento Satildeo Paulo Pini 1990

DUNLOP Charles Os meios de transporte do Rio antigo Rio de Janeiro

Grupo de Planejamento Graacutefico 1973

GARNIER Tony Une Citeacute Industrielle New York Rizzoli International

Publications Inc 1990

HALL Peter Cities of Tomorrow Oxford e Cambridge Blakwell Publishers

1993

HOWARD Ebenezer Garden Cities of Tomorrow East Sussex Attic Books

1985

IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico do Brasil Ediccedilatildeo de 2007

62

IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico do Brasil Ediccedilatildeo de 2008

JACOBS Jane The Death and Life of Great American Cities The failure of

Town Planning Middlessex Peregrine Books 1961 [1984]

LYNCH Kevin e HACK Gary Site planning Massachusetts The MIT Press

1984 [1994]

LYNCH Kevin A theory of good city form Massachusetts The MIT Press

1981 [1982]

LYNCH Kevin The image of the city Massachusetts The MIT Press 1960

[1979]

LYNDON Donlyn Caring about places infrastruture the great constructed

pattern of grids channels pipes and networks that course across the land sets

the underlying circumstance of our daily lives In Places vol 10 nordm 3 Summer

1996 pp 02-03

NORONHA SANTOS Francisco Agenor Meios de transporte no Rio de

Janeiro Rio de Janeiro Typographia do Jornal do Comeacutercio 1934

PECHMAN Robert Moses A Gecircnese do mercado urbano de terras a

produccedilatildeo de moradias e a formaccedilatildeo dos subuacuterbios no Rio de Janeiro Rio de

Janeiro Dissertaccedilatildeo de Mestrado IPPUR - UFRJ 1985

PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Processo de estruturaccedilatildeo

dos transportes na Regiatildeo Metropolitana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro

IPLANRIO sd

PREFEITURA DO DISTRITO FEDERAL Cidade do Rio de Janeiro

remodelaccedilatildeo extensatildeo e embellezamento 1926-1930 Paris Foyer Breacutesilien

1930

63

Revista Juriacutedica dos Transportes Editora Advocacia Geral da Uniatildeo

RFFSA Anuaacuterio das Ferrovias do Brasil - 1996 Rio de Janeiro Rede

Ferroviaacuteria Federal SA 1997

RUIZ Roberto Metrocirc soluccedilatildeo racional para o transporte de massa Rio de

Janeiro Cia Metropolitano do Rio de Janeiro 1975

SANTOS Carlos Neacutelson Ferreira dos e VOGEL Arno (coord) Quando a rua

vira casa Satildeo Paulo Projeto Arquitetos Associados 1985

SANTOS Carlos Neacutelson Ferreira dos A Cidade como Jogo de Cartas Satildeo

Paulo Projeto Arquitetos Associados 1988

SANTOS Carlos Neacutelson Ferreira dos Transporte de massa Condicionadores

ou condicionados In Revista de Administraccedilatildeo Municipal setembrooutubro

1977

SCHROEDER Ricardo Brasiacutelico P de Barros Legislaccedilatildeo de Transportes Satildeo

Paulo EES-STT 1966

SILVA Maria Laiacutes Pereira da Os Transportes Coletivos na Cidade do Rio de

Janeiro Rio de Janeiro Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro 1992

SOARES Maria Therezinha de Segadas Bairros bairros suburbanos e

subcentros In Bernardes Lysia e Soares Maria Therezinha de Segadas Rio

de Janeiro cidade e regiatildeo Rio de Janeiro Secretaria Municipal de Cultura

1968 [1995]

SOARES Maria Therezinha de Segadas Divisotildees principais e limites do

grande Rio de Janeiro In Bernardes Lysia e Soares Maria Therezinha de

Segadas (eds) Rio de Janeiro cidade e regiatildeo Rio de Janeiro Secretaria

Municipal de Cultura 1960 [1995]

64

SOARES Maria Therezinha de Segadas Fisionomia e estrutura do Rio de

Janeiro In Separata da Revista Brasileira de Geografia Ano XXVII nordm3 Rio de

Janeiro IBGE Conselho Nacional de Geografia 1965 [1966] pp 330-370

SORIA Y MATA Arturo La Citeacute Lineacuteaire Conception Nouvelle pour

LAmeacutenagement des Villes Paris Eacutecole Supeacuterieure des Beaux Arts 1984

VASCONCELLOS Eduardo A Transportes urbanos nos paiacuteses em

desenvolvimento ndash Reflexotildees e respostas 4ordf ed Satildeo Paulo Annablume

2000

VASCONCELLOS Leacutelia Mendes de Dinacircmica da Configuraccedilatildeo Espacial

Urbana uma anaacutelise dos impactos provocados pela ponte na cidade de Niteroacutei

Satildeo Paulo Tese de Doutoramento FAU - USP 1996

VAZ Lilian Fessler Modernizaccedilatildeo excludente e moradia no Rio de Janeiro In

Fernandes Ana e Gomes Marco Aureacutelio A de Filgueiras (Org) Cidade e

histoacuteria modernizaccedilatildeo das cidades brasileiras nos seacuteculos XIX e XX Salvador

FAUUFBA - ANPUR 1992 pp 197-203

VILLACcedilA Flaacutevio Espaccedilo intra urbano no Brasil Satildeo Paulo Livros Studio

Nobre 1998

Webgrafia (sites das fotos)

MUSEU VIRTUAL DO TRANSPORTE URBANO

httpwwwmuseudantuorgbrQBrasilhtm - acessado em 21 de julho de 2009

MUSEU NACIONAL DOS TRANSPORTES

httpwwwmuseutransportescombr - acessado em 23 de agosto de 2009

MUSEU DOS TRANSPORTES PUacuteBLICOS GAETANO FEROLLA

httpwwwsptranscombrsptrans08historiamuseuasp - acessado em 26 de

agosto de 2009

65

MUSEU DO BONDE ndash SANTA TERESA ndash RIO DE JANEIRO

httpwwwflickrcomphotosclaudiolara2233169354 - acessado em 26 de

agosto de 2009

ENCICLOPEacuteDIA DIGITAL WIKIPEacuteDIA

httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
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59

sociedade abrangendo uma poliacutetica social que contemple a urbanizaccedilatildeo das

cidades atingindo tambeacutem os modais de transportes que satildeo os responsaacuteveis

pelos deslocamentos sociais massivos

Tal aspecto deve beneficiar o maior nuacutemero de pessoas possiacuteveis

facilitando o deslocamento e a integraccedilatildeo social da populaccedilatildeo

Serve como exemplo a implantaccedilatildeo da nova linha do Sistema

Metroviaacuterio do Rio de Janeiro ligando a estaccedilatildeo de Pavuna ateacute Botafogo

beneficiando milhares de pessoas por dia acabando com o traslado na

Estaccedilatildeo Cidade Nova para a linha 2

O futuro aponta para um novo perfil de cidade com bons sistemas

de transporte coletivo harmonia com o meio ambiente ciclovias e espaccedilos

para caminhar regiotildees densamente povoadas e com uso misto do solo Esse

deve ser tambeacutem o futuro a ser perseguido pelas grandes cidades brasileiras

pois quando o transporte coletivo eacute de boa qualidade e estaacute disponiacutevel haacute

espaccedilos seguros para os pedestres e ciclistas as pessoas se tornam mais

ativas e saudaacuteveis e o tecido soacutecio-econocircmico das cidades eacute fortalecido

Com relaccedilatildeo a esses aspectos diversos paiacuteses estatildeo estudando e

implementando novas alternativas para o transporte de passageiros nas

grandes cidades destacando-se a substituiccedilatildeo dos combustiacuteveis foacutesseis

(petroacuteleo) por fontes de energia alternativa capazes de mover e dar

sustentabilidade motora aos veiacuteculos de transportes de passageiros

destacando-se

ceacutelulas de combustiacutevel biomassa hibridismo e o proacuteprio ar natural

que pode ser utilizado na locomoccedilatildeo de veiacuteculos Na Franccedila estaacute sendo

desenvolvido um protoacutetipo de automoacutevel movido a ar cujo projeto estaacute

despertando o interesse de diversos paiacuteses

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

BIBLIOGRAFIA

ABREU Mauriacutecio de A A periferia de ontem o processo de construccedilatildeo do

espaccedilo suburbano do Rio de Janeiro (1870 - 1930) In Espaccedilo e Debates Ano

VII vol 1 nordm 21 Satildeo Paulo NERU 1987a

___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro

IPLANRIOZahar Editora 1987

BARAT Josef Estrutura metropolitana e sistema de transporte estudo de caso

do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPEAINPES 1975

CARDOSO Adauto Luacutecio e RIBEIRO Luiz Cesar de Queiroz Dualizaccedilatildeo e

Reestruturaccedilatildeo Urbana O caso do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPPUR

UFRJ 1996

DEL RIO Vicente Introduccedilatildeo ao Desenho Urbano no Processo de

Planejamento Satildeo Paulo Pini 1990

DUNLOP Charles Os meios de transporte do Rio antigo Rio de Janeiro

Grupo de Planejamento Graacutefico 1973

GARNIER Tony Une Citeacute Industrielle New York Rizzoli International

Publications Inc 1990

HALL Peter Cities of Tomorrow Oxford e Cambridge Blakwell Publishers

1993

HOWARD Ebenezer Garden Cities of Tomorrow East Sussex Attic Books

1985

IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico do Brasil Ediccedilatildeo de 2007

62

IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico do Brasil Ediccedilatildeo de 2008

JACOBS Jane The Death and Life of Great American Cities The failure of

Town Planning Middlessex Peregrine Books 1961 [1984]

LYNCH Kevin e HACK Gary Site planning Massachusetts The MIT Press

1984 [1994]

LYNCH Kevin A theory of good city form Massachusetts The MIT Press

1981 [1982]

LYNCH Kevin The image of the city Massachusetts The MIT Press 1960

[1979]

LYNDON Donlyn Caring about places infrastruture the great constructed

pattern of grids channels pipes and networks that course across the land sets

the underlying circumstance of our daily lives In Places vol 10 nordm 3 Summer

1996 pp 02-03

NORONHA SANTOS Francisco Agenor Meios de transporte no Rio de

Janeiro Rio de Janeiro Typographia do Jornal do Comeacutercio 1934

PECHMAN Robert Moses A Gecircnese do mercado urbano de terras a

produccedilatildeo de moradias e a formaccedilatildeo dos subuacuterbios no Rio de Janeiro Rio de

Janeiro Dissertaccedilatildeo de Mestrado IPPUR - UFRJ 1985

PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Processo de estruturaccedilatildeo

dos transportes na Regiatildeo Metropolitana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro

IPLANRIO sd

PREFEITURA DO DISTRITO FEDERAL Cidade do Rio de Janeiro

remodelaccedilatildeo extensatildeo e embellezamento 1926-1930 Paris Foyer Breacutesilien

1930

63

Revista Juriacutedica dos Transportes Editora Advocacia Geral da Uniatildeo

RFFSA Anuaacuterio das Ferrovias do Brasil - 1996 Rio de Janeiro Rede

Ferroviaacuteria Federal SA 1997

RUIZ Roberto Metrocirc soluccedilatildeo racional para o transporte de massa Rio de

Janeiro Cia Metropolitano do Rio de Janeiro 1975

SANTOS Carlos Neacutelson Ferreira dos e VOGEL Arno (coord) Quando a rua

vira casa Satildeo Paulo Projeto Arquitetos Associados 1985

SANTOS Carlos Neacutelson Ferreira dos A Cidade como Jogo de Cartas Satildeo

Paulo Projeto Arquitetos Associados 1988

SANTOS Carlos Neacutelson Ferreira dos Transporte de massa Condicionadores

ou condicionados In Revista de Administraccedilatildeo Municipal setembrooutubro

1977

SCHROEDER Ricardo Brasiacutelico P de Barros Legislaccedilatildeo de Transportes Satildeo

Paulo EES-STT 1966

SILVA Maria Laiacutes Pereira da Os Transportes Coletivos na Cidade do Rio de

Janeiro Rio de Janeiro Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro 1992

SOARES Maria Therezinha de Segadas Bairros bairros suburbanos e

subcentros In Bernardes Lysia e Soares Maria Therezinha de Segadas Rio

de Janeiro cidade e regiatildeo Rio de Janeiro Secretaria Municipal de Cultura

1968 [1995]

SOARES Maria Therezinha de Segadas Divisotildees principais e limites do

grande Rio de Janeiro In Bernardes Lysia e Soares Maria Therezinha de

Segadas (eds) Rio de Janeiro cidade e regiatildeo Rio de Janeiro Secretaria

Municipal de Cultura 1960 [1995]

64

SOARES Maria Therezinha de Segadas Fisionomia e estrutura do Rio de

Janeiro In Separata da Revista Brasileira de Geografia Ano XXVII nordm3 Rio de

Janeiro IBGE Conselho Nacional de Geografia 1965 [1966] pp 330-370

SORIA Y MATA Arturo La Citeacute Lineacuteaire Conception Nouvelle pour

LAmeacutenagement des Villes Paris Eacutecole Supeacuterieure des Beaux Arts 1984

VASCONCELLOS Eduardo A Transportes urbanos nos paiacuteses em

desenvolvimento ndash Reflexotildees e respostas 4ordf ed Satildeo Paulo Annablume

2000

VASCONCELLOS Leacutelia Mendes de Dinacircmica da Configuraccedilatildeo Espacial

Urbana uma anaacutelise dos impactos provocados pela ponte na cidade de Niteroacutei

Satildeo Paulo Tese de Doutoramento FAU - USP 1996

VAZ Lilian Fessler Modernizaccedilatildeo excludente e moradia no Rio de Janeiro In

Fernandes Ana e Gomes Marco Aureacutelio A de Filgueiras (Org) Cidade e

histoacuteria modernizaccedilatildeo das cidades brasileiras nos seacuteculos XIX e XX Salvador

FAUUFBA - ANPUR 1992 pp 197-203

VILLACcedilA Flaacutevio Espaccedilo intra urbano no Brasil Satildeo Paulo Livros Studio

Nobre 1998

Webgrafia (sites das fotos)

MUSEU VIRTUAL DO TRANSPORTE URBANO

httpwwwmuseudantuorgbrQBrasilhtm - acessado em 21 de julho de 2009

MUSEU NACIONAL DOS TRANSPORTES

httpwwwmuseutransportescombr - acessado em 23 de agosto de 2009

MUSEU DOS TRANSPORTES PUacuteBLICOS GAETANO FEROLLA

httpwwwsptranscombrsptrans08historiamuseuasp - acessado em 26 de

agosto de 2009

65

MUSEU DO BONDE ndash SANTA TERESA ndash RIO DE JANEIRO

httpwwwflickrcomphotosclaudiolara2233169354 - acessado em 26 de

agosto de 2009

ENCICLOPEacuteDIA DIGITAL WIKIPEacuteDIA

httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 60: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

60

A economia eacute cada vez mais direcionada pela tecnociecircncia que aacute a

aplicaccedilatildeo intensiva do conhecimento teacutecnico partindo do avanccedilo da ciecircncia

baacutesica

Esse fato deu origem ao surgimento de uma investigaccedilatildeo cientiacutefica

ldquoon demandrdquo onde os laboratoacuterios fazem parte das linhas de montagem e as

Universidades satildeo integradas agraves empresas

Na atualidade passou a ser mais importante a posse desse

instrumental cognitivo esse know-how sobre o know-how (saber como saber

fazer) do que a posse e grandes reservas de combustiacutevel foacutessil (o petroacuteleo)

Os estudos de futurologia que nos anos 60 eram marcados pela

arrogacircncia das certezas absolutas satildeo hoje repesados para ajudar a formular

poliacuteticas em escala planetaacuteria Neste sentido Francis Fukuyama na obra ldquoO fim

da histoacuteriardquo chama a atenccedilatildeo para o fim da era do petroacuteleo nas proacuteximas

deacutecadas onde seratildeo utilizadas novas formas de energia para mover o mundo

pois haveraacute um momento em que seraacute necessaacuterio colocar em praacutetica novas

formas de energia de locomoccedilatildeo para evitar a soluccedilatildeo de continuidade da era

do petroacuteleo por via de continuidade essa seraacute a grande transformaccedilatildeo que

ocorreraacute em todos os modais de transporte atualmente em operaccedilatildeo

Os estudos que estatildeo sendo desenvolvidos no paiacutes apontam para a

implementaccedilatildeo de novas soluccedilotildees a curto meacutedio e longo prazo

61

BIBLIOGRAFIA

ABREU Mauriacutecio de A A periferia de ontem o processo de construccedilatildeo do

espaccedilo suburbano do Rio de Janeiro (1870 - 1930) In Espaccedilo e Debates Ano

VII vol 1 nordm 21 Satildeo Paulo NERU 1987a

___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro

IPLANRIOZahar Editora 1987

BARAT Josef Estrutura metropolitana e sistema de transporte estudo de caso

do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPEAINPES 1975

CARDOSO Adauto Luacutecio e RIBEIRO Luiz Cesar de Queiroz Dualizaccedilatildeo e

Reestruturaccedilatildeo Urbana O caso do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPPUR

UFRJ 1996

DEL RIO Vicente Introduccedilatildeo ao Desenho Urbano no Processo de

Planejamento Satildeo Paulo Pini 1990

DUNLOP Charles Os meios de transporte do Rio antigo Rio de Janeiro

Grupo de Planejamento Graacutefico 1973

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1993

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1985

IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico do Brasil Ediccedilatildeo de 2007

62

IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico do Brasil Ediccedilatildeo de 2008

JACOBS Jane The Death and Life of Great American Cities The failure of

Town Planning Middlessex Peregrine Books 1961 [1984]

LYNCH Kevin e HACK Gary Site planning Massachusetts The MIT Press

1984 [1994]

LYNCH Kevin A theory of good city form Massachusetts The MIT Press

1981 [1982]

LYNCH Kevin The image of the city Massachusetts The MIT Press 1960

[1979]

LYNDON Donlyn Caring about places infrastruture the great constructed

pattern of grids channels pipes and networks that course across the land sets

the underlying circumstance of our daily lives In Places vol 10 nordm 3 Summer

1996 pp 02-03

NORONHA SANTOS Francisco Agenor Meios de transporte no Rio de

Janeiro Rio de Janeiro Typographia do Jornal do Comeacutercio 1934

PECHMAN Robert Moses A Gecircnese do mercado urbano de terras a

produccedilatildeo de moradias e a formaccedilatildeo dos subuacuterbios no Rio de Janeiro Rio de

Janeiro Dissertaccedilatildeo de Mestrado IPPUR - UFRJ 1985

PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Processo de estruturaccedilatildeo

dos transportes na Regiatildeo Metropolitana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro

IPLANRIO sd

PREFEITURA DO DISTRITO FEDERAL Cidade do Rio de Janeiro

remodelaccedilatildeo extensatildeo e embellezamento 1926-1930 Paris Foyer Breacutesilien

1930

63

Revista Juriacutedica dos Transportes Editora Advocacia Geral da Uniatildeo

RFFSA Anuaacuterio das Ferrovias do Brasil - 1996 Rio de Janeiro Rede

Ferroviaacuteria Federal SA 1997

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Janeiro Rio de Janeiro Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro 1992

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subcentros In Bernardes Lysia e Soares Maria Therezinha de Segadas Rio

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grande Rio de Janeiro In Bernardes Lysia e Soares Maria Therezinha de

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Janeiro In Separata da Revista Brasileira de Geografia Ano XXVII nordm3 Rio de

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VAZ Lilian Fessler Modernizaccedilatildeo excludente e moradia no Rio de Janeiro In

Fernandes Ana e Gomes Marco Aureacutelio A de Filgueiras (Org) Cidade e

histoacuteria modernizaccedilatildeo das cidades brasileiras nos seacuteculos XIX e XX Salvador

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Nobre 1998

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httpwwwmuseudantuorgbrQBrasilhtm - acessado em 21 de julho de 2009

MUSEU NACIONAL DOS TRANSPORTES

httpwwwmuseutransportescombr - acessado em 23 de agosto de 2009

MUSEU DOS TRANSPORTES PUacuteBLICOS GAETANO FEROLLA

httpwwwsptranscombrsptrans08historiamuseuasp - acessado em 26 de

agosto de 2009

65

MUSEU DO BONDE ndash SANTA TERESA ndash RIO DE JANEIRO

httpwwwflickrcomphotosclaudiolara2233169354 - acessado em 26 de

agosto de 2009

ENCICLOPEacuteDIA DIGITAL WIKIPEacuteDIA

httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 61: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

61

BIBLIOGRAFIA

ABREU Mauriacutecio de A A periferia de ontem o processo de construccedilatildeo do

espaccedilo suburbano do Rio de Janeiro (1870 - 1930) In Espaccedilo e Debates Ano

VII vol 1 nordm 21 Satildeo Paulo NERU 1987a

___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro

IPLANRIOZahar Editora 1987

BARAT Josef Estrutura metropolitana e sistema de transporte estudo de caso

do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPEAINPES 1975

CARDOSO Adauto Luacutecio e RIBEIRO Luiz Cesar de Queiroz Dualizaccedilatildeo e

Reestruturaccedilatildeo Urbana O caso do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPPUR

UFRJ 1996

DEL RIO Vicente Introduccedilatildeo ao Desenho Urbano no Processo de

Planejamento Satildeo Paulo Pini 1990

DUNLOP Charles Os meios de transporte do Rio antigo Rio de Janeiro

Grupo de Planejamento Graacutefico 1973

GARNIER Tony Une Citeacute Industrielle New York Rizzoli International

Publications Inc 1990

HALL Peter Cities of Tomorrow Oxford e Cambridge Blakwell Publishers

1993

HOWARD Ebenezer Garden Cities of Tomorrow East Sussex Attic Books

1985

IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico do Brasil Ediccedilatildeo de 2007

62

IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico do Brasil Ediccedilatildeo de 2008

JACOBS Jane The Death and Life of Great American Cities The failure of

Town Planning Middlessex Peregrine Books 1961 [1984]

LYNCH Kevin e HACK Gary Site planning Massachusetts The MIT Press

1984 [1994]

LYNCH Kevin A theory of good city form Massachusetts The MIT Press

1981 [1982]

LYNCH Kevin The image of the city Massachusetts The MIT Press 1960

[1979]

LYNDON Donlyn Caring about places infrastruture the great constructed

pattern of grids channels pipes and networks that course across the land sets

the underlying circumstance of our daily lives In Places vol 10 nordm 3 Summer

1996 pp 02-03

NORONHA SANTOS Francisco Agenor Meios de transporte no Rio de

Janeiro Rio de Janeiro Typographia do Jornal do Comeacutercio 1934

PECHMAN Robert Moses A Gecircnese do mercado urbano de terras a

produccedilatildeo de moradias e a formaccedilatildeo dos subuacuterbios no Rio de Janeiro Rio de

Janeiro Dissertaccedilatildeo de Mestrado IPPUR - UFRJ 1985

PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Processo de estruturaccedilatildeo

dos transportes na Regiatildeo Metropolitana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro

IPLANRIO sd

PREFEITURA DO DISTRITO FEDERAL Cidade do Rio de Janeiro

remodelaccedilatildeo extensatildeo e embellezamento 1926-1930 Paris Foyer Breacutesilien

1930

63

Revista Juriacutedica dos Transportes Editora Advocacia Geral da Uniatildeo

RFFSA Anuaacuterio das Ferrovias do Brasil - 1996 Rio de Janeiro Rede

Ferroviaacuteria Federal SA 1997

RUIZ Roberto Metrocirc soluccedilatildeo racional para o transporte de massa Rio de

Janeiro Cia Metropolitano do Rio de Janeiro 1975

SANTOS Carlos Neacutelson Ferreira dos e VOGEL Arno (coord) Quando a rua

vira casa Satildeo Paulo Projeto Arquitetos Associados 1985

SANTOS Carlos Neacutelson Ferreira dos A Cidade como Jogo de Cartas Satildeo

Paulo Projeto Arquitetos Associados 1988

SANTOS Carlos Neacutelson Ferreira dos Transporte de massa Condicionadores

ou condicionados In Revista de Administraccedilatildeo Municipal setembrooutubro

1977

SCHROEDER Ricardo Brasiacutelico P de Barros Legislaccedilatildeo de Transportes Satildeo

Paulo EES-STT 1966

SILVA Maria Laiacutes Pereira da Os Transportes Coletivos na Cidade do Rio de

Janeiro Rio de Janeiro Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro 1992

SOARES Maria Therezinha de Segadas Bairros bairros suburbanos e

subcentros In Bernardes Lysia e Soares Maria Therezinha de Segadas Rio

de Janeiro cidade e regiatildeo Rio de Janeiro Secretaria Municipal de Cultura

1968 [1995]

SOARES Maria Therezinha de Segadas Divisotildees principais e limites do

grande Rio de Janeiro In Bernardes Lysia e Soares Maria Therezinha de

Segadas (eds) Rio de Janeiro cidade e regiatildeo Rio de Janeiro Secretaria

Municipal de Cultura 1960 [1995]

64

SOARES Maria Therezinha de Segadas Fisionomia e estrutura do Rio de

Janeiro In Separata da Revista Brasileira de Geografia Ano XXVII nordm3 Rio de

Janeiro IBGE Conselho Nacional de Geografia 1965 [1966] pp 330-370

SORIA Y MATA Arturo La Citeacute Lineacuteaire Conception Nouvelle pour

LAmeacutenagement des Villes Paris Eacutecole Supeacuterieure des Beaux Arts 1984

VASCONCELLOS Eduardo A Transportes urbanos nos paiacuteses em

desenvolvimento ndash Reflexotildees e respostas 4ordf ed Satildeo Paulo Annablume

2000

VASCONCELLOS Leacutelia Mendes de Dinacircmica da Configuraccedilatildeo Espacial

Urbana uma anaacutelise dos impactos provocados pela ponte na cidade de Niteroacutei

Satildeo Paulo Tese de Doutoramento FAU - USP 1996

VAZ Lilian Fessler Modernizaccedilatildeo excludente e moradia no Rio de Janeiro In

Fernandes Ana e Gomes Marco Aureacutelio A de Filgueiras (Org) Cidade e

histoacuteria modernizaccedilatildeo das cidades brasileiras nos seacuteculos XIX e XX Salvador

FAUUFBA - ANPUR 1992 pp 197-203

VILLACcedilA Flaacutevio Espaccedilo intra urbano no Brasil Satildeo Paulo Livros Studio

Nobre 1998

Webgrafia (sites das fotos)

MUSEU VIRTUAL DO TRANSPORTE URBANO

httpwwwmuseudantuorgbrQBrasilhtm - acessado em 21 de julho de 2009

MUSEU NACIONAL DOS TRANSPORTES

httpwwwmuseutransportescombr - acessado em 23 de agosto de 2009

MUSEU DOS TRANSPORTES PUacuteBLICOS GAETANO FEROLLA

httpwwwsptranscombrsptrans08historiamuseuasp - acessado em 26 de

agosto de 2009

65

MUSEU DO BONDE ndash SANTA TERESA ndash RIO DE JANEIRO

httpwwwflickrcomphotosclaudiolara2233169354 - acessado em 26 de

agosto de 2009

ENCICLOPEacuteDIA DIGITAL WIKIPEacuteDIA

httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 62: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

62

IBGE ndash Anuaacuterio Estatiacutestico do Brasil Ediccedilatildeo de 2008

JACOBS Jane The Death and Life of Great American Cities The failure of

Town Planning Middlessex Peregrine Books 1961 [1984]

LYNCH Kevin e HACK Gary Site planning Massachusetts The MIT Press

1984 [1994]

LYNCH Kevin A theory of good city form Massachusetts The MIT Press

1981 [1982]

LYNCH Kevin The image of the city Massachusetts The MIT Press 1960

[1979]

LYNDON Donlyn Caring about places infrastruture the great constructed

pattern of grids channels pipes and networks that course across the land sets

the underlying circumstance of our daily lives In Places vol 10 nordm 3 Summer

1996 pp 02-03

NORONHA SANTOS Francisco Agenor Meios de transporte no Rio de

Janeiro Rio de Janeiro Typographia do Jornal do Comeacutercio 1934

PECHMAN Robert Moses A Gecircnese do mercado urbano de terras a

produccedilatildeo de moradias e a formaccedilatildeo dos subuacuterbios no Rio de Janeiro Rio de

Janeiro Dissertaccedilatildeo de Mestrado IPPUR - UFRJ 1985

PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Processo de estruturaccedilatildeo

dos transportes na Regiatildeo Metropolitana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro

IPLANRIO sd

PREFEITURA DO DISTRITO FEDERAL Cidade do Rio de Janeiro

remodelaccedilatildeo extensatildeo e embellezamento 1926-1930 Paris Foyer Breacutesilien

1930

63

Revista Juriacutedica dos Transportes Editora Advocacia Geral da Uniatildeo

RFFSA Anuaacuterio das Ferrovias do Brasil - 1996 Rio de Janeiro Rede

Ferroviaacuteria Federal SA 1997

RUIZ Roberto Metrocirc soluccedilatildeo racional para o transporte de massa Rio de

Janeiro Cia Metropolitano do Rio de Janeiro 1975

SANTOS Carlos Neacutelson Ferreira dos e VOGEL Arno (coord) Quando a rua

vira casa Satildeo Paulo Projeto Arquitetos Associados 1985

SANTOS Carlos Neacutelson Ferreira dos A Cidade como Jogo de Cartas Satildeo

Paulo Projeto Arquitetos Associados 1988

SANTOS Carlos Neacutelson Ferreira dos Transporte de massa Condicionadores

ou condicionados In Revista de Administraccedilatildeo Municipal setembrooutubro

1977

SCHROEDER Ricardo Brasiacutelico P de Barros Legislaccedilatildeo de Transportes Satildeo

Paulo EES-STT 1966

SILVA Maria Laiacutes Pereira da Os Transportes Coletivos na Cidade do Rio de

Janeiro Rio de Janeiro Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro 1992

SOARES Maria Therezinha de Segadas Bairros bairros suburbanos e

subcentros In Bernardes Lysia e Soares Maria Therezinha de Segadas Rio

de Janeiro cidade e regiatildeo Rio de Janeiro Secretaria Municipal de Cultura

1968 [1995]

SOARES Maria Therezinha de Segadas Divisotildees principais e limites do

grande Rio de Janeiro In Bernardes Lysia e Soares Maria Therezinha de

Segadas (eds) Rio de Janeiro cidade e regiatildeo Rio de Janeiro Secretaria

Municipal de Cultura 1960 [1995]

64

SOARES Maria Therezinha de Segadas Fisionomia e estrutura do Rio de

Janeiro In Separata da Revista Brasileira de Geografia Ano XXVII nordm3 Rio de

Janeiro IBGE Conselho Nacional de Geografia 1965 [1966] pp 330-370

SORIA Y MATA Arturo La Citeacute Lineacuteaire Conception Nouvelle pour

LAmeacutenagement des Villes Paris Eacutecole Supeacuterieure des Beaux Arts 1984

VASCONCELLOS Eduardo A Transportes urbanos nos paiacuteses em

desenvolvimento ndash Reflexotildees e respostas 4ordf ed Satildeo Paulo Annablume

2000

VASCONCELLOS Leacutelia Mendes de Dinacircmica da Configuraccedilatildeo Espacial

Urbana uma anaacutelise dos impactos provocados pela ponte na cidade de Niteroacutei

Satildeo Paulo Tese de Doutoramento FAU - USP 1996

VAZ Lilian Fessler Modernizaccedilatildeo excludente e moradia no Rio de Janeiro In

Fernandes Ana e Gomes Marco Aureacutelio A de Filgueiras (Org) Cidade e

histoacuteria modernizaccedilatildeo das cidades brasileiras nos seacuteculos XIX e XX Salvador

FAUUFBA - ANPUR 1992 pp 197-203

VILLACcedilA Flaacutevio Espaccedilo intra urbano no Brasil Satildeo Paulo Livros Studio

Nobre 1998

Webgrafia (sites das fotos)

MUSEU VIRTUAL DO TRANSPORTE URBANO

httpwwwmuseudantuorgbrQBrasilhtm - acessado em 21 de julho de 2009

MUSEU NACIONAL DOS TRANSPORTES

httpwwwmuseutransportescombr - acessado em 23 de agosto de 2009

MUSEU DOS TRANSPORTES PUacuteBLICOS GAETANO FEROLLA

httpwwwsptranscombrsptrans08historiamuseuasp - acessado em 26 de

agosto de 2009

65

MUSEU DO BONDE ndash SANTA TERESA ndash RIO DE JANEIRO

httpwwwflickrcomphotosclaudiolara2233169354 - acessado em 26 de

agosto de 2009

ENCICLOPEacuteDIA DIGITAL WIKIPEacuteDIA

httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 63: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

63

Revista Juriacutedica dos Transportes Editora Advocacia Geral da Uniatildeo

RFFSA Anuaacuterio das Ferrovias do Brasil - 1996 Rio de Janeiro Rede

Ferroviaacuteria Federal SA 1997

RUIZ Roberto Metrocirc soluccedilatildeo racional para o transporte de massa Rio de

Janeiro Cia Metropolitano do Rio de Janeiro 1975

SANTOS Carlos Neacutelson Ferreira dos e VOGEL Arno (coord) Quando a rua

vira casa Satildeo Paulo Projeto Arquitetos Associados 1985

SANTOS Carlos Neacutelson Ferreira dos A Cidade como Jogo de Cartas Satildeo

Paulo Projeto Arquitetos Associados 1988

SANTOS Carlos Neacutelson Ferreira dos Transporte de massa Condicionadores

ou condicionados In Revista de Administraccedilatildeo Municipal setembrooutubro

1977

SCHROEDER Ricardo Brasiacutelico P de Barros Legislaccedilatildeo de Transportes Satildeo

Paulo EES-STT 1966

SILVA Maria Laiacutes Pereira da Os Transportes Coletivos na Cidade do Rio de

Janeiro Rio de Janeiro Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro 1992

SOARES Maria Therezinha de Segadas Bairros bairros suburbanos e

subcentros In Bernardes Lysia e Soares Maria Therezinha de Segadas Rio

de Janeiro cidade e regiatildeo Rio de Janeiro Secretaria Municipal de Cultura

1968 [1995]

SOARES Maria Therezinha de Segadas Divisotildees principais e limites do

grande Rio de Janeiro In Bernardes Lysia e Soares Maria Therezinha de

Segadas (eds) Rio de Janeiro cidade e regiatildeo Rio de Janeiro Secretaria

Municipal de Cultura 1960 [1995]

64

SOARES Maria Therezinha de Segadas Fisionomia e estrutura do Rio de

Janeiro In Separata da Revista Brasileira de Geografia Ano XXVII nordm3 Rio de

Janeiro IBGE Conselho Nacional de Geografia 1965 [1966] pp 330-370

SORIA Y MATA Arturo La Citeacute Lineacuteaire Conception Nouvelle pour

LAmeacutenagement des Villes Paris Eacutecole Supeacuterieure des Beaux Arts 1984

VASCONCELLOS Eduardo A Transportes urbanos nos paiacuteses em

desenvolvimento ndash Reflexotildees e respostas 4ordf ed Satildeo Paulo Annablume

2000

VASCONCELLOS Leacutelia Mendes de Dinacircmica da Configuraccedilatildeo Espacial

Urbana uma anaacutelise dos impactos provocados pela ponte na cidade de Niteroacutei

Satildeo Paulo Tese de Doutoramento FAU - USP 1996

VAZ Lilian Fessler Modernizaccedilatildeo excludente e moradia no Rio de Janeiro In

Fernandes Ana e Gomes Marco Aureacutelio A de Filgueiras (Org) Cidade e

histoacuteria modernizaccedilatildeo das cidades brasileiras nos seacuteculos XIX e XX Salvador

FAUUFBA - ANPUR 1992 pp 197-203

VILLACcedilA Flaacutevio Espaccedilo intra urbano no Brasil Satildeo Paulo Livros Studio

Nobre 1998

Webgrafia (sites das fotos)

MUSEU VIRTUAL DO TRANSPORTE URBANO

httpwwwmuseudantuorgbrQBrasilhtm - acessado em 21 de julho de 2009

MUSEU NACIONAL DOS TRANSPORTES

httpwwwmuseutransportescombr - acessado em 23 de agosto de 2009

MUSEU DOS TRANSPORTES PUacuteBLICOS GAETANO FEROLLA

httpwwwsptranscombrsptrans08historiamuseuasp - acessado em 26 de

agosto de 2009

65

MUSEU DO BONDE ndash SANTA TERESA ndash RIO DE JANEIRO

httpwwwflickrcomphotosclaudiolara2233169354 - acessado em 26 de

agosto de 2009

ENCICLOPEacuteDIA DIGITAL WIKIPEacuteDIA

httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 64: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

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SOARES Maria Therezinha de Segadas Fisionomia e estrutura do Rio de

Janeiro In Separata da Revista Brasileira de Geografia Ano XXVII nordm3 Rio de

Janeiro IBGE Conselho Nacional de Geografia 1965 [1966] pp 330-370

SORIA Y MATA Arturo La Citeacute Lineacuteaire Conception Nouvelle pour

LAmeacutenagement des Villes Paris Eacutecole Supeacuterieure des Beaux Arts 1984

VASCONCELLOS Eduardo A Transportes urbanos nos paiacuteses em

desenvolvimento ndash Reflexotildees e respostas 4ordf ed Satildeo Paulo Annablume

2000

VASCONCELLOS Leacutelia Mendes de Dinacircmica da Configuraccedilatildeo Espacial

Urbana uma anaacutelise dos impactos provocados pela ponte na cidade de Niteroacutei

Satildeo Paulo Tese de Doutoramento FAU - USP 1996

VAZ Lilian Fessler Modernizaccedilatildeo excludente e moradia no Rio de Janeiro In

Fernandes Ana e Gomes Marco Aureacutelio A de Filgueiras (Org) Cidade e

histoacuteria modernizaccedilatildeo das cidades brasileiras nos seacuteculos XIX e XX Salvador

FAUUFBA - ANPUR 1992 pp 197-203

VILLACcedilA Flaacutevio Espaccedilo intra urbano no Brasil Satildeo Paulo Livros Studio

Nobre 1998

Webgrafia (sites das fotos)

MUSEU VIRTUAL DO TRANSPORTE URBANO

httpwwwmuseudantuorgbrQBrasilhtm - acessado em 21 de julho de 2009

MUSEU NACIONAL DOS TRANSPORTES

httpwwwmuseutransportescombr - acessado em 23 de agosto de 2009

MUSEU DOS TRANSPORTES PUacuteBLICOS GAETANO FEROLLA

httpwwwsptranscombrsptrans08historiamuseuasp - acessado em 26 de

agosto de 2009

65

MUSEU DO BONDE ndash SANTA TERESA ndash RIO DE JANEIRO

httpwwwflickrcomphotosclaudiolara2233169354 - acessado em 26 de

agosto de 2009

ENCICLOPEacuteDIA DIGITAL WIKIPEacuteDIA

httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 65: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

65

MUSEU DO BONDE ndash SANTA TERESA ndash RIO DE JANEIRO

httpwwwflickrcomphotosclaudiolara2233169354 - acessado em 26 de

agosto de 2009

ENCICLOPEacuteDIA DIGITAL WIKIPEacuteDIA

httpptwikipediaorgwiki consultas diversos verbetes sobre Transportes ndash

acessado em 28 de agosto de 2009

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 66: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

66

IacuteNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATOacuteRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMAacuteRIO 07 INTRODUCcedilAtildeO 08

CAPIacuteTULO I O histoacuterico dos transportes no Brasil 12 CAPIacuteTULO II O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a implantaccedilatildeo das montadoras 15 CAPIacuteTULO III A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil 18 CAPIacuteTULO IV Estudo de casos Sistema de Transportes de Curitiba Uberlacircndia Goiacircnia Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 22 41 Curitiba 22 411 Bonde a cavalos 22 412 Bondes eleacutetricos 23 413 Os primeiros ocircnibus 23 414 Os primeiros ocircnibus expressos 25 42 Uberlacircndia 28 43 Goiacircnia 28 44 Satildeo Paulo e Rio de Janeiro 29 441 Satildeo Paulo 29 442 Rio de Janeiro 33 CAPIacuteTULO V Legislaccedilatildeo de transportes 51 CONCLUSAtildeO 58 BIBLIOGRAFIA 61 WEBGRAFIA 64 ANEXOS 67

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 67: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

67

ANEXOS

ANEXO 1 A serpentina

A serpentina era um meio de transporte de famiacutelias abastadas do

princiacutepio do seacuteculo XIX A miniatura da foto foi inspirada em uma gravura de

Debret da deacutecada de 1820 O nome serpentina deriva do adorno em espiral

colocado na extremidade dianteira do teto Note-se o peso extremo que os

escravos eram obrigados a carregar

O primeiro serviccedilo de ocircnibus efetivo no Rio de Janeiro surgiu em

julho de 1838 com dois carros de dois pavimentos A Companhia de Ocircnibus

concessionaacuteria do serviccedilo foi criada por iniciativa de Aureliano de Sousa e

Oliveira Coutinho Paulo Barbosa da Silva Joseacute Ribeiro da Silva Manoel

Odorico Mendes e Carlos Augusto Taunay Este uacuteltimo foi constituiacutedo agente

da companhia e fez contato com capitalistas que se interessassem em investir

As linhas da companhia deveriam partir do Centro para Botafogo Engenho

Velho e Satildeo Cristoacutevatildeo no princiacutepio para posteriormente se estenderem a

outros locais Apoacutes dificuldades iniciais como a oposiccedilatildeo dos proprietaacuterios de

carros de praccedila a companhia prosperou bastante A imagem mostra um ocircnibus

francecircs contemporacircneo agrave eacutepoca do empreendimento carioca e provavelmente

semelhante agravequeles utilizados aqui

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 68: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

68

ANEXO 2 O primeiro bonde eleacutetrico do brasil

O primeiro bonde eleacutetrico do Brasil e de toda Ameacuterica do Sul foi o

carro de nordm 104 da Cia Ferro-Carril do Jardim Botacircnico que teve sua

apresentaccedilatildeo e entrada em serviccedilo em 8 de outubro de 1892 Levando

diversos convidados ilustres ele partiu do centro da cidade e terminou a

viagem inaugural no escritoacuterio da companhia no Largo do Machado Na

fotografia tendo o Passeio Puacuteblico ao fundo o terceiro da direita para a

esquerda eacute o presidente da Repuacuteblica Marechal Floriano Peixoto (Charles

Dunlop Rio Antigo)

69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
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69

ANEXO 3 Os primeiros ocircnibus eleacutetricos do Rio de Janeiro

Em 1917 a prefeitura aprova a instalaccedilatildeo de um serviccedilo de ocircnibus

pela Av Rio Branco entre a praccedila Mauaacute e o Palaacutecio do Monroe (antigo

Senado) Foram utilizados carros eleacutetricos movidos a bateria construiacutedos nos

Estados Unidos Tendo sido os veiacuteculos aprovados nos testes o serviccedilo foi

inaugurado em 1918 durando ateacute 1928 Na imagem vemos o ocircnibus na

avenida durante o carnaval atraacutes de um grupo de foliotildees

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 70: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

70

ANEXO 4 O ocircnibus da Excelsior

A viaccedilatildeo Excelsior foi uma companhia criada pela The Rio de

Janeiro Tramways Light and Power Co conhecida ateacute nossos dias como a

Light a companhia de energia eleacutetrica do Rio Como a Companhia de Carris

do Jardim Botacircnico detinha o monopoacutelio das linhas de bondes para a zona sul

a Light decidiu conquistar parte desse mercado atraveacutes dos auto-ocircnibus cujos

trajetos se sobrepunham agraves linhas de bondes A Excelsior iniciou suas

atividades em 23 de novembro de 1927 e adotou uma seacuterie de melhoramentos

em seus ocircnibus dispositivo regulador da velocidade caixas coletoras para

bilhetes cuidados para que a capacidade maacutexima de lotaccedilatildeo natildeo fosse

ultrapassada etc Foram utilizados ocircnibus com motor Daimler e chassi Guy

Tinham dois andares e capacidade de 28 passageiros embaixo e 34 no andar

de cima Eram chamados na Europa de Imperiais mas aqui o povo adotou

um apelido mais irreverente o de chopp duplo

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 71: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

71

ANEXO 5 Ocircnibus Grassi ldquosinfonia inacabadardquo

Na deacutecada de 30 a empresa Grassi de Satildeo Paulo lanccedilou um tipo de

carroceria de ocircnibus diferente construiacuteda sobre um chassi de mecacircnica Volvo

Como o motor do ocircnibus ficava oculto sob a parte frontal da carroceria em

contraste com os modelos da eacutepoca nos quais havia um capocirc proeminente

abrigando o motor o povo via o ocircnibus como se estivesse faltando algo - o

proacuteprio motor Daiacute o apelido de Sinfonia Inacabada belas linhas mas na

frente

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 72: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

72

ANEXO 6 Ocircnibus a gasogecircnio

O ocircnibus da foto um Chevrolet Tigre usava como combustiacutevel o

gasogecircnio nos difiacuteceis anos da 2ordf Guerra Mundial Percorria a linha Urca-

Ipanema no Rio de Janeiro

73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
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  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
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73

ANEXO 7 Ciferal ndash primeiro ocircnibus produzido pela empresa

Primeiros ocircnibus produzidos pela Faacutebrica de Carrocerias Ciferal em

1957 com chapas de duralumiacutenio montados sobre chassis de caminhatildeo

adaptados para ocircnibus Mercedes-Benz

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
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  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 74: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

74

ANEXO 08 Bonde puxado a cavalos

Os bondes puxados por burros foram usados durante muito tempo

no Rio de Janeiro entatildeo capital do paiacutes Sendo substituiacutedos pela traccedilatildeo eleacutetrica

a partir de 1892 eles desapareceram do centro da cidade e dos bairros mais

importantes Contudo em alguns subuacuterbios mais distantes como Madureira e

Irajaacute eles continuaram em uso Pertenciam agrave companhia Linha Circular

Suburbana de Tramways e a uacuteltima viagem deste tipo de bonde soacute iria

acontecer em 1928 (segundo Charles Dunlop Rio Antigo)

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
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  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 75: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

75

ANEXO 09 Bondes eleacutetricos

Fotografia de um bonde eleacutetrico circulando no Rio de Janeiro Esse

tipo de transporte de massas foi operado pela LIGHT durante algumas

deacutecadas ligando todas as aacutereas da cidade

76

ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
  • AGRADECIMENTOSDEDICATOacuteRIARESUMO
  • METODOLOGIA
  • SUMAacuteRIO
  • INTRODUCcedilAtildeO08
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
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  • FOLHA DE ROSTO02
  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • CAPIacuteTULO III
  • CONCLUSAtildeO58
Page 76: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · destacando-se a VOLVO, FIAT, IVECO e VOLKSWAGEN, que implantou uma unidade fabril em Resende, no Estado do Rio de Janeiro, onde

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ANEXO 10 CMTC - COMPANHIA MUNICIPAL DE

TRANSPORTES COLETIVOS ndash SAtildeO PAULO

CMTC eacute a sigla para Companhia Municipal de Transportes

Coletivos empresa que foi responsaacutevel pela operaccedilatildeo e fiscalizaccedilatildeo do

transporte feito por ocircnibus na cidade de Satildeo Paulo ateacute o ano de 1995 quando

foi extinta na gestatildeo Paulo Maluf (1993 a 1997) sucessor de Luiacuteza Erundina agrave

frente do Poder Executivo Municipal de Satildeo Paulo

  • Wi
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  • METODOLOGIA
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  • CAPIacuteTULO I
  • CAPIacuteTULO II
  • O advento da industrializaccedilatildeo brasileira nos anos do Governo JK e a
  • implantaccedilatildeo das montadoras15
  • CAPIacuteTULO III
  • A evoluccedilatildeo e a situaccedilatildeo atual dos transportes no Brasil18
  • CONCLUSAtildeO58
  • INTRODUCcedilAtildeO
  • 411 Bonde a cavalos
  • 412 Bondes eleacutetricos
  • 413 Os primeiros ocircnibus
  • Em 1928 comeccedilaram a circular os primeiros ocircnibus da Companhia Forccedila e Luz Paranaacute a nova responsaacutevel pelo transporte coletivo
  • Devido agrave concorrecircncia nas linhas e atendimento deficitaacuterio o gosto da populaccedilatildeo pelo transporte coletivo foi mudando e os bond
  • 414 Os primeiros ocircnibus expressos
  • Apoacutes grande repercussatildeo em diversos veiacuteculos de comunicaccedilatildeo nacionais em setembro de 1974 entram em funcionamento experimenta
  • Com paradas a cada 400 metros e infra-estrutura diferenciada onde foram instaladas bancas de revistas cabines telefocircnicas e
  • As linhas foram aumentando e cada vez mais a frota de ocircnibus foi crescendo Tudo para acompanhar o significativo aumento popul
  • Na deacutecada de 80 em terminais fechados os usuaacuterios passaram a utilizar roletas de acesso Desta maneira foi possiacutevel implantar
  • Mudanccedilas estruturais foram feitas e seis anos mais tarde A URBS (Urbanizaccedilatildeo Curitiba SA) assumiu o gerenciamento do sistem
  • Em 1987 a RIT transportou quase 500 mil usuaacuterios por dia incremento de 9 No iniacutecio da deacutecada de 90 jaacute existiam 80 linhas a
  • BIBLIOGRAFIA
  • ___________________ Evoluccedilatildeo Urbana do Rio de Janeiro Rio de Janeiro IPLANRIOZahar Editora 1987
  • IacuteNDICE
  • FOLHA DE ROSTO02
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  • CAPIacuteTULO II
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